INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

ISCED-LUANDA

TEMA:
ANGOLA: A CRISE ECONÓMICA INTERNACIONAL (1929 -
1933)

Luanda/ 2019
 AUTORES

 DUMILDE CONSTANTINO DA SILVA MANUEL

 PROF. MESTRE. BRUNO JÚLIO KAMBUNDO (Orientador)

 SUMÁRIO

 Introdução;
• Justificativa
• Problemática
• Hipóteses
• Objectivos
• Metodologia
• Estrutura do trabalho

Desenvolvimento Teórico

 Conclusão.
 JUSTIFICATIVA

Os motivos que nos levaram a escolher esta temática foram de

carácter fundamentalmente pessoais e académicos, e quanto a estes,
passamos a citar:
1 - Motivos pessoais: o conjunto de dificuldades económicas
vivenciadas pelo autor em 2015;

2 - Motivos académicos: o contacto com vários temas relacionados

as Teórias da História e a História económica durante o III e o IV ano.
 PROBLEMÁTICA

Com base a temática que nos propusemos em abordar, eis a

questão norteadora da nossa pesquisa:

• Quais foram os efeitos da crise económica internacional de

1929 -1933 na colónia de Angola?
 HIPÓTESES

Tendo em conta a revisão bibliográfica feita, apresentamos em

seguida as prováveis respostas à questão colocada:

• Se a colónia de Angola sofreu os efeitos da crise económica

internacional de 1929 a 1933, é porque a sua economia assentava-
se predominantemente na agricultura.

• B- As políticas socio-económicas da metrópole para com a colónia

negligenciaram o seu desenvolvimento e agudizaram as
dificuldades económicas já existentes.
 OBJECTIVOS

Os objectivos do nosso trabalho são os seguintes:

Objectivo geral: Compreender os efeitos da crise económica
internacional de 1929-1933 na colónia de Angola.

Objectivos específicos:
• Perceber o contexto do surgimento da crise e a sua extensão para
metrópole.
• Descrever os efeitos da crise económica internacional na colónia de
Angola, bem como as medidas adoptadas para a sua superação.
• Inferir sobre o ensino da temática nos programas de História no I
Ciclo.
 METODOLOGIA

Para a materialização do nosso trabalho, recorremos aos seguintes

métodos e técnicas:

• Dedutivo;
• Comparativo;
• Histórico;
• Pesquisa bibliográfica;
• Entrevista.
 ESTRUTURA DO TRABALHO

• CAPÍTULO I - A CRISE ECONÓMICA INTERNACIONAL E A

SUA EXTENSÃO PARA METRÓPOLE

• CAPÍTULO II - OS EFEITOS DA CRISE NA COLÓNIA DE

ANGOLA E AS MEDIDAS PARA SUA SUPERAÇÃO

• CAPÍTULO III - O ENSINO DA CRISE ECONÓMICA

INTERNACIONAL NO PROGRAMA DE HISTÓRIA DA 9ª
CLASSE NO COLÉGIO FERMAS
 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

Os antecedentes da crise económica internacional: (Ascenção dos E.U.A, a

prosperidade económica da europa, a produção industrial vertiginosa, a
crescente actividade especulativa na Bolsa de Valores de Nova Iorque, Falta de
rigor nas relações comerciais entre as grandes potências);

A crise económica internacional: (conceito, duração, causas, factos -

internacionalização, o New Deal - e consequências);

Portugal perante os desafios da crise: Os efeitos directos da crise

internacional não foram tão intensos como noutros paí­ses europeus, devido a
vários factores económicos e políticos.
 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
• A situação económica da colónia: papel económico das colónias, grandes
dificuldades por ocasião da crise – nas relações sociais, na agricultura, no
comércio local (falta de crédito e poder de compra),(anexo nº Ver anexos 1 e
2 - ).
• Medidas de superação da crise: o estabelecimento de bases para conversão de
dívidas do comércio, a criação do Sindicato de importação e exportação, os
decretos a favor da produção agrícola, e as políticas de fomento para a
recuperação da economia da colónia ( )
 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
 A questão da malária em Luanda nos anos 1903
Nesse ano registou-se um universo de 2.521 novos casos de entrada de doentes
civis , desses 88% ou 2.207 resultaram em Malária ou Doenças Palustres.
Quanto a raça dos infectados, 99% ou 2.185 eram brancos e 0.99 ou 22 eram
negros.
Desses 74 casos resultaram em óbitos, sendo que destes 99% ou 73 eram
brancos e 1% ou 1 era negro.
 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

A questão da malária em 1905

Com base ao quadro 4, em 1905 foram registrados um total de 1.871 novos
casos de entrada de doentes civis, desses foram diagnosticados cerca de 1. 227
casos de malária ou doenças palustres.
Quanto a raça, 1.163 ou 94,78% eram brancos e 64 ou 5,3 eram negros.
Resultaram em morte 60 casos, dos quais 95% ou 57 eram brancos e 5%ou 3
eram negros.
 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

O grupo da população luandense mais vulnerável e afectado

As causas dos elevados casos da malária em Luanda no período em estudo

Factores geográfico;

Factores climáticos e

Factores sociodemográfico.
 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
Diante desse grave problema de saúde pública e das pressões de potencias
rivais como Alemanha e a Inglaterra o governo colonial português adoptou
um conjunto de medidas baseadas nas duas estratégias coloniais de combate à
malária que surgiram depois da descoberta do agente causador da malária por
Charles Louis Laveran em 6 de novembro de 1890, durante a colonização
francesa na Argélia. E a descoberta do mosquito como hospedeiro e vector da
malária por Ronald Ross em 1897.
A primeira proposta foi apresentada por Ronald Ross.

A segunda foi apresentada por Celli e Patrick Manson.

 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Desse modo foram adoptadas em Luanda e nas demais regiões da colónia de as

seguintes medidas:

 Criação de um serviço de profilaxia antipalustre.

 Visitas sanitárias.
 Limpezas das povoações.
 Melhoria das condições sanitárias da cidade.
 Secagem de pântanos.
 Plantação de eucaliptos.
 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
 Serviço de desarborização.
 Maior financiamento no combate contra a malária.
 Uso do quinino.
 Redes mosquiteiras.
 Mais informação e preparação da população (branca e negra).

Assim, as mudanças que começaram a registrar-se em Angola no intervalo de 1910 a 1920

as medidas seguidas para o combate e prevenção da malária em Luanda, e ainda a destruição
dos habitats dos mosquitos, tiveram resultados positivos para o desenvolvimento
socioeconómico da colónia de Angola em geral, e de Luanda em particular.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Respondendo as questões de partida

Podemos dizer que ao longo do nosso estudo constatamos que a malária era a
principal doença tropical no contexto colonial de Angola no período de 1900 a
1925.
E notamos que a população de raça branca era a mais afectada pela Febre
Palustre.
Bem como, na esperança de atrair portugueses livres à Luanda o governo
colonial adoptou várias medidas para erradicar a Malária, como por exemplo,
criação de um serviço de profilaxia antipalustre, visitas sanitárias, limpezas das
povoações, melhoria das condições sanitárias da cidade, secagem de pântanos,
plantação de eucaliptos. Serviço de desarborização, e tratamento da doença com
a administração de quinino e uso de redes mosquiteiras e outras mais.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quanto a confirmação das Hipóteses podemos dizer que:
• A primeira foi confirmada;
• A segunda não foi confirmada;
• A terceira em parte foi confirmada.
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