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São Paulo
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Catalogação-na-publicação
Neto, José
MEDIDAS ESTRUTURAIS SUSTENTÁVEIS PARA MICRODRENAGEM
NA SUB- BACIA DO JAGUARÉ / J. Neto, P. Pereira -- São Paulo, 2020.
79 p.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos aos Professores que tivemos durante a graduação, por não desistirem
da educação pública e servirem de inspiração a tantos alunos. Em especial
agradecemos ao Professor Joaquin e o Filipe por toda atenção dada a nós ao longo
deste trabalho.
Eu, Pedro, agradeço aos meus pais, Ricardo e Mona Lisa, e minha irmã Giovanna
por sempre terem me apoiado ao longo da minha trajetória, e minha namorada Julia,
que conheci graças a esta Universidade e que esteve ao meu lado nos momentos
mais difíceis da graduação. Agradeço em especial minha avó, Maria Thereza, por me
ter sido uma das principais responsáveis em possibilitar meu estudo na Poli, e ao meu
avô, Lincoln, que sempre foi e sempre será meu maior exemplo de estudo e trabalho.
Eu, José, sou grato a minha família, aos meus pais, Marcos e Roseli, e meus irmãos
Lucas e Ornella, que estiveram presentes e apoiaram minha graduação do início ao
fim, sempre me orientando, e me permitindo e ajudando a estudar e trabalhar com
tranquilidade nos momentos mais difíceis e de maior estresse da jornada. E em
especial, Jéssica Yumi, companheira e verdadeira, qual sempre me incentivou a
estudar e focar na graduação nos momentos de desestímulo e pressão, e sempre me
mostrou que devo dar valor às coisas que conquisto, mas com pés no chão.
Agradecemos também aos colegas de nossa turma, Ana, André, Gabriela, Isabella,
Leonardo, Luca, Maria Cecília e Thomas, os quais se tornaram imprescindíveis ao
longo dessa caminhada, de altos e baixos, responsáveis por essa conquista, sempre
aprendendo juntos e compartilhando conhecimento em trabalhos, grupos e estudos.
5
RESUMO
ABSTRACT
Floods in large Brazilian urban centres are recurring today. However, the problem has
its origins in the past: disorderly urbanization and planning that failed to adequately
predict land use in these places. These events are due to the occurrence of extreme
rainfall or inefficient urban drainage.Planned and efficient urban drainage is the
solution to this problem that brings serious consequences to the population.
The objective of this thesis is to elaborate a micro-drainage project through the use of
sustainable structural measures for a sub-basin affluent to the Jaguaré stream.
Alternatives were proposed that could be implemented, based on sustainable
structural measures through the recognition and treatment of the Jaguaré Stream sub-
basin at Av. Kenkiti Simomoto and hydrological and hydraulic modelling considering
micro-drainage structures.
The methods used to prepare the present study were a bibliographic review of
sustainable structural measures (Low Impact Development - LID), selection of the
study area, hydrological and hydraulic modelling using the PCSWMM software and
simulation and evaluation of the effectiveness of the proposed micro-drainage
measures in the sub-basin.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1-Objetos visuais do SWMM. Fonte: United States Environmental Protection Agency.
Storm water management model user 's manual version 5.1. ................................................ 20
Figura 12- Imagem de satélite com bairro do Jaguaré (São Paulo, SP) destacado em
vermelho ................................................................................................................................... 32
Figura 17-Avenida Kenkiti (trecho amarelo) e exutório definido para bacia (cubo vermelho), e
e 3 juntos) ................................................................................................................................. 47
e 3 juntos). ................................................................................................................................ 47
Figura 35-Rede de drenagem com a representação do terreno (em rosa) e condutos (em
amarelo).................................................................................................................................... 50
Figura 49-Área roxa indicando áreas de cobertura verde, na Avenida Kenkiti Simomoto ..... 62
Figura 50-Área em vermelho representa a área total criada antes da redução a 7% ............ 64
Figura 55-Comparação da mancha de inundação com LIDs (vermelho) com cenário base
Figura 56-Comparação da mancha de inundação com LIDs (vermelho) com cenário base
Figura 57-Comparação da mancha de inundação com LIDs (vermelho) com cenário base
Figura 60- Comparação da mancha de inundação com LIDs (vermelho) com cenário base
Figura 61- Impacto percentual das LIDs na área inundada, incluindo o TR de 5 anos. ...... 72
Figura 62- Impacto percentual das LIDs na área inundada no trecho 3 incluindo o TR de 5
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 13
3. PLANO DE ABORDAGEM...................................................................................... 31
12
4. RESULTADOS ......................................................................................................... 65
5. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 73
1. INTRODUÇÃO
1.1 O Problema
1.2 As Consequências
1.3 Solução
1.4 Objetivo
1.5 Justificativas
15
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para a ReCESA, são descritas como aquelas medidas que o homem usa para
modificar o curso de água. Geralmente são medidas que envolvem projetos e obras,
como estruturas hidráulicas, bacias de retenção, e canalizações.
O SWMM faz uso de uma série de objetos visuais que são utilizados para
representar o sistema de drenagem de águas pluviais. Ao todo são nove objetos:
hidrômetros, sub-bacias, nós de junção, nós de saída, nós divisores, unidades de
armazenamento, condutos, bombas e reguladores, representados na Figura 1.
20
Somado aos objetos visuais que são dispostos em um mapa, o SWMM faz
uso de uma série de classes de objetos não visuais para descrever características e
processos adicionais dentro de uma área de estudo. Os exemplos mais pertinentes
dessa classe são o hidrograma unitário (HU), os transects, o uso do solo e os
controles LID.
O HU estima a parcela da infiltração e vazão de entrada no sistema de
drenagem dependente da precipitação. Um conjunto de HU possui até três
hidrogramas, para respostas de curto, intermediário e longo prazo. Um grupo de HU
pode possuir até 12 conjuntos de HU, um para cada mês do ano. O SWMM considera
cada HU como um objeto separado e designa um nome para cada HU assim como o
nome do hidrômetro que alimenta os dados de precipitação.
Os transects representam os dados geométricos que descrevem como a cota
do terreno varia ao longo de uma linha traçada no modelo. Esse elemento é
extremamente importante para a representação do terreno no modelo porque irá
influenciar o tamanho e forma das manchas de inundação.
Os usos do solo no SWMM podem ser caracterizados como residencial,
comercial, industrial, solo exposto etc. O uso do solo é essencial na modelagem para
levar em conta a variação espacial no acúmulo de poluentes e taxas de escoamento
superficial na sub-bacia. O SWMM permite ao usuário definir uma combinação de
usos de solo de tal maneira a resultar em características de permeabilidade
constantes ao longo de uma sub-bacia, ou então é possível definir uma série de sub-
22
e pode ser escoada até a rede de drenagem ou para o próprio subsolo (TROWSDALE
& SIMCOCK, 2011).
Sua principal função é reter a água e diminuir o pico de cheia, ao trazer
características semelhantes ao período pré-desenvolvimento, de condições naturais
de infiltração. Se mostra como uma solução eficaz em áreas urbanas onde o espaço
verde é muitas vezes limitado, como na Figura 2.
Fonte: Aquafluxus
Fonte: ECycle
31
3. PLANO DE ABORDAGEM
Figura 12- Imagem de satélite com bairro do Jaguaré (São Paulo, SP) destacado em
vermelho
Fonte: FCTH
33
Fonte FCTH
Para a determinação da área a ser abrangida pelo projeto, foi decidido que o
enfoque do trabalho seria na sub-bacia do Jaguaré, referente à área da Av. Kenkiti
Simomoto. Para que a solução apresentada fosse mais precisa e localizada, decidiu-
se focar e delimitar uma área menor, permitindo maior detalhamento para a área e
resolução do problema de alagamentos e enchentes especificamente na avenida.
Além disso, ao excluir elementos e informações pouco relevantes para o projeto,
permitiu-se que o arquivo como um todo ficasse mais leve, com processamento mais
rápido, e com maior detalhamento e rigor dos próximos procedimentos a serem
mencionados.
Como citado, o software utilizado foi o PCSWMM. Para o início do projeto,
foram necessárias informações da rede de microdrenagem da bacia. Os dados com
papel essencial foram o de cadastros de boca de lobo, de galerias, e de curva de
nível. Com esses arquivos da bacia JE13, provenientes do FCTH, foi possível ter uma
ótima noção do tamanho e grau de refinamento com qual seria possível trabalhar na
bacia.
O primeiro passo então, foi definir o exutório da nova sub-bacia, pois assim, é
possível definir quais serão os caminhos dos escoamentos superficiais a serem
considerados para o projeto de drenagem localizada. Para tal, foi selecionado o início
da Avenida Kenkiti Simomoto, no ponto cruzamento com a Avenida Escola
Politécnica. Após a coleta do volume do exutório dessa sub-bacia, a água prossegue
para o sistema de macrodrenagem do Jaguaré com exutório no Rio Pinheiros,
36
representado pelo cubo verde na Figura 17. Esse trecho, da Avenida Escola
Politécnica ao Rio Pinheiros, não é parte do objeto de estudo.
Figura 17-Avenida Kenkiti (trecho amarelo) e exutório definido para bacia (cubo
vermelho), e exutório do Rio Pinheiros (cubo verde).
com extensão de 883 metros. Seu início é na Rua Tiagem e término é no início da
Avenida Kenkiti. Nota-se que no início dele há uma pequena ramificação, para a Rua
Marselha.
Com o arquivo MDT, foi possível identificar a cota de cada ponto do terreno.
O passo seguinte foi efetivamente dimensionar os elementos de drenagem em todos
seus parâmetros. Para isso, utilizou-se de restrições de projeto normalmente seguidas
microdrenagem, apresentadas abaixo:
● Recobrimento mínimo: 0,6 m
● Velocidade máxima: 5m/s
● Declividade superficial (slope): > 0
● Profundidade máxima do nó: 3 m
● Distância máxima entre nós de 100 m
● N de manning: 0.017
● Diâmetro mínimo: de 0,3 m e máximo de 1,5 m
Respeitando tais restrições, os perfis dos principais trechos finais foram esses
representados pela Figura 26 (trecho 1), Figura 27 (trecho 2), Figura 28 (trecho 3),
Figura 29 (trecho 4), Figura 30 (trechos 1 e 3) e Figura 31(trechos 2 e 3).
45
Para a modelagem das chuvas que seriam aplicadas na bacia, foi utilizada a
Equação de precipitações intensas para São Paulo, provenientes do relatório de
Precipitações Intensas do Estado de São Paulo, produzido pelo Departamento de
51
(1)
● para 10< t <1440 min.
● Onde:
○ i: intensidade da chuva, correspondente à duração t e período de
retorno T, em mm/min;
○ t: duração da chuva em minutos;
○ T: período de retorno em anos.
A metodologia utilizada para organização da precipitação calculada foi a de
Blocos Alternados, com uma chuva de duração de 3 horas e discretização em
intervalos de 10 minutos, totalizando 180 minutos.
Para o presente trabalho, utilizou-se chuvas de TR de 2 anos para calibração
do modelo e TR de 10, 25 e 50 anos para o estudo das medidas de microdrenagem.
Para o período de 180 minutos, na chuva de TR de 2 anos obteve-se 53 mm de chuva
acumulado, TR de 10 anos obteve-se 85 mm de chuva acumulado, TR de 25 anos
obteve-se 101 mm de chuva acumulado e para TR de 50 anos obteve-se 113 mm de
chuva acumulado. Os hietogramas resultantes baseados na equação estão
apresentados nas Figuras 36 (TR de 2 anos), Figura 37 (TR de 10 anos), Figura 38
(TR de 25 anos) e Figura 39 (TR de 50 anos)
52
.
Fonte: Autores (2020).
Figura 43-Manchas de inundação com TR de 50 anos
e 4).
Figura 44-Vista 3D do ponto de alagamento do trecho 1
Solo
Os valores dos parâmetros a seguir correspondem aos valores típicos
sugeridos por Rawls et al. (1983) para solos arenosos:
● Porosidade da camada de substrato = 0,437
● Capacidade de campo = 0,062
● Ponto de murcha = 0,024
● Condutividade hidráulica do solo saturado (ks) = 120,4 mm/h
● Potencial matricial do substrato = 49 mm
● Grossura do solo = 200 mm
Armazenamento
● Altura valor a adotar = 200 mm
● Índices de vazios = 0,67
● Condutividade = 0,5 mm/h
● Fator de entupimento = 0
casa para deter todo volume gerado pela chuva de TR de 10 anos, no entanto, como
a restrição imposta é de 1 cisterna por casa, será adotado um fator de redução de
90%, ou seja, a LID irá captar apenas 10% da água escoada no telhado. Portanto, o
segundo fator de consideração é considerar o volume total escoado sendo 10% do
volume total “captado” pelo telhado.
Conclusão: no modelo, a área total considerada será de 7% do total das áreas
vermelhas da Figura 50, resultando em 3.818 m2 de calhas de telhado com cisternas
verticais modulares.
4. RESULTADOS
Figura 60- Comparação da mancha de inundação com LIDs (vermelho) com cenário
base (azul) para TR de 5 anos.
Figura 61- Impacto percentual das LIDs na área inundada, incluindo o TR de 5 anos.
Figura 62- Impacto percentual das LIDs na área inundada no trecho 3 incluindo o TR
de 5 anos.
5. CONCLUSÃO
modelo. Portanto, para recomendação principal, aconselha-se que para projetos que
envolvem simulações de cheias e de drenagem, verificar de antemão a qualidade e
quantidade de dados disponíveis da região antes de definir o local de realização do
projeto em si.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Modeling LID-units in SWMM - A review of the current approach with suggestions for
improvement. 2017. Disponível em:
<http://lup.lub.lu.se/luur/download?func=downloadFile&recordOId=8928265&fileOId=
8928266> Acesso em: 10 nov 2020.
2005. 678 p.