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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - UCS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, DA NATUREZA E TECNOLOGIA – CENT

ENGENHARIA CIVIL

CONSTRUÇÕES EM AÇO E MADEIRA – CIV0209X

PROF. GUSTAVO RIBEIRO DA SILVA

EVANDRO DE TONI

FELIPE CENCI SBERSE NERY

ROBSON HUMBERTO ROSSATTO HAEFLIGER

RODOLFO TAUFER

AÇÕES DO VENTO SOBRE UM PAVILHÃO

BENTO GONÇALVES

2021
EVANDRO DE TONI

FELIPE CENCI SBERSE NERY

ROBSON HUMBERTO ROSSATTO HAEFLIGER

RODOLFO TAUFER

AÇÕES DO VENTO SOBRE UM PAVILHÃO

Trabalho da Disciplina de Aço e Madeira


apresentado ao curso de Engenharia Civil da
Universidade de Caxias do Sul (Campus
Universitário da Região dos Vinhedos), como
requisito parcial à obtenção do título de
Engenharia Civil.

Orientador Prof.ª: Me. Prof. Gustavo Ribeiro Da


Silva

BENTO GONÇALVES
2

2021
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Determinação do Coeficiente de forma a 0º............................................................14


Tabela 2 - Dimensionamento do vento a 0º..............................................................................14
Tabela 3- Medidas e valores de coeficiente do vento a 0º........................................................14
Tabela 4- Determinação do Coeficiente de forma a 90º...........................................................15
Tabela 5 - Dimensionamento do vento a 90º...........................................................................16
Tabela 6 - Medidas e valores de coeficiente do vento a 90º.....................................................16
Tabela 8 - Medidas e valores de coeficiente do vento na cobertura a 0º..................................19
Tabela 9- Medidas e valores de coeficiente do vento na cobertura a 90º.................................20
Tabela 10 - Dados para realização do cálculo de índice de permeabilidade............................21
Tabela 11- Coeficientes e valor final para vento em α = 0º......................................................22
Tabela 12 - Coeficientes e valor final para vento em α = 90º...................................................22
Tabela 13 – Coeficientes para cálculo do vento em cobertura a α = 0º....................................24
Tabela 14– Coeficientes para cálculo do vento em cobertura a α = 0º.....................................24
Tabela 15 - Perfis metálicos iniciais.........................................................................................30
Tabela 16 - Peso Nominal por Barra.........................................................................................31
Tabela 17 - Peso em cada Nó....................................................................................................32
Tabela 18 - Peso por nó de cálculo...........................................................................................34
Tabela 19 - Peso Próprio das Terças.........................................................................................35
Tabela 20 - Peso Próprio das Telhas.........................................................................................35
Tabela 21 - Cargas Permanentes...............................................................................................36
Tabela 22 - Sobrecarga por Nó.................................................................................................37
Tabela 23- Resumo do Vento a 0° nas Paredes........................................................................38
Tabela 24- Resumo do Vento a 90° nas Paredes......................................................................38
Tabela 25- Resumo do Vento a 0° na Cobertura......................................................................38
Tabela 26- Resumo do Vento a 90° na Cobertura....................................................................39
Tabela 27- Situações críticas para sobrepressão e sucção........................................................39
Tabela 28- Pressão do vento de sucção para 0º........................................................................40
Tabela 29- Pressão do vento de sopressão para 0º....................................................................40
Tabela 30- Carregamento decomposto do vento de sucção à 0º...............................................41
Tabela 31- Carregamento decomposto do vento de sobrepressão à 0º.....................................42
Tabela 32- Pressão do vento de sucção para 90º......................................................................42
4

Tabela 33- Carregamento decomposto do vento de sucção à 90º.............................................43


Tabela 34 - Coeficientes de ponderação para combinações permanentes e variáveis..............48
Tabela 35 - Fatores de redução para ações variáveis................................................................49
Tabela 36 - Esforços axiais nas barras da treliça......................................................................49
Tabela 37 - Combinações para o maior esforço de tração........................................................51
Tabela 38 - Combinações para o maior esforço de compressão...............................................52
Tabela 39 - Esforços axiais solicitantes de cálculo...................................................................53
Tabela 40 - Características da treliça........................................................................................54
Tabela 41- Momentos de Inércia..............................................................................................55
Tabela 42 - Características do perfil.........................................................................................56
Tabela 43 - Peso nominal das barras.........................................................................................57
Tabela 44 - Índice de Esbeltez..................................................................................................59
Tabela 45 - Força de tração (Nt,Rd).........................................................................................62
Tabela 46 – Resumo Nt, rd.......................................................................................................63
Tabela 47- Índice de Esbeltez do perfil composto....................................................................65
Tabela 48 - Flambagem Local..................................................................................................67
Tabela 49 - Valores de Q..........................................................................................................69
Tabela 50 - Fatores de redução.................................................................................................72
Tabela 51 - Nc,Rd em X e em Y...............................................................................................73
Tabela 52 - Resumo das barras.................................................................................................75
Tabela 53 Comprimento lw na verificação da resistência do metal solda................................77
Tabela 54- Resistência do Metal Base......................................................................................78
Tabela 55- Comprimento lw adotado.......................................................................................79
Tabela 56- Fatores de redução para carregamentos variáveis..................................................80
Tabela 57- Verificação do deslocamento da treliça..................................................................81
5

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Gráfico das Isopletas...................................................................................................8


Figura 2 - Parâmetros para o cálculo de S2..............................................................................10
Figura 3 - Determinação do fator S3.........................................................................................11
Figura 4 - Coeficientes de forma para telhados com duas águas, em edificações....................13
Figura 5- Cargas do vento a 0º..................................................................................................15
Figura 6 - Cargas do vento a 90º...............................................................................................17
Figura 7- Coeficientes de forma, para telhados com duas águas, em edificações....................18
Figura 8- Representação do coeficiente de forma para cobertura ao vento de 0º.....................19
Figura 9- Representação do coeficiente de forma para cobertura ao vento de 90º...................20
Figura 10- Representação da distribuição da pressão nas paredes para vento a 0º...................23
Figura 11- Representação da distribuição da pressão nas paredes para vento a 90º.................23
Figura 12- Combinação dos coeficiente de forma interno e externo na cobertura...................24
Figura 13- Distribuição de pressão para as situações críticas na cobertura..............................25
Figura 14 - Vista da Fachada Leste...........................................................................................25
Figura 15 - Vista da Fachada Sul..............................................................................................26
Figura 16 - Planta Baixa do Pavimento Térreo.........................................................................26
Figura 17 - Ilustração do pavilhão............................................................................................29
Figura 18 - Áreas de Influência................................................................................................33
Figura 19- Carregamento devido ao peso próprio....................................................................44
Figura 20- Esforço axial interno devido à carga permanente...................................................44
Figura 21- Carregamento devido à sobrecarga da estrutura.....................................................45
Figura 22- Esforço axial interno devido à sobrecarga..............................................................45
Figura 23- Vento de sucção a 0º...............................................................................................46
Figura 24- Vento de sucção a 90º.............................................................................................46
Figura 25- Vento de sobrepressão à 0º......................................................................................46
Figura 26 - Esforço axial interno devido ao vento de sucção à 0.............................................47
Figura 27 - Esforço axial interno devido ao vento de sucção à 90º..........................................47
Figura 28- Esforço axial interno devido ao vento de sobrepressão à 0º...................................47
Figura 29- Descolamentos verticais da treliça..........................................................................81
6
7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................7

2 OBJETIVO..................................................................................................................7

3 VELOCIDADE CARACTERÍSTICA DO VENTO................................................7

3.1 VELOCIDADE BÁSICA DO VENTO........................................................................7

3.2 TOPOGRAFIA (S1).....................................................................................................8

3.3 RUGOSIDADE DO TERRENO, DIMENSÕES DA EDIFICAÇÃO (S2).................8

3.3.1 Rugosidade do terreno...............................................................................................9

3.3.2 Dimensões da edificação.............................................................................................9

3.3.3 Altura sobre o terreno................................................................................................9

3.3.4 Determinação do fator (S2)........................................................................................9

3.4 FATOR ESTATÍSTICO (S3).....................................................................................10

3.5 DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE CARACTERÍSTICA DO VENTO..........11

4 PRESSÃO DINÂMICA DO VENTO.....................................................................12

5 COEFICIENTES DE FORMA EXTERNOS PARA PAREDE...........................12

6 COEFICIENTES DE FORMA EXTERNOS PARA COBERTURA..................17

7 COEFICIENTES DE FORMA INTERNOS..........................................................21

8 DISTRIBUIÇÃO DE PRESSÕES...........................................................................21

8.1 DISTRIBUIÇÃO DE PRESSÃO NAS PAREDES...................................................22

8.2 DISTRIBUIÇÃO DE PRESSÃO CRÍTICA NA COBERTURA..............................24

9 REPRESENTAÇÃO DA ESTRUTURA................................................................25

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................27

11 DIMENSIONAMENTO DO PAVILHÃO.............................................................28

11.1 OBJETIVO DA SEGUNDA ETAPA........................................................................28

12 PARÂMETROS DE PROJETO.............................................................................28

13 CARGAS ATUANTES NA ESTRUTURA DA COBERTURA...........................30


8

13.1 PESO NOMINAL.......................................................................................................31

13.2 RESUMO DOS CARREGAMENTOS PERMANENTES........................................36

13.3 SOBRECARGA.........................................................................................................37

13.4 CARGAS DEVIDO AO VENTO..............................................................................37

14 ESFORÇOS AXIAIS SOLICITANTES.................................................................43

14.1 PESO PRÓPRIO.........................................................................................................43

14.2 SOBRECARGA.........................................................................................................44

14.3 AÇÃO DO VENTO....................................................................................................45

15 CÁLCULO DAS FORÇAS AXIAIS SOLICITANTES........................................48

16 CÁLCULO DAS FORÇAS AXIAIS RESISTENTES...........................................54

16.1 TRAÇÃO RESISTENTE...........................................................................................58

16.2 COMPRESSÃO RESISTENTE.................................................................................64

17 RESUMO DAS BARRAS DA TRELIÇA..............................................................74

18 VERIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES ENTRE AS BARRAS..................................76

18.1 RESISTÊNCIA DO METAL SOLDA (FW, RD)......................................................76

18.2 RESISTÊNCIA DO METAL BASE (FRD)...............................................................77

18.3 COMPRIMENTO DA SOLDA ADOTADO (LW)...................................................79

19 VERIFICAÇÃO DA FLECHA DA TRELIÇA.....................................................80

20 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................82

REFERENCIAS........................................................................................................83
9

1 INTRODUÇÃO

É fundamental a realização da análise das ações do vento em estruturas esbeltas. Ao


chocar-se contra a estrutura o ar gera uma pressão distribuída na área da edificação, causando
esforços horizontais na estrutura. Sendo assim podemos afirmar que as características
geométricas da edificação bem como os obstáculos de seu entorno influenciam diretamente
para o dimensionamento da estrutura.

2 OBJETIVO

O objetivo principal deste trabalho é a determinação e análise das cargas resultantes da


força vento nas paredes e cobertura de um pavilhão que será executado na cidade de Carlos
Barbosa.

3 VELOCIDADE CARACTERÍSTICA DO VENTO

3.1 VELOCIDADE BÁSICA DO VENTO

Para a determinação da velocidade básica do vento é necessário conhecer a localização


da edificação, pois como está representado na Figura 1 cada região possui uma velocidade
diferente. O mapa apresentado possui curvas de mesma velocidade, determinadas isoietas,
estas isoietas são determinadas através de monitoramento realizado em estações
meteorológicas espalhadas pelo Brasil.
10

Figura 1- Gráfico das Isopletas

Fonte: NBR 6123 (ABNT, 1988).

Considerando a localização do pavilhão em estudo temos uma velocidade básica do


vento de Vo = 45m/s.

3.2 TOPOGRAFIA (S1)

O relevo onde será executado o pavilhão é considerado plano, portanto, considera-se o


fator topográfico S1 = 1.

3.3 RUGOSIDADE DO TERRENO, DIMENSÕES DA EDIFICAÇÃO (S2)

Considerando uma velocidade adimensional normalizada em vo = 0, a combinação


entre a rugosidade do terreno, o perfil vertical de velocidades e as dimensões da edificação
resultam no fator S2.
11

3.3.1 Rugosidade do terreno

Considerando que o terreno em questão é plano e a presença de obstáculos possui


altura inferior a 3 metros, considerou-se a rugosidade referente a CATEGORIA III.

3.3.2 Dimensões da edificação

Entre as possíveis classes indicadas na norma, a situação para este projeto encontra-se
na classe CLASSE B. Visto que a edificação possui maior dimensão horizontal ou vertical da
superfície frontal entre 20m e 50m.

3.3.3 Altura sobre o terreno

A altura sobre o terreno é Z pela Equação 1.

Z=h+tgβ × ( b2 ) (1)

Onde:

 Z = altura sobre o terreno;


 h = altura do pavilhão sem considerar o telhado;
 α = ângulo formado pelo telhado do pavilhão;
 b = largura do pavilhão.

Substituindo as variáveis temos: h = 5, β = 13º e b = 15. O que resulta em uma


altura Z = 7 metros.

3.3.4 Determinação do fator (S2)


12

Considerando a categoria III de rugosidade do terreno e a Classe B para dimensões da


edificação, é possível através da Figura 2 obter os parâmetros necessários para o cálculo de
S2.

Figura 2 - Parâmetros para o cálculo de S2

Fonte: NBR 6123 (ABNT, 1988).

Sendo assim, para este projeto foram utilizados b = 0,94 e p = 0,105. Para Fr utilização
é sempre correspondente a categoria II, considerou-se Fr = 0,98. Utilizando estes parâmetros,
calculou-se a Equação 2.

( )
p
Z
S2=b× Fr × (2)
10

Onde:

 S2 = fator utilizado para velocidade do vento;


 b, Fr e p = parâmetros da Tabela 2;
 Z = altura sobre o terreno.

Com a substituição tem-se como resultado um fator S2 = 0,887.

3.4 FATOR ESTATÍSTICO (S3)

Tendo a estatística como base e relacionado com a segurança e vida útil da edificação,
esse fator prevê que a velocidade básica do vento tenha 63% de chance de ser excedida. Na
tabela demonstrada na Figura 3 encontra-se o fator S3 conforme o caso escolhido.
13

Figura 3 - Determinação do fator S3

Fonte: NBR 6123 (ABNT, 1988).

Considerando que o projeto em questão corresponde a uma edificação com alto fator
de ocupação tem-se o fator S3 = 1.

3.5 DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE CARACTERÍSTICA DO VENTO

A velocidade característica do vento é definida com a combinação dos fatores


encontrados Vo, S1, S2 e S3 conforme a Equação 3.

V k =V o × S 1 × S 2 × S 3 (3)

Onde:

 Vk = velocidade característica do vento;


 Vo = velocidade básica do vento;
 S1 = Fator topográfico;
 S2 = Fator de rugosidade do terreno, dimensões da edificação e altura sobre o
terreno;
 S3 = Fator estatístico.
14

Desta maneira, utilizando Vo = 45m/s, S1 = 1, S2 = 0,887 e S3 = 1, obtém-se


como resultado para a velocidade característica do vento Vk = 39,930 m/s.

4 PRESSÃO DINÂMICA DO VENTO

Para a determinação de pressão dinâmica do vento utiliza-se a Equação 4.


2
q=0,613 ×V k (4)

Onde:

 q = pressão dinâmica do vento;


 Vk = velocidade característica do vento.

Utilizando Vk = 39,930 m/s tem-se a pressão dinâmica do vento q = 0,977 kN/m2.

5 COEFICIENTES DE FORMA EXTERNOS PARA PAREDE

Para a determinação destes coeficientes teremos como base os seguintes dados


geométricos:

 a = 25 metros;
 b = 15 metros;
 h = 5 metros;
 h1 = 2 metros.
 β = 13º

Para a determinação dos coeficientes, utilizou-se a Figura 4 disponibilizada pela NBR-


6123, onde necessitou-se determinar h/b e a/b. Desta forma, através das dimensões do
pavilhão adotado, onde que a = 25 metros, b = 15 metros e h = 5 metros, foi possível calcular
h/b = 0,33 e a/b = 1,67. A Figura 4 corresponde os valores de normatização, sendo que tais
valores positivos dos coeficientes de forma externo positivos, correspondem a sobepressão do
vento, e os valores negativos correspondem a sucção do vento.
15

Figura 4 - Coeficientes de forma para telhados com duas águas, em edificações

Fonte: NBR 6123 (ABNT, 1988).

Após a determinação dos coeficientes de forma externos, de acordo com a


normatização, foi possível a confecção das Tabelas 1, 2 e 3 com os respectivos valores de
vento para 0º (paralelo a maior dimensão). Os resultados obtidos podem ser observados
também através da Figura 5.
16

Tabela 1 - Determinação do Coeficiente de forma a 0º

α = 0º

A1 e B1 -0,8

A2 e B2 -0,47

A3 e B3 -0,29

C 0,7

D -0,33

Fonte: Autores, 2021

Tabela 2 - Dimensionamento do vento a 0º

Dimensionamento a 0º (m)

Dimensionamento (b/3) 5

Dimensionamento (a/4) 6,25

Valor máximo (2h) 10

Valor utilizado (m) 6,25

Fonte: Autores, 2021

Tabela 3- Medidas e valores de coeficiente do vento a 0º

Para α = 0º

Cotas Medidas (m) Coeficientes

A1 e B1 6,25 -0,8

A2 e B2 6,25 -0,47

A3 e B3 12,5 -0,29

C 15 0,7

D 15 -0,33

Fonte: Autores, 2021


17

Figura 5- Cargas do vento a 0º

Fonte: Autores, 2021

Assim como nos valores de vento para 0º citados acima, os valores de vento para 90º
(perpendicular a maior dimensão) foram calculados seguindo a norma, as Tabelas 4, 5 e 6
indicam os valores obtidos. Os resultados obtidos podem ser observados também através da
Figura 6.

Tabela 4- Determinação do Coeficiente de forma a 90º

α = 90º

AeB 0,7

C1 e D1 -0,87

C2 e D2 -0,47

Fonte: Autores, 2021


18

Tabela 5 - Dimensionamento do vento a 90º

Dimensionamento a 90º (m)

Dimensionamento (2h) 10.00

Dimensionamento (b/2) 7.50

Valor Utilizado C1 e D1 7.50


(m)

Fonte: Autores, 2021

Tabela 6 - Medidas e valores de coeficiente do vento a 90º

Para α = 90º

Cotas Medidas (m) Coeficientes

A 25 0,7

B 25 -0,47

C1 e D1 7,5 -0,87

C2 e D2 7,5 -0,47

Fonte: Autores, 2021


19

Figura 6 - Cargas do vento a 90º

Fonte: Autores, 2021

6 COEFICIENTES DE FORMA EXTERNOS PARA COBERTURA

A estrutura da cobertura do pavilhão foi brevemente definida sendo de um ângulo de 13º,


sendo uma relação de 0,5 entre a altura e a base. Desta forma, a NBR 6123 disponibiliza os
coeficientes de forma externos para telhados com duas águas, simétricos para plantas
retangulares, presentes na Figura 7.
20

Figura 7- Coeficientes de forma, para telhados com duas águas, em edificações

Fonte: NBR 6123 (ABNT, 1988).

Através dos coeficientes disponibilizados pela norma foi possível determinar os


coeficientes para 0º e para 90º. Nas Tabelas 8 e 9 observamos os coeficientes do vento para 0°
e 90º respectivamente, já nas Figuras 8 e 9 podemos observar graficamente o comportamento
dos coeficientes.
21

Tabela 7 - Medidas e valores de coeficiente do vento na cobertura a 0º

α = 0º

Cotas Medidas (m) Coef.

EeG 7,5 -0,80

FeH 7,5 -0,60

IeJ 7,5 -0,33

Fonte: Autores, 2021

Figura 8- Representação do coeficiente de forma para cobertura ao vento de 0º

Fonte: Autores, 2021


22

Tabela 8- Medidas e valores de coeficiente do vento na cobertura a 90º

α = 90º

Cotas Medidas (m) Coef.

E, F 6.25 -1,00

G, H 6,25 -0,40

I 12,5 -1,00

J 12,5 -0,40

Fonte: Autores, 2021

Figura 9- Representação do coeficiente de forma para cobertura ao vento de 90º

Fonte: Autores, 2021


23

7 COEFICIENTES DE FORMA INTERNOS

A edificação possui aberturas em ambas as faces, tanto na Frontal, quanto nas laterais e na
traseira. Desta forma, para a realização do cálculo dos coeficientes de forma interno, segundo
a NBR 6123 (ABNT, 1988), quando se possui 4 faces igualmente permeáveis, deve-se utilizar
a C pi =−0,3 ou 0, devendo considerar sempre o valor mais nocivo para o sistema. Desta
forma, utilizou-se da Equação descrita abaixo:

áreadas aberturas na face considerada


IP=
área totalda face considerada

Através da equação citada acima, possibilitou-se os resultados descritos nas Tabela 10


abaixo:

Tabela 9 - Dados para realização do cálculo de índice de permeabilidade

Dados das Faces e Aberturas

Abertura Largura (m) Altura (m) Área (m²)

Portão 4 3.5 14

Parede Frontal 15 5 75

Janela Lateral 4.76 1 4.76

Parede Lateral 25 5 125

Fonte: Autores, 2021

8 DISTRIBUIÇÃO DE PRESSÕES

O coeficiente de pressão relaciona a pressão dinâmica do vento com os coeficientes de


forma interna e externa. Os valores negativos correspondem a sucção e os positivos a
sobrepressão. Desta forma a normatização disponibiliza a Equação 5 abaixo para determinar o
coeficiente de pressão.

(5)
∆ p=q∗(C pe −C pi )
24

Onde:

∆ p : coeficiente de pressão;

q : pressão dinâmica;

C pe : coeficiente de pressão externa;

C pi : coeficiente de pressão interna.

8.1 DISTRIBUIÇÃO DE PRESSÃO NAS PAREDES

As representações abaixo demonstram as pressões internas das paredes, em que o


vento atua de 0º a 90º. Desta forma, estão expressos os valores dos coeficientes, bem como
suas dimensões nas Tabelas 11 e 12, e estão presentes nas Figuras 10 e 11 suas
demonstrações.

Tabela 10- Coeficientes e valor final para vento em α = 0º

Para vento em α = 0º - Paredes


Cotas Medida (m) Coeficiente Ce Coeficiente Ci. Δp (Pressão em Pa)
A1 e B1 6,25 -0.80 0.00 -747.69
A2 e B2 6,25 -0.47 0.00 -436.15
A3 e B3 12,5 -0.29 0.00 -271.04
C 15.00 0.70 0.00 654.23
D 15.00 -0.37 0.00 -342.69
Fonte: Autores, 2021

Tabela 11 - Coeficientes e valor final para vento em α = 90º

Para vento em α = 90º - Paredes


Cotas Medida (m) Coeficiente Ce Coeficiente Ci. Δp (Pressão em Pa)
A 25.00 0.70 0.00 654.23
B 25.00 -0.43 0.00 -405.00
C1 e D1 7,5 -0.83 0.00 -778.85
C2 e D2 7,5 -0.43 0.00 -405.00
25

Fonte: Autores, 2021

Figura 10- Representação da distribuição da pressão nas paredes para vento a 0º

Fonte: Autores, 2021

Figura 11- Representação da distribuição da pressão nas paredes para vento a 90º
26

Fonte: Autores, 2021

8.2 DISTRIBUIÇÃO DE PRESSÃO CRÍTICA NA COBERTURA

As representações abaixo demonstram a distribuição da pressão no estado crítico na


cobertura, tanto para o vento em 90º, quanto para o vento em 0º. As Tabelas 13 e 14
representam os coeficientes adotados para os cálculos de vento para 0° e 90°, já as Figuras 12
e 13 demonstram as combinações que ocorrem nos coeficientes de forma (interno e externo).

Tabela 12 – Coeficientes para cálculo do vento em cobertura a α = 0º

Para vento em α = 0º - Cobertura


Cotas Medida (m) Coeficiente Ce Coeficiente Ci. Δp (Pressão em Pa)
EeG 6.25 -0.80 0.00 -747.69
FeH 6.25 -0.60 0.00 -560.77
IeJ 12.50 -0.33 0.00 -308.42
Fonte: Autores, 2021

Tabela 13– Coeficientes para cálculo do vento em cobertura a α = 0º

Para vento em α = 90º - Cobertura


Cotas Medida (m) Coeficiente Ce Coeficiente Ci. Δp (Pressão em Pa)
EeF 6.25 -1.00 0.00 -934.61
GeH 6.25 -0.40 0.00 -373.85
I 12.50 -1.00 0.00 -934.61
J 12.50 -0.40 0.00 -373.85
Fonte: Autores, 2021

Figura 12- Combinação dos coeficiente de forma interno e externo na cobertura

Fonte: Autores, 2021


27

Figura 13- Distribuição de pressão para as situações críticas na cobertura

Fonte: Autores, 2021

9 REPRESENTAÇÃO DA ESTRUTURA

Para facilitar a visualização da estrutura que foi analisada, dispõe-se algumas das
plantas que também serão dispostas separadamente da entrega, juntamente do relatório. A
Figura 14 abaixo, demonstra a vista da fachada leste, já a Figura 15, a vista da fachada sul e a
Figura 16 abaixo demonstra a vista da planta baixa do pavimento térreo do pavilhão.

Figura 14 - Vista da Fachada Leste

Fonte: Autores, 2021


28

Figura 15 - Vista da Fachada Sul

Fonte: Autores, 2021

Figura 16 - Planta Baixa do Pavimento Térreo

Fonte: Autores, 2021


29

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com relação aos resultados encontrados nos cálculos, observou-se uma velocidade
característica do vento (Vk) igual a 39,930 m/s. Ainda, uma pressão dinâmica de 0,977
kN/m².

Coeficientes encontrados de pressão externo e internos, bem como seus cálculos e


medidas para angulação de vento a 0º e 90º foram descritos e analisados nos itens dispostos e
percebeu-se para vento a 0º uma pressão de 747,69 Pa negativo, representando sucção e a 90º
uma sucção de 778,85 Pa. Para a cobertura da edificação observou-se uma sucção de grandeza
maior, de 934,61 Pa.

Finalmente, posterior a realização dos cálculos e analisados seus respectivos


resultados, podemos avaliar e analisar a ação do vento em um pavilhão industrial. Tanto em
relação as características do vento e com o intuito de exportar para o campo de atuação os
conceitos analisados de maneira síncrona em aula e principalmente com o intuito de propor
soluções para estes problemas que aparecerão futuramente em desafios da carreira
profissional.
30

11 DIMENSIONAMENTO DO PAVILHÃO

Além dos cálculos relacionados ao vento na estrutura, é de fundamental importância a


oportunidade do dimensionamento da estrutura da cobertura do pavilhão, localizado na cidade
de Carlos Barbosa -RS.

Por isso, seguindo a segunda etapa do projeto final da disciplina e com foco no
dimensionamento de um pavilhão de planta retangular, estruturado em perfis metálicos
laminados, seguiu-se o roteiro, conforme solicitado em aula.

11.1 OBJETIVO DA SEGUNDA ETAPA

O principal objetivo na execução deste trabalho, por meio da execução do


dimensionamento, é inserir o estudante em uma atividade prática no papel do engenheiro
civil. Como projetistas, os alunos precisam utilizar seus conhecimentos teóricos, com base em
normativas técnicas e municiados pelas aulas em modelo síncrono, para definir os cálculos
que serão realizados e ao final, entregar um projeto de estruturas de aço.

Para concluir este objetivo, deve-se seguir o roteiro disponibilizado em aula, como
segunda etapa do projeto final da disciplina que conta com as características do
galpão/pavilhão, características geométricas da treliça da cobertura, recomendações gerais,
roteiro para cálculo da carga permanente na estrutura e cargas variáveis, além de esforços
axiais nas barras da treliça, composição dos esforços, ligações entre barras e verificação da
flecha da treliça.

12 PARÂMETROS DE PROJETO

Por ser uma construção de vão simples, o pavilhão será construído com cobertura em
telha trapezoidal de aço revestido, estruturada em perfis metálicos laminados.

Para a determinação destes coeficientes teremos como base os seguintes dados


geométricos:

 Comprimento = 25 metros
31

 Largura = 15 metros
 h- Altura = 5 metros
 α - Inclinação do telhado = 13º
 ltreliça - Espaçamento entre treliças = 5 metros

A Figura 17 abaixo, serve para ilustrar as medidas acima apresentadas, de maneira a


gerar um melhor entendimento para as dimensões citadas.

Figura 17 - Ilustração do pavilhão


32

Fonte: Autores, 2021


Os perfis metálicos laminados utilizados são de aço MR 250, além de contar com
cantoneiras duplas de abas iguais na construção de banzos, montantes e diagonais da treliça.

Inicialmente adotaram-se os perfis pré estabelecidos, para ao final realizar-se a


verificação dos perfis e otimização da estrutura caso necessário. As ligações serão de soldas
longitudinais. Usou-se, para construir as terças, perfis metálicos laminados – Perfil U (120 x
55 x 13,4 kg/m) e telha trapezoidal de aço revestido, com espessura de 0,5 mm, para cobrir o
galpão

Seguindo a NBR 8800 (ABNT, 2008), calculou-se a resistência dos perfis. A Tabela
15 abaixo, confere os parâmetros iniciais dados. Todos os perfis são metálicos laminados de
aço MR 250, com resistência ao escoamento do (fy) de 250 Mpa e resistência a ruptura devido
à tração de 400 Mpa.

O anexo A da NBR 8800 (ABNT, 2008) informa que a resistência a ruptura (fu)
devido à tração para o aço MR 250 pode varia entre 400 – 560 MPa, sendo adotado o valor de
400 Mpa para favorecer a segurança.

Tabela 14 - Perfis metálicos iniciais

Local Cantoneira Dimensões (mm) Peso (kN/m)

Banzo inferior Dupla 40 x 3 0,0187

Banzo superior Dupla 40 x 3 0,0187

Diagonais Dupla 31,75 x 3,18 0,015

Montante Dupla 31,75 x 3,18 0,015


Fonte: Autores, 2021

13 CARGAS ATUANTES NA ESTRUTURA DA COBERTURA

Como carga permanente, o telhado recebe o peso próprio e como cargas acidentais, a
estrutura recebe a ação do vento e sobrecarga. Nesta seção serão estudados o peso próprio
nominal dos trechos, bem como barras, terças e treliças em cada um de seus respectivos nós.
33

13.1 PESO NOMINAL

A carga permanente atuante na estrutura refere-se a soma do peso nominal das treliças,
terças e telhas. Primeiramente, foi calculado o peso nominal dos perfis que compõem a treliça,
em cada trecho, conforme Tabela 16. A Equação 6 foi utilizada para o cálculo do peso
nominal.
(6)
P . N =1,1× P× L

Onde:
P.N: peso nominal dos trechos (kN);
P: peso do perfil (kN/m);
L: comprimento total do trecho (m) (como são dois perfis, o comprimento foi multiplicado
por 2).
Tabela 15 - Peso Nominal por Barra

n° Compri Peso Somatóri


Identifi Comprimento
Local barras mento nominal o de peso
cação por barra (m)
(unid) (m) (kN) (kN)
JK 2 1,88 3,76 0,077
KL 2 1,88 3,76 0,077
LM 2 1,88 3,76 0,077
Banzo MN 2 1,88 3,76 0,077
0,619
Inferior NO 2 1,88 3,76 0,077
OP 2 1,88 3,76 0,077
PQ 2 1,88 3,76 0,077
QR 2 1,88 3,76 0,077
AB 2 1,92 3,84 0,079
BC 2 1,92 3,84 0,079
CD 2 1,92 3,84 0,079
Banzo DE 2 1,92 3,84 0,079
0,632
Superior EF 2 1,92 3,84 0,079
FG 2 1,92 3,84 0,079
GH 2 1,92 3,84 0,079
HI 2 1,92 3,84 0,079
AJ 2 0,33 0,66 0,011
BK 2 0,75 1,5 0,025
Montante CL 2 1,17 2,34 0,039 0,319
DM 2 1,58 3,16 0,052
EM 2 2 4 0,066
34

n° Compri Peso Somatóri


Identifi Comprimento
Local barras mento nominal o de peso
cação por barra (m)
(unid) (m) (kN) (kN)
FO 2 1,58 3,16 0,052
GP 2 1,17 2,34 0,039
HQ 2 0,75 1,5 0,025
IR 2 0,33 0,66 0,011
JB 2 2,02 4,04 0,067
BL 2 2,02 4,04 0,067
CM 2 2,21 4,42 0,073
DN 2 2,45 4,9 0,081
Diagonal 0,574
FN 2 2,45 4,9 0,081
GO 2 2,21 4,42 0,073
HP 2 2,02 4,04 0,067
HR 2 2,02 4,04 0,067
Peso total da
Comprimento total das barras (m) 114.92 2.144
treliça
Fonte: Autores, 2021.
Após realização da Tabela 16 acima, pode-se inferir também que o comprimento total
das barras é de 114,92 metros e o peso total da treliça é de 2,144 kN.

Assim, o peso de cada barra pode ser transferido para os nós adjacentes, sendo o peso
das diagonais e dos trechos dos banzos divididos em sua metade, resultando em um peso total
da treliça, como será indicado na Tabela 17, abaixo.

Tabela 16 - Peso em cada Nó

Banzo
Montante Diagonal Banzo Inferior
Identificação do Superior
Nó Peso nominal Peso nominal Peso nominal Peso nominal
(kN) (kN) (kN) (kN)
1 0,011 0,033 0,039 0,039
2 0,025 0,067 0,079 0,077
3 0,039 0,070 0,079 0,077
4 0,052 0,077 0,079 0,077
5 0,066 0,081 0,079 0,077
6 0,052 0,077 0,079 0,077
7 0,039 0,070 0,079 0,077
8 0,025 0,067 0,079 0,077
9 0,011 0,033 0,039 0,039
Totais 0,308 0,574 0,632 0,619
Fonte: Autores, 2021.
35

A distribuição do peso total da treliça foi realizada através das áreas de influência
determinadas na Figura 18. Assim, cada nó recebe a carga equivalente à sua área de influência
na treliça.

Figura 18 - Áreas de Influência

Fonte: Autores, 2021.

Após a realização das áreas de influência, resta encontrar o peso da treliça por nó de
cálculo, através da Equação 7 abaixo. Os resultados obtidos com o uso da equação serão
expostos na Tabela 18.

Ai
P= ×P,n (7)
At

Onde:

P: peso da treliça por nó de cálculo (kN);

Ai: área de influência do nó (m²);

At: área total da treliça (m²);

P,n: peso da treliça por nó (kN).

Tabela 17 - Peso por nó de cálculo


36

Peso da Área de
Identifica Peso da treliça por Peso da treliça por
treliça por nó influência
ção do Nó nó de cálculo (kN) nó de cálculo (N)
(kN) (m²)

1 0,122 0,4073 0,0499 49,942


2 0,248 1,4015 0,1718 171,849
3 0,265 2,1847 0,2679 267,884
4 0,285 2,9708 0,3643 364,274
5 0,303 3,5536 0,4357 435,736
6 0,285 2,9708 0,3643 364,274
7 0,265 2,1847 0,2679 267,884
8 0,248 1,4015 0,1718 171,849
9 0,122 0,4073 0,0499 49,942
Totais 2,144 17,4822 2,143636 2143,636
Fonte: Autores, 2021.

Como conclusão acerca da Tabela 18, podemos inferir que as áreas de influência estão
de acordo com o peso por nó, uma vez que foram encontrados os mesmos valores ao somar os
pesos totais de cada coluna.

Após execução do peso da treliça por nó de cálculo, passou-se a calcular o peso


próprio das terças atuando em cada nó.

Resultando da multiplicação entre o número de terças em cada nó, o peso por metro do
perfil da terça, o espaçamento entre as treliças e a aceleração da gravidade (9,81 m²/s). Com
isso, chegaram-se aos valores representados na Tabela 19, abaixo.
37

Tabela 18 - Peso Próprio das Terças


Peso da Espaçament Peso da Peso da terça
Número de
Identificaçã terça o terça p/
terças
o do Nó por m entre por nó de nó de cálculo
(un.)
(kg/m) treliças (m) cálculo (kg) (N)
1 1,00 13,40 5,00 67,00 657,270
2 1,00 13,40 5,00 67,00 657,270
3 1,00 13,40 5,00 67,00 657,270
4 1,00 13,40 5,00 67,00 657,270
5 2,00 13,40 5,00 134,00 1314,540
6 1,00 13,40 5,00 67,00 657,270
7 1,00 13,40 5,00 67,00 657,270
8 1,00 13,40 5,00 67,00 657,270
9 1,00 13,40 5,00 67,00 657,270
Somatório 6572,70
Fonte: Autores, 2021.

Finalmente, para a determinação do peso próprio das telhas por nó de cálculo, foram
calculadas as cargas provenientes do peso próprio das telhas distribuídas em cada nó da
treliça.

Agora, a área de influência ocorreu pela multiplicação do espaçamento entre as terças


pelo espaçamento entre as treliças. Cada área de influência foi multiplicada pelo peso das
telhas por m² e pela aceleração da gravidade. Na Tabela 20, abaixo, estão explícitos os
resultados encontrados nesta etapa.

Tabela 19 - Peso Próprio das Telhas

Peso
Peso da
Peso da da
Espaçament Espaçament Área de telha
telha telha
Identificação o o influência por nó
por por nó
do Nó entre terças entre de cada de
área de
(m) treliças (m) nó (m²) cálculo
(Kg/m²) cálculo
(N)
(Kg)
1 0,96 5,00 4,80 5,420 26,02 255,217
2 1,92 5,00 9,60 5,420 52,03 510,434
3 1,92 5,00 9,60 5,420 52,03 510,434
4 1,92 5,00 9,60 5,420 52,03 510,434
5 1,92 5,00 9,60 5,420 52,03 510,434
6 1,92 5,00 9,60 5,420 52,03 510,434
38

Peso
Peso da
Peso da da
Espaçament Espaçament Área de telha
telha telha
Identificação o o influência por nó
por por nó
do Nó entre terças entre de cada de
área de
(m) treliças (m) nó (m²) cálculo
(Kg/m²) cálculo
(N)
(Kg)
7 1,92 5,00 9,60 5,420 52,03 510,434
8 1,92 5,00 9,60 5,420 52,03 510,434
9 0,96 5,00 4,80 5,420 26,02 255,217
Somatório 4083,47
Fonte: Autores, 2021.

13.2 RESUMO DOS CARREGAMENTOS PERMANENTES

Enfim, com todos os pesos nominais atuantes na estrutura, enfim calculados,


executou-se a Tabela 21, onde estarão expostos os valores de cada um dos componentes de
peso próprio estudados nesta seção.

Tabela 20 - Cargas Permanentes


Identificação Peso da Peso da Peso da Peso Total Peso Total
do Nó treliça (N) terça (N) telha (N) (N) (kN)
1 49,94 657,27 255,22 962,43 0,96
2 171,85 657,27 510,43 1339,55 1,34
3 267,88 657,27 510,43 1435,59 1,44
4 364,27 657,27 510,43 1531,98 1,53
5 435,74 1314,54 510,43 2260,71 2,26
6 364,27 657,27 510,43 1531,98 1,53
7 267,88 657,27 510,43 1435,59 1,44
8 171,85 657,27 510,43 1339,55 1,34
9 49,94 657,27 255,22 962,43 0,96
Totais 2143,64 6572,70 4083,47 12799,81 12,80
Fonte: Autores, 2021.
39

13.3 SOBRECARGA

Neste galpão foi considerada uma carga acidental de 0,25 kN/m² em projeção
horizontal, onde a área de atuação da mesma foi encontrada pela Equação 8:

Ai , s= Ai , n ×cos ⁡(α ) (8) 7

Onde:

Ai,s: área de influência da sobrecarga (m²);

Ai,n: área de influência do nó (m²) (em planta baixa);

α: ângulo de inclinação do telhado (º).

Sendo assim, a sobrecarga em cada nó resultou da multiplicação da área de influência


da sobrecarga pelo carregamento acidental. Os resultados estão representados na Tabela 22.

Tabela 21 - Sobrecarga por Nó


Área de Área de
Sobreca Sobreca
Identificaçã influência Projeção influência
cos(α) rga rga por
o do Nó de cada nó (°) da sobre
(kN/m²) nó (kN)
(m²) carga (m²)
1 4,70 13,00 0,9744 4,58 0,25 1,145
2 9,40 13,00 0,9744 9,16 0,25 2,290
3 9,40 13,00 0,9744 9,16 0,25 2,290
4 9,40 13,00 0,9744 9,16 0,25 2,290
5 9,40 13,00 0,9744 9,16 0,25 2,290
6 9,40 13,00 0,9744 9,16 0,25 2,290
7 9,40 13,00 0,9744 9,16 0,25 2,290
8 9,40 13,00 0,9744 9,16 0,25 2,290
9 4,70 13,00 0,9744 4,58 0,25 1,145
Total 18,32
Fonte: Autores, 2021.

13.4 CARGAS DEVIDO AO VENTO

De acordo com o cronograma e o roteiro de cálculos demonstrados na primeira etapa


do projeto em questão, tais resultados obtidos demonstraram a ação do vento de sucção a 0º, o
40

vento de sucção a 90º e o vento de sobrepressão a 0º. Tais cálculos pertinentes a ação do
vento estão contidos na Tabela em anexo, valores e componentes aplicados em cada nó da
treliça devidos aos esforços da ação do vento estão presentes na mesma. Contudo para
demonstração simplificada de resultados, estão presentes nas Tabelas 23, 24, 25 e 26 os
valores dos coeficientes obtidos através dos cálculos citados na primeira etapa do projeto, a
ação dos ventos a 0º e a 90º as paredes e na cobertura.

Tabela 22- Resumo do Vento a 0° nas Paredes

Vento a 0° nas Paredes


q Cp
Ce Cpi Ce-Cpi Cpi 0 Cpi -0,3
(N/m²) i
A1 e B1 977.38 -0.80 0 -0.3 -0.5 -781.90 -488.69
-
A2 e B2 977.38 -0.47 0 -0.3 -456.11 -162.90
0.16667
A3 e B3 977.38 -0.29 0 -0.3 0.01 -283.44 9.77
C 977.38 0.70 0 -0.3 1 684.17 977.38
-
D 977.38 -0.37 0 -0.3 -358.37 -65.16
0.06667
Cpe médio 977.38 -1
Fonte: Autores, 2021.

Tabela 23- Resumo do Vento a 90° nas Paredes

Vento a 90° nas Paredes


  q (N/m²) Ce Cp Cpi Ce-Cpi Cpi 0 Cpi -0,3
i
A 977.38 0.70 0 -0.3 1 684.17 977.38
B 977.38 -0.43 0 -0.3 - -423.53 -130.32
0.13333
C1 e D1 977.38 -0.83 0 -0.3 - -814.48 -521.27
0.53333
C2 e D2 977.38 -0.43 0 -0.3 - -423.53 -130.32
0.13333
Cpe 977.38 -1          
médio
Fonte: Autores, 2021.

Tabela 24- Resumo do Vento a 0° na Cobertura

Vento a 0° na Cobertura
  q Cpe Cp Cpi Cpe-Cpi Cpi 0 Cpi -0,3
(N/m²) i
EG 977.38 -0.80 0 -0.3 -0.5 -781.90 -488.69
41

FH 977.38 -0.60 0 -0.3 -0.3 -586.43 -293.21


IJ 977.38 -0.33 0 -0.3 -0.03 -322.54 -29.32
Fonte: Autores, 2021.

Tabela 25- Resumo do Vento a 90° na Cobertura

Vento a 90° na Cobertura


  q (N/m²) Cpe Cp Cpi Cpe-Cpi Cpi 0 Cpi -0,3
i
EF = I 977.38 -1.00 0 -0.3 -0.7 -977.38 -684.17
GH = 977.38 -0.40 0 -0.3 -0.1 -390.95 -97.74
J
Fonte: Autores, 2021.

Um resumo das características determinadas na primeira etapa do projeto, contendo os


coeficientes de pressão nas piores situações, tanto em 90º quanto em 0º para o
dimensionamento de sobrepressão e sucção da estrutura está presente na Tabela 27 abaixo.

Tabela 26- Situações críticas para sobrepressão e sucção

Para o dimensionamento da cobertura


Piores situações a 90° e Sobrepressão Sucção
0° Pressão Pressão C
Ce Ci Ce
(Pa) (Pa) i
Vento 90° - - - -977.38 -1.00 0
-
Vento 0° Sotavento -29.32 0 -488.69 -0.5 0
0.03
Fonte: Autores, 2021.

Após a confecção dos coeficientes de pressão combinados e tento a referência das


piores situações, será possível a determinação a pressão do vento por nó (N), sendo calculada
pela Equação 9 presente abaixo. Tais resultados estão descritos nas Tabelas 28 e 29.

Pn=q × Ai ×C (9)

Onde:

Pn: pressão do vento por nó (N);


42

Q: pressão do vento por área (N/m²);

Ai: área de influência de cada nó (m²);

C: coeficiente de pressão combinados.

Tabela 27- Pressão do vento de sucção para 0º

Área de
Pressão do vento Coeficiente de
Identificaçã influência Pressão do vento
por área pressão
o do Nó de cada nó por nó (N)
(N/m²) combinados
(m²)
1 977.38 4.80 -0.50 -2345.71
2 977.38 9.60 -0.50 -4691.43
3 977.38 9.60 -0.50 -4691.43
4 977.38 9.60 -0.50 -4691.43
5 977.38 9.60 -0.50 -4691.43
6 977.38 9.60 -0.50 -4691.43
7 977.38 9.60 -0.50 -4691.43
8 977.38 9.60 -0.50 -4691.43
9 977.38 4.80 -0.50 -2345.71
Fonte: Autores, 2021.

Tabela 28- Pressão do vento de sopressão para 0º

Área de
Pressão do vento Coeficiente de
Identificaçã influência Pressão do vento
por área pressão
o do Nó de cada nó por nó (N)
(N/m²) combinados
(m²)
1 977.38 4.80 -0.03 -140.74
2 977.38 9.60 -0.03 -281.49
3 977.38 9.60 -0.03 -281.49
4 977.38 9.60 -0.03 -281.49
5 977.38 9.60 -0.03 -281.49
6 977.38 9.60 -0.03 -281.49
7 977.38 9.60 -0.03 -281.49
8 977.38 9.60 -0.03 -281.49
9 977.38 4.80 -0.03 -140.74
Fonte: Autores, 2021.

Para encontrar os valores das decomposições das pressões geradas pela diferença de
13º de inclinação da cobertura, utilizou-se as Equações 10 e 11 disponibilizadas abaixo. Os
43

valores encontrados estão presentes nas Tabelas 30 e 31 demonstram o carreamento


decomposto do vento de sobrepressão a 0º e ao carregamento decomposto de sucção a 0º e a
90º dados para cada nó da treliça.

Fv=Pn× cosα

Onde:

Fv: força vertical (N);

Pn: pressão do vento por nó (N);

α: ângulo de inclinação do telhado (º).

(
Fh=Pn ×senα (11)
Onde:

Fh: força horizontal (N);

Pn: pressão do vento por nó (N);

α: ângulo de inclinação do telhado (º).

Tabela 29- Carregamento decomposto do vento de sucção à 0º

Pressã Pressão Pressão Pressão


Pressão
o do component componente component
Identificaçã Projeçã component
vento e e
o do Nó o (°) e
por nó horizontal vertical horizontal
vertical (N)
(N) (N) (kN) (kN)
-
1 2345.7 13.00 -2285.59 -527.67 -2.29 -0.53
1
-
2 4691.4 13.00 -4571.19 -1055.34 -4.57 -1.06
3
-
3 4691.4 13.00 -4571.19 -1055.34 -4.57 -1.06
3
-
4 4691.4 13.00 -4571.19 -1055.34 -4.57 -1.06
3
44

-
5 4691.4 13.00 -4571.19 -1055.34 -4.57 -1.06
3
-
6 4691.4 13.00 -4571.19 -1055.34 -4.57 -1.06
3
-
7 4691.4 13.00 -4571.19 -1055.34 -4.57 -1.06
3
-
8 4691.4 13.00 -4571.19 -1055.34 -4.57 -1.06
3
-
9 2345.7 13.00 -2285.59 -527.67 -2.29 -0.53
1
Fonte: Autores (2021).

Tabela 30- Carregamento decomposto do vento de sobrepressão à 0º

Pressã Pressão Pressão Pressão Pressão


o do component component component component
Identificaçã Projeção
vento e e e e
o do Nó (°)
por nó vertical horizontal vertical horizontal
(N) (N) (N) (kN) (kN)
1 -140.74 13.00 -137.14 -31.66 -0.14 -0.03
2 -281.49 13.00 -274.27 -63.32 -0.27 -0.06
3 -281.49 13.00 -274.27 -63.32 -0.27 -0.06
4 -281.49 13.00 -274.27 -63.32 -0.27 -0.06
5 -281.49 13.00 -274.27 -63.32 -0.27 -0.06
6 -281.49 13.00 -274.27 -63.32 -0.27 -0.06
7 -281.49 13.00 -274.27 -63.32 -0.27 -0.06
8 -281.49 13.00 -274.27 -63.32 -0.27 -0.06
9 -140.74 13.00 -137.14 -31.66 -0.14 -0.03
Fonte: Autores (2021).

Diferenciam-se as cargas do vendo a 90º devido serem assimétricas na treliça.


Consequentemente deverão sofrer mudanças nos coeficientes, distinguindo e apresentando
uma componente a mais no somatório de forças. Tal diferença está demonstrada nas Tabelas
32 e 33 abaixo.
Tabela 31- Pressão do vento de sucção para 90º

Pressão Pressã
Pressão Área de Coeficiente Coeficiente
do o do
Identificaçã do vento influência de pressão de pressão
vento vento
o do Nó por área de cada combinado combinado
por nó por nó
(N/m²) nó (m²) s s
(N) (N)
1 977.38 4.80 -1.00 -0.40 - -
45

4691.43
-
2 977.38 9.60 -1.00
9382.86
-
3 977.38 9.60 -1.00
9382.86
-
4 977.38 9.60 -1.00
9382.86
- 3753.1
5 977.38 9.60 -1.00
9382.86 4
-
6 977.38 9.60 -0.40
3753.14
-
7 977.38 9.60 -0.40
3753.14
-
8 977.38 9.60 -0.40
3753.14
-
9 977.38 4.80 -0.40
1876.57
Fonte: Autores, 2021.
Tabela 32- Carregamento decomposto do vento de sucção à 90º

Pressão Pressã Pressão Pressão Pressão Pressão


Ident do o do componen componen componen componen
Projeçã
. do vento vento te te te te
o (°)
Nó por nó por nó vertical horizontal vertical horizontal
(N) (N) (N) (N) (kN) (kN)
1 - 13.00 -4571.19 -1055.34 -4.57 -1.06
4691.43
2 - 13.00 -9142.38 -2110.68 -9.14 -2.11
9382.86
3 - 13.00 -9142.38 -2110.68 -9.14 -2.11
9382.86
4 - 13.00 -9142.38 -2110.68 -9.14 -2.11
9382.86
5 - - 13.00 -9142.38 -2110.68 -9.14 -2.11
9382.86 3753.1
6 - 13.00 -3656.95 -844.27 -3.66 -0.84
3753.14
7 - 13.00 -3656.95 -844.27 -3.66 -0.84
3753.14
8 - 13.00 -3656.95 -844.27 -3.66 -0.84
3753.14
9 - 13.00 -1828.48 -422.14 -1.83 -0.42
1876.57
Fonte: Autores (2021).

14 ESFORÇOS AXIAIS SOLICITANTES


46

Com o auxílio do software Ftool, será possível determinar os esforços solicitantes em


cada nó, que consequentemente serão transmitidos pelas barras. Após a determinação do peso
próprio, cálculos da ação do vento e de sobrecarga na estrutura, ocorrerá o lançamento dos
valores obtidos no software em questão.

14.1 PESO PRÓPRIO

Com as cargas braviamente definidas, lançou-se o carregamento no software, gerando


a Figura 19, demonstrando o carregamento permanente da estrutura em questão

Figura 19- Carregamento devido ao peso próprio

Fonte: Autores (2021).

Após o lançamento dos carregamentos na estrutura, em seus devidos nós, obteve-se o


esforço axial interno proveniente da carga permanente. Tais valores estão presentes na Figura
20.

Figura 20- Esforço axial interno devido à carga permanente


47

Fonte: Autores (2021).

14.2 SOBRECARGA

A Figura 21 demonstra os valores inseridos no software Ftool para as ações


provenientes da sobrecarga na estrutura.

Figura 21- Carregamento devido à sobrecarga da estrutura

Fonte: Autores (2021).

Com o auxílio do software citado a cima, foi possível a obtenção dos esforços axiais
atuantes em cada barra da estrutura. A Figura 22 demonstra os valores obtidos.

Figura 22- Esforço axial interno devido à sobrecarga

Fonte: Autores (2021).


48

14.3 AÇÃO DO VENTO

AS Figuras 23, 24 e 25 demonstra as cargas calculadas anteriormente para a ação do


vento em cada nó da estrutura, sendo lançados no software e representados abaixo as cargas
do vento de sucção à 0º, vento de sucção à 90º e vento de sobrepressão à 0º.

Figura 23- Vento de sucção a 0º

Fonte: Autores (2021).

Figura 24- Vento de sucção a 90º

Fonte: Autores (2021).


49

Figura 25- Vento de sobrepressão à 0º

Fonte: Autores (2021).

Através das cargas demonstradas acima, o software nos auxilia para a obtenção dos
esforços axiais provenientes de cada ação do vento, sendo elas a de sucção à 0º, sucção à 90º e
sobrepressão à 0º, que estão respectivamente demonstradas nas Figuras 26, 27 e 28 abaixo.

Figura 26 - Esforço axial interno devido ao vento de sucção à 0

Fonte: Autores (2021).

Figura 27 - Esforço axial interno devido ao vento de sucção à 90º

Fonte: Autores (2021).


50

Figura 28- Esforço axial interno devido ao vento de sobrepressão à 0º

Fonte: Autores (2021).

15 CÁLCULO DAS FORÇAS AXIAIS SOLICITANTES

A determinação dos esforços axiais solicitantes na treliça, tento em vista a combinação


dos esforços e seus respectivos coeficientes de ponderação serão definidos utilizando a
Equação 10.

m n
N sd =∑ ( γ gi × F gi , k ) + γ i × F gi , k + ∑ (γ qi ×ψ 0 j × F Qj ,k ) (10)
i=1 j=2

Os resultados obtidos pela Equação 10 acima estão descritos na Tabela 34 e


consequentemente os valores dos fatores de redução das ações variáveis estão descritos na
Tabela 35.

Tabela 33 - Coeficientes de ponderação para combinações permanentes e variáveis

Ações permanentes (γg)


Diretas

Combinaçõ P.P.
es Peso P.P. pré- P.P. P.P. elementos elementos
Indireta
própri moldado moldado industrializad contrut. E
s
o s in loco os equipament
os

Normal = 1.25 1.3 1.35 1.4 1.5 1.2


Normal
(favorável à 1 1 1 1 1 0
segurança)
51

Ações permanentes (γg)


Diretas

Combinaçõ P.P.
es Peso P.P. pré- P.P. P.P. elementos elementos
Indireta
própri moldado moldado industrializad contrut. E
s
o s in loco os equipament
os

Ações variáveis (γq)


Temp. Vento ações truncadas Uso e ocupação
Normal = 1.2 1.4 1.2 1.5
Normal
(favorável à 0 0 0 0
segurança)
Fonte: Autores (2021).

Tabela 34 - Fatores de redução para ações variáveis

Ações Ψ0 Ψ1 Ψ2
Pressão dinâmica do vento nas estruturas em 0.6 0.3 0
geral
Sobrecarga em coberturas 0.8 0.7 0.6
Fonte: Autores (2021).

A Tabela 36 abaixo demonstra os valores obtidos através do software Ftool, na tabela


estão contidas as combinações provenientes de cálculos tento como resultado os esforços
axiais nos nós da treliça utilizada.

Tabela 35 - Esforços axiais nas barras da treliça

V1
V2 (kN) V3 (kN)
Identi Peso Próprio Sobrecarga (kN)
Local
fic. (kN) (kN) 0° 90° 0°
sucção sucção sobrepressão
JK -0.70 -0.68 2.02 -8.88 -0.12
Banzo KL -0.65 -0.62 1.86 -9.12 -0.11
Inferior LM 1.14 1.58 -3.62 -14.78 0.21
MN 0.21 -0.28 -0.24 -5.61 0.02
52

V1
V2 (kN) V3 (kN)
Identi Peso Próprio Sobrecarga (kN)
Local
fic. (kN) (kN) 0° 90° 0°
sucção sucção sobrepressão
NO 0.21 -0.28 -0.24 4.91 0.02
OP 1.14 1.58 -3.62 4.63 0.21
PQ -0.65 -0.62 1.86 14.34 -0.11
QR -0.70 -0.68 2.02 14.53 -0.12
AB -0.23 -0.34 1.30 2.32 -0.08
BC -15.78 -23.23 53.79 83.32 -3.18
CD -14.84 -21.35 51.47 76.16 -3.04
Banzo DE -12.81 -18.00 45.92 63.64 -2.71
Superio
EF -12.81 -18.00 45.92 64.94 -2.71
r
FG -14.84 -21.35 51.47 67.97 -3.04
GH -15.78 -23.23 53.79 67.32 -3.18
HI -0.23 -0.34 1.30 1.33 -0.08
AJ -1.04 -1.29 2.66 5.22 -0.16
BK -0.03 -0.04 0.08 0.15 0.00
CL -0.72 -0.88 2.20 2.26 -0.13
DM 0.58 1.14 -2.08 -5.65 0.12
Montan
EM 3.35 5.54 -10.97 -15.35 0.65
te
FO 0.58 1.14 -2.08 -0.17 0.12
GP -0.72 -0.88 2.20 3.89 -0.13
HQ -0.03 -0.04 0.08 0.09 0.00
IR -1.04 -1.29 2.66 2.21 -0.16
JB -14.39 -21.66 48.03 76.61 -2.84
BL 1.93 2.36 -5.89 -6.09 0.35
CM -1.10 -2.18 3.97 10.78 -0.23
Diagon DN -2.60 -4.29 8.50 18.78 -0.50
al FN -2.60 -4.29 8.50 5.01 -0.50
GO -1.10 -2.18 3.97 0.34 -0.23
HP 1.93 2.36 -5.89 -10.42 0.35
HR -14.39 -21.66 48.03 57.93 -0.16
Fonte: Autores (2021).

As Tabelas 37 e 38 demonstram respectivamente os resultados das combinações, que


avaliam o maior esforço de tração e o maior esforço a compressão.
53

Tabela 36 - Combinações para o maior esforço de tração

C1
C2 (kN) C3 (kN) C4 (kN) C5 (kN) C6(kN)
(kN)
Local Iden. (PP+S
(PP+SC+ (PP+SC+ (PP+V1+ (PP+V2+ (PP+V3+
C+V1
V2) V3) SC) SC) SC)
)
JK 1.00 -0.70 -0.70 2.13 -0.70 -0.70
KL 0.91 -0.65 -0.65 1.95 -0.65 -0.65
LM 3.80 3.80 3.97 3.32 3.32 3.62
Banzo MN 0.26 0.26 0.28 0.26 0.26 0.29
Inferior NO 0.26 4.39 0.28 0.26 7.14 0.29
OP 3.80 7.68 3.97 3.32 9.80 3.62
PQ 0.91 11.40 -0.65 1.95 19.43 -0.65
QR 1.00 11.51 -0.70 2.13 19.64 -0.70
AB 0.86 1.72 -0.23 1.59 3.02 -0.23
BC 29.40 54.21 -15.78 59.53 100.87 -15.78
CD 28.39 49.13 -14.84 57.22 91.78 -14.84
Banzo DE 25.76 40.65 -12.81 51.48 76.29 -12.81
Superior EF 25.76 41.74 -12.81 51.48 78.11 -12.81
FG 28.39 42.25 -14.84 57.22 80.32 -14.84
GH 29.40 40.77 -15.78 59.53 78.47 -15.78
HI 0.86 0.89 -0.23 1.59 1.63 -0.23
AJ 1.19 3.34 -1.04 2.68 6.27 -1.04
BK 0.04 0.10 -0.03 0.08 0.18 -0.03
Montant CL 1.13 1.18 -0.72 2.36 2.44 -0.72
e DM 2.44 2.44 2.54 2.09 2.09 2.26
EM 12.50 12.50 13.04 10.84 10.84 11.75
FO 2.44 2.44 2.54 2.09 2.09 2.26
54

GP 1.13 2.55 -0.72 2.36 4.73 -0.72


HQ 0.04 0.05 -0.03 0.08 0.10 -0.03
IR 1.19 0.82 -1.04 2.68 2.05 -1.04
JB 25.96 49.96 -14.39 52.85 92.86 -14.39
BL 5.95 5.95 6.25 5.24 5.24 5.73
CM 2.23 7.96 -1.10 4.46 13.99 -1.10
DN 4.54 13.18 -2.60 9.30 23.69 -2.60
Diagonal
FN 4.54 1.61 -2.60 9.30 4.41 -2.60
GO 2.23 -0.81 -1.10 4.46 -0.62 -1.10
HP 5.95 5.95 6.25 5.24 5.24 5.73
HR 25.96 34.27 -14.39 52.85 66.71 -14.39
Fonte: Autores (2021).

Tabela 37 - Combinações para o maior esforço de compressão

C7(kN) C8(kN) C9(kN) C10(kN) C11(kN) C12(kN)


Ide
Local (PP+SC+ (PP+SC+ (PP+SC+ (PP+V1+ (PP+V2+ (PP+V3+
n.
V1) V2) V3) SC) SC) SC)
JK -1.90 -9.35 -2.00 -1.69 -14.12 -1.86
KL -1.74 -9.40 -1.83 -1.56 -14.32 -1.71
LM -1.90 -11.28 1.14 -3.93 -19.55 1.14
Banzo MN -0.41 -4.92 -0.21 -0.46 -7.98 -0.13
Inferior NO -0.41 -0.21 -0.21 -0.46 -0.13 -0.13
OP -1.90 1.14 1.14 -3.93 1.14 1.14
PQ -1.74 -1.74 -1.83 -1.56 -1.56 -1.71
QR -1.90 -1.90 -2.00 -1.69 -1.69 -1.86
AB -0.80 -0.80 -0.86 -0.70 -0.70 -0.81
BC -54.57 -54.57 -57.24 -47.60 -47.60 -52.05
CD -50.58 -50.58 -53.13 -44.17 -44.17 -48.43
Banzo DE -43.01 -43.01 -45.29 -37.61 -37.61 -41.41
Superi
EF -43.01 -43.01 -45.29 -37.61 -37.61 -41.41
or
FG -50.58 -50.58 -53.13 -44.17 -44.17 -48.43
GH -54.57 -54.57 -57.24 -47.60 -47.60 -52.05
HI -0.80 -0.80 -0.86 -0.70 -0.70 -0.81
AJ -3.24 -3.24 -3.37 -2.85 -2.85 -3.07
BK -0.10 -0.10 -0.10 -0.09 -0.09 -0.09
CL -2.22 -2.22 -2.33 -1.96 -1.96 -2.14
DM -1.17 -4.17 0.58 -2.33 -7.33 0.58
Monta
EM -5.86 -9.54 3.35 -12.01 -18.14 3.35
nte
FO -1.17 0.44 0.58 -2.33 0.34 0.58
GP -2.22 -2.22 -2.33 -1.96 -1.96 -2.14
HQ -0.10 -0.10 -0.10 -0.09 -0.09 -0.09
IR -3.24 -3.24 -3.37 -2.85 -2.85 -3.07
55

JB -50.48 -50.48 -52.86 -43.98 -43.98 -47.96


BL -3.02 -3.19 1.93 -6.32 -6.60 1.93
CM -4.65 -4.65 -4.84 -3.99 -3.99 -4.31
Diagon DN -9.69 -9.69 -10.11 -8.40 -8.40 -9.10
al FN -9.69 -9.69 -10.11 -8.40 -8.40 -9.10
GO -4.65 -4.65 -4.84 -3.99 -3.99 -4.31
HP -3.02 -6.82 1.93 -6.32 -12.66 1.93
HR -50.48 -50.48 -50.61 -43.98 -43.98 -44.20
Fonte: Autores (2021).

Com a conclusão dos cálculos efetuados através de todas as combinações, identificou-


se os maiores valores de tração (Nt,Sd) e de compressão (Nc,Sd) para cada barra da treliça
em questão. Tais valores estão representados na Tabela 39, representando os esforços axiais
solicitantes de cálculo.

Tabela 38 - Esforços axiais solicitantes de cálculo

TRAÇÃO COMPRESSÃO
Local Identificação (kN) (kN)
(Nt,Sd) (Nc,Sd)
JK 2.13 -14.12
KL 1.95 -14.32
LM 3.97 -19.55
Banzo MN 0.29 -7.98
Inferior NO 7.14 -0.46
OP 9.80 -3.93
PQ 19.43 -1.83
QR 19.64 -2.00
AB 3.02 -0.86
BC 100.87 -57.24
CD 91.78 -53.13
Banzo DE 76.29 -45.29
Superior EF 78.11 -45.29
FG 80.32 -53.13
GH 78.47 -57.24
HI 1.63 -0.86
AJ 6.27 -3.37
BK 0.18 -0.10
CL 2.44 -2.33
DM 2.54 -7.33
Montant
EM 13.04 -18.14
e
FO 2.54 -2.33
GP 4.73 -2.33
HQ 0.10 -0.10
IR 2.68 -3.37
56

JB 92.86 -52.86
BL 6.25 -6.60
CM 13.99 -4.84
DN 23.69 -10.11
Diagonal
FN 9.30 -10.11
GO 4.46 -4.84
HP 6.25 -12.66
HR 66.71 -50.61
Fonte: Autores (2021).

16 CÁLCULO DAS FORÇAS AXIAIS RESISTENTES

Para realizar a verificação entre os esforços resistentes de cálculo e analisar se tais


forças são maiores que as solicitantes, assim foram retirados do catálogo da Gerdau,
fornecedora de perfis de aço, características da treliça utilizada. Com este auxílio, foi possível
realizar cálculos demonstrados na Tabela 40.

Tabela 39 - Características da treliça

Simples Área
Dimensões Peso
Local (1) ou Ix,c (mm4) Iy,c (mm4) simples
(mm) (kN/m)
dupla (2) (mm2)
Banzo 2 40 x 3 0.0187 71636.42 163486.84 231
Superior
Banzo 2 40 x 3 0.0187 71636.42 163486.84 231
Inferior
Diagonais 2 31,75 x 0.015 36421.892 86687.348 191.8176
3,18
Montante 2 31,75 x 0.015 36421.892 86687.348 191.8176
3,18
Fonte: Autores (2021).

Com os valores dos momentos de inércia em perfil, puderam ser calculados os


momentos de inércia para os perfis cantoneiras compostas, em x e y, com base nas equações
abaixo:

Ix , composto=2× Ix , simples
57

Onde:

Ix,composto: momento de inércia composto em x (cm⁴);

Ix,simples: momento de inércia simples em x(cm⁴).

Iy , composto=2×(Iy , simples+ Asimples ×d ²)

Onde:

Iy,composto: momento de inércia composto em y (cm⁴);

Iy,simples: momento de inércia simples em y (cm⁴);

Asimples: área do perfil simples (cm²);

d: soma da espessura do perfil cantoneira com a distância da base da cantoneira ao


centroide de um perfil simples (cm).

Além das equações, para execução da Tabela 41 abaixo a área simples foi multiplicada
por 2 para chegar nos valores de área composta.

Tabela 40- Momentos de Inércia

Área
Local Ix,c (mm4) Iy,c (mm4) composta
(mm²)
Banzo
71636,42 163486,84 462
Superior

Banzo Inferior 71636,42 163486,84 462

Diagonais 36421,892 86687,348 383,6352

Montante 36421,892 86687,348 383,6352


58

Fonte: Autores (2021).

Também se utilizaram parâmetros como o módulo de elasticidade do aço. resistência


ao escoamento, resistência à ruptura e coeficientes de ponderação das resistências. O
coeficiente de flambagem (K) foi determinado como 1, pois segundo a NBR 8800 restringe
rotação e translação. A Tabela 42 abaixo, indicará as características do perfil e seus
coeficientes. Vale ressaltar que b representa o comprimento de mesa e t a espessura da mesa.

Tabela 41 - Características do perfil

b- Fy Fu MR
Local t - (mm) E (Mpa) Ya1 Ya2
(mm) (Mpa) 250(Mpa)

Banzo
40 3 200000 250 1,1 400 1,35
Superior

Banzo
40 3 200000 250 1,1 400 1,35
Inferior

Diagonais 31,75 3,18 200000 250 1,1 400 1,35

Montante 31,75 3,18 200000 250 1,1 400 1,35

Fonte: Autores (2021).

Após, executou-se a Tabela 43, abaixo com o auxílio da Equação 11 abaixo para
definir o peso nominal de cada barra.

Pn=1,1 × P ×< ¿ (11)

Onde:

Pn: peso nominal da barra (kN);

P: peso por metro do perfil (kN/m);


59

Lt: comprimento total da barra (m).

Tabela 42 - Peso nominal das barras

Peso Maior
N° Comprim Somató
Identifica Comprim nomi comprime
Local barr ento por rio de
ção ento (m) nal nto de
as barra (m) peso
(kN) barra (m)

JK 2 1,88 3,76 0,077


KL 2 1,88 3,76 0,077
LM 2 1,88 3,76 0,077
Banzo MN 2 1,88 3,76 0,077
Inferi 0,619 1,880
NO 2 1,88 3,76 0,077
or
OP 2 1,88 3,76 0,077
PQ 2 1,88 3,76 0,077
QR 2 1,88 3,76 0,077
AB 2 1,92 3,84 0,079
BC 2 1,92 3,84 0,079
CD 2 1,92 3,84 0,079
Banzo DE 2 1,92 3,84 0,079
Superi 0,632 1,920
EF 2 1,92 3,84 0,079
or
FG 2 1,92 3,84 0,079
GH 2 1,92 3,84 0,079
HI 2 1,92 3,84 0,079
AJ 2 0,33 0,66 0,011
BK 2 0,75 1,5 0,025
CL 2 1,17 2,34 0,039
Monta
DM 2 1,58 3,16 0,052 0,319 2,000
nte
EM 2 2 4 0,066
FO 2 1,58 3,16 0,052
GP 2 1,17 2,34 0,039
60

HQ 2 0,75 1,5 0,025


IR 2 0,33 0,66 0,011
JB 2 2,02 4,04 0,067
BL 2 2,02 4,04 0,067
CM 2 2,21 4,42 0,073
Diago DN 2 2,269 4,538 0,075
0,525 2,269
nal FN 2 2,269 4,538 0,075
GO 2 1,919 3,838 0,063
HP 2 1,703 3,406 0,056
HR 2 1,5 3 0,050
Comprimento total das barras (m) 111,94   2,094
Fonte: Autores (2021).

16.1 TRAÇÃO RESISTENTE

Para determinar a tração resistente nas barras da treliça, realizou-se o cálculo do índice
de esbeltez nas barras da treliça. Utilizou-se a Equação 12:

(12)
KL
λ=
R

Onde:

λ : Índice de esbeltez;
K: Coeficiente de flambagem;
L: Comprimento das barras;
R: Raio de giração.

Para o cálculo do raio de giração simples dos perfis utilizou-se a Equação 13:

R=
√ I
A (13)

Onde:

r = Raio de giração simples;


61

I = Momento de inércia;
A = Área das cantoneiras.

Após a obtenção dos valores acima, gerou-se a Tabela 44 abaixo, com o índice de
esbeltez para cada barra da treliça.

Tabela 43 - Índice de Esbeltez

Raio de Raio de
Identifi Índ. Esbeltez Índ. Esbeltez
Local giraçao x giraçao Y
cação "X" < 300 "Y" < 300
(mm) (mm)
JK 12,45 150,98 18,81 99,94
KL 12,45 150,98 18,81 99,94
Banz LM 12,45 150,98 18,81 99,94
o MN 12,45 150,98 18,81 99,94
Inferi NO 12,45 150,98 18,81 99,94
or OP 12,45 150,98 18,81 99,94
PQ 12,45 150,98 18,81 99,94
QR 12,45 150,98 18,81 99,94
AB 12,45 154,19 18,81 102,07
BC 12,45 154,19 18,81 102,07
Banz CD 12,45 154,19 18,81 102,07
o DE 12,45 154,19 18,81 102,07
Super EF 12,45 154,19 18,81 102,07
ior FG 12,45 154,19 18,81 102,07
GH 12,45 154,19 18,81 102,07
HI 12,45 154,19 18,81 102,07
AJ 9,74 33,87 15,03 21,95
BK 9,74 76,97 15,03 49,89
CL 9,74 120,08 15,03 77,83
DM 9,74 162,16 15,03 105,11
Mont
EM 9,74 205,26 15,03 133,05
ante
FO 9,74 162,16 15,03 105,11
GP 9,74 120,08 15,03 77,83
HQ 9,74 76,97 15,03 49,89
IR 9,74 33,87 15,03 21,95
JB 9,74 207,31 15,03 134,38
Diago
BL 9,74 207,31 15,03 134,38
nal
CM 9,74 226,81 15,03 147,02
62

Raio de Raio de
Identifi Índ. Esbeltez Índ. Esbeltez
Local giraçao x giraçao Y
cação "X" < 300 "Y" < 300
(mm) (mm)
DN 9,74 232,87 15,03 150,94
FN 9,74 232,87 15,03 150,94
GO 9,74 196,95 15,03 127,66
HP 9,74 174,78 15,03 113,29
HR 9,74 153,95 15,03 99,79
Fonte: Autores (2021).

Como todos os índices de esbeltez resultaram em valores menores que 300,


considerou-se o perfil aceitável. Após a verificação, é possível calcular a força axial de tração
resistente de cálculo. Essa, é a menor força encontrada entre o escoamento da seção bruta e a
ruptura da seção líquida. A determinação da força proveniente do escoamento da seção bruta
ocorre com a utilização da Equação 14.

Ae × Fy (
Nt , Rd= (14)
γa 1

Onde:

Nt,Rd: força resistente proveniente do escoamento da seção bruta (kN);

Acomposta: área da seção do perfil composto (cm²);

Fy: resistência ao escoamento do aço (kN/cm²);

γa1: coeficiente de ponderação devido ao escoamento, flambagem e instabilidade.


(Utilizou-se 1,1)

Para o cálculo da força proveniente da ruptura da seção líquida, foi necessário


determinar o coeficiente Ct. Conforme item 5.2.5 da pág. 39 da NBR 8800, descrito pela
Equação 15.

ec
Ct =1− ≥ 0,6 (15)
lc

Onde:

ec: distância da base do perfil ao centroide (cm);

lc: comprimento da solda (cm) (usado o mínimo de 4 cm).


63

Já a área efetiva, foi determinada com a Equação 16:

Ae= Ac ×Ct (16)

Onde:

Ae: área efetiva (cm²);

Ac: área do perfil composto (cm²).

Assim, com a utilização da Equação 17, foi possível calcular a força proveniente da
ruptura da seção líquida.

Ae × Fu
Nt , Rd= (17)
γa 2

Onde:

Nt,Rd: força resistente proveniente da ruptura da seção líquida (kN);

Ae: área efetiva (cm²);

Fu: resistência à ruptura do aço MR 250 (kN/cm²);

γa2: coeficiente de ponderação devido à ruptura do aço. (Usou-se 1,35)

Dessa forma, a força axial de tração resistente de cálculo é o menor valor entre o
escoamento da seção bruta e ruptura da seção líquida. A Tabela 45 ilustra os valores
encontrados.
64

Tabela 44 - Força de tração (Nt,Rd)

Escoamento Coeficiente de Área Escoamento


Identificaçã da seção redução área efetiva da seção
Local
o Bruta líquida Ae - líquida
Nt,rd (kN) (Ct) (mm²) Nt,rd (kN)

JK 105 0,90 345,6 102,40


KL 105 0,90 345,6 102,40
LM 105 0,90 345,6 102,40
Banzo MN 105 0,90 345,6 102,40
Inferior NO 105 0,90 345,6 102,40
OP 105 0,90 345,6 102,40
PQ 105 0,90 345,6 102,40
QR 105 0,90 345,6 102,40
AB 105 0,90 345,6 102,40
BC 105 0,90 345,6 102,40
CD 105 0,90 345,6 102,40
Banzo DE 105 0,90 345,6 102,40
Superior EF 105 0,90 345,6 102,40
FG 105 0,90 345,6 102,40
GH 105 0,90 345,6 102,40
HI 105 0,90 345,6 102,40
AJ 87,19 0,90 270,86 80,25
BK 87,19 0,90 270,86 80,25
CL 87,19 0,90 270,86 80,25
Montante DM 87,19 0,90 270,86 80,25
EM 87,19 0,90 270,86 80,25
FO 87,19 0,90 270,86 80,25
GP 87,19 0,90 270,86 80,25
65

HQ 87,19 0,90 270,86 80,25


IR 87,19 0,90 270,86 80,25
JB 87,19 0,90 270,86 80,25
BL 87,19 0,90 270,86 80,25
CM 87,19 0,90 270,86 80,25
DN 87,19 0,90 270,86 80,25
Diagonal
FN 87,19 0,90 270,86 80,25
GO 87,19 0,90 270,86 80,25
HP 87,19 0,90 270,86 80,25
HR 87,19 0,90 270,86 80,25
Fonte: Autores (2021).

Finalmente, após a execução dos cálculos, é possível determinar a menor entre a seção
Bruta e seção líquida, para desta forma, optar pelo menor valor de Nt, Rd. A Tabela 46 abaixo
ilustrará esta situação, com um resumo dos valores encontrados.

Tabela 45 – Resumo Nt, rd

Identificaçã Escoamento da seção Escoamento da seção


Local
o Bruta, Nt,rd (kN) líquida, Nt,rd (kN)

AC 105,00 102,40
CF 105,00 102,40
FH 105,00 102,40
HJ 105,00 102,40
Banzo Inferior
JL 105,00 102,40
LN 105,00 102,40
NP 105,00 102,40
PR 105,00 102,40
BD 105,00 102,40
DE 105,00 102,40
EG 105,00 102,40
EI 105,00 102,40
Banzo Superior
IK 105,00 102,40
KM 105,00 102,40
MO 105,00 102,40
OQ 105,00 102,40
AB 87,19 80,25
CD 87,19 80,25
Montante EF 87,19 80,25
GH 87,19 80,25
IJ 87,19 80,25
66

KL 87,19 80,25
MN 87,19 80,25
OP 87,19 80,25
QR 87,19 80,25
AD 87,19 80,25
DF 87,19 80,25
EH 87,19 80,25
GJ 87,19 80,25
Diagonal
JK 87,19 80,25
LM 87,19 80,25
NO 87,19 80,25
OR 87,19 80,25
Fonte: Autores (2021).

Percebe-se com a Tabela 46, que as menores resistências pertencem ao escoamento da


seção líquida, sendo assim, todos os valores da coluna foram adotados como valores de Nt,
Rd.

16.2 COMPRESSÃO RESISTENTE

Assim como foi feito na parte da tração, a compressão se inicia pelo cálculo do índice
de esbeltez, em x e em y, através das Equações 15, 16 e 17 citadas no item anterior.

Após os cálculos realizados, gerou-se a Tabela 47 abaixo onde estão colocados os


respectivos índices de esbeltez nas barras da treliça. Além disso, mostra-se os raios de giração
encontrados. Vale ressaltar que os índices de esbeltez devem ser menores que 200 para
verificar o perfil.
67

Tabela 46- Índice de Esbeltez do perfil composto

Raio de Índ. Raio de Índ.


Identificaçã
Local giraçao x Esbeltez giraçao Y Esbeltez
o
(mm) "X" < 200 (mm) "Y" < 200
JK 12,45 150,98 18,81 99,94
KL 12,45 150,98 18,81 99,94
LM 12,45 150,98 18,81 99,94
Banzo MN 12,45 150,98 18,81 99,94
Inferior NO 12,45 150,98 18,81 99,94
OP 12,45 150,98 18,81 99,94
PQ 12,45 150,98 18,81 99,94
QR 12,45 150,98 18,81 99,94
AB 12,45 154,19 18,81 102,07
BC 12,45 154,19 18,81 102,07
CD 12,45 154,19 18,81 102,07
Banzo DE 12,45 154,19 18,81 102,07
Superior EF 12,45 154,19 18,81 102,07
FG 12,45 154,19 18,81 102,07
GH 12,45 154,19 18,81 102,07
HI 12,45 154,19 18,81 102,07
Montante AJ 9,74 33,87 15,03 21,95
BK 9,74 76,97 15,03 49,89
CL 9,74 120,08 15,03 77,83
DM 9,74 162,16 15,03 105,11
68

Raio de Índ. Raio de Índ.


Identificaçã
Local giraçao x Esbeltez giraçao Y Esbeltez
o
(mm) "X" < 200 (mm) "Y" < 200
EM 9,74 205,26 15,03 133,05
FO 9,74 162,16 15,03 105,11
GP 9,74 120,08 15,03 77,83
HQ 9,74 76,97 15,03 49,89
IR 9,74 33,87 15,03 21,95
JB 9,74 207,31 15,03 134,38
BL 9,74 207,31 15,03 134,38
CM 9,74 226,81 15,03 147,02
DN 9,74 232,87 15,03 150,94
Diagonal
FN 9,74 232,87 15,03 150,94
GO 9,74 196,95 15,03 127,66
HP 9,74 174,78 15,03 113,29
HR 9,74 153,95 15,03 99,79
Fonte: Autores (2021).

Percebe-se que por não atender ao valor máximo de 200, alguns índices de esbeltez em
X foram marcados na cor vermelha. Agora, se faz necessário o cálculo de flambagem local e
flambagem global. Além disso, a resistência a compressão de cálculo também poderá ser
definida.

Para execução dos cálculos de flambagem local (Q), seguiu-se os passos anteriormente
citados. Para isso, foi calculado o fator b/t, que deve ser comparado ao (b/t) limite, seguindo o
seguinte critério da Equação 18:

()
b b
Se <
t t lim ¿Q=1 ¿
(18)

Se ≥ ( )
b b
t t lim ¿Calcular Q ¿

( bt ) lim ¿=0,45
√ E
fy
¿ (

Onde:
E: módulo de elasticidade do aço (MPa);
Fy: resistência ao escoamento do aço (MPa).
69

A partir disso, a Tabela 48 mostra os resultados de b/t e (b/t)limite, onde os valores em


vermelho demonstram que b/t ≥ (b/t)limite, necessitando ainda o cálculo de Q.

Tabela 47 - Flambagem Local

Local Identificação b/t (b/t) limite Q

JK 13,33 12,73 -
KL 13,33 12,73 -
LM 13,33 12,73 -
MN 13,33 12,73 -
Banzo Inferior
NO 13,33 12,73 -
OP 13,33 12,73 -
PQ 13,33 12,73 -
QR 13,33 12,73 -
AB 13,33 12,73 -
BC 13,33 12,73 -
CD 13,33 12,73 -
DE 13,33 12,73 -
Banzo Superior
EF 13,33 12,73 -
FG 13,33 12,73 -
GH 13,33 12,73 -
HI 13,33 12,73 -
Montante AJ 9,98 12,73 1
70

BK 9,98 12,73 1
CL 9,98 12,73 1
DM 9,98 12,73 1
EM 9,98 12,73 1
FO 9,98 12,73 1
GP 9,98 12,73 1
HQ 9,98 12,73 1
IR 9,98 12,73 1
JB 9,98 12,73 1
BL 9,98 12,73 1
CM 9,98 12,73 1
DN 9,98 12,73 1
Diagonal
FN 9,98 12,73 1
GO 9,98 12,73 1
HP 9,98 12,73 1
HR 9,98 12,73 1
Fonte: Autores (2021).

Percebe-se que assim como na Tabela 47, a Tabela 48 também apresenta valores na
cor vermelha, isto se deve ao fato de que a flambagem local (Q) para os elementos em cor
preta da Tabela 48 é igual a 1. Para os valores em vermelho, o cálculo de Q respeitará as
seguintes condições, das Equações 19 e 20:

Q=1,340−0,76

b fy
t E √
, para 0,45
E b
< ≤ 0,91
fy t
E

fy
(19)

OU

Q=
0,53 E
fy()
b
t
2
b
, para >0,91
t √
E
fy
(20)

Dito isto, os valores de Q encontrados serão expostos na Tabela 49 abaixo. Lembrando


que para os valores de Q que atenderam o solicitado na Tabela 48, nada foi calculado, apenas
os valores já encontrados foram inseridos.
71

Tabela 48 - Valores de Q

Local
Identificaçã
o
0,45
√ E
fy
0,91
√ E
fy
1,340−0,76
b
t √ fy
E
Q

0,9
JK 12,73 25,74 0,98
8
0,9
KL 12,73 25,74 0,98
8
0,9
LM 12,73 25,74 0,98
8
0,9
MN 12,73 25,74 0,98
Banzo 8
Inferior 0,9
NO 12,73 25,74 0,98
8
0,9
OP 12,73 25,74 0,98
8
0,9
PQ 12,73 25,74 0,98
8
0,9
QR 12,73 25,74 0,98
8
Banzo 0,9
AB 12,73 25,74 0,98
Superior 8
0,9
BC 12,73 25,74 0,98
8
CD 12,73 25,74 0,98 0,9
8
72

Local
Identificaçã
o
0,45
√ E
fy
0,91
√ E
fy
1,340−0,76
b
t √ fy
E
Q

0,9
DE 12,73 25,74 0,98
8
0,9
EF 12,73 25,74 0,98
8
0,9
FG 12,73 25,74 0,98
8
0,9
GH 12,73 25,74 0,98
8
0,9
HI 12,73 25,74 0,98
8
AJ 1
BK 1
CL 1
DM 1
Montant
EM 1
e
FO 1
GP 1
HQ 1
IR 1
JB 1
BL 1
CM 1
DN 1
Diagonal
FN 1
GO 1
HP 1
HR 1
Fonte: Autores (2021).

Terminada as verificações e cálculos da flambagem local, foi verificada a flambagem


global, iniciando pelo cálculo da força axial de flambagem elástica (Ne), nas direções x e y,
pelas Equações 21 e 22, respectivamente.

2
π ×E×I ,x (
Ne , x= (21)
( KL ) ²
73

Onde:

Ne,x: força axial de flambagem elástica (kN);

E: módulo de elasticidade do aço (kN/cm²);

I,x: momento de inércia composto em x (cm⁴);

K: coeficiente de flambagem;

L: comprimento da barra (cm).

π2 × E × I , y (
Ne , y= (22)
( KL ) ²

Onde:

Ne,y: força axial de flambagem elástica (kN);

E: módulo de elasticidade do aço (kN/cm²);

I,y: momento de inércia composto em y (cm⁴);

K: coeficiente de flambagem;

L: comprimento da barra (cm).

A partir daí, o índice de esbeltez reduzido pôde ser calculado, seguindo a Equação 23.
Esse índice foi calculado tanto para a direção x como para a direção y, mudando apenas o
valor de Q e Ne. Vale ressaltar que se o índice de esbeltez reduzido for maior que 1,5, deve
calcular-se seu fator de redução.

λ 0=
√ Q × A × fy
Ne (23)

Onde:

λ0: índice de esbeltez reduzido;

Q: fator de redução da força axial resistente da flambagem local;

A: área do perfil composto (cm²);

Fy: resistência ao escoamento do aço (kN/cm²);

Ne: força axial de flambagem elástica (kN).


74

2
λ0
Para λ 0 ≤1,5 : χ =0,658

0,877
Para λ 0>1,5 : χ=
λ 02

Assim como foi dito, seguindo, a Tabela 50 apresenta os valores de força axial de
flambagem elástica (Ne), bem como o índice de esbeltez reduzido calculado e a sua
verificação. Os valores de λ 0 em preto indicam que λ 0 ≤ 1,5 e os valores em vermelho
indicam que λ 0> 1,5. Assim, foram utilizadas as equações correspondentes à verificação
anterior.

A Tabela 50 também demonstra os valores dos fatores de redução da força axial


resistente da flambagem global.

Tabela 49 - Fatores de redução


Índ.
Identi Esb. Fator Fator
Ne,x Ne,Y Índ. Esb.
Local ficaçã Redu Redutor, Redutor,
(kN) (kN) Reduzido, Y
o zido, X Y
X
Banzo JK 40,01 91,30 1,68 1,11 0,31 0,59
Inferior KL 40,01 91,30 1,68 1,11 0,31 0,59
75

LM 40,01 91,30 1,68 1,11 0,31 0,59


MN 40,01 91,30 1,68 1,11 0,31 0,59
NO 40,01 91,30 1,68 1,11 0,31 0,59
OP 40,01 91,30 1,68 1,11 0,31 0,59
PQ 40,01 91,30 1,68 1,11 0,31 0,59
QR 40,01 91,30 1,68 1,11 0,31 0,59
AB 38,36 87,54 1,72 1,14 0,29 0,58
BC 38,36 87,54 1,72 1,14 0,29 0,58
CD 38,36 87,54 1,72 1,14 0,29 0,58
Banzo DE 38,36 87,54 1,72 1,14 0,29 0,58
Superio
EF 38,36 87,54 1,72 1,14 0,29 0,58
r
FG 38,36 87,54 1,72 1,14 0,29 0,58
GH 38,36 87,54 1,72 1,14 0,29 0,58
HI 38,36 87,54 1,72 1,14 0,29 0,58
AJ 660,14 1571,20 0,38 0,25 0,94 0,97
BK 127,80 304,18 0,87 0,56 0,73 0,88
CL 52,52 124,99 1,35 0,88 0,47 0,73
DM 28,80 68,54 1,82 1,18 0,25 0,56
Montan
EM 17,97 42,78 2,31 1,50 0,16 0,39
te
FO 28,80 68,54 1,82 1,18 0,25 0,56
GP 52,52 124,99 1,35 0,88 0,47 0,73
HQ 127,80 304,18 0,87 0,56 0,73 0,88
IR 660,14 1571,20 0,38 0,25 0,94 0,97
JB 17,62 41,93 2,33 1,51 0,16 0,38
BL 17,62 41,93 2,33 1,51 0,16 0,38
CM 14,72 35,03 2,55 1,65 0,13 0,32
Diagon DN 13,96 33,23 2,62 1,70 0,13 0,30
al FN 13,96 33,23 2,62 1,70 0,13 0,30
GO 19,52 46,46 2,22 1,44 0,13 0,42
HP 24,79 59,00 1,97 1,28 0,20 0,51
HR 31,95 76,05 1,73 1,12 0,28 0,59
Fonte: Autores (2021).

Finalmente, após a definição de todos os cálculos dos elementos e suas definições,


calculou-se a força axial resistente de cálculo. A Equação 24 abaixo, norteia os cálculos que
seguem.
χ ×Q × A × fy
Nc , Rd= (24)
γa 1

Onde:

Nc,Rd: força axial de compressão resistente de cálculo (kN);


76

χ : fator de redução da força axial resistente da flambagem global;

Q: fator de redução da força axial resistente da flambagem local;

A: área do perfil composto (cm²);

Fy: resistência ao escoamento do aço (kN/cm²);

γa1: coeficiente de ponderação devido ao escoamento, flambagem e instabilidade.

Tabela 50 - Nc,Rd em X e em Y

Local Identificação Nc,Rd X (kN) Nc,Rd Y (kN)

JK 31,48 61,30
KL 31,48 61,30
LM 31,48 61,30
MN 31,48 61,30
Banzo Inferior
NO 31,48 61,30
OP 31,48 61,30
PQ 31,48 61,30
QR 31,48 61,30
AB 29,91 59,94
BC 29,91 59,94
CD 29,91 59,94
DE 29,91 59,94
Banzo Superior
EF 29,91 59,94
FG 29,91 59,94
GH 29,91 59,94
HI 29,91 59,94
AJ 82,05 84,99
BK 63,69 76,41
CL 40,60 63,24
DM 21,63 48,54
Montante EM 14,33 34,11
FO 21,63 48,54
GP 40,60 63,24
HQ 63,69 76,41
IR 82,05 84,99
JB 14,05 33,47
BL 14,05 33,47
CM 11,74 27,72
Diagonal
DN 11,13 26,06
FN 11,13 26,06
GO 11,15 36,75
77

Local Identificação Nc,Rd X (kN) Nc,Rd Y (kN)

HP 17,26 44,15
HR 24,82 51,43
Fonte: Autores (2021).

17 RESUMO DAS BARRAS DA TRELIÇA

A Tabela 52 abaixo trará um resumo das resistências e solicitações de todas as barras


da estrutura. Vale ressaltar que as solicitações foram previamente expostas na Tabela 39 no
item 16 do presente relatório. Além disso, a tabela serve para verificar se as solicitações
atendem às resistências necessárias de cada uma das barras.

Todas as solicitações devem ser menores do que suas resistências para anteder os
perfis solicitados. Caso sua solicitação seja maior do que sua resistência, se faz necessária
uma alteração e colocação de um perfil de maior resistência, para assim, atender a carga
solicitada pelo cálculo das barras.

Ainda, na resistência, somente será analisado o eixo X, pois é o eixo de menor


resistência e isso significa ser o caso mais crítico da seção analisada.

Tabela 51 - Resumo das barras


SOLICITAÇÃO RESISTÊNCIA
Ident
Local TRAÇÃO COMPRESSÃO TRAÇÃO COMPRESSÃ
.
(kN) (kN) (kN) O (kN)
JK 2,13 -14,12 102,40 -31,48
KL 1,95 -14,32 102,40 -31,48
Banzo
LM 3,97 -19,55 102,40 -31,48
Inferior
MN 0,29 -7,98 102,40 -31,48
NO 7,14 -0,46 102,40 -31,48
78

OP 9,80 -3,93 102,40 -31,48


PQ 19,43 -1,83 102,40 -31,48
QR 19,64 -2,00 102,40 -31,48
AB 3,02 -0,86 102,40 -29,91
BC 100,87 -57,24 102,40 -29,91
CD 91,78 -53,13 102,40 -29,91
Banzo DE 76,29 -45,29 102,40 -29,91
Superior EF 78,11 -45,29 102,40 -29,91
FG 80,32 -53,13 102,40 -29,91
GH 78,47 -57,24 102,40 -29,91
HI 1,63 -0,86 102,40 -29,91
AJ 6,27 -3,37 80,25 -82,05
BK 0,18 -0,10 80,25 -63,69
CL 2,44 -2,33 80,25 -40,60
DM 2,54 -7,33 80,25 -21,63
Montant
EM 13,04 -18,14 80,25 -14,33
e
FO 2,54 -2,33 80,25 -21,63
GP 4,73 -2,33 80,25 -40,60
HQ 0,10 -0,10 80,25 -63,69
IR 2,68 -3,37 80,25 -82,05
JB 92,86 -52,86 80,25 -14,05
BL 6,25 -6,60 80,25 -14,05
CM 13,99 -4,84 80,25 -11,74
Diagona DN 23,69 -10,11 80,25 -11,13
l FN 9,30 -10,11 80,25 -11,13
GO 4,46 -4,84 80,25 -11,15
HP 6,25 -12,66 80,25 -17,26
HR 66,71 -50,61 80,25 -24,82
Fonte: Autores (2021).

Após execução da Tabela 52 acima, percebe-se que os itens grifados da cor vermelha
apresentam um resultado não satisfatório quanto a relação solicitação e resistência do perfil.
Deste modo, deve ser utilizado outro perfil, de maior resistência.

18 VERIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES ENTRE AS BARRAS

É de extrema importância também a análise e verificação das ligações entre as barras


da estrutura, sendo assim, deve-se seguir as análises de resistência ao metal solda, metal base
e ainda comprimento de solda adotado, seguindo a NBR 8800, ABNT 2008.
79

18.1 RESISTÊNCIA DO METAL SOLDA (FW, RD)

Para realizar os cálculos de resistência do metal solda, utilizou-se o método do arco


manual revestido, sendo que o tipo de solda escolhido para a realização das ligações entre
barras é a filete. A dimensão da perna foi definida como sendo igual ao valor da espessura do
metal base, sendo a mesma espessura dos perfis utilizados nas barras. Desta forma foi
possível calcular o valor de tw, aplicando a Equação 25.

dw
tw= (25)
√2
Onde:
tw : espessura da garganta efetiva (mm);
dw : dimensão da perna (mm).

Para calcular o comprimento da solda, utilizou-se da Equação 26, que utilizando a


maior solicitação axial da barra, sendo o maior valor entre os esforços axiais de compressão e
tração. Os resultados do comprimentolw obtidos através dos cálculos estão descritos na
Tabela 53.
(26)
Ns , d
× γw 2
4
lw=
tw × 0,6 × fw
Onde:
lw : comprimento da solda (mm);
Ns , d : maior solicitação axial (N);
tw : espessura da garganta efetiva (mm);
fw : resistência do eletrodo E70 (MPa).

Tabela 52 Comprimento lw na verificação da resistência do metal solda


fw
MAIOR PERNA (MPA
IDENT TRAÇÃO COMPRES. lw
LOCAL SOLICIT. (dw) tw ) Yw2
. (kN) (kN) (mm)
(kN) (mm)
E70
Banzo JK 2.13 14.12 14.12 3 2.12 485 1.35 7.72
Inferior KL 1.95 14.32 14.32 3 2.12 485 1.35 15.66
LM 3.97 19.55 19.55 3 2.12 485 1.35 21.38
MN 0.29 7.98 7.98 3 2.12 485 1.35 8.73
80

fw
MAIOR PERNA (MPA
IDENT TRAÇÃO COMPRES. lw
LOCAL SOLICIT. (dw) tw ) Yw2
. (kN) (kN) (mm)
(kN) (mm)
E70
NO 7.14 0.46 7.14 3 2.12 485 1.35 7.80
OP 9.80 3.93 9.80 3 2.12 485 1.35 10.72
PQ 19.43 1.83 19.43 3 2.12 485 1.35 21.24
QR 19.64 2.00 19.64 3 2.12 485 1.35 21.48
AB 3.02 0.86 3.02 3 2.12 485 1.35 3.30
BC 100.87 57.24 100.87 3 2.12 485 1.35 110.30
CD 91.78 53.13 91.78 3 2.12 485 1.35 100.36
Banzo DE 76.29 45.29 76.29 3 2.12 485 1.35 83.42
Superior EF 78.11 45.29 78.11 3 2.12 485 1.35 85.41
FG 80.32 53.13 80.32 3 2.12 485 1.35 87.82
GH 78.47 57.24 78.47 3 2.12 485 1.35 85.80
HI 1.63 0.86 1.63 3 2.12 485 1.35 1.78
AJ 6.27 3.37 6.27 3.18 2.25 485 1.35 6.47
BK 0.18 0.10 0.18 3.18 2.25 485 1.35 0.19
CL 2.44 2.33 2.44 3.18 2.25 485 1.35 2.52
DM 2.54 7.33 7.33 3.18 2.25 485 1.35 7.56
Montante EM 13.04 18.14 18.14 3.18 2.25 485 1.35 18.71
FO 2.54 2.33 2.54 3.18 2.25 485 1.35 2.62
GP 4.73 2.33 4.73 3.18 2.25 485 1.35 4.88
HQ 0.10 0.10 0.10 3.18 2.25 485 1.35 0.10
IR 2.68 3.37 3.37 3.18 2.25 485 1.35 3.48
JB 92.86 52.86 92.86 3.18 2.25 485 1.35 95.80
BL 6.25 6.60 6.60 3.18 2.25 485 1.35 6.80
CM 13.99 4.84 13.99 3.18 2.25 485 1.35 14.43
DN 23.69 10.11 23.69 3.18 2.25 485 1.35 24.44
Diagonal
FN 9.30 10.11 10.11 3.18 2.25 485 1.35 10.42
GO 4.46 4.84 4.84 3.18 2.25 485 1.35 4.99
HP 6.25 12.66 12.66 3.18 2.25 485 1.35 13.06
HR 66.71 50.61 66.71 3.18 2.25 485 1.35 68.82
Fonte: Autores (2021).

18.2 RESISTÊNCIA DO METAL BASE (FRD)

Também foi necessário calcular a resistência do metal base, que é determinada pelo
comprimento da solda lw , com o auxílio do maior valor da solicitação axial, como
anteriormente definido pode-se calcular tal resistência. A Equação 27 demonstra como os
cálculos foram realizados, e subsequente a Tabela 54 demonstra os resultados obtidos.

(
81

Ns , d
× γa 1
4
lw= (27)
dw × 0,6× fw
Onde:
lw : comprimento da solda (mm);
Ns , d : maior solicitação axial (N);
tw : espessura da garganta efetiva (mm);
fw : resistência do metal base (MR250) (MPa).

Tabela 53- Resistência do Metal Base

fw
MAIOR PERNA
TRAÇÃ COMPRES. (MPA) lw
LOCAL IDENT. SOLICIT. (dw) Ya1
O (kN) (kN) MR (mm)
(kN) (mm)
250
JK 2.13 14.12 14.12 3 250 1.10 8.63
KL 1.95 14.32 14.32 3 250 1.10 17.51
LM 3.97 19.55 19.55 3 250 1.10 23.90
Banzo MN 0.29 7.98 7.98 3 250 1.10 9.75
Inferior NO 7.14 0.46 7.14 3 250 1.10 8.72
OP 9.80 3.93 9.80 3 250 1.10 11.98
PQ 19.43 1.83 19.43 3 250 1.10 23.74
QR 19.64 2.00 19.64 3 250 1.10 24.01
AB 3.02 0.86 3.02 3 250 1.10 3.69
BC 100.87 57.24 100.87 3 250 1.10 123.28
CD 91.78 53.13 91.78 3 250 1.10 112.18
Banzo DE 76.29 45.29 76.29 3 250 1.10 93.24
Superior EF 78.11 45.29 78.11 3 250 1.10 95.46
FG 80.32 53.13 80.32 3 250 1.10 98.17
GH 78.47 57.24 78.47 3 250 1.10 95.91
HI 1.63 0.86 1.63 3 250 1.10 1.99
AJ 6.27 3.37 6.27 3.18 250 1.10 7.23
BK 0.18 0.10 0.18 3.18 250 1.10 0.21
CL 2.44 2.33 2.44 3.18 250 1.10 2.82
DM 2.54 7.33 7.33 3.18 250 1.10 8.45
Montant
EM 13.04 18.14 18.14 3.18 250 1.10 20.92
e
FO 2.54 2.33 2.54 3.18 250 1.10 2.92
GP 4.73 2.33 4.73 3.18 250 1.10 5.45
HQ 0.10 0.10 0.10 3.18 250 1.10 0.11
IR 2.68 3.37 3.37 3.18 250 1.10 3.89
JB 92.86 52.86 92.86 3.18 250 1.10 107.08
BL 6.25 6.60 6.60 3.18 250 1.10 7.61
Diagonal
CM 13.99 4.84 13.99 3.18 250 1.10 16.13
DN 23.69 10.11 23.69 3.18 250 1.10 27.32
82

FN 9.30 10.11 10.11 3.18 250 1.10 11.65


GO 4.46 4.84 4.84 3.18 250 1.10 5.58
HP 6.25 12.66 12.66 3.18 250 1.10 14.60
HR 66.71 50.61 66.71 3.18 250 1.10 76.92
Fonte: Autores (2021).

18.3 COMPRIMENTO DA SOLDA ADOTADO (LW)

Para determinar o comprimento da solda, utilizou-se a NBR 8800/08, que determina


que para sua definição, deve-se respeitar a Equação 28. Em seguida, a Tabela 55 demonstra os
resultados do lw calculado e o lw adotado.

{
maior lw calculado( lw máximo)
lw ≥ 4 × dw (28)
40 mm

Tabela 54- Comprimento lw adotado

LOCAL IDENTIFICAÇÃO lw máximo (mm) lw adotado (mm)

JK 8.63 40.00
KL 17.51 40.00
LM 23.90 40.00
Banzo MN 9.75 40.00
Inferior NO 8.72 40.00
OP 11.98 40.00
PQ 23.74 40.00
QR 24.01 40.00
AB 3.69 40.00
BC 123.28 123.28
CD 112.18 112.18
Banzo DE 93.24 93.24
Superior EF 95.46 95.46
FG 98.17 98.17
GH 95.91 95.91
HI 1.99 40.00
AJ 7.23 40.00
BK 0.21 40.00
CL 2.82 40.00
Montante DM 8.45 40.00
EM 20.92 40.00
FO 2.92 40.00
GP 5.45 40.00
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LOCAL IDENTIFICAÇÃO lw máximo (mm) lw adotado (mm)

HQ 0.11 40.00
IR 3.89 40.00
JB 107.08 107.08
BL 7.61 40.00
CM 16.13 40.00
DN 27.32 40.00
Diagonal
FN 11.65 40.00
GO 5.58 40.00
HP 14.60 40.00
HR 76.92 76.92
Fonte: Autores (2021).

19 VERIFICAÇÃO DA FLECHA DA TRELIÇA

Seguindo a normatização (NBR 8800:2008), indica que o deslocamento máximo deve


ser menor ou igual ao comprimento da treliça em centímetros, dividindo seu valor em 250.
Com a análise da estrutura a partir da combinação permanente de serviço, pode-se obter o
descolamento, que foi calculado pela soma das forças do carregamento permanente,
sobrecarga e com o vento de sobrepressão. A Tabela 56 demonstra os coeficientes utilizados,
sendo que as cargas variáveis foram multiplicadas pelo coeficiente da combinação quase
permanentes de serviço (ψ2).

Tabela 55- Fatores de redução para carregamentos variáveis

Valores dos Fatores de Combinação e de Redução para Ações Variáveis


Ações Ψ0 Ψ1 Ψ2
Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0.6 0.3 0
Sobrecarga em coberturas 0.8 0.7 0.6
Fonte: Autores (2021).

Com o suporte do software Ftool, foi possível lançar as combinações quase


permanentes de serviço, obtendo resultados capazes de definir o descolamento no nó central.
A Figura 29 demonstra tais descolamentos e os valores obtidos pelo software.
84

Figura 29- Descolamentos verticais da treliça

Fonte: Autores (2021).

Como dito anteriormente, a NBR 8800:2008 determina a verificação de deslocamento


máximo, sendo assim a Tabela 57 demonstra os resultados dos cálculos. Na tabela em questão
será possível realizar a análise, observando o w e o deslocamento no nó central, comprovando
se a treliça atende a normatização.

Tabela 56- Verificação do deslocamento da treliça

w:
Combinação Deslocam.
Peso Sobre Vento Deslocam.
Ident. quase no ponto
Próprio carga sobrepressão máximo
do Nó permanente de central
(kN) (kN) (kN) NBR 8800
serviço (kN) (mm)
(cm)
1 0.96 1.17 -0.14 1.66    
2 1.34 2.34 -0.28 2.74    
3 1.44 2.34 -0.28 2.84    
4 1.53 2.34 -0.28 2.94    
5 2.26 2.34 -0.28 3.66 6.00 8.14
6 1.53 2.34 -0.28 2.94    
7 1.44 2.34 -0.28 2.84    
8 1.34 2.34 -0.28 2.74    
9 0.96 1.17 -0.14 1.66    
Fonte: Autores (2021).

Com a análise dos resultados da Tabela 57, acima, é possível destacar que o
deslocamento máximo que a NBR 8800 permite é maior do que o deslocamento no ponto
central da treliça. Desta forma, é correto afirmar que a treliça atende a verificação proposta na
norma acima.
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20 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após realização do memorial, faz-se necessária alguns levantamentos gerais do que


entendemos ser de maior relevância, aliado aos objetivos propostos no princípio deste
trabalho. O dimensionamento do pavilhão foi complexo, pudemos identificar todas as
variáveis estruturais e ainda as influências do local e região, para a implementação do
pavilhão.

Quanto aos valores de cálculo, no que diz respeito as resistências dos perfis,
percebemos que as verificações de compressão das barras diagonais não atendem a norma,
desta forma, sugerimos que se aplique um outro perfil diferente para atingir as solicitações na
diagonal analisada.

Finalmente, diferentemente das barras diagonais, as demais combinações de cálculo


atenderam ao requisito de ter uma carga de resistência maior do que sua solicitação, sendo
assim, para efeitos de segurança, deve se buscar um perfil de maior inércia para resistir de
maneira eficiente as solicitações. Verificações das barras, ligações e flechas também
atenderam suas solicitações.
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REFERENCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6123: Forças devidas ao


vento em edificações. Rio de Janeiro, 1988. Acesso em: 4 jun. 2021.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de estruturas


de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro, 2008. Acesso em:
4 jun. 2021.

SILVA. Gustavo Ribeiro da. (2021). Construções em Aço e Madeira, [material de sala de
aula]. Universidade de Caxias do Sul, Bento Gonçalves.

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