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DISCENTES:
Entretanto a economia do norte não deslanchou por completo, segundo o economista Paulo
Gala, este processo ocorre devido á três principais fatores, sendo o primeiro o tipo de
remuneração, que segundo o autor:
Tratava-se de um sistema quase sérvio, onde os cargos mais altos da produção recebiam uma
parcela maior da renda, enquanto os trabalhadores braçais, recebiam bem pouco. Outro ponto
foram os meios de transportes utilizados, foram bastantes centrados nos rios e afluentes, com
a sua limitação apesar de ser o mais adequado para sua região. Por último, é notável que não
houve o desenvolvimento dos outros setores, como a agricultura, que permanece muito
baseada na subsistência, deixando a economia bastante baseada na atividade extrativa.
Com uma economia de baixa produtividade, as pessoas produziam o necessário apenas para
subsistência, provocando uma retração na divisão social do trabalho e especialização. Mesmo
diante das disto a população do nordeste continua a crescer, parte disto se dá a
disponibilidade de alimentos na região, criando o que Furtado denomina de “Reservatório de
mão de obra”, que contribuem para a criação do excedente econômico nos outros estados,
uma vez que passam por frequentemente ondes de migrações em diferentes ciclos
econômicos, sendo importante não apenas para a economia, mas também para a ocupação
territorial da nação.
Sul
No princípio do sec. XVII, parte da população de são Paulo vai Rumo ao Rio Grande do Sul, para
lá firmar-se, junto com algumas tropas destacadas para defesa, com a intenção de proteger o
território brasileiro, enquanto desenvolviam sua economia com base na pecuária, com alguns
poucos pontos de agricultura. Nesta fase a ocupação do Sul assemelha-se a ocupação ocorrida
na América do norte, uma vez que o governo proveu diversos auxílios para que os colonos se
mudassem para tal região, e o trabalho escravo é pouco usado e a população é etnicamente
homogenia e sem diferenciação de grupos sociais.
Rapidamente a produção de gado prosperou era destinado sobretudo para a produção de
couro, na maioria das vezes a carne era descartada por falta de demanda, esse cenário muda
no final do sec. XVIII, quando a região era grande exportador de carne de charque, para o resto
do país e alguns produtos como a gordura do animal, era vendido para fabricar graxa. No início
do sec. XIX, há um notável desenvolvimento na produção do trigo em sua agricultura. Após
meados do sec. XIX, verifica-se um aumento nas atividades acículas e pecuárias, para
abastecimento das grandes cidades que vinham se desenvolvendo, Rio de Janeiro e São Paulo.
REFERÊNCIAS
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 1ª ed. São Paulo: Companhia Das
Letras, 2007.
JÚNIOR, Caio Prado. História Econômica do Brasil. 1ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2008.