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A Industrialização brasileira

Foi apenas na terceira fase da industrialização do Brasil que o governo e os burgueses investiram na
indústria. Adquiriram máquinas e melhoraram o setor dos transportes e energia, facto que tornou o
país competitivo e apto para receber as indústrias mundiais, integrando-se assim no sistema capital
global.

Atualmente, o país encontra-se totalmente industrializado, e participa em todos os tipos de


indústrias, com economia global forte e caminhando para a independência tecnológica e económica.

Características da industrialização no Brasil:


- O Brasil faz parte dos países que realizaram a sua industrialização tarde (séc. XX), ou seja,
atrasada em relação aos pioneiros da industrialização (século XVIII).

- Fator histórico (mais influente) - Como o Brasil era colônia de Portugal, e este, era parceiro
comercial da Inglaterra, o primeiro país a se industrializar. Assim, o Brasil passou a fornecer matéria-
prima para seu parceiro, que por outro lado industrializou-se no século XVIII. Em 1785, o Brasil foi
proibido de produzir produtos manufaturados, o que fez com que o país continuasse com a sua
economia agropecuária.

- O Brasil ao se industrializar, na década de 30, a indústria encontrava-se centrada na Região


Sudoeste. Só foi descentralizada para outras regiões em 1970.

- O Brasil, atualmente, é um dos países mais industrializados do mundo, com economia global forte
e intensa participação capitalista global. Desde 1990 é considerado um dos melhores países para se
investir e instalar novas indústrias.

Período do processo de industrialização no Brasil:


 Primeiro período

O primeiro período da industrialização brasileira ocorreu entre 1500 a 1808. Nessa época, ainda não
se falava em indústria no país, pois o Brasil era colônia de Portugal. Assim, era lhes restringido o
processo industrial, e a que existia era tradicional e com o uso da mão de obra.

 Segundo período

O segundo período ocorreu de 1808 a 1930, com a implantação de algumas indústrias no país.
Essas indústrias seguiram o protecionismo económico, que foi instaurado em 1828, que determinava
que todos os produtos vindos de fora do Brasil, especialmente Portugal e Inglaterra, sofreriam um
acréscimo de valor de cerca de 16%, uma tarifa que dificultava a importação dos produtos e
favorecia o desenvolvimento da indústria brasileira.

Em 1844, o valor da tarifa para produtos importados subiu para cerca de 60% e, nesse momento,
criou-se a Lei Alves Branco. Assim, investir no setor industrial era interessante e bem-visto pelos
burgueses no Brasil.

Nessa altura observou-se um declínio na produção cafeeira (principal atividade econômica do país) e
ocorreram fortes investimentos na produção industrial, em maquinarias, transportes e portos no
Brasil, contribuindo para o avanço da industrialização brasileira.

As primeiras indústrias do país estavam ligadas à extração mineral, produção de calçado, tecidos e
alimentos.

 Terceiro período

O terceiro período ocorreu de 1930 a 1955. Observaram-se investimentos em massa no setor


industrial, oriundos de iniciativas privadas e do governo brasileiro, para tentar alavancar esse setor.
Realizaram-se progressos no setor de transportes, com a abertura de ferroviárias e estradas.
Também se observou um desenvolvimento no setor energético e de logística.

Instala-se a Companhia Siderúrgica Nacional, entre 1942 e 1947, que contribuiu para a oferta de
matéria-prima para a indústria no país.

Em 1953, foi criada a Petrobras, que é a maior empresa estatal do setor energético petroleiro do
Brasil. Nesse período, o Brasil viu-se preparado para o amplo desenvolvimento industrial e para os
investimentos maciços nesse setor.

Criaram-se políticas públicas para promover o desenvolvimento económico do país e para uma
industrialização completa.

 Quarto período

O quarto período acontece desde 1955 até aos dias atuais. Este foi marcado pelos projetos políticos
do governo de Juscelino Kubitschek, que promoveu a abertura económica do país para as
empresas multinacionais, ampliando a abertura de novas empresas, de todos os tipos, ao incentivar
o consumo, o consumismo e até a competitividade interna e externa.

Após isso, o Brasil pôde conhecer finalmente o mercado de consumo externo e integrar-se nos
processos de exportação e comércio global. Apesar de alguns setores industriais não terem tantos
investimentos, como o tecnológico, o que tornou o Brasil dependente economicamente e
tecnologicamente de outras economias globais, como os Estados Unidos e a China.
Em 1990, o Brasil sofreu um forte crescimento econômico industrial, o que resultou no aumento do
Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, aumentando a qualidade de vida, e o aumento do consumo.
Este fenômeno continua até aos dias atuais, o que coloca o Brasil entre as maiores potências
econômicas.

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