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SÍNTESE – Izadora Kettila Cavalcante

Princípios específicos do direito ambiental

O princípio do meio ambiente como um direito fundamental

No regime constitucional brasileiro, o próprio caput do artigo 225 da


Constituição da República impõe a conclusão de que o direito ao meio
ambiente é um dos direitos humanos fundamentais. Assim o é por ser o meio
ambiente considerado um bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida.

O princípio do desenvolvimento sustentável


O princípio do desenvolvimento sustentável tem como substância a
conservação dos alicerces da produção e reprodução do homem e suas
atividades, conciliando o crescimento econômico e a conservação do meio
ambiente, numa relação harmônicas entre os homens e os recursos naturais
para que as futuras gerações tenham também.

O princípio da solidariedade intergeracional


O princípio da equidade ou solidariedade intergeracional, por sua vez, ganha
notável importância em um momento em que os limites de resiliência do
planeta, dentro dos quais a humanidade pode se desenvolver e prosperar para
as gerações presentes e futuras estão, um a um, sendo ultrapassados. Os
limites relacionados à integridade da biosfera, ao fluxo biogeoquímico, à
alteração do funcionamento do solo e às mudanças climáticas já foram
superados ou estão seriamente ameaçados.

O princípio da função social da propriedade


O princípio da função social da propriedade impõe que, para o reconhecimento
e proteção constitucional do direito do proprietário, sejam observados os
interesses da coletividade e a proteção do meio ambiente, não sendo possível
que a propriedade privada, sob o argumento de possuir a dupla natureza de
direito fundamental e de elemento da ordem econômica, prepondere, de forma
prejudicial, sob os interesses socioambientais.
O princípio da prevenção
O princípio da prevenção indica estratégias para lidar com as consequências
danosas de certas atividades para o meio ambiente, consideradas conhecidas,
isto é, antecipáveis. Por serem consideradas antecipáveis, essas
consequências são tidas passíveis de serem evitadas ou terem seus efeitos
mitigados por meio de decisões.

O princípio da precaução
O princípio da precaução, por sua vez, indica estratégias para lidar com a
incerteza decorrente da impossibilidade de se antecipar as consequências de
uma atividade humana.

O princípio do poluidor-pagador
O princípio do poluidor pagador preconiza que os custos decorrentes da
prevenção da poluição e controle do uso dos recursos naturais assim como os
custos da reparação dos danos ambientais não evitados (“custos da poluição”)
sejam suportados integralmente pelo condutor da atividade econômica
potencial ou efetivamente degradadora, que, portanto, internalizará os custos
da poluição ao invés de externalizá-los para o Estado e, consequentemente,
para a sociedade.

O princípio do usuário pagador


O Princípio Usuário-Pagador determina que as pessoas que usam recursos
naturais devem pagar por tal utilização, ainda que não haja poluição.

O princípio da participação popular


O Princípio da Participação Popular é a possibilidade que a população tem de
participar das decisões políticas ambientais. O princípio é de fundamental
importância, uma vez que permite o controle pela sociedade das atividades
estatais nas questões ambientais.

O princípio da intervenção estatal no controle ambiental


Princípio da obrigatoriedade da intervenção do Poder Público fala sobre a
tutela que o estado deve ter sobre as questões ambientais, sendo ele obrigado
a protegê-lo, o poder público deve se preocupar com o meio ambiente no
momento da preparação de suas leis, fiscalização e políticas públicas.

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