UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

ENGENHARIA CIVIL

IIIº ANO

LABORAL

MPP

MELHORIA DE ESTRUTURAS PARA RESISTÊNCIA A CICLONES EM

HABITAÇÕES DE BAIXO CUSTO – CASO DE ESTUDO BAIRRO CHIPANGARA
(CIDADE DA BEIRA): UMA ABORDAGEM SUSTENTÁVEL

Beira

2023
 UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

ENGENHARIA CIVIL

IIIº ANO

LABORAL

MPP

MELHORIA DE ESTRUTURAS PARA RESISTÊNCIA A CICLONES EM

HABITAÇÕES DE BAIXO CUSTO – CASO DE ESTUDO BAIRRO CHIPANGARA
(CIDADE DA BEIRA): UMA ABORDAGEM SUSTENTÁVEL

Discentes:

Epifania Francisco Serepião

Projecto apresentado à Universidade Zambeze,
Wilma Andrea Macuacua através do Departamento de Engenharia Civil, da
FCT, como exigência para aprovação da cadeira de
MPP.

Regente:

Phd.: Júlio Pacheco

________________________________

Beira

2023
ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................. 2

3 PROBLEMATIZAÇÃO ......................................................................................... 2

3.1 Problema .......................................................................................................... 2

4 JUSTIFICATIVAS ................................................................................................. 3

5 HIPÓTESES ........................................................................................................... 4

6 OBJECTIVOS ........................................................................................................ 5

6.1 Geral ................................................................................................................ 5

6.2 Específicos ....................................................................................................... 5

7 METODOLOGIAS ................................................................................................ 5

8 CRONOGRAMA DAS ACTIVIDADES .............................................................. 6

9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 7

I
 1 INTRODUÇÃO

Moçambique é um país extremamente suscetível à ocorrência de eventos naturais

extremos como sejam a seca, os Ciclones Tropicais e as inundações, é especialmente
vulnerável às MC1 devido à sua localização geográfica na zona de convergência inter-
tropical e a jusante de bacias hidrográficas partilhadas, à sua longa costa e à existência de
extensas áreas com altitude abaixo do actual nível das águas do mar. Por outro lado,
contribuem para a sua vulnerabilidade e baixa capacidade adaptativa, entre outros factores,
a pobreza, os limitados investimentos em tecnologia avançada e a fragilidade das infra-
estruturas e serviços sociais com destaque para a saúde e o saneamento.

No país as MC manifestam-se através de alterações nos padrões de temperatura e

precipitação, do aumento do nível das águas do mar e do tanto em termos de frequência
como de intensidade, de eventos climáticos extremos tais como secas, cheias e Ciclones
Tropicais que afectam diferentes regiões do país todos os anos. As consequências incluem a
perda de vidas humanas, de culturas agrícolas, de animais domésticos e fauna bravia, a
destruição de infra-estruturas sociais e económicas, o aumento da dependência da ajuda
internacional, o aumento dos preços dos produtos agrícolas e a deterioração da saúde
humana, degradação ambiental e perda de ecossistemas (MICOA2, 2012).

A vulnerabilidade é elevada nos centros urbanos principalmente das cidades capitais

provinciais devido à forte densidade populacional e a concentração de ativos económicos e
sociais. A Cidade da Beira, enfrenta desafios significativos devido à ocorrência frequente de
Ciclones Tropicais. O Bairro Chipangara, em particular, é vulnerável a esses eventos
climáticos extremos, destacando a necessidade urgente de melhorar a resistência das
habitações de baixo custo. Este projecto visa desenvolver soluções sustentáveis para
fortalecer as estruturas das moradias em Chipangara, garantindo maior segurança e
resiliência durante a temporada de Ciclones Tropicais.

PALAVRAS CHAVES: Estruturas Resilientes a Baixo Custo. Mudanças Climáticas.

Ciclones Tropicais. Chipangara.

1
Mudanças climáticas: qualquer alteração no clima que é directa ou indirectamente atribuída à
actividade humana (que altera a composição global da atmosfera) e que é adicional à variabilidade natural do
clima observada ao longo de períodos de tempo comparáveis.
2
Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental.

1
 2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

O escopo deste projecto concentra-se especificamente nas estruturas de habitações

unifamiliares no Bairro Chipangara, na Cidade da Beira. A abordagem visa estratégias
sustentáveis para melhorar a resistência dessas estruturas contra Ciclones Tropicais,
considerando o contexto socioeconômico e as condições climáticas específicas da região.

3 PROBLEMATIZAÇÃO

O Bairro Chipangara, como muitas áreas de Moçambique, enfrenta a ameaça

constante de Ciclones Tropicais, resultando em danos substanciais às habitações de baixo
custo e contribui para um ciclo contínuo de reconstrução após eventos climáticos
extremos. O problema central é a falta de estruturas resilientes que possam resistir a
ventos fortes, deixando os moradores em condições vulneráveis durante e após a
passagem de Ciclones Tropicais.

3.1 Problema

• Como podemos melhorar as estruturas das moradias de baixo custo em

Chipangara para resistir de forma eficaz aos ciclones, promovendo a segurança e
sustentabilidade das habitações?

2
 4 JUSTIFICATIVAS

Em termos globais, a ocorrência de eventos climáticos extremos resulta em perdas

de vidas humanas e de bens, em danos nos ecossistemas e na maior probabilidade de
ocorrência de doenças cujos vectores são dependentes do clima. Estas doenças resultam
também da deterioração das condições ambientais (contaminação das águas e solos, águas
estagnadas e stress hídrico para os ecossistemas, etc.). Para além destes, existe também
um conjunto de impactos graduais. As MC podem resultar em destruição de infra-
estruturas como pontes, estradas, escolas, hospitais, redes eléctricas, residências, na perda
de culturas agrícolas e animais.

A vulnerabilidade das habitações de baixo custo em Chipangara é um desafio que

precisa de atenção imediata. A melhoria das estruturas em habitações de baixo custo no
Bairro Chipangara é fundamental por diversas razões:

• Segurança Comunitária – Fortalecer as estruturas das habitações significa

proporcionar maior segurança para os moradores durante eventos
ciclônicos, reduzindo riscos à vida e propriedade.
• Sustentabilidade Ambiental – Abordagens sustentáveis serão exploradas,
promovendo práticas de construção que minimizem impactos ambientais
negativos e incentivem a utilização de materiais ecológicos.
• Resiliência Socioeconômica – A resistência a Ciclones Tropicais
contribuirá para a resiliência socioeconômica da comunidade, reduzindo
os custos de reconstrução pós-desastre e preservando o patrimônio das
famílias.

A vulnerabilidade do Bairro Chipangara a ciclones ressalta a necessidade urgente

de aprimorar as estruturas das habitações de baixo custo. A população local enfrenta
riscos significativos durante esses eventos, incluindo perda de propriedade,
desalojamento e ameaças à segurança. A abordagem sustentável deste projecto é crucial
para garantir que as melhorias sejam acessíveis e duradouras. Além disso, ao promover a
resiliência das estruturas, contribuímos para a segurança da comunidade, reduzimos a
dependência de assistência externa pós-ciclone e fomentamos práticas construtivas
sustentáveis.

3
 5 HIPÓTESES

Considerando a implementação de práticas sustentáveis e inovações na construção

civil, é possível hipotetizar que:

• A implementação de técnicas sustentáveis de construção em habitações de

baixo custo em Chipangara pode aumentar significativamente a resiliência
das estruturas contra Ciclones Tropicais.
• O envolvimento activo da comunidade no processo de melhoria das
estruturas habitacionais pode promover a aceitação e sustentabilidade a
longo prazo dessas intervenções.
• O uso de materiais de construção alternativos e acessíveis pode contribuir
para a resistência das habitações de baixo custo durante eventos climáticos
extremos.
• A implementação bem-sucedida deste projecto pode servir como modelo
replicável em outras áreas vulneráveis a ciclones na região.

4
 6 OBJECTIVOS

6.1 Geral

• Desenvolver estratégias sustentáveis para melhorar a resiliência das habitações de

baixo custo no Bairro Chipangara, tornando-as mais resistentes a Ciclones
Tropicais.

6.2 Específicos

• Identificar as principais vulnerabilidades nas estruturas existentes;

• Propor soluções sustentáveis para fortalecer as habitações contraventos fortes;
• Implementar tecnologias e materiais acessíveis para aprimorar a resistência
estrutural;
• Capacitar a comunidade local sobre práticas de construção mais seguras e
sustentáveis.

7 METODOLOGIAS

A pesquisa bibliográfica foi um dos meios utilizados no desenvolvimento do

presente projecto, além de meio de informação como: artigos científicos, relatórios, e
outros meios de informações especializados. Assim, foi possível obter as informações
necessárias para o desenvolvimento do projecto.

A identificação das vulnerabilidades será realizada por meio de inspeções de

campo, enquanto as soluções propostas serão baseadas em tecnologias sustentáveis
comprovadas e adaptadas para o contexto local.

5
 8 CRONOGRAMA DAS ACTIVIDADES

Outubro
Actividades Estado
1ª Semana 2ª Semana 3ª Semana 4ª Semana
Escolha do Tema e P
1
Problematização R
P
2 Entrevista aos Moradores
R
P
3 Revisão Bibliográfica
R
P
4 Determinação dos Objectivos
R
Escolha de Fontes e Formas P
5
de Selecção de Dados R
Impressão e Revisão do P
6
Projecto R

Legenda:

P→ Programado;

R→ Realizado.

6
 9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MINISTÉRIO PARA A COORDENAÇÃO DA ACÇÃO AMBIENTAL – Estratégia

Nacional de Adaptação e Mitigação de Mudanças Climáticas. 39ª Sessão de Conselho de
Ministros. Maputo, 13 de Novembro de 2012.