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COGUMELOS NO SUL

DO BRASIL
volume 1
Jair Putzke
Todos os direitos reservados pelo autor
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PREFÁCIO

Um dos grandes problemas do Brasil estará sempre associado à falta de livros


básicos que possibilitem ao leigo identificar espécies de nossa flora, fauna e
micota (fungos). Como isto é possível se o Brasil tem a maior biodiversidade do
planeta? Enquanto países desenvolvidos têm livros de bolso para esta atividade,
aqui nem sonhamos ainda com esta possibilidade. Surge então a oportunidade
de lançar algo inédito, com todos os recursos que tem-se à disposição: montar e
apresentar aos interessados um livro como um guia de bolso (talvez não caiba),
para identificar fungos macroscópicos, em especial do grupo dos cogumelos.
Muito comuns em qualquer ambiente, os cogumelos estão representados de
diversas maneiras no nosso dia a dia. Ocorrem em lendas, contos, em desenhos
animados e filmes, mas ainda são pouco explorados quando fala-se em
utilização prática. Para isto lança-se o presente livro, cujo objetivo é permitir
que você possa aventurar-se na difícil tarefa de identificar fungos, ainda que
tentativamente, para utilizá-los depois em outras pesquisas ou somente como
diversão.
O livro vem atender os pedidos do pessoal que tem participado de cursos de
identificação e reclama da falta de algo básico na área e daqueles que vêem nos
cogumelos um motivo para meditação e contemplação. Este é o primeiro
volume de uma série que está sendo finalizada.
Boa leitura e diversão.

Cyathus – um fungo diferente


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INTRODUÇÃO

Os fungos apresentam muitas espécies microscópicas, mas algumas delas acabam


formando corpos de frutificação bem grandes em determinadas épocas (apesar do nome
“corpo de frutificação” não ser correto!). Estas formações podem ser de dois tipos:
ascomicéticas, que em geral tem forma de taça ou prato (foto no centro e abaixo) e
basidiomicéticas (daí o nome Basidiomycota), que pode ser nas demais formas abaixo
apresentadas (fotos) e que podem formar também os populares cogumelos. A espécie da
direita é muito fedorenta e pertence ao grupo das Phallales (neste caso Dyctiophora
indusiata = Phallus indusiatus). Chineses fazem sopa desta espécie, sendo que o mau
cheiro que exalam é para atrair moscas que dispersam seus esporos, mas que para nós
pode causar náuseas de tão horrível. A foto central mostra uma estrela-da-terra
(Geastrum sp.), em que a bola contem os esporos que saem pela boca quando ela é
apertada, ou pelo impacto de gotas d´água ou de qualquer objeto. Esta espécie pertence
aos gasteromicetos, outro grande grupo que reúne espécies macroscópicas, mas que
formam seus esporos em geral no interior de estruturas do corpo de frutificação (dentro
de um invólucro que pode ser de várias formas).

Geastrum sp.

Dyctiophora indusiata
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REPRODUÇÃO
Nos cogumelos, os esporos (sementes microscópicas) são formados geralmente na parte
de baixo do guarda-chuva ou chapéu, que é chamado de píleo. Desta forma, os esporos
podem depositar-se sobre a grama ou no tronco onde estes fungos crescem e a cor desta
formação pode ser então interpretada. A cor pode também ser observada se deixarmos o
cogumelo sobre uma folha de papel por algum tempo dentro de um pote fechado com
uma bolinha de papel umedecida. Os esporos se depositam sobre a folha. Esta coloração
é chamada de esporada e pode ser branca, negra, verde, rosada, enfim, de várias
tonalidades. Em fungos de outros grupos os esporos podem ser formados em toda a
superfície externa, como no caso das Ramaria mais abaixo.

Ramaria
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PARTES DE UM COGUMELO
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ESTRUTURA GERAL DO HIMENÓFORO
O himenóforo é a região que fica por baixo do píleo, isto é, a área fértil do cogumelo,
onde são formados os esporos. Desta forma, os cogumelos liberam milhões de esporos
que são atirados a partir dos basídios. Estes são células clavidormes onde,
externamente a elas, formam-se de um a quatro esporos que são gerados sobre
pequenos espinhos denominados esterigmas. A camada de basídios recobre toda a
estrutura formada nesta região, que pode ser lamelada, poróide, favolóide até
completamente lisa. Alguns tipos de himenóforo estão expostos abaixo. O himênio é a
camada formada pelos basídios e outras estruturas estéreis que podem ser
encontradas preenchendo o espaço entre basídios.
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FORMAS ENCONTRADAS A CAMPO
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TIPOS DE SUPERFÍCIE
O píleo pode ser recoberto por vários tipos de ornamentos tal como mostra a figura abaixo
(cogumelo cortado ao meio): a- superfície escamosa; b- superfície vilosa; c- superfície
híspida; d- superfície estrigosa.
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TIPOS DE LAMELAS
As lamelas podem conectar-se ao estipe de diversas maneiras. As principais estão
exemplificadas abaixo (em corte do cogumelos): a- remotas; b- livres; c- adnexas; d-
emarginadas; e- curto-emarginadas; f- adnatas; g- livres colariadas; h- sub-decurrentes; i-
decurrentes.

Leucocoprinus Gymnopillus Marasmiellus


remotas adnexas adnatas
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FORMAS DO PÍLEO
O píleo dos cogumelos pode assumir diferentes formas, independente da disposição das
lamelas. Desta forma pode-se ter: a- aplanado; b- cônico; c- convexo; d- campanulado; e-
côncavo; f- papilado; g- depresso; h- umbonado; i- plano-convexo; j- infundibuliforme; k-
ciatiforme; l- hemisférico.
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FORMAS DO PÍLEO/LAMELAS
Em alguns casos a margem do píleo pode ser importante para a identificação do cogumelo.
Desta forma podem-se reconhecer: a- margem involuta; d- margem revoluta.
Em outros casos tem-se ainda disposição de lamelas diferente: a- lamelas ascendentes; b-
lamelas intervenosas; c- lamelas radiadas (a partir do ponto de fixação central e pela
superfície do píleo).
O píleo e o estipe ainda podem variar das seguintes formas: c- com pseudo-estipe; e- píleo
plicado com estipe central; f- píleo excentricamente estipetado; g- sem micélio basal ou
inserto; i- com micélio basal evidente; h- píleo espatulado com estipe lateralmente fixo.
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FORMAS DO PÍLEO/LAMELAS
Em alguns casos a margem do píleo pode ser importante para a identificação do cogumelo.
Desta forma podem-se reconhecer: a- margem involuta; d- margem revoluta.
Em outros casos tem-se ainda disposição de lamelas diferente: a- lamelas ascendentes; b-
lamelas intervenosas; c- lamelas radiadas (a partir do ponto de fixação central e pela
superfície do píleo).
O píleo e o estipe ainda podem variar das seguintes formas: c- com pseudo-estipe; e- píleo
plicado com estipe central; f- píleo excentricamente estipetado; g- sem micélio basal ou
inserto; i- com micélio basal evidente; h- píleo espatulado com estipe lateralmente fixo.
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O desenho acima (esquerda) é um dos mais antigos que se conhece de um cogumelo,


tendo sido feito na Europa e datado de 1419. As pesquisas e sua utilização com o alimento
são muito antigos nesta região. No Brasil, ao contrário, grande parte dos usos de
cogumelos são relativos aos indígenas, mas este conhecimento em grande parte se
perdeu.
Os trabalhos de levantamento de cogumelos brasileiros foram feitos inicialmente pelo
Padre Johannes Rick (1869-1946, acima ao centro) no sul e entre 1900 e 1946 e
posteriormente, por Augusto Chaves Batista (1916-1967; acima a direita) na década de
1950-60. Estes foram pioneiros junto a outros cientistas brasileiros e estrangeiros que
atuaram aqui. Graças ao conhecimento conseguido pelo trabalho destes, tem-se hoje
cerca de 1.200 espécies de cogumelos conhecidos para o Brasil, alguns dos quais são
listados e ilustrados a seguir. O número ainda está longe de ser conclusivo, então muito
mais pesquisas são necessárias para conhecermos o número real de cogumelos que
ocorrem no Brasil. Da mesma forma, este número aumenta também em função da
introdução de espécies de outros países através de plantações de Eucaliptus, Acacia,
Pinus e outras árvores. Portanto, para fins de identificação, é importante que você esteja
atento à possibilidade de espécies venenosas diferentes estarem sendo introduzidas no
Brasil a qualquer momento.
Lycoperdon perlatum Pycnoporus sanguineus
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Os fungos têm várias utilidades econômicas e mesmo funções diferentes no meio


ambiente. No esquema acima pode-se perceber algumas destas utilidades. Praticamente
todos os seres vivos dependem direta ou indiretamente de fungos. Poderíamos substituir
no centro o termo FUNGOS pelo nome COGUMELOS, e o mesmo esquema ainda seria
válido, pois cogumelos são fungos e apresentam relação com todos estes tópicos. Desta
forma, cogumelos como em várias espécies de Hohenbuehelia (abaixo esquerda), são
predadoras de nematóides de solo CONTROLE BIOLÓGICO), alguns dos quais
representam grandes pragas para nossas lavouras. Outros são associados a raízes de
plantas, levando nutrientes para estas e recebendo da planta açúcar com água, sendo que
ambos se beneficiam (abaixo direita – Amanita muscaria imatura).

Hohenbuehelia nigra Amanita muscaria em Pinus


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IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA
Os cogumelos são decompositores de matéria orgânica morta, disponibilizando
nutrientes de novo para as plantas. É um dos trabalhos gratuitos mais importantes
para os seres vivos e apresentado no desenho abaixo, onde todos os seres estão
interligados.
Algumas espécies de Marasmius formam a chamada crina vegetal, um fio preto
muito resistente e que permite dar nós e fazer amarrações (ver foto abaixo). Estes
fios são utilizados por aves para confecção de seus ninhos, representando uma
associação (cogumelo + aves).
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FUNGOS & FORMIGAS

O jardim das Bromáceos, as


formigas células do fungos
que as formigas
comem

No esquema acima está exposto o que as formigas cortadeiras


fazem com os pedaços de plantas que levam para seu ninho.
Elas criam um jardim e nele plantam um fungo para utilizar
este como alimento. Portanto, elas não comem as folhas e sim
o que cultivam nelas. Leucoagaricus, Agrocybe, Conocybe,
Área de ocorrência de Agaricus , Leucopaxillus, Xerocomus são exemplos de gêneros
Atta nas Américas (em de cogumelos que são cultivados por formigas. Se algum
vermelho)‫‏‬ problema atinge o formiguerio e a colônia enfraquece, os
cogumelos podem ser formados por fora do ninho.

Hericium – fungo que não pertence


aos cogumelos
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COGUMELOS CULTIVADOS
O cultivo de cogumelos comestíveis já é uma realidade no Brasil. Muitos produtores se
especializaram e hoje são até mesmo grandes exportadores, mas ainda tem-se mercado
em amplo cresciemento por aqui. No cesto abaixo tem-se várias espécies que são hoje
cultivadas em diferentes centros. De cima para baixo na foto: Pleurotus sp. (Shimeji),
Pleurotus ostreatoroseus (Hiratake ou Salmão), Agaricus sp. São algumas das espécies
cultiváveis. Antes de começar um cultivo, procure informar-se pois o detalhismo é
muito importante e o iniciante pode decepcionar-se com os insucessos. Mesmo
produtores antigos sofrem às vezes quebras significativas em alguns lotes.

Como os cogumelos são decompositores, deve-se oferecer restos vegetais e animais


como alimento, que incluem: palha de trigo ou de arroz, bagaço de cana-de-açúcar,
esterco de galinha, farelos diversos e outros substratos.
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COGUMELOS CULTIVADOS
Outras espécies são cultivadas diretamente em troncos como o Shiitake (Lentinus
edodes – abaixo direita). Estas espécies tem seu mofo (micélio) introduzido em furos
feitos nos troncos, colonizando toda a madeira e, na hora de formar o cogumelo, devem
sofrer um choque. Isto é conseguido mergulhando-se as toras em água gelada ou
batendo-as com pedaços de pau.

No caso do Champignon, além do substrato que se oferece para o micélio se


desenvolver, quando chega o momento de frutificar, coloca-se uma terra de cobertura
esterilizada que permitirá a formação dos cogumelos (embaixo esquerda). Sem esta
terra não há formação dos primórdios. Para a coleta são escolhidos os cogumelos
pequenos, ainda sem abrir o píleo. Se este abrir e os esporos amadurecerem, as lamelas
inicialmente brancas ou rosadas ficam pretas ou marrom-escuras.

Cultivo de Agaricus

Cultivo de Shitake
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COGUMELOS CULTIVADOS
Outras espécies são cultivadas diretamente em troncos no meio do mato, mas são raros
os casos deste tipo de cultivo no País. Espécies como as Auricularia spp. abaixo, que
pode chegar a até 20 cm de diâmetro e outras espécies comestíveis, podem ser obtidas
desta forma.

Para cultivo de espécies usuais no mercado o micélio ou o que se chama vulgarmente


de “semente”, pode ser comprado de vários fornecedores para espécies como Pleurotus
e Agaricus. Outras espécies só podem ser encontradas na natureza, mas na maioria não
são conhecidas técnicas de cultivo. Há espécies, por exemplo, que vivem em solo ou
serrapilheira, de excelente sabor, mas sem aplicação por não ser possível ainda o seu
cultivo e outras micorrízicas, que só podem ser encontradas sob a copa de algumas
árvores com as quais estas mantêm a simbiose.

Auricularia
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COGUMELOS CULTIVADOS
Muitas espécies são pequenas demais para serem utilizadas como alimento ou para
outros fins, mas podem ter aplicações em outras áreas ou pelo menos tem alguma
importância ecológica. Neste grupo entram a maioria das espécies conhecidas. Em
todas devem ser observadas - para a identificação - a forma e cor do píleo, lamelas e
estipe, como mostra a figura abaixo.

Lamelas

Estipe Píleo

Coprinus
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COGUMELOS NO BRASIL
A seguir apresentam-se as fotografias e detalhes de muitas espécies encontradas no
Brasil e que podem ser tentativamente identificadas com o uso deste guia. Mas lembre-
se: este guia pode não ser suficiente em muitos casos, pois o clima e outras condições
modificam muito a forma geral dos cogumelos. Esta deve ser uma identificação por
tentativa e erro, sendo importante consultar a microscopia para confirmar a
identificação.

Este guia não contempla outros grupos confundidos eventualmente com o aqui
discutido, como as orelhas-de-pau (ver foto bem embaixo).
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O gênero Suillus
Estes fungos são encontrados sob mata de Pinus, com o qual formam micorriza. Podem
ser diferenciados pela coloração marrom clara dos poros e pela cor da derme, esta que
pode ser removida facilmente e arrancando-se tiras longas sem se romper ao puxar. O
píleo também é bem víscido, aderindo aos dedos e colando materiais na superfíicie.
Suillus luteus tem anel e Suillus granulatus não.

Suillus luteus

Suillus granulatus
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O gênero Laccaria
Estes fungos são encontrados sob mata de Eucaliptus (Laccaria fraterna) e Pinus
(Laccaria laccata). Podem ser diferenciados pela coloração marrom carne em geral,
igual para todas as partes, pelas lamelas aderidas ao estipe (adnatas) e por crescer em
solo destas matas. A espécie de Pinus é maior no diâmetro do píleo e em altura.

Laccaria fraterna Laccaria fraterna

Laccaria fraterna Laccaria laccata


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O gênero Lepista
Estes fungos são encontrados em solo de gramados. Podem formar anel de bruxa. Sua
coloração violáeo-azulada é característica, associado às lamelas que antes de aderirem
ao estipe subem um pouco (emarginado-adnatas). Lepista sprdida e Lepista glabella são
as espécies mais encontradas. A esporada é rosada.

Lepista sordida
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O gênero Lactarius
Estes fungos são encontrados em solo de mata de Pinus, árvore com a qual tem relação
micorrízica. Sua coloração alaranjada (cenoura) é característica, associado às lamelas
que são de adnatas até decurrentes e da mesma cor. Se machucados ou mesmo na hora
da coleta podem ficar esverdeados. Lactarius deliciosus é a espécie mais encontrada
podendo atingir até 20 cm de diâmetro, apresentando ainda o píleo com círculos
concêntricos de cor mais profunda intercalados por outros cículos mais claros.

Lactarius deliciosus
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O gênero Anellaria
Estes fungos são encontrados em esterco de gado. Esta espécie é branca, mas pode ser
confundida com Panaeolus que também tem píleo com forma de campânula, mas estes
são muito venenosos. A espécie aqui ilustrada é Anellaria sepulchralis. A esporada é
preta.

Anellaria sepulchralis
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O gênero Macrolepiota
Estes fungos são encontrados em solo de campos, apesar de uma espécie grande ser
encontrada em interior de mato. Tem píleo branco com escamas mais escuras cobrindo
toda a superfície. As lamelas são brancas e completamente livres do estipe (remotas). A
esporada é branca e por isto facilmente separada de Chlorophyllum que tem esporada
verde e é venenoso. O estipe em ambos tem anel (que fica livre) e é igualmente
escamoso ou até liso. Macrolepíota bonaerensis é uma das mais comuns (foto esquerda)
junto com Macrolepiota rhacodes (direita) e Macrolepiota kerandi.
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O gênero Macrolepiota
Mais algumas espécies de Macrolepiota encotnraas no Brasil (foto esquerda):
Macrolepiota rhacodes (direita) diferencia-se por mudar de cor quando o contexto é
machucado ou exposto, além de ter estipe inteiramente liso; Macrolepiota kerandi
(esquerda) é um pouco menor que as demais.
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O gênero Leucocoprinus
Estes fungos são encontrados em solo de campos, apresentando píleo fino e
profundamente sulcado, muitas vezes lembrando um leque. Podem chegar a 5 cm de
diâmetro. O estipe tem anel e as lamelas são livres (remotas). São venenosas e as
escamas podem irritar os olhos.

Leucocoprinus brebissonii

Leucocoprinus birnbaumii
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O gênero Leucocoprinus
Dentre os cogumelos estes são os mais frágeis e ao mesmo tempo dos mais vivamente
coloridos, sendo característico o píleo bem sulcado-plicado quando bem maduro e as
escamas que se soltam com facilidade ao serem tocadas. O anel é móvel, ficando livre
com a maturidade. Podem ocorrer em solo ou raro em madeira.

Leucocoprinus birnbaumii
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O gênero Chlorophyllum
Estes fungos são encontrados em solo de campos, apresentando píleo grosso, muito
parecido aos Macrolepiota. A única diferença marcante é a cor das lamelas quando os
esporos estão maduros (elas passam do branco ao esverdeado). Muitas confusões são
feitas e esta espécie é venenosa, havendo um caso recente de envenenamento no Paraná.
O estipe tem anel e as lamelas são livres (remotas).

Chlorophyllum molybdites
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O gênero Hohenbuehelia
Estes fungos são encontrados em diversos tipos de madeira morta e inclusive em cipós e
muitas vezes apenas em galhos menores. São em geral pequenos e sem estipe, apesar de
uma espécie pelo menos ter um estipe lateral (Hohenbuehelia petalodes). Em geral não
passam dos 4 cm de diâmetro. Algumas espécies são confundidas com Pleurotus mas
apresentam gelatina no contexto e nas lamelas, sob pouco aumento, percebe-se
projeções a partir das margens que são metulóides (estruturas de função mecânica e
excretora).

Hohenbuehelia atrocaerulea
Hohenbuehelia singerii

Hohenbuehelia petalodes
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Os gêneros Resupinatus,
Cyptotrama e Dictyopanus
Resupinatus são encontrados em diversos tipos de madeira morta e inclusive em cipós e
restos de coqueiros e muitas vezes apenas em galhos menores. São em geral pequenos e
sem estipe. Confundem-se com Hohenbuehelia, mas não apresentam os metulóides
projetando-se das lamelas (vistos como espinhos nos lados das lamelas sob pequeno
aumento) emuitas são de colorido escuro. A esporada branca e em geral não passam
dos 2 cm de diâmetro. No caso de Cyptotrama, o colorido amarelo-ouro com escamas
em forma de pirâmide na superfície, contrastando com as lamelas inteiramente
brancas e adnatas, são caracteres que ajudam a diferenciar esta espécie que ocorre em
madeira morta. Dyctiopanus é inconfundível pela fixação por um curto estipe lateral e
por apresentar poros e não lamelas. A cor e o reduzido tamanho também são
distintivos.

Resupinatus applicatus Cyptotrama asprata

Dyctiopanus pusillus
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O gênero Conocybe
Estes fungos são encontrados em solo de campos, apresentando píleo com forma de sino
ou campânula até convexo, branco a amarelento ou amarronzado. A cor das lamelas
quando os esporos estão maduros é marrom-ferrugem (bem claro). Estas espécies são
comuns em solo e esterco, mas não devem ser ingeridas. Há muitas espécies no Brasil.
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O gênero Hygrocybe
Estes fungos são encontrados em solo de diversas formações, sendo características pelo
colorido vivo (vermelho, amarelo, verde...) e lamelas grossas e cerosas. O estipe central
e lamelas adnatas, viscosos ou não ajudam na identificação. Há muitas espécies no
Brasil.

Hygrocybe coccineae
Hygrocybe batistae

Hygrocybe parvula Hygrocybe occidentalis

H. conica H. firma H. miniata H. nigrescens


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O gênero Gyrodon
Vários outros fungos com poros ou tubos embaixo do píleo são encontrados no Brasil.
Uma delas é a espécie abaixo, que ocorre inclusive em matas nativas ou associada a
espécies introduzidas como uva-japonesa (Hovenia dulcis). Mas há algumas espécies
ainda desconhecidas, então devemos ter cuidado ao coletá-las para fins culinários, pois
pode-se cometer erros na identificação.

Gyrodon rompelli Gyrodon sp.

Phlebopus braunii
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O gênero Gymnopilus
Estes fungos são encontrados em madeira, em geral restos de eucalipto, às vezes na
base de árvores ainda vivas e neste caso Gymnopilus spectabilis. Outras espécies são
encontradas em outros tipos de madeira, mas sua comestibilidade é desconhecida. As
lamelas são adnatas e ferrugíneas. O véu no estipe e a coloração geral são exclusivos,
como se vê na foto abaixo. É de sabor muito amargo e até apimentado, queimando a
ponta da língua (característico deste gênero). Desta forma pode-se diferenciá-lo. Apesar
de comestível quando cozido, há pessoas que tem sensibillidade e podem ter efeitos
adversos; portanto cuidado.

Gymnopilus spectabilis
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O gênero Entoloma
Fungos deste gênero têm esporada rosada, ficando as lamelas (estas são adnatas a
decurrentes) com esta coloração, pelo menos salmão. Podem ser confundidos com
muitas outras espécies, várias ocorrendo no Brasil. Algumas estão expostas abaixo, não
devendo ser aproveitadas como alimento.

Entoloma pinna

Entoloma purum
Entoloma stylophorum
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O gênero Volvariella
Fungos deste gênero têm volva, uma espécie de saco na base do estipe, não apresentam
anel, as lamelas são livres e a esporada é rosada. Ocorrem em geral sobre madeira,
raro em solo. Podem ser confundidos com Amanita, mas estas têm anel bem distinto no
estipe e não ocorrem em madeira.

Volvariella bombycina
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O gênero Armillariella
Fungos deste gênero têm véu no estipe, lamelas adnatas a decurrentes e ocorrem como
parasitas em árvores ainda vivas. Muitas vezes chamadas de Armillaria, podem atacar
árvores de interesse econômico. Em geral ocorrem em aglomerados de vários
cogumelos. A mais comum no Sul do Brasil é a espécie abaixo ilustrada.

Armillariella puiggarii
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O gênero Oudemansiella
Fungos deste gênero têm píleo com escamas que acabam desaparecendo com o
desenvolvimento e estipe com véu duplo, lamelas adnatas e ocorrem como
decompositores em madeira morta. Algumas espécies ocorrem em solo e apresentam
uma pseudorriza, mas não tem escamas. Esporada branca ou creme. Esta espécie é
Oudemansiella canarii e ocorre em madeira morta, sendo predominantemente branca.

Oudemansiella canarii O. steffenii


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O gênero Marasmius
Marasmius é o gênero com o maior número de espécies no Brasil, sendo difícil
identificá-las. Muitas são minúsculas, a maioria com menos de 1 cm de diâmetro de
píleo, muitos profundamente sulcados (parecendo aqueles pára-quedas da segunda
guerra mundial) e com estipe fino e preto, lembrando o fio da crina de um cavalo. Com
esta combinação de caracteres tem-se um Marasmius. Há espécies maiores e algumas
destas venenosas.

Marasmius
haematocephalus

Marasmius ferrugineus
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O gênero Amanita
Fungos deste gênero têm píleo convexo a plano e até depresso no centro, com escamas,
estipe com volva na base e anel ou véu no centro ou acima do centro. Podem apresentar
diversas cores, sendo encontradas em solo associadas a diferentes espécies arbóreas. A
mais comum é Amanita muscaria que tem píleo vermelho com escamas brancas e que
ocorre em matas de Pinus. A mais mortal é Amanita phalloides, com tons brancos a
amarelados ou bege.
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O gênero Schyzophyllum
Fungos deste gênero têm píleo cabeludo (piloso), inteiro ou variadamente partido ou
lobado. Em geral sem estipe ou com um curto estipe lateral, tem lamelas
longitudinalmente partidas e enroladas para fora, como mostra a foto de microscópio
de uma seção de lamela (abaixo à esquerda). Este é Schyzophyllum commune um dos
fungos mais encontrados. Há casos de meningite associadas com este fungo, mas é
comercializado no México e Nigéria como espécie comestível.
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O gênero Crepidotus e Melanotus


Estes cogumelos apresentam-se fixos lateralmente a madeira, lembrando muito
Hohenbuehellia e Pleurotus, mas diferindo basicamente pela esporada que deixa as
lamelas ferrugíneas a marrom-escuras. Há espécies comestíveis mas muitas são
exclusivas do Brasil, muito pequenas e não testadas, podendo gerar confusão.

Crepidotus sp. Melanotus sp.


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O gênero Lentinellus
Fungos deste gênero fixam-se lateralmente ao substrato, por um pequeno estipe ou
diretamente pelo píleo. Lentinellus apresenta lamelas bem serrilhadas e gosto muito
picante, sendo que isto diferencia o gênero de Hohenbiehelia e de outros Pleurotus.
Ocorrem em maderia morta.

Lentinellus angustifolius
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O gênero Xeromphalina
Uma série de espécies de cogumelos grandes tem sua comestibilidade ainda
desconhecida, apesar de muito bonitos. Isto acontece com Xeromphalina tenuipes, um
fungo de uma combinação de amarelo e laranja que impressiona, podendo atingir até
10 cm de píleo, com lamelas adnatas e igualmente amareladas, mas de comestibilidade
desconhecida. Ocorre em madeira e o estipe é finamente piloso.

Xeromphalina tenuipes
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O gênero Mycobonia
Fungos deste gênero fixam-se lateralmente a madeira, por um pequeno estipe ou
diretamente pelo píleo. Não apresentam lamelas e o colorido é alaranjado. Mycobonia é
de consistência mais rígida, sendo a superfície inferior (himênio) lisa, salpicada com
pequenos espinhos (medas visíveis com lupa). Não tem-se dados sobre sua
comestibilidade.

Mycobonia flava
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O gênero Collybia
Uma série de espécies de Collybia ocorrem no Brasil, mas a maioria sem informações
sobre comestibilidade. Em geral tem esporada branca, lamelas adnatas, estipe central,
sem anel nem volva. Ocorrem em serrapilheira de mato, ou em madeira, sendo que a
base do estipe sempre tem um micélio bem evidente. São espécies difíceis de identificar,
portanto tome cuidado.

Collybia sp.

Marasmiellus spp. Panellus sp..


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O gênero Pluteus
Estes cogumelos grandes apresentam-se com estipe central, lamelas perfeitamente
livres e que ficam rosadas, pois a esporada é rosada ou salmão a marrom-rosado. Não
tem volva nem anel, o que os diferencia de gêneros como Amanita e Volvariella. Há
muitas espécies comestíveis, mas várias ainda não foram testadas.

Pluteus spp.
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Fungos parecidos com cogumelos


Alguns fungos crescem em uma forma parecida com cogumelo mas na verdade não
pertencem a este grupo. Este é o caso dos fungos desta página.

Poronia oedipus

Auricularia spp.
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Agaricus
campestris
AGARICACEAE Agaricus
O gênero Agaricus tem muitas espécies
comestíveis, algumas de excelente sabor e subrufescens
inclusive cultivadas para fins comerciais
(como o popular champignom e o
cogumelos do sol). Deve-se ter co cuidado
com espécies de interior de mato e espécies
que ficam amareladas ao serem tocadas ou
machucadas.
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O gênero Paxillus
Estes cogumelos grandes apresentam-se com estipe central ou algo excêntrico lamelas
decurrentes e que ficam escuras depois de velhas, pois a esporada é marrom, são
venenosos. Não tem volva nem anel, e ocorrem em solo de plantações de Pinus. Deve-se
cuidar para não coletá-los junto com Lactarius.

Paxillus involutus
POLYPORACEAE 53

Lentinus bertieri L. velutinus

Lentinus
crinitus
Lentinus
strigosus
O gênero Lentinus é considerado comestível, mas os pêlos dão
um paladar estranho e irritam a garganta.
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STROPHARIACEAE
Os fungos do gênero Hypholoma variam muito de cor, pois em vários casos são
encontrados cobertos pela esporada dos cogumelos que se encontram mais acima,
mudando então para marrom. O H. trinitense tem um véu apendiculado bem visível nas
margens do píleo, diferindo por este caracter de H. subviride. O micélio forma
rizomorfas brancas e grossas bem evidentes na base do estipe. Não são espécies
comestíveis.

Hypholoma subviride
55
BIBLIOGRAFIA CONSUILTADA
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