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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ

ENGENHARIA CIVIL

MIGUEL JUNIOR SOUSA PEREIRA

PATOLOGIAS EM PAVIMENTO ASFÁLTICO

SÃO LUÍS – MA
2022

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MIGUEL JUNIOR SOUSA PEREIRA

PATOLOGIAS EM PAVIMENTO ASFÁLTICO

Monografia apresentada como requisito


parcial da disciplina Trabalho de
Conclusão de Curso I (TCC I) do curso de
Engenharia Civil, orientado pelo
Professor__________.

SÃO LUÍS – MA

2022

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DEDICATÓRIA

A minha família, especialmente aos meus pais


Miguel Arcanjo Gomes Pereira e Francisca Silva de
Sousa Pereira que não medem esforços e investe ao
seu filho aquilo que é mais importante na sua vida
que é o conhecimento.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, que abriu as portas de


facilicadade e me abençoou.
Aos meus familiares, que me deram forças para que eu
pudesse realizar esse sonho.
Aos meus amigos, que estiveram juntos e colaboraram na
minha vida acadêmica.

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RESUMO

O estudo objetivou apresentar dados e informações referentes a avaliação de patologias

em pavimento asfáltico através da norma técnica DNIT 154/2010 ES, como solução na

manutenção do revestimento das pistas no setor, por meio da abordagem de aspectos

técnicos que interferem na qualidade do pavimento. A manutenção foi realizada para

possibilitar o conforto, segurança ao usuário e o aumento do tempo de vida deste

revestimento asfáltico. Afundamentos em panelas (buracos), trincas tipo “ couro de

jacaré “ identificadas no trecho onde coloca em risco o deslocamento e, se não forem

adequadamente solucionados, podem se tornar irreparáveis, exigindo assim que o

pavimento seja reconstruído em toda a sua estrutura.

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SUMÁRIO

1. Introdução................................................................................................08

1.1 Objetivos............................................................................................09

1.1.1 Objetivos Gerais............................................................................ 09

1.1.2 Objetivo Específicos.......................................................................09

2. Referencial Teórico..................................................................................10

2.1 Definições de Pavimento...................................................................10

2.1.1 Pavimento ...............................................................................10

2.1.2 Tipos de Pavimento.................................................................12

2.2. Camadas Constituintes do Pavimento Flexível ...............................13

2.2.1 Revestimento ou Capa de Rolamento.......................................13

2.2.2 Base...........................................................................................13

2.2.3 Sub-Base...................................................................................13

2.2.4 Subleito .....................................................................................13

2.2.5 Reforço do Subleito ..................................................................14

2.2.6 Regularização de Subleito.........................................................14

2.2.7 Leito...........................................................................................14

2.3 Manifestações Patológicas em Pavimentos com

Comportamento Flexível................................................................. 16

2.3.1 Afundamento ...........................................................................16

2.3.2 Corrugação...............................................................................16

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2.3.3 Panela e Remendo ..................................................................17

2.3.4 Trinca Interligada .....................................................................18

2.4 Definições de Manutenções nos Pavimentos Flexíveis ..................19

2.4.1 Manutenção Preventiva ...........................................................19

2.4.2 Manutenção Corretiva .............................................................19

2.5 Metodologia ....................................................................................20

2.5.1 Descrição da Área de Estudo .................................................20

2.5.2 Patologias Observadas na Avaliação .....................................22

2.6 Execução.......................................................................................23

2.7 Conclusões e Sugestões Finais....................................................29

2.8 Referências Bibliográficas............................................................30

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1. Introdução

O estudo aqui apresentado teve como finalidade principal apontar as patologias

existentes na via secundária 25_entorno RVV – VALE em São Luís - MA, após a

identificação destas falhas no pavimento das pistas de rodagem da via apontar possíveis

soluções com base no caderno de normas e procedimentos do Departamento Nacional

de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

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1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivos Gerais

Realizar a avaliação e manutenção aplicando a norma regulamentadora DNIT

154/2010 ES, Pavimentação asfáltica – Recuperação de defeitos em pavimentos asfálticos -

Especificação de serviço em pavimento flexível implantado na via secundária 25_entorno

RVV – Portaria TMPM Boqueirão em São Luís-MA.

1.1.2 Objetivos Específicos

 Identificar as patologias no pavimento flexível das pistas de rolamento

encontrados na via secundária 25_entorno RVV ;

 Aplicar o procedimento de avaliação pela norma regulamentadora;

 Relatar quais são os possíveis problemas, causas e manifestações

patológicas encontrados no pavimento;

 Apontar quais as possíveis necessidades de manutenção e reabilitação do

pavimento estudado.

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2. Justificativa e importância do trabalho

No que se trata de um sistema de pavimentação, é fundamental estabelecer processos

de manutenção e reabilitação, porém, mais do que escolher a intervenção ideal, é

primordial garantir a perfeita execução dos serviços. Conhecer as patologias e saber

como saná-las de maneira eficiente é o que garantirá o melhor aproveitamento do tempo

e dos recursos. O trabalho se justifica pela importância da avaliação realizada como

forma de apontamento de possíveis soluções para os pavimentos acometidos pelas

patologias encontradas. Para os acadêmicos do curso de engenharia civil o presente

estudo servirá de base para a complementação e aprofundamento nessa temática, que

vem a ser um enfrentamento diário na rotina de engenheiros que atuam nesse ramo.

Como futuro profissional o estudo serviu para corroborar a preferência do autor por esse

campo de atuação na futura e próxima vida profissional como engenheiro civil.

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3. Referencial teórico

3.1 Definições de pavimento

3.1.1 Pavimento

O pavimento é uma plataforma constituída por camadas subjacentes de espessuras finitas e

composta por materiais compactados constituídos sobre a superfície final da terraplanagem, tendo

por finalidade o objetivo de distribuir as cargas exercidas com a passagem dos veículos para as

camadas inferiores, considerando em sua vida útil de serviço a manutenção preventiva, corretiva e

de reabilitação, proporcionando aos usuários melhoria nas condições de rolamento, com conforto,

segurança e economia (BERNUCCI et al., 2008).

3.1.2 Tipos de pavimentos

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Os pavimentos podem ser classificados em três categorias principais, de acordo

com DNIT (2006):

Flexível - onde pode haver deformações elásticas significativas em todas as camadas

sob o carregamento aplicado, pois as cargas se distribuem em parcelas

aproximadamente equivalentes entre as camadas, como ilustrado na figura 1.

Figura 1- Seção típica de um pavimento flexível

Fonte: MARQUES, 2007

Semi-rígido - é conhecido como uma base cimentada por algum aglutinante com

propriedades cimentícias, e sendo revestida por uma camada asfáltica (ver figura 2).

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Figura 2 - Seção típica de um pavimento semi-rígido

Fonte: Adaptado de MARQUES, 2007.

Rígido - é caracterizado por possuir uma elevada rigidez em seu revestimento em

relação às camadas inferiores, podendo absorver praticamente todas as tensões

provenientes do carregamento exercido, baseado na figura 3.

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Figura 3 - Seção típica de um pavimento rígido

Fonte: Adaptado de MARQUES, 2007.

Nos pavimentos há situações intermediarias em que é difícil estabelecer um limite

entre as duas famílias de pavimentos. No entanto, além de certas misturas

betuminosas, os materiais como cimento e a cal, resistem apreciavelmente á tração. A

consideração de deformabilidades simultâneas e resistência dos diferentes materiais

permitirá fazer um melhor conhecimento da rigidez ou flexibilidade dos pavimentos

(SOUZA, 1980).

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3.2 Camadas constituintes do pavimento flexível

3.2.1 Revestimento ou capa de rolamento

É a camada destinada a impermeabilizar o pavimento e resistir diretamente às ações

do tráfego, melhorar as condições de rolamento quanto ao conforto, segurança e

comodidade, e transmitir os esforços horizontais, às camadas inferiores, de forma

atenuada, tornando assim, a superfície de rolamento mais durável (DNIT, 2006).

3.2.2 Base

É a camada considerada estruturalmente a mais importante, com a função de

resistir e redistribuir os esforços oriundos dos veículos, de forma atenuada as camadas

subjacentes (subleito), podendo ser construída com materiais estabilizados

granulometricamente ou quimicamente, utilizando-se a cal, cimento, betume e dentre

outros (DNIT, 2006).

3.2.3 Sub-base

É a camada complementar á base, só executada quando não for conveniente

executar a própria base diretamente sobre a fundação regularizada (leito), por razões

de ordem econômica, reduzindo a espessura da base, podendo exerce as mesmas

funções da base, drenar infiltrações e controlar a ascensão capilar da água, quando for

o caso (DNIT, 2006).

3.2.4 Subleito

É a própria fundação dita (terreno), onde a mesma tem a função de resistir os

esforços oriundos transmitidos pelas camadas superiores (DNIT, 2006).

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3.2.5 Reforço de subleito

É a camada executada sobre o leito regularizado, tendo como objetivo de reduzir as

camadas superiores e melhorar as características do subleito, através de

compactações realizadas com base no CBR, obtido através de controle de qualidade

(DNIT, 2006).

3.2.6 Rgularização de subleito

É uma camada de espessura variável, executada quando necessário, a conformar o

leito, transversalmente ou longitudinalmente, com o objetivo de receber o pavimento.

Entretanto, nas antigas estradas não pavimentadas é viável fazer a regularização,

evitando-se o corte e a escarificação de uma camada superficial já existente pelo o

tráfego (DNIT, 2006).

3.2.7 Leito

É a própria superfície do subleito, oriunda através da terraplenagem ou pelo o terreno

natural (DNIT, 2006). Embora, o pavimento asfáltico tem suas generalidades,

possuindo um processo de camadas que as tornam um pavimento flexível, como na

figura 4.

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Figura 4 - Seção típica de um pavimento flexível

Fonte: LIMA, 1999

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3.3 Manifestações patológicas em pavimentos com comportamento flexível.

3.3.1 Afundamento

Figura 4 - afundamento

Fonte: DNIT, 2003.

3.3.2 Corrugação

Figura 5 - corrugação

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Fonte: inovacivil.com.br.
3.3.3 Panela e Remendo

Figura 6 - Panela – Buraco

Fonte: DNIT, 2003.

Figura 7 - Remendo

Fonte: AUTORA, 2019.

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3.3.4 Trinca interligada

Figura 8 - Trinca interligada – tipo “couro de jacaré”

Fonte: AUTORA, 2019.

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3.4 Definições de manutenções nos pavimentos flexíveis

3.4.1 Manutenção preventiva

A manutenção preventiva é o conjunto de operações de conservação realizadas periodicamente,

no objetivo de evitar o surgimento e o agravamento de defeitos (DNIT, 2006).

3.4.2 Manutenção corretiva

A manutenção corretiva é realizada de acordo com uma programação com base em

técnica para eliminação de imperfeições existentes, tendo como objetivo de reparar e

sanar os defeitos (DNIT, 2006).

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4. METODOLOGIA

A primeira etapa consiste no desenvolvimento da pesquisa, onde foi possível realizar o

levantamento de dados bibliográficos acerca do tema central e outros a esse

relacionado, a fim de compreender o que vem a ser um pavimento flexível, quais os

tipos de manifestações patologias que podem existir no pavimento asfáltico, suas

terminologias e características e suas atividades de manutenção e reabilitação. A

segunda etapa consiste na definição do método a ser utilizado, considerando os

dados já obtidos sobre a avaliação de patologias em pavimento asfáltico, no qual

foi aplicado a avaliação objetiva através da norma regulamentadora DNIT 154/2010

ES,

A terceira etapa consiste na determinação da região a ser avaliada. Onde foi escolhido a

via secundaria 25_entorno RRV, descrita no local superior TMPM portaria do boqueirão

– VALE, que tem um grande fluxo de veículos, gerando assim, repetições de cargas ao

pavimento, e consequentemente o surgimento de patologias nas pistas de rolamento.

A quarta etapa consiste na finalização do trabalho de conclusão de curso (TCC). Com

todas as outras etapas realizadas e por fim concluídos com suas respectivas sugestões

finais.

4.1 Descrição da área de estudo

O presente estudo teve sua prática executada in loco, ou seja, os procedimentos

especificados pela norma foram aplicados na via secundária 25, onde a manutenção foi

executada conforme a norma especifica, com intuito de atingir os objetivos gerais e

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específicos contidos no escopo deste trabalho, anotando assim, os tipos de patologias

existentes na área.

Figura 9 – Vista superior da via secundária 25

Fonte: Mapas, 2022.

Após os levantamentos de extensão da via seundária 25 chegou-se aos valores

referentes a extensão total da área de estudo, que é de 2 km².

A discriminação das trincas a ser feitas as manutenções corresponde a área de 0,540

Km² de área.

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Figura 10 – Vista superior da via secundária 25 em estudo

Fonte: Mapas, 2022.

Conforme visto na figura 10 acima, pode-se notar que foram escolhidos dois trechos para executar

manutenção. O critério de escolha deu-se pela presença de patologias aparentes e fluxo de

veículos.

4.2 Patologias observadas na avaliação

Os tipos de defeitos catalogados pela norma brasileira NORMA DNIT 154/2010–ES

são panela ou buraco (cavidade que se forma no revestimento por diversas causas

podendo alcançar as camadas inferiores do pavimento, provocando a desagregação

dessas camadas) e Trinca tipo “Couro de Jacaré” (conjunto de trincas interligadas

sem direções preferenciais, assemelhando-se ao aspecto de couro de jacaré. Essas

trincas podem apresentar, ou não, erosão acentuada nas bordas).

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5. Execução

Os remendos superficiais são executados para selar, provisoriamente,

as trincas superficiais, evitando a penetração da umidade no interior

do pavimento, impedindo maiores degradações. Este tipo de reparo

pode ser executado através da aplicação de capa selante ou de uma

fina camada de material asfáltico e agregado miúdo, misturados em

usina.

Aplica-se a capa selante em segmentos cujas trincas não apresentem

uma largura superior a 3 mm - NORMA DNIT 154/2010–ES

Figura 11 – Via secundária 25 em estudo

Fonte: Próprio Autor, 2022

25
Para preparar adequadamente a área onde deve ser aplicado o

remendo, corta-se o revestimento existente, inicialmente formando

uma vala em torno da área degradada, a fim de proporcionar bordas

verticais formando os limites da área a ser reparada - NORMA DNIT

154/2010–ES (ver figura 12).

Figura 12 – Via secundária 25 em estudo

Fonte: Próprio Autor, 2022

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A área é varrida e limpa, usando-se vassouras ou jato de ar

comprimido, caso necessário - NORMA DNIT 154/2010–ES

(conforme vemos na figura 13).

Figura 13 – Via secundária 25 em estudo

Fonte: Próprio Autor, 2022

27
Sobre a superfície deve ser aplicada emulsão asfáltica de ruptura

rápida, na taxa de 0,5 l/m2, devendo esta ser aumentada caso as

fendas absorvam mais ligante que o previsto - NORMA DNIT

154/2010–ES (conforme apresenta na figura 14).

Figura 14 – Via secundária 25 em estudo

Fonte: Próprio Autor, 2022

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Espalhar o agregado de cobertura, imediatamente após a aplicação da emulsão,

recomendando-se a utilização de material compreendido entre as peneiras de 3/8" e nº

10 - NORMA DNIT 154/2010–ES (ver figura 15).

Figura 15 – Via secundária 25 em estudo

Fonte: Próprio Autor, 2022

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Logo a seguir, iniciar a compressão com rolo pneumático, ou eventualmente utilizar

passagens do pneumático do caminhão transportador do agregado de cobertura. A

abertura ao tráfego deve ser permitida, somente, após a ruptura da emulsão - NORMA

DNIT 154/2010–ES (conforme na figura 16).

Figura 16 – Via secundária 25 em estudo

Fonte: Próprio Autor, 2022

Verificação do produto

A verificação final da qualidade deve ser feita mediante inspeção visual, observando-se

o comportamento do material aplicado em relação ao tráfego.

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5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES FINAIS

De acordo com este trabalho de graduação aqui descrito evidencia-se que é de grande

importância o conhecimento dos tipos de defeitos do pavimento asfáltico para executar

as devidas manutenções e reabilitações. Através das manutenções executas perante a

norma técnica DNIT 154/2010 – ES, apresentadas neste trabalho, considera-se de

grande relevância para o pavimento a identificação das patologias existentes, pois não

há dúvidas de que a manutenção realizada teve como solução de sanar as trincas e

buracos apresentado no pavimento da via secundaria 25_entorno RRV, descrita no local

superior TMPM portaria do boqueirão – VALE.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Departamento Nacional de Infra-Estrutura De Transportes. Defeitos nos


pavimentos flexíveis e semi-rígidos. Terminologia. DNIT 005/2003– TER. Rio de
Janeiro: DNIT, 2003.

BRASIL, Departamento Nacional de Infra-Estrutura De Transportes. Índice de


gravidade global para avaliação da superfície de pavimentos flexíveis e semi-
rígidos. DNIT 006/2003– PRO. Rio de Janeiro: DNIT, 2003.

BRASIL, Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. Manual do


aluno. Volume I, Rio de Janeiro: DNIT, 2009.

BRASIL, Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. Manual de


gerência de pavimentos. Rio de Janeiro (RJ), 2010.

BRASIL, Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. Manual de


restauração de pavimentos asfálticos. 2. ed. Rio de Janeiro: DNIT, 2005.

BRASIL, Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. Manual de


pavimentação 3. ed. Rio de Janeiro: DNIT, 2006.

dnit/pt-br/assuntos/planejamento-e-pesquisa/ipr/coletanea-de-normas/coletanea-de-

normas/especificacao-de-servico-es/dnit_154_2010_es.pdf

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