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CENTRO EDUCACIONAL ERLACH

TRABALHO DE GEOGRAFIA

JOÃO PEDRO AGUIAR OLIVEIRA


Você é um(a) importante funcionário(a) que trabalha no Ministério da
Economia do Governo em Brasília.

O desafio desse ministério é auxiliar o desenvolvimento da Economia do


Brasil. Você trabalha lá e foi chamado para uma importante missão.

O Ministro chefe percebeu que a Industrialização está perdendo forças no


Brasil. As Indústrias estão saindo do país e procurando outros países para se
instalarem. Você foi chamado para ajudar na solução do problema. 
O Ministro chefe pediu para que você faça uma pesquisa sobre as
Industrias no Brasil, destacando:

 A Importância da industrialização para o desenvolvimento do Brasil


 Qual o motivo das indústrias estarem saindo do Brasil

A sua pesquisa e as informações que você trouxer, irão ajudar o Ministério a


desenvolver estratégias para o desenvolvimento das Indústrias no Brasil

A Importância da industrialização para o desenvolvimento do


Brasil

O processo de industrialização brasileiro é considerado tardio, quando


comparado à industrialização dos países capitalistas centrais. Ela teve início
somente no século XX, quase 200 anos depois da industrialização na Europa.

Foi somente na terceira fase da industrialização do Brasil que o governo e


classe burguesa fizeram maciços investimentos no setor, adquirindo
maquinários e melhorando o setor de transportes e energia, fator esse que
tornou o país competitivo e apto para receber indústrias mundiais, integrando-
se ao sistema capitalista global.

Atualmente, o país encontra-se totalmente industrializado, participando de


todos os tipos de indústrias, com economia global forte e caminhando para uma
independência tecnológica e econômica.
Indústria automobilística no Brasil

Características da industrialização no Brasil

O Brasil faz parte do grupo de países que realizaram sua industrialização de


forma tardia, no século XX, ou seja, bastante atrasada em relação aos
pioneiros da industrialização, que iniciaram esse processo ainda no século
XVIII.

Dentre os fatores que explicam essa situação, podemos considerar o fator


histórico como sendo o mais influente, pois, na ocasião do início da
industrialização, o Brasil era colônia de Portugal e estabeleceu durante o
período colonial uma forte parceria comercial com a Inglaterra, que foi o
primeiro país a se industrializar. Dessa forma, o Brasil passou a fornecer
matéria-prima e produtos agropecuários para seu parceiro, que, na contramão
do processo, industrializou-se fortemente ainda no século XVIII. Em 1785,
porém, a colônia foi proibida de produzir produtos manufaturados, dessa forma,
o que restou para o país foi continuar com a sua economia agropecuária.
Ao se industrializar, o que ocorreu somente na década de 1930, a indústria
encontrava-se concentrada na Região Sudeste. Ela só foi descentralizada, indo
para as demais regiões, na década de 1970 em diante.

Atualmente, o Brasil é um dos países mais industrializados do mundo, com


economia global forte e intensa participação capitalista global. Desde a década
de 1990 é visto como um dos melhores países para se investir e instalar
indústrias do mundo.

Períodos do processo de industrialização no Brasil

 Primeiro período

O primeiro período do processo de industrialização brasileira ocorreu de 1500 a


1808. Nesse momento não se falava em indústria no país, pois o Brasil era
colônia de Portugal. De certo modo, fazia-se restrição ao processo industrial, e
a produção existente na época era tradicional, com uso da mão de obra.

 Segundo período

O segundo período ocorreu de 1808 a 1930, quando houve a implantação de


algumas indústrias no país. Essas indústrias deveriam seguir algumas
regras, como o protecionismo econômico, instaurado em 1828, o qual
determinava que todos os produtos vindos de fora do país, especialmente
Inglaterra e Portugal, sofreriam um acréscimo de valor, em 15% e 16%,
respectivamente, tarifa que dificultava a importação comercial e favorecia o
desenvolvimento da indústria brasileira.

Mais tarde, em 1844, o valor da tarifa para produtos importados subiu para 60%
e, nesse momento, foi criada a Lei Alves Branco. Dessa forma, investir no
setor industrial era algo interessante e bem-visto pela classe burguesa do
Brasil.

Naquele mesmo momento, observou-se um declínio da principal atividade


econômica do país (a produção cafeeira) e ocorreram fortes investimentos
na produção industrial, isto é, em maquinários, transportes e portos no Brasil,
favorecendo assim o avanço da industrialização brasileira. As primeiras
indústrias do país estavam ligadas à extração mineral, produção de calçados,
tecidos e alimentos.

 Terceiro período

No terceiro período, que ocorreu de 1930 a 1955, foram observados maciços


investimentos no setor industrial, oriundos tanto de iniciativas privadas
quanto do governo brasileiro, na tentativa de alavancar o setor. Foram
realizados avanços no setor de transportes, com aberturas de ferrovias e
rodovias. Observou-se também o desenvolvimento do setor energético no
Brasil e de logística. Foi instalada a Companhia Siderúrgica Nacional, entre
1942 e 1947, que contribuiu para a oferta de matéria-prima para a indústria no
país. Em 1953, foi criada a Petrobras, maior empresa estatal do setor
energético petroleiro do Brasil.

Sede da Petrobras – Brasil. [2]

O Brasil, nesse período, viu-se preparado para o amplo desenvolvimento


industrial e para os maciços investimentos no setor. Diversas políticas públicas
foram criadas para promover o desenvolvimento econômico nacional rumo a
uma industrialização completa e eficiente.

 Quarto período

O quarto período acontece desde 1955 até os dias atuais. Foi marcado pelos
projetos políticos instalados no governo do presidente Juscelino
Kubitschek (1956-1961), que promoveu uma intensa abertura econômica do
país para as empresas multinacionais, ampliando fortemente a abertura de
novas empresas, dos mais variados tipos, incentivando o consumo, o
consumismo e a competitividade tanto interna quanto externa.

O Brasil, a partir daí, pôde conhecer o mercado de consumo externo


e integrar-se aos processos de exportação e comércio global. Alguns
setores industriais não sofreram tantos investimentos, como o de tecnologia de
ponta, o que tornou o Brasil um país dependente econômica e
tecnologicamente de outras economias globais.

Indústria de produção de etanol – Brasil.


Na década de 1990, o país experimentou um forte crescimento econômico
industrial, o que resultou no aumento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro
e gradativo aumento da qualidade de vida da população, bem como aumento
do consumo. Esse fenômeno perdura até a atualidade, colocando o Brasil entre
as maiores potências econômicas.

Industrialização atual

Atualmente o país vive um forte crescimento e desenvolvimento industrial,


motivado e influenciado pelo capital externo e pelas multinacionais instaladas
em nosso território. Há um forte desenvolvimento industrial nos diversos tipos
de indústrias, desde a indústria de base até as indústrias de alta tecnologia.

O Brasil é dependente economicamente de outros países, para quem


destina sua produção, seja ela industrial, seja agroindustrial, e também
depende das tecnologias produzidas por países desenvolvidos, o que
denota uma fragilidade na economia nacional, pois faltam investimentos em
pesquisa e educação, o que poderia ampliar a produção na área tecnológica e
diminuir essa dependência.

Os desafios que o país enfrenta na atualidade giram em torno de questões


como minimizar a dependência de outras economias e implementar planos
governamentais e projetos que viabilizem a produção de ciência e tecnologia
para promover o desenvolvimento industrial.

O Brasil conta com parques industriais sofisticados e competitivos, de


maneira descentralizada em todo o território, com produção de bens de base,
intermediários e de ponta. Setores como o farmacêutico, automobilístico,
eletroeletrônico, energético, têxtil, alimentício, entre outros, são destaques na
nossa produção, bem como o agroindustrial.

Resumo

De 1500 a 1808: ausência de atividade industrial, economia brasileira era


primária.De 1808 a 1930: surgem as primeiras atividades industriais com
protecionismo econômico.1844: criação da Lei Alves Branco. 1930:
investimentos políticos no setor industrial e privado, com melhorias do setor
de transportes. 1942 a 1947: implantação da Companhia Siderúrgica
Nacional. 1953: criação da Petrobras. Década de 1950: implantação de
projetos políticos de JK e abertura econômica do Brasil. 1990: elevação do
PIB. Século XXI: crescimento e desenvolvimento industrial.

Desenvolvimento da Indústria no Brasil

A indústria, independentemente de seu setor de atuação, possuí um papel


importante em diversas instâncias de um país. É a partir dela que ele
consegue ter maior autossuficiência de produtos, sem que dependa de
outros países para obtê-los e consequentemente repassá-los ao
consumidor. Essa é também uma forma de aumentar as possibilidades de
exportação e elevar o consumo de mercadorias nacionais. O Brasil, por
exemplo, é um dos maiores exportadores de petróleo, café, soja, alumínio,
entre outros. Além disso, as indústrias trazem diversos outros benefícios para o
Brasil, que podem ser conferidos a seguir:

Acesso a melhores produtos

A competitividade entre indústrias poderá fazer com que busquem soluções


para produzir mercadorias de melhor qualidade ou que possam oferecer algum
tipo de vantagem ao adquiri-las. Assim, isso poderá aumentar as possibilidades
de produtos disponíveis, de acordo com o poder de compra de cada pessoa.

Geração de empregos

É inegável que por meio das indústrias empregos são gerados. Afinal, é através
do trabalho humano, com auxílio de ferramentas, que produtos ou serviços
serão desenvolvidos. Assim, com elas aumenta-se a renda dos cidadãos e
consequentemente melhora o seu padrão de vida e o acesso a bens de
consumo.
Melhora do nível educacional da população

Com o passar dos anos, as necessidades das pessoas vão mudando, devido
muitas vezes ao avanço tecnológico. Por essas razões, é necessário ter
funcionários com conhecimentos específicos, que estejam preparados para
desenvolver melhorias de produtos, de acordo com as necessidades do cliente.
Logo, para isso, é necessário que esses colaboradores tenham melhor nível
educacional ou especialização em alguma área.

Elevação do estímulo à pesquisa

A partir das demandas de uma indústria, é necessário o desenvolvimento de


pesquisas, que possam prever e corrigir problemas, notar padrões de consumo
e melhorar a qualidade de produtos e o padrão de vida da população. Com
isso, o acesso a informações para tomada de decisões e gestão de uma
empresa também será maior.

Conheça soluções de desenvolvimento industrial

Para garantir o sucesso de uma indústria, é essencial utilizar ferramentas que


possam agilizar processos e reduzir custos. Para isso, os softwares de ERP
(Enterprise Resource Planning) podem ser fortes aliados. Por meio deles,
dados e informações de uma empresa são reunidos e organizados em um
único sistema, facilitando a gestão e planejamento de processos.

Qual motivo das Industrias estarem saindo do Brasil

Em janeiro deste ano, a Ford anunciou o fechamento de todas as fábricas no


Brasil e o encerramento da produção no país. Em 2019, a companhia já tinha
parado a produção na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), que foi vendida
para a Construtora São José. De agora em diante, a empresa atuará como
importadora, comercializando produtos originários de Argentina, Uruguai, China
e Estados Unidos. O fechamento das fábricas da empresa resultou na perda de
aproximadamente 5 mil empregos diretos.
Desde 2019, pelo menos 13 multinacionais de diversos setores deixaram o
Brasil. Esse movimento agravou o desemprego no país, que atualmente atinge
14,4 milhões de brasileiros, de acordo com dados divulgados pelo IBGE sobre
o trimestre encerrado em fevereiro.

Os motivos para permanecer no Brasil são menores do que os para sair. A


grande maioria dessas empresas estrangeiras afirmou estar fugindo dos riscos
da economia brasileira, instabilidade política e jurídica e do “Custo Brasil”, que
está cada dia mais alto. Os empresários reclamam dos altos custos de
produção, alta carga tributária e ausência de reformas, como a Reforma
Tributária e a Administrativa. Em 2020, mais de 5 mil indústrias fecharam as
portas, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo.

Além disso, muitas das empresas que estão deixando o país destacam que o
fazem por total desinteresse no mercado com consumidores de renda mais
baixa, preferindo países com desenvolvimento mais acelerado.

Abaixo, listaremos multinacionais famosas que deixaram o Brasil recentemente:

Mercedes-Benz

Em dezembro de 2020, a empresa alemã anunciou o fechamento da única


unidade da marca no Brasil voltada à produção de automóveis leves. De acordo
com a empresa, o principal motivo foi o agravamento econômico causado pela
pandemia do Covid-19.

A fábrica, localizada em Limeira (SP) contava com 370 funcionários. Ela


começou a operar em 2016, ajudada por benefícios fiscais do programa
municipal Prodesenvolve, que oferecia reembolso dos aportes, além da isenção
do ISSQN, IPTU e restituição de 50% do valor.

“A situação econômica no Brasil tem sido difícil por muitos anos e se agravou
devido à pandemia da Covid-19, causando uma queda significativa nas vendas
de automóveis premium. […] Aumentar nossa eficiência, otimizando a nossa
capacidade de utilização é um facilitador importante. Por isso, decidimos
encerrar a produção de automóveis premium no Brasil”, anunciou o executivo
Jörg Burzer.

Após o acontecido, outras companhias do segmento se manifestaram sobre


fábricas nacionais. A Audi, que já havia deixado de produzir o SUV compacto
Q3, ficou somente com a produção do A3 Sedan na fábrica de São José dos
Pinhais (PR).

“Entre o fim da produção do A3 Sedan e a confirmação de um novo produto,


haverá um hiato de produção”, informou a Audi por meio de comunicado.

Ou seja, agora, em 2021, a fábrica ficará ociosa – ao menos por uma boa parte
do ano.

Por outro lado, a BMW, que possui fábrica em Araquari (SC), afirmou que os
planos do BMW Group Brasil permanecem inalterados. A BMW produz no país
o sedã Série 3 e os SUVs X1, X3 e X4. Na mesma planta, a empresa produziu,
por um breve período, o Mini Countryman.

Já a Jaguar Land Rover ficou com a fábrica localizada em Itatiaia (RJ) parada
de março até junho de 2020 por causa dos impactos do coronavírus. Ademais,
a companhia afirma manter a estratégia de longo prazo no mercado brasileiro.

Sony

Em março de 2021, a Sony confirmou o encerramento de suas atividades


comerciais no Brasil. Em setembro de 2020, a companhia japonesa de
eletrônicos já havia anunciado o fechamento da sua única fábrica brasileira
localizada em Manaus (AM).

Entre os produtos que deixarão de ser vendidos no Brasil estão câmeras, TVs e
equipamentos de áudio. Outras categorias, como consoles para jogos,
“seguirão atuando no mercado local sem nenhuma mudança”, segundo
comunicado postados nas redes sociais da companhia.

“Queremos reiterar que manteremos a alta qualidade de pós-venda e suporte


de reparo para todos os produtos sob nossa responsabilidade comercial pelo
tempo necessário, estando em conformidade com os regulamentos e requisitos
locais de proteção aos consumidores, política e garantia de produtos. Também
queremos agradecer por todo apoio e confiança que vocês depositaram em
nossa marca ao longo de todos esses anos. Juntos, tivemos vários momentos
conectados através da arte, do entretenimento e do amor pela tecnologia”,
afirmou a Sony em comunicado.

Roche

Em 2019, a fabricante de medicamentos suíça Roche anunciou encerramento


da produção de remédios no Brasil, além de fechar a fábrica que possui no Rio
de Janeiro. Segundo a empresa, as atividades devem ser encerradas em
quatro ou cinco anos.

A fábrica produz apenas medicamentos de baixa complexidade e alto volume


de produção. A Roche Farma Brasil, subsidiária da Roche no país, reitera que
medicamentos de alta complexidade, que já eram importados, continuarão
sendo comercializados no Brasil. A estratégia da empresa para os próximos
anos é focar neste tipo de medicamento, que tem baixo volume de produção.

Em comunicado à imprensa, a empresa afirmou que o fim da fábrica está "em


linha com sua estratégia global de inovação e com as transformações do seu
portfólio de medicamentos".

No mesmo segmento, a farmacêutica americana Eli Lily deixou o Brasil em


2020 e transferiu a produção para Porto Rico.

Forever 21

Em janeiro, a Forever 21 fechou 11 lojas no Brasil em meio à recuperação


judicial nos EUA. Em um primeiro momento, as operações da Forever 21 na
América Latina foram preservadas, mas a chegada da pandemia afetou o
comércio no mundo inteiro e complicou ainda mais os negócios do grupo.
A rede de shoppings Multiplan (MULT3) chegou a mover uma ação de despejo
contra a cadeia varejista enquanto as conversas corriam paralelamente. O
desfecho das negociações ocorreu nos últimos dias de 2020.

"A discussão foi amigável, mas não chegou a um denominador comum",


afirmou o vice-presidente institucional da Multiplan, Vander Giordano. Segundo
o executivo, a inquilina sairá dos shoppings sem deixar dívidas. "Houve uma
troca das dívidas pelos pontos", afirmou, sem revelar mais detalhes.

Glovo

A empresa de aplicativos espanhola encerrou suas atividades no Brasil em


2019, um ano após chegar ao país.

“Trabalhamos muito para fazer deste mercado um sucesso, mas infelizmente


após 12 meses, percebemos que o Brasil é um mercado competitivo que exige
muito mais investimento e tempo para consolidar do que imaginávamos”, diz a
empresa.

Também no segmento de alimentação, a cadeia de restaurantes americana


Wendy’s fechou duas unidades no Brasil em 2019, mas não informou o motivo
dessa decisão. No Brasil, a Wendy’s estava sendo administrada pela Infinity
Services, que também administrava a rede Hooters que encerrou suas
atividades em março de 2019. Algumas outras companhias que fizeram o
mesmo movimento foram: Walmart – a maior varejista do mundo vendeu 80%
de sua operação brasileira a um fundo de investimentos; Kiabi – a marca
francesa de fast fashion optou por sair do país em janeiro do ano passado com
o intuito de colocar suas posições de mercado e seus investimentos nos países
em que está presente há mais tempo. Dentre esses e outros fatores, o fato da
energia, água e mão de obra terem valores altos.

Referencia:

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/a-industrializacao-brasileira.htm
https://mercado1minuto.com.br/artigo/2021-06-12/a-fuga-das-multinacionais:-
confira-as-empresas-que-deixaram-o-brasil-recentemente

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