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ESCOLA RIO CAETÉ


ALUNA: LUENNY KARENN

PROFESSOR: PATRICK FARIAS

MATERIA: GEOGRAFIA

TEMA: INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL


SALA 301 TURNO: TARDE DATA: 13/06/2023
O QUE É INDÚSTRIA/ INDUSTRIALIZAÇÃO?

Industrialização
A Industrialização é processo histórico que teve como marco o advento da
máquina a vapor, quando a indústria passa a dominar a economia,
impulsionando a urbanização e o crescimento demográfico no seu entorno.
Esse processo modificou também todas as relações sociais e econômicas em
função da industrialização, pela qual haverá aumento na divisão de trabalho,
com o consequente aumento da produtividade (industrial e agrícola), da renda
per capita e do estabelecimento da classe média e do padrão de consumo
atual.

Buscou-se a implantação de novas fontes de energia, bem como da


maximização dos lucros pela substituição dos modos de produção artesanais.
De fato, a industrialização começou com a Revolução Industrial, que teve seu
berço na Inglaterra durante o século XVIII, quando as mudanças tecnológicas,
o acúmulo de capitas pela burguesia e fenômenos como o cercamento dos
campos, que levou os trabalhadores para as áreas urbanas, permitiram o
estabelecimento da economia de mercado, bem como do sistema capitalista.
Posteriormente, ao longo do século XIX, outros países europeus irão seguir o
mesmo caminho em busca de riqueza e lucro proporcionados pelos avanços
dos meios de produção.
Não obstante, nos países emergentes esse processo de industrialização
ocorrerá mais tardiamente e levará a algum nível de dependência em relação
aqueles que foram os pioneiros da Revolução Industrial.

FASES DA INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL:


Para fins de estudo, o desenvolvimento industrial do Brasil é dividido em quatro fases.
 1530 – 1808: período colonial, quando as indústrias estavam proibidas
 1808 – 1930: compreende a época joanina, o Primeiro e o Segundo Reinado, e a
Primeira República. Surgem as primeiras fábricas, mas o café era o grande
produto de exportação.
 1930 – 1956: alguns assinalam que nestas décadas se deu a Revolução Industrial
Brasileira. O governo Vargas passa a ser o grande investidor e formador da
indústria pesada no País.
 1956 – até os dias de hoje: começa com o estímulo à indústria de automóveis por
JK, a abertura da economia ao capital estrangeiro e a globalização.

1ª fase: período colonial


Durante o período colonial, a metrópole portuguesa proibia a manufatura, pois os
produtos iriam concorrer com os do reino e, com o fortalecimento da economia, a
colônia poderia se tornar independente, o que não interessava a Portugal.

2ª fase: primeiras fábricas no Brasil


Em 1808, com a vinda da família real para o Brasil, o Príncipe-regente D. João tomou
algumas medidas que favoreceram o desenvolvimento industrial, entre elas:
 extinção da lei que proibia a instalação de indústrias de tecidos na colônia;
 liberação da importação de matéria prima para abastecer as fábricas, sem a
cobrança da taxa de importação.
Essas medidas não surtiram o efeito esperado, pois o mercado interno ainda era
pequeno. A maior parte da população era escravizada e não poderia comprar estes
artigos.

Industrialização no Segundo Reinado


Durante o Segundo Reinado, a principal atividade econômica no Brasil era a
cafeicultura. Ao longo do século XIX, estados e governos estavam ligados à produção de
café, de onde provinha a riqueza e o poder.
Apesar da elite cafeicultora não se interessar pela atividade industrial, surgem as
primeiras fábricas no Brasil. Estas se dedicam a produzir produtos de consumo
doméstico como tecidos, ferramentas e velas.
Com a Tarifa Alves Branco, em 1844, aumentam-se as taxas alfandegárias que os
produtos importados deveriam pagar. Com isso, surge um ambiente favorável para o
surgimento das primeiras manufaturas e produzir aqui ficaria mais barato.
Nesta época, se destacam as atividades empreendedoras do barão de Mauá que investiu
em ferrovias, estaleiros, iluminação pública, bancos, etc.
Ao mesmo tempo, o País começa a receber as novidades tecnológicas como a
eletricidade, o bonde de tração animal e o telefone.
Fatores da industrialização no Brasil
Vários fatores contribuíram para o processo de industrialização no Brasil no começo do
século XX:
 a exportação de café gerou lucros que permitiram o investimento na indústria;
 os imigrantes estrangeiros traziam consigo as técnicas de fabricação de diversos
produtos;
 a formação de uma classe média urbana consumidora.
A passagem de uma sociedade agrária para uma urbano industrial mudou a paisagem
de algumas cidades brasileiras, principalmente das capitais dos estados.

Industrialização na Primeira República


Durante a Primeira República (1899-1930), verificamos a instalação de tecelagens,
montadoras de automóveis, fábricas de calçados, alimentos, produtos de higiene e
limpeza como sabão, etc. As condições de trabalho eram duras com jornadas de 14
horas, seis dias na semana e o salário baixo.
Também a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) impulsou a industrialização no
Brasil. Com o conflito era inviável importar produtos manufaturados da Europa e dos
Estados Unidos e muitos artigos foram substituídos pela fabricação local.
No entanto, o grande impulso industrial no Brasil ocorreria após a crise do café e a de
29.

3ª fase: industrialização no governo Vargas


O primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) foi decisivo para a industrialização
brasileira.
Com o governo Vargas, o Estado passa a investir e abrir empresas públicas. Ele
privilegia a indústria pesada, ou seja, aquela que transforma a matéria-prima e fabrica
bens de grande porte.
O contexto exterior também ajudou, pois era complicado importar máquinas num
momento em que os países europeus se preparavam para a guerra. Curiosamente, a
Alemanha nazista tornou-se compradora do algodão brasileiro a fim de vestir seus
soldados.
Para instalar a indústria pesada era preciso financiamento e isso foi possível graças ao
empréstimo obtido junto aos Estados Unidos. Assim foi construída a Companhia
Siderúrgica Nacional, em 1941, em Volta Redonda (RJ). Este acordo se deu na época
quando o Brasil foi lutar junto aos americanos na Segunda Guerra Mundial.
Outras indústrias de base do período são a Companhia do Vale do Rio Doce (1942),
para a extração de minério de ferro e a Fábrica Nacional de Motores (1942).
Quanto à mão de obra empregada nas fábricas, observamos o crescimento de operários
vindos do nordeste brasileiro.

4ª fase: do governo JK até os dias de hoje


Com a chegada de Juscelino Kubitschek à presidência, se observa o crescimento da
indústria de bens intermediários.
JK privilegiou a indústria automobilística em detrimento do transporte ferroviário e a
fabricação de autopeças conheceu um grande impulso. Para isso, abriu a economia
brasileira ao capital estrangeiro.
Igualmente, verifica-se um incremento industrial automobilístico de São Paulo, no
ABCD paulista (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e
Diadema).
CONTEXTO DA INDUSTRIALIZAÇÃO NO
BRASIL: "A industrialização do Brasil é considerada um processo
tardio, uma vez que teve início um século depois do surgimento das primeiras
indústrias na Europa. As primeiras manufaturas foram abertas no território
nacional durante o século XIX, mas foi somente a partir da década de 1930 que
o processo ganhou força. Desde então, a participação do capital privado
nacional e internacional e também a ação do Estado têm sido importantes
para o desenvolvimento e crescimento desse setor do Brasil, que representa
hoje cerca de um quinto do PIB nacional."

QUAL A FASE DA INDUSTRIA BRASILEIRA


ATUAL?

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