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BRASILEIRA
Principais fatores do processo de industrialização do Brasil
• Abolição da escravidão;
• Expansão do trabalho assalariado;
• Imigração e a expansão do mercado consumidor.
PRIMEIRA FASE (1500 a 1808)
- Pequeno processo de industrialização devido a forte influência Portuguesa que prejudicava a
produção industrial no Brasil para não rebaixar o mercado de Portugal;
- Apenas uma pequena indústria para consumo interno era permitida, devido as distâncias entre
metrópole e colônia;
- Em 1808, com a vinda da família real para o Brasil, o Príncipe-regente D. João tomou
algumas medidas que favoreceram o desenvolvimento industrial, entre elas:
* Extinção da lei que proibia a instalação de indústrias de tecidos na colônia;
* Liberação da importação de matéria prima para abastecer as fábricas, sem a cobrança da taxa
de importação.
OBS: Essas medidas não surtiram o efeito esperado, pois o mercado interno ainda era
pequeno. A maior parte da população era escravizada e não poderia comprar estes
artigos.
- Durante o Segundo Reinado, a principal atividade econômica no Brasil era a cafeicultura. Ao
longo do século XIX, estados e governos estavam ligados à produção de café, de onde
provinha a riqueza e o poder;
- Apesar da elite cafeicultora não se interessar pela atividade industrial, surgem as primeiras
fábricas no Brasil. Estas se dedicam a produzir produtos de consumo doméstico como tecidos,
ferramentas e velas;
- Nesta época, se destacam as atividades empreendedoras do Barão de Mauá que investiu em
ferrovias, estaleiros, iluminação pública, bancos, etc.
- Ao mesmo tempo, o País começa a receber as novidades tecnológicas como a eletricidade, o
bonde de tração animal e o telefone.
OBS1: Fim do século XIX com a chegada da economia cafeeira, houve um efetivo
crescimento da atividade industrial no país.
OBS: Na sua volta ao poder, o projeto nacionalista de Getúlio acabou sendo derrotado,
pois os defensores da fórmula neoliberal preferiam promover a abertura da economia aos
produtos e capitais estrangeiros.
QUARTA FASE (1956 até os dias atuais)
Governo Juscelino Kubitschek (características)
1956-1961
- Fase inaugurada pelo governo Juscelino Kubitschek, onde a principal característica foi uma
política de abertura das fronteiras do país ao ingresso de capitais estrangeiros;
- A chegada das multinacionais foi especialmente importante no setor automobilístico, tendo
determinado a priorização do sistema de transporte rodoviário;
- Essas características fizeram o país se desenvolver rapidamente, gerando empregos, porém,
deixou o Brasil mais dependente de outros países.
Principais características do governo JK
• Plano de Metas (31 metas): Tinha como principal objetivo o desenvolvimento econômico do Brasil (50
anos em 5), ou seja, pautava-se em um conjunto de medidas que atingiria o desenvolvimento econômico
de vários setores, priorizando a dinamização do processo de industrialização do Brasil;
• Adoção de uma política de abertura das fronteiras do país ao ingresso de capitais estrangeiros;
• Crescimento industrial tanto no setor de bens de consumo (63% aprox.) como no setor de base (370%
aprox.), em grande parte decorrente do maciço ingresso de investimentos estrangeiros.
Balanço do governo JK
- A política econômica desenvolvimentista de Juscelino apresentou pontos positivos e negativos para o
nosso país. A entrada de multinacionais gerou empregos, porém, deixou nosso país mais dependente do
capital externo;
- O investimento na industrialização deixou de lado a zona rural, prejudicando o trabalhador do campo e a
produção agrícola;
- O país ganhou uma nova capital, porém a dívida externa, contraída para esta obra, aumentou
significativamente;
- A migração e o êxodo rural descontrolados fez aumentar a pobreza, a miséria e a violência nas grandes
capitais do sudeste do país.
GOVERNO JOÃO GOULART – “JANGO” (1961-1964)
- Assumiu após a renúncia de Jânio Quadros, onde os militares tentaram vetar a sua chegada ao
posto presidencial, pois existiam sérias desconfianças sobre sua trajetória política.
A possibilidade de golpe foi enfraquecida por duas razões:
- A chamada “Campanha da Legalidade” em que utilizavam os meios de comunicação para
obter apoio à posse de João Goulart;
- Paralelamente, sabendo das pressões que o cercavam, Jango estendeu sua viagem realizando
uma visita estratégica aos EUA.
Observações:
• Com a possibilidade do golpe militar enfraquecida por essas duas ações, o Congresso
Nacional aprovou arbitrariamente a mudança do regime político nacional para o
parlamentarismo;
• A instalação do parlamentarismo fez com que João Goulart não tivesse meios para aprovar
suas propostas políticas. Mesmo assim, elaborou um plano de governo voltado para três pontos
fundamentais: desenvolvimento econômico, combate à inflação e a diminuição do déficit
público;
• O conjunto de ações oferecidas por João Goulart desprestigiava claramente os interesses dos
grandes proprietários, o grande empresariado e a classe média. Com isso, membros das Forças
Armadas, com o apoio das elites nacionais e o apoio estratégico norte-americano, começaram a
arquitetar o golpe contra João Goulart.
Observação: Governo João Goulart
- Apoio da Igreja Católica, setores conservadores, classe média e até dos Estados Unidos aos
militares brasileiros.
Industrialização no Período Militar: 1964 a 1985
- Cassações políticas;
- Fim da eleição direta para presidente, criação do bipartidarismo;
- Limitação de direitos constitucionais;
- Suspensão da imunidade parlamentar.
Formada por:
- Aurélio de Lira Tavares, ministro do Exército;
- Augusto Rademaker, ministro da Marinha;
- Márcio Melo, ministro da Aeronáutica.
Industrialização no Período Militar: 1964 a 1985
Ernesto Geisel
Mandato: 15/03/1974 a 15/03/1979
- Propôs a abertura política desde que fosse "lenta, gradual e segura“;
- Aumentou o mandato de presidente de 5 para 6 anos;
- Criação do senador biônico;
- Alta da inflação e dívida externa;
- Restauração do habeas corpus e fim do AI-5.
- “Milagre econômico”: forte crescimento da economia (entre 1969 a 1973) com altos
investimentos em infraestrutura, consequentemente aumento da dívida externa.
“Milagre econômico”: Forte crescimento da economia (1969 a 1973)
Crescimento econômico sustentado por fortes investimentos governamentais que
promoveram a grande expansão na oferta de alguns serviços prestados por empresas estatais
(ex: energia e comunicações).
Brasil: evolução anual do PIB (1967-1975)
Observações:
1. Apesar do forte crescimento econômico no período, várias obras tinham necessidade,
rentabilidade ou eficiência questionáveis. Ex: construção da Transamazônica.
2. Os investimentos foram feitos graças à grande captação de recursos no exterior, o que
elevou a dívida externa, pois boa parte desse capital foi investido em setores não rentáveis
da economia. Como pagar a parcela da dívida contraída com a construção de rodovias na
Amazônia?
3. A taxa de lucro dos empresários foi ampliada com a diminuição dos salários reais, ou seja,
reduzindo-se o poder aquisitivo dos trabalhadores. Aumentava-se, assim, a taxa de
reinvestimento dos lucros em setores que geravam empregos principalmente para os
trabalhadores qualificados e excluindo os pobres.
4. No final da década de 70, os EUA promoveram a elevação das taxas de juros no mercado
internacional, reduzindo os investimentos destinados aos países em desenvolvimento. A
saída imposta pelo governo para obter recursos que permitissem honrar os compromissos
da dívida se resumiu na frase “Exportar é o que importa”.
5. A tentativa de tornar o produto brasileiro mais competitivo no mercado externo e com
isso aumentar a arrecadação, trouxe diversos malefícios para o mercado interno de
consumo. Os principais são:
- Arrocho salarial;
- Aumento de impostos;
- Subsídios fiscais para exportação;
- Negligência com o meio ambiente;
- Desvalorização cambial;
- Combate à inflação por meio da diminuição do poder aquisitivo.