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A Crise de 1929 foi a maior crise econô mica da histó ria dos Estados Unidos e
do capitalismo, causada pela superproduçã o da indú stria norte-americana, falta de
regulamentaçã o da economia, excesso de crédito e especulaçã o na Bolsa de
Valores. Essa crise fez com que milhares de empresas falissem e milhõ es de
trabalhadores perdessem os seus empregos.
Nos Estados Unidos, a década de 1920 ficou conhecida como roaring twenties,
termo que foi traduzido para o português como “loucos anos vinte”. Essa expressã o
foi usada para definir o clima da sociedade norte-americana na década de 1920.
Isso porque os Estados Unidos viviam um ciclo de prosperidade jamais visto na
histó ria do país.
Assim, a indú stria norte-americana passou a ser responsá vel pela produçã o de
grande parte das mercadorias que eram consumidas no planeta. Além disso, o país
tornou-se credor das nações européias que se recuperavam da guerra. Isso
significa que os Estados Unidos passaram a importar mercadorias e a emprestar
dinheiro em grandes volumes para a Europa, principalmente.
Essa euforia fez com que a indú stria norte-americana começasse a produzir
mercadoria desenfreada mente, sem se importar se o mercado teria condiçõ es de
absorvê-las. Além disso, o clima de entusiasmo econô mico também fez com que os
bancos passassem a realizar uma grande quantidade de empréstimos, sem se
atentar se haveria retorno e também sem regulamentaçã o sobre estes.
Por fim, a excitaçã o econô mica incentivou milhares de pessoas a investirem o seu
capital em açõ es na Bolsa de Valores. A grande quantidade de pessoas
investindo em ações fez com que o valor destas disparasse, reforçando a
sensaçã o de prosperidade.
Além disso, havia um fato importante no pró prio territó rio norte-americano. Os
trabalhadores do país, isto é, consumidores em potencial, nã o obtiveram
conquistas salariais. Assim, o poder de compra dos trabalhadores continuava o
mesmo e, naturalmente, eles nã o tinham condiçã o de consumir tudo o que era
produzido.
Ademais, a quantidade de crédito que estava sendo disponibilizada esbarrou em
um fator: muitos nã o pagaram os empréstimos que haviam pedido. As mercadorias
empacadas e o calote nos bancos afetaram a euforia do mercado e suas
conseqü ências chegaram à Bolsa de Valores de Nova York.
As demissõ es aumentavam à medida que as empresas iam falindo. Tudo isso fez
com que os empréstimos dos bancos nã o fossem pagos. Além disso, o pâ nico criado
por essa situaçã o fez com que milhares de pessoas fossem aos bancos sacar seu
dinheiro para se resguardar. Isso levou centenas de bancos à falência, pois todos os
fundos foram retirados pelos clientes.
Aqui no Brasil, o maior impacto da Crise de 1929 se deu nas exportações que o
país realizava. O Brasil era o grande produtor internacional de café e os Estados
Unidos eram o maior consumidor desse produto brasileiro. Com a crise, o
movimento do café brasileiro empacou, pois o volume das importaçõ es norte-
americanas foi reduzido drasticamente.
Assim, o Brasil assumiria o prejuízo dos cafeicultores e ainda destruiria o café para
garantir o preço da mercadoria no mercado internacional. Além disso, foi criado
um ó rgã o responsá vel por cuidar dos negó cios do café no Brasil. Esse ó rgã o ficou
conhecido como Conselho Nacional do Café.