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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR FOZ DO IGUAÇU

ENGENHARIA CIVIL

TRABALHO AVALIATIVO NP1


FUNDAÇÕES PROFUNDAS

RHEURI FIGUEIREDO
RA: 0601000-1722

Prof.ª: Aline Marzurkiewicz

Foz do Iguaçu 2018


1. INTRODUÇÃO

A solidez de uma estrutura depende de sua fundação, para que isto ocorra
a engenharia vem evoluindo cada vez mais, a ponto de garantir que até estruturas
mais pesadas se mantenha estáveis, sem recalques ou rupturas, em qualquer tipo
de solo.
Existem uma imensa variedade de tipos de fundações que podem ser
empregados, cabe ao engenheiro civil avaliar e determinar qual tipo de fundação
será empregado, isto de acordo com as peculiaridades de cada construção.
A função das fundações são suportar com segurança as cargas
provenientes do edifício, ou seja, é o elemento estrutural que transmite a carga de
uma edificação para uma camada mais resistente do solo. Assim, as fundações
devem ter resistência adequada para suportar as tensões causadas pelos esforços
solicitantes. Além disso, o solo necessita de resistência e rigidez apropriadas para
não sofrer ruptura e não apresentar deformações exageradas ou diferenciais.
As fundações são classificadas em duas categorias: Superficiais e
Profundas, as fundações superficiais são aquelas que as cargas transmitidas ao
solo são pelas pressões da base da fundação, este tipo de fundação deve ser
assentada em profundidade inferior ao dobro de sua menor dimensão em planta,
alguns exemplos são: sapata, bloco, radier, entre outros. Fundações profundas
define-se como fundação profunda aquela que transmite a carga proveniente da
superestrutura ao terreno pela base (resistência de ponta), por sua superfície
lateral (resistência de fuste), ou pela combinação das duas, nas fundações
profundas a profundidade de assentamento deve ser maior que o dobro da menor
dimensão em planta do elemento de fundação.

1. HISTÓRICO DAS FUNDAÇÕES

Obras como castelos, palácios, templos, entre outras, eram assentados


sobre fundações arrumadas como restos de outras estruturas ou paredes,
misturadas ao solo e convenientemente compactadas. Assim, as construções eram
sucessivamente colocadas umas sobre as outras, resultando num escalonamento
de acordo com as suas idades. Também, aproximadamente no século XVII a.C.,
surgiu o primeiro código de construção conhecido, o código de Hamurabi, rei da
Babilônia, no qual eram previstas duras penalidades para os construtores que as
obras fracassassem.
Na idade clássica, houve um grande desenvolvimento na cultura ocidental
promovida pelos gregos e, posteriormente, pelos romanos. Os gregos pouco
inovaram tecnicamente e materialmente, a não ser pelo uso do mármore e da
pedra calcária, preocupando-se mais com aspectos arquitetônicos, caracterizados
pelos grandes pórticos e colunas em seus palácios e templos, travejados com
vigas de pedras. Esses novos tipos construtivos eram, entretanto, concentradores
de cargas nas fundações, que passaram a ser feitas em blocos superpostos, em
uma ou duas camadas, e em geral, grampeados uns aos outros de forma a melhor
dissipar o carregamento proveniente dos pórticos e das grandes colunas.
No século XIX, vários foram os autores que contribuíram para o progresso
da Mecânica dos Solos, eles realizaram trabalhos sobre a superfície de
deslizamento de taludes naturais coesivos, e sobre a estabilidade de escavações e
aterros. Foram desenvolvidos trabalhos a respeito do estado de tensão dos solos
(ativo, passivo e de repouso), contribuindo de forma significativa para o
desenvolvimento de teorias empregadas no cálculo dos empuxos de terra e da
capacidade de cargas de fundações e também estudos sobre a percolação d’água
nas areias e assim definindo a permeabilidade destas através do seu coeficiente k,
sendo este coeficiente um dos parâmetros mais utilizados atualmente na
engenharia geotécnica.
O interesse pelos estudos geológicos no Brasil, foram oriundos
principalmente devido aos interesses ligados à mineração de ferro. A primeira
obra de geologia no Brasil surge em 1874, publicada em Boston por Charles
Frederick Hartt e intitulada como Geologia e Geografia Física do Brasil. Neste
livro, são frequentes as citações às investigações geológicas ao longo dos
traçados das estradas de ferro construídas na época, contribuindo assim para o
surgimento da Geologia de Engenharia, que só viria a acontecer em 1907.
No início do século XX, com o uso do concreto armado foram construídos
os primeiros edifícios de grande porte no Rio de Janeiro e em São Paulo, dos
quais infelizmente não existem informações a respeito de suas fundações.
Informações mais precisas a respeito de fundações dos edifícios construídos
datam da década de 1930, quando os edifícios de concreto armado já se apoiavam
sobre sapatas de concreto armado ou blocos de concreto simples. As fundações
profundas eram de estacas de madeira ou pré-moldadas de concreto armado e
capeadas por blocos de concreto.

2. FUNDAÇÕES PROFUNDAS

São aquelas em que a carga é transmitida ao terreno através de sua base


(resistência de ponta) ou superfície lateral (resistência de atrito). As fundações
profundas estão assentadas a uma profundidade maior que duas vezes a sua
menor dimensão em planta. A fundação profunda, a qual possui grande
comprimento em relação a sua base, apresenta pouca capacidade de suporte pela
base, porém grande capacidade de carga devido ao atrito lateral do corpo do
elemento de fundação com o solo.
Fundação é o elemento estrutural que tem por função transmitir a carga da
estrutura ao solo sem provocar ruptura do terreno de fundação ou do próprio
elemento de ligação e cujos recalques possam ser satisfatoriamente absorvidos
pelo conjunto estrutural. O sistema de fundações é formado pelo elemento
estrutural do edifício que fica abaixo do solo (podendo ser constituído por bloco,
estaca ou tubulão, por exemplo) e o maciço de bloco envolvente sob a base e ao
longo do fuste.
São diversas as variáveis a serem consideradas para a escolha do tipo de
fundação, numa primeira etapa, é preciso analisar os critérios técnicos que
condicionam a escolha por um tipo ou outro de fundação. Os principais critérios
a serem analizados são: Topografia, Dados geologicos e geotecnicos,
Investigação do subsolo, Nivel do lençol freatico, Dados da estrutura que será
construida, Casgas e ações sobre as fundações, Sistema construtivo a ser adotado,
Dados sobre construções vizinhas, Consequencias de escavações ou vibrações
para as construções vizinhas, Custo e prazo disponivel para a execução, entre
muitos outros a serem considerados antes da escolha do tipo de fundação a ser
empregado.

2.1 TUBULÃO A CÉU ABERTO

Tubulões a céu aberto são elementos estruturais de fundações profundas,


de grande porte, com seção circular, que apresentam, em geral, a base alargada e
que são executados, como o nome sugere, a céu aberto.
Escavado manual ou mecanicamente, geralmente a escavação é macanica
mas na sua etapa final, há descida de pessoas para realizar o serviço
manualmente, o alargamento da base ou limpeza do fundo quando não há base.
Recomenda-se a aplicação de tubulão acima do lençol freático, quando
não tiver como fazer alterações no lencol freatico ou no tipo de fundação, para a
utilização de tubulão deve-se garantir que o solo se mantenha estável sem risco
de desmoronamento. No caso de existir apenas carga vertical, o tubulão a céu
aberto não é armado, colocando-se apenas uma ferragem de topo para ligação
com o bloco de coroamento ou de capeamento.
Segundo a NBR 6122, um tubulão é um elemento de fundação profunda,
cilíndrico, em que pelo menos na sua etapa final, há descida de operário para a
conferencia das dimensões da base. Pode ser executado a céu aberto ou sob ar
comprimido e ter ou não base alargada.

2.1.2 Caraceteristicas nescessaria e processo de escolha para a utilização

A escolha do tipo de tubulão é feita em função do tipo de terreno a ser


penetrado, da posição do nível da água, do custo e do prazo disponível para
execução do mesmo.
Este tipo de fundação não é indicado para todos os tipos de situações, é
importante tomar alguns cuidados na hora de escolher o tubulão para edificação.
O tubulão deve ser apoiado em uma camada de solo resistente. É utilizado
quando esta camada está distante da superfície, quanto mais distante da superfície
esta camada resistente está, maior será o cumprimento do fuste.
Para uma execução tranquila é indicado que o tubulão seja executado em
solos coesivos, afim de que as paredes do fuste não corram o risco de desmoronar
durante a escavação. Caso necessário é possível utilizar o revestimento do fuste,
mas isso torna a execução mais complicada, ou seja, mais cara.
A execução de um tubulão a céu aberto também não combina com água, é
indicado que a base seja apoiada antes do lenço freático. Em casos onde o
tubulão alcança o lençol freático a água deve ser bombeada para a escavação e
concretagem.

2.1.3 Processo Executivo

Para darmos início a um processo de execução de tubulão a céu aberto


deve proceder à locação dos tubulões conforme o projeto, após a locação se inicia
o processo de escavação manual ou mecânica do fuste, o fuste pode ser escavado
manualmente por poceiros ou através de perfuratrizes até a profundidade prevista
em projeto, geralmente a escavação do fuste é realizada mecanicamente através
de perfuratrizes. Quando escavado à mão, o prumo e a forma do fuste devem ser
conferidos durante a escavação. Caso ocorram irregularidades na instalação do
sistema, especialmente desalinhamento do fuste e dificuldade de abertura e
concretagem da base, é preciso corrigir imediatamente, pois o tubulão não pode
ficar muito tempo aberto para não sofrer alívio de tensões e perda de resistência
do solo.
Tendo a escavação do fuste realizada até sua cota prevista, deve se prever
em projeto se haverá necessidade do alargamento da base, se for necessário o
alargamento da base, a descida de um operário para o serviço é imprescindível.
Por mais arriscado que seja esta prática, ainda não foi desenvolvido equipamento
com preço acessível para realizar o alargamento da base, por este fato em
praticamente todos os casos este alargamento e realizado manualmente. Deve-se
realizar todos os procedimentos de segurança e a utilização de epi’s designados
para esta operação. Depois de executado o alargamento da base de acordo com as
dimensões previstas em projeto, deve-se realizar a limpeza da base, retirando
terras soltas e impurezas do solo.
Após o término do alargamento e limpeza da base pelo operário, o
engenheiro civil ou responsável da obra deve descer no poço para verificação do
serviço. Deve-se conferir as dimensões da base e o angulo formado entre o fuste
e a base, isto ocorre eventualmente pois muito profissionais tem a confiança no
operario para a realização do serviço, porém o unico proffisional capacipato e
com conhecimentos tecnicos é o engenheiro capaz de decidir se o serviço foi bem
executado ou não.
Feita a conferência do alargamento da base, verifica-se se há necessidade
de colocação de armadura em seu corpo todo ou só a armadura de topo. A
armadura do fuste deve ser colocada tomando-se o cuidado de não permitir que,
nesta operação torrões de solo sejam derrubados para dentro do tubulão. Quando
a armadura penetrar na base, ela deve ser projetada de modo a permitir a
concretagem adequada da base, devendo existir aberturas na armadura de pelo
menos de 30 x 30 cm.
 A concretagem do tubulão deve ser feita imediatamente após a conclusão
de sua escavação e colocação da armadura qunado nescessária. Em casos
excepcionais, nos quais a concretagem não tenha sido feita imediatamente após o
término do alargamento e sua inspeção, nova inspeção deve ser feita, removendo-
se o material solto ou eventual camada amolecida pela exposição ao tempo ou
por água de infiltração. A concretagem é feita com concreto simplesmente
lançado da superfície. Não é necessário o uso de vibrador. Por esta razão o
concreto deve ter plasticidade suficiente para assegurar a ocupação do todo o
volume da base. Alguns engenheiros porém recomendam o uso de vibrador e que
a bomba de concreto alcance o fundo do tubulão. A escolha ficará por conta do
responsável da obra.
Após a concretagem realizada, verifica-se se há necessidade de fazer o
escareamento de sua ponta para a confecção do bloco ou sapata que será apoiado
diretamente sobre o tubulão.
2.1.4 Cuidado para execução de tubulão a céu aberto.

Alguns cuidados são essenciais para a execução de tubulões a céu abeto,


vem ser avaliados rigorosamente pois se houver falhas na execução haverá danos
irreparáveis a estrutura e segurança dos funcionários, alguns das principais
precauções são:
 Locação do eixo central do tubulão.
 Excentricidade da escavação.
 Diâmetro do fuste.
 Cota do fundo da base do tubulão.
 Situação de segurança aos operários.
 Condições de segurança do trabalho para operários que fazem o
alargamento da base.
 Dimensões e ângulos do alargamento da base.
 Posicionamento e bitola da armadura de acordo com o projeto.
 Fck do concreto aplicado de acordo com o projeto.
 Cuidado na aplicação do concreto para não misturar terra com o
concreto ou que fiquem vazios na concretagem.

2.1.5 Vantagens e Desvantagens

Existem diversos tipos de fundações profundas, todas tem suas vantagens


e desvantagens, com os tubulões não é diferente, em especialmente os tubulões á
céu aberto tem as seguintes vantagens:
 Baixo custo de mobilização e desmobilização de equipamentos
 Processo construtivo produz poucas vibrações e ruídos
 Possibilidade de o engenheiro inspecionar as camadas do solo
 Possibilidade de mudança de diâmetro e comprimento durante a execução
 As escavações podem ultrapassar solos com matacões ou pedras.
Algumas desvantagens dos tubulões a céu aberto.
 Elevado o riso de vida dos operários para realização da escavação e
alargamento da base
 Para solos onde irá ultrapassar o lençol freático, deve ser feito um estudo
quando a segurança e desmoronamento do fuste, o que as vezes inviabiliza
o uso deste tipo de fundação.
 Maior tempo de execução comparados a outros métodos disponíveis

2.2 TUBULÃO A AR COMPRIMIDO

Tubulões de ar comprimido são fundações profundas semelhante ao


tubulão a céu aberto, escavado de forma manual ou mecanizada, é mais utilizado
quando se pretende executar tubulões abaixo do nível de água. Se caracteriza
pelo uso de revestimento de aço ou de concreto para auxiliar na escavação do
fuste, neste tipo de tubulão podemos encontrar base alargada ou não.
Os trabalhos a serem executado sob ar comprimido deve atender aos
requisitos da legislação trabalhista contidos na NR-18.
Para que qualquer serviço seja realizado sob pressões superiores a 0,15
MPa algumas medidas devem ser tomadas como: disponibilização de equipe de
socorro médico a disposição da equipe de obra, câmara de descompressão,
compressores e reservatórios de ar comprimido de reserva e equipamentos para
injeção de ar nas camisas de concreto ou aço para satisfazer as condições para o
trabalho humano.
O fuste do tubulão normalmente é de seção circular, adotando-se 70 cm
como diâmetro mínimo para permitir a entrada e saída de operários. Já a projeção
da base poderá ser circular ou em forma de falsa elipse.

2.2.2 Caraceteristicas nescessaria e processo de escolha para a utilização

Tubulões a ar comprimido são utilizados para tornar possível a escavação


abaixo do lençol freático, ou seja, em solos onde haja água e não seja possível
esgotá-la para evitar o desmoronamento das paredes do fuste, empregam-se os
tubulões a ar comprimido com pressão equivalente à pressão de água intersticial.

2.2.3 Processo executivo

Executa-se a terraplenagem do local do apoio, como a remoção dos


obstáculos presentes na superfície, tais como restos de construção, entulhos entre
outros. Após a terraplenagem procede-se à locação dos tubulões e inicia-se a
escavação preliminar, que consiste num poço com profundidade de 1,50 à 2,00
m, com diâmetro do fuste maior que 0,80 m, onde servirá de escoramento lateral
para as concretagens subsequentes. Nos locais onde houver presença d'água na
superfície do terreno, ou próximo dela, que impeça a escavação a 2,00 m de
profundidade, executa-se um pequeno aterro para eliminação da água e em
seguida, é executado uma estrutura, que permita escorar o tubulão lateralmente,
tanto para concretagem, quanto para descida na vertical, durante o processo de
escavação.
Terminada a estrutura de escoramento, a topografia será requisitada para
locar definitivamente o tubulão, baseada na locação topográfica coloca-se uma
forma, menor que o diâmetro do fuste, com forma circular em volta da qual se
inicia a armação da ferragem do tubulão. Este trecho do fuste denomina-se
câmara de trabalho e terá um diâmetro que dependerá do diâmetro do tubulão.
Concluída a armação e uma vez liberada, é colocada uma forma externa
cujo diâmetro é o mesmo do fuste especificado em projeto, esta forma externa
poderá ser de madeira com cambotas de aço presas por parafusos ou em chapas
de aço, tanto as formas externas quanto a interna receberão algum tipo de
desmoldante para facilitar a desforma, após o fechamento a fôrma externa será
aprumada.
O passo seguinte será a concretagem da camisa, ou seja, do espaço
resultante entre a forma interna e externa. A fôrma interna será escorada contra a
forma externa visando manter a uniformidade das paredes. O concreto receberá
adensamento, através de vibradores, terminada a concretagem, aguardar-se-á o
tempo de cura do concreto, para posterior desforma interna e externa, na
extremidade superior da camisa de concreto serão fixados chumbadores cuja
finalidade será acoplar a campânula ao tubulão no momento de comprimir o ar.
Após a instalação da camisa se dará inicio a escavação será executada
manualmente ou mecanicamente, uma vez atingido o lençol d'água a escavação
terá prosseguimento após a montagem da campânula sobre a camisa de concreto.
Uma vez montada a campânula, a mesma será pressurizada através de no
mínimo dois compressores de 250 pcm conectados a um reservatório de ar, filtros
e resfriador. O número de compressores poderá ser aumentado em função da
permeabilidade do terreno escavado. O trabalho sob ar comprimido será
desenvolvido em dois turnos até a pressão de 2,00 kg/cm², caso a pressão de
trabalho supere 2,00 kg/cm² os trabalhos passarão a desenvolver-se em três
turnos.
Com a escavação do fuste realizada até sua cota prevista, deve se prever
em projeto se haverá necessidade do alargamento da base, se for necessário o
alargamento da base, a descida de um operário para o serviço é imprescindível.
Deve-se realizar todos os procedimentos de segurança e a utilização de epi’s
designados para esta operação. Depois de executado o alargamento da base de
acordo com as dimensões previstas em projeto, deve-se realizar a limpeza da
base, retirando terras soltas e impurezas do solo.
Após o término do alargamento e limpeza da base pelo operário, o
engenheiro civil ou responsável da obra deve descer no poço para verificação do
serviço. Deve-se conferir as dimensões da base e o angulo formado entre o fuste
e a base, isto ocorre eventualmente pois muito profissionais tem a confiança no
operario para a realização do serviço, porém o unico proffisional capacipato e
com conhecimentos tecnicos é o engenheiro capaz de decidir se o serviço foi bem
executado ou não.
O concreto será introduzido na campânula através de dispositivo existente
na mesma para tal fim. A concretagem da base e na seqüência a do fuste encerra
os serviços de execução do tubulão. O tubulão deverá permanecer comprimido
durante 6 horas após a concretagem da base visando preservar a qualidade do
concreto lançado, que poderá ser danificado por pressões do lençol freático ou
presença de interferências geradas pela presença de ar comprimido de escavações
próximas.

2.2.4 Cuidado para execução de tubulão a ar comprimido

Alguns cuidados são essenciais para a execução de tubulões a ar


comprimido, pois se houver falhas na execução haverá danos irreparáveis a
estrutura e segurança dos funcionários, alguns das principais precauções são:
 Locação do eixo central do tubulão.
 Excentricidade da camisa.
 Diâmetro do fuste.
 Cota do fundo da base do tubulão.
 O engenheiro de obra deve estar atento aos procedimentos de
entrada e saída de ar do equipamento.
 Descompressão: durante a escavação o sangue dos homens absorve
mais gases do que na pressão natural, se a descompressão for feita
muito rápido o gás em excesso pode formar bolhas, causando dores
ou até a morte
 Dimensões e ângulos do alargamento da base.
 Posicionamento e bitola da armadura de acordo com o projeto.
 Fck do concreto aplicado de acordo com o projeto.
 Cuidado na aplicação do concreto para não misturar terra com o
concreto ou que fiquem vazios na concretagem.

2.2.5 Vantagen e Desvantagens

Algumas das vantagens dos tubulões a ar comprimido são as mesmas dos


tubulões a céu aberto, porem este tipo de tubulão tem suas particulariedades,
assim em devidas ocasioes se torna mais vantagoso, algumas destas vantagens:
 Utilização em solos com um alto índice de água
 Contenção lateral para as escavações manuais
 Pode ser utilizado para fundações onde há um alto índice de água,
como pontes por exemplo.
 Processo construtivo produz poucas vibrações e ruídos
 As escavações podem ultrapassar solos com matacões ou pedras.
Desvantagens

 Alto Custo
 Risco de vida devido as pressurizações de ar
 Risco de imundações
 Tempo de execução

3. CONCLUSÃO

O melhor tipo de fundação é aquela que suporta as cargas da estrutura com


segurança e se adequa aos fatores topográficos, aspectos técnicos e econômicos,
sem afetar a integridade das construções vizinhas. É importante a união entre os
projetos estrutural e o projeto de fundações num grande e único projeto, uma vez
que mudanças em um provocam reações imediatas um no outro, resultando obras
mais seguras e otimizadas.

4. BIBLIOGRAFIA
URBANO, Alonso. Exercicios de Fundações 2º edição, Disponivel em:
https://docs.google.com/file/d/0B3U4nSYKxTbrWkZDd2lMc1BXeEE/edit ,
Acesso em 31/05/2018
PEREIRA, Caio. Tubulão a céu aberto. Escola Engenharia, 2015.
Disponível em: https://www.escolaengenharia.com.br/tubulao-a-ceu-aberto/.
Acesso em: 29 de Maio de 2018.
ALDEGAN, Eduardo. Tubulão a céu aberto: Processo executivo e dicas
práticas. Engenharia Concreta, 2017. Disponível
em: https://www.engenhariaconcreta.com/tubulao-a-ceu-aberto-processo-
executivo/. Acesso em: 31 de Maio de 2018.
PEREIRA, Caio. Tubulão a ar comprimido. Escola Engenharia,
2015. Disponível em: https://www.escolaengenharia.com.br/tubulao-a-ar-
comprimido/. Acesso em: 31 de Maio de 2018.
COELHO, Gisele . Tubulões. Técnhe Pini, Disponivel em:
http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/83/artigo287302-1.aspx , Acesso
em 31 de Maio de 2018
PROVA BIMESTRAL 2018/1 NP1 1/1

Docente: ALINE REGINA MARZURKIEWICZ


Disciplina: FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Curso: ENGENHARIA CIVIL

TRABALHO AVALIATIVO - (NP1)


Projetar fundação para os pilares P1, P2 e P3 indicados abaixo, sabendo-se que a
tensão admissível do solo é de 3,5 kg/cm2 e a resistência do concreto de 200
kg/cm2. A partir dos resultados de sondagem, pode-se verificar que as fundações
apresentam as seguintes profundidades de cota da base (necessário para a
definição do tipo de fundação e o cálculo de volume do concreto): T 1= 8,0 m, T2=
9,0 m e T3= 10,0 m. Desprezar o peso próprio da estrutura.

a. Desenhe a solução em planta e perfil.

Tabela de resumo dos cálculos:


ɸ e quant. Volume
Tensão
Carga Área do Área do Altura Tensão do de barras de
Pilar no solo
no Base (B) Fuste (F) da base Concreto concreto
(nº) (σs)
Pilar cm² cm² (H) cm (σc)kgf/cm² M³
kgf/cm²

RESOLUÇÃO
Os calculos realizados foram embasados no livro EXERCICIOS DE FUNDAÇÃO 2º
EDIÇÃO do autor URBANO RODRIGUEZ ALONSO, também foram inpecionados
pela NBR 6122 – Projeto e execução de fundações.
Otimização de dados:
σs = 3,5 Kg/cm² → σs = 343,24 Kpa

Rc = 200 Kg/cm² → Rc = 19,62 Mpa


P1 = 50.000 Kgf → P1 = 490,05 KN
P2 = 40.000 Kgf → P2 = 392,40 KN
P3 = 35.000 Kgf → P3 = 343,35 KN

Tensão do concreto= σc → 0,85. Fck→0,85. 19,62 → σc= 7,445 Mpa


γf . γy 1,4. 1,6
 Calculo P1

→Área base → Ab= P → 490,05 → Ab = 1,42 m²


σs 343,24

→Diâmetro da base → Db = √ 4. P → Db = √ 4. 490,05 → Db ≅ 1,35 m


π. σs π. 343,24

→Diâmetro fuste→ Df = √ 4. P → Db = √ 4. 490,05 → Df ≅ 0,30 m < 0,70m


π. σc π. 7445
Segundo NBR6122 o Df ≥ 0,70m, assim será adotado Df = 0,70m

→Área do fuste → Af = Df². π → Af = 0,70². π → Af = 0,384 m²


4 4
→Altura da base Hb = 0,866. (Db – Df) → 0,866. (1,35 – 0,70)→ Hb ≅ 0,60 m
Segundo NBR6122 Hb ≤ 2,00 m → ok

→Volume da base → Vb= 0,20. Ab + Hb-0,20. (Ab+Af+√Ab.Af)


3
Vb= 0,20.1,42 + 0,60-0,20. (1,42+0,384+√1,42.0,384) → Vb= 0,623m³
3

→Volume Fuste → Vf= Af. H-Hb → Vf= 0,384. (8,00-0,60) → Vf= 2,84m³

→Volume Total → Vt= Vb +Vf → Vt= 3,46m³

 Calculo P2

O posicionamento entre o P2 e P3, teremos que realizar a base dos tubulões


com falsa elipse, pois não há distância entre eixos dos pilares, assim deixarei 10
cm de distância entre as duas bases conforme orientação do autor Urbano
Rodriguez Alonso. Logo temos definido um lado da falsa elipse B = 80 cm

→Área base → Ab= P → 392,40 → Ab = 1,15 m²


σs 343,24

→Área dos dois semi circulo→ Asc = π . B² → π . 0,80² → Asc = 0,50 m²


4 4
→Área do retângulo→ Art = Ab – Asc → 1,15-0,50 → Art = 0,65 m²

→Comprimento do retangulo = x → Art → 0,65 → x ≅ 0,85 m


B 0,80

→Lado maior da falsa elipse = a → x + B → 0,85 + 0,80 → a = 1,65 m


Relação a / B = 2,06 < 2,5 → ok, segundo Nbr 6122 a/B dever ser < 2,5m

→Diâmetro fuste→ Df = √ 4. P → Db = √ 4. 392,40 → Df ≅ 0,25 m < 0,70m


π. σc π. 7445
Segundo NBR6122 o Df ≥ 0,70m, assim será adotado Df = 0,70m

→Área do fuste → Af = Df². π → Af = 0,70². π → Af = 0,384 m²


4 4

→Altura da base Hb = 0,866. (a – Df) → 0,866. (1,65 – 0,70)→ Hb ≅ 0,85 m


Segundo NBR6122 Hb ≤ 2,00 m → ok
→Volume da base → Vb1= π. Hb-0,20. ( B²+Df² + B.Df )
3 2 2 2 2
→ Vb1= π. 0,65. 0,4² + 0,35² + (0,4. 0,35) → Vb1= 0,287 m³
3
→ Vb2= x . Hb-0,20. ( B + Df ) → 0,85. 0,65. (0,4+0,35) → Vb2= 0,207 m³
2 2 2 2

→ Vb3 = (π. B² +2. B . Df ) . 0,20 → π. 0,4² + 2. 0,4.0,35 → Vb3 = 0,156 m³


2 2 2

→Volume Fuste → Vf= Af. H-Hb → Vf= 0,384. (9,00-0,85) → Vf= 3,15 m³

→Volume Total → Vt= Vb1+Vb2+Vb3 +Vf → Vt= 3,79 m³

 Calculo P3
B = 80 cm

→Área base → Ab= P → 343,35 → Ab = 1,00 m²


σs 343,24

→Área dos dois semi circulo→ Asc = π . B² → π . 0,80² → Asc = 0,50 m²


4 4

→Área do retângulo→ Art = Ab – Asc → 1,00-0,50 → Art = 0,50 m²

→Comprimento do retangulo = x → Art → 0,50 → x ≅ 0,65 m


B 0,80

→Lado maior da falsa elipse = a → x + B → 0,65 + 0,80 → a = 1,45 m


Relação a / B = 1,81 < 2,5 → ok, segundo Nbr 6122 a/B dever ser < 2,5m

→Diâmetro fuste→ Df = √ 4. P → Db = √ 4. 343,35 → Df ≅ 0,25 m < 0,70m


π. σc π. 7445

Segundo NBR6122 o Df ≥ 0,70m, assim será adotado Df = 0,70m

→Área do fuste → Af = Df². π → Af = 0,70². π → Af = 0,384 m²


4 4

→Altura da base Hb = 0,866. (a – Df) → 0,866. (1,45 – 0,70)→ Hb ≅ 0,65 m


Segundo NBR6122 Hb ≤ 2,00 m → ok

→Volume da base → Vb1= π. Hb-0,20. ( B²+Df² + B.Df )


3 2 2 2 2
→ Vb1= π. 0,45. 0,4² + 0,35² + (0,4. 0,35) → Vb1= 0,198 m³
3
→ Vb2= x . Hb-0,20. ( B + Df ) → 0,65. 0,45. (0,4+0,35) → Vb2= 0,117 m³
2 2 2 2

→ Vb3 = (π. B² +2. B . Df ) . 0,20 → π. 0,4² + 2. 0,4.0,35 → Vb3 = 0,156 m³


2 2 2

→Volume Fuste → Vf= Af. H-Hb → Vf= 0,384. (10,00-0,65) → Vf= 3,60 m³

→Volume Total → Vt= Vb1+Vb2+Vb3 +Vf → Vt= 4,065 m³

 Desenho Geométrico

Como podemos perceber através do desenho geométrico o P1 não houve a


necessidade de realizar a base falsa elipse ficou com sua base circular, já os P2 e
P3 tiveram que ser feitos através da falsa elipse.

Planta s/escala

Seção Transversal s/escala

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