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MOBILIDADE URBANA

Tópicos Contemporâneos em Arquitetura e Urbanismo I


MULTIVIX Vila Velha
MOBILIDADE URBANA

• Mobilidade urbana é a capacidade de realização de deslocamentos nas cidades


e áreas urbanizadas.
• Trata-se de um conceito bastante trabalhado no âmbito da geografia urbana e
aplicado principalmente no planejamento urbano e nas políticas voltadas às
cidades, referindo-se ao conjunto de condições normativas e
infraestruturais, bem como individuais, que permitem a circulação
de pessoas e também de cargas nas cidades, garantindo assim a fluidez do
espaço urbano.
• Essa definição se aproxima bastante daquela apresentada na Política Nacional
de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587 de 3 de janeiro de 2012), um dos
dispositivos legais que versam sobre essa questão no Brasil.
MOBILIDADE URBANA

• A mobilidade urbana se impõe como um desafio em todo o mundo. Ela é parte


fundamental do planejamento urbano e possui grande importância para a
qualidade de vida nas cidades.
• Mobilidade urbana é a capacidade que as pessoas, mercadorias e cargas
possuem de circularem pelo espaço urbano levando em consideração a
infraestrutura disponível, as normas vigentes e condições intrínsecas a esses
agentes.
• O rápido crescimento das cidades e da frota de automóveis e questões
como a falta de planejamento são causadores de problemas de
mobilidade urbana.
MOBILIDADE URBANA

• A dinamização do espaço urbano, a realização das atividades nas cidades e o


acesso a todos os serviços que elas oferecem dependem da
mobilidade urbana, por isso a sua importância.
• São consequências da falta de mobilidade urbana a lentidão no trânsito em
horário de pico (hora do rush), congestionamentos, atrasos e aumento da
poluição atmosférica e sonora.
• No Brasil, o intenso fluxo migratório em direção às cidades a partir da
segunda metade do século XX e o fato de que a infraestrutura e o sistema de
transportes não foi ampliado são fatores que geram problemas à mobilidade
urbana do país atualmente.
MOBILIDADE URBANA

• De acordo com o Índice de Mobilidade Urbana da empresa Here, as cinco


cidades com melhor mobilidade urbana do mundo são, respectivamente:
Copenhague, Bruxelas,Vancouver,Viena e Zurique.
• A mobilidade urbana aliada à preservação do meio ambiente e melhoria na
qualidade de vida da população das cidades é chamada de mobilidade
urbana sustentável.
• Melhorias e soluções para a mobilidade urbana incluem planejamento urbano,
expansão da rede de cobertura do transporte público, adoção da
intermodalidade no transporte urbano, ampliação de vias e flexibilização nos
horários.
PROBLEMAS DA MOBILIDADE URBANA

• "As cidades de todo o mundo, em especial as metrópoles, enfrentam uma série de problemas
atrelados à mobilidade urbana e também à falta dela.
• Isso acontece em especial naqueles locais que passaram por um rápido processo de
urbanização, marcado pelo crescimento desordenado das cidades, isto é, sem qualquer tipo de
planejamento que preparasse o espaço para a intensificação dos fluxos de maneira geral.
• Outro aspecto importante a ser considerado no estudo dos problemas da mobilidade urbana
é o uso dos transportes individuais em detrimento do transporte coletivo, como
ônibus e metrôs.
• A preferência da população por veículos como carros ou motos se deve a vários motivos que
vão desde a maior flexibilidade de uso até o sucateamento dos transportes públicos urbanos, o
que inclui veículos quebrados ou de baixa qualidade e tarifas elevadas. Dessa forma,
nota-se um crescimento da frota de carros e motocicletas nas cidades.
PROBLEMAS DA MOBILIDADE URBANA

• Assim, podemos afirmar que os principais problemas da mobilidade urbana decorrem da falta de
planejamento e da ausência de infraestrutura adequada que proporcione a locomoção nas cidades.
• Levando isso em consideração, listamos abaixo alguns dos principais problemas da mobilidade urbana:
a. trânsito lento em horário de pico (hora do rush) e aumento dos congestionamentos;
b. baixa cobertura das redes de transporte público, isto é, não chegam a todos os bairros ou ruas da
cidade;
c. falta de integração dos diferentes modais urbanos;
d. baixa qualidade do transporte público e tarifas elevadas;
e. baixa qualidade do asfalto urbano, das calçadas e das vias de circulação de modo geral;
f. falta de acessibilidade dos lugares;
g. ausência ou ineficácia de corredores de ônibus e ciclofaixas.
CONSEQUÊNCIA DA FALTA DE
MOBILIDADE

A falta de mobilidade urbana traz consequências à sua população e ao dinamismo das


cidades. Alguns desses impactos são:
• acesso limitado à cidade, o que impede os cidadãos de desfrutarem de todas as
atividades e serviços oferecidos no espaço urbano e dificulta a sua locomoção;
• atrasos decorrentes do transporte público ineficaz (necessidade de utilizar mais de
uma linha de ônibus ou metrô para chegar até o destino, longos tempos de espera
etc.) e/ou dos congestionamentos;
• trânsito lento e engarrafamentos nos horários de pico (hora do rush);
• aumento da poluição atmosférica e sonora nas cidades;
• piora na qualidade de vida da população em decorrência dos problemas acima
mencionados.
PROBLEMAS DO TRANSPORTE DO
PÚBLICO

Entre outros, os problemas comuns no transporte urbano brasileiro e, por


conseguinte, de mobilidade urbana são:
a. superlotação do transporte público;
b. longos períodos de espera;
c. necessidade de baldeação;
d. congestionamentos;
e. escassez de linhas que atendam as áreas mais distantes do centro das cidades;
f. falta de manutenção das vias públicas.
PLANO DE MOBILIDADE URBANA

• O Plano de Mobilidade Urbana é uma visão estratégica para se alcançar a cidade


desejada, igualitária, universal, justa, democrática, acessível, saudável, ecoativa, segura
e próspera.
• As propostas deverão buscar uma melhor qualidade de vida e o desenvolvimento
da cidade, sustentando-se com a Política Nacional de Mobilidade Urbana e nos
seguintes princípios:
I. Acessibilidade: possibilitar o acesso ao espaço urbano e à equipamentos para
todos os cidadãos com segurança e autonomia, incluindo pessoas com mobilidade
reduzida;
II. Segurança: garantir que os deslocamentos se realizem com a mínima exposição a
fatores de risco;
PLANO DE MOBILIDADE URBANA

III. Eficiência: racionalizar e otimizar o uso dos diferentes modos de transporte,


incentivando sua utilização onde forem mais adequados, na busca de uma
equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros. Garantir o
bom uso da verba pública, com a justa distribuição dos benefícios e ônus
decorrentes dos diferentes modos e serviços;
IV. Qualidade de vida: melhorar a qualidade de vida, preservar ou recuperar os
espaços públicos para usos sociais e de convivência, reduzir o tempo
empregado nos deslocamentos em transporte coletivo e a poluição
ambiental;
V. Dinamismo econômico: favorecer a atratividade econômica e turística da cidade;
VI. Ação integrada: promover a integração das políticas públicas, especialmente
entre a mobilidade e o planejamento urbano;
PLANO DE MOBILIDADE URBANA

VII. Inclusão social: considerar que o direito à cidade não pode ser
condicionado à capacidade de pagamento pela utilização dos
serviços de transporte e que, portanto, os custos de deslocamento devem
ser compatíveis com a renda da população, na busca da redução das
desigualdades sociais;
VIII. Meio Ambiente: promover o desenvolvimento sustentável com a mitigação
dos custos ambientais e socioeconômicos dos deslocamentos de pessoas e
cargas;
IX. Democracia: consolidar a gestão democrática como instrumento e garantia
da construção contínua do aprimoramento da mobilidade urbana.
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

Algumas práticas que ajudam a tornar a circulação nas cidades menos danosa ao meio
ambiente são:
• ampliação do uso de bicicletas e da construção de ciclofaixas;
• adoção de melhorias no transporte coletivo, incentivando assim a sua utilização por
uma maior parcela da população;
• ampliação das redes férreas nas cidades, com o maior uso de meios de transporte
como trens e metrôs;
• adoção de veículos elétricos ou que utilizem energia limpa;
• redução da utilização de combustíveis fósseis;
• maior integração dos transportes urbanos.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES

Algumas medidas podem ser tomadas para melhorar a mobilidade urbana nas cidades
a médio e longo prazo. Entre elas, estão:
• diversificação dos modais de transporte utilizados (metrôs, ônibus, trens, bicicletas,
carros);
• flexibilização dos horários das atividades e serviços urbanos, evitando sobrecarga
no trânsito e formação de congestionamentos;
• integração das diferentes vias e modais de transporte;
• ampliação da cobertura das redes de transporte urbano, aumentando a integração
do espaço urbano;
• adoção de melhorias nas vias e na infraestrutura urbana de modo geral, conferindo
maior grau de fluidez ao espaço.
O DESENVOLVIMENTO ORIENTADO
PELO TRANSPORTE

O Desenvolvimento Orientado pelo Transporte (DOT)


• é um modelo de desenvolvimento urbano que se tornou um dos principais
paradigmas de planejamento destinados à criação de bairros compactos,
caminháveis e de uso misto, organizados em torno de estações de transporte.
• Este modelo de organização espacial, que incentiva a criação de comunidades
que não dependem exclusivamente do automóvel para os
deslocamentos diários, está sendo crescentemente promovido em várias
cidades do mundo como uma política sustentável.
O DESENVOLVIMENTO ORIENTADO
PELO TRANSPORTE

• O DOT preconiza relações funcionais e de proximidade com os nós de


transporte, visando o desenvolvimento de bairros que incentivam o uso de
transporte público.
• A promoção de distritos em que se pode caminhar até as estações, e outros
serviços urbanos, ocorre através da criação de áreas com urbanização
compacta, diversidade no uso do solo e planejamento urbano
orientado para o pedestre.
• DOT visa territórios compactos e multifuncionais, onde os deslocamentos
ocorram a pé ou de bicicleta, ou ainda, suportados por uma rede multimodal
integrada de transportes coletivos.
O DESENVOLVIMENTO ORIENTADO
PELO TRANSPORTE

Os princípios primários do DOT consistem em:


a) Acessibilidade ao transporte - a localização de serviços, comércio e habitação
em torno de estações de transporte, proporcionando curtas distâncias para o
acesso ao transporte coletivo;
b) Caminhabilidade - a capacidade que uma determinada localidade possui de
conectar habitações e diversos serviços urbanos por meio de distâncias que
podem ser percorridas a pé, conferindo maior vitalidade às ruas e ao bairro como
um todo;
c) Uso misto - diversidade de usos e funções dentro de um mesmo distrito,
proporcionando maior autonomia para os bairros;
d) Densidade - incentivar alta ocupação populacional dentro dos bairros, de
maneira compacta e permitindo suportar diferentes modais.
• O sistema consiste em estabelecer uma taxa
para motoristas acessarem determinadas áreas
da cidade em dias e horários definidos pelo
governo.
• Em Estocolmo, por exemplo, o valor varia de
acordo com a zona da cidade e o horário em
que o motorista dirige por ela.
CINTURÃO URB ANO • Em Londres, a área delimitada é única, no
centro, e o valor cobrado também, funcionando
de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h.
• Singapura
• A proposta é que a população seja
• Estocolmo desestimulada a andar de carro e procure
• Londres
formas alternativas de se locomover, como
transporte público ou bicicletas.
• Tem que ser apoiada por outras soluções de
mobilidade que envolvam outros modais de
locomoção.
• Dinamarca é considerada a melhor cidade do
mundo para quem utiliza as bikes como meio
de transporte.
• A mobilidade urbana é garantida pelo fácil
deslocamento dos moradores pelas vias de
acesso às regiões centrais.
• Os números ajudam a entender o cenário: 50%
TECNOLOGIA E EXEMPLO dos habitantes deslocam-se diariamente de
bicicleta para ir trabalhar ou estudar, e 63%
dos membros do parlamento
dinamarquês também.
Copenhague - Dinamarca • O sistema de sinais de tráfego inteligentes,
por exemplo, consegue identificar a
aproximação de veículos na rodovia (sejam eles
bicicletas, carros ou ônibus).
• O sinal detecta quantos ciclistas estão se
aproximando do cruzamento. Se há um grupo
muito grande, permanece aberto por um
tempo um maior para permitir que todos
cruzem a rodovia. Assim, é capaz de organizar
melhor o fluxo.
Copenhague - Dinamarca
TECNOLOGIA E
EXEMPLO
• A diversidade de modais disponíveis e a
facilidade de acesso é a principal
característica da mobilidade urbana em
Berlim.
• Lá, trens, ônibus, metrôs, carros e
bicicletas circulam em harmonia.
DIVERSIDADE DE MODAIS
• Cerca de 13% das rotas são feitas de
bicicleta, e a preferência pelo transporte
público aumenta a cada ano.
Berlim - Alemanha
• Entre 2001 e 2011, o número de
usuários do transporte público cresceu
mais de 20%.
• Um dos componentes importantes das
políticas públicas de Berlim para o
transporte tem sido o planejamento das vias
para bicicleta e pedestres.
Berlim - Alemanha
DIVERSIDADE DE
MODAIS
• Os moradores não precisam ir de casa
até os pontos de transporte público –
que geralmente ficam longe – ou entupir
as vias centrais da cidade de carros.
• O conceito de “Park and Ride”, que
integra estacionamentos com sistemas
INTEGRAÇÃO DE MODAIS de transporte coletivo ao redor de
estações de trem, metrô e ônibus,
permite que os usuários deixem seus
Brisbane – Austrália veículos gratuitamente no local para
São Paulo – Brasil utilizar o transporte coletivo, que é
Praga – República Tcheca menos poluente e mais rápido.
Amsterdã - Holanda • O efeito disso é uma maior integração
da cidade, que possui uma região
metropolitana de 2,2 milhões de
habitantes.
• A atenção do poder público e da iniciativa
privada ao transporte individual integrado
trouxe à pauta da mobilidade outra questão:
a primeira e a última milha.
• As opções de primeira e última milha mais
adequadas ou viáveis vão depender do tipo
ÚLTIMA MILHA de desenvolvimento urbano e do padrão de
deslocamento da população atendida.
• As soluções passam pela caminhada, pela
“Quando falamos de primeira e última milha
na mobilidade de pessoas em áreas urbanas, bicicleta, triciclos, patinetes e ciclomotores
estamos normalmente nos referindo ao de uso individual ou compartilhado, assim
deslocamento do ponto de partida do como por aplicativos de transporte por
usuário até o transporte público, ou do
transporte público até o destino final
demanda, que podem operar com micro-
deste usuário.” ônibus, vans e automóveis
• Em Chicago, nos EUA, há o Plano de
Mobilidade de Última Milha para o distrito de
Belford Park.
• Ele possui quatro linhas de ação: estabelecer
uma rede de mobilidade a pé contínua e segura
em toda a cidade, desenvolver uma rede
conectada de ciclovias e serviços de
micromobilidade, expandir o acesso ao
ÚLTIMA MILHA transporte público e serviços de transporte
compartilhado e, finalmente, criar uma cadeia
de ruas completas e inteligentes.
“com o adensamento populacional em • Também nos EUA, a cidade de Chandler City
áreas urbanas, soluções para esses trechos
criou um programa de última milha que dá
curtos passaram a ser essenciais. Em todo
desconto de 50% nas viagens do aplicativo para
quem estiver indo ou voltando de um
o mundo, já existem exemplos de programas
ponto de ônibus.
de incentivo para o deslocamento na última
milha.” • Já algumas cidades espanholas, como Victoria
Gasteiz e Vigo, possuem escadas e esteiras
rolantes em áreas de topografia acidentada que
foram pensadas especialmente para a realização
da última milha.
• A opção pela bicicleta para a realização dos
trechos de primeira e última milha é uma das
soluções mais apontadas pelos
especialistas na área.
• As vantagens são muitas, desde a não emissão
de gases poluentes até o relativo baixo custo
de implementação.
ÚLTIMA MILHA • Um relatório da EEA (Agência Europeia para o
Meio Ambiente, na sigla em inglês) até mesmo
apontou que uma combinação entre transporte
público, caminhada e bicicleta para a última
No Brasil: O caso mais notável é o de milha seria um modelo ideal para diminuir as
Fortaleza, que lançou em 2016 o programa emissões de gases de efeito estufa nas grandes
Bicicleta Integrada. Foram instalados cidades.
bicicletários em diversos pontos da cidade,
especialmente em terminais de ônibus, e
• “É o modo de transporte mais apropriado
eles funcionam 24 horas por dia. O usuário se
para distâncias curtas, de 5 a 8
cadastra e pode retirar gratuitamente uma quilômetros, tem baixíssimo custo
bike de qualquer um deles, com um prazo operacional, de aquisição e manutenção
de 14 horas para a devolução, o que e requer pouco espaço para circular e
permite o pernoite com o veículo. estacionar”
• As áreas menos favorecidas da cidade foram as
que mais ganharam com a implantação do
projeto batizado de Metrocable, em Medellín.
• O sistema de teleférico como meio de
transporte público por tempo integral, além de
não poluir e aliviar os engarrafamentos, é
também uma forma projeção social.
ACESSO POR C ABOS • Composto de três linhas de serviços de
negócios que, juntas, têm um comprimento
total de 9,37 km e possuem um total de oito
Lima – Peru estações em operação, todas adaptadas para
facilitar a entrada de pessoas com
Rio de Janeiro – Brasil
mobilidade reduzida, o corredor de cabos
Medellín – Colômbia permite o acesso da população que vive nos
morros – as chamadas Comunas – ao espaço
público central, se integrando ao metrô.
• A iniciativa, que levou o Prêmio de Transporte
Sustentável em 2012.
Medellín – Colômbia

ACESSO POR CABOS


• Hong Kong conta com um dos sistemas de
mobilidade urbana mais bem organizados e
eficientes do continente.
• Por dia, são aproximadamente 12,6 milhões de
viagens feitas de transporte público.
• O que faz os deslocamentos serem eficientes é
o sistema MTR (Mass Transit Railway),
TRANSPORTE PÚBLICO reconhecido como um dos mais eficazes do
mundo.
• Espécie de linha de trem super rápida,
serve às áreas urbanizadas de Hong Kong e
Hong Kong - China localidades próximas, sendo o meio de
transporte mais popular da região, com cerca
de 5 milhões de viagens diárias.
• O MTR tem aproximadamente 218,2
quilômetros de extensão, com 159 estações.
• A eficiência no tempo dos trajetos
também conta pontos para a cidade:
estimativas apontam que os trechos são feitos
dentro do horário estimado em 99% dos casos.
• Zurique conta com um eficiente sistema
transporte público que dispensa o uso de
carros, a opção da maioria da população.
• A cidade pode ser facilmente percorrida a
pé ou utilizando os dois modais mais
comuns: ônibus e trams, espécie de bonde
VEÍCULO LEVE SOBRE sobre trilhos, um trem urbano.
TRILHOS (VLT) • Uma das características da cidade é a
eficiência em mobilidade: a cada 300
metros é possível encontrar um ponto
Rio de Janeiro – Brasil
de ônibus ou de tram.
Zurique - Suiça
• O sistema de bilhetagem de Zurique é
semelhante ao de Londres: você pode
adquirir passes diários para trafegar em
diversas zonas, ou ainda, outra modalidade
que dá acesso a viagens ilimitadas durante 24
horas em determinadas áreas.
VEÍCULO LEVE SOBRE
TRILHOS (VLT)

Rio de Janeiro - Brasil


• O principal meio de transporte para a
população da região Norte são as
embarcações fluviais.
• Os rios da região Norte é parte integrante
da vida dos habitantes dessa região do Brasil.

NORTE DO BRASIL • A característica dos rios amazônicos é


favorável à navegação, pois muitos são
extensos e volumosos e suas águas fluem
lentamente.
A água como modal de transporte –
Transporte Hidroviário • A maior parte das grandes cidades são
alimentadas por rios - a malha hidroviária é
superior a 16 mil quilômetros - e poucas
rodovias são pavimentadas.
• A destruição provocada pela ocupação
populacional e atividades econômicas na Região
Norte deixou cicatrizes profundas no
desmatamento, na degradação da terra e no
extermínio de povos indígenas.
• Rodovidas e usinas hidrelétricas continuam
sendo construídas sem que os erros do
passado tenham sido aprendidos.
TRANSAMAZÔNIC A • Devido às condições naturais da região, com
fortes chuvas e um solo muitas vezes instável e
alagadiço, a construção da rede rodoviária
O caos do desmatamento e da Grilagem de permanece um grande desafio.
terras: A rodovia Transamazônica, por • Vários foram os problemas na construção:
exemplo, de ‘sonho’ do regime militar de 1964, clima chuvoso, solo frágil, derrubada da floresta
virou um pesadelo ambiental e entre outros.
socioeconômico.
• A região apresenta uma extensa rede
hidrográfica, isso também encareceu a
construção de várias estradas, tendo, portanto
que construir pontes sobre os rios.
https://radionovelo.com.br/originais/tempoq
uente/amazonia-sitiada/
• Um debate constante sobre a ocupação da
Região Norte é a temática indígena.
• As políticas indigenistas do Brasil ora adotam
um foco protecionista no estilo de ‘proteger’
os índios da civilização que se estabeleceu no
Brasil após a chegada dos imigrantes europeus,
O MITO NO NORTE e ora oscila em promover a integração
progressiva dos povos indígenas a este meio
DESABITADO socioeconômico e cultural.
• Os resultados têm sido uma tragédia nas duas
De quem é a terra? dimensões de política para os povos indígenas.
• No aspecto da ‘proteção’ uma parcela da
população indígena foi deslocada para o Parque
Nacional do Xingu, numa ação coordenada por
décadas que teve no Marechal Cândido
Rondon e nos sertanistas ‘irmãos’ Villas-Boas
(Orlando, Cláudio, e Leonardo na foto) os
principais articuladores.
GRILAGEM DE TERRAS

• O termo grilagem surgiu de uma prática para dar aspectos de envelhecimento a


falsos documentos, inserindo-os em uma caixa com grilos, que os deixava
amarelados e com buracos, dando uma aparência “forçada ” de que os documentos
seriam antigos.
• Lotear ou registrar terra pública sem autorização do órgão
competente é crime, prática também conhecida como grilagem.
• Na Amazônia e Pantanal a grilagem é um dos maiores causadores de
desmatamento.
• No caso da região norte, os grileiros incendeiam as matas às margens das rodovias
e tomam posse da terra loteando e vendendo.
• Os grileiros não conseguem fazer com tanta “facilidade” a grilagem em Áreas de
preservação permanente (APP).
GRILAGEM DE TERRAS

• Vale destacar que o crime é também o furto de terras públicas, ou seja, furto de
patrimônio da sociedade, que ocorre sem que haja qualquer contrapartida social no momento
de sua usurpação por particulares.
• O desmatamento é mais que um dano ambiental, é um dano ao patrimônio público e que se
desenvolve em um processo acelerado incomparavelmente mais amplo que qualquer esquema
de corrupção em termos de recursos públicos saqueados.
• É visível: a queda do desmatamento nas Terras Indígenas ocorreu após a desarticulação das
ações de grilagem que se desenvolviam nessas áreas.
• Caso o poder público tivesse optado ou venha a optar pela “regularização” dessas ocupações
(e consequente desconstituição de parte das Terras Indígenas) todo o investimento empregado
pelos grileiros seria recompensado com lucro, causando ainda maiores e mais
frequentes investimentos para consolidação/desmatamento da área.

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