Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Itabira
2019
Plano de Manejo de Bacia Hidrográfica
VITALE AMBIENTAL Córrego Mulungu
Itabira
2019
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 11
2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 14
2.1. Geral................................................................................................................. 14
3. JUSTIFICATIVAS .................................................................................................. 15
5. METODOLOGIA ................................................................................................... 18
8.6.2. Saneamento............................................................................................... 75
9. CRONOGRAMA .................................................................................................... 80
10.4.Educação Ambiental........................................................................................ 82
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 85
APÊNDICE .................................................................................................................. 92
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
2.2. Específicos
3. JUSTIFICATIVAS
4. INFORMAÇÕES GERAIS
Equipe Técnica:
Colaborador: Ana Laura Pereira Paiva Colaborador: Brenda Luiza Ferreira Paiva
Função: Geóloga Função: Engenheira Florestal
CREA-MG: 338210 CREA-MG: 340400
5. METODOLOGIA
5.1.1. Solo
Foram utilizados o software Excel, Google Earth Pro e ArcGIS 10.3 para os
cálculos da Área de drenagem (A), Perímetro (P), Rede de drenagem (Rd) Comprimento
do rio principal (L), Coeficiente de compacidade (kc), Fator de forma (K), Densidade de
drenagem (Dd), Densidade da rede de drenagem (Dr), Índice de circularidade (Icc),
Tempo de concentração (Tc).
5.1.1.3. Geologia
5.1.1.4. Pedologia
5.1.1.5. Geomorfologia
A análise dos pontos críticos em termos de processos erosivos foi realizada com
base nos mapas de uso e ocupação do solo, declividade, visitas a campo.
5.1.1.8. Estradas
5.1.2. Clima
5.1.3. Qualidade do ar
5.2.1. Flora
5.2.2. Fauna
6. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
7. DIAGNÓSTICO DA SUB-BACIA
7.1.1. Solo
A bacia do córrego Mulungu tem como rio principal o Córrego de mesmo nome,
“Mulungu”. Além do seu rio principal é composta por mais 10 cursos d’água
contribuintes, como apresentado na Figura 2. A bacia drena uma área de
aproximadamente 5,403 km² com perímetro de 9,719 km.
Parâmetros Fisiográficos
Ordem da Bacia 3
Área de drenagem 540,3 ha
Perímetro 9,719 km
Comprimento do Rio principal 3,28918 km
Rede de drenagem 10,8135 km
Número de Cursos d’água 11
Coeficiente de Compacidade (Kc) 1,17
Fator de forma (K) 0,5
Densidade de drenagem (Dd) 2,00 km/km²
Densidade da rede de drenagem (Dr) 2,04 km/km²
Índice de circularidade ( Icc) 0,72
Cota de altitude mais alta 960 m
Cota de altitude mais baixa 690 m
Declividade do Curso principal 0,082 m/m
Tempo de Concentração (Tc) 157,38 minutos
grandes enchentes. O fator de forma de 0,50 indica que ela tem tendências medianas a
enchentes. Um índice de circularidade próximo ao valor 1,00 indica que a bacia
apresenta a forma de um círculo perfeito. A bacia do Córrego Mulungu possui índice de
circularidade igual a 0,72 permitindo-nos dizer que a bacia apresenta forma mais
arredondada do que alongada o que justifica juntamente com o coeficiente de
compacidade e fator de forma sua considerável propensão a enchentes. A densidade de
drenagem da bacia do Córrego Mulungu foi de 2 km/km² indicando que a bacia possui
boa drenagem.
7.1.1.3. Geologia
7.1.1.4. Pedologia
7.1.1.5. Geomorfologia
e pode-se observar que elas são drenadas para as partes mais baixas ou áreas de
descarga, representadas pelas cores esverdeadas do mapa.
7.1.1.8. Estradas
7.1.2. Clima
A temperatura média anual é de 21,3°C, sendo a média do mês mais frio 18,5°C
e do mês mais quente 23,7°C. Há oscilações na temperatura média no decorrer do ano,
tendo amplitudes de aproximadamente 11°C no verão e 16°C no inverno (UFMG,
2009).
São predominantes ventos de noroeste no município durante o ano, sendo
intensificados nos meses de julho e agosto, favorecendo a dispersão de material
particulado, afetando os aspectos climáticos, entre eles, a umidade (SILVA; SOUZA,
2002).
A média de precipitação na região é de 1.521,3 mm, sendo janeiro o mês mais
chuvoso, quando precipitam cerca de 281 mm de chuva e julho o mês mais seco, com
aproximadamente 12 mm (UFMG, 2009).
A partir da Figura 11, verifica-se que ocorre uma sensível redução nos índices de
pluviosidade entre os meses de abril a outubro. Entretanto, apesar das baixas
precipitações, os principais rios que drenam o município têm caráter perene em função
do acúmulo de água nas vertentes do relevo (ENGECORPS, 2015).
O comportamento climático de Itabira é decorrente do fato de que o relevo da
área apresenta-se bastante acidentado e contêm elevações altimétricas consideráveis,
verificando-se em algumas áreas altos índices pluviométricos e temperaturas amenas.
7.1.3. Qualidade do ar
A área em estudo não possui dados de qualidade das águas disponíveis para
pesquisa, porém após visitas em campo, pode se observar que as águas apresentavam
pecuária, muito difundida na região não minerada, que, embora não seja
economicamente intensa, é culturalmente expressiva para as comunidades (FIP, 2014).
7.2.1. Flora
Morro da Pedreira; parte do Parque Nacional Serra do Cipó, Parque Estadual Mata do
Limoeiro e Parque Natural Municipal do Intelecto. (FIP, 2014).
Na vertente leste da Serra do Espinhaço, na face oposta ao Distrito Industrial,
localiza-se a região do povoado de Serra dos Alves, no distrito de Senhora do Carmo, os
quais são áreas influenciadas indiretamente pela execução do projeto do Distrito
Industrial. Nesta região estão inseridas a APA Morro da Pedreira e o Parque Estadual
Mata do Limoeiro, o que evidencia a importância da diversidade biológica da região, a
qual se assemelha as tipologias encontradas na região da Serra do Cipó (FIP, 2014).
A sub-bacia do Córrego Mulungu está inserida quase que totalmente na APA
Piracicaba, como visualizado na Figura 14.
7.2.2. Fauna
Nenhum dos entrevistados disse sobre a água está turva ou com mau odor.
Quanto à quantidade de água, apenas um dos entrevistados relatou ter observado a sua
redução nos últimos anos, nas nascentes e consequentemente no Córrego Mulungu.
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE também é o responsável pelo
serviço de coleta e tratamento do esgoto doméstico da cidade de Itabira. A maior parte
As vias de acesso da região são todas rurais e não pavimentadas, sendo o maior
problema dessas vias a degradação do solo, que acarreta em erosões enormes atingindo
os terrenos e ruas da bacia hidrográfica.
Um dos maiores problemas relacionados ao acesso que foi relatado pela
população é que a rede de drenagem da rodovia, que corta a bacia, é jogada diretamente
nas estradas, como pode ser visto na Figura 23.
Figura 23. Drenagem da rodovia sendo jogada na estrada da Bacia Hidrográfica do Córrego
Mulungu.
Fonte: Autores (2019).
pequeno canal com o intuito de desviar a água e não erodir ainda mais a estrada,
conforme pode ser visto a partir da Figura 24.
Figura 24. Canal feito pela população no meio da estrada para desvio da água.
Fonte: Autores (2019).
quanto à utilização dos recursos naturais, pelo fato de que os mesmos se encontram
atualmente já com elevado poder de resiliência. A combinação de fatores
condicionantes determina esse nível de vulnerabilidade natural demandando
preocupações menos severas para implantação de qualquer empreendimento.
8.4.1. Retaludamento
De acordo com CEPA (2009), a falta de conservação em estradas rurais pode ser
apontada como um fator relevante na queda da qualidade ambiental e dos corpos
hídricos, pois possibilita o carreamento de materiais sólidos e a existência de processos
erosivos.
A adoção de medidas que reduzam os efeitos do escoamento superficial da água
é muito importante para evitar as consequências danosas nas estradas e entorno. Assim,
os sistemas de drenagem são utilizados para evitar o acúmulo de água pluvial nas vias e
adjacências, direcionando para canais de escoamento, bacias de acumulação
(barraginhas) ou outro tipo de sistema (GRIEBELER et al., 2005).
Os sistemas de drenagem deverão considerar em seu dimensionamento a vazão
esperada, tipo de solo e sua suscetibilidade à erosão e o sistema de drenagem, para que
ocorra um funcionamento adequado evitando o carreamento de solo (GRIEBELER,
2009).
A canalização das águas pluviais ocorrerá por meio da instalação de canaletas de
concreto ao longo das vias nos trecho mais íngremes de modo a evitar que a enxurrada
ocasione o carreamento de parte da estrada. As canaletas deverão ser direcionada para
caixas coletoras que estarão interligadas em escadas d’água que direcionarão
corretamente as água pluviais para os cursos d’água.
Já nos trechos onde as vias não possuem grande desníveis, as águas pluviais
serão direcionadas para pequenas barragens (barraginhas) ao longo das vias de modo a
coletar as água e proporcionar sua infiltração no solo e o não carreamento do solo para
os cursos d’água. As barraginhas deverão ser feitas realizando pequenas escavações no
solo próximas às vias, com áreas inferiores a 25 m². As barraginhas são planejadas para
conter o escoamento superficial da água (enxurradas) em estradas rurais. As dimensões
das barraginhas têm em média 5 metros de raio em barragens semicirculares, e sua
construção deve ser realizada em terrenos com até 12% de declividade (BARROS,
2008).
A bacia hidrográfica é considerada como uma unidade física ideal para o manejo
e gestão ambiental, principalmente para ações de educação ambiental quando se
objetiva desenvolver temas de modo interdisciplinar e compreensivo, incluindo toda a
comunidade da bacia hidrográfica (SANTOS & RUFINO, 2003).
8.6.2. Saneamento
biodigestora, pois o responsável é apicultor e necessita deste tipo de fossa, por fim, a
grande maioria joga o efluente no corpo hídrico in situ. Sendo assim, percebe-se que
esta é uma problemática ambiental muito evidente na área e que a população pode se
prejudicar por meio da propagação de doenças de veiculação hídrica.
No estudo realizado por Miranda, o autor retrata doenças causadas por
diferentes grupos, sendo estes: doenças transmitidas pela água; doenças controladas pela
limpeza da água; doenças associadas às águas; doenças cujos vetores se relacionam com
a água e doenças associadas ao destino dos dejetos.
Ainda, após análise da legislação mineira, o autor destaca que esta concebe
claramente o saneamento básico como um direito de todos os cidadãos, uma vez que é
considerado essencial para a qualidade de vida da população. Em âmbito estadual, a Lei
n. 13.317/99, do Código de Saúde, delimita as responsabilidades quanto ao tratamento
de efluentes.
Como o órgão público responsável pelo esgotamento urbano e rural não cumpre
com suas responsabilidades na bacia, é necessário realizar medidas de educação
ambiental que minimizem o problema. Para isso, propõe-se palestras e cursos para
exposição e conscientização da população quanto aos problemas decorrentes do
lançamento in natura, destacando principalmente os problemas relacionados a
contaminação dos cursos hídricos e suas consequências, como propagação de doenças
de veiculação hídrica, danos à fauna aquática, perda da qualidade das águas, entre
outros.
Uma opção para solucionar essa questão é a fossa séptica, recorrendo ajuda da
prefeitura, caso a mesma não dê auxílio, propõe-se a criação de uma estrutura para uma
associação de moradores, contribuindo para o fortalecimento das ações e da
representatividade frente aos órgãos públicos. Dentro desta temática, sugere-se a oferta
de minicursos aos representantes visando capacitá-los para submissão de projetos em
editais de financiamento público, como o programa do Itaú, Ecomudança. Por meio
destes projetos, a associação pode captar recursos para a aquisição de materiais para
construção de métodos alternativos de tratamento de efluentes, como a fossa séptica
citada anteriormente, fazendo com que os efluentes não sejam mais depositadores
diretamente nos cursos d’água.
Outras fontes podem ser alvos para captação de recurso como, por exemplo, a
mobilização política para direcionamento de recursos para investir em tecnologias de
tratamento, a promotoria pública, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e
Meio Ambiente, a parceria com entidades de prestação de serviços ambientais como a
Sociedade Ambiente Vivo de Itabira (SAVI), entre outras.
citou a incineração como destino final dos resíduos produzidos, alguns tipos de resíduo
como vidro e ou construção civil são dispostos em um buraco em uma pedra.
De acordo com Rocha (2012), devido ao fato dos moradores de áreas rurais
acreditarem que a produção de resíduo é pouca, acabam não se preocupando com os
problemas ambientais, cabendo aos agentes públicos atuarem em sua conscientização.
Sabe-se que a incineração de resíduos a céu aberto é prejudicial ao meio ambiente e é
crime, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9605/1998). A queima de
determinados plásticos libera furanos e dioxinas (compostos gasosos cancerígenos),
além do dióxido de carbono, principal gás do efeito estufa (MASTER AMBIENTAL,
2013). Visando minimizar tais impactos, propõem-se algumas medidas, objetivando a
conscientização da população e o contato com órgãos públicos responsáveis.
Primeiramente é necessária articulação com o poder público, para que sejam
discutidas as possibilidades de coleta pública na bacia pela Empresa de
Desenvolvimento Urbano de Itabira (ITAURB). Paralelamente a essa medida, de forma
mais imediata, sugere-se que os moradores articulem um revezamento para transportar
os resíduos até o ponto de coleta mais próximo. Destaca-se que essa medida é de curto
prazo, até que a coleta pela ITAURB seja consolidada.
Outras medidas a serem adotadas na bacia são palestras e oficinas sobre
compostagem e reciclagem. A compostagem, além de auxiliar na redução de resíduos,
seria uma atividade útil no contexto local. A adoção de técnicas de separação de lixo
para reciclagem pode, ainda, configurar uma fonte de renda extra à população da área
que em grande parte possui baixa renda.
Destaca-se ainda, a importância de palestra de conscientização a educadores e
agentes comunitários, para que estes sejam multiplicadores e disseminadores de
conhecimento acerca da gestão dos resíduos sólidos.
9. CRONOGRAMA
Adequação ambiental
Atividade Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Adequação de áreas de pastagens e solo exposto
Terraceamento xx
Gradagem e Aração x
Enriquecimento do solo x
Distribuição de sementes xx
Plano de rotatividade do gado x
Controle dos animais de criação
Cercamento das áreas x
Medidas de controle e extinção de espécies invasoras x x
Adequação de estradas
Retaludamento
Revegetação dos taludes xxx
Sistema de drenagem das vias xxx
Saneamento
Instalação de fossas sépticas xxx
Capacitação para tratamento doméstico para
x
consumo de água
Atividades de educação ambiental
Palestras e oficinas educativas xx
Cursos e capacitações xx
Fonte: Autores (2019).
10. CUSTOS
Enriquecimento do solo
65 110,00 7.150,00
(calagem + adubação)
Subtotal 65.650,00
Fonte: Autores (2019).
Cercamento de APP
Preço Total
Material Quantidade Preço (R$/m)
(R$)
80,00
Mão de Obra 2 (pessoas) 9.600,00*
Pessoa/dia
Subtotal 56.582,00
Fonte: Autores (2019).
Subtotal 2.800,00
Fonte: Autores (2019).
TOTAL 443.643,5
Fonte: Autores (2019).
REFERÊNCIAS
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm>. Acesso
em: 18 abr. 2019.
FIP (Fundação Israel Pinheiro). lano iretor articipativo do unic pio de Itabira.
Itabira, 2014. Disponível em <http //www.itabira.mg.gov.br/portal/wpcontent/
uploads/2014/10/PDM_ITA_leitura-tecnica_R00.compressed.pdf>. Acesso em: 22 abr.
2019.
areas-de-Protecao-Ambiental-os-mananciais-de-abastecimento-publico-do-Municipio-
de-Itabira-e-seus-afluentes-e-da-outras-providencias..pdf>. Acesso em maio de 2019.
RIBEIRO, Júlia Werneck; ROOKE, Juliana Maria Scoralick. Saneamento Básico e sua
relação com o meio ambiente e a saúde pública. Monografia em Análise Ambiental
da Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, 2010. Disponível em:
<http://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/38708350/TCCSaneamentoeSaude
.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=14950
31219&Signature=F3SOfjwjDNnGVJgPcIiRR5xWR6I%3D&response-
contentdisposition=inline%3B%20filename%3Dlicitacao.pdf> Acesso em: 04 maio
2019.
ROCHA, Adilson Carlos et al. Gestão de resíduos sólidos domésticos na zona rural:
a realidade do município de Pranchita - PR. Revista de Administração da Ufsm,
[s.l.], v. 5, p.699-714, 18 dez. 2012. Universidade Federal de Santa Maria. Disponível
SILVA, Arnaldo Edgard Lage; GARCIA, Cristina Cunha; REIS, Flávia Lage. Plano de
Manejo Parque Natural Municipal Mata do Intelecto. Itabira: Pmi, 2016. Disponível
em: <http://www.itabira.mg.gov.br/portal/wp-content/uploads/2016/04/Plano-de-
Manejo-Parque-Natural-Municipal-do-Intelecto.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2019.
APÊNDICE
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO
1. Reside no imóvel?
( ) Sim( ) Não ( ) Residência para outros fins
Propriedade: ( ) pequena ( ) média ( ) grande
Quantas pessoas residem na propriedade: ______