Guia Básico de Cultivo de Cogumelos Sagrados Psilocybe Cubensis - V2

Guia Básico de Cultivo
de Cogumelos Sagrados
Psilocybe Cubensis
Versão: V2.0 (01/01/2022)
Este material foi baixado através do site
http://pdf.poderdoxama.com.br/
Dedicatória
Este livro é dedicado a todos aqueles que sentiram o chamado da natureza para
expandir a sua consciência, e que acreditam no poder de cura das medicinas
oferecidas por Gaya.
O cogumelo não é uma substância, mas sim um divisor de águas que pode mudar
a sua vida se você permitir e contribuir. Portanto, uma coisa é inevitável: depois dele
você nunca mais será o mesmo. Confie no poder do Xamã!
Escrito por: Débora e Gabriel da Luz
Você pode baixar a cópia deste e-book e utilizar para os seus estudos!
É proibido a cópia, alteração e publicação deste conteúdo
em outro site que não seja http://pdf.poderxama.com.br/
Caso você tenha baixado esse e-book de outra fonte: Denuncie https://bit.ly/whats-gabrieldaluz
A violação de direito autoral é crime e está previsto no art. 184 do Código Penal
1
Bora iniciar os nossos estudos?
( ͡° ͜ʖ ͡°)
Sumário
O que é Psilocybe Cubensis?

Conheça as Etapas do Cultivo
Criação da Seringa de Esporos
Preparo do Spawn
Inoculação
Incubação
Frutificação e Colheita
Desidratação e armazenamento
Bônus
Não posso lhe dar um mapa.

Só posso lhe dar uma grande paixão por descobrir.
- Osho
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Conheça o nosso Instagram
Alquimistas Mágicos
The MushRoom Girl
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O que é Psilocybe Cubensis?
Psilocybe Cubensis é o nome científico de uma espécie de fungo enteógeno que é utilizado há
mais de 2 mil anos pela humanidade (astecas, maias e egípcios) em rituais religiosos e como meio de
expansão da consciência. Hoje em dia ele é conhecido como um dos melhores antidepressivos do
mundo!
As plantas se reproduzem através das sementes, já os fungos se reproduzem através de

esporos que são liberados do chapéu de cogumelos. O cogumelo em si é apenas a estrutura de
frutificação dos fungos, a maior parte de seu corpo é o micélio que é por onde ele se alimenta e cresce
no substrato até chegar a hora de frutificar, ou seja, quando brotam os cogumelos.
O alimento do cubensis é a glicose que ele obtém digerindo a celulose, uma substância
encontrada em vegetais, através de enzimas liberadas no ambiente. Se você dominar a arte de
produzir esse micélio e alimentá-lo da forma correta, dentro de alguns dias ele frutificará e trará uma
colheita repleta de vários cogumelos carregados com psilocibina, como esta colheita do nosso próprio
cultivo:
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Este é um texto teórico contendo o passo a passo de cada etapa do cultivo, mas também é
importante assistir o conteúdo prático em vídeo para ter um aprendizado mais completo e sem erros.
Para isso, temos vários vídeos gratuitos, tanto no Youtube quanto no Instagram, de cada etapa.
Além de possuirmos o 1º Curso de Cultivo de Cogumelos Sagrados 100% online em vídeo do Brasil.
Já disponível na hotmart.
Observação: A temperatura ideal para cultivo dos cogumelos é entre 23 e 29 °C. Caso a temperatura
média da sua cidade encontre-se abaixo ou acima dessas temperaturas, será necessário climatização
do ambiente como um todo, ou somente do terrário e incubadora. Para isso podem ser usados: ar
condicionado, climatizadores portáteis, garrafas de gelo dentro do terrário e da incubadora, para
regiões mais quentes; e aquecedores de ambiente, ventiladores térmicos, ou termostato de aquário
dentro do terrário e da incubadora, para regiões mais frias.
Conheça as Etapas do Cultivo

1. Criação da seringa de esporos;
2. Preparo do spawn;
3. Inoculação;
4. Incubação;
5. Frutificação e colheita;
6. Desidratação e armazenamento;
Aviso: Panela de pressão deve ser utilizada com cuidado, seu uso indevido pode causar
acidentes graves, como explosões e queimaduras. No cultivo de cogumelos utilizamos a panela de
pressão para esterilizar o substrato colocado em copos ou potes de vidro.
Atenção!
No texto iremos usar palavras que não são de conhecimento comum:

Spawn, Strain, Micélio, Flush, Casing, etc.
Você pode consultar o significado delas em nosso glossário

encontrado no final do e-book.
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Criação da Seringa de Esporos e do Carimbo
Você precisará de um meio de propagação do micélio no spawn escolhido para o seu cultivo.
Caso você já tenha um spawn colonizado, poderá usar a técnica grain to grain, que consiste em
transferir pedaços de um spawn 100% colonizado para um que ainda não esteja, passando assim o
fungo de um grão para o outro.
Mas como estamos falando aqui de um método de cultivo para iniciantes, começaremos do zero.
Então para colonizar seu spawn você usará uma seringa de esporos hidratados que será
confeccionada a partir de um carimbo de esporos. O carimbo você encontra em lojas na internet, como
a nossa loja:
🦅 Lojinha dos Alquimistas Mágicos 🦅.

Você poderá fazer seu próprio carimbo quando fizer a primeira colheita: corte com uma tesoura
limpa com álcool (ou bisturi) a estipe, rente ao chapéu, tomando cuidado para não danificar as lamelas.
Coloque o chapéu do cogumelo em cima de uma folha de papel alumínio bem limpa e deixando por
aproximadamente 24h, como na imagem abaixo:
Deixe o chaṕeu do cogumelo sobre a folha de papel alumínio em uma superfície limpa e
protegida, você pode cobrir com uma tampa, vasilha, copo, etc. Após 24h, retire o chapéu com
cuidado, use um bisturi, agulha ou palito de dente para fincar no chapéu e levantá-lo com cuidado para
não danificar o carimbo. Seu carimbo estará pronto, depositado na folha. Dobre o papel alumínio, de
modo que não danifique o carimbo, e guarde em um ziplock.
Não se esqueça de anotar a strain e a data em uma etiqueta fixada no ziplock, para controle pessoal.
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Tenha uma caixa organizadora pequena e bem limpa para armazenar seus carimbos de esporos da
forma correta, longe de contaminações.
Preparações prévias
Precisaremos de um ambiente muito limpo, organizado e fechado, sem objetos, roupas ou

quaisquer estruturas que possam acumular poeira ou contaminantes.
De preferência, faça uma limpeza geral no cômodo antes do procedimento, limpando todas as
superfícies (mesas, bancadas, ferramentas, estantes, prateleiras, armários) e o chão.
Retire objetos que não serão utilizados no procedimento, limpe com álcool 70 e o auxílio de
papel toalha a superfície onde será feita a criação da seringa.
Também é indicado o uso de uma glovebox mas caso você não possua, poderá usar apenas
uma caixa organizadora posicionada lateralmente, previamente limpa com álcool e papel toalha e uma
vela acesa para impedir que o ar em suspensão cheio de esporos e contaminantes caiam no seu
carimbo e consequentemente entrem na sua seringa (a chama da vela faz com que o fluxo de ar suba
ao invés de descer e a caixa protege a região mais afastada da chama), como mostrado na imagem a
seguir:
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Importante: é indicado sempre o uso de papel toalha descartável para a limpeza, pois um pano
de tecido também pode acumular contaminações.
Materiais necessários
● Água destilada estéril para injeção (encontrada em farmácias em ampolas de 10ml);
● Seringas de 5 ou 10 ml com agulhas (também encontrada em farmácias);
● Carimbo de esporos;
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● Luvas descartáveis;
● Vela;
● Papel toalha;
● Álcool 70 (com borrifador);
● Caixa organizadora grande sem a tampa;
● Máscara facial;
● Touca descartável.
● Saquinhos para geladinho.
● Recipiente adequado para armazenar as seringas na geladeira (orientações no texto).
!Atenção!
Neste passo a passo utilizaremos a vela para direcionar o fluxo de ar

Sempre utilize o álcool 70° longe da chama, risco de queimaduras e incêndio!
Após limpar as mãos com álcool 70°, seque bem com papel toalha.
Passo a Passo
Utilize luvas, touca e máscara durante todo o procedimento e esteja com uma roupa limpa. É
importante que o ambiente esteja adequadamente limpo e fechado, com ventiladores, climatizadores e
ar-condicionado desligados, para evitar a movimentação do ar.
Enquanto isso faça a limpeza da superfície de trabalho e da caixa com álcool e papel toalha, acenda
vela e posicione como na imagem mostrada anteriormente.
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Borrife álcool nas embalagens de água destilada estéril e seringas antes de abrir para evitar
contaminações.
Limpe muito bem as mãos com álcool antes de iniciar o procedimento e sempre que tocar em
algo que possa estar contaminado.
Abra o carimbo e dobre as laterais formando uma espécie de “prato” com o papel alumínio para
você poder jogar a água destilada estéril em cima do carimbo sem que ela escorra para fora, da
seguinte forma:
Agora abra as ampolas de água destilada estéril e jogue a água em cima no carimbo de modo a
cobrir todo ele com o líquido.
Usando a ponta da seringa, sem colocar a agulha ainda, esfregue para desprender todos os
esporos do papel alumínio e misturar com a água.
Use o máximo de água que couber no seu papel alumínio sem derramar, depois disso encha a
seringa com o líquido e transfira para um copo americano previamente muito bem limpo com álcool
70 e papel toalha.
Repetir o procedimento de jogar água destilada estéril em cima do carimbo, esfregar e depois
sugar com a seringa (sem agulha) até retirar o máximo possível de esporos do papel alumínio.
Para saber se a água com esporos já está pronta, observe a cor da solução, que não deve ser
muito escura, quase preta, e nem totalmente transparente. Caso esteja muito escura é só misturar
mais água destilada estéril dentro do recipiente.
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O ideal é ela estar em um tom claro de cinza levemente roxo, onde é possível ver os esporos,
mas que eles não preencham toda a água.
Neste momento, puxe a água para dentro das seringas e as tampe com as suas agulhas. Guarde
cada seringa dentro de um saquinho de geladinho ou ziplock e as coloque dentro de uma caixa
organizadora pequena ou outro recipiente fechado (limpe com álcool 70 e papel toalha antes de
colocar as seringas dentro). Armazene na geladeira por pelo menos 24hrs antes de usar, para que os
esporos fiquem hidratados.
Veja abaixo como a aparência da água deve estar:
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Não recomendamos armazenar a água de esporos nos potes pois aumenta os níveis de
contaminação, por isso indicamos a seringa estéril, pois é bem mais seguro.
Veja abaixo como a sua seringa deve ficar depois de pronta, tampada com a agulha:
Não se esqueça de anotar o nome da strain e a data que foi feito o procedimento em uma
etiqueta no saco plástico com as seringas ou na tampa do pote.
O paraíso não é um lugar

É um estado de consciência.
- Sri Chinmoy
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Preparo do Spawn
O spawn é o nutriente do qual o fungo vai se alimentar para crescer e poder frutificar, também
chamado de bolo.
A técnica mais usada por iniciantes é o bolo PF-TEK, que consiste em uma mistura de arroz
integral parcialmente triturado e vermiculita expandida fina ou média, que é um mineral encontrado em
lojas de jardinagem ou em sites na internet.
Materiais Necessários
● Bacia ou recipiente grande para misturar os ingredientes;

● Recipiente como uma jarra ou leiteira para servir de medidor;
● Liquidificador ou multiprocessador;
● Panela de pressão;
● Copos americanos 200ml;
● Papel alumínio;
● Fita adesiva fina;
P.S. Ensinamos aqui a usar copos americanos e fazer tampas de papel alumínio, pois é o
método mais acessível e fácil. Porém, você pode usar potes de vidro que já venham com tampa,
lembrando-se sempre de fazer um furo na tampa do pote para permitir as trocas gasosas do micélio.
Antes de colocar a tampa no vidro com os grãos dentro, coloque de uma a duas camadas de TNT para
filtrar o ar, como na imagem abaixo:
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Potes de Vidro
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ou Copos americanos
P.S. Não recomendamos o uso de potes muito grandes, para iniciantes. No máximo 350ml, pois isso
dificulta a propagação do micélio e aumenta as taxas de contaminação.
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Passo a Passo
Proporção dos ingredientes: uma parte de arroz integral, duas partes de vermiculita e uma
parte de água.
Lave bem as mãos com água e sabão antes de iniciar o procedimento.
Primeiramente, triture o arroz integral no liquidificador ou multiprocessador até ele ficar

aproximadamente 50% farinha de arroz e 50% grão.
Depois, despeje na bacia ou no recipiente, o arroz batido e a vermiculita e misture bem com as
mãos até obter uma mistura homogênea.
Corte quadrados de papel alumínio (aproximadamente 15x15cm) que servirão de tampa para os
copos americanos, você precisará de duas tampas de papel alumínio por copo. Faça os quadrados e
reserve junto com os copos a serem utilizados.
Agora adicione a água à mistura de arroz e vermiculita e misture bem novamente até
homogeneizar.
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Obs: Após colocar a água, a mistura deve ser colocada rapidamente dentro dos copos e fechada
para evitar que a água evapore e seu bolo fique seco, de preferência feche as portas e janelas do
cômodo para evitar correntes de ar.
Com uma colher vá colocando a mistura nos copos e agitando-os lateralmente com a mão para
acomodar a mistura dentro dos copos, sem ficar espaços vazios.
Não aperte o bolo pf-tek para baixo com a colher/dedos ou bata o copo na mesa, pois é
importante que tenha oxigênio dentro dos copos para o micélio respirar, senão ele não crescerá.
Agora tampe os copos com a primeira camada de papel alumínio e passe 3 voltas de fita
adesiva ao redor da borda para impedir que entre água no copo durante o processo de esterilização,
evitando assim o encharcamento do bolo.
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Coloque a segunda camada de papel alumínio, desta vez não é necessário fita, pois esta
camada só serve para proteger os furos que serão feitos na primeira camada na hora da inoculação.
Seus copos devem ficar assim no final, já com a segunda camada de papel alumínio:
Agora é a hora da esterilização dos bolos, para matar os microorganismos ou fungos que
possam estar presentes no bolo pf-tek.
Obs.: O que chamamos aqui de “esterilização” trata-se, na verdade, de uma tentativa de

matar todos os contaminantes do bolo. A esterilização total de um material exige métodos mais
controlados e rigorosos, como autoclave ou pasteurização. Porém, apesar de não ser uma
esterilização completa, apresenta resultados satisfatórios, se feito da forma correta. A taxa de
contaminação e perda é muito baixa, cerca de 5%.
Em uma panela de pressão, coloque um pano 100% algodão no fundo, isso irá proteger os copos
do fogo no caso da água secar totalmente.
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Em seguida, posicione os copos na panela de forma a ficarem bem próximos uns aos outros e
firmes, para evitar que eles virem durante a esterilização; pois eles podem encharcar ou quebrar se
ficarem soltos na panela.
Caso você coloque todos os copos e ainda sobre espaço vazio, tendo a possibilidade deles
virarem ou caírem, você pode preencher este espaço com copos vazios que servirão apenas de
suporte para os demais.
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Coloque água na panela até atingir a metade dos copos (nunca ultrapasse o nível de água da
metade dos copos para não encharcar seu bolo. Tampe a panela, ligue o fogo e marque 1:45 hrs a
partir do momento que pegar pressão.
Opcional: Após 1:00h, deixe em fogo baixo.
Nunca deixe a panela de pressão sozinha, pois caso acabe a água, o fogo irá queimar o
pano. Você poderá perceber através do odor de queimado no ambiente.
Neste caso desligue o fogo imediatamente.
Dica: Caso isso aconteça, busque elevar a altura dos copos, adicionando mais camadas de pano
no fundo da panela. Dessa forma irá caber mais água. Caso a chama do seu fogão seja muito potente,
diminua a intensidade do fogo para a água acabar no tempo certo da esterilização.
Após 1:45 hrs , desligue o fogo e espere esfriar para fazer a inoculação. Normalmente eu faço a
esterilização no final do dia e deixo esfriando durante a noite, para fazer a inoculação no outro dia de
manhã, pois a inoculação não pode ser feita com o bolo quente ou morno. Se estiver morno, aguarde
até estar totalmente frio.
Você não deve esperar mais de 24hrs após a esterilização para fazer a inoculação pois isso
aumenta as chances de contaminação, devido ao processo natural de decomposição do grão.
Inoculação
A inoculação é a etapa em que você irá colocar esporos para germinar no seu spawn. Para isso
vamos usar as seringas de esporos confeccionadas na primeira etapa.
Agora você precisará de um ambiente com as mesmas preparações prévias que foram
necessárias para fazer as seringas pois não queremos nenhuma contaminação no spawn.
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● Seringas de esporos;
● Vela; ← OPCIONAL
● Caixa organizadora 20L sem a tampa;
● Touca descartável;
● Álcool 70 (com borrifador);
● Papel toalha.
Passo a Passo
Utilize luvas, touca e máscara durante todo o procedimento e esteja com uma roupa limpa.
É importante que o ambiente esteja fechado, com ventiladores, climatizadores e ar-condicionado

desligados, para evitar a movimentação do ar.
Novamente após a limpeza adequada de todo o ambiente, limpe também a superfície a ser
utilizada e a caixa com álcool 70 e papel toalha.
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!Atenção!
Neste passo a passo utilizaremos a vela para direcionar o fluxo de ar

Sempre utilize o álcool 70° longe da chama, risco de queimaduras e incêndio!
Após limpar as mãos com álcool 70°, seque bem com papel toalha.
Agora dentro da caixa organizadora e com uma vela acesa na abertura da caixa, iniciaremos o
procedimento de inoculação dos copos.
Posicione as seringas que serão utilizadas dentro da caixa que já foi limpa com álcool e papel
toalha também.
Limpe com álcool 70° a parte externa da panela de pressão. Agora abra a panela e coloque os
copos sobre a mesa ou bancada que estiver utilizando.
Pegue a primeira seringa a ser utilizada e flambe a agulha na chama da vela, você deve
começar pela base da agulha e terminar na ponta, tomando cuidado para que a chama não derreta
nenhuma parte plástica.
O ato de flambar consiste em aquecer toda a extensão da agulha, até que o metal fique numa
tonalidade laranja avermelhado. Depois, solte um jato (aprox. 0,5 ml) do conteúdo da seringa para que
a agulha esfrie antes de inocular.
É importante, após soltar este jato de água de esporos, puxar uma quantidade de ar e agitar bem
a seringa para misturar os esporos que ficam grudados nas paredes da seringa. Depois é só soltar o ar
antes de inocular o bolo.
Feito isso, você pode retirar a camada superior de papel alumínio (sem rasgar) e introduzir a
agulha da seringa na camada inferior, próximo à borda, paralelamente e encostada à parede do copo,
e colocar 1ml de água com esporos em cada lado do copo, fazendo o menor furo possível na camada
de papel alumínio.
Faça este procedimento dentro da caixa e na frente da vela, como indicado na imagem anterior.
Veja abaixo como deve ficar os furos na tampa:
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Coloque novamente a camada superior de papel alumínio no copo e repita este procedimento em
todos os copos, sempre flambando quando pegar uma nova seringa. Seja rápido neste procedimento.
Se você estiver usando potes de vidro com tnt, é só levantar a tampa ligeiramente apenas para a
passagem da agulha, inocular e depois fechar novamente. Lembrando que 1ml é a quantidade
indicada para copos americanos de 200ml, sendo necessário aumentar proporcionalmente se o seu
recipiente for maior. Sempre anote a data e a strain em seus copos ou vidros.
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Incubação
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A incubação é o período em que seus spawns vão precisar de um local limpo, escuro, arejado e
com a temperatura ideal para que o micélio colonize todo o bolo e esteja pronto para a etapa final, que
é a frutificação.
A luz incentiva a frutificação do micélio, e isso não pode acontecer antes da hora, por isso
devemos impedir a entrada de luz na incubadora.
A incubação demora aproximadamente de 7 a 10 dias para ser finalizada (porém, existem

algumas strains que podem demorar até 15 dias) e a temperatura é um fator que deve ser observado.
O ideal é 29ºC, mas o micélio resiste a oscilações de até 1 a 3 graus.
Spawn em processo de colonização.
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● Caixa organizadora preta;

● Álcool 70° (com borrifador);
● Papel toalha;
● Termômetro de ambiente para visualização da temperatura;
Passo a Passo
Primeiro limpe a caixa que usará como incubadora com álcool e papel toalha, para impedir que
fungos ou bactérias cresçam na incubadora e contaminem seus spawns. Coloque os copos que já
foram inoculados dentro da caixa e tampe.
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Agora é só esperar e observar seus bolos a cada 3 dias, para retirar algum que possa ter uma
eventual contaminação e acompanhar o crescimento dos seus micélios. Lave bem as mãos com água
e sabão e limpe-as com álcool antes de abrir a incubadora.
Observe a aparência do micélio, ele deve ser branco neve, com aspecto rizomórfico. Qualquer
alteração na cor (cinza, verde, preto) ou aspecto do micélio (aspecto de teia de aranha, gelatinoso)
pode ser uma contaminação. É normal, às vezes, o micélio apresentar uma secreção amarelada,
conhecida como “xixi” do micélio, neste caso não é necessário descartar, mas esse spawn deve ser
utilizado o quanto antes.
Spawn 100% colonizado pelo micélio após processo de incubação.
ATENÇÃO
É muito importante a temperatura de incubação
estar a baixo de 29°c.
Caso seja maior que 30°c, pode azedar e contaminar o spawn.
Temperatura ideal: 26°c~28°c Max 29°c.
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Frutificação e Colheita
Esta é a etapa mais aguardada do cultivo, o momento em que nascem os primeiros pins e seu
bolo começa a frutificar.
Veja abaixo um exemplo de bolo com pins:
Para que isso aconteça, vamos fazer um casing e colocar dentro de um terrário que tenha
incidência de luz 12h por dia, pois a luz que estimula o bolo a produzir lindos cogumelos.
Essa luz pode ser de uma lâmpada fluorescente ou led na parte superior do terrário, que é o
mais indicado, ou de uma janela.
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Se você for usar a luz de uma janela precisará ter cuidado para a luz do sol não pegar
diretamente no seu bolo. Isso irá aumentar a temperatura do terrário e gerar contaminações. Podendo
matar o micélio.
Você também deverá mudar a posição da caixa diariamente quando os cogumelos começarem a
crescer, pois eles vão se desenvolver em direção à fonte de luz, assim como uma planta.
Então é importante girar o terrário para que eles cresçam o mais reto possível. Pois se eles
crescerem em apenas uma direção, pode acontecer deles encostarem na água do fundo da caixa, no
casing ou até mesmo quebrarem e caírem com o peso do chapéu.
● Caixas organizadoras 20L de material transparente;

● Fonte de luz: janela ou lâmpada fluorescente/led (de preferência);
● Marmitex de alumínio retangular para criação do Casing;
Marmitex de 1150ml ou 1 litro
● 2 Colheres de metal;
● TNT;
● Bisturi (pode ser substituído por uma faca pequena de lâmina lisa ou um estilete novo,
indicamos o bisturi pois a lâmina já vêm estéril);
● Água sanitária;
● Álcool 70°;
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● Touca descartável;
● Papel toalha;
● Vermiculita;
● Recipiente grande, ou bacia para misturar a vermiculita com água;
● Potes de vidro c/ tampa ou copos americanos para esterilização da vermiculita.
● Pulverizador com pressão (você pode usar um borrifador comum, mas será um pouco mais
trabalhoso realizar o dunking e cold shock em caso de formas maiores);
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Passo a Passo
Preparação do Casing
Você irá preparar o casing quando seus spawns estiverem 100% colonizados, como nesta foto:
(Alguns ainda não estão 100% colonizados mas dentro de um a dois dias estarão prontos)
Quando seus spawns estiverem 100% colonizados, é hora de fazer os casings, que passarão por
um breve período de incubação e serão colocados nos terrários para finalmente nascerem os
cogumelos.
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Esterilização da vermiculita
Antes de tudo você deverá colocar a vermiculita em um recipiente grande como uma bacia, por
exemplo.
A quantidade de vermiculita varia de acordo com a quantidade de casings que você for fazer,
lembrando que é melhor sobrar do que faltar. Se sobrar vermiculita esterilizada depois que você fizer
os casings, você pode colocar em uma bandeja para secar ao sol e armazenar quando estiver bem
seco, para esterilizar e usar futuramente.
Adicione água gradualmente, a função da vermiculita umedecida é apenas fornecer água

adicional para o micélio crescer mais e frutificar com mais vigor.
Se você encharcar demais a vermiculita, a água impedirá a livre passagem de ar, e o micélio não
conseguirá respirar e irá demorar muito para crescer, podendo até morrer.
Vá adicionando água e observando a consistência da vermiculita, que deverá ser semelhante ao

bolo pf-tek antes da esterilização, apenas úmida.
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Para fazer o teste segure uma quantidade de vermiculita na sua mão e aperte com força, deverá
escorrer apenas umas três gotas de água, no máximo.
A água serve apenas para incorporar os grãos de vermiculita uns aos outros, nunca deve sobrar
líquido no fundo do recipiente ou bacia.
Depois disso, coloque a vermiculita em potes de vidro, que já tenham a tampa previamente
perfurada e com o filtro de tnt sob a tampa, ou copos americanos com tampa de papel alumínio.
Neste caso não é necessário colocar duas camadas de papel alumínio nos copos americanos,
apenas uma camada fechada com a fita é suficiente.
Faça o processo de esterilização na panela de pressão da mesma forma que você fez com o
bolo pf-tek.
Coloque um pano 100% algodão no fundo da panela de pressão, acomode os potes dentro, sem
deixar espaço vazio na panela para evitar que eles virem ou quebrem.
Se for necessário preencha os espaços que estão sobrando na panela com copos ou potes
vazios. Preencha a panela com água até atingir a metade dos potes, tampe e ligue o fogo.
Conte 1:30 hrs a partir do momento que começar a pegar pressão e após esse período desligue
o fogo e deixe esfriar totalmente antes de utilizar.
Nunca deixe a panela de pressão sozinha, pois caso acabe a água, o fogo
irá queimar o pano.
Você poderá perceber através do odor de queimado no ambiente.

Neste caso desligue o fogo imediatamente.
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Montando o casing
importante que o ambiente esteja fechado, com ventiladores, climatizadores e ar condicionado
Limpe adequadamente todo o ambiente, limpe também a superfície que será utilizada para o
procedimento com álcool 70. Para a montagem do casing não é necessário caixa e vela.
Você deverá limpar a parte de dentro do marmitex com álcool e papel toalha. Deve ser feita a
limpeza com álcool da superfície prateada da tampa, que ficará em contato com o casing também.
Coloque uma camada de vermiculita esterilizada de aproximadamente 2cm de espessura no

fundo do marmitex de alumínio, espalhada uniformemente, com o auxílio de uma colher previamente
limpa com álcool e papel toalha.
Abra os copos colonizados, cortando a fita com o auxílio de um estilete ou faca (cuidado). Caso
os copos estejam contaminados, não os utilize em seu casing, descarte-os.
Desenforme o spawn de dentro dos copos batendo eles com a boca para baixo na palma da sua
mão.
Se você usou potes de vidro para o spawn, pode utilizar uma colher limpa com álcool também
para quebrar ele em pedaços menores e retirar o spawn de dentro do vidro. Se você usou copos é só ir
quebrando ele com as mãos mesmo, até soltar os grãos uns dos outros.
Despedace o spawn em pedaços pequenos (aprox. 1cm) e faça uma camada uniforme de
aproximadamente 3 cm, por cima da camada de vermiculita..
O tamanho das camadas varia de acordo com o tamanho do recipiente utilizado, o importante é a
camada de baixo sempre ter aproximadamente 2 cm, para servir como base para o micélio; a camada
de spawn deve ser a maior, pois quanto mais micélio, mais cogumelos irão nascer.
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Após a camada de spawn, coloque mais uma camada de vermiculita, o mais fino possível
(aproximadamente 0,5cm), apenas para cobrir todo o spawn e feche o seu casing com a tampa da
marmita limpa.
Veja abaixo um modelo didático da distribuição das camadas:
P.S. A parte desenhada na cor preta é o próprio marmitex e a sua tampa. A camada de cima, em
vermelho, também corresponde à vermiculita.
São um total de três camadas: uma de spawn e duas de vermiculita, uma em cima (mais fina) e
uma embaixo (mais grossa).
Agora você deve tampa-lo (a tampa já foi limpa previamente com álcool e papel toalha), colocá-lo
na incubadora e aguardar a colonização completa, que deve ocorrer em 5 a 7 dias. Anote a data do
procedimento e a strain na tampa.
Sempre que você for olhar seu casing para acompanhar o processo de colonização, lembre-se
de lavar as mãos com água e sabão e limpá-las com álcool antes de levantar a tampa. Evite respirar
em cima do casing aberto e tocar diretamente no bolo.
Enquanto seu casing coloniza é hora da próxima etapa, que é construir um terrário para a
frutificação dos cogumelos.
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Criação do Terrário Ideal para Frutificação dos Cogumelos
Você precisa criar um microclima diferente do ambiente exterior, com maior umidade, para que o
micélio encontre as condições perfeitas para seu desenvolvimento e possa produzir cogumelos.
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Para isso, faça 12 furos com cerca de 3 cm de diâmetro, com um espaçamento padronizado nas
laterais da caixa organizadora da seguinte forma: 10 furos nas laterais da caixa, na parte inferior
(aprox. 5 cm acima do nível da água) e 2 furos nas laterais da caixa, na parte superior, próximo aos
fechos da tampa. Cubra os panos com TNT e fita adesiva.
Observe o exemplo nas fotos abaixo:
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Dica: Use uma chave de roda aquecida na chama do fogão para derreter o plástico e fazer os
furos. Nunca respire a fumaça que vai sair do plástico, pois é tóxica.
Use máscaras e deixe portas e janelas abertas.
Limpe a caixa e a tampa com álcool e papel toalha, coloque 1 “dedo” de água no fundo e pingue
4 gotas de água sanitária na água. Misture bem.
Quando o casing estiver 100% colonizado você pode tirar a tampa e colocá-lo no terrário dentro
do marmitex ou então desenformá-lo(recomendado).
Antes de desenformar, lave as mãos com água e sabão e limpe-as muito bem com álcool. Limpe
também o fundo do marmitex com álcool e papel toalha, pois vamos usar ele como suporte para o bolo
no terrário.
Para desenformar, retire a tampa e solte as laterais do marmitex que vão estar grudadas no bolo,
puxando elas para o lado com a mão. Posicione a tampa em cima do bolo, apoie sua mão sobre a
tampa e vire o bolo sobre ela, retirando o marmitex de cima dele.
38
Agora vire o marmitex de cabeça para baixo, posicione o bolo sobre o fundo do marmitex e
coloque no terrário. Nunca deixe o álcool tocar no micélio pois ele mata as células do fungo.
39
Dessa forma você permite a incidência de luz nas laterais do bolo permitindo que nasçam
cogumelos em todos os lados, mas é importante cuidar para que o bolo não toque a água do fundo do
terrário, pois a água sanitária pode matar o micélio.
Veja abaixo um exemplo de casing que desenformamos e colocamos sobre o fundo do marmitex
no terrário, observe como os cogumelos crescem não só de cima, mas como das laterais do bolo:
40
Essa é a aparência de um bolo 100% colonizado e desenformado:
P.S. O exemplo da foto acima possui essa coloração escura, pois ao invés de vermiculita,
utilizamos um substrato nutritivo para construir o casing. O nome desta técnica é Bulk e você pode
aprendê-la nos bônus deste e-book.
Esta imagem serve apenas de forma ilustrativa para mostrar como ficará seu casing 100%
colonizado e desenformado.
Com o terrário pronto e o casing colonizado dentro dele, agora é só proporcionar uma fonte de
luz, que pode ser uma janela (apenas tomando cuidado com o sol e girando sempre a caixa) ou uma
lâmpada fluorescente posicionada acima da tampa da caixa, que você pode colocar com uma
extensão e um soquete (recomendado).
Antes de cada flush deve ser realizado o dunking e o cold shock, que consiste em hidratar seu
casing com água gelada.
41
Isso significa que o primeiro dunking e cold shock deve ser realizado quando você tirar seu
casing da incubadora e colocar no terrário.
Como a água da torneira pode conter contaminantes, você deve fervê-la antes por aprox. 15
minutos, deixar esfriar tampada, colocar no pulverizador e deixar na geladeira até ficar bem gelada.
Pulverize essa água sobre o casing até você perceber que o bolo está bem úmido, antes de cada
flush. A quantidade de água a ser borrifada pode ser comparado com a rega de uma planta: molhe o
suficiente para ficar bem umedecido, mas não exagere a ponto de a água escorrer pelas laterais do
bolo, o correto é ela se depositar em cima para ser absorvida pelo micélio.
Você deve realizar a troca gasosa da caixa dia sim, dia não. A partir do momento que surgirem os
primeiros pins, a troca gasosa deve ser feita diariamente.
Para trocar o ar basta abanar, com vigor, a caixa com a própria tampa, o suficiente para sair o gás
carbônico liberado pelo fungo e entrar o oxigênio do ar exterior. Você vai perceber o ar quente saindo
de dentro do terrário.
Aproximadamente 7 dias após colocar o casing no terrário, surgirão as primórdias (minúsculas

bolinhas brancas), logo em seguida os pins (cogumelos pequenos) e depois eles aumentarão de
tamanho, tornando-se cogumelos grandes. Assim que se romper o véu e abrir o chapéu, é o momento
da colheita.
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Hora da Colheita
Lave as mãos com água e sabão e limpe-as com álcool antes de cada colheita e evite tocar no
bolo.
Quando os chapéus dos cogumelos abrirem, separe um prato ou bandeja e retire os cogumelos
do bolo, puxando pelo estipe e com cuidado para não quebrá-los.
Limpe a vermiculita ou substrato grudado na base dos estipes com o auxílio de uma faca ou
estilete. Aproveite os chapéus abertos para criar mais carimbos.
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Desidratação e armazenamento
Você pode desidratar os seus cogumelos com um ventilador térmico até eles estarem crocantes
e depois armazenar em um pote fechado ou ziplock com sílica. Uma dica para acelerar o processo de
desidratação é desfiar o cogumelo em pedaços menores para aumentar a superfície de contato entre o
ar e o cogumelo
Caso você não possua um ventilador térmico, pode desidratar com um ventilador normal e
depois finalizar o processo com sílica em um pote fechado até eles estarem crocantes, lembrando
sempre de substituir a sílica quando ela já estiver úmida senão ela pode acabar transferindo umidade
para os seus cogumelos. Depois guarde seus cogumelos 100% desidratados em ziplocks bem
fechados.
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Outra forma de desidratar cogumelos é no sol. Para isso cubra com um pano de cor clara e deixe-os em
uma bandeja sob a luz do sol. Assim que estiver crocante, está pronto! ;)
Bônus
● Bulk
● Outros tipos de spawn;
● Grain to grain;
● Legalidade;
● Formas de Utilização Segura;
● Tipos de Contaminações;
● Glossário.
Bulk
A técnica Bulk é um diferente da técnica Casing. Enquanto no casing você coloca uma camada
de vermiculita, que contém apenas água para fornecer ao micélio, no bulk você coloca uma camada de
vermiculita misturada com várias substâncias nutritivas, fornecendo água e nutrientes adicionais ao
micélio. Essa camada é chamada de substrato nutritivo.
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Materiais necessários
● Vermiculita;
● Fibra de coco ou Pó de Fibra de coco ← eu prefiro este;
● Esterco Industrializado;
● Calcário calcítico ou Gesso;
● Recipiente para misturar os ingredientes;
● Potes de vidro c/ tampa ou sacos PP5 para esterilizar o substrato na panela de pressão (como
se fosse um pf-tek, utilize papel alumínio para tampar).
Substrato Nutritivo
Os ingredientes do substrato nutritivo consistem em substâncias que servirão como alimento

adicional ao micélio e consequentemente proporcionarão uma colheita melhor. A fórmula e os
ingredientes usados variam de cultivador para cultivador.
Nós utilizamos vermiculita (3 partes), fibra de coco (2 parte) e esterco (1 parte). Adicionamos também
(3% do Peso total do substrato seco) de calcário calcítico, apenas para regular o PH do substrato.
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Mas existem pessoas que usam palha no lugar da fibra de coco, humus no lugar do esterco, então
com o tempo e a prática você pode substituir e fazer testes de novas combinações de bulk.
Antes de misturar a fibra de coco, corte ela com uma tesoura em pedaços de aproximadamente
1cm para permitir uma mistura homogênea. Caso seja Pó de Fibra de Coco não precisa fazer este
procedimento.
Após misturar todos os ingredientes no recipiente, adicione água aos poucos. O objetivo é
apenas umedecer o substrato para ele absorver a água e disponibilizá-la ao micélio, mas não
encharcá-lo, pois o fungo precisa respirar; se ele ficar muito molhado, a água impedirá a passagem de
ar e o bulk irá demorar mais pra ser colonizado ou o micélio pode até morrer.
Então coloque água até unir todos os ingredientes e formar uma massa que não tenha água no
fundo nem que escorra água quando levantada, pois quando você for montar o bulk terá espaço entre
as fibras/palha para passagem de ar e crescimento das hifas.
Depois de umedecer o substrato é hora de colocá-los nos vidros que já tenham a tampa
previamente perfurada e com os furos cobertos com micropore, ou sacos PP5.
Coloque um pano 100% algodão no fundo da panela de pressão, acomode-os dentro da panela
e coloque água até a metade dos potes. Deixe por no minimo 1:40hrs á 2h, contando quando pegar
pressão, após esse tempo desligue o fogo e espere esfriar 1 dia antes de fazer o bulk.
Agora é só montar os CASING dá mesma forma que você aprendeu acima. A unica diferença é
que não é somente vermiculita e sim um substrato nutritivo.
Coloque na incubação da mesma forma como foi feito o CASING, e depois de 5 a 7 dias já pode
colocar para frutificação no seu terrário.
Outros tipos de spawn
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O pf-tek é um dos tipos de spawn, sendo que existem vários outros que podem ser utilizados
para o seu cultivo.
Por exemplo, grãos de trigo, centeio, sorgo, milho, etc.
Temos um pdf com um tutorial completo do preparo do spawn de milho disponível para download
em nosso portal de tutoriais:
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http://pdf.poderdoxama.com.br/
Utilizamos o pf-tek apenas para fazer o grain to grain no milho e construímos o bulk com milho,
pois este método proporciona melhores colheitas, na nossa opinião.
Grain to grain ou G2G
49
Grain to grain, do inglês, grão para grão. É a técnica de passar o micélio de um grão colonizado
para um que não esteja.
Isso possibilita a colonização de novos spawns sem precisar de uma seringa de esporos, você
precisará apenas de um copo colonizado para criar vários.
Spawn de milho 60% colonizado via grain to grain (4 dias):
Para fazer isto basta introduzir alguns pedaços de um bolo pf-tek colonizado em um spawn que
acabou de ser esterilizado.
Nós vamos ensinar a fazer o grain to grain de pf-tek para pf-tek e de pf-tek para milho.
50
Passo a passo:
importante que o ambiente esteja fechado, com ventiladores, climatizadores e ar condicionado
Sempre faça a limpeza adequada de todo o ambiente e da superfície a ser utilizada com álcool
70 antes de iniciar procedimentos como estes.
Pf-tek para Pf-tek
Utilize a caixa e a vela da mesma forma que você utilizou nos procedimentos de criação da
seringa de esporos e inoculação para impedir que as contaminações do ar caiam no spawn e
contamine o bolo. Limpe a caixa antes com álcool 70 e papel toalha.
Pegue um bolo colonizado, desenforme-o e corte em pedaços (com uma faca ou estilete novo
limpo com álcool e papel toalha) de aproximadamente 2x2cm em uma bandeja ou prato limpo com
álcool e papel toalha.
Pegue o copo com spawn já esterilizado, retire a camada superior de papel alumínio e faça um
corte com a faca/estilete no formato de “u” na camada de baixo, que vai ser por onde você vai
introduzir o pedaço de bolo colonizado.
Pode ser necessário retirar um pouco de bolo pf-tek de dentro do copo para caber o pedaço de
bolo colonizado. Para isto basta retirar com o auxílio da faca ou estilete que você está utilizando e
colocar o pedaço de spawn colonizado dentro do corte que você fez na tampa.
Após isso feche esse corte e coloque a segunda camada de papel alumínio novamente. Repita o
procedimento em todos os copos.
Pf-tek para spawn de Milho
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Obs: Nesta foto ilustrativa estamos fazendo de milho para milho, porém o que dá melhores
resultados é de pf-tek para milho, pois coloniza mais rápido.
Utilize a caixa e a vela da mesma forma que você utilizou nos procedimentos de criação da
seringa de esporos e inoculação para impedir que as contaminações do ar caiam no spawn e
contamine o bolo.
Desenforme um bolo pf-tek colonizado em uma bandeja ou prato, limpo com álcool e papel
toalha , e quebre-o em pedaços bem pequenos com a mão.
No spawn de milho não utilizamos copos americanos e sim potes de vidro. Então levante a
tampa só o suficiente para colocar o pf-tek e feche rapidamente logo em seguida.
Coloque aproximadamente 1 colher de sopa (previamente limpa com álcool e papel toalha) cheia
de pf-tek colonizado em cada vidro com milho esterilizado e agite muito bem até misturar o spawn
colonizado com o milho esterilizado.
Após finalizar o grain to grain, coloque os copos ou vidros na incubadora e dentro de 7 a 10 dias
os spawns estarão colonizados.
Esta técnica é ensinada com maiores detalhes em nosso

52
Curso Básico 100% Online
Cultivo de Cogumelos Psilocybe Cubensis.
Legalidade
Apenas a psilocibina e a psilocina isoladas são listadas como ilegais, mas não as próprias
espécies de fungos.
A Constituição Federal estabelece que um ato deve ser previamente declarado ilegal por
lei. Portanto, os cogumelos com psilocibina não podem ser considerados ilegais.
Também não existem jurisprudências jurídicas disponíveis sobre o assunto, tampouco

registros de pessoas presas especificamente por uso, cultivo ou posse de cogumelos
psilocibinos no país. Eles são vendidos principalmente pela internet em sites especializados,
sem sofrer perseguições da polícia brasileira.
Formas de Utilização Segura

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Existem várias formas de ingestão dos cogumelos Psilocybe cubensis, como por exemplo:
cápsulas, cogumelos desidratados, frescos, chá de cogumelo, chocolates, sucos, etc.
Em relação à dosagem, existem parâmetros para padronizar as doses. Mas lembre-se que os efeitos
variam de organismo para organismo, pois peso e metabolismo são fatores que influenciam
diretamente.
Cada pessoa tem uma sensibilidade diferente para a psilocibina e o psicológico da pessoa
também interage com os efeitos, por exemplo, se a pessoa tomar e já ficar esperando “bater” ou ficar
muito ansiosa pelos efeitos pode ser que isto atrapalhe a percepção. O ideal é ocupar a mente com
algo que você goste ao invés de ficar parado esperando a trip.
Segue abaixo o nosso guia de dosagem:

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● 0.1 a 1.0 g desidratados → microsagem
● 1.1 a 2.0 g desidratados → dose leve
● 2.1 a 3.0 g desidratados → dose leve a média
● 3.1 a 4.0 g desidratados → dose média
● 4.1 a 5.0 g desidratados → dose média a alta
● 5.1 a 10 g desidratados → alta dosagem
(recomendado apenas para pessoas mais experientes)
As medidas acima correspondem a cogumelos desidratados. O cogumelo fresco é constituído de

90% de água. Então quando você o desidratada, ele fica com 10% apenas do seu peso original, ou
seja:
● 1 g de cogumelos desidratado = 10 g frescos

● 3.5 g de cogumelos desidratados = 35 g frescos
● 15 g de cogumelos desidratados = 150 g frescos
E assim por diante…
Vale ressaltar também que a microdosagem geralmente não afeta a produtividade, e sim
aumenta, podendo ser usada no dia a dia.
Já as dosagens maiores, desde a leve até a alta, devem ser feitas com certo preparo. O ideal é ir
a um lugar calmo, onde você se sinta bem.
Como algum lugar na natureza, uma cachoeira, rio, floresta, etc.
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!ATENÇÃO!
Não misture com outras substâncias, como álcool ou qualquer outra droga, pois você
pode ter uma interação indesejada.
A psilocibina por si só já proporciona um efeito intenso e devemos ter respeito pela

medicina sagrada, para ela poder nos proporcionar uma experiência agradável e satisfatória.
Lemon Tek
Aqui vamos te ensinar a fazer um chá com limão, também chamado de lemon tek. Este chá é
famoso e já foram feitos vários estudos sobre ele, pois é uma combinação perfeita para ter uma boa
trip.
O cogumelo contém psilocibina, mas a substância que age no nosso cérebro é a psilocina. Em
nosso estômago tem um ácido que quebra a psilocibina, transformando-a em psilocina e mandando
para a corrente sanguínea.
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O limão tem um ácido semelhante que faz a quebra da psilocibina em psilocina dentro da garrafa
onde você vai armazenar o chá, antes mesmo de chegar ao seu estômago. Isso faz com que a
absorção seja extremamente rápida e dentro de poucos minutos você já pode sentir os efeitos.
A potência desse chá é média e pode ser servido até para duas pessoas.
Ingredientes:
● 1L de água, ou 500ml dependendo de quantas pessoas irão tomar e da concentração que

você deseja no seu chá;
● 30 a 35g de cogumelos Psilocybe cubensis frescos ou 3 a 3.5g de desidratados;
● 2 limões para 1L, 1 limão para 500ml;
● Recipiente para ferver a água;
● Liquidificador;
● Açúcar, mel, melado ou adoçante (opcional).
Modo de preparo:
Em uma panela ou leiteira coloque a água para esquentar no fogão, assim que ferver desligue o
fogo e deixe ela esfriar por 5 minutos, pois a alta temperatura degrada as moléculas de psilocibina.
Após este intervalo, esprema o limão e coloque dentro da água. Quebre os cogumelos em
pedaços menores, coloque-os na água logo em seguida e mexa bem. Aguarde mais aproximadamente
5 a 10 minutos para que o chá esfrie.
Agora coloque tudo em um liquidificador, adicione o açúcar se desejar e bata por um minuto.
Transfira o chá para uma garrafa e deixe esfriar bem antes de tomar.
Também é importante esperar pois o ácido do limão converte a psilocibina em psilocina, que é a
substância que age em seu cérebro causando os conhecidos efeitos do cogumelo. Quando a bebida
estiver gelada já está pronta para consumo! Aproveite com consciência.
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Tipos de Contaminações
Mancha Úmida (Wet Spot) – Bacillus sp.
Em recipientes para culturas em grãos comumente encontramos Bacillus, que às vezes

sobrevive ao processo de esterilização assim como endósporos resistentes a altas temperaturas.
Um lodo marrom parecido com um muco caracterizado por um forte e nojento odor de maçã
podre, meias sujas ou bacon queimado.
Bacillus faz com que grãos não-colonizados pareçam excessivamente úmidos, daí o nome
“Mancha Úmida”.
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Sulcos esbranquiçados ao longo das margens do núcleo de grãos caracterizam este
contaminante.
Bacillus se reproduz por simples divisão celular. Em tempos de condições ambientais adversas,
especialmente calor, um simples esporo endurecido forma dentro de cada célula-mãe endósporos de
bactérias.
O método mais prático de eliminação de endósporos envolve deixar os grãos de molho a

temperatura ambiente durante 12-24 horas anteriores à esterilização.
Endósporos, se viável, germinarão dentro do tempo que estão na água e então serão suscetíveis
ao processo padrão de esterilização e novos endósporos não se formarão no grão.
Bolor bacterial – Pseudomonas tolaasii (P. fluorescens)
Lesões formadas em cogumelos que variam do amarelo ao marrom.
Tipicamente as manchas ocorrem próximas ou na borda dos chapéus.
Ocorre quando cogumelos permanecem molhados por um período de 4 a 6 horas ou mais.
Por isso nunca deve-se molhar os pins ou cogumelos.
O dunking e o cold shock são realizados após as colheitas e retiradas dos abortos.
A bactéria se espalha por partículas no ar.
O controle inclui água com adição de 150ppm de solução de cloro na água do fundo do terrário
(água sanitária)
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Chapéus de cogumelos são afetados por uma doença causada pelo Pseudomonas.
Higiene é um componente crítico de controle de meios.
Bolor de teia de aranha (Cobweb)

ou Dactylium Mildew (Hypomyces sp.)
Um micélio algodoado cresce sobre o casing. Quando entra em contato com um cogumelo, o
micélio em pouco tempo cobre o cogumelo com bolor e causa um leve apodrecimento.
É também um parasita de cogumelos selvagens.
O Cobweb é mais escuro que o micélio, quase cinza comparado ao branco.
A diferença na cor às vezes é difícil de perceber para quem não os viu lado a lado.
60
O Cobweb tem outros vários indicadores: um é que dá uma freada na velocidade de crescimento
do micélio.
Uma pequena mancha do tamanho de uma moeda de um centavo se espalhará para cobrir um
casing inteiro em apenas um dia ou dois.
Possui ramificações muito, muito finas, enquanto o micélio tende a ser mais grosso.
Cobweb é favorecido por umidade alta.
As estratégias de controle incluem baixar a umidade e/ou aumentar a circulação de ar.
Bolha seca (Dry Bubble) – Verticillium fungicola
Esse fungo causa lesões marrons superficiais no chapéu.
Lesões que põem se aglutinar em manchas marrons.
Uma florescência acinzentada parece quando o fungo esporula.
61
A infecção resulta numa estirpe torta e rachada.
O segundo maior sintoma é uma bolha seca – uma pequena massa como uma bola inflada onde
o cogumelo deveria estar.
Os esporos desse fungo se espalham pelo ar e pelas moscas.
Os sintomas aparecem entre 10-14 dias após a infecção.
Duende Verde (Green Mold)

Trichoderma harzianum, T. viride, T. koningii
O Duende Verde causado pelo Trichoderma harzianum é caracterizado por um micélio branco
agressivo que cresce sobre o casing e dentro de cogumelos causando uma leve decadência dos
mesmos.
Suas massas de esporos eventualmente formam um verde-esmeralda. Essa é atualmente a

doença mais importante na indústria estadunidense de Agaricus. Muitas fazendas espalham sal nas
áreas afetadas dos compostos quando o duende verde é percebido.
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Higiene é essencial. Estantes, bandejas, paredes, chãos, etc. devem ser superfícies
desinfetadas rotineiramente, mas é feito com urgência depois de um ataque da doença. Muitos
produtos servem para limpar superfícies. Os ingredientes básicos desses materiais incluem cloro, iodo,
fenol, amônia, entre outros.
Essas espécies de Trichoderma também esporulam na superfície do casing e devem esporular

nos cogumelos infectados.
Um composto úmido demais, com pouca esterilização, moscas, pouca higiene e outros fatores
influenciam a presença do duende verde. São comuns em palhas e frequentemente ocorrem nas
produções de cogumelos.
Trichoderma é muitas vezes confundido com bolor de Penicillium ou Aspergillus e vice-versa,

sendo que todos três são muito similares e não é fácil distinguir sem o auxílio de um microscópio.
Bolor marrom-canela (Cinnamon Brown Mold)

Chromelosporium fulvum
A cor desse bolor varia do amarelo-dourado para o marrom dourado ou marrom-canela.
Cresce rapidamente em manchas circulares.
63
É bastante comum no solo, e floresce na madeira úmida.
Áreas superaquecidas de spawn durante a incubação podem ser colonizadas.
Corpos frutificadores podem aparecer várias semanas depois da primeira aparição do bolor.
Os esporos se espalham pelo ar.
Mancha de batom (Lipstick Mold)

Sporendonema purpurascens
Esse fungo coloniza composto ou casing.
64
À medida que o esporo amadurece, a cor do bolor muda de branco para rosa, para
vermelho-cereja e finalmente para laranja.
Cresce vagarosamente.
Os esporos são espalhados pelo ar, durante umidificação, e nas colheitas.
Ele se utiliza de certas gorduras no composto, sendo este um problema incomum.
Bolor rosa (Pink Mold) – Neurospora
Comumente visto no agar e grãos. Neurospora é rápido crescendo, ás vezes levando somente
24h para colonizar totalmente uma placa petri.
Encontra-se em todos os lugares na natureza, ocorrendo nas fezes, solos.
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Visto que esse fungo cresce através de filtros, um simples recipiente contaminado, mesmo
selado, pode espalhar esporos para recipientes adjacentes dentro do laboratório.
Essa condição é mais provável se os filtros estiverem com um mínimo de pedaço úmido ou se a
umidade externa for alta.
Além disso, Neurospora germina mais eficazmente em temperaturas elevadas. A mancha rosa
vista nas culturas de cogumelos é causada mais freqüentemente pelo Neurospora sitophila, um
contaminante que é difícil de eliminar.
Todas as culturas infectadas devem ser removidas o mais breve possível do laboratório e
destruída. Uma limpeza completa do laboratório é absolutamente necessária.
Se a contaminação persistir, remova toda cultura e inicie uma nova.
Bolor Amarelo (Sepedonium Yellow Mold)

Sepedonium spp.
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Esse bolor esparso e branco cresce no composto durante a incubação.
Com o tempo se torna amarelo, bronzeado.
Os esporos são espalhados pelo ar.
Esporos com paredes grossas podem sobreviver a altas temperaturas.
O bolor coloniza o substrato ideal para o cogumelo.
Bigode Preto (Black Whisker Mold)

Doratomyces spp.
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Esse fungo produz esporos pretos como pó que parecem fumaça quando perturbados. Esse
bolor indica a presença de certos carboidratos no composto na hora da semeadura. Também indica
que o substrato foi esterilizado de forma incompleta.
A proporção de carboidratos, particularmente celulose, deve estar muito alta. O Bigode Preto é
também presente no composto que aqueceu demais durante a incubação.
Carboidratos simples são utilizados por esse fungo, mas eles também podem usar lignina
(substância que se deposita nas paredes das células vegetais conferindo a estas notável rigidez).
Doratomyces, Aspergillus e Penicillium produzem cópias de esporos e podem causar problemas
respiratórios (irritação da garganta e nasal, dificuldade de respiração, congestão do tórax, etc.).
Bolor azul-esverdeado (Blue-green Molds)

Penicillium spp.
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Esporos abundantes de cor azul-esverdeada são produzidos na superfície do substrato.
É similar ao Aspergillus.
As condições favoráveis ao seu aparecimento são comparadas ao Bigode Preto.
Penicillium spp. utiliza carboidratos, celulose, amido, gordura e lignina.
Esses fungos são muito comum em spawns de cogumelos e são uma das principais
preocupações no agar e cultura em grãos.
Os esporos estão no ar e em todo os lugares.
Bolor Verde (também Bolor Amarelo, Preto e outros) - Aspergillus sp.
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Muito comum nas culturas de agar e grãos e na preparação de compostos. Encontrado na
maioria de substratos orgânicos, Aspergillus prefere um pH próximo ao neutro a levemente básico.
Bandejas e estantes feitas de madeira para manter composto são habitats frequentes deste
contaminante.
As cores das espécies variam do amarelo, verde ao preto, porém é mais frequente serem
esverdeadas, similares ao Penicillium. Aspergillus niger, como seu nome implica, é preto; Aspergillus
flavus é amarelo; Aspergillus clavatus é azul-esverdeado; Aspergillus fumigatus é verde-acinzentado;
Aspergillus versicolor exibe uma variedade de cores (esverdeado, rosado e amarelado).
Essas manchas, como muitas outras, mudam sua cor e aparência de acordo com o meio onde
elas ocorrem. Várias espécies são termofílicas (gostam de calor). Algumas espécies de Aspergillus
são tóxicas. Aspergillus flavus, uma espécie amarela/amarela-esverdeada, produz as mortais
aflatoxinas.
A. flavus ataca sementes ricas em óleo que foram armazenadas em locais quentes e úmidos. De
todas as toxinas, as aflatoxinas são o mais potente causador de câncer de fígado já encontrado. Visto
que A. flavus cresce praticamente em todos os tipos de grãos, essa espécie causa sérias
preocupações nos cultivadores. O tratamento cuidadoso de qualquer mancha, particularmente do
Aspergillus, deve ser uma responsabilidade primária de todos que trabalham em cultivos de
cogumelos.
A. fumigatus e A. niger, que se reproduzem e crescem melhor na escala de temperatura 10 a

50°C, são também patogênicos para humanos em quantidades concentrada.
Glossário
70
Abortos: Os abortos são cogumelos cujo crescimento parou, iniciando um processo de degradação e
apodrecimento. O que se pretende num cultivo de cogumelos é conseguir fazer uma rápida
identificação dos cogumelos que abortaram para os colher em fase de pré-aborto/aborto. Deste modo
consegue-se secar algumas gramas de abortos e faz-se a limpeza necessária de um bolo ou um
casing para eliminar a propensão a contaminantes e bactérias.
Bulk: É chamado de bulk qualquer grande quantidade de substrato medianamente nutritivo usado para
cultivo de cogumelos em larga escala. O termo pode ser usado ainda para camadas de materiais que
servem para fornecer água e nutrientes a um Spawn.
Casing: É uma técnica de cultivo que consiste em cobrir a semente colonizada com uma camada
úmida e esterilizada de vermiculita.
Chapéu: O chapéu é a parte superior do cogumelo, que encerra a parte fértil do cogumelo, ou seja, a
estrutura onde se produzem os esporos. Esta estrutura está, normalmente, voltada para baixo, para
facilitar a libertação e dispersão dos esporos, quando estão maduros.
Cold shock: Do inglês, choque frio. É o momento em que se dá um choque de temperatura no bolo,
geralmente com a água do dunking gelada, para estimular a frutificação.
Dunking: Do inglês, imersão. Consiste em hidratar o bolo, disponibilizando mais água ao micélio que
será usada na frutificação dos cogumelos.
Esporos: É a unidade de dispersão dos fungos. Consiste em uma célula com o material genético,
capaz de gerar um novo indivíduo.
Esterilização: É a destruição das formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos) por um
processo que utiliza agentes químicos (álcool, água sanitária) ou físicos (calor e pressão).
Estipe: Estrutura semelhante a um caule que suporta o chapéu de um cogumelo
Flush: Frutificação. Chama-se de flush cada fase de frutificação simultânea dos cogumelos em um
Bulk ou Casing. Um cultivo, quando frutifica em Pins e cogumelos, produz uma quantidade simultânea
dos mesmos juntos, em questão de dias; e depois há um intervalo sem o surgimento de novos
cogumelos até um novo flush.
Glicose: A glicose, glucose ou dextrose, é um monossacarídeo e é um dos carboidratos mais

importantes na biologia. As células a usam como fonte de energia e intermediário metabólico (produzir
novas substâncias ou reações dentro da célula). A glicose é um dos principais produtos da
fotossíntese de plantas e inicia a respiração celular em praticamente todas as formas de vida.
71
Glovebox: É um recipiente fechado projetado para permitir a manipulação de objetos onde é desejada
uma atmosfera separada. Embutidas nas laterais do porta-luvas estão luvas dispostas de forma que o
usuário possa colocar as mãos nas luvas e executar tarefas dentro da caixa sem quebrar a contenção.
Hifas: São longas células cilíndricas que formam os fungos. A função das hifas é garantir a
alimentação, crescimento e reprodução dos fungos através de seus filamentos. São formações
celulares muito parecidas com as raízes das plantas, daí vem o nome micélio “rizomórfico/rizomorfo”:
que tem a forma de raiz.
Micélio: Micélio é a parte vegetativa de um fungo ou colônia bacteriana, que consiste de uma massa
de ramificação formada por um conjunto de hifas emaranhadas. É também responsável por carregar
nutrientes até onde o fungo necessita.
Nó hifal: Pequena estrutura em forma de esfera e branca, formada pela junção de Hifas, que fica na
superfície do Micélio e dá origem a uma primórdia.
Pins: É o Cogumelo no início da formação, quando ainda parece um pequeno corpo se destacando do
Micélio, com a ponta, que originará o chapéu, mais escura.
Primórdias: Pequena estrutura em forma de esfera que fica na superfície do Micélio e dá origem a um
Pin.
Spawn: Também chamado de bolo, é o veículo de dispersão do micélio no substrato e é uma das
etapas mais importantes no cultivo de cogumelos. Os grãos de cereais são usados porque
proporcionam o dobro em superfície semeada e apresentam maior teor de umidade, favorecendo o
melhor desenvolvimento micelial do fungo inoculado.
Strain: Do inglês, traduzido para o português significa “linhagem” e quer dizer grupos dentro da
mesma espécie (Psilocybe cubensis) que possuem características fenotípicas distintas por terem
evoluído em habitats diferentes. Ex.: Thai Pink Buffalo, Syzygy, Golden Teacher, Albino, TKSSS. São
como se fossem as "raças" de cubensis.
Véu: É uma estrutura localizada na parte inferior do chapéu, quando ainda está fechado. Constituída
por um tecido extremamente fino, protege os esporos antes da abertura do chapéu. Após isso ele se
rompe e forma um anel ao redor do estipe do cogumelo.
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Guia Básico de Cultivo de Cogumelos Sagrados Psilocybe Cubensis - V2

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Guia Básico de Cultivo

Escrito por: Débora e Gabriel da Luz

O que é Psilocybe Cubensis?

Não posso lhe dar um mapa.

As plantas se reproduzem através das sementes, já os fungos se reproduzem através de

Conheça as Etapas do Cultivo

No texto iremos usar palavras que não são de conhecimento comum:

Você pode consultar o significado delas em nosso glossário

🦅 Lojinha dos Alquimistas Mágicos 🦅.

Precisaremos de um ambiente muito limpo, organizado e fechado, sem objetos, roupas ou

● Água destilada estéril para injeção (encontrada em farmácias em ampolas de 10ml);

● Seringas de 5 ou 10 ml com agulhas (também encontrada em farmácias);

Neste passo a passo utilizaremos a vela para direcionar o fluxo de ar

Veja abaixo como a aparência da água deve estar:

O paraíso não é um lugar

● Bacia ou recipiente grande para misturar os ingredientes;

Lave bem as mãos com água e sabão antes de iniciar o procedimento.

Primeiramente, triture o arroz integral no liquidificador ou multiprocessador até ele ficar

Obs.: O que chamamos aqui de “esterilização” trata-se, na verdade, de uma tentativa de

Opcional: Após 1:00h, deixe em fogo baixo.

É importante que o ambiente esteja fechado, com ventiladores, climatizadores e ar-condicionado

Neste passo a passo utilizaremos a vela para direcionar o fluxo de ar

A incubação demora aproximadamente de 7 a 10 dias para ser finalizada (porém, existem

Spawn em processo de colonização.

● Caixa organizadora preta;

Spawn 100% colonizado pelo micélio após processo de incubação.

Veja abaixo um exemplo de bolo com pins:

● Caixas organizadoras 20L de material transparente;

Marmitex de 1150ml ou 1 litro

Adicione água gradualmente, a função da vermiculita umedecida é apenas fornecer água

Vá adicionando água e observando a consistência da vermiculita, que deverá ser semelhante ao

Você poderá perceber através do odor de queimado no ambiente.

Coloque uma camada de vermiculita esterilizada de aproximadamente 2cm de espessura no

Veja abaixo um modelo didático da distribuição das camadas:

Aproximadamente 7 dias após colocar o casing no terrário, surgirão as primórdias (minúsculas

Os ingredientes do substrato nutritivo consistem em substâncias que servirão como alimento

Outros tipos de spawn

Por exemplo, grãos de trigo, centeio, sorgo, milho, etc.

Grain to grain ou G2G

Spawn de milho 60% colonizado via grain to grain (4 dias):

Pf-tek para Pf-tek

Pf-tek para spawn de Milho

Esta técnica é ensinada com maiores detalhes em nosso

Também não existem jurisprudências jurídicas disponíveis sobre o assunto, tampouco

Formas de Utilização Segura

Segue abaixo o nosso guia de dosagem:

As medidas acima correspondem a cogumelos desidratados. O cogumelo fresco é constituído de

● 1 g de cogumelos desidratado = 10 g frescos

Como algum lugar na natureza, uma cachoeira, rio, floresta, etc.

A psilocibina por si só já proporciona um efeito intenso e devemos ter respeito pela

● 1L de água, ou 500ml dependendo de quantas pessoas irão tomar e da concentração que

​Mancha Úmida (Wet Spot) – Bacillus sp.

Em recipientes para culturas em grãos comumente encontramos Bacillus, que às vezes

O método mais prático de eliminação de endósporos envolve deixar os grãos de molho a

Bolor bacterial – Pseudomonas tolaasii (P. fluorescens)

Lesões formadas em cogumelos que variam do amarelo ao marrom.

Tipicamente as manchas ocorrem próximas ou na borda dos chapéus.

Ocorre quando cogumelos permanecem molhados por um período de 4 a 6 horas ou mais.

Por isso nunca deve-se molhar os pins ou cogumelos.

A bactéria se espalha por partículas no ar.

Higiene é um componente crítico de controle de meios.

Bolor de teia de aranha (Cobweb)

Mancha Úmida (Wet Spot) – Bacillus sp.