Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Itaparica
Este artigo objetiva analisar os tipos de fundações que podem ser utilizadas na
infraestrutura da Ponte Salvador - Ilha de Itaparica. Foram abordadas as
principais características da área em que será construída a ponte que são
relevantes para a análise do tipo de fundação e posterior escolha. Além disso,
abordou as características e funcionalidades dessas fundações, justificando a
escolha.
Palavras-chaves: Ponte Salvador - Ilha de Itaparica. Tipos de fundações.
INTRODUÇÃO
A ponte Salvador - Ilha de Itaparica atravessará a Baía de Todos os Santos e terá
em torno de 12 km de extensão. Além de trazer benefícios na infraestrutura de
transporte, de acordo com Teixeira e Sousa (2018), a construção da ponte pretende
fazer parte de um plano de desenvolvimento socioeconômico da Bahia, contribuindo
para o crescimento do Estado por vários anos, por meio de investimentos na região
do recôncavo.
Figura 2 - Mapa de distribuição textural das fácies da Baía de Todos os Santos.Fonte: Lessa & Dias, 2009
Abaixo, na Figura 3, encontra-se um perfil da região, onde pode-se perceber que há
a ocorrência de rochas sedimentares com intercalações de arenitos e rochas
foliadas – folhelhos, argilitos, siltitos. (Dominguez & Bittencourt, 2009)
Figura 3 - Seção geológica transversal à sub-bacia do Recôncavo, mostrando o empilhamento das unidades
estratigráficas (fonte: apud Dominguez & Bittencourt, 2009).
Vários trechos em solo avançaram apenas por lavagem, sem registro de NSPT, com
a classificação do material sendo efetuada na bica de lavagem. No trecho em rocha,
o avanço foi por lavagem sem recuperação de amostra, com os testemunhos sendo
destruídos, com a classificação do material rochoso sendo efetuada na bica de
lavagem. Ainda, de acordo com o Memorial, para a elaboração do projeto, deverão
ser executadas sondagens mistas para melhor caracterização tanto do maciço
terroso (para caracterização do solo e obtenção de NSPT) quanto do maciço
rochoso (recuperação, RQD, graus de alteração, coerência e fraturamento). A
lâmina d’água no canal da Baía de Todos os Santos, pelas sondagens executadas,
é de até 40 m (conforme sondagem SP-18E) e chega a 60 m pela carta náutica.
FUNDAÇÕES
● Caixão;
● Estaca pré-moldada;
● Impactos ambientais;
Ações na Fundação
● Pressões do rolamento;
● Capotagem;
TUBULÕES
O concreto utilizado para fundações com tubulões também não exige especificações
mais severas. Em geral, pode ser utilizado um concreto de 20 MPa , com pedra 2,
tanto para o fuste quanto para a base. Já para o encamisamento, os anéis de
concreto cuja espessura de parede varia normalmente entre 6 e 10 cm devem ser
produzidos com pedra número 1 ou pedrisco. A camisa metálica exige tubos de aço
com até 1 cm de espessura de parede.
Figura 5 - Tubulão de ar comprimido. Fonte: Slide Apoios das Pontes - Valentina Carreira
ESTACAS DE MADEIRA
ESTACAS DE AÇO
• fechamento da ponta por meio de uma rolha e descida do tubo por cravação;
• ponta do tubo aberta, para retirada do material terroso do seu interior por meio de
equipamento especial e descida do tubo pelo próprio peso ou por ação de uma
pequena força externa.
Ao ser cravado o tubo, recuperável ou não, no caso de sair a rolha e o tubo ser
invadido por água, lodo ou outro material, devem os mesmos ser expulsos por meio
de uma nova rolha mais compactada, ou então o tubo deve ser arrancado e cravado
novamente no mesmo local, enchendo-se o furo com areia. Antes do lançamento do
concreto, feito sem interrupção em toda a extensão da estaca, a fiscalização deve
comprovar se o interior do tubo está seco e limpo, examinando o martelo de
cravação do tubo.
ESTACAS MISTAS
Figura 9 - Tubulão de ar comprimido + Estacas metálicas. Fonte: Slide Apoios das Pontes - Valentina
Carreira
DISCUSSÕES
O projeto da ponte que ligará Salvador à ilha de Itaparica teve como base três
alternativas de projetos, ambos com a extensão total em torno de 12 mil
quilômetros, variando a extensão do vão principal e disposição. A primeira
alternativa consiste numa ponte estaiada de vão principal de 550 m, a segunda
numa ponte estaiada de vão principal 600 m e a terceira numa ponte Pênsil de vão
principal de 750 m.
Para o caso de fundações submersas, que serão parte da estrutura dos vãos
principais, é necessário um sistema de fundações capaz de suportar esforços
horizontais, com grande capacidade de carga e que seja possível realizar o
assentamento em grandes profundidades. De acordo com os estudos geotécnicas
da região da Baía de Todos os Santos, o solo rochoso situa-se entre 40 a 60m de
profundidade, o que requer que para uma fundação cravada em rocha seja possível
um comprimento e concretagem maior que 40m.
Nas demais extensões da ponte que não estará submersa pode-se considerar os
demais tipos de estaca, como a estaca metálica, pré moldadas, tubulões,
microestacas e inclusive fundações superficiais, a depender do trecho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DOMINGUEZ, J. M. L.; BITTENCOURT, A. C. S. P. Geologia. In: HATJE, V.;
ANDRADE, J. B. (Org.). Baía de Todos os Santos. Aspectos Oceanográficos.
Salvador: EDUFBA, 2009.
LESSA, G.; DIAS, K. Distribuição espacial das litofácies de funda da Baía de Todos
os Santos. Quat. Environ. Geosci., v. 1, 2009.
CARREIRA, Valentina Gentil. Apoios das pontes. - ppt carregar, 2018.
<https://slideplayer.com.br/slide/12081376/> Acesso em: 09 de abril de 2020.
Concretagem submersa exige soluções adequadas, 2016.
<https://www.mapadaobra.com.br/negocios/concretagem-submersa-exige-solucoes-
adequadas/> Acesso em: 09 de abril de 2020.