Introdução (Período Colonial à Era Vargas)

- Recapitulação:

A industrialização brasileira é considerada tardia.

Iniciou-se no século XIX. Se comparado a Europa, são 200 anos de atraso!

- Motivos do atraso industrial:

Controle colonial de Portugal sob o Brasil. Alvará de 1785 – A coroa portuguesa proibia
qualquer tipo de instalação de pequenas fábricas e manufaturas no Brasil.

A economia brasileira resumia-se em produção primária – Engenhos de açúcar.

Longos anos de escravidão. Somente em 1888 o Brasil deixou de ser um território escravista.

- Primórdios da industrialização (1808):

Com a chegada da família real ao Brasil, começou-se, ainda que em marcha lenta, o período de
incentivo a industrialização.

Revogação do alvará de 1785 – Liberação da atividade fabril – Abertura dos portos.

Surgimento de fábricas têxteis no Sudeste próximo a lavouras de algodão.

Abolição da escravatura e adoção do trabalho assalariado.

Medidas protecionistas - Impostos sob produtos importados (acréscimos de 15% no valor do

produto inglês e 16% em produtos de origem portuguesa).

Contudo, devido ao baixo nível de renda e desenvolvimento das famílias, este período
industrial não foi de grande expressão.

- Desenvolvimento industrial (1920):

Devido à crise do café, partes dos cafeicultores que obtiveram enormes lucros no passado,
passaram a investir em indústrias.

Devido a todo este movimento favorável a industrialização, o Brasil passou a ter fortes
investimentos em maquinários, transportes e portos.

Predominância de indústrias ligadas à extração mineral, produção de calçados, tecidos e

alimentos.
Com o aumento da população urbana, aumentou-se a demanda por bens de consumo. Foi
nessa época que Ford instalou sua primeira montadora no país, para a produção dos carros
modelo T.

- Era Vargas (1930):

Em 1930, no governo de Getúlio Vargas, o desenvolvimento industrial brasileiro atingiu índices

elevados.

Primeiramente, com o estabelecimento do PSI (Processo de Substituição de Importações),

houve-se grande queda nas importações.

Indústrias de base passaram a se sobressair às de bens de consumo – Transformação de

matéria-prima bruta em bens processados que poderiam ser utilizados em outros tipos de
indústria.

O Brasil ganhou autonomia. Setores de energia e mineração se fortificaram.