Aula 5

Características Tecnológicas dos Modais

Modal Rodoviário (Terminais)

Fundamentos dos Sistemas de Transporte

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 Generalidades – Terminais
Conceito histórico
• Pontos iniciais ou finais de percursos, com instalações e equipamentos
para partida, chegada, carga e descarga de veículos servindo o trecho,
com ênfase na maximização da operação.

Conceito Moderno
• Pontos da via de uma modalidade de transporte em que fluxos
significativos tem origem, destino ou sofrem transferência de veículo,
comboio ou modalidade, com ênfase na captação de usuários pela
satisfação de suas expectativas quanto à qualidade de serviço e sua
tempestividade.

Conceito Econômico
• Interface entre setores produtores ou consumidores e o transporte de seus
produtos de seus insumos. Os primeiros geram a oferta e os segundos a
demanda, que pode ser ou não sazonal, contribuindo o terminal para o
atendimentos satisfatório do mercado.

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 Generalidades – Terminais
Tipos dos Terminais

• Terminais de ponta
• Situados na extremidade de um trecho de via ou rota;
• Terminais intermediários
• Situados em pontos entre os extremos de um trecho de via ou rota;
• Terminais unimodais
• Atendem a fluxos transportados por uma única modalidade, com
ou sem transferência de veículos deste modal;
• Terminais multimodais
• Operam com mais de um modo de transporte, sejam os fluxos
intercambiáveis ou não;
• No caso de emprego de mais de um modo de transporte,
conhecimentos de carga separados para cada modalidade;
• Terminais intermodais
• Acessam diferentes modos de transporte e os fluxos intercambiáveis
são regidos por um único conhecimento de carga, evitando o
redespacho.

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Tipos dos Terminais

• Diferença de Multimodalidade e Intermodalidade

• São operações que se realizam pela utilização de mais de um modo
de transporte. Isto quer dizer transportar uma mercadoria do seu
ponto de origem até a entrega no destino final por modalidades
diferentes.
A intermodalidade caracteriza-se pela emissão individual de documento de
transporte para cada modo de transporte, bem como pela divisão de
responsabilidade entre os transportadores.
Na multimodalidade, ao contrário, existe a emissão de apenas um documento
de transporte, cobrindo o trajeto total da carga, do seu ponto de origem até o
ponto de destino. Este documento é emitido pelo OTM - Operador de
Transporte Multimodal.

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 Generalidades – Terminais
Classificação dos terminais
• Quanto à propriedade;
• Quanto à tipologia das cargas;
• Quanto ao objetivo funcional;

 Aeroporto Estadual de Ribeirão Preto

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 Classificação dos Terminais
Quanto à propriedade:

• Do transportador: pertencente a administração da empresa de

transporte, embora possa atender outras empresas do setor e até
outras modalidades;
• Do usuário: pertence a uma empresa usuário, que normalmente
reserva o uso a seus produtos e/ou insumos exclusivamente, ainda
que transportados por diferentes modalidades;
• De órgãos públicos: administrados pelo Poder Público em seus
diferentes níveis, com a finalidade de promover e facilitar o uso dos
modais acessados, bem como seu planejamento e coordenação;
• De empresas de armazenagem: visam captar a armazenagem de
fluxos de usuários que não tem instalações próprias e podem ser
servidos por um ou mais modais, cobrando por seus serviços;
• De empresas ou cooperativas produtoras: para embarque de seus
produtos ou descarga de seus insumos em um ou mais modais;
• De empresas consumidoras ou distribuidoras comerciais: para
recepção e posterior consumo ou distribuição dos produtos
desembarcados;

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 Classificação dos Terminais
Quanto à tipologia das cargas:

• É o mais usual no meio transportista para qualificar o terminal,

enquadrando-os em uma das seguintes categorias:
• Gerais: que manuseiam qualquer tipo de carga, ou seja, carga geral,
graneis sólidos, líquidos e gasosos, cargas frigorificadas e cargas
unitizadas;
• Tipológicos: que operam com um tipo particular de carga, como por
exemplo: graneis sólidos minerais, ou petróleo e seus derivados, etc.;
• Específicos: que manipulam determinado produto, como os terminais
para gás liquefeito de petróleo (GLP);

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 Classificação dos Terminais

Terminal Aquaviário Tipológico: Petróleo e Combustíveis

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 Classificação dos Terminais
Quanto ao objetivo funcional:

• Concentradores de produção
• Situam-se em regiões produtoras ou geradoras de carga;
• Concentram o carregamento das regiões facilitando o transporte de
longa distância a partir de um único ponto de embarque;
• Beneficiadores
• Além de concentrar cargas, em particular as agrícolas, beneficiam
os produtos antes do embarque, melhorando sua qualidade, a fim de
alcançarem as especificações exigidas pelo mercado;
• Reguladores/estocadores
• Armazenam quantidades significativas de um ou mais produtos,
particularmente os sazonais;
• Atenuam os picos de transporte e homogeneízam a distribuição ao
longo de período maior de tempo;
• Distribuidores
• Concentram produtos vindos para distribuição ao consumo de
determinada área, de forma a facilitar a distribuição para
comercialização;

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 Concepção da Localização dos Terminais

Macrolocalização

• Seleção de uma microrregião para os terminais uni ou multimodais;

• Função da demanda e da operação de transporte;
• Caso sejam concentradores ou distribuidores, por exemplo, deve-se
buscar que se situem no entorno imediato do centro de gravidade dos
fluxos da área de influência;
• Deve minimizar os transportes complementares de coleta ou de
distribuição;
• Mais sofisticadamente, a localização de terminais em redes viárias pode
ser encaminhada por algoritmos de Pesquisa Operacional;

Microlocalização

• Seleção de um local na região apontada pela macrolocalização;

• Multifunção de componentes naturais, modais, mercadológicos e
legais, que devem ser estudados em conjunto na busca de uma solução
adequada.

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 Concepção da Localização dos Terminais

Microlocalização

• Principais fatores:
• Uso do solo: forma de se enquadrar harmoniosamente com as
prescrições administrativas a respeito, inclusive com as que se
referem à proteção ambiental;
• Sistema viário: maneira de estar eficientemente integrado com a
operação dos modos de transoirte que o acessam, sem prejudicar
outros usuários;
• Topo-hidrogeologia: Possibilidades construtivas das partes
componentes do terminal, como pátios, armazéns, tancagem, silos,
equipamentos de manuseio e transferência, etc., particularmente no
que tange ao impacto construtivo gerado no solo por cargas pesadas,
perigosas e poluentes;
• Mercado: implantar de modo que a acessibilidade de usuários do
terminal seja facilitada e econômica;
• Incentivos governamentais: Tais como concessão de áreas e
isenção ou redução temporal de impostos e taxas.

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 Operações usuais
• Um terminal efetua uma ou mais operações, conforme os produtos que
manipule;
• A ordem de execução a partir da chegada da carga ao terminal seria:
• Recepção da carga, verificação de sua documentação e
integridade, autorização de ingresso ao terminal, conforme a
modalidade;
• Pesagem de controle, podendo ser automática, manual ou por
estimativa; verificação de mesma;
• Classificação do produto, podendo ser documental ou experimental;
• Pré-tratamento físico, químico ou biológico, com certificação se for
o caso, podendo ser total, parcial por amostragem, ou nulo;
• Armazenagem, operada automática, mecânica ou manualmente;
• Conservação para evitar a deterioração e perdas, naturais, por
negligência, ou criminosas, podendo ser automática ou por verificação;
• Retirada para embarque, automatizada, mecânica ou manual;

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 Terminais Rodoviários
• Primeiros terminais rodoviários eram ligados a comércios, hotéis e outros
estabelecimentos que tinham um fluxo maior de pessoas;
• Somente na década de 1930 que os primeiros terminais rodoviários
isolados surgiram;
• Localização:
• Aliada à estrutura do sistema de transporte e de acordo com as
características de desenvolvimento da malha urbana;
• Não deve prejudicar os usuários e seu entorno, nem aumentar o
tempo de viagens;
• Não deve provocar maiores distâncias de caminhada ou aumentar o
percurso de veículos e impor o aumento do tráfego em vias sem
condições;
• Em sua implantação deve ser considerada, além da infraestrutura de apoio
e o inter-relacionamento com a malha urbana e o entorno, a relação com
os usuários, o planejador e o operador;
• Salientam o caráter público do transporte rodoviário, assim possibilitando
qualidade ao serviço e tornando-o democrático, colocando todas as classes
sociais utilizando o mesmo serviço.

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Terminais Rodoviários

Terminal Rodoviário

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 Terminais Rodoviários e Diversidade urbana
• Serviço de apoio: espaços comerciais que complementam os serviços de
um terminal rodoviário, bem como, serviços de policiamento de áreas
internas e externas, o que visa garantir a segurança dos usuários e o bem-
estar dos usuários.
• Diversidade de funções: proporciona segurança na cidade e atrai pessoas;
• Devem ser refletidos em relação a diversidade urbana da cidade, ao pensar
o mesmo como uso isolado, este tende a ser uma estrutura esquecida e
pouco utilizada;
• Diversidade derivada: usos principais passam a atrair pessoas e criam
condições para o surgimento de novos empreendimentos, processo que se
multiplica naturalmente.

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 Terminais Rodoviários de Passageiros
• Terminal Rodoviário de passageiro (TRP)
• Serve como ponto final de uma viagem e ponto intermediário para a
transição entre modais durante uma viagem;
• Constituído por áreas que oferecem diferentes serviços;
• Serviços garantem as interações e conexões entre pessoas e cargas,
assegurando que os indivíduos e encomendas cheguem ao seu
destino;

• Popularidade do Transporte rodoviário

• Transporte rodoviário é o principal meio de locomoção de passageiros
no território brasileiro: 95% das viagens interestaduais;
• 13400 ônibus transportando regularmente passageiros entre as
Rodoviárias do País;
• Destinos e horários variados;
• Facilidades de acessos;
• Compra de passagens on-line;

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 Características dos Terminais Rodoviários de Passageiros

• O Terminal rodoviário se constitui como peça chave da viagem de um

passageiro, sendo seu primeiro contato com o sistema de transporte rodoviário;
• Se mal localizado e mal instalado, pode prejudicar os procedimentos de
embarque e desembarque, comprometendo a qualidade dos serviços
prestados;
• A finalidade dessa estrutura operacional é de possibilitar a chegada do usuário
pelo modal de transporte escolhido, e sua transferência, segura e eficiente,
para o embarque no ônibus rodoviário, e vice-versa;
• Compreendem:
• Áreas de circulação comum;
• Serviços institucionais de fiscalização e policiamento;
• Ambulatório médico;
• Alas destinadas às instalações das empresas de transporte rodoviário;
• Praça de alimentação, banca de jornal, farmácia, sanitários públicos, etc;
• Instalações administrativas e operacionais;
• Áreas de estacionamento exclusivas da administração e para o público.

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 Terminais Rodoviários de Passageiros
• Saturação da infraestrutura rodoviária: quando a capacidade de atendimento
aos passageiros e para a movimentação dos equipamentos de transporte
estão abaixo da necessária para suportar a demanda atual e/ou potencial;
• Terminais de passageiros são pontos de concentrações de tráfego;
• Sofrem com condições meteorológicas adversas;
• São dependentes do trânsito de grandes centros urbanos, principalmente em
horários de pico, gerando atrasos e, por conseguinte, possíveis
congestionamentos;
• Terminais de passageiros que possuem uma infraestrutura condizente com a
sua demanda (atual e potencial) poderão oferecer níveis mais altos de
serviço, evitando possíveis congestionamentos.

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 Terminais Rodoviários de Passageiros

Congestionamento no entorno da Rodoviária de Belo Horizonte dia 02/01/2019

(primeiro dia útil do ano)

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 Terminais Rodoviários
• Terminal Rodoviário Israel Pinheiro
• Inaugurado em 9 de março de 1971.;
• Junho de 2003: convênio assinado entre o governo estadual e o
município – administração passou a ser da prefeitura;
• 2016: administração reassumida pelo governo de Minas;
• Empresa pública responsável: Companhia Mineira de Promoções
(Prominas);
• Opera vinculada à Secretaria de Estado de Turismo.
• Mudança de gestão: previstas obras de recuperação do espaço;
• Projeto: incorporação de veículos do sistema metropolitano ao terminal;
• Atende cerca de 40 mil usuários por dia.

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 Terminais Rodoviários de Passageiros
• Setor de Uso Público
• Áreas destinadas ao atendimento dos usuários em geral, envolvendo o
atendimento para a operação de embarque e desembarque no
terminal.
• Setor de Serviços Públicos
• Áreas destinadas às atividades de apoio, assistência e proteção aos
usuários do terminal. São exercidas por entidades públicas, privadas e
pela Administradora.
• Setor de Operação
• Áreas destinadas às seguintes atividades: venda de passagens,
administração das transportadoras, espera, chegada e saída dos
ônibus e embarque e desembarque de passageiros nos ônibus.
• Setor de Comércio
• Áreas destinadas às atividades de venda de bens aos usuários e
outras de natureza comercial.
• Setor de Administração
• Áreas destinadas à Administradora do Terminal para que ela possa
exercer as atividades que lhe são pertinentes.

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Terminais Rodoviários de Passageiros

Setor de Uso Público

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Terminais Rodoviários de Passageiros

Setor de Serviços Públicos

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Terminais Rodoviários de Passageiros

Setor de Operação

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Terminais Rodoviários de Passageiros

Setor de Comércio

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 Bibliografia
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HOEL, L. Engenharia de Infraestrutura de Transportes - Uma Integração Multimodal. 1ª ed. Editora
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RODRIGUES, P. R. A. Introdução aos sistemas de transporte no Brasil e á logística internacional. 4ª
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MIRANDA, L. M. Sistemas de Transportes e intermodalidade. 1ª ed. Editora Leitura. 2012.
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Rotas da TAM; Disponível em: < http://www.aviacaocomercial.net/> Acesso em: 26 de outubro de 2014.

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