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Urbanização

e Espaço
Rural

Daniel Comparato de Barros


Professora Ana Cintra
7ºano
ÍNDICE

● Introdução
● Regiões metropolitanas brasileiras
● Principais regiões metropolitanas brasileiras
● O início da industrialização brasileira
● O espaço rural brasileiro
● Movimentos sociais do campo (MST)
● O agronegócio no Brasil
● A agricultura familiar
INTRODUÇÃO

Os espaços urbano e rural apresentam características próprias que os diferenciam, embora nos
últimos anos estejam cada vez mais conectados. Nesses espaços, há dinâmicas sociais, econômicas e
ambientais que marcam o nosso país atualmente.
No meu trabalho, eu escrevi e entendi sobre a economia, a população, o espaço rural, o agronegócio,
etc.
Com isso podemos ver que o Brasil é um país muito importante e variado em sua economia.
REGIÕES METROPOLITANAS BRASILEIRAS

Quando o número de habitantes de uma cidade aumenta, sua área urbana se expande. Esse
processo é chamado de expansão da mancha urbana.Quando há uma mancha de expansão urbana
de dois ou mais municípios, pode acontecer uma conurbação. Conurbação é a união física das áreas
urbanas desses municípios.

Uma região metropolitana é uma área formada por vários municípios que apresentam uma
estrutura ou aglomeração urbana interligada entre si ou em torno de uma cidade principal, como
uma metrópole.

Em 1974, um ano depois de terem sido criadas pela legislação brasileira, havia em todo o país nove
regiões metropolitanas. Em 2010, eram 38. Esse aumento de regiões metropolitanas é resultado do
crescimento das cidades médias. Este fato está relacionado aos fluxos migratórios que ocorrem entre
os municípios de um mesmo estado ou entre estados de uma mesma região. Em 2018 já havia 69
regiões metropolitanas.

Atualmente, o Brasil possui 35 Regiões Metropolitanas:

Sul: 11 Regiões Metropolitanas.

Nordeste: 12 Regiões Metropolitanas.

Sudeste: 7 Regiões Metropolitanas.

Norte: 3 Regiões Metropolitanas.

Centro-Oeste: 2 Regiões Metropolitanas.


PRINCIPAIS REGIÕES
METROPOLITANAS BRASILEIRAS

Essas são as principais regiões metropolitanas por população:

Regiões Estado População Posição População Posição em


Metropolitanas 2010 2000 2000* 2010 2010

São Paulo SP 17.878.703 1 19.672.582 1

Rio de Janeiro RJ 10.792.518 2 11.711.233 2

Belo Horizonte MG  4.819.288 3  5.413.627 3

O INÍCIO DA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

O Brasil é considerado um país emergente ou em desenvolvimento. Mas está quase um século


atrasado industrialmente e tecnologicamente em relação às nações que entraram no processo de
industrialização no momento em que a Primeira Revolução Industrial entrou em vigor, como
Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos, Japão, etc.

As indústrias no Brasil começaram a se desenvolver a partir de mudanças estruturais de caráter


econômico, social e político, que aconteceram principalmente durante os últimos trinta anos do
século XIX.

O conjunto de mudanças aconteceu especialmente nas relações de trabalho, com a expansão do


emprego, que resultou em aumento do consumo de mercadorias, a abolição do trabalho escravo e o
ingresso de estrangeiros no Brasil como italianos, alemães, japoneses, e muitas outras
nacionalidades, que vieram para compor a mão de obra, além de contribuir no povoamento do país,
como ocorreu na região Sul. Um dos maiores acontecimentos na área política foi a proclamação da
República. Por causa desses acontecimentos históricos, o processo industrial brasileiro passou por
quatro etapas:

● Primeira etapa: Essa etapa ocorreu entre 1500 e 1808, quando o nosso país ainda era
colônia. Assim a metrópole não aceitava a implantação (colocar em algum lugar) de
indústrias (em casos especiais como os engenhos não contam) e a produção tinha regime
artesanal.

● Segunda etapa: Foi uma etapa que se desenvolveu entre 1808 e 1930, que ficou marcada
pela chegada dos portugueses em 1808. Nesse período foi aprovado a implantação de
indústria no país a partir de várias condições, entre elas, a criação, em 1828, de um tributo
(imposto) com taxas de 15% para mercadorias importadas e, em 1844, a taxa tributária subiu
para 60%, denominada de tarifa de Alves Branco. Outro fato ocorrido foi o declínio do café,
quando os fazendeiros deixaram suas atividades no campo e, com o recurso que tinham,
entraram no setor industrial, que tinha grande perspectivas de prosperidade. As primeiras
empresas limitavam-se à produção de alimentos, de tecidos, além de velas e sabão. A
maioria dos produtos fabricados tinham pouca necessidade da tecnologia.

● Terceira etapa: Essa etapa ocorreu entre 1930 e 1955, neste momento as indústrias
receberam muitos investimentos dos ex-cafeicultores e também em logistica (realização de
planejamentos e projetos). Houve a construção de vias para a circulação de mercadorias,
matérias -primas e até pessoas, muitas evoluções nos meios de transporte que facilitaram a
distribuição de mercadorias para várias regiões do país (muitas das ferrovias que
anteriormente transportavam o café, agora nesta etapa serviram para o interesse industrial).
No país, foi instalada a Companhia Siderúrgica Nacional, construída nos anos de 1942 e
1947, empresa de muita importância para o sistema produtivo industrial, as vezes que
abastecia as indústrias com matéria-prima, principalmente metais. Em 1953, foi formada
uma das mais promissoras empresas estatais: A Petrobrás.

● Quarta etapa: Essa etapa teve início em 1955, e segue até os dias atuais. Essa etapa foi feita
inicialmente pelo presidente Juscelino Kubitschek, que fez a abertura da economia e das
fronteiras produtivas, permitindo a entrada de recursos em forma de empréstimos e
também em investimentos com a instalação de empresas multinacionais. Com o ingresso
caminhos, com a intensificação da entrada de empresas e capitais estrangeiras
comprometendo o crescimento autônomo (livre) do país, o que resultou no crescimento da
dependência econômica, industrial e tecnológica em relação aos países com a economia
estável. No fim o século XX, houve um pequeno aumento na economia do país, melhorando
a qualidade de vida da população brasileira, e também de maior acesso ao consumo.
O ESPAÇO RURAL BRASILEIRO

Os espaços rurais se caracterizam pela abundância nas atividades econômicas do setor primário. São
praticadas atividades como: pecuária, agricultura e o extrativismo.

A atividade no setor agrícola é uma das mais importantes da economia brasileira. A produção
agrícola do Brasil é uma das principais atividades que são responsáveis pela balança comercial do
país. No Brasil, a produção agrícola é muito diversificada: o café, a soja, a laranja, o feijão, o milho,
etc; são alguns dos produtos cultivados no país.

A pecuária brasileira, é considerada uma das mais produtivas do mundo, porque se destaca na
exportação de carne bovina e na criação de aves. A criação de gados (são os animais que oferecem a
carne bovina) concentra-se, atualmente, em grandes propriedades, mas concentram-se
preferencialmente na produção de carne, há dados de que esse produto seja o mais valorizado e o
mais exportado.

Atualmente, no Brasil, destacam-se no espaço rural dois problemas que são os principais: a
concentração fundiária e a expansão agrícola.

A Concentração Fundiária: A concentração fundiária é muito marcada no espaço rural brasileiro. A


concentração fundiária é a existência de grandes propriedades no controle de poucos proprietários
ou até mesmo de apenas um proprietário. Muitas dessas grandes propriedades são caracterizadas
como improdutivas ou muito pouco produtivas, o que são chamados como latifúndios. A estrutura
fundiária brasileira, a maioria, usa o sistema de plantation. Plantation foi um sistema de exploração
colonial usado entre os séculos XV e XIX principalmente nas colônias europeias da América. De
acordo com esse sistema mantido até hoje em muitas áreas rurais brasileiras, a produção agrícola
ocorre em grandes propriedades e se destina a venda para outros países, não sendo utilizada para o
abastecimento da população do país. No Brasil, apenas 21% das terras ocupadas no campo são
pequenas propriedades, ou seja, propriedades com uma área inferior a 100 hectares (é a medida
mais usada para o cálculo do tamanho de áreas agrícolas, matas e áreas naturais). Cerca de 45% dos
estabelecimentos rurais brasileiros são classificados como grandes propriedades.

A Expansão da Fronteira Agrícola: A fronteira agrícola corresponde ao avanço das áreas de


atividades agropecuária ao meio ambiental. É nessa área que se registram os desmatamentos ilegais.
Esse processo de expansão das atividades agropecuárias , foi a que causou o desmatamento de
grande parte do cerrado , e agora está seguindo em direção a Floresta Amazônica. Mesmo com o
monitoramento e a fiscalização de órgãos oficiais muitas áreas de floresta são derrubados todos os
meses.
MOVIMENTOS SOCIAIS DO CAMPO (MST)

A concentração fundiária causa o desemprego, a miséria e a violência no espaço rural. Por essas
questões resultaram na organização de movimentos sociais que exigiu acesso à terra. Alguns lutam
pela realização da reforma agrária que é a redistribuição de terras rurais e a renda agrícola como
forma de reduzir a concentração fundiária e assim garantir melhores condições de vida para os
trabalhadores do campo.

Apesar de haver as diversas siglas, os movimentos sociais do campo constituíram-se, historicamente,


a partir de duas principais associações: as Ligas Camponesas, entre os anos de 1940 e 1960, e o
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), criado em 1980.

As Ligas Camponesas surgiram após o final da ditadura militar do Governo Vargas e estruturaram-se
com bases e orientações do PCB – Partido Comunista Brasileiro. Porém, foi somente durante o ano
de 1950 que as Ligas conseguiram uma integração que envolveu quase a totalidade do país, através
das organizações ou ligas regionais.

Em 1984, durante o período da redemocratização, os trabalhadores rurais novamente se organizaram


e fundaram o MST, durante o primeiro congresso nacional do movimento, realizado na cidade de
Cascavel, no Paraná. Em sua agenda de lutas estão: a reforma agrária, a luta pela terra e a
transformação social. Desde a sua fundação, o MST atua através da ocupação de grandes latifúndios
e terras improdutivas, construindo assentos. Mas, é importante destacar que esse é apenas o seu
método de ação, e não o seu objetivo final. Após a ocupação, o movimento realiza pressão para que
o Estado ofereça condições de infraestrutura básica como rede elétrica e outros.

Durante as ocupações, o MST costuma oferecer apoio às famílias, com a criação de escolas e cursos
de formação política e de técnicas de cultivo e agricultura familiar, estimulando a organização dos
pequenos produtores rurais em cooperativas.
O AGRONEGÓCIO NO BRASIL

O agronegócio, que atualmente recebe o nome de agrobusiness (agronegócios em inglês),


corresponde à junção de diversas atividades produtivas que estão diretamente ligadas à produção e
subprodução de produtos derivados da agricultura e pecuária.

O agronegócio é o setor mais importante para a economia do Brasil. Além de ser importante para a
economia nacional, o Brasil desenvolve tecnologias de ponta no setor, o que atrai o olhar do mundo
para o agronegócio brasileiro. Mas, em geral, seja praticado em grandes propriedades em sistema
monocultural, voltado a exportação, as médias e algumas pequenas propriedades participam do
agronegócio, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste, por meio de cooperativas agrícolas.

O agronegócio engloba atividades de cultivo, processamento, industrialização, distribuição e


comercialização dos produtos da agropecuária, articulando os diferentes setores da economia. A
agroindústria está dentro desse sistema integrado de produção.

No Brasil, a produção de soja e a pecuária intensiva são as principais atividades do agronegócio. Nos
últimos anos sua participação nas exportações brasileiras tem sido muito expressiva.
A AGRICULTURA FAMILIAR

No Brasil, a agricultura familiar é a principal responsável pelo abastecimento do mercado interno e


apresenta alta produtividade.

Segundo a Constituição brasileira, materializada na Lei nº 11.326 de julho de 2006, considera-se


agricultor familiar aquele que desenvolve atividades econômicas no meio rural e que atende alguns
requisitos básicos, tais como: não possuir propriedade rural maior que 4 módulos fiscais*; utilizar
predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas de propriedade; e
possuir a maior parte da renda familiar proveniente das atividades agropecuárias desenvolvidas no
estabelecimento rural.

No ano de 2006, o IBGE realizou o Censo Agropecuário Brasileiro. Nele, verificou-se a força e a
importância da agricultura familiar para a produção de alimentos no país.

Aproximadamente 84,4% dos estabelecimentos agropecuários do país são da agricultura familiar. Em


termos absolutos, são 4,36 milhões de estabelecimentos agropecuários. Entretanto, a área ocupada
pela agricultura familiar era de apenas 80,25 milhões de hectares, o que corresponde a 24,3% da
área total ocupada por estabelecimentos rurais.

Segundo o IBGE, a agricultura familiar era responsável por grande parte da produção de alimentos no
país:

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