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ANTROPOCÊNTRICA ANTROPOCÊNTRICA
ECOCÊNTRICA
UTILITARISTA PROTECIONISTA
A natureza é a principal Bem coletivo essencial que O ser humano é parte do
fonte de recurso para deve ser preservado como todo (meio ambiente), e,
atender as necessidades garantia da sobrevivência portanto, o ecossistema
humanas. humana; busca o equilíbrio merece especial proteção
entre o bem-estar humano e em relação à atividade
os processos ecológicos predatória humana.
essenciais.
Atualmente, as normas nacionais e internacionais adotam a posição
antropocêntrica protecionista, evoluindo em relação a um passado de indiferença com
a preservação dos recursos naturais.
1.2 A CF/88
Art. 225, CF. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.
Art. 170, CF. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na
livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da
justiça social, observados os seguintes princípios: (...)
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade; (...)
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme
o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e
prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais; (...)
Embora não presente nos arts. 5º a 17, que possuem rol não exaustivo de
direitos fundamentais (art. 5º, §2º, CF), realizando-se uma interpretação sistemática da
CF se constata que é direito fundamental da pessoa humana, posicionamento
consagrado pela jurisprudência brasileira. Inclusive, o STF entende que, por se tratar de
PREVENÇÃO PRECAUÇÃO
Prevê medidas que não apenas reparem os É garantia contra os riscos potenciais que
danos, mas que também os impeçam de não podem ainda ser identificados;
acontecer;
Objetivo: evitar que o dano ocorra; Não é qualquer risco, mas apenas risco
grave e irreversível;
Pressupõe certeza científica do impacto Não há certeza científica quanto à
ambiental ocorrência do impacto ambiental;
Diante da certeza de ocorrência do dano, A ausência de certeza científica não deve
devem ser tomadas todas as medidas para postergar a adoção de medidas protetivas;
evita-lo;
É o principal fundamento do Estudo de Inversão do ônus da prova: é do potencial
impacto ambiental, que tem como objetivo poluidor o ônus de provar, com
visualizar os impactos previamente para anterioridade, que as intervenções
evita-los ou minimizá-los o quanto possível; pretendidas não são danosas;
Nexo causal cientificamente provado; O nexo causal é presumido;
5. PRINCÍPIO DO PLUIDOR-PAGADOR
Lei 6.938/81
Art 4º: A Política Nacional do Meio Ambiente visará: (...)
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os
danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais
com fins econômicos.
Art. 14, § 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor
obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos
causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério
Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade
civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.
Art. 225, CF
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
6. PRINCÍPIO DO USUÁRIO-PAGADOR
O usuário dos recursos naturais deve pagar pela sua utilização. A atribuição de
valor econômico ao bem natural tem como objetivo racionalizar o uso e evitar o
desperdício, além de ser uma contrapartida a coletividade, afinal, o particular está
se beneficiando de bem coletivo.
Aqui, o pagamento independe de dano, ou seja, dá-se tão somente em
razão da utilização, não sendo, portando, punição (Vide Art. 4º, VII, Lei 6.938/81
acima).
Previsto Expressamente na Lei 9.433/97, art. 19 (Política Nacional de Recursos
Hídricos), Lei 9.985/00, art. 36 (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza), etc. Este, considerado constitucional pelo STF na ADI 3378/DF.
Art. 225, CF. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico
9. PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO
Art. 186, CF. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos
seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio
ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Art. 4º, CF: A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais
pelos seguintes princípios: (...)
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
Esse princípio assume relevância, pois, em regra, os fenômenos
poluidores não se restringem a um local específico, mas afetam o ecossistema
como um todo, mesmo que a longo prazo.
Assim, visando contribuir para a preservação do ambiente com um todo, os
países mais avançados na proteção ambiental devem repassar conhecimentos para os
demais, assim como os países em geral devem cooperar uns com os outros nas
apurações de danos em territórios contíguos, etc.
Tal princípio não importa em renúncia à soberania do Estado.