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DIREITO
AMBIENTAL
Profª. Drª. Andrea Bulgakov Klock
• Conceito: Princípio é “uma regra geral e abstrata que se obtém
indutivamente, extraindo o essencial de normas particulares, ou
como uma regra geral preexistente”.
Assim, a incerteza científica milita em favor do meio ambiente e da saúde (in dubio
pro natura ou salute). A precaução caracteriza-se pela ação antecipada diante do risco
desconhecido. Enquanto a prevenção trabalha com o risco certo, a precaução vai
além e se preocupa com o risco incerto. Prevenção se dá em relação ao perigo
concreto, ao passo que a precaução envolve perigo abstrato ou potencial. (AMADO,
2014, e-book).
• O Princípio do Usuário Pagador estabelece que quem utiliza o recurso ambiental deve suportar
seus custos, sem que essa cobrança resulte na imposição taxas abusivas. Então, não há que se falar
em Poder Público ou terceiros suportando esses custos, mas somente naqueles que dele se
beneficiaram.
Indica a responsabilidade (em esfera penal, cível e administrativa) pelos danos que venham a
causar.
No mais, é interessante observar que a jurisprudência pátria reconhece no dano ambiental uma
espécie de responsabilização objetiva:
[…] a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo
de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a
invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para
afastar a sua obrigação de indenizar; […] (STJ – Recurso Repetitivo – REsp 1354536 / SE. RECURSO
ESPECIAL. 2012/0246647-8. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO. Órgão Julgador. Data da Publicação:
DJe05/05/2014).
[…]
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental
dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
• Outra faceta do princípio exige que toda conduta com efeitos ambientais leve em
consideração a faceta acima explicitada dos possíveis danos ambientais.
• Possui fundamento no art. 225 da Constituição Federal do Brasil, bem como é previsto
como no Princípio 3 da Declaração do Rio
• A decisão também enfatiza que, “como corolário do princípio in dubio pro natura, justifica-se a
inversão do ônus da prova, transferindo para o ônus de demonstrar a segurança do
empreendimento, (...) técnica que sujeita aquele que supostamente gerou o dano ambiental a
comprovar ‘que não o causou ou que a substância lançada ao meio ambiente não lhe é
potencialmente lesiva’”.
Profª. Drª. Andrea Bulgakov Klock