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em massa das populações campestres para os centros urbanos, atraídas pelas oportunidades de
emprego nas grandes indústrias recém-formadas. Posteriormente, convencionou-se chamar esse
fenômeno geográfico de êxodo rural, e sua ocorrência é comum em locais em processo de
industrialização. Suas causas e consequências sociais são as mais variadas, e dentre estas, destaca-se
um demasiado aumento na densidade populacional de determinados locais em detrimento da
desertificação de outros.
Em primeiro lugar, convêm ressaltar uma série de infortúnios que o crescimento exorbitante na
população relativa pode ocasionar nas cidades não preparadas para receber esses imigrantes rurais.
Como na música “migração”, do cantor Jair Rodrigues, que narra a história de um retirante do
interior nordestino que chegou na cidade grande e não encontrou trabalho, a realidade acontece de
forma semelhante: há falta de emprego e infraestrutura, aumenta-se, assim, o número de pessoas em
situação de rua, além da favelização.
Concomitantemente, enquanto as metrópoles e regiões metropolitanas crescem cada vez mais, as
cidades interioranas e áreas rurais perdem os seus habitantes, isto é, ao mesmo tempo que ocorre o
inchaço urbano, ocorre o despovoamento. Esse despovoamento acarreta em várias resultantes, como
a desintegração de povoados inteiros e, consequentemente, da sua produção agrícola local, por não
terem competição justa com os grandes produtores latifundiários.
Dessa forma, ficam claras as consequências que o êxodo rural, sobretudo se feito de forma
desordenada, pode causar. É fato que medidas a fim de evitar isso já aconteceram, como a
descentralização industrial, porém não foi o suficiente. Sendo assim, cabe ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), incentivar a agricultura familiar com benefícios
fiscais e financiamentos, para que a população rural consiga o seu sustento e, caso o êxodo rural
continue acontecendo, que seja por opção e não por necessidade.