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• GEOGRAFIA DO BRASIL

• 13ª AULA

• INDUSTRIALIZAÇÃO
• 400 anos de vida rural X poucos
anos de vida industrial/urbana
• BRASIL FOI UM PAÍS
ESSENCIALMENTE RURAL –
MENOS DE 80 ANOS
ATRÁS
• O PROCESSO DA INDUSTRIALIZAÇÃO
NÃO É UM PROCESSO QUE OCORRE
DE UMA HORA PARA OUTRA....É
LENTO E PRECISA DE UMA
INFRAESTRUTURA;
• EM TERMOS DE AMÉRICA
LATINA O BRASIL TEM O
MAIOR PARQUE INDUSTRIAL
– SEGUIDO DO MÉXICO E
ARGENTINA
• O PAPEL DO ESTADO NA INDUSTRIALIZAÇÃO
BRASILEIRA:
• O processo de industrialização do Brasil
iniciou na segunda metade do séc. XIX;
• Ganhou impulso nas primeiras décadas do
Séc. XX;
• E teve um grande salto pós-segunda guerra
mundial;
• Apesar das fases de declínio e crescimento,
todas elas tiveram um traço comum: A AÇÃO
DO ESTADO!
Metade do Séc. XIX: Segundo Reinado – A
partir de 1850 que foi dado realmente início
ao processo de industrialização do Brasil;
Porque no segundo reinado tivemos grande
participação do Estado (Império) em parceria
com a iniciativa privada, permitindo que as
primeiras industriais chegasse no Brasil
(parcerias as vezes nacionais e as vezes
internacionais)
Destaque: Barão de Mauá;
• HISTÓRICO DA INDUSTRIALIZAÇÃO:
• Período Colonial: (1530-1808)
• - Pacto colonial: proibia-se a industrialização no
Brasil;
• - As poucas iniciativas de transformação permitidas
eram para o fabrico de aguardente e alimentos;
• - Chegada da família real;

• O QUE SIGNIFICA O PACTO COLONIAL?


• PACTO COLONIAL: A COLÔNIA BRASIL
SÓ PODIA COMERCIALIZAR COM A
METRÓPOLE (PORTUGAL)
• E QUAL PROBLEMA DISSO? A
INGLATERRA (BERÇO DA
INDUSTRIALIZAÇÃO) ERA IMPEDIDA
DE COMERCIALIZAR COM O BRASIL!
• No Período Colonial houve a
instalação de indústrias no
Brasil?
• ATENÇÃO:Sim, houve a chegada de industrias
no Brasil, mas eram muito rudimentares,
nada parecidas com o que estava sendo
conhecido na Inglaterra;
• Período da Proibição: Fase diretamente
associada ao Pacto Colonial (DUROU ATÉ 1808
COM A VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA O
BRASIL – FIM DO PACTO COLONIAL –
COMEÇO DA COMERCIALIZAÇÃO COM OS
INGLESES)
• Transição para o período imperial: (1808-
1822)
• - A revogação de medidas proibitivas fez
surgir algumas pequenas fábricas de
transformação e beneficiamento de couro, de
tecidos e sapatos, formando a raiz da
indústria brasileira.
• Período Imperial: (1822-1889)
• - A segunda metade do Séc. XIX, marcou o início do
processo de industrialização, com a instalação de
diversas fábricas.
• - A lavoura de café já era uma realidade
consistente, exigindo do governo diversas obras
estruturais, tais como: rede de telégrafos, ferrovias
e navegação.
• - Proliferaram, sobretudo com a atuação de Irineu
Evangelista de Souza (Barão de Mauá) as fábricas
nacionais de tecidos, chapéus, sapatos, couros,
vidro, sabão e cerveja para consumo interno;
• O fim da escravatura em 1888 e a proclamação da
República em 1889 consolidaram esse processo;
• Obs: as leis abolicionistas fizeram com
que o setor da agropecuária tivesse uma
crise em sua mão-de-obra, com isso,
houve a procura de estrangeiros (classe
operária nascente) para vir ao Brasil e
ajudou a expansão da indústria.
• Período Republicano (1889...)
• - A 1ª guerra mundial gerou uma crise de
abastecimento com forte reflexos no Brasil;
• - Em consequência das dificuldades de
importação, o crescimento industrial teve um
impulso, e o parque industrial nascente
diversificou-se (cofres públicos e iniciativa
privada)
• - Além das indústrias de bens de consumo,
surgiram fábricas de bens de produção, como
pequenas siderúrgicas, metalúrgicas e
fábricas de cimento.
• - Crise de 29 (inimiga da atividade agropastoril
• - Revolução de 30 (subida de Vargas ao Poder,
terminando com a política da República do
Café com Leite - diminuição da economia
baseada na economia na agricultura e na
pecuária e incentivo a Industrialização)
• Crise de 1929:
• - Diminuíram as exportações, os recursos e as
importações.
• - Surge a necessidade de se produzir
internamente o que antes era oriundo de
outros países;
• - O envolvimento de uma política industrial
nascente;
• A segunda guerra mundial acentuou mais
uma vez a necessidade de se produzir
internamente mais;
• Surge a industrialização por Substituição das
Importações (parar de comprar e produzir
para vender);
• O Período Pós-30:
• - Implantação das Companhias de Base (CSN,
Vale do Rio Doce, Petrobrás, Eletrobrás) –
(Getúlio e JK)
• - Criação do BNDES, em 1952, para fornecer
suporte técnico e financeiro à atuação do
setor privado (Getúlio Vargas).
• - Vargas foi importante no processo de
implantação de indústrias de base e no início
das substituições das importações;
• Juscelino Kubitschek(JK):
• Diferença de Vargas e JK: Vargas se
preocupou em implantar/fundar as indústrias
de base no Brasil (indústrias
estatais/públicas); JK queria que o Brasil
crescesse 50 anos em 5, com isso não bastaria
só criar indústrias e sim trazer indústrias já
consolidadas internacionalmente
(Multinacionais) para o Brasil;
• O Período Desenvolvimentista e os Planos
Nacionais de Desenvolvimento (PNDs):
• - A partir da década de 1940, o Estado
brasileiro passou a apostar em um
planejamento integrado da economia, com o
objetivo de promover o desenvolvimento
econômico do país;
• - Essa atitude iniciou o período conhecido
como desenvolvimentista que durou até a
década de 1980.
• Plano de Metas do Governo JK:
• - Foi um planejamento econômico e social
integrado (os investimentos não ficaram
concentrados – por exemplo só no Sudeste),
lançado durante o mandato de Juscelino
Kubitschek;
• - Identificava os pontos de estrangulamento
(negativos) e os pontos mais propícios
(positivos) à aceleração do crescimento;
• - As metas atingiam diretamente os setores
de energia, transporte, alimentação e
• OS PLANOS NACIONAIS DE
DESENVOLVIMENTO:
• - Após a instauração do Regime Militar, em
1964, a necessidade de superar o obstáculo
do atraso tecnológico levou a priorização de
pesquisas e investimentos em diversas
áreas:petroquímica, extração mineral,
siderúrgica, construção naval, mecânica,
agropecuária e comunicações.
• 1º PND: Lançado em 1971, constava a
abertura da rodovia transamazônica visando
aumentar a integração regional e dar ênfase à
indústria de bens de consumo duráveis,
liderada pela indústria automotiva.
• 2º PND: Deu ênfase ao desenvolvimento das
indústrias de bens de capital, principalmente
siderúrgicas de máquinas e ferramentas e de
fertilizantes lideradas pelas empresas
estatais.
• - Forte “Endividamento externo”
• Bens de capital ou bens de produção são os equipamentos
e instalações, são bens ou serviços necessários para a
produção de outros bens ou serviços.
• Indústria de base é o tipo de indústria em que a sua
produção é absorvida por outras indústrias, ou seja,
produzindo máquinas ou matéria prima. Também
chamadas de indústrias de bens
intermediários ou indústrias pesadas, incluem
principalmente os
ramos: siderúrgico, metalúrgico, petroquímico e
de cimento.
• Bens de consumo (ou bens de consumo familiar)
são os bens utilizados pelos indivíduos ou famílias.
Tendo em conta que podem ser utilizados
imediatamente na satisfação de uma necessidade,
são também considerados bens diretos, por
exemplo: a água, o pão, o automóvel. Ao contrário,
os bens de produção são indiretos, como por
exemplo: o trigo, o petróleo em rama, uma
máquina agrícola.
• O TRIPÉ DA INDUSTRIALIZAÇÃO
(RESPONSÁVEL PELO CHAMADO “MILAGRE
ECONÔMICO”
• - MULTINACIONAIS, NACIONAIS E ESTATAIS;
• - Uma das características que marcaram todo
o processo de industrialização brasileira foi a
presença de capitais Nacionais, estrangeiros e
estatais.
• - “Milagre Econômico”(Presidente Médici e
Ministro da Fazenda Delfin Neto)
• CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
INDUSTRIAL NO BRASIL:
• - Ainda hoje, apesar de todos os vencimentos
e incentivos que as regiões sofreram, ainda
temos uma concentração no Centro-Sul do
Brasil, sobretudo no Sudeste, mais
particularmente em São Paulo.
• Durante o período brasileiro do Estado Novo (1937-1945),
em resposta à Grande Depressão iniciada em 1929,
iniciaram-se as políticas em favor da implantação de
indústrias no país, que se intensificaram a partir da década
de 1950, durante a aplicação do Plano de Metas. Nesse
contexto, instaurou-se no país a chamada industrialização
por substituição de importações.
• Contudo, a infraestrutura nacional, em função da grande
influência da elite cafeeira do Sudeste brasileiro nos anos
anteriores, encontrava-se limitada à região Sudeste do
país, o que favoreceu a formação de um processo de
concentração industrial. Além disso, nesse período, a
indústria vivia um período em que se preconizava a
produção em massa e as chamadas economias de
aglomeração.
• Graças a esse contexto, o Sudeste brasileiro, com
destaque para a Região Metropolitana de São
Paulo, passou a angariar praticamente todos os
recursos naturais, contando, a partir de então, com
uma elevada concentração populacional, ampla
mão de obra e mercado consumidor elevado.
Economias de Aglomeração: Entende-se
por economias de aglomeração uma etapa do
processo de industrialização em que ocorre a
concentração da instalação de empresas
produtivas ou de atividades econômicas em
uma determinada região do espaço
geográfico. Um exemplo é o processo de
industrialização no Brasil, em que as
vantagens produtivas direcionaram o setor
secundário para a região Sudeste do país,
sobretudo para a grande São Paulo.
• Desconcentração Industrial
• Essa dinâmica começou a se alterar apenas a
partir da década de 1970, quando o poder
público iniciou uma série de planejamentos a
fim de gerar uma maior democratização no
espaço industrial do país. Uma das medidas
foi a criação da Sudam (Superintendência de
desenvolvimento da Amazônia) e da Sudene
(Superintendência de desenvolvimento do
Nordeste).
• Outra ação foi a autorização do Governo
Federal dada aos governos estaduais de
promoverem incentivos fiscais para a
presença de indústrias em seus territórios.
Com isso, teve início a chamada Guerra
Fiscal ou Guerra dos Lugares, em que as
unidades federativas, por meio de isenções de
impostos e outros benefícios, passaram a
competir pela manutenção de empresas em
suas localidades, a fim de dinamizar suas
economias e elevar a quantidade de
empregos.
• Soma-se a essas questões políticas o fato de
que, com os avanços tecnológicos nos meios
de transporte e comunicações, não eram
mais necessárias uma aglomeração industrial
e, tampouco, a proximidade entre indústria e
mercado consumidor. Por isso, muitas
empresas resolveram migrar para regiões
interioranas e cidades médias, longe dos
problemas relacionados às grandes cidades.
• Porém, é precipitado afirmar, por exemplo,
que cidades como São Paulo deixaram de se
industrializar. Na verdade, o que houve foi
uma queda no crescimento do número de
empresas no Sudeste brasileiro, mas trata-se
de algo ainda muito tímido e que tende a
intensificar-se nos próximos tempos. Além
disso, a capital paulista é um dos exemplos do
processo de modernização produtiva, em que
as antigas fábricas vão sendo gradualmente
substituídas por frentes tecnológicas de
serviços.
• Nos anos 90 colocou-se em prática uma
série de privatizações de empresas
estatais como a Vale do Rio Doce, a
Embratel, Siderúrgicas e Bancos públicos,
etc.
• Privatização: vender uma empresa
pública para empresários, tornando-a
uma empresa privada.
• - AS PRIVATIZAÇÕES FAZEM PARTE DE UMA POLÍTICA
CONHECIDA COMO NEOLIBERALISMO (PRINCIPALMENTE
DESENVOLVIDO POR FERNANDO COLOR DE MELLO)
• NEOLIBERALISMO: PRIVATIZAÇÕES E AJUSTES
FISCAIS;
• Com as privatizações surgem as Agências
Reguladoras, que foram criadas para fiscalizar
os serviços públicos praticados pela iniciativa
privada. Ex: ANAC (Agência Nacional de
Aviação Civil), ANATEL, ANVISA, etc.
• EXERCÍCIOS:
• 1) Assinale a alternativa que melhor caracteriza o atual
momento da atividade industrial no Brasil.
• a) investimentos nacionais e predominância de empresas
estatais.
• b) investimentos estrangeiros e desconcentração industrial.
• c) instalação de indústrias em regiões densamente
urbanizadas e concentração da mão de obra.
• d) predomínio de fábricas tecnológicas de origem
brasileira, com evasão de capital externo.
• Resposta Questão 1
• O atual momento da industrialização do Brasil vem
se manifestando desde o final da Segunda Guerra
Mundial, quando a política de substituição de
importações foi deixada de lado em benefício dos
estímulos para a entrada de capital estrangeiro,
com a instalação das empresas multinacionais no
país. Além disso, apesar de a maior parte das
indústrias do país concentrar-se no Centro-sul do
Brasil, há em curso um processo de
desconcentração industrial, o que se intensifica
com a chamada “Guerra Fiscal”.
• Alternativa correta: letra B
• 2) Assinale a alternativa que indica corretamente as
causas para a atual disposição industrial
apresentada no mapa.
• a) Desenvolvimento industrial têxtil na região
Nordeste no século XIX.
• b) Herança das infraestruturas geradas pelo café na
política industrial do Brasil durante o século XX.
• c) Guerra fiscal brasileira, que beneficiou os
investidores da região Sul do Brasil.
• d) Resistência da região Centro-oeste do Brasil que
se recusou a passar pela industrialização por
sucessivas vezes.
• Resposta Questão 2
• No mapa presente na questão, podemos visualizar
a concentração industrial brasileira nas regiões
Sudeste e Sul do país. Essa configuração deve-se,
em grande parte, ao desenvolvimento da política
nacional de substituição de importações ao longo
da primeira metade do século XX, que se sucedeu
nessas regiões em função das estruturas herdadas
pela produção cafeeira, sobretudo na cidade de São
Paulo que, ainda hoje, abriga mais de 40% das
indústrias brasileiras.
• Alternativa correta: letra B.
• 3) A desconcentração industrial verificada no Brasil, na
última década, decorre, entre outros fatores, da:
• a) ação do Estado, por meio de políticas de
desenvolvimento regional, a exemplo da Zona Franca de
Manaus. b) elevação da escolaridade dos trabalhadores, o
que torna o território nacional atraente para novos
investimentos industriais. c) presença de sindicatos fortes
nos estados das regiões Sul e Sudeste, o que impede novos
investimentos nessas regiões. d) isenção fiscal oferecida
por vários estados, o que impede novos investimentos
nessas regiões.
• e) globalização da economia que, por meio das
privatizações, induz o desenvolvimento da atividade
industrial em todo o território.
• Resposta Questão 3
• O processo de desconcentração industrial
atualmente em voga no Brasil deve-se muito à
política de ações públicas que envolve o Estado em
suas esferas municipal, estadual e federal. A
primeira questão é a política de implantação de
zonas e parques industriais no país, a exemplo da
criação da Zona Franca de Manaus. Além disso, há
uma guerra fiscal em curso, em que as diferentes
unidades federativas e suas cidades lutam, cada vez
mais, para atrair as fábricas para o seu território.
• Alternativa correta: letra A.
• 4) Sobre o processo de industrialização brasileiro, são feitas
as seguintes afirmações.
• I - A partir de 1930, começa um importante projeto de
criação de infraestrutura para o desenvolvimento do
parque industrial.
• II - A partir da Segunda Guerra Mundial, acentua-se o
processo de estatização das indústrias na Região Sudeste.
• III - A partir de 1964, amplia-se o parque industrial para
atender à demanda da modernização da agricultura.
• Quais estão corretas?
• a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III.
• e) Apenas II e III.
• Resposta Questão 4
• I. Correto – A partir da década de 1930, o Governo Vargas
acelera o processo industrial no país como resposta à crise
de 1929 que afetou em muito a atividade cafeeira então
predominante no país.
• II. Incorreto – Nunca houve um processo de estatização das
indústrias do Sudeste no Brasil.
• III. Correto – Na segunda metade do século XX, o parque
industrial brasileiro ampliou-se significativamente, estando
ligado, entre outros fatores, à modernização agrícola com a
mecanização de sua produção.
• Alternativa correta: letra D.

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