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TRABALHOCENTRO
DE CONCLUSÃO DE CURSODO
UNIVERSITÁRIO DE SUL
GRADUAÇÃO EM
DE MINAS – UNIS
ENGENHARIA
MG CIVIL
Varginha
2023
TAINARA DE OLIVEIRA PEDREIRA
Varginha
2023
TAINARA DE OLIVEIRA PEDREIRA
Professor:
Professor:
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, a Deus, pela vida e pela oportunidade de chegar até aqui. Aos
meus pais e meu irmão que sempre estiveram ao meu lado me apoiando e incentivando
durante toda essa jornada. Ao meu namorado por toda compreensão e apoio nos momentos
mais difíceis. A todos meus familiares e amigos que estiveram comigo nesses anos.
Tambéma todos meus professores durante essa caminhada, pela ajuda e pela paciência com
a qual guiaram meu aprendizado, em especial ao Prof. Dr. Ivan Francklin Junior, pela
orientação e auxílio na elaboração do meu trabalho.
RESUMO
Este trabalho apresenta e debate alguns tópicos essenciais da ação do fogo nas estruturas
de concretos, em especial os concretos de pós reativos e quais os eventuais efeitos das elevadas
temperaturas no material propriamente dito. O principal objetivo desse trabalho é determinar
qual o comportamento dos concretos de pós reativos (CPR) expostos a altas temperaturas e
quais as consequencias esse fato pode trazer para estrutura e para as pessoas. Para isso, foram
elaborados corpos de prova que foram elevados a diferentes níveis de temperatura e resfriados
de maneira brusca e lenta. Com a realização dos ensaios, foi observado e comprovado que este
tipo de concreto possui uma grande fragilidade quando se trata de sua exposição a altas
temperaturas. Isso se explica devido ao material ser proveniente da utilização de altos
consumos de aglomerantes, agregados extremamente finos e baixa relação água/aglomerante,
combinada com o uso de aditivos redutores de água de última geração. Essas características
fazem do CPR um material com grande potencial de utilização em obras especiais. Porém, sua
elevada compacidade e baixa permeabilidade também favorecem a ocorrência de
desplacamento de camadas do CPR durante a exposição a elevadas temperaturas. O lascamento
do concreto por ação da temperatura é conhecido como efeito spalling e pode ocorrer de forma
explosiva. Diversas pesquisas têm reportado que esse fenômeno geralmente acontece em
concretos de alto desempenho (CAD), decorrente de sua baixa permeabilidade, e esse mesmo
comportamento tem sido verificado no CPR em determinadas temperaturas.
This paper presents and discusses some essential topics of the action of fire on concrete
structures, especially the reactive powder concretes and what are the possible effects of high
temperatures on the material itself. The main objective of this work is to determine the behavior
of reactive powder concretes (CPR) exposed to high temperatures and what consequences this
fact can bring to the structure and to people. For this, specimens were elaborated that were
raised to different temperature levels and cooled abruptly and slowly. With the performance of
the tests, it was observed and proven that this type of concrete has a great fragility when it
comes to its exposure to high temperatures. This is due to the fact that the material comes from
the use of high consumption of binders, extremely fine aggregates and low water/binder ratio,
combined with the use of state-of-the-art water-reducing additives. These characteristics make
CPR a material with great potential for use in special works. However, its high compactness
and low permeability also favor the occurrence of detachment of CPR layers during exposure
to high temperatures. The chipping of concrete due to the action of temperature is known as the
spalling effect and can occur explosively. Several researches have reported that this
phenomenon usually occurs in high-performance concretes (CAD), due to their low
permeability, and this same behavior has been verified in CPR at certain temperatures.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 9
2 OBJETIVOS ...................................................................................................................11
2.1 Objetivo geral ..........................................................................................................11
2.2 Objetivos específicos ...............................................................................................11
3 JUSTIFICATIVA ...........................................................................................................12
4 REFERENCIAL TEÓRICO ..........................................................................................13
4.1 Conceitos básicos sobre a estrutura do concreto .......................................................13
4.2 Comportamento do concreto em altas temperaturas ..................................................14
4.2.1 Efeitos térmicos ..............................................................................................16
4.2.2 Spalling ...........................................................................................................17
4.3 Alterações na estrutura do concreto em elevadas temperaturas .................................20
4.3.1 Alterações microestruturais causadas pelo aquecimento ..................................22
4.3.2 Efeitos macroestruturais da exposição a elevadas temperaturas .......................23
4.4 Efeitos do calor nas propriedades mecânicas do concreto ........................................27
4.4.1 Efeitos das altas temperaturas nos agregados ...................................................30
4.5 CPR e suas principais aplicações..............................................................................30
4.5.1 Princípios e propriedades dos concretos de pós reativos ..................................32
4.5.2 Aumento da homogeneidade ...........................................................................34
4.5.3 Aumento da compacidade ...............................................................................35
4.5.4 Melhora da micro estrutura pelo tratamento térmico ........................................35
4.5.5 Melhora da ductibilidade pela adição de fibras de aço .....................................35
4.6 Materiais Constituintes do CPR ...............................................................................36
4.6.1 Cimento Portland ............................................................................................36
4.6.2 Agregado miúdo..............................................................................................36
4.6.3 Aditivo Superplastificante ...............................................................................37
4.6.4 Silica Ativa .....................................................................................................37
4.6.5 Pó de quartzo ..................................................................................................38
4.7 Concreto de pós reativo sob altas temperaturas ........................................................39
4.7.1 Spalling em concretos de pós reativos .............................................................39
4.7.2 Efeito da adição de fibras em concretos de pós reativos ...................................40
5 MATERIAIS E MÉTODOS ..........................................................................................42
5.1 Materiais utilizados na produção dos CPR´s.............................................................43
5.1.1 Cimento ..........................................................................................................43
5.1.2 Silica Ativa .....................................................................................................43
5.1.3 Areia ...............................................................................................................43
5.1.4 Pó de quartzo ..................................................................................................43
5.1.5 Aditivo ............................................................................................................43
5.1.6 Água ...............................................................................................................43
5.2 Produção dos CPR´s em laboratório .........................................................................44
8
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 JUSTIFICATIVA
4 REFERENCIAL TEÓRICO
aquecidos a elevadas temperaturas. Este fato, ainda pouco ainda pouco estudado e
divulgado, pode restringir o emprego seguro deste material, sem proteção, a determinados
tipos de obras. Para superar esta dificuldade é necessário incrementar os ainda limitados
conhecimentos que se dispõe atualmente sobre o seu comportamento frente ao calor.
Ao ser deflagrado um incêndio numa edificação, sua ação se faz sentir nos
elementos constituintes do compartimento em chamas e nas zonas mais ou menos
afastadas deste. Visto que no início de um incêndio a estrutura está sob ação do peso
próprio e de cargas acidentais, um certo estado inicial de tensão e, portanto, um
determinado estado de deformação encontra-se em equilíbrio. Em virtude do aquecimento
diferenciado entre os elementos estruturais, um novo estado de tensão sobrepõe-se a este
estado inicial, variável no tempo com o desenvolver das chamas, pois os elementos
constituintes da edificação estão, de certa forma, interligados rigidamente. Quando alguns
deles são mais aquecidos do que outros, as respectivas dilatações térmicas acabam sendo
restringidas e originam um novo estado de tensão. Ademais, a ação do fogo não se limita
aos elementos diretamente expostos à chama, pois em determinadas situações, elementos
relativamente afastados do compartimento em chamas poderão colapsar primeiro, em
virtude do estado de tensão que as deformações de origem térmica da zona diretamente
aquecida impuserem ao restante da estrutura.
O colapso das edificações em concreto de resistência convencional, durante
incêndios, raramente se deve à perda de resistência sofrida por um elemento estrutural,
estando normalmente associado à incapacidade das demais partes da estrutura de absorver
as deformações térmicas horizontais impostas pelo aquecimento, que podem causar
ruptura por cisalhamento ou por deformação das colunas e das paredes. Já em elementos
estruturais confeccionados com concretos de alta resistência, esta tendência pode ser
alterada, pois as estruturas podem sofrer consideráveis perdas de seção devido ao
desplacamento.A taxa de aquecimento influencia diretamente o desenvolvimento de
tensões térmicas, o aumento da poro-pressão e a possibilidade de ocorrência de
desplacamentos explosivos. A temperatura máxima influencia o nível de deterioração das
propriedades mecânicas do concreto e da armadura. Uma vez que, geralmente, as taxas
de aquecimento são elevadas, o concreto desenvolve gradientes de temperatura na seção
transversal, onde apenas as regiões superficiais, que ficam em contato direto com o fogo
ou com a fonte de calor, estarão submetidas à temperatura máxima. No entanto, a
temperatura da seção transversal, além de depender da temperatura máxima, é influenciada
pela duração do incêndio, das condições de aquecimento, da geometria da peça exposta e
do tipo de concreto (KHOURY, 2003).
A continuidade das vigas influencia positivamente a capacidade portante e a
resistência ao fogo das edificações, pois durante um incêndio ocorre a redistribuição dos
carregamentos, fazendo com que as cargas atuantes nos locais mais afetados pelo fogo
16
passem a ser suportadas pelos locais menos afetados que apresentam reserva de
capacidade portante (ANDERBERG, 2003).
Fonte:(COSTA, 2008)
4.2.2 Spalling
apenas, aos efeitos ruins como perda de resistência e desplacamentos explosivos. Esta é uma
visão simplista e, em muitos casos, errônea. No caso de concretos pré-moldados, o processo de
cura em autoclave impede que retrações e deformação lenta ocorram pelo simples aquecimento
a 180°C. A realidade é que a resposta do concreto ao aquecimento variaconsideravelmente,
dependendo do traço do concreto, da configuração estrutural e das condições termo-
hidromecânicas de exposição (MAJORANA, 2003).
Uma importante constatação, que embasou o delineamento teórico-experimental da
presente tese, é de que as inúmeras alterações nas propriedades mecânicas e no comportamento
do concreto exposto a altas temperaturas são recorrentes e podem ser associadas a alterações na
sua microestrutura. Desta forma, como destaca Aitcin, 2000, a análise dos danos causados numa
edificação em concreto armado, devidos a um incêndio, deve ser efetuada tanto em nível
microestrutural, que corresponde aos danos causados às propriedades dos materiais, quanto em
nível macroestrutural, que corresponde aos causados à estabilidade estrutural da edificação.
Sob o ponto de vista microestrutural, devem ser analisadas as alterações que ocorrem
nas fases cimentícias , efeito dos agregados e armaduras, adições fibrosas, aplicação ou não de
carga durante os ensaios, pois durante o processo de aquecimento, as partículas hidratadas
sofrem transformações químicas que originam novos compostos. Entre as técnicas mais
utilizadas para monitorar estas transformações estão a análise termodiferencial (DTA), a análise
termogravimétrica (TGA) e a difração de nêutrons.
Os componentes da pasta de cimento, em temperaturas elevadas, ficam sujeitos a
transformações físicas e químicas.A pasta de cimento Portland hidratada é formada basicamente
de silicato de cálcio hidratado, hidróxido de cálcio e sulfoaluminato de cálcio hidratado. Em
estado natural, possui em sua composição grande quantidade de água livre e água capilar, além
de água adsorvida. Quando exposta ao fogo, a temperatura do concreto não se elevará até que
toda a água evaporável tenha sido removida, sendo necessário um considerável calor de
vaporização para a conversão de água em vapor (MONTEIRO, 1994).
As águas livre e capilar presentes na pasta de cimento começam a evaporar após a
temperatura de 100°C, retardando o aquecimento do concreto. A evaporação total da água
capilar ocorre entre 200°C e 300°C, mas neste patamar ainda não são significativas asalterações
na estrutura do cimento hidratado, bem como seu reflexo na resistência do concreto.
O gel do C-S-H sofre um processo de desidratação durante o aquecimento, que inicia
23
em 100°C, se intensifica aos 300°C e termina próximo aos 400°C. Neste período ocorre uma
redução progressiva da água de gel, com formação de silicatos anidros. Isto resulta em um
considerável decréscimo na resistência e causa o aparecimento de fissuras superficiais .As
partículas anidras da pasta não são afetadas pela variação de temperatura. No entanto, a maneira
como elas estão ligadas ao restante da pasta pode ser alterada, visto que a zona de transição
entre os agregados e a pasta consiste em uma região mais fraca, que desidrata com maior
facilidade e, consequentemente, é mais suscetível à fissuração (CÁNOVAS, 1998).
A quantidade de portlandita decresce até 100°C, devido à desidratação e à carbonatação,
que se acelera em atmosferas ricas em CO2 como é o caso de muitos incêndios. Na temperatura
de 530°C, a portlandita rapidamente se decompõe e é transformada em óxido de cálcio (CaO).
Durante o processo de resfriamento, este óxido pode se re-hidratar, formando novamente a
portlandita, o que causa expansões que acabam por contribuir para o aparecimento de fissuras
no concreto. A portlandita assim formada apresenta um arranjo cristalino menos estável e sofre
processo de decomposição a temperaturas mais baixas que a original (ALONSO, 2003).
Os agregados ocupam de 60 a 80% do volume do concreto e, portanto, a variação de
suas propriedades durante o aquecimento pode influenciar significativamente as características
do material. Em primeiro lugar, cabe lembrar que os diferentes agregados adicionados à mistura
não apresentam o mesmo coeficiente de dilatação térmica, levando ao aparecimento de
expansões internas com diferentes intensidades. Muitas vezes estas expansões são aumentadas
por transformações estruturais ocorridas na estrutura interna de certos agregados, como é o caso
dos silicosos contendo quartzo (granito, arenito e gnaisse), que sofrem expansão súbita e,
conseqüentemente, causam o fissuramento da matriz cimentícia, em temperaturas próximas à
573ºC. Este fato é decorrente da transformação cristalina do quartzo da forma α para β. As
rochas carbonáticas são estáveis até 700°C, quando o CaCO3 começa a se transformar em CaO
e liberar CO2. Durante o resfriamento, o CaO pode se reidratar, apresentando uma expansão de
40%. Os agregados calcários e os levessão os menos afetados pelo calor. Este desempenho
favorável ocorre devido aos baixos coeficientes de dilatação térmica, às reações endotérmicas
que se produzem ao elevar-se a temperatura e à criação de uma película superficial de CO2 que
atua como isolante térmico (CÁNOVAS, 1998).
experimental descrito acima despertam uma questão, que até o momento, parece ter sido
negligenciada pelos relatos dos demais programas experimentais encontrados na literatura: a
adição de fibras de polipropileno ao concreto serve apenas para evitar os desplacamentos em
elevadas temperaturas? Ou também contribui para que a resistência residual destes concretos
seja afetada em menor escala pela exposição ao calor? À primeira vista, ambas as assertivas
parecem verdadeiras. Porém, na prática, parece que a resistência residual é similar em concretos
com ou sem fibra.
Lima (2003), investigou a resistência à compressão residual de concretos de resistência
convencional e de alta resistência com a presença ou não de fibras de polipropileno e/ou aço,
após a exposição a elevadas temperaturas. Os resultados da pesquisa indicaram que, conforme
o esperado, o concreto de resistência convencional apresentou um comportamento adequado
diante de elevadas temperaturas. No entanto, à medida que a compacidade do material foi
aumentando, a vulnerabilidade ao aquecimento foi crescendo proporcionalmente. Esta
tendência enfatiza a importância de realizar pesquisas voltadas a este tema, com o objetivo de
determinar como predizer e controlar os danos causados pelo aquecimento, uma vez que as
perdas de resistência nesta situação são bastante significativas. Podemos observar na Tabela
4.3.2 a resistência à compressão residual para concretos de alta resistência:
Fonte:(LIMA, 2003)
A análise dos dados coletados demonstrou ainda que, para o concreto de resistência
convencional, onde o volume de vazios atinge valores consideráveis, o acréscimo de
permeabilidade conferido pelo derretimento das fibras de polipropileno com o calor não
contribuiu para a redução da poro-pressão. A presença das fibras serviu apenas para
reduzir a resistência residual com o aquecimento, embora ocorresse um aumento de
resistência dos corpos-de-prova à temperatura ambiente. No caso do concreto de alta
resistência, a adição das fibras de polipropileno à matriz cimentícia minimizou os danos
causados pelo aquecimento, tanto nos corpos-de-prova sujeitos a 400°C quanto nos
sujeitos a 800°C, indicando que o derretimento das mesmas aumentou a porosidade do
material e minimizou os danos causados pela poro-pressão. Em resumo, com base nos
resultados coletados nesta pesquisa, o uso de fibras de polipropileno pode ser uma solução
potencial para o controle da deterioração sofrida pelos concretos de microestrutura
compacta no caso de aquecimento. Por outro lado, fibras de aço com características
semelhantes às usadas nesta pesquisa parecem não conferir efeitos benéficos ao concreto
em altas temperaturas. A adição de uma combinação de fibras de aço e polipropileno
parece não ser efetiva em temperaturas de 800°C, apresentando propriedades similares
27
sofrida pelo concreto de alta resistência em altas temperaturas. Os ensaios conduzidos por eles
foram de compressão, flexão, cisalhamento, módulo de elasticidade e porosimetria. Os
resultados indicaram que tanto o concreto de resistência convencional quanto o concreto de alta
resistência, quando aquecidos a taxas de 5°C/min a 7°C/min, em situação de completa saturação
em água, não sofrem desplacamentos explosivos. Este fato chamou a atenção dos
pesquisadores, visto que programas experimentais semelhantes reportaram a ocorrência do
fenômeno. Devido à não ocorrência deste fenômeno em corpos-de-prova resfriados por
choque térmico, descartou-se a possibilidade do desplacamento ser governado por este
processo. Concluiu-se, então, que a adição de fibras de aço na matriz cimentícia contribuiu para
melhorar a resistência residual do concreto após o aquecimento, bem como a adição de fibras
de polipropileno contribuiu para reduzir a probabilidade de desplacamentos explosivos. No
entanto, tanto o concreto de resistência convencional quanto o concreto de alta resistência,
mesmo com a adição de fibras, apresentaram tendências similares quanto ao decréscimo na
resistência à compressão dos corpos-de-prova com o aquecimento. Esta redução ficou mais
acentuada para temperaturas acima de 600°C.
O concreto é o material de construção mais utilizado no mundo devido à abundância de
matérias primas e de um conhecimento já solidificado de sua utilização. Com o avanço das
tecnologias de projeto e necessidade de estruturas que exigem cada vez mais desse material,
constantemente surgem pesquisas e novos tipos de concreto visando suprir essas necessidades.
Após o concreto convencional (CC) já houve o desenvolvimento do concreto de alta resistência
(CAR), o concreto de alto desempenho (CAD) e, mais recentemente, o concreto de ultra alto
desempenho, concreto de pós reativos (CPR).
O CPR é um tipo de concreto especial que se destaca por suas propriedades mecânicas
e elevada compacidade. Apresenta resistência à compressão normalmente acima de 150 MPa e
módulo de elasticidade próximo de 50 GPa. E, assim como o CAD se mostra uma evolução em
relação ao CC, o CPR é uma evolução em relação ao CAD (TUTIKIAN; ISAIA; HELENE,
2011).
Os elevados valores de resistência mecânica são alcançados com emprego de fator a/ag
muito reduzido, uso de elevados teores de aditivos redutores de água, emprego de adições
minerais e elevado consumo de cimento, que pode chegar a aproximadamente 800 kg/m³ de
concreto. Outro aspecto notável é a utilização exclusiva de materiais na forma de pó em sua
constituição, de onde se origina o nome concreto de pós reativos (RICHARD e CHEYREZY,
1995; AÏTCIN, 2000).
Fruto de estudos mais aprofundados, mas que seguiram a mesma linha do CAD, o CPR
29
se apresenta como um material promissor para a construção civil, pois sua elevada resistência
mecânica possibilita a execução de projetos com estruturas mais arrojadas, mais esbeltas e,
consequentemente, mais leves, além de apresentarem maior durabilidade frente aos mais
variados tipos de solicitações e ambientes agressivos (AÏTCIN, 2000; TUTIKIAN, ISAIA,
HELENE, 2011).
O CPR é um material que se assemelha aos vãos, alturas e resistência do aço, porém
com menor custo e maior durabilidade (ISAIA et al, 2011). Na Figura 4.4.1 compara-se o
concreto armado, concreto protendido e aço com o CPR, para uma mesma carga.
Figura 4.4.1: Comparação de seções do (a) CPR, (b) aço, (c) Concreto Protendido e (d)
Concreto Convencional
A durabilidade de materiais que tem como base o cimento Portland está intimamente
relacionada com a permeabilidade, uma vez que é esse o mecanismo que permite a entrada de
agentes agressivos como íons cloreto, íons sulfato e dióxido de carbono (SANJUAN &
MARTIN, 1997). No que diz respeito à durabilidade, possivelmente o concreto de pós reativos
tenha bom desempenho uma vez que funciona com o princípio do empacotamento de partículas
muito finas, possui estrutura muito densa e de baixa porosidade, o que resulta em uma
dificuldade para os agentes patológicos (MEHTA & MONTEIRO, 1994).
30
obras utilizando CPR devido a pequena espessura do seu tabuleiro, com apenas 3 cm, e arco de
sustentação com 120 metros de vão. A passarela, apresentada na figura 4.4.2.1, foi inaugurada
no ano de 2002 (TUTIKIAN; ISAIA; HELENE, 2011).
Figura 4.4.2.1: Passarela da Paz construída em 2002 com estrutura em concreto de pós
reativos
O concreto de pós reativos foi idealizado como base no princípio de formação com o
mínimo de defeitos como fissuras ou poros capilares, propriedades obtidas com o aumento da
compacidade e resistência dos materiais constituintes. Para isso, seguiram-se os seguintes
33
Tabela 4.5.1 Comparação entre propriedades do concreto de pós reativos (CPR) e concreto de
alto desempenho (CAD)
Caracteristica CAD CPR
Resistência à compressão 60MPa - 100MPa 180MPa - 200MPa
Resistência à flexão 6MPa - 10MPa 30MPa - 50MPa
Energia de fratura 140 J/m² 1.000 J/m² - 40.000 J/m²
Absorção de água 0,35kg/m² 0,05kg/m²
Permeabilidade do ar 120 x 10−18 m² 2,5 x 10−18 m²
Taxa de corrosão 0,25μm/ano < 0,01μm/ano
Fonte: Adaptado de Down e O’neil (1996 apud VANDERLEI, 2004)
34
Como pode ser visto na tabela 1, em termos de propriedades mecânicas, o CPR apresenta
resistência à compressão, pelo menos, duas vezes maior do que a resistência do CAD, além de
resistência à flexão cinco vezes maior. Enquanto que, em termos de durabilidade, apresenta
absorção de água sete vezes menor, além de taxa de corrosão e permeabilidade ao ar
correspondentes a, respectivamente, 4 e 2,1% dos valores encontrados para o CAD.
Segundo VANDERLEI (2004), tais propriedades fazem do CPR um material apropriado
para a utilização em obras de saneamento, na fabricação de condutos e tubos para transporte de
líquidos como água e esgoto. Os elevados valores de resistência mecânica possibilitam a
produção de tubos e bueiros com paredes de menor espessura e peças mais leves podem ser
produzidas, o que diminui custo com transporte. Outras vantagens identificadas são a agilidade
na produção dos tubos pela eliminação de etapas no processo, redução no tempo de instalação
e de danos durante a manipulação e colocação das peças.
O aumento da compacidade é obtido com uma mistura granular otimizada com uma
pequena distância granular dentro de cada classe, sendo elas a areia, o pó de quartzo, o cimento
e a sílica ativa. Além disso, é importante se realizar um estudo de compatibilidade do
superplastificante bem como promover condições de mistura e vibração otimizadas
(VANDERLEI, 2004).
O aumento da compacidade também é influenciado pela aplicação de pressão no
concreto fresco. Esse procedimento diminui o ar incorporado, compensa a retração química e
remove o excesso de água, podendo chegar a uma diminuição entre 20 a 25% de água, se for
aplicada uma pressão de 50MPa durante 30 minutos (RICHARD & CHEYREZY, 1995).
Segundo Richard & Cheyrezy (1995), quando os concretos de pós reativos são
submetidos a um tratamento térmico existe a formação de hidratos cristalinos que melhora as
propriedades mecânicas do material. Esse tratamento se inicia após o fim da pega do cimento e
pode ser feito em ambiente com vapor d’água ou com ar quente.
O agregado miúdo é o agregado com maior diâmetro no CPR, e isso se justifica pela
obtenção de uma menor permeabilidade no concreto bem como pela melhor homogeneização
dos materiais (BIZ, 2001). A granulometria é de suma importância para o CPR, ela deve ser
muito bem definida para se evitar vazios na mistura (RICHARD & CHEYREZY, 1995).
O agregado miúdo selecionado deve ter um diâmetro máximo médio de 250µm, não
podendo ultrapassar os limites superior de 600µm e inferior de 150µm. Esse agregado pode ser
obtida tanto pelo peneiramento de pedra britada ou pela extração de agregado miúdo natural
sendo que a primeira possui grãos altamente angulares e a segunda possui grãos mais
arredondados.
37
De acordo com AITCIN (2000) o agregado miúdo deve conter resultados de módulo de
finura entre 2,7 e 3,0, características inerentes a um agregado miúdo mais grosso. Essa
característica é apreciável uma vez que o CAD e o CPR já apresentam grande quantidade de
partículas finas, então uma areia mais grossa significa uma redução na quantidade de água, o
que gera um acréscimo na resistência.
A sílica ativa é a adição mineral mais utilizada e indicada para a produção de CPR. Isso
se deve à sua forma bem arredondada e ao seu tamanho, que chega a ser até 100 vezes menor
que o cimento (ISAIA, et al, 2011). A comparação entre o tamanho do grão de cimento e os
grãos de sílica ativa pode ser observada na Figura 4.6.4.
4.6.5 Pó de quartzo
fibras diminui consideravelmente o abatimento do CPR (JANG, SO e SO, 2016; LIANG et al.,
2018), sendo preferível utilizar um teor que atenue os efeitos da exposição às elevadas
temperatura, e não interfira na trabalhabilidade do material ainda no estado fresco.
Estudos realizados por Sanchayan e Foster (2016), e Liang et al. (2018) verificaram a
ocorrência de spalling no CPR, mesmo com a utilização de fibras metálicas, em temperaturas
próximas a 400 °C. Canbaz (2014) verificou degradação excessiva do concreto com fibra de
aço em temperaturas superiores a 700 °C, impossibilitando os ensaios de verificação de
resistência mecânica nos CPs. Como solução, ambas as pesquisas desenvolveram CPR com
misturas híbridas, por meio da adição de fibras poliméricas, que apresentaram melhores
resultados. A figura 4.6.2 ilustra a atuação das fibras de aço e de polipropileno, assim como as
alterações na microestrutura do CPR decorrentes do aquecimento.
pela fibra derretida, o crescimento e ramificação das fissuras é interrompido. Somado a isso, há
o controle de fissuração decorrente da atuação das fibras de aço, que conferem resistência à
tração ao concreto, porém isso só ocorre até temperaturas por volta de 600 a 800 °C, quando as
fibras perdem parte considerável de sua resistência.
O estudo mostra que a adição de fibras de polipropileno diminui a resistência à
compressão e o módulo de elasticidade do concreto em temperatura ambiente, porém, em
temperaturas a partir de 400 °C, a resistência residual do material é superior as misturas que
apresentam apenas a adição de fibras metálicas.
Segundo Liang et al. (2018), a adição de fibras de polipropileno diminuiu a
probabilidade de ocorrência e intensidade do spalling no CPR, porém não eliminou totalmente
as chances do fenômeno ocorrer, pois foram identificados lascamentos nos cantos e em algumas
faces dos CPs cúbicos. Em seu estudo foi verificado que a utilização da FPP impede a
fragmentação total dos corpos de prova, diferentemente das misturas com ausência da fibra,
além de também apresentar picos de resistência à compressão após aquecimento até a
temperatura de 400 °C.
5 MATERIAIS E MÉTODOS
43
5.1.3 Areia
O agregado de maior dimensão máxima utilizado na mistura de CPR foi a areia
Industrial.
5.1.4 Pó de quartzo
O pó de quartzo utilizado na presente pesquisa representa o agregado com menores
dimensões utilizado nas misturas de CPR.
5.1.5 Aditivo
O aditivo utilizado em todas as misturas foi o MasterGlenium 54, que são
aditivos hiperplastificantes redutores de água, especialmente formulados para aplicações em
que seja necessário reduções de água elevadas, manutenção de slump, resistências
iniciais superiores e alta durabilidade.
5.1.6 Água
Com o objetivo de diminuir a perda de trabalhabilidade do CPR durante a mistura,
devido ao calor de hidratação liberado pelo elevado teor de cimento do traço e atrito da haste
misturadora, optou-se por utilizar água em temperatura ambiente.
44
Para realização dos estudos experimentais, foram produzidos dois traços de concreto
pós reativos, e para uma avaliação do seu comportamento diante a altas temperaturas, esses
corpos de provas foram submetidos a um forno mufla, com variadas temperaturas, apresentando
diferentes reações.
Foram utilizados como referência os traços obtidos por Francklin Junior (2022) que
realizou estudos com CPR’s utilizando pó de quartzito da região de São Thomé das Letras -
MG. As proporções dos materiais são apresentados na tabela 5.
Tabela 5: Proporções dos materiais utilizados
Malha das peneiras em mesh Percentagem retida na peneira
# 30 18,18%
# 60 16,88%
# 80 15,58%
# 100 14,28%
# 200 12,98%
# 325 11,68%
# 400 10,38%
Fonte: (FRANCKLIN, 2022)
Na tabela 5.1 foram apresentados, em quilogramas, os quartzos utilizados na presente pesquisa:
Tabela 5.1: Quantidade de quartzos usados na pesquisa em massa
Malha das peneiras em mesh Quantidade de quartzos
# 30 1.818,00 kg
# 60 1.688,00 kg
# 80 1.558,00 kg
# 100 1.428,00 kg
# 200 1.298,00 kg
# 325 1.168,00 kg
# 400 1.038,00 kg
Fonte: (FRANCKLIN, 2022)
Após a mistura de todas as frações de quartzitos, foram pesados, assim como os outros materiais
constituintes do CPR, de acordo com a Tabela 5.1.2:
Tabela 5.2: Materiais Constituintes da pesquisa
Materiais Quantidade
Pó de quartzo (misturado) 1.540,00 Kg
Cimento CPV ARI 1.000,00 Kg
Água 0,220 Kg
Sílica Ativa 0,250 Kg
Aditivo 0,90 Kg
Fonte: (AUTOR, 2023)
As figuras 5.9 a 5.14, mostram o processo de pesagem dos materiais da Tabela 5.2:
Figura 5.9: Quartzos misturados Figura 5.10: Cimento CPV ARI
foi utilizado o mesmo pó de quartzo que foi misturado na produção anterior, com as quantidades
indicadas na Tabela 5.3:
Fonte: (AUTOR,2023)
de setembro. O previsto era que os corpos permanecessem na mufla também por 30 minutos.
Porém ao atingir apenas 03 minutos os dois corpos fragmentaram inteiro, sendo necessário o
desligamento e resfriamento da mufla, e retirada dos fragmentos. A figura 5.25 mostra o
estado que ficou os corpos.
Figura 5.25: Corpos de prova produzidos dia 05 de setembro submetidos a uma temperatura de
500°C
6 RESULTADOS
Após o aquecimento das amostras na mufla, a primeira análise feita foi a verificação da
ocorrência de spalling do concreto. Esse fenômeno se apresentou de diferentes formas e com
diferentes intensidades, de acordo com o aumento da temperatura e do traço utilizado.
Foi observado uma variação menor após aquecimento em temperatura de 300°C, e uma
variação mais expressiva quando aquecidos a 500°C. No entanto, as 800°C não foi viável a
realização do ensaio devido sua completa deterioração a 500°C.
Diante da análise dos detritos do spalling, verificou-se que, quanto maior a temperatura
de exposição, e quanto menor o fator a/c da mistura, maior foi a intensidade de desplacamentos
e fragmentação das amostras do CPR. O que mostra que, quanto maior a compacidade da
mistura e maior o tempo de exposição às elevadas temperaturas, maiores são os danos ao
concreto.
Os componentes da pasta de cimento, em temperaturas elevadas, sofrem transformações
físicas e químicas. A pasta de cimento em estado natural, possui em sua composição grande
quantidade de água livre e água capilar, além de água adsorvida. Quando exposta ao fogo, a
temperatura do concreto não se eleva até que toda a água evaporável tenha sido removida, sendo
necessário um considerável calor de vaporização para a conversão de água em vapor. Porem
como visto nas seções anteriores, o concreto de pós reativos possui uma baixa quantidade de
agua em seus componentes, o que explica o spalling tão imediato.
A ocorrência de spalling do CPR em temperaturas superiores a 300 °C também foi
verificada por alguns autores. Ju et al. (2017) realizaram um estudo sobre a ocorrência desse
fenômeno no CPR com diferentes teores de sílica ativa, no qual foi verificado o início do
desplacamento de fragmentos em temperaturas entre 317 e 386 °C.
Hiremath e Yaragal (2018) e Liang et al. (2018) utilizaram taxas de aquecimento de 5 e
4 °C/min, respectivamente, em amostras aos 28 dias de cura e verificaram ocorrência de
desplacamento explosivo em amostras de CPR, , após a exposição à temperatura de 400 °C.
Os agregados ocupam de 60 a 80% do volume do concreto e, portanto, a variação de
suas propriedades durante o aquecimento pode influenciar significativamente as características
do material. Em primeiro lugar, cabe lembrar que os diferentes agregados adicionados à mistura
não apresentam o mesmo coeficiente de dilatação térmica, levando ao aparecimento de
expansões internas com diferentes intensidades. Muitas vezes estas expansões são aumentadas
por transformações estruturais ocorridas na estrutura interna de certos agregados, como é o caso
dos silicosos contendo quartzo (granito, arenito e gnaisse), que sofrem expansão súbita e,
57
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O concreto de pós reativos é um material que apresenta certa complexidade para ser
dosado e produzido, demandando uma estrutura de produção diferente da comumente utilizada
para produção do concreto convencional e concreto de alto desempenho.
Para redução de disparidades ocasionadas durante a produção, se faz necessária certa
experiência trabalhando com o material antes da definição e produção dos traços finais. Visto
que é um material sensível às variações de temperatura durante a produção, sensível às
variações nas formas e intensidades de adensamento.
As complexidades mencionadas são compensadas pelas excelentes propriedades e
possibilidades de uso do material, visto que pode ser aplicado em estruturas e peças em que
nenhum outro tipo de concreto poderia, por não apresentarem propriedades mecânicas,
trabalhabilidade e qualidade de acabamento suficientes.
A presente pesquisa mostrou que há grande risco de ocorrer spalling do CPR quando
exposto a elevadas temperaturas.As resistências mais elevadas ainda podem ser atingidas em
função da temperatura em que o CPR for exposto, como em situações que simulem incêndios.
Cabe verificar se tais benefícios se mantém a longo prazo e se as propriedades afetadas
negativamente serão compensadas por esse ganho de resistência à compressão.
O programa experimental elaborado para a presente pesquisa permitiu analisar, o
comportamento de dois traços de CPR formulados. Foram analisadas as variações ocasionadas
pela exposição a elevadas temperaturas, em seu resfriamento. Também foi possível verificar
condições em que existe a possibilidade de ocorrer spalling dessas amostras ensaiadas.
Os resultados apresentaram menores variações após aquecimento em temperaturas de
até 300 °C. Sendo notadas reduções mais expressivas aos 500 °C.
Diante da análise dos detritos do spalling, verificou-se que, quanto maior a temperatura
de exposição, e quanto menor o fator a/c da mistura, maior foi a intensidade de desplacamentos
e fragmentação das amostras do CPR. O que mostra que, quanto maior a compacidade da
mistura e maior o tempo de exposição às elevadas temperaturas, maiores são os danos ao
concreto.
Diante das variações de materiais disponíveis nas diferentes regiões do planeta, da
ausência de métodos consolidados de dosagem e produção, da necessidade de construções e
estruturas com maior vida útil, julga-se que ainda há muito a ser estudado e pesquisado sobre o
concreto de pós reativos, para que suas excelentes propriedades possam ser aproveitadas de
59
1. Realizar análise mais aprofundada da faixa de temperatura entre 300 e 400 °C, para
identificar a temperatura mais próxima à ocorrência do início do spalling das amostras
de CPR, e verificar se as variáveis independentes tem influência na temperatura de início
do desplacamento explosivo.
9 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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