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História

Grande
Depressão
A crise internacional do capitalismo

PROF. VITOR HUGO


OS ANOS FELIZES
Após a Primeira Guerra Mundial, a economia
dos Estados Unidos tinha se tornado a mais
poderosa do mundo.
A sociedade estadunidense vivia um clima de
entusiasmo e euforia, e essa época ficou
conhecida como “anos felizes”.
Foi nesse momento que se cunhou a expressão
American way of life, isto é, “estilo de vida
americano”, caracterizado pelo consumismo de
produtos como eletrodomésticos e automóveis.
Até por volta de 1925, as sociedades europeias
ainda estavam se recuperando dos prejuízos
da Primeira Guerra Mundial.
Enquanto isso, os Estados Unidos exportavam
a países europeus a maior parte do que eles
necessitavam na época: alimentos, máquinas,
combustível, armas etc.

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SUPERPRODUÇÃO ECONÔMICA
À medida que a recuperação da Europa avançava,
especialmente a partir de 1925, a estrutura produtiva de seus
países também se reorganizava.
Os governos e empresários europeus procuraram
modernizar rapidamente seu parque industrial e adotar
uma série de medidas protecionistas para reduzir as
importações de produtos estadunidenses.
Nos Estados Unidos, porém, o ritmo da produção industrial e
agrícola continuava a crescer, ultrapassando a capacidade de
compra dos mercados interno e externo.
Ocorreu, então, uma gradativa superprodução de
mercadorias, isto é, uma enorme quantidade de produtos
para os quais não existiam compradores.
Essa situação ocasionou:
queda dos preços e dos lucros;
redução da atividade econômica;
desemprego em massa.

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CRASH DA BOLSA DE
VALORES DE NOVA YORK
A redução constante da atividade econômica
nos Estados Unidos levou um número cada vez
maior de acionistas e investidores a vender as
ações que possuíam.
Com isso, a oferta desse tipo de papel
aumentou progressivamente, seus preços
caíram cada vez mais e o pânico tomou conta
do mercado financeiro.
No dia 29 de outubro de 1929 ocorreu a queda
vertiginosa do valor de milhões de ações que
eram negociadas na Bolsa de Valores de Nova
York: era a quebra do mercado financeiro,
marco principal da crise econômica que afetava AÇÃO: TERMO ECONÔMICO QUE SE REFERE À
o país, levando inúmeras empresas e bancos à UNIDADE OU FRAÇÃO EM QUE SE SUBDIVIDE O
CAPITAL DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS. O
falência. PROPRIETÁRIO DE UM CON-JUNTO DE AÇÕES É
DENOMINADO ACIONISTA.

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REPERCUSSÃO INTERNACIONAL
O crash (falência, quebra econômica) da Bolsa de Valores de
Nova York afetou grande parte do mundo capitalista, pois nessa
época os Estados Unidos já eram a maior potência industrial e
financeira do planeta.
Com a crise, investidores e empresas redirecionaram seus
investimentos para outros países, principalmente europeus.
Paralelamente, os Estados Unidos reduziram suas importações, o
que gerou problemas econômicos para seus parceiros
comerciais, como os países latino-americanos de economia
agroexportadora.
Os cafeicultores do Brasil, por exemplo, que vendiam boa parte
de suas safras ao mercado dos Estados Unidos, perderam vendas
para este grande comprador.
Por isso, os estoques de café chegaram a tal quantidade que
milhões de sacas desse produto foram queimadas pelo governo
brasileiro, em uma tentativa desesperada de estabilizar os preços.
Entretanto, foi impossível conter o desastre econômico.

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NEW DEAL CONTRA A CRISE
De início, o governo dos Estados Unidos pouco fez para combater a crise, seguindo a política liberal
adotada até então de não intervenção do governo na economia.
Isso se modificaria, porém, com a eleição de Franklin Delano Roosevelt para a presidência do país.
Nos primeiros anos de seu longo governo (de 1933 a 1945), Roosevelt foi o principal defensor de um
conjunto de medidas adotadas pelo país para superar a crise, que ficou conhecido como New Deal
(Novo Acordo).
O New Deal era um programa misto, que procurava conciliar as leis de mercado e o respeito pela
iniciativa privada com a intervenção do Estado em vários setores da economia.
Entre as principais medidas adotadas por este programa estavam:
o controle dos preços de produtos agrícolas e industriais pelo governo,
a concessão de empréstimos aos fazendeiros arruinados para que pagassem suas dívidas e
reordenassem a produção,
a realização de diversas obras públicas com o objetivo de criar postos de trabalho,
a criação de um salário-desemprego para aliviar a situação de miséria dos desempregados,
a limitação dos preços e da produção às exigências do mercado
a fixação de salários mínimos e limitação das jornadas de trabalho.

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NEW DEAL CONTRA
A CRISE
A política econômica do New Deal não
alcançou todo o sucesso esperado, mas
conseguiu controlar relativamente a
crise econômica e os violentos conflitos
sociais que ela gerava.
A partir de 1935, a economia dos
Estados Unidos voltou a se fortalecer e,
aos poucos, as consequências da crise
foram superadas.
As ações do New Deal costumam ser
consideradas precursoras do Estado
de bem-estar social (welfare state),
que se desenvolveria depois da
Segunda Guerra em alguns países da
Europa Ocidental.

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Atividades
1 - Quais fatores possibilitaram o desenvolvimento econômico dos Estados Unidos na
década de 1920?

2 - O que gerou a crise de superprodução estadunidense no final dos anos 1920 e quais
foram as consequências de tal crise?

3 - De que forma a Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque afetou os demais países
capitalistas?

4 - Quais eram as principais medidas propostas pelo New Deal para conter a crise?

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