O documento analisa as diferenças entre o mercantilismo na França e na Inglaterra durante os séculos XVI-XVIII. O mercantilismo francês focou no desenvolvimento da indústria e manufatura, enquanto o inglês priorizou a marinha e o comércio marítimo. A agricultura recebeu mais apoio nas políticas mercantilistas inglesas do que nas francesas.
O documento analisa as diferenças entre o mercantilismo na França e na Inglaterra durante os séculos XVI-XVIII. O mercantilismo francês focou no desenvolvimento da indústria e manufatura, enquanto o inglês priorizou a marinha e o comércio marítimo. A agricultura recebeu mais apoio nas políticas mercantilistas inglesas do que nas francesas.
O documento analisa as diferenças entre o mercantilismo na França e na Inglaterra durante os séculos XVI-XVIII. O mercantilismo francês focou no desenvolvimento da indústria e manufatura, enquanto o inglês priorizou a marinha e o comércio marítimo. A agricultura recebeu mais apoio nas políticas mercantilistas inglesas do que nas francesas.
CAMPUS ANÁPOLIS DE CIENCIAS SOCIOECONÔMICAS E HUMANAS
CIÊNCIAS ECONÔMICAS HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL PROFESSOR: GLAUBER LOPES XAVIER
COMPARANDO O MERCANTILISMO NA FRANÇA E NA INGLATERRA
DEYON, Pierre. O mercantilismo. São Paulo: Perspectiva, 1973.
O mercantilismo, um sistema econômico e político predominante na Europa entre
os séculos XVI e XVIII, foi marcado por uma série de políticas e estratégias destinadas a fortalecer o poder e a riqueza das nações. Pierre Deyon, um renomado economista e historiador francês, realizou uma análise comparativa entre o mercantilismo na França e na Inglaterra, destacando diferenças notáveis em suas abordagens e impactos. Neste artigo, exploraremos essas diferenças e como elas moldaram as trajetórias econômicas desses dois países durante o período mercantilista. Deyon observa que o mercantilismo na França ganhou destaque significativo durante o reinado de Jean-Baptiste Colbert no século XVII. Antes desse período, as políticas mercantilistas na França eram menos intensas e consistentes. Por outro lado, na Inglaterra, o mercantilismo começou a se desenvolver de maneira mais coesa e precoce, já no século XVI. Uma das diferenças mais marcantes identificadas por Deyon está relacionada ao foco e à ênfase das políticas mercantilistas. Na França, o mercantilismo estava voltado para o desenvolvimento da indústria e da manufatura. O objetivo principal era fortalecer a produção interna e impulsionar a manufatura como um pilar econômico. Por outro lado, na Inglaterra, o mercantilismo estava intrinsecamente ligado à defesa nacional e ao fortalecimento da marinha e do comércio marítimo. Políticas como os Atos de Navegação tinham como objetivo primordial promover a marinha britânica e proteger o comércio nacional. No que diz respeito à agricultura, as análises de Deyon não fornecem informações específicas sobre políticas mercantilistas relacionadas à agricultura na França. No entanto, na Inglaterra, o mercantilismo incluía medidas de proteção à agricultura, como restrições à exportação de lã e promoção de produtos agrícolas. Outro aspecto interessante destacado por Deyon é o debate que ocorreu na Inglaterra em relação à legitimidade das tarifas proibicionistas. Economistas e políticos, como Coke, Child e Davenant, questionaram os perigos dessas tarifas e alertaram para os riscos de represálias, guerra, e desequilíbrios no comércio internacional. Esse debate parece não ter sido tão proeminente na França durante o mesmo período. A análise de Pierre Deyon revela diferenças fundamentais entre o mercantilismo na França e na Inglaterra em termos de momento de surgimento, intensidade, áreas de foco (indústria, comércio, agricultura) e debates sobre políticas tarifárias. Essas divergências contribuíram para moldar as trajetórias econômicas distintas desses dois países durante o período mercantilista. Enquanto a França enfatizava a manufatura, a Inglaterra direcionava seus esforços para a expansão marítima e a proteção de seu comércio. Essas abordagens variadas tiveram impactos duradouros nas economias e nas relações internacionais de ambos os países.