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Objetivo: mostrar em que condições ocorreu a abolição do tráfico de escravos no Brasil, bem
como suas principais implicações. Relacionar a crise de mão de obra desencadeada pelo fim do
tráfico com as principais transformações socioeconômicas e políticas da segunda metade do século
XIX (caps. 19 a 21 do Furtado), analisando a nascente economia cafeeira e evidenciando quais são
os principais agentes sociais dessas transformações.
Cap. 19 – Declínio a longo prazo do nível de renda: primeira metade do século XIX
Nenhuma indústria cria mercado para si mesma, logo, precisávamos de um mercado
exportador. O que seria mais intuitivo de começar no Brasil seria pela indústria têxtil, que
tinha algum mercado interno de tamanho considerável, mas o produto inglês era tão mais
barato que não valia a pena. Mesmo com cotas de importações, comprar do mercado
interno era muito mais caro e os ingleses tentavam impedir a todo custo a exportação de
maquinário fabril
A elite dominante do Brasil sendo de grandes senhores agrários não tinha interesse em
desenvolver uma industrialização no país, mas, deixando-a de lado, Furtado reconhece que
as exportações eram necessárias para o desenvolvimento da política de industrial.
A principal causa do atraso relativo do Brasil na primeira metade do século XIX foi a
diminuição das suas exportações
Fala de uma baixa nos preços dos principais produtos exportados pelo Brasil na ordem de
40% em média (a renda real cresceu 40% menos do que os volumes exportados),
enquanto a média de preços das importações permaneceu estável
O que poderia ter remediado a situação seria um aumento das atividades não ligadas ao
comercio exterior (indústria, urbanização), o que não ocorreu. O que Furtado sugere como
hipótese foi um aumento da representatividade do setor de subsistência, de produtividade
menor, que resultaria nessa queda da renda per capta durante o período.