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ILHÉUS – BAHIA
2021
ALLICYA CRISTINA CARDOSO CONCEIÇÃO
ILHÉUS – BAHIA
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4
2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 6
3 OBJETIVOS ...................................................................................................... 8
6 CRONOGRAMA ............................................................................................. 23
1 INTRODUÇÃO
consequência, é a área onde mais se produz essa fibra em todo o Brasil (GUIMARÃES; SILVA,
2012). Nessa perspectiva, Souza (2012) avaliou a resistência mecânica de um compósito
formulado com 50% de cimento Portland e 50% de pozolanas (cinza volante e metacaulim),
reforçados com fibras de piaçava e com a incorporação de resíduos de EVA da indústria
calçadista da região. A priori, o seu objetivo foi encontrar uma “matriz ideal com EVA” baseada
nas propriedades mecânicas e trabalhabilidade adquiridas. Os resultados apontaram que a
matriz cimentícia com 6% de EVA de 16 mesh obteve o melhor desempenho. Feito isso, Souza
(2012) ainda investigou a influência da variação do volume das fibras curtas de piaçava sobre
o comportamento mecânico dos compósitos, concluindo que, levando em consideração as
propriedades mecânicas do material, as melhores combinações foram aquelas com 2 % de fibras
de piaçava de 4 cm e com 2 % de fibras de piaçava de 2 cm.
Marinho (2017) complementa o trabalho de Souza (2012) ao estudar a durabilidade dos
compósitos cujas formulações obtiveram os melhores resultados. Ele chega à conclusão que o
tratamento das fibras de 4 cm com solução alcalina de NaOH, o seu alinhamento e a utilização
das pozolanas tornam o aproveitamento das fibras de piaçava viáveis para serem empregadas
em matrizes cimentícias e, por conseguinte, na construção civil.
O interesse desta pesquisa está em contribuir com a busca por materiais compósitos de
baixo impacto ambiental e que sejam atrativos para a indústria da construção civil do ponto de
vista econômico e funcional. A intenção é que esse feito também possa beneficiar a região Sul
da Bahia ao promover a produção piaçaveira e prover um destino ao resíduo de EVA da
indústria calçadista. Para tanto, a partir da sugestão de Marinho (2017), pretende-se coletar
dados referentes à durabilidade e resistência mecânica de compósitos com a substituição do
cimento Portland por 30% de material pozolânico (somente metacaulim), reforçados com fibras
curtas de piaçava (in natura e tratadas com solução de NaOH) e, ainda, com a incorporação do
resíduo de EVA cujo teor baseia-se na “matriz ideal com EVA” definida por Souza (2012).
2 JUSTIFICATIVA
o meio ambiente (MARINHO, 2017; SANTANA et al., 2018; SOUZA, 2012). Logo, é
oportuno atribuir um fim para essa parcela de resíduo. Em consonância ao que foi dito por
Mehta e Monteiro (2008), a reutilização dos resíduos de uma indústria como substitutos de
matérias-primas virgens na construção civil reduz o impacto ambiental de ambas as indústrias.
Destarte, a introdução de fibras vegetais (piaçava em particular) e EVA em matriz
cimentícia configura o surgimento de um material compósito funcional e sustentável. Portanto,
para um melhor entendimento da sua configuração, propriedades mecânicas e o seu
comportamento ao ser usado em ambientes agressivos, valida o presente trabalho como uma
contribuição para o conhecimento acerca da problemática proposta.
3 OBJETIVOS
3.1 Geral
3.2 Específicos
Visando atingir o objetivo geral deste trabalho, foram estabelecidos os seguintes objetivos
específicos:
a) avaliar de que forma a substituição parcial de 30% de cimento Portland por metacaulim
altera as propriedades mecânicas (compressão e tração) dos compósitos;
b) avaliar a resistência à compressão e à tração na flexão em corpos de prova (cp’s) com e
sem presença de metacaulim;
c) verificar de que forma o tratamento das fibras de piaçava em meio contendo 10% de
solução de NaOH influencia as propriedades mecânicas do compósito de matriz
cimentícia;
d) avaliar a durabilidade das fibras de piaçava através de ensaios de tração na flexão após
ciclos de envelhecimento acelerado.
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4 REVISÃO DE LITERATURA
4.1 Compósitos
1
SANTIAGO, M. O. Aplicações do GRC – cimento reforçados com fibras de vidro em novos estádios de Servilha,
Espanha. In.: Arquimacom’2002. São Paulo, 2002.
2
CAETANO, L. F. et al. Compósito de matriz cimentícia reforçada com fibras. In: II Seminário de Patologia das
edificações. 2004, Porto Alegre. Anais ... Porto Alegre: UFRGS, 2004. p. 4.
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LEVY NETO e PARDINI, 2006; SANTOS, 2015). O sucesso do material compósito deriva do
fato de que os materiais constituintes do material compósito não dissolvem um no outro e
exibem uma interface bem definida entre eles (NASCIMENTO, 2009).
Dessa forma, as propriedades de um compósito são funções de fatores como as
propriedades dos constituintes, suas quantidades relativas e geometria, distribuição e orientação
da fase dispersa (CALLISTER JR.; RETHWISCH, 2012). Silva (2014), em sua tese de
doutorado, ressalta a necessidade de afinidade entre os materiais que foram unidos, pois devem
trabalhar conjuntamente para responder aos esforços físicos do meio. Marinho (2017) frisa
ainda que se deve levar em conta a capacidade dos componentes em resistir à ação de agentes
agressivos, como: intemperismo, ataque químico, abrasão, e demais condições de serviço
solicitadas ao longo da sua vida útil. Sendo assim, conhecer as propriedades físicas e químicas
dos constituintes dos compósitos é fundamental para alcançar materiais cada vez mais
eficientes, resistentes mecanicamente e duráveis (NETO; CARVALHO; ARAÚJO, 2007).
depender do comprimento destas, sendo que o último leva em conta a orientação das fibras. A
Figura 2 mostra a disposição dos elementos de reforço de um compósito reforçado com fibras.
A utilização de fibras como materiais de construção retoma o ano de 4000 a.C., quando
os Egípcios usavam fibras naturais como o papiro para fazer barcos, velas e cordas. Desde
então, registros da História do homem na Terra mencionam a utilização de fibras como reforço
em materiais compósitos (IZQUIERDO, 2011; VENTURA, 2009).
Contudo, ainda que a incorporação de fibras retome períodos remotos da humanidade,
a sua aplicação em matrizes cimentícias representa somente uma pequena porcentagem dos
materiais confeccionados no mundo. Esse quadro é atribuído ao fato de que somente nas últimas
décadas os princípios relativos à utilização de fibras como reforço de matrizes frágeis (tais como
pasta de cimento, argamassa e concreto) começaram a ser compreendidos (LIMA, 2004).
É sabido que o cimento é amplamente utilizado na construção civil, seja na confecção
de blocos, estruturas ou revestimentos. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do
Cimento (SNIC) (2019), em 2018, no mundo, foram produzidos cerca de 3,99 bilhões de
toneladas desse material. O Brasil, décimo segundo maior produtor mundial com 53,6 milhões
de toneladas neste mesmo ano, destinou cerca de 90% da sua produção ao setor imobiliário
(SNIC, 2019). O sucesso da utilização desse material na construção civil é atribuído a boa
moldabilidade no estado fresco e, no estado endurecido, é o responsável pelo desenvolvimento
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Figura 3 – Esquema de concentração de tensões para um concreto sem (a) e com reforço de
fibras (b).
No que tange a classificação das fibras quanto a sua morfologia, elas podem ser naturais
ou sintéticas. Esse último grupo, surgiu no século XIX graças aos avanços tecnológicos neste
mesmo período (IZQUIERDO, 2011; VENTURA, 2009). Conforme Figura 4, as fibras naturais
podem ser de origem mineral, animal ou vegetal. Enquanto que as artificiais ou sintéticas, que
são aquelas produzidas pelo homem, podem ser metálicas, poliméricas ou cerâmicas.
As fibras naturais ganham cada vez mais notoriedade entre os pesquisadores de todo o
mundo, os quais buscam aplica-las nos mais diversos setores da Engenharia, como na
construção civil. Isso acontece, principalmente, por essas oferecerem vantagens em relação às
fibras sintéticas (SANTOS, 2015).
Dentre essas vantagens, destacam-se: menor gasto de energia em sua produção; baixo
custo; e farta disponibilidade obtida a partir de fontes consideradas renováveis. Elas ainda
apresentam como vantagens a baixa densidade, boa flexibilidade no processamento,
propriedades específicas aceitáveis, podem ser modificadas pela presença de agentes químicos
e não são prejudiciais à saúde. Além disso, a sua utilização traz benefícios socioeconômicos à
população agrícola, valorizando o homem do campo e atribuindo-lhe uma fonte de renda.
Contudo, ainda que as vantagens sejam vastas, deve-se ater a algumas desvantagens do uso de
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fibras naturais em compósitos como, por exemplo: baixa durabilidade (em especial em matriz
cimentícia cuja alcalinidade induz à mineralização das fibras), propriedades não uniformes
(visto se tratar de um material natural e, por isso, sem controle de produção) , baixa estabilidade
dimensional (devido à absorção de umidade pelos grupos hidrofílicos de sua estrutura), falta de
termoplasticidade, baixa temperatura de processamento e incompatibilidade com diversas
matrizes (AQUINO, 2003; IZQUIERDO, 2011; MELO FILHO, 2012; SANTOS, 2015;
SAVASTANO JÚNIOR, 2000).
As fibras vegetais são compósitos naturais - provenientes tanto das folhas, quanto dos
caules e troncos das plantas - com uma estrutura celular bem arquitetada que possui elevada
resistência à tração, ótima interação entre os constituintes, proteção contra ataques externos e
geometrias específicas que maximizam as propriedades do vegetal (FORNARI JUNIOR, 2017;
SANTOS, 2015; SOUZA, 2016).
A proteção física e química, bem como o crescimento e desenvolvimento da planta estão
entre as principais funções dessas fibras. Dessa forma, para cumprir seu papel e sustentar a vida
do vegetal, elas devem atender simultaneamente as solicitações de tração, flexão e
alongamento. Isso só é possível porque, em sua formação estrutural, existem
predominantemente três tipos de macromoléculas: a celulose, a hemicelulose e a lignina.
A celulose, polímero natural de cadeia longa, será a maior responsável pela forma
estrutural e alongada que os vegetais apresentam. As moléculas de celulose raramente são
encontradas individualmente nas paredes das células vegetais, sendo encontradas em unidades
denominadas de fibrila elementar. As fibrilas elementares são agregadas em unidades sob a
forma de feixes mais largos, denominados micro-fibrilas (FORNARI JUNIOR, 2017; SOUZA,
2012). Segundo Marinho (2017, p. 24), “a rigidez e a durabilidade da celulose são suportadas
pela sua formação de cadeias de micro-fibrilas rígidas e insolúveis, integradas pelas numerosas
ligações de hidrogênio intra e intermoleculares”.
O grupo constituído de monossacarídeos polimerizados de peso molecular
intermediário, isto é, inferior ao da celulose, é denominado de hemicelulose. Conforme
mencionado nos trabalhos de Fornari Junior (2017) e Marinho (2017), ela atua como uma matriz
para as micro-fibrilas de celulose, servindo para manter conectadas as cadeias celulósicas,
formando prolongamentos laterais da celulose, constituindo uma ponte e um único conjunto
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Figura 5 – Morfologia das fibras vegetais: (a) micrografia de fibra de sisal, (b) desenho
esquemático de uma fibrocélula e (c) estrutura interna de parede da fibra.
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os materiais que estarão presentes nos compósitos a ser ensaiados serão: cimento, areia,
água, pozolana, EVA e fibras de piaçava. Os três primeiros serão constantes em todos os corpos
de prova ensaiados, enquanto que, a depender da variável analisada, os três últimos estarão
presentes concomitantemente ou não na matriz cimentícia.
O cimento Portland empregado para a confecção da matriz cimentícia será do tipo CP
V – ARI RS (Alta Resistência Inicial Resistente a Sulfatos) da marca MIZU. Em função do
seu processo de fabricação, dosagem de calcário e argila na produção do clínquer e da moagem
mais fina do cimento, tem alta reatividade nas primeiras horas de aplicação, fazendo com que
atinja resistências elevadas em um curto intervalo de tempo. Além disso, esse tipo de cimento
não possui adições pozolânicas e o teor de inertes é o mais baixo quando comparado aos demais,
conforme visto na Figura 6. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
ABNT, 2018). A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) (2002) recomenda a sua
aplicação em elementos pré-moldados de concreto e artefatos de cimento para desforma rápida.
A areia média, agregado miúdo natural necessário para obtenção da matriz cimentícia,
será peneirada, secada em estufa e ensacada com o objetivo de retirar o excesso de impurezas,
umidade, e proteger de outros contaminantes que porventura possam interferir nos resultados
dos ensaios.
A água utilizada para a mistura da argamassa será fornecida pela Empresa Baiana de
Águas e Saneamento (EMBASA) através da rede pública de abastecimento. Apenas para a
realização do tratamento superficial das fibras de piaçava com 10% de NaOH será empregada
água destilada, esta fornecida pelo LAMMA.
Diferente de Souza (2012) e Marinho (2017), será incorporada na matriz cimentícia
apenas um tipo de pozolana: o metacaulim. O teor de substituição do cimento Protland por esse
material será de 30%, teor com respaldo em pesquisas anteriores que desenvolveram
compósitos com matriz cimentícia livre de hidróxido de cálcio.
A incorporação do resíduo de EVA como agregado leve, com o objetivo de propor-lhe
um fim sustentável, será baseada no melhor resultado obtido por Souza (2012) no qual foi
utilizado um teor de 6% da massa total de agregado miúdo. O método proposto para a obtenção
da granulometria está descrito na Figura 7, e será reproduzido neste trabalho.
1º moagem dos
2ª moagem
recortes de EVA
Granulometria
desejada: material Peneiramento em
retido na peneira de agitador mecânico
16 mesh (1,18 mm)
As fibras de piaçava, por fim, serão da espécie Attalea funifera Martius, proveniente do
município de Ilhéus – Bahia. Elas serão cortadas para que fiquem com 4cm de comprimento e,
então, serão introduzidas nos corpos de prova a um teor de 2% da massa total de sólidos. Essas
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medidas estão baseadas nos trabalhos de Souza (2012) e Marinho (2017), as quais alcançaram
bons resultados em ambos. Quanto a orientação dessas fibras, optou-se por distribuí-las de
forma dispersa, pois, embora o alinhamento das mesmas promova resultados efetivos, a
produção de compósitos em larga escada seria dificultada.
A formulação dos compósitos será pautada nas variáveis de estudo, que são: presença
de metacaulim, fibras in natura e tratadas em solução de NaOH a 10%, resistência à compressão
e à tração e a durabilidade do compósito após ensaios de envelhecimento acelerado.
Partindo dessa definição, as formulações apresentadas no Quadro 1 serão avaliadas.
Serão preparados, para cada ensaio, cinco cp’s por formulação apresentada no Quadro
1. Os ensaios de tração na flexão serão feitos com cp’s prismáticos (40 mm x 40 mm x 160
mm) enquanto que, para o ensaio de compressão, serão adotados cp’s cilíndricos (50 mm x 100
mm). O compósito será produzido com base nos trabalhos de Souza (2012) e Santos (2015).
Marinho (2017) resumiu esse método de produção da matriz cimentícia, conforme visto na
Figura 8.
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Após os 28 dias de cura, os cp´s estarão prontos para serem ensaiados. Os 5 exemplares,
para cada formulação, serão submetidos à compressão e à tração na flexão. O método do Ensaio
de Resistência à Compressão será o 5x10 corrigido PC200CS a uma taxa de carregamento de
0,25 Mpa/s. Já, para o Ensaio de Resistência à Tração na Flexão, será adotada a configuração
de três pontos, biapoiada, com carga concentrada e deslocamento controlado de 2mm/min,
baseando-se no método proposto pela NBR 13279 (ABNT, 2005).
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Após a execução de todos os ensaios, pretende-se obter, para cada formulação, dados
referentes à resistência a compressão e os picos de resistência à tração na flexão, sendo o
primeiro pico denominado resistência à primeira fissuração (referente à resistência da matriz
cimentícia) e o segundo pico denominado como resistência pós-fissuração (referente à
resistência do compósito após a fissura da matriz cimentícia).
Dessa forma, através da estatística descritiva, pretende-se familiarizar-se com os dados,
organizá-los e sintetizá-los de forma a obter maior compreensão dos fatos que os mesmos
representam. Nessa etapa inicial serão realizados cálculos da média, variância, desvio padrão e
coeficiente de variação.
Os testes de hipóteses são ferramentas de inferência estatística que visam decidir, com
base nas informações da amostra, se uma dada hipótese pode ser assumida como correta em
virtude de uma outra que a contradiga. Dessa forma, torna as afirmações e comparações a
respeito dos dados coletados mais assertiva. A hipótese nula, 𝐻0 , é a alegação inicialmente
assumida como verdadeira. A hipótese alternativa, 𝐻1 , é a afirmação contraditória a 𝐻0 . A
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hipótese inicial só será rejeitada se existir na amostra fortes evidências de que 𝐻0 seja falsa.
Portanto, a saída dos testes de hipótese dirá se deve ou não rejeitar a condição de que a hipótese
inicial seja verdadeira (SCUDINO, 2008). O nível de significância e o p-valor são artifícios que
ajudam nessa tomada de decisão.
O nível de significância, 𝛼, geralmente é especificado antes da extração das amostras e
das hipóteses, assumindo comumente o valor de 0,05. Isto representa a probabilidade máxima
com a qual pode ser cometida o erro de aceitar uma hipótese que deveria ser rejeitada. Logo,
pode-se afirmar que existe 95% de chance de tomar a decisão certa. Na resposta dos testes de
hipótese, compara-se o menor nível de significância em que 𝐻0 seria rejeitado (p-valor) com o
nível de significância adotado (𝛼) (SCUDINO, 2008). Portanto, se:
a) 𝑝 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 ≤ 𝛼 → rejeita 𝐻0 no nível 𝛼;
b) 𝑝 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 > 𝛼 → não rejeita 𝐻0 no nível 𝛼.
Existem duas classificações dos testes de hipóteses: os paramétricos e os não
paramétricos. No primeiro, a distribuição dos dados é conhecida. Porém, no segundo, não se
conhece essa distribuição. Então, antes da aplicação de um teste de hipóteses deve-se sempre
verificar se os dados da amostra são normalmente distribuídos. Dentre as opções de métodos
para verificar se as variáveis apresentam uma distribuição normal, optou-se pelo Teste de
Shapiro-Wilk. A partir de uma variável estatística (W), ele investiga a distribuição de uma
amostra aleatória. Essa variável é dada por:
2
(∑𝑛
𝑖=1 𝑎𝑖 𝑥(𝑖) )
𝑊= 2 (1)
∑𝑛
𝑖=1(𝑥(𝑖) −𝑥̅ )
6 CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
D’ALMEIDA, A.; TOLEDO FILHO, R.; MELO FILHO, J. Cement composites reinforced by
short curaua fibers. Revista Matéria, v. 15, n. 2, p. 153–159, 2010.
MIRANDA, C. S. et al. Efeito dos tratamentos superficiais nas propriedades do bagaço da fibra
de piaçava Attalea funifera Martius. Quimica Nova, v. 38, n. 2, p. 161–165, 2015.
reciclagem de resíduos para a construção de baixo custo. 2000. 152 f. Tese (Livre-Docência)
– Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.