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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL – UNIJUI

LEONARDO DOS SANTOS HOCHMULLER

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Ijuí
2021
LEONARDO DOS SANTOS HOCHMULLER

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório de Estágio Supervisionado do curso de


Engenharia Civil apresentado como requisito
parcial para obtenção do grau de Engenheiro
Civil.

Orientador: André Bock

Ijuí
2021
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Logomarca da empresa FS Engenharia .............................................................. 10


Figura 2: Localização da Primeira Obra ............................................................................ 11
Figura 3: Planta Baixa Elétrica da primeira obra .............................................................. 12
Figura 4: Comparação entre a fachada antiga e a fachada nova da primeira obra ............ 12
Figura 5: Localização da segunda obra ............................................................................. 13
Figura 6: Planta Baixa Técnica e Mobiliada da Segunda Edificação ................................ 14
Figura 7: Planta de Situação da segunda obra ................................................................... 15
Figura 8: Perspectivas 3D da segunda edificação ............................................................. 16
Figura 9: Ponto de Ligação de água da segunda edificação .............................................. 18
Figura 10: Ponto de Energia Elétrica na segunda Edificação ............................................ 19
Figura 11: Croqui do canteiro de obra da segunda edificação .......................................... 20
Figura 12: Instalação provisória da segunda edificação .................................................... 21
Figura 13: Instalação Sanitária da segunda edificação ...................................................... 23
Figura 14: Churrasqueira improvisada da segunda edificação .......................................... 24
Figura 15: Almoxarifado da primeira edificação .............................................................. 26
Figura 16: Almoxarifado da segunda edificação ............................................................... 26
Figura 17: Local de Produção de Argamassa Colante ....................................................... 27
Figura 18: Local de produção de argamassa inorgânica.................................................... 28
Figura 19: Armazenamento de areia e pedra brita na segunda edificação ........................ 29
Figura 20: Local de armazenamento de cimento- A) Primeira obra, B) Segunda obra .... 30
Figura 21: Armazenamento de cal hidratada ..................................................................... 31
Figura 22: Vista Frontal da primeira e da segunda edificação .......................................... 32
Figura 23: Resíduos dispostos na frente da primeira obra destacados em vermelho ........ 33
Figura 24: Resíduos dispostos no canteiro de obra da segunda edificação ....................... 33
Figura 25: Argamassa colante utilizada para assentamento de cerâmicas ........................ 35
Figura 26: Realização da mistura de argamassa colante através de misturador elétrico ... 35
Figura 27: Contrapiso do Banheiro Suíte .......................................................................... 36
Figura 28: Juntas contínuas no assentamento de placas cerâmicas ................................... 37
Figura 29: Contrapiso da sala de estar/jantar saturado de água ......................................... 38
Figura 30: Assentamento de peças cerâmicas no contrapiso saturado .............................. 39
Figura 31: Cerâmica utilizada no assentamento ................................................................ 40
Figura 32: Piso cerâmico assentado com colocação de espaçadores e cunhas .................. 41
Figura 33: Detalhe do ralo no banheiro suíte .................................................................... 42
Figura 34: Colocação das placas cerâmicas na parede do banheiro .................................. 43
Figura 35: Rejunte utilizado nas placas cerâmicas ............................................................ 44
Figura 36: Aplicação de rejuntamento no piso cerâmico do closet ................................... 45
Figura 37: Limpeza após aplicação de rejuntamento na cerâmica da churrasqueira......... 45
Figura 38: Massa corrida utilizada no acabamento das placas de gesso ........................... 46
Figura 39: Processo de aplicação das camadas de massa corrida...................................... 47
Figura 40: Padiolas utilizadas para os volumes de areia ................................................... 48
Figura 41: Cal Hidratada e Veda Reboco utilizados na argamassa inorgânica ................. 49
Figura 42: Betoneira confeccionando argamassa inorgânica ............................................ 50
Figura 43: Transporte vertical de argamassa com utilização de pá ................................... 50
Figura 44: Parede de tijolo maciço antes da aplicação de revestimento ........................... 51
Figura 45: Consistência da argamassa de chapisco ........................................................... 52
Figura 46: Máquina de chapisco ........................................................................................ 53
Figura 47: Aplicação de emboço sem chapisco ................................................................ 54
Figura 48: Base com chapisco aplicado ............................................................................ 54
Figura 49: Guias utilizadas para execução do emboço destacadas em vermelho ............. 56
Figura 50: Sarrafeamento- A) Execução, B) Aspecto final ............................................... 56
Figura 51: Descolamentos de argamassa ........................................................................... 57
Figura 52: Fissuras mapeadas no emboço ......................................................................... 58
Figura 53: Massa Fina e Argamassa Colante utilizadas no reboco ................................... 59
Figura 54: Recipiente com a mistura para reboco ............................................................. 59
Figura 55: Preparação da base para o reboco- A) Limpeza, B) Molhagem ...................... 60
Figura 56: Aplicação de reboco no substrato .................................................................... 61
Figura 57: Desempenadeiras- A) corrugada, B) com espuma ........................................... 62
Figura 58: Janela com guias colocadas para execução das molduras................................ 63
Figura 59: Aplicação de argamassa colante antes da colocação de argamassa inorgânica 64
Figura 60: Sarrafeamento da moldura de argamassa inorgânica ....................................... 64
Figura 61: Paredes com guias e argamassa colante aplicadas para execução de molduras de
argamassa inorgânica..................................................................................................................... 65
Figura 62: Massa fina aplicada na lateral direita da edificação ......................................... 66
Figura 63: Funcionário não utilizando EPI's básicos ........................................................ 67
Figura 64: Utilização de andaime metálico sobreposto a um andaime de madeira ........... 69
Figura 65: Utilização de andaime em superfície inclinada................................................ 69
Figura 66: Utilização de bancos sobrepostos ao andaime ................................................. 70
Figura 67: Andaimes parafusados ..................................................................................... 71
LISTA DE SIGLAS

3D Três Dimensões (Tridimensional)

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

AC Argamassa Colante

CEO Chief Executive Officer (Diretor Executivo)

CP Cimento Portland

CPF Cadastro de Pessoa Física

Cm Centímetros

Cm² Centímetro Quadrado

EPC Equipamento de Proteção Coletiva

EPI Equipamento de Proteção Individual

L Litros

NBR Norma Brasileira Regulamentadora

NR Norma Regulamentadora

M² Metro Quadrado

MPa Mega Pascal

RS Rio Grande do Sul


SUMÁRIO

1 Introdução .......................................................................................................... 9

1.1 Objetivos ............................................................................................................ 9

1.2 Apresentação da empresa ............................................................................... 10

1.3 Obras ................................................................................................................ 10

2 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO ....................................................... 17

2.1 Canteiro de Obra............................................................................................. 17

2.1.1 Instalações Provisórias ...................................................................................... 20

2.1.1.1 Áreas de Vivência ............................................................................................. 21

2.1.1.2 Áreas de Apoio .................................................................................................. 25

2.1.1.3 Áreas Operacionais ........................................................................................... 27

2.1.1.4 Tapume .............................................................................................................. 31

2.1.2 Disposição dos entulhos .................................................................................. 32

2.2 Revestimentos com placas cerâmicas- Obra 1 .............................................. 34

2.2.1 Preparação da argamassa colante ...................................................................... 34

2.2.2 Base de aplicação das peças cerâmicas- Piso e Parede ..................................... 36

2.2.3 Execução do serviço .......................................................................................... 37

2.2.3.1 Piso .................................................................................................................... 37

2.2.3.2 Parede ................................................................................................................ 42

2.2.4 Rejuntamento .................................................................................................... 43

2.3 Acabamento das placas de gesso acartonado- Obra 1 ................................. 46

2.4 Revestimentos de paredes com argamassa inorgânica- Obra 2 .................. 47

2.4.1 Preparação da Argamassa ................................................................................. 48

2.4.2 Preparação da Base ........................................................................................... 51


2.4.3 Chapisco ............................................................................................................ 52

2.4.4 Emboço ............................................................................................................. 55

2.4.5 Reboco............................................................................................................... 58

2.5 Detalhes Construtivos- Molduras em argamassa inorgânica...................... 62

2.5.1 Molduras nas aberturas ..................................................................................... 62

2.5.2 Molduras nas platibandas .................................................................................. 65

2.6 Equipamentos de proteção ............................................................................. 66

2.6.1 EPI’s .................................................................................................................. 67

2.6.2 EPC’s................................................................................................................. 68

3 CONCLUSÕES ............................................................................................... 72

REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 73
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1 INTRODUÇÃO

O presente relatório refere-se à realização da disciplina de Estágio Supervisionado, devendo


obedecer a uma carga horária mínima de 165 horas totais. Esta disciplina, pertence ao currículo do
curso de Engenharia Civil da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
– UNIJUÍ.

O referido estágio foi realizado na cidade de Augusto Pestana (RS), município este que se
localiza próximo ao município de Ijuí (RS). Foram efetuados acompanhamentos presenciais em
duas obras distintas, a fim de vivenciar de forma prática a execução dos mais variados processos
inerentes à construção civil, além da observação da organização do canteiro de obras e das equipes
de trabalho.

Este relatório busca expor as ocorrências observadas e acompanhadas nos canteiros de obra,
elencando aspectos importantes a serem considerados. Sobretudo, é dessuma importância o
embasamento teórico em normas vigentes, como também de pesquisas bibliográficas sobre os
assuntos abordados, para que se proceda a análise crítica do que foi acompanhado in loco. Dito
isso, ressalta-se a importância desta disciplina para a formação do acadêmico de Engenharia Civil,
agregando conhecimentos e experiências práticas vivenciadas em obra.

1.1 Objetivos

O estágio curricular obrigatório, objetiva a inserção do aluno no campo prático das


atividades em obra, observando processos executivos práticos e procedendo com a aferição da
teoria adquirida durante as disciplinas do curso, além de normativas vigentes e outros materiais
bibliográficos. Para mais, o estágio contribui para a convivência com os diversos profissionais da
construção civil, sendo estes Engenheiros, Arquitetos e as equipes de trabalho.

Espera-se, com a realização do estágio, acompanhar os processos relativos ao acabamento


de uma edificação, além da compreensão dos projetos realizados pelos responsáveis técnicos e sua
execução por parte da equipe de trabalho, adquirindo-se grande experiência para, posteriormente,
aplicá-la profissionalmente.
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Relatório de Estágio Supervisionado
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1.2 Apresentação da empresa

A FS Engenharia (Figura 1), inscrita sobre o CPF n°: 011.468.530-41, possui sua sede
(escritório) na cidade de Augusto Pestana (RS), na rua Coronel Antônio Soares de Barros, n° 1587,
Sala A. A empresa tem como CEO e fundadora a Engenheira Civil Franciele Taise Manica
Schmidt, portadora do CREA RS 167131, e fornece como serviço ao mercado a confecção de
projetos residenciais, desde reformas até edificações novas, aliando beleza, praticidade e
funcionalidade.

Figura 1: Logomarca da empresa FS Engenharia

Fonte: Responsáveis técnicos (2021)

A instituição vem conquistando cada vez mais espaço no mercado, com inúmeros projetos
realizados na cidade de Augusto Pestana, e, também, em várias outras cidades próximas.

1.3 Obras

Foram efetuados os acompanhamentos de duas obras distintas, sendo a primeira uma


residência unifamiliar e a segunda uma residência multifamiliar, localizadas no município de
Augusto Pestana – RS. Ambas as obras são térreas e possuem como responsável técnica a
Engenheira Civil Franciele Taise Manica Schmidt (CREA RS 167131).
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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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A primeira obra refere-se à uma reforma com ampliação, localizada na Rua Venâncio Aíres,
s/n, CEP 98740-000 (Figura 2).

Figura 2: Localização da Primeira Obra

Fonte: Google Maps (2021)

Nesta obra, foram realizadas reformas nos acabamentos das paredes e dos pisos, além da
colocação de forro em gesso acartonado em todos os cômodos. Também foi efetuada a substituição
do telhado e das calhas, além da colocação de alguns assessórios, tal como o pergolado. Além
disso, foi executada uma ampliação no dormitório da parte da frente da edificação, adicionando ao
cômodo em questão um closet e um banheiro (Figura 3), sendo estes construídos em laje treliçada
com lajotas cerâmicas.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 3: Planta Baixa Elétrica da primeira obra

Fonte: Responsáveis técnicos (2021)

Por fim, também foi elaborada uma revitalização da fachada, contando com substituições
das aberturas do limite frontal da edificação (portão e grades), como é possível observar na imagem
abaixo, que exemplifica a comparação do estado do início da obra com o projeto realizado (imagem
3D) – Figura 4.

Figura 4: Comparação entre a fachada antiga e a fachada nova da primeira obra

Fonte: Responsáveis técnicos (2021)


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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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A obra em questão, possui área total existente somada à ampliação de 146,29 m² foi
acompanhada do dia 01/09/2021 ao dia 06/09/2021, onde já havia sido realizada a ampliação, e
encontrava-se em processo de acabamento, etapa que foi acompanhada no estágio.

A segunda obra refere-se à uma edificação nova, localizada na continuação da Rua Albino
Schneider, s/n, CEP 98740-000 (Figura 5).

Figura 5: Localização da segunda obra

Fonte: Google Maps (2021)

A edificação consiste em uma “casa geminada”, conceito de edificação que está se tornando
bastante difundida em todo o mundo, principalmente no Brasil. A definição deste tipo de edificação
consiste em duas ou mais construções compartilharem a mesma parede e telhado, geralmente sendo
simétricas uma em relação à outra (TERRA, 2020), como é o caso da edificação acompanhada.
Além disso, de acordo com Terra, este tipo de edificação é uma opção econômica de construção.

Cada “casa” é composta por 2 (dois) dormitórios, 2 banheiros, uma sala/cozinha, uma área
de fundo externa com churrasqueira e uma área na frente para garagem (Figura 6). Na construção
do imóvel foi utilizado o sistema de alvenaria com tijolo maciço, desde as paredes até a platibanda.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 6: Planta Baixa Técnica e Mobiliada da Segunda Edificação

Fonte: Responsáveis Técnicos (2021)

O lote onde está inserida a edificação possui uma área de 360 m², estando contido na quadra
124, possuindo como medidas 30 m (trinta metros) de testada e 12 m (doze metros) de fundo, sendo
um terreno de esquina, conforme observa-se na Figura 7. O entorno do terreno possui algumas
edificações já concluídas e outras em processo de execução, sendo todas de caráter residencial.

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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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Figura 7: Planta de Situação da segunda obra

Fonte: Responsáveis Técnicos (2021)

A edificação possui uma área total construída de 184,84 m², com 92,42 m² para cada
“habitação”. O projeto da residência possui alguns detalhes, tais como pergolados de concreto e
revestimento ripado amadeirado em algumas paredes, como pode-se ver nas imagens 3D abaixo
(Figura 8).

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 8: Perspectivas 3D da segunda edificação

Fonte: Responsáveis Técnicos (2021)

O acompanhamento desta obra iniciou-se no dia 14/09/2021, onde a mesma se encontrava


com a estrutura pronta e as instalações quase finalizadas, restando, assim, toda a parte de
revestimento e acabamento a serem acompanhadas. O último dia de acompanhamento ocorreu em
29/10/2021, onde a edificação encontrava-se com emboço em todas as paredes; reboco das paredes
internas praticamente finalizado; reboco de algumas paredes externas; molduras nas aberturas
efetuadas e molduras nas platibadas em estado de execução.

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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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2 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO

O acompanhamento das atividades relacionadas ao estágio aconteceu nos períodos


matutinos e vespertinos, iniciando no dia 01/09/2021, onde foi visitada a primeira obra, e
finalizando no dia 29/08/2021.

Neste capítulo, serão apresentadas as atividades acompanhadas nas obras já citadas,


objetivando-se a comparação e a análise crítica embasada em normas e referenciais teóricos
relativo ao que foi acompanhado em execução na prática.

2.1 Canteiro de Obra

Segundo a NBR 12284 (1991), a definição de canteiro de obra consiste em: “Áreas
destinadas a execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas
operacionais e áreas de vivência”.

A NR 18 (2020) define canteiro de obras como uma área de trabalho fixa e temporária,
onde desenvolvem-se os exercícios de apoio e execução de uma obra.

De acordo com Azeredo (1997), deve-se considerar em um canteiro de obras ligações de


água e de energia elétrica; distribuição de áreas destinadas a estocagem de materiais a granel não
perecíveis; construções (armazém de materiais perecíveis, escritório, alojamento); sanitário;
distribuição de maquinário; circulação; trabalhos diversos.

Partindo-se destas referências, foi verificado que, na primeira obra, como tratava-se de uma
reforma, as ligações de água e energia foram utilizadas da própria edificação. Já na segunda
edificação, foi observada a existência de ligações de água e energia elétrica no canteiro.

As ligações de água, tais como a da Figura 9, foram espalhadas em alguns locais do canteiro,
contando com 6 (seis) pontos distintos, auxiliando na eficiência para a execução das tarefas. Os
pontos de água são todos de água fria, que conforme a NBR 5626 (2020), constitui-se de água
potável em températura ambiente. Estes pontos possuem tubulações com vazão e pressão

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Relatório de Estágio Supervisionado
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adequadas, mas devido ao grande espaçamento entre alguns pontos, existem algumas deformações
inadequadas perante a norma citada.

Figura 9: Ponto de Ligação de água da segunda edificação

Fonte: Autoria Própria (2021)

Em relação à energia elétrica, também foram verificadas a presença de algumas ligações,


como a da Figura 10, contando com 4 pontos distintos espalhados pelo canteiro. A NBR 5410
(2008) prescreve que as linhas elétricas não podem ser dispostas abaixo das canalizações de água,
sendo que, em obra, existem vários pontos onde isto acontece. Além disso, através da Figura 10
pode-se ver a existência de água em contato com a ligação elétrica, o que pode causar acidentes,
pois não possui segurança de acordo com o que apresenta a NBR 5410/2008.

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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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Figura 10: Ponto de Energia Elétrica na segunda Edificação

Fonte: Autoria Própria (2021)

Para melhor entendimento do canteiro de obra da segunda edificação, foi realizado um


“croqui” no software AutoCAD, de forma meramente ilustrativa, locando os componentes do
canteiro, como observa-se na imagem abaixo- Figura 11:

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 11: Croqui do canteiro de obra da segunda edificação

Fonte: Autoria Própria (2021)

Devido ao fato da edificação representar aproximadamente 59% do terreno em que está


inserida, a equipe de construção julgou necessário a criação da área de vivência e do estoque no
terreno ao lado, buscando obter maior espaço para execução dos serviços. A utilização do terreno
vizinho ocorre em virtude de o proprietário deste terreno ser o mesmo que o da obra em questão.
Além disso, também é possível observar que os tijolos, lajotas cerâmicas e grande quantidade de
entulhos e lixos também estão dispostos no terreno vizinho.

2.1.1 Instalações Provisórias

As instalações provisórias consistem de estruturas temporárias, visto que, apenas estarão


no canteiro durante a execução da obra e enquanto possuir disponibilidade deste local no canteiro
(SOUZA, 2016). Dito isso, em observação da NBR 12284 (1991) e da NR 18 (2020), dividiu-se
estas instalações em áreas de vivência, áreas de apoio e áreas de produção.

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Na primeira obra não foram inseridas instalações provisórias devido ao curto período de
obra, e, também, porque utilizava-se a própria estrutura da edificação já existente. Já na segunda
edificação, dispõe-se de uma instalação provisória localizada nos fundos da edificação, construída
com estrutura de madeira e coberta com telhas de fibrocimento (Figura 12). O piso do local é o
próprio solo, não possuindo nenhum tipo de revestimento acima.

Figura 12: Instalação provisória da segunda edificação

Fonte: Autoria Própria (2021)

2.1.1.1 Áreas de Vivência

Segundo a NR 18 (2020), as áreas de vivência: “devem ser projetadas de forma a oferecer,


aos trabalhadores, condições mínimas de segurança, de conforto e de privacidade e devem ser
mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza”. Para mais, a normativa determina
que os canteiros de obras devem possuir: instalações sanitárias; vestiário; alojamento (quando
existir trabalhador alojado); local de refeições.

Por meio destas informações, observou-se que não há o alojamento de trabalhadores nas
obras analisadas, uma vez que todos os funcionários residem próximo aos locais das obras
realizadas.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Munido de todas estas informações, foi conduzida a análise dos seguintes itens citados
acima pela norma:

a) Instalações Sanitárias
De acordo com o que apresenta a NR 24 (2019), as instalações sanitárias, devem:
a) ser mantidas em condição de conservação, limpeza e higiene; b) ter piso e parede
revestidos por material impermeável e lavável; c) peças sanitárias íntegras; d) possuir
recipientes para descarte de papéis usados; e) ser ventiladas para o exterior ou com
sistema de exaustão forçada; f) dispor de água canalizada e esgoto ligados à rede geral
ou a outro sistema que não gere risco à saúde e que atenda à regulamentação local; e
g) comunicar-se com os locais de trabalho por meio de passagens com piso e cobertura,
quando se situarem fora do corpo do estabelecimento . (NR 24, 2019, Item 24.2.3)

A NR 18 (2020) aponta que as instalações sanitárias devem contar com lavatório, mictório
e bacia sanitária sifonada com tampo, sendo 1 (um) conjunto destes para cada 20 (vinte)
trabalhadores. Além disso, deve-se ter 1 (um) chuveiro para cada 10 (dez) funcionários. A equipe
de trabalho constitui-se, em média, de 4 trabalhadores por dia, logo, há a necessidade dos itens
listados anteriormente.
Foi constatada a inexistência de mictório e chuveiro na obra, estando, desta forma, em
desconformidade com a norma. Em relação ao lavatório, a NR 24 (2019) determina alguns tópicos
a serem cumpridos, tais como ser individual, calha ou até tampo coletivo com mais de uma cuba;
portando torneiras.
Dispondo destas informações, notou-se a inexistência da instalação de lavatório nas duas
obras, levando os funcionários a utilizaram os pontos de água para sanar esta ausência. Como as
torneiras não constituem de lavatório, este item também está incompatível frente à normativa.
Quanto ao vaso sanitário, a norma citada traz algumas determinações quanto ao local de
instalação:
a) ser individuais; b) ter divisórias com altura que mantenham seu interior indevassável
com vão inferior que facilite a limpeza e a ventilação; c) ser dotados de portas
independentes, providas de fecho que impeçam o devassamento; d) possuir papel
higiênico com suporte e recipiente para descarte de papéis higiênicos usados, quando
não for permitido descarte na própria bacia sanitária, devendo o recipiente possuir
tampa quando for destinado às mulheres; e e) possuir dimensões de acordo com o
código de obras local ou, na ausência desse, deve haver área livre de pelo menos 0,60m
(sessenta centímetros) de diâmetro entre a borda frontal da bacia sanitária
e a porta fechada. (NR 24, 2019, Item 24.3.1)

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Através destes dados, foi constatada que o local compreendia a área de aproximadamente 1
m² (um metro quadrado), e todos os outros itens foram sanados, exceto a existência de um
recipiente com tampa para depositar os papéis usados, sendo utilizada uma sacola plástica, estando
em desacordo (Figura 13).

Figura 13: Instalação Sanitária da segunda edificação

Fonte: Autoria Própria (2021)

Por fim, examinou-se que o vaso é do tipo sifonado, possuindo tampo e válvula de descarga,
sendo ligada à rede de esgotos, atendendo às determinações da norma. Porém, em relação a higiene,
a limpeza do vaso sanitário não é realizada, o que muitas vezes causa desconforto ao utilizar a
instalação sanitária, estando, também, fora dos padrões normativos.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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b) Local para refeições


A NR 24 (2019) estabelece que os empregadores deverão oferecer aos seus funcionários
uma área para realizar suas refeições, proporcionando, principalmente, conforto e higiene. Para
mais, a norma ainda cita que os locais para refeições que atendem até 30 (trinta) funcionários,
devem:
a) ser destinados ou adaptados a este fim; b) ser arejados e apresentar boas condições
de conservação, limpeza e higiene; e c) possuir assentos e mesas, balcões ou similares
suficientes para todos os usuários atendidos. (NR 24, 2019, Item 24.5.2).

A norma em questão ainda prescreve que devem ser fornecidos meios para aquecimento e
conservação das refeições, além de um local para que se realize a limpeza dos utensílios utilizados
nas refeições, e, por fim, água potável.
Em ambas as obras foi observada a carência cozinha ou equipamentos para aquecimento
das refeições, visto que, como os funcionários residem nas proximidades das obras, no intervalo
do almoço, estes dirigem-se às suas próprias residências para a refeição, logo, julgou-se não ser
necessária a implantação de um local para este fim. Foi encontrada apenas uma churrasqueira
improvisada na segunda obra, onde, eventualmente, os funcionários realizam alguma refeição
especial (Figura 14).

Figura 14: Churrasqueira improvisada da segunda edificação

Fonte: Autoria Própria (2021)


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No intervalo do turno vespertino, as refeições são realizadas dentro das áreas das próprias
edificações, não contendo mesas ou assentos, sequer local para descarte dos detritos, apresentando
desacordo com a normativa.

2.1.1.2 Áreas de Apoio

As áreas de apoio de um canteiro de obras (almoxarifado, escritório, guarita e plantão de


vendas) são aquelas que tem a função de suporte à produção, onde abriga-se os funcionários em
grande parte do tempo ou mesmo durante toda a jornada diária de trabalho, diferindo-se das áreas
de vivência, que são ocupadas em horários específicos (Saurin & Formoso, 2006). Devido à
dimensão das duas obras acompanhadas, julgou-se desnecessária a execução de guarita e plantão
de vendas.

Azeredo (1997) aponta que, as medidas mínimas para uma construção de padrão
residencial, relacionadas ao escritório e almoxarifado, são de 2,00 m X 3,00 m, portando mesa para
a análise de projetos e arquivamento de notas fiscais, além de outros documentos usuais.

Em ambas as obras não havia escritório, apenas contavam com almoxarifado. Na primeira
obra, o almoxarifado se localizava nos fundos, aproveitando-se de uma estrutura já existente, como
vemos na Figura 15. Neste local, realizava-se o armazenamento de alguns materiais, ferramentas e
equipamentos.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 15: Almoxarifado da primeira edificação

Fonte: Autoria Própria (2021)

Na segunda obra, o almoxarifado localiza-se ao lado da área de vivência, nos fundos da


edificação (Figura 16). No local há o armazenamento de materiais como cimento, cal e massa fina,
além de ferramentas e equipamentos. Como não há vestiário nesta obra, os funcionários utilizam
esta área para efetuar as trocas de roupa.

Figura 16: Almoxarifado da segunda edificação

Fonte: Autoria Própria (2021)


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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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2.1.1.3 Áreas Operacionais

A NBR 12284 (1991) contempla as áreas operacionais como áreas em que se praticam as
atividades de trabalho associadas diretamente à produção. A partir desta definição, podemos dividir
as áreas de operação em área de produção e área de estoque, visto que estas estão ligadas de forma
direta com a execução das tarefas de construção.

a) Áreas de produção

A região em que se realizava a produção de argamassa colante para a colocação de pisos


cerâmicos, na primeira obra, localizava-se dentro da própria obra, próximo ao estoque da AC, não
contendo um espaço específico para tal tarefa (Figura 17).

Figura 17: Local de Produção de Argamassa Colante

Fonte: Autoria Própria (2021)

Na segunda obra, a betoneira para produção de argamassa e outras misturas situa-se dentro
da edificação (Figura 18), mais precisamente na sala de estar/jantar, na “casa” da esquerda. Este

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Relatório de Estágio Supervisionado
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local fica próximo ao armazenamento de areia, mas relativamente distante do local onde estão
estocados o cimento e a cal (almoxarifado).

Figura 18: Local de produção de argamassa inorgânica

Fonte: Autoria Própria (2021)

b) Estoque de materiais de construção


Em relação ao armazenamento dos materiais de construção, a NR 18 (2020), salienta que,
estes devem estar estocados de forma a não afetar a circulação de pessoas trabalhadores e também
de materiais, além do acesso à equipamentos para o combate de incêndio.
A NBR 7200 (1998) estabelece que os agregados utilizados nas argamassas de revestimento
deverão ser armazenados de acordo com sua granulometria, necessitando, também, estarem
protegidos de resíduos provenientes da obra.
Observa-se, na obra analisada (segunda edificação), que os materiais granulares (brita e
areia), estão separados, mas encontram-se expostos a intempéries e resíduos diversos (Figura 19),
além de estarem em contato direto com o solo, apresentando desconformidade com a norma. As
intempéries podem causar aumento da umidade dos materiais, o que afeta diretamente na
quantidade de água para a produção de argamassas e concreto, além disso, no caso das areias, o
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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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vento causar espalhamento dos grãos, ocasionando perda de material. O contato direto com o solo
também é prejudicial para os agregados, visto que este contato pode provocar a alteração na
umidade dos agregados, além de reação com agentes químicos que o solo pode conter, o que é
prejuducial.

Figura 19: Armazenamento de areia e pedra brita na segunda edificação

Fonte: Autoria Própria (2021)

Em relação ao cimento, a NBR 12655 (2015) prescreve alguns pontos a serem cumpridos
para o cimento em saco, como é o caso do encontrado na obra:
a) Cada cimento deve ser armazenado separadamente, de acordo com a marca, tipo e
classe; b) O cimento fornecido em sacos deve ser guardado em pilhas, em local
fechado, protegido da ação de chuva, névoa ou condensação. Cada lote recebido em
uma mesma data deve ser armazenado em pilhas separadas e individualizadas; c) As
pilhas devem estar separadas por corredores que permitam o acesso e os sacos devem
ficar apoiados sobre estrado ou paletes de madeira, para evitar o contato direto com o
piso; d) Os sacos devem ser empilhados em altura de no máximo 15 unidades, quando
ficarem retidos por período inferior a 15 dias no canteiro de obras, ou em altura de no
máximo 10 unidades, quando permanecerem por período mais longo. (NBR 12655,
2015, Item 5.3.1)
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Relatório de Estágio Supervisionado
30

Por meio destas informações, analisou-se que, nas duas obras acompanhadas havia o
armazenamento de cimento. Na primeira obra, o estoque deste material é incorreto, visto que o
local é coberto somente em cima, com as laterais sem proteção, deixando este material passível a
intempéries (Figura 20-A). Na segunda obra, o local do depósito deste material está coerente com
o que diz a norma, exceto a separação das classes e tipos de cimento, o que não era realizado,
levando a confusão dos próprios funcionários na utilização do material (Figura 20-B).

Figura 20: Local de armazenamento de cimento- A) Primeira obra, B) Segunda obra

A) B)

Fonte: Autoria Própria (2021)

Quanto a Argamassa Colante, que era encontrada na primeira obra, a NBR 14081-1 (2012)
determina que o armazenamento deste material seja efetuado em local seco, possuindo proteção
contra intempéries, sem o contato direto para com pisos e paredes. Observou-se que o
armazenamento deste material é realizado juntamente com o cimento, que como já foi comentado,
não é coerente.
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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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A NBR 7175 (2003), prescreve que o armazenamento da cal hidratada em sacos, como era
encontrada na segunda obra, deve ser realizado acima de estrados, contando com área coberta, em
local arejado e seco. Foi observado, em obra, que o armazenamento deste material está em
conformidade perante a normativa em questão (Figura 21).

Figura 21: Armazenamento de cal hidratada

Fonte: Autoria Própria (2021)

2.1.1.4 Tapume

Conforme prescreve a NR 18 (2020), a colocação de tapumes é obrigatória quando se


realizam atividades relacionadas a construção, devendo conter altura mínima de 2m (dois metros),
de forma a impedir o acesso de estranhos no canteiro.

Em ambas as obras, observou-se a inexistência de tapumes (Figura 22), que além de não
estar em concordância com a norma, traz inúmeros pontos negativos, como, por exemplo, deixar a
edificação à vista de estranhos, levando a exposição do local à furtos de materiais e ferramentas.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 22: Vista Frontal da primeira e da segunda edificação

Fonte: Autoria Própria (2021)

2.1.2 Disposição dos entulhos

Outro ponto importante a ser citado é o fato de que nenhuma das obras acompanhadas
continha um depósito correto de resíduos decorrentes das atividades de construção, os famosos
“papa-entulho”, constituindo-se de um ponto negativo, fazendo com que todos os materiais, por
consequência, acabassem sendo descartados em locais inadequados.

Na primeira obra, os resíduos foram dispostos no passeio em frente à residência (Figura


23). Ainda, foi também observado que a disposição do lixo afetava a questão do trânsito de
pedestres no passeio público, o que, segundo o Código de Obras da cidade, está em desacordo,
visto que este estabelece que, no mínimo, 1/3 (um terço) do passeio deve ser livre para o trânsito
de pedestres.

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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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Figura 23: Resíduos dispostos na frente da primeira obra destacados em vermelho

Fonte: Autoria Própria (2021)

Na segunda obra, os resíduos foram descartados no próprio terreno, com concentração em


alguns pontos. Estes pontos continham os mais diversos tipos de resíduos, tal como observa-se na
figura 24.

Figura 24: Resíduos dispostos no canteiro de obra da segunda edificação

Fonte: Autoria Própria (2021)


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Relatório de Estágio Supervisionado
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A NR 18 (2015) proíbe manter lixo ou entulhos de forma acumulada ou exposta em áreas


inadequadas no canteiro de obras, logo, é possível observar a desconformidade perante a normativa.

2.2 Revestimentos com placas cerâmicas- Obra 1

Silva et al (2015) disserta sobre as vantagens da utilização dos revestimentos cerâmicos,


sendo estas a higiene, decorrente da facilidade de limpeza do material; durabilidade; qualidade do
acabamento; isolamento térmico e acústico; promover proteção dos componentes de vedação; ser
estanque à água e gases; segurança contra o fogo, e também, o aspecto visual.

Na primeira obra, foram acompanhadas as execuções de pisos cerâmicos em diversos


cômodos, tais como sala de estar/jantar, cozinha e no banheiro suíte da edificação, uma vez que
todos estes são ambientes internos. No que diz respeito à colocação de pisos cerâmicos em paredes,
foi monitorado o assentamento no banheiro.

2.2.1 Preparação da argamassa colante

A argamassa colante constitui-se de uma mistura composta por aglutinantes hidráulicos,


agregados minerais e também aditivos, que quando preparada in loco adicionando-se água, forma
uma pasta com viscosidade, aderência e plasticidade (NBR 13753/1996)

A argamassa utilizada na obra era do tipo AC III (Argamassa Colante Industrializada tipo
III), que, conforme a NBR 14081-1 (2012), compõe-se de uma argamassa com poder de aderência
mais elevado que as do tipo I e II. Este tipo de argamassa era encontrado em sacos de 20 Kg, da
marca Colafix, de cor branca, tal como a da Figura 25 representada abaixo.

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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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Figura 25: Argamassa colante utilizada para assentamento de cerâmicas

Fonte: Colafix (2021)

Em relação à forma de preparo e proporção dos materiais constituintes, na mistura feita em


obra, utilizou-se, em média, de 3,5 a 4 L de água, divergindo com as informações fornecidas pelo
fabricante, que define o uso de 4,4 L de água para o saco de 20 Kg, podendo haver variação de 5%.
Porém, muitas vezes havia adição de água após a mistura, o que não é recomendado pelo fabricante.
O processo de mistura da AC era realizado com um misturador elétrico em um balde, como pode-
se ver na Figura 26 abaixo.

Figura 26: Realização da mistura de argamassa colante através de misturador elétrico

Fonte: Autoria Própria (2021)


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Relatório de Estágio Supervisionado
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2.2.2 Base de aplicação das peças cerâmicas- Piso e Parede

As bases de aplicações de peças cerâmicas acompanhadas nesta obra dividem-se em piso e


parede.

A NBR 13753 (1996) define a base piso como um substrato que pode ser de concreto
(simples ou armado) ou laje (maciça ou mista), sendo que, sobre estas acontece a aplicação do
revestimento cerâmico através da argamassa colante. No caso da obra em questão, a base de todos
os locais onde foram assentadas placas cerâmicas para o piso eram compostas de contrapisos em
concreto simples (Figura 27). Foi observado que, na sala/cozinha, foi realizada uma camada de
revestimento sobre o piso que já existia anteriormente, o que não é aconselhado.

Figura 27: Contrapiso do Banheiro Suíte

Fonte: Autoria Própria (2021)

Com relação à parede, a NBR 13754 (1996) define este tipo de base como um “substrato
constituído por superfície plana de paredes..., sobre o qual é aplicada a argamassa colante, para
assentamento das placas cerâmicas”. A parede (base) da edificação em questão é revestida de
emboço sarrafeado, onde foi aplicada a argamassa colante para aplicação das placas cerâmicas.

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2.2.3 Execução do serviço

Neste item serão apresentadas a execução do assentamento de placas cerâmicas,


comparando o que foi acompanhado em obra com as normas regulamentadoras referentes a estes
serviços.

No que diz respeito às placas cerâmicas utilizadas, foram observadas a utilização de


diferentes modelos e cores. A disposição de assentamento utilizada nos locais acompanhados foi
com junta contínua, conforme mostra a Figura 28:

Figura 28: Juntas contínuas no assentamento de placas cerâmicas

Fonte: NBR 13753/1996 (2021)

2.2.3.1 Piso

A NBR 13753 (1996) determina que, para se executar o piso com revestimento cerâmico
alguns serviços devem estar concluídos, sendo estes o revestimento das paredes e do teto; a fixação
dos caixilhos; a impermeabilização; instalações de tubulações embutidas no piso e realização de
ensaio relacionado a possíveis vazamentos nas tubulações.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Foi verificado, na obra analisada, que, em alguns locais, o revestimento do teto e das
paredes foram executados após a colocação de piso cerâmico, e, além disso, poucas vezes foi
realizado o teste de estanqueidade das tubulações, mostrando desacordo em relação à norma.

A norma em questão prescreve também que, em locais submetidos à ventilação ou entrada


de luz solar, a base deverá ser pré-umedecida, não podendo saturá-la. Observou-se que, no cômodo
da sala de estar/jantar, o revestimento existente estava com grande quantidade de resíduos e com
bastante sujeira, logo, os funcionários realizaram a sua limpeza utilizando uma lavadora de alta
pressão. O local acabou ficando saturado e com grande quantidade de água (Figura 29), e, ainda,
foi arrancado, em muitos pontos, o revestimento que existia.

Figura 29: Contrapiso da sala de estar/jantar saturado de água

Fonte: Autoria Própria (2021)

Após a limpeza, com o substrato ainda saturado, foi executada a aplicação do piso cerâmico
(Figura 30), o que não é condizente com o que estabelece a normativa.

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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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Figura 30: Assentamento de peças cerâmicas no contrapiso saturado

Fonte: Autoria Própria (2021)

A NBR 13753 (1996) determina que sejam realizadas faixas de 60 cm de largura com
argamassa colante, colocando-a de forma lisa com a desempenadeira e depois procedendo com a
execução de cordões, utilizando a parte dentada da ferramenta com 60° (sessenta graus). Foi
verificada em obra coerência quanto a forma de colocação de argamassa colante.

Para mais, a normativa citada indica o procedimento para placas maiores que 900 cm²,
como é o caso das placas cerâmicas do banheiro, que possuem medidas de 63 cm por 108 cm
(Figura 31), com área de 6804 cm². Para este tipo de placa, deve-se:

a) espalhar e pentear a argamassa colante no contrapiso e no tardoz das placas


cerâmicas; b) aplicar cada placa cerâmica ligeriamente fora de posição, de modo
a cruzar os cordões do tardoz e do contrapiso e em seguida pressioná-la,
arrastando-a até a sua posição final; c) atingida a posição final, aplicar vibrações
manuais de grande frequência, transmitidas pelas pontas dos dedos, procurando
obter a maior acomodação possível, que pode ser constatada quando a argamassa
colante fluir nas bordas da placa cerâmica. (NBR 13753, Item 5.7.7).

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 31: Cerâmica utilizada no assentamento

Fonte: Autoria Própria (2021)

Foi presenciado, em obra, que o procedimento para o assentamento coincide em partes


com o apresentado acima, já que não era aplicada argamassa no tardoz, realizando a aplicação
direta da placa cerâmica na argamassa colocada no contrapiso. No assentamento de cada peça
cerâmica, eram utilizados espaçadores e cunhas (Figura 32), para a construção das juntas e a
garantia do nivelamento das placas.

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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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Figura 32: Piso cerâmico assentado com colocação de espaçadores e cunhas

Fonte: Autoria Própria (2021)

Nos detalhes dos ralos, buscou-se deixá-los de forma “escondida”, utilizando um modelo
de ralo específico que recebia uma cerâmica colada acima, com utilização de um selante PU
Construção, da marca CIBRAFlex, como vê-se na Figura 33 abaixo:

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 33: Detalhe do ralo no banheiro suíte

Fonte: Autoria Própria (2021)

2.2.3.2 Parede

A NBR 13754 (1996) aponta que, certas etapas hão de ser concluídas para a execução do
revestimento cerâmico nas paredes, sendo estas as canalizações de água e esgoto (embutidas e
testadas); caixas de passagem, elementos originários de instalações elétricas e/ou telefônicas
embutidas.

A superfície de aplicação da argamassa colante é coerente com o que fornece a NBR 13754
(1996), constituindo-se de um emboço sarrafeado, estando limpo e alinhado. No momento da
aplicação, foi realizado o umedecimento da base, conforme norma.

Quanto ao procedimento realizado, para placas maiores que 900 cm², é coincidente com o
realizado no piso, logo, em obra, também foi executado em coerência com as normativas. Todavia,
a norma estabelece a realização do revestimento cerâmico de baixo para cima, sendo que, em obra,
foi realizado de cima para baixo (Figura 34).
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Figura 34: Colocação das placas cerâmicas na parede do banheiro

Fonte: Autoria Própria (2021)

2.2.4 Rejuntamento

Junginger (2003) elenca as funções importantes do rejunte, as quais se constituem de:


desempenho estético do revestimento; harmonia superficial; compensar variações e prover a
melhora no assentamento das placas; promover estanqueidade ao revestimento; permitira a
propagação do vapor de água; propiciar alívio de tensões e aprimorar a aderência das placas
cerâmicas.

A execução do rejuntamento das placas cerâmicas foram acompanhadas no piso do closet


e nas paredes da cozinha. O rejunte aplicado era da marca Colafix, em caixas de 1 Kg, de cor
Marrom Café (Figura 35).

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 35: Rejunte utilizado nas placas cerâmicas

Fonte: Autoria Própria (2021)

Para o rejuntamento dos pisos cerâmicos, a NBR 13753 (1996) afirma que este serviço deve
ser realizado no mínimo 3 (três) dias após assentamento das placas, utilizando-se de largas pranchas
de madeira para transitar sobre o piso.

Em obra, os rejuntes eram colocados de 3 a 4 dias após o assentamento das placas, porém,
os funcionários transitavam diretamente sobre o piso, não respeitando o que prescreve a norma.
Ademais, não era realizado o umedecimento das juntas, sequer a limpeza destas, aplicando-se
diretamente o rejuntamento (Figura 36).

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Figura 36: Aplicação de rejuntamento no piso cerâmico do closet

Fonte: Autoria Própria (2021)

Quanto a aplicação, era realizado de acordo com o que determina a norma, em movimentos
de vaivém de forma diagonal às juntas, deixando-o secar por 30 minutos, e após isto, procedendo
com a limpeza (Figura 37).

Figura 37: Limpeza após aplicação de rejuntamento na cerâmica da churrasqueira

Fonte: Autoria Própria (2021)


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Relatório de Estágio Supervisionado
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Foi analisado, também, que o fabricante (Colafix) não indica o uso deste material em
churrasqueiras, contrastando com o que foi realizado em obra, como vemos na figura acima.

Para as paredes, o rejuntamento também deve ser realizado em no mínimo três dias após o
assentamento das placas cerâmicas (NBR 13754/1996), e os procedimentos são os mesmos em
relação ao piso. Verificou-se, também, que a aplicação do rejunte foi coerente com o que impõe a
norma.

2.3 Acabamento das placas de gesso acartonado- Obra 1

Para o acabamento das placas de gesso acartonado dos cômodos acompanhados na obra
(cozinha, quarto suíte e closet), foi cometida a aplicação de uma massa corrida PVA Premium, da
marca Ciacollor (Figura 38). Este acabamento era utilizado para corrigir imperfeições, deixando a
superfície pronta para o recebimento de uma camada decorativa.

Figura 38: Massa corrida utilizada no acabamento das placas de gesso

Fonte: Autoria Própria (2021)

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Para a execução, empregava-se a massa nas placas do forro através de um rolo para pinturas
epóxi, e, em seguida, retirava-se o excesso utilizando uma desempenadeira lisa de aço (Figura 39).

Figura 39: Processo de aplicação das camadas de massa corrida

Fonte: Autoria Própria (2021)

O fabricante orienta a aplicação do produto em duas camadas, respeitando um intervalo de


4 (quatro) horas entre as aplicações. Em obra, o número de camadas era coerente, mas o intervalo
entre as aplicações era de, em média, 2 (duas) horas, estando em desconformidade com o fabricante.

2.4 Revestimentos de paredes com argamassa inorgânica- Obra 2

Segundo a NBR 13529 (2013), o revestimento de argamassa, consiste em cobrir uma


superfície utilizando uma ou mais camadas de argamassa de forma superposta, estando preparada
para o recebimento de acabamento decorativo ou consistir no próprio acabamento final.

O revestimento de paredes foi acompanhado em diversas paredes na edificação, sendo elas


internas ou externas, sendo, estas últimas, estendidas até a platibanda.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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2.4.1 Preparação da Argamassa

A argamassa inorgânica consiste em uma combinação homogênea entre agregados miúdos,


aglomerantes inorgânicos e, por fim, a água, podendo, ainda, conter aditivos ou adições. Este tipo
de argamassa possui certas propriedades como aderência e endurecimento (NBR 7200/1998).

A NBR 7200 (1998) apresenta que, as medições dos volumes dos materiais constituintes da
argamassa devem se dar através de algo com volume conhecido. Em obra, utilizavam-se, para os
volumes de areia, uma espécie de padiola (Figura 40). Para o cimento e a cal, os volumes eram
medidos utilizando os sacos como referência.

Figura 40: Padiolas utilizadas para os volumes de areia

Fonte: Autoria Própria (2021)

Para a execução da argamassa em obra, na confecção do volume de uma betoneira, o traço


utilizado era de 6 (seis) medidas de areia, 1 (um) saco de cimento e ½ (um meio) saco de cal
hidratada, além de ½ L (um meio) de veda reboco. A água era adicionada até obter consistência
“cremosa”, segundo os funcionários, portanto, não possuindo medida exata.

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Os cimentos utilizados eram da marca Votoran, em sacos de 50 KG, sendo de duas classes
distintas. Um dos cimentos utilizados era o cimento CP-II Z 32 (Cimento Portland Composto com
Pozolana com classe de resistência de 32 MPa), e o outro era um cimento do tipo CP-IV 32 RS
(Cimento Portland Pozolânico Resistente à Sulfatos com classe de resistência de 32 MPa). A cal
utilizada era hidratada do tipo CH-II, da marca Dagoberto Barcellos, em sacos de 20 Kg, já o veda
reboco era da marca Queveks, em galões de 5 L (Figura 41).

Figura 41: Cal Hidratada e Veda Reboco utilizados na argamassa inorgânica

Fonte: Autoria Própria (2021)

A argamassa era confeccionada por processo mecanizado, através de uma betoneira (Figura
42). Primeiramente, era realizado o processo de “maturação” da cal conforme prescreve a norma,
e, em seguida, misturado os outros componentes (areia e cimento). Após isto, eram adicionados os
outros componentes.

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Figura 42: Betoneira confeccionando argamassa inorgânica

Fonte: Autoria Própria (2021)

Com a argamassa pronta, o transporte horizontal era realizado através de carrinhos de mão
até o local a ser aplicada a argamassa, e, quando necessário transporte vertical, este era realizado
através de pás de um recipiente a outro (Figura 43).

Figura 43: Transporte vertical de argamassa com utilização de pá

Fonte: Autoria Própria (2021)


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Yazigi (2009) orienta que toda a argamassa que apresentar sinais de endurecimento deverá
não deverá ser aplicada. A NBR 7200 (1998) aponta o prazo máximo de 2 h e 30 min (duas horas
e trinta minutos) para utilização de argamassas de cimento ou mistas. Em obra, foi possível a
observação de algumas situações de aproveitamento de argamassas do turno matutino para o turno
vespertino, o que está em desconformidade com a norma e com o autor citados.

2.4.2 Preparação da Base

A base onde aconteceu a aplicação de revestimento era formada por tijolos cerâmicos
maciços (Figura 44).

Figura 44: Parede de tijolo maciço antes da aplicação de revestimento

Fonte: Autoria Própria (2021)

A NBR 7200 (1998) designa a correção de certas irregularidades para a aplicação da


argamassa, sendo elas a remoção de pontas de ferro e rebarbas entre as juntas de alvenaria, e,
inclusive, correção de furos, rasgos e depressões. Em obra, apenas o primeiro item era considerado,
em contrapartida, correções de furos e depressões eram realizados somente com a própria camada
do revestimento. Além do mais, não era realizada a limpeza do substrato, estando em
desconformidade com a normativa.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Casarek, Cascudo & Scartezini (2001) salientam a importância da existência de um


mecanismo de aderência entre o substrato (base), visto que esta aderência deve possuir resistência
e também durabilidade, de forma que esta última começa com o endurecimento da argamassa e
continua por toda a vida útil do revestimento.

2.4.3 Chapisco

O chapisco, conforme a NBR 13529 (2013), é uma camada destinada a preparação da base,
melhorando a aderência desta para o recebimento de outras camadas de revestimento aplicadas,
melhorando, também, a absorção da superfície.

A argamassa de aplicação do chapisco era desenvolvida a partir da argamassa do emboço,


adicionando-se água a mesma até a obtenção de uma consistência “fluida” (Figura 45), conforme
aponta a norma.

Figura 45: Consistência da argamassa de chapisco

Fonte: Autoria Própria (2021)

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A execução do serviço era através de uma máquina de chapisco, como vê-se na Figura 46.
Nesta máquina era adicionado a mistura de chapisco, e operada por um funcionário de forma
manual através de uma manivela, espalhando a mistura no substrato.

Figura 46: Máquina de chapisco

Fonte: Autoria Própria (2021)

Antes da aplicação do chapisco, deve-se realizar a pré-molhagem da base, conforme


prescreve a NBR 7200 (1998), em obra, primeiramente era aplicado e chapisco e após algumas
horas era realizado a molhagem da base, o que não convém com a normativa.

É importante destacar que, em algumas paredes, sequer foi aplicado chapisco, como, por
exemplo, a da Figura 47, onde aplicou-se a camada de emboço diretamente sobre a base, o que está
em descordo com o que determina a normativa.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 47: Aplicação de emboço sem chapisco

Fonte: Autoria Própria (2021)

A execução do chapisco, quando realizada, era aplicada somente nas partes de concreto,
compreendendo as vigas, vergas, contravergas e pilares (Figura 48), em contrapartida, a norma
aconselha a aplicação sobre toda a superfície da base, uniformizando a superfície quanto à
absorção.

Figura 48: Base com chapisco aplicado

Fonte: Autoria Própria (2021)


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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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A NBR 7200 (1998) estipula no mínimo 3 (três) dias de idade do chapisco para aplicação
de outra camada (emboço), já, em obra, a camada sobrejacente era aplicada, em média, 1 (uma)
hora após a aplicação do chapisco, o que não condiz com a norma.

2.4.4 Emboço

O emboço ou revestimento de camada única constitui-se de uma camada de revestimento


destinada a regularização da base ou chapisco, permitindo a elaboração de outra camada, sendo
esta o reboco ou revestimento decorativo, podendo ainda, ser o próprio acabamento final (NBR
7200/1998)

A norma em questão, determina a realização do “plano de revestimento”, sendo este


realizado com pontos de referência (onde são fixadas as taliscas), com distância compatível com o
tamanho da régua utilizada para o sarrafeamento. As taliscas devem ser realizadas constituídas de
material cerâmico, com a mesma argamassa a ser utilizada para o revestimento.

Para mais, a NBR 7200 (1998) estabelece a realização das mestras ou guias, cujas mesmas
são feitas preenchendo-se as faixas com argamassa entre as taliscas e, em sequência, com passagem
de régua. Após o endurecimento da argamassa destas guias, realiza-se a aplicação da argamassa,
podendo esse processo ser manual (com colher de pedreiro), ou mecânico. Por fim, deve-se retirar
as taliscas e proceder com o preenchimento dos vazios.

Para a execução do emboço, em obra, primeiramente eram colocadas uma espécie de


“guia”, elaboradas em madeira e metal, colocando-as nas aberturas e nas extremidades das paredes
a serem aplicadas o revestimento (Figura 49). Estas guias eram realizadas com auxílio de prumo e
nível, com o intuito de regular a espessura do revestimento para a passagem da régua metálica. As
taliscas foram realizadas em algumas paredes, que segundo os funcionários estavam mais
desaprumadas, o que não condiz com a normativa em questão. Em relação às mestras, estas não
eram realizadas, visto que os funcionários aplicavam argamassa diretamente na parede, utilizando
as taliscas somente para uma referência de espessura, o que não está de acordo com a normativa.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 49: Guias utilizadas para execução do emboço destacadas em vermelho

Fonte: Autoria Própria (2021)

Após a argamassa possuir consistência adequada, era realizado o sarrafeamento, que


consiste em uma passagem de régua metálica para a retirada dos excessos (Figura 50- A), havendo
o preenchimento de falhas com a colocação de argamassa, e, em seguida, repetindo-se o processo
de sarrafeamento, obtendo-se o acabamento final (sarrafeado) da camada em questão (Figura 50-
B) conforme prescreve a NBR 7200 (1998).

Figura 50: Sarrafeamento- A) Execução, B) Aspecto final

A) B)
Fonte: Autoria Própria (2021)
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Foi testemunhado, também, o descolamento de argamassa em algumas paredes (Figuras


51), devido a diversos fatores, como a ausência de chapisco ou a aplicação incorreta do mesmo,
camadas muito espessas de revestimento, além da realização do emboço não coincidir com o que
prescreve a norma.

Figura 51: Descolamentos de argamassa

Fonte: Autoria Própria (2021)

Também foram observadas fissuras mapeadas (Figura 52) minutos após a execução do
emboço em algumas paredes. A NBR 13749 (2013) explica que este tipo de fissura pode ser
formado devido a alguns fatores, sendo estes o excesso de finos no traço (no agregado e no
aglomerante), ou por excesso de desempenamento.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 52: Fissuras mapeadas no emboço

Fonte: Autoria Própria (2021)

2.4.5 Reboco

O reboco é uma camada de revestimento realizada após o emboço, permitindo a aplicação


de acabamento decorativo ou, podendo ser o próprio acabamento final (NBR 13529/2013).
A execução do reboco, em obra, ocorreu através da aplicação de uma camada com pequena
espessura, constituída de uma mistura utilizando Massa Fina. Este tipo de material era da marca
FIDA, em sacos de 20 Kg, sendo confeccionada em um recipiente onde era adicionado um saco
deste produto, um “copo” de Argamassa Colante AC- III de cor branca da marca INKOR (Figura
53), e, por fim, adicionava-se água até a obtenção de uma consistência “cremosa”.

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Figura 53: Massa Fina e Argamassa Colante utilizadas no reboco

Fonte: Autoria Própria (2021)

Abaixo, na Figura 54, pode-se observar o recipiente em que era confeccionado a massa fina,
constituindo-se de um tambor cortado ao meio, além disso, é possível perceber a consistência da
mistura aplicada, possuindo “cremosidade”.

Figura 54: Recipiente com a mistura para reboco

Fonte: Autoria Própria (2021)


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Relatório de Estágio Supervisionado
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Antes da aplicação da mistura, era realizada a passagem de vassoura (Figura 55- A) sobre
a parede emboçada, visando a limpeza do substrato. Após isto, executava-se a molhagem da base
algumas vezes até o ponto de saturação (Figura 55- B), e, em sequência, após alguns minutos,
executava-se a camada de reboco.

Figura 55: Preparação da base para o reboco- A) Limpeza, B) Molhagem

A) B)

Fonte: Autoria Própria (2021)

Na execução da camada de reboco, primeiramente aplicava-se a mistura na base através de


uma desempenadeira de aço liso (Figura 56), espalhando por toda a superfície o material,
começando em baixo até chegar no limite superior da parede.

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Figura 56: Aplicação de reboco no substrato

Fonte: Autoria Própria (2021)

Em sequência, empregava-se uma desempenadeira plástica corrugada (Figura 57- A) na


mistura espalhada sobre a base, para a correção da espessura e de possíveis imperfeições. A
desempenadeira era usada em movimentos circulares, retirando excessos e também partículas
maiores que eventualmente apareciam.

Por fim, aplicava-se uma desempenadeira plástica com espuma (Figura 57- B), também
em movimentos circulares, para o nivelamento da superfície, buscando obter um acabamento
camurçado, conforme prescreve a NBR 7200 (1998). A cada pequeno intervalo de tempo, eram
retirados os excessos de material da desempenadeira utilizando uma brocha, para que pudesse
prosseguir com o nivelamento.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 57: Desempenadeiras- A) corrugada, B) com espuma

A) B)

Fonte: Autoria Própria (2021)

2.5 Detalhes Construtivos- Molduras em argamassa inorgânica

Na segunda obra, foram também acompanhadas execuções de alguns detalhes construtivos,


mais especificamente molduras, sendo estas compostas de argamassa inorgânica. Estas molduras
foram aplicadas em molduras e também em algumas platibandas, ambas possuindo um processo
de confecção muito semelhante.

2.5.1 Molduras nas aberturas

Após a execução do emboço das paredes, realizava-se uma espécie de “moldura” nas
aberturas externas da edificação, tanto em portas como também em janelas. Esta moldura era feita
com 10 cm de deslocamento em relação a abertura, com utilização de guias metálicas, conforme
mostra a Figura 58.

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Figura 58: Janela com guias colocadas para execução das molduras

Fonte: Autoria Própria (2021)

Estas molduras eram construídas em argamassa, com traço semelhante ao utilizado no


emboço, porém com menor quantidade de areia, contando com 4 (quatro) medidas, além de 1 (um)
saco de cimento, ½ (um meio) saco de cal e ½ L (um meio) de veda reboco.
Antes da aplicação da argamassa inorgânica, era aplicada uma fina camada de Argamassa
Colante AC- III (Figura 59), para melhorar a aderência, segundo os funcionários. Em seguida,
aplicava-se a argamassa inorgânica.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 59: Aplicação de argamassa colante antes da colocação de argamassa inorgânica

Fonte: Autoria Própria (2021)

Após a aplicação da argamassa inorgânica, efetuava-se o processo de sarrafeamento, tal


como realizado no emboço, conforme mostra a Figura 60.

Figura 60: Sarrafeamento da moldura de argamassa inorgânica

Fonte: Autoria Própria (2021)


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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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2.5.2 Molduras nas platibandas

No tocante às molduras confeccionadas nas platibandas, foram acompanhadas a execução


destes detalhes na lateral direita da edificação. Foram realizadas duas “faixas” de argamassa, ambas
com 10 cm de largura, também contando com 10 cm de espaçamento entre as faixas. A argamassa
utilizada para estas molduras possuía o mesmo traço da utilzada nas molduras das aberturas, além
de que, o processo de produção também era igual, com a colocação de guias, aplicação de
argamassa colante, aplicação de argamassa inorgânica e sarrafeamento (Figura 61).

Figura 61: Paredes com guias e argamassa colante aplicadas para execução de molduras de argamassa inorgânica

Fonte: Autoria Própria (2021)

Após a confecção das molduras, foi aplicada a camada de reboco (massa fina) conforme a
Figura 62, porém, foi observado o não cumprimento do período de cura desta argamassa, que,
segundo a NBR 7200 (1998), é de 21 dias, e, em obra, foi de 1 dia.

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Figura 62: Massa fina aplicada na lateral direita da edificação

Fonte: Autoria Própria (2021)

A cura inadequada deste tipo de argamassa pode causar diversas manifestações patológicas.
Thomaz (1989) aponta que a cura inadequada provoca retração excessiva da argamassa, o que, por
consequência, pode originar fissuras e até trincas no revestimento.

Além disso, a cura realizada de forma correta é dessuma importância em uma edificação,
visto que confere maior qualidade ao acabamento, e, também, acabam por evitar a realização de
reformas e consertos de cunho estético em obras recentemente concluídas (UNGERICHT &
PIOVESAN, 2011).

2.6 Equipamentos de proteção

Os equipamentos de proteção são essenciais à manutenção da saúde dos funcionários nas


atividades de construção civil, diminuindo os riscos de possíveis acidentes que ocorrem no canteiro
de obras de uma edificação.

Neste item, os equipamentos de proteção serão divididos em individual e coletivo (EPI e


EPC), comparando o conteúdo das normativas vigentes e as observações feitas em obra.

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2.6.1 EPI’s

Segundo a NR 06 (2018), os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual), consistem em:


“todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”.
Para mais, a norma em questão ainda apresenta uma lista de EPI’s para os trabalhadores,
sendo estes:
a) EPI para proteção da cabeça; b) EPI para proteção dos olhos e face; c) EPI para
proteção auditiva; d) EPI para proteção respiratória; e) EPI para proteção do tronco; f)
EPI para proteção dos membros superiores; g) EPI para proteção dos membros
inferiores; h) EPI para proteção do corpo inteiro; i) EPI para proteção contra quedas
com diferença de nível. (NR 06, 2018, Anexo I).

Em ambas as obras acompanhadas, observou-se que destes itens citados acima, quase
todos não são atendidos. Os únicos equipamentos de proteção utilizados eram as luvas e os
calçados. Na primeira obra, haviam funcionários que sequer utilizavam calçados adequados, visto
que utilizavam chinelos, o que está em descordo com a normativa (Figura 63).

Figura 63: Funcionário não utilizando EPI's básicos

Fonte: Autoria Própria (2021)

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Nos serviços com argamassa da segunda obra, alguns funcionários relataram a ocorrência
de acidentes relacionados a pequenas quedas de material no olho, devido a falta da utilização de
proteção. Na primeira obra, também houveram notícias dos funcionários sentirem “coçeira”,
provenientes de alergias na pele devido aos trabalhos com gesso e massa corrida sem a utilização
das proteções adequadas. Em serviços de cortes de mateiais diversos, como madeiras e cerâmicas,
também não era utilizado nenhum tipo de equipamento de segurança, o que expõe os funcionários
à inúmeros riscos a saúde.

2.6.2 EPC’s

O EPC (Equipamento de Proteção Coletiva), é caracterizado como equipamento que tem o


poder de atender segurança de vários funcionários ao mesmo tempo, protegendo-os de riscos que
possam ameaçar a saúde e a segurança destes no trabalho (TAVARES, 2009).

O único tipo de EPC utilizado em obra eram os andaimes, geralmente para a execução de
tarefas em alturas mais elevadas. A NR 18 (2020) proíbe a construção de andaimes e madeira,
execeto em casos onde não há possibilidade técnica de andaimes em metal. Na segunda obra, para
a realização de serviços em certas paredes, foram construídos andaimes de madeira, e sobrepostos
a estes, foram utilizados andaimes metálicos móveis para atingir certas alturas (Figura 64), o que
também é expressamente proibido pela normativa.

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Figura 64: Utilização de andaime metálico sobreposto a um andaime de madeira

Fonte: Autoria Própria (2021)

Para o trabalho em algumas paredes, a utilização de andaimes móveis era efetuada em


superfícies inclinadas, empregando apenas tijolos cerâmicos ou pedaços de madeira para o
“travamento” das rodas (Figura 65).

Figura 65: Utilização de andaime em superfície inclinada

Fonte: Autoria Própria (2021)

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Relatório de Estágio Supervisionado
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Em várias ocasiões, também eram implementados bancos sobrepostos ao andaime,


constituíndo um grande risco para os trabalhadores, como vê-se na Figura 66.

Figura 66: Utilização de bancos sobrepostos ao andaime

Fonte: Autoria Própria (2021)

Também foram utilizados, em situações de trabalhos em maior altura, andaimes


parafusados nas paredes, possuindo estrutura de apoio metálica, com sobreposição de peças de
madeira (Figura 67). Estes andaimes possuiam pouca segurança, pois além de estarem em elevadas
alturas, os funcionários não contavam com a linha de vida, estando em desconformidade com a NR
18 (2020).

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Figura 67: Andaimes parafusados

Fonte: Autoria Própria (2021)

Ademais, nenhum dos andaimes utilizados era anti-derrapante, sendo que os edificados em
madeira nem mesmo possuíam nivelamento correto, contendo, ainda, madeiras de baixa resistência
em sua construção, cujas mesmas eram reaproveitadas das madeiras utilizadas nas formas para
concretagem, com todos estes itens estando em desacordo com a NR 18 (2020).

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Relatório de Estágio Supervisionado
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3 CONCLUSÕES

O estágio realizado em obra através da empresa FS Engenharia, supervisionado pela


Engenheira Civil responsável Franciele Taise Mânica Schmidt e orientado pelo professor André
Bock superou as expectativas, adicionando grande conhecimento e experiência, além da
possibilidade de visualização de assuntos teóricos abordados em aula serem acompanhados na
prática, praticando a comparação destes dois campos.

O acompanhamento das atividades práticas da construção civil no canteiro de obras


possibilitou, além de conhecimentos específicos, o entendimento e o importância das relações
interpessoais entre as diversas pessoas envolvidas no processo de construção de uma edificação.
Dito isso, destaca-se a importância da vivência diária com os funcionários das obras visitadas,
buscando a construção de uma boa relação com a equipe, visto que a mesma estava sempre disposta
a responder os questionamentos provenientes do estagiário.

Além disso, é importante destacar os conhecimentos adquiridos referentes aos processos de


acabamento de uma edificação, tanto internos quanto externos, pois esta etapa é a que agrega valor
e estética à residência, logo, a compreensão prática de diferentes materiais, equipamentos e
processos executivos empregados nesta fase foi extremamente proveitosa.

Por fim, salienta-se a grande valia do estágio na formação acadêmica de um futuro


Engenheiro Civil, agregando conhecimentos e experiências únicas, além de provocar reflexões
acerca de toda a teoria aprendida no decorrer do curso e sua aplicação na prática, o que proporciona
uma oportunidade ímpar de imersão profissional.

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Leonardo dos Santos Hochmuller (leomju@gmail.com). Relatório de Estágio Supervisionado. Ijuí, 2021
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