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- A Crise de 1929 atingiu em cheio a economia do Brasil, muito dependente das

exportações de um único produto, o café. Mas, mais do que gerar dificuldades


econômicas, provocou uma mudança no foco de poder no país, acabando com
um pacto político interno que já durava mais de trinta anos. Além da queda nos
preços, a crise provocou uma diminuição na renda e no consumo no mundo
todo, prejudicando ainda mais as vendas de café. As exportações do produto,
que chegaram a US$ 445 milhões em 1929, caíram para US$ 180 milhões em
1930. A cotação da saca no mercado internacional, caiu quase 90% em um
ano.

- O Brasil faz parte do grupo de países que realizaram a


chamada industrialização tardia, ou seja, o processo de implantação das
indústrias demorou mais a começar do que em outros países. Enquanto na
Inglaterra esse processo iniciou-se no século 18, no Brasil, ele só foi ocorrer
quase 200 anos depois.Essa demora na industrialização brasileira ocorreu
em virtude da forma como o país foi colonizado. Por ser uma colônia de
exploração de Portugal, que mantinha uma forte relação comercial com a
Inglaterra, berço da Revolução Industrial, ter muitas riquezas naturais e espaço
de sobra para a produção de produtos primários, desde o início de sua
colonização o Brasil voltou-se para a produção de bens primários a partir de
mão de obra escrava.

- O desenvolvimento industrial na região ocorreu principalmente a partir do


século XX, após o declínio do café. O café ocupou durante muito tempo lugar
de destaque nas exportações e essas “seguravam” a economia brasileira. Na
região sudeste os estados produtores de café eram principalmente São Paulo,
Rio de Janeiro e Espírito Santo. O declínio do café, no final da década de 1920,
foi provocado pela crise de 29, por não oferecer grandes lucros uma grande
parcela de fazendeiros vendeu suas propriedades. Com o recurso adquirido na
venda das fazendas investiram, entre outras, na indústria, as primeiras se
limitavam ao setor têxtil, alimentação, bens de consumo, sabão e velas.

- Era Vargas foi um período iniciado em 1930, logo após a Revolução de 1930,

e finalizado em 1945 com a deposição de Getúlio Vargas. Nesse período da

história brasileira, o poder esteve centralizado em Getúlio Vargas, que

assumiu como presidente do Brasil após o movimento que

depôs Washington Luís da presidência. Este momento da história foi

caracterizado por um dualismo composto pela continuidade do processo de

industrialização brasileira, iniciado com Vargas e JK, atrelado ao crescimento econômico

que se verificou no País. Em um segundo momento, verificou-se que ao mesmo tempo

em que foram realizados grandes projetos, como a construção da usina hidrelétrica de

Itaipu e a ponte Rio-Niterói, o endividamento público crescia em proporções


astronômicas. Ou seja, aproveitando a centralização do poder político que o autoritarismo

permitia, o que possibilitou a atração de grandes remessas de empréstimos

internacionais e posteriormente o crescimento industrial permitiu que, no período da

ditadura, o país apresentasse números expressivos de crescimento econômico, que teve

um custo alto a ser pago posteriormente.

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