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Na Primeira Revolução Industrial, em meados do século XVIII na Europa, houve uma migração

em massa das populações campestres para os centros urbanos, atraídas pelas oportunidades de
emprego nas grandes indústrias recém-formadas. Posteriormente, convencionou-se chamar esse
fenômeno geográfico de êxodo rural, e sua ocorrência é comum em locais em processo de
industrialização. Suas causas e consequências sociais são as mais variadas, e dentre estas, destaca-se
um demasiado aumento na densidade populacional de determinados locais em detrimento da
desertificação de outros.
Em primeiro lugar, convêm ressaltar uma série de infortúnios que o crescimento exorbitante na
população relativa pode ocasionar nas cidades não preparadas para receber esses imigrantes rurais.
Como na música “migração”, do cantor Jair Rodrigues, que narra a história de um retirante do
interior nordestino que chegou na cidade grande e não encontrou trabalho, a realidade acontece de
forma semelhante: há falta de emprego e infraestrutura, aumenta-se, assim, o número de pessoas em
situação de rua, além da favelização.
Concomitantemente, enquanto as metrópoles e regiões metropolitanas crescem cada vez mais, as
cidades interioranas e áreas rurais perdem os seus habitantes, isto é, ao mesmo tempo que ocorre o
inchaço urbano, ocorre o despovoamento. Esse despovoamento acarreta em várias resultantes, como
a desintegração de povoados inteiros e, consequentemente, da sua produção agrícola local, por não
terem competição justa com os grandes produtores latifundiários.
Dessa forma, ficam claras as consequências que o êxodo rural, sobretudo se feito de forma
desordenada, pode causar. É fato que medidas a fim de evitar isso já aconteceram, como a
descentralização industrial, porém não foi o suficiente. Sendo assim, cabe ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), incentivar a agricultura familiar com benefícios
fiscais e financiamentos, para que a população rural consiga o seu sustento e, caso o êxodo rural
continue acontecendo, que seja por opção e não por necessidade.

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