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Historia do Brasil:
Iniciada como parte do Império Português: Península Ibérica se destaca no capitalismo comercial.
Idade Média:
Cruzadas (séculos XI e XIII): oriente em 1453: Turcos Otamanos invadem Constantinopla e Fim da Guerra
dos 100 anos entre França e Inglaterra;
Época dos Descobrimentos: tentativa de monopolizar o comércio das especiarias (açafrão, baunilha, canela,
cravo, gengibre, noz moscada, pimenta, etc...);
Vasco da Gama (1497): Caminho para as Índias (Mediterrâneo sob o domínio dos Mouros);
- Exploração do Pau Brasil: tecidos, construção e móveis; feitorias para o armazenamento: mão-de-obra
indígena livre (escambo);
- Portugal passa a ocupar as terras: Portugal e Espanha são contestados pela França, Holanda e Inglaterra, os
quais teriam direito apenas as terras ocupadas - manutenção das colônias sem interesse econômico era
dispendioso;
- Espanha: ouro americano acumulado pelas antigas civilizações aumenta o interesse europeu na América;
- Portugal passa a ocupar as terras (Portugal e Espanha são contestados pela França, Holanda e Inglaterra, os
quais teriam direito apenas as terras ocupadas);
- 15 Capitanias Hereditárias: Carta Foral (direitos, deveres e pagamentos de taxas e impostos para a Coroa
Portuguesa) e Carta de Doação (donatários ou proprietários das capitanias obtidas hereditárias não podiam
vender as terras);
Ciclo do Açúcar:
- Agroexportadora: foco ao exterior
- Uma das especiarias mais apreciadas no mercado europeu já era cultivado por portugueses nas ilhas do
atlântico (desenvolvimento das técnicas);
- Alta rentabilidade do açúcar: financiamento holandês nas instalações e na importação de mão de obra escrava;
Século 18:
- Tratato de Methuen (1703): Privilégio (vinho e tecido), Portugal abdica do desenvolvimento manufatureiro;
- Feiras de Sorocaba;
Círculo do Café
- Salário
Resumindo:
Fornecimento de Materia prima (agro exportação): pau brasil, ouro, cana de açúcar, borracha e café;
Fim da escravidão
1919 a 1929: fabricas de ferro gusa, cimento, ferramenta e motores elétricos, maquinário têxtil,
equipamento para refino de açúcar, implementação agrícola, aparelhos de gas, relógios,
instrumentos de medição;
Indústria têxtil, fábricas de chapéu, fábricas de calçados, sacaria de juta, moinhos de trigo,
cervejarias, fábricas de fósforos) e indústria do ramo metalmecânica (prego, parafuso, canos de
chumbos, peças para vagões ferroviários e bondes);
Construção do alto forno em Miguel Burnier (MG): já produzia ferro gusa antes de 1920;
Aula 3
Apanhado anterior
nexojornal.com.br/grafico/2018/02/28/Os-presidentes-do-Brasil-mandato-formação-cidade-e-idade
Antecedentes
Descontentamentos:
Relação dependente com os EUA – protecionismo exportador, além de crises (1893 e 1897 – declínio do preço
do café e aumento de estoques)
Eleições fraudulentas
Voto não secreto (até 1932 e cédulas em 1955);
Problemas sociais e regionais (industrialização e urbanização)
Greves e condições de trabalhos (Rev. Russa – 1917)
Crise da República Velha ou Primeira República (1889 – 1930);
Crise de 1929 café (base da economia) - crise da Política do Café com Leite
Fuga de capitais: em 1930, não havia mais reservas;
Crédito no exterior: escasso;
Produção máxima: 1933 (demanda inelástica)
Política de desvalorização do câmbio: encarecimento das Importações e deslocamento da demanda:
substituição das importações pela produção interna.
Política em 1929: Presidente Washington Luís (SP) indicou Júlio Prestes (SP) ***
▪ Aliança Liberal (MG, PB e RS): Getúlio Vargas (candidato) e João Pessoa (Vice);
▪ Tenentismo
Ocorre no auge da crise de 1930 a 1931 e dura até a recuperação, a partir de 1934
- Choque externo sobre o BP: queda nas exportações e na interrupção da entrada de capitais;
- Não havia reservas internacionais: Moratórias sucessivas em relação às dívidas em moedas estrangeiras;
- Controle cambial até 1934: para evitar maiores desvalorizações, mas dificultava o pagamento da dívida externa
(em sua maioria aos ingleses e norte-americanos), atrelado à escassez de divisas;
Ocorre no auge da crise de 1930 a 1931 e dura até a recuperação, a partir de 1934:
Queda no PIB: -9% entre 1928 e 1930, - 5,3% em 1931, 4,3% em 1933 e 9% em 1934;
o Compra dos estoques de café, financiada por créditos do Banco do Brasil (“políticas pré-keynesianas”
via déficit público) x política de equilíbrio fiscal financiada por taxação às exportações;
o Queima de estoques em 1931;
Indústria: protegida por um controle das importações e início da utilização da capacidade instalada em função
do investimento dos empresários do café nos anos anteriores. Porém, a expansão industrial ocorreu nos anos
anteriores como vimos (I Guerra Mundial);
Na década de 1930: 90% dos bens não duráveis eram nacionais.
Como vimos anteriormente, Vargas não tomou posição de algum grupo, mas favoreceu a indústria de certo
modo ao manter a política de desvalorização cambial e impedimento às importações;
Setor bancário: criação da Caixa de Mobilização Bancária (CAMOB) em 1932: para reservas no Banco do Brasil
(Compulsório), para controle de liquidez e inflação;
Ocorre a liberalização econômica e do rápido crescimento da economia;
Posteriormente, a deterioração do Balanço de Pagamentos com a crise dos EUA;
Fim do governo provisório
Segundo a Cepal: Teoria dos Choques adversos (crises): Crise de 29, I GM. II GM.
Antecedentes
Acordo de Bretton Woods (1944-1971): foi um acordo entre 44 países que estabeleceu regras para as relações
comerciais e financeiras;
o Taxas de câmbio fixas com emissão de moedas conversíveis em dólar (Padrão Ouro: 1870- 1930);
o Dólar americano: moeda fiduciária (reservas);
o Criação do Fundo Monetário Internacional – FMI: créditos a países com problemas no Balanço de
Pagamentos;
o GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio): redução de barreiras tarifárias;
“Reconstrução” da economia mundial no pós guerra:
o 11% de crescimento dos EUA de 1940-45, era o fornecedor de bens de consumo no mundo;
o Desequilíbrio entre EUA e o resto do mundo: escassez de dólares e críticas ao acordo;
o Guerra Fria (1947): combate dos EUA à expansão comunista e Plano Marshall (programa de ajuda
oferecido aos países europeus devastados no pós guerra);
o Expectativa brasileira:
retomada do crescimento econômico mundial e elevação dos preços do café;
Economia liberal: atrair câmbio para o ajuste do desequilíbrio do BP;
Eleito pelo Partido Social Democrático (PSD): adversários Eduardo Gomes da União Democrática Nacional e Iedo
Fiuza do Partido Comunista do Brasil;
Período com maior aliança com os Estados Unidos, iniciados desde a década de 1930;
Estados Unidos: competia com a indústria brasileira em crescimento, principalmente, bens de consumo duráveis
e não duráveis e havia escassez de matéria prima no Brasil;
Tinha receio da “ditadura” menos liberal: prefeririam um governo mais liberal e mais aliado à política norte-
americana;
A agenda liberal começa a se desfazer a partir de 1947 (política econômica).
Confiança na recuperação mundial: problema econômico era a inflação causada pelos déficits do governo nos anos
anteriores -> políticas contracionistas;
o Demanda reprimida por bens de capital no pós guerra e bens de consumo (excesso de oferta pra
redução de preços);
o Política anti-inflacionária: redução de reservas e déficits na Balança Comercial;
o E, para atrair capital;
Problemas: as reservas eram insuficientes (exportações para os EUA eram menores que as importações e no pós guerra,
as exportações de matérias primas caem no Brasil);
Contingenciamento de importações (1948-1953): licenças para importação de acordo com a necessidade do governo;
Redução do déficit: queda na importação, recessão norte americana (1949) e recuperação dos preços do café;
- Controle de importações de 1947: reforça a substituição de importações, embora o foco tenha sido em conter o
desequilíbrio do Balanço de Pagamentos;
- Com o aumento do preço do café, em 1949, há um aumento na disponibilidade de divisas, fornecendo maior
quantidade de licenças à importação;
- Estímulo à indústria de bens de consumo duráveis: ainda não produzidos internamente; E Aparelhos domésticos;
➢ Mudança da posição dos EUA no financiamento do desenvolvimento brasileiro, importante na segunda fase
do novo governo;
Política Econômica:
➢ Segunda fase: atração de capital estrangeiro para financiamento das obras de infraestrutura;
Política Externa
Com o aumento do preço do café em 1949 e a mudança no padrão de financiamento norte-americano: as transações
eram animadoras;
Continuidade na taxa de câmbio fixa e sobrevalorizada e nas concessões de licenças de importações, porém, esta última
com maior relaxamento nos primeiros meses de governo devido ao desequilíbrio na Balança Comercial
Fator externo: maior propensão marginal a importar em função da Guerra da Coreia – 1950-53, a partir da
Guerra Fria e o receio da escassez dos períodos de Guerra, além da posição cambial favorável às importações e,
Fator interno: inflação (importações para controlá-la), precário abastecimento interno;
➢ Desde 1949, ainda no Governo Dutra, os Estados Unidos tinha um plano para o desenvolvimento de infraestrutura da
América Latina, o Ponto IV, composto por Eugenio Gudin, Otávio Gouveia de Bulhões e Valder Lima Sarmanho (foco na
agricultura, energia e transporte);
➢ Comissão Mista Brasil-Estados Unidos (CMBEU): criada, oficialmente, em 19 de julho de 1951, mas articulada já após
o resultado das eleições, buscava analisar e fomentar projetos de infraestrutura, fomentou a criação do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e o relatório foi entregue ao Ministro da Fazenda, Eugenio Gudin, no governo
Café Filho, em 1954;
Segunda fase
Como a primeira fase era crucial para iniciar a primeira: Em 1953, Crise Cambial e Inflação; Atrasos nos pagamentos e
dificuldade na obtenção de empréstimos para o financiamento das obras (para alguns autores, é o motivo da ruptura
com os EUA);
Contexto: Lei de Remessa de Lucros de Vargas (27de fev. 1946) – as remessas anuais de lucros, juros e
dividendos estavam limitadas a 8% do capital estrangeiro registrado e as repatriações de capital eram de até
20% ao ano;
Em 3 de janeiro de 1952, Vargas emite o decreto n° 30.363 que impôs o limite de 10% sobre o capital
estrangeiro registrado (de 47 a 51, entraram U$15 milhões e saíram US$ 47 milhões);
Mudança no governo norte americano: foco no combate ao comunismo com a vitória de Dwight D. Eisenhower
(Republicano) que sucedeu Harry S. Truman (Democrata), dificultando a continuidade da CMBEU, criada em 1951, mas
iniciada desde 1949 no ponto IV, o qual foi abandonado (fortalecimento da infraestrutura da América Latina) com foco
no corte de gasto;
Pressão do Banco Mundial na concessão de crédito sobre as políticas econômicas dos países latino-americanos:
apoiado pelos EUA, o Eximbank, apenas deveria conceder crédito aos países da América Latina quando
houvesse recusa do Banco Mundial pois, cobrava taxas de juros menores que o Banco Mundial e impedia o
controle deste sobre as políticas econômicas nestes países;
Interesse estrangeiro no monopólio de petróleo e nas ferrovias;
Banco Mundial: acordo de empréstimo no final de abril de US$300 milhões para regularizar os atrasos
comerciais, por meio do Eximbank com condições mais restritas de crédito. Amortização deveria ocorrer em até
3 anos, com taxa de juros de 3,5% a.a. e pagamento de todos os atrasos até o final de 1954;
CMBEU é extinta: 41 projetos aprovados de US$387 milhões, sendo US$186 milhões financiados;
Foco na estabilidade econômica e incapacidade de continuidade das obras de infraestrutura;
Lei nº 1.807 (Lei do Mercado Livre): instituiu o sistema de taxas múltiplas de câmbio, algumas flutuantes;
O objetivo da adoção deste tipo de modelo de câmbio era: facilitar a exportação dos produtos “gravosos” (ou seja,
inviáveis à taxa oficial de câmbio) e reduzir a propensão a importar;
Receio: evitaria o receio de uma desvalorização cambial e uma piora na inflação, encarecendo os insumos industriais e
os bens de consumo;
Queda de 11% nas exportações no primeiro semestre de 1953 em relação à 1952 – os gravosos não
aumentaram tanto na pauta exportadora e os exportadores de café, na esperança de uma maior desvalorização
cambial, reterem os estoques;
Descontentamento dos cafeicultores e exigência ao abandono da lei;
Aumento nos atrasos comerciais: renegociação com o Eximbank;
Reforma ministerial:
Dificuldades econômicas: troca de ministros da Fazenda: Lafer substituído por Oswaldo Aranha;
Crise na produção de energia em função da estiagem;
Descontentamento social e desgaste do governo: greve em 1953 em São Paulo e eleição de Jânio Quadros na
prefeitura de São Paulo;
o João Goulart assume o Ministério do Trabalho: para agradar os sindicatos e sucessão presidencial
Resumo da prosa
Em 1954: melhor no setor externo e expectativa sobre as exportações de café e da renegociação com o
Eximbank;
Mas a preocupação continuou na inflação: resultante do déficit público, da expansão do crédito e do aumento
da base monetária – descontentamento da classe média e urbana;
No dia 1º de Maio: Getúlio anuncia um aumento do salário mínimo de 100% (o ajuste real necessário seria de
49%) – não diminuiu o descontentamento da base eleitoral;
Geada no Paraná: choque de oferta de café (queda nas exportações e elevação no preço do café), decreto de
preço mínimo do café e EUA passam a importar café de outros países;
Getúlio fica isolado: além do descontamento da população, perdeu apoio da indústria pois a instrução 70 da
SUMOC acabou encarecendo os bens importados e o custo de produção (salário mínimo) -> Atentado da Rua
Toneleiros e Suicídio de Vargas;
Antecedentes
Tentativas de estabilização e controle cambial, sem sucesso no Segundo Governo Vargas (1951 a 1954) e continuidade
no Governo Café Filho (1954 a 1955);
Instrução 108 da SUMOC: Por meio desta, aumentava-se o compulsório sobre os depósitos à vista de 4% para 14% e de
3% para 7% sobre os depósitos a prazo superiores a 90 dias;
Depósito compulsório do Banco do Brasil para a SUMOC – iniciando uma reforma bancária e enxugamento do
crédito;
Instrução 116 da SUMOC: redução do compulsório por receio de uma crise bancária (falta de liquidez);
Críticas à existência de várias taxas de câmbio e do câmbio sobrevalorizado (para promover a substituição de
importações);
Governo JK
Mesmo com o fim da CMBEU: BNDE (1952) com o objetivo de gerir um fundo especial arrecadado pelo setor público, o
Fundo de Reaparelhamento Econômico que consistia em colocar em prática o estudo da comissão;
Necessidade de revisão: pouco resultado do BDNE por dificuldade de recursos externos e domésticos;
Revisão da CEPAL-BNDE: áreas prioritárias e pontos de estrangulamentos. Embora não foi seguido, deu base ao
Plano de Metas;
Plano de Metas (1956): plano quinquenal baseado no diagnóstico da CMBEU e CEPAL-BNDE, com bastante
dedicação do setor público, a partir da criação do Conselho de Desenvolvimento, ligado à presidência;
o Para muitos, foi a tentativa mais sólida de industrialização brasileira;
Premissas
➢ Queda do preço do café até os níveis do final dos anos 1940 e início dos anos 1950;
Investimentos: energia e transporte (71,3% dos recursos, principalmente do setor público), indústrias de base (22,3%
principalmente do setor privado), e alimentação e educação (6,4% do governo);
Financiamento:
Política econômica:
Tratamento preferencial para o capital estrangeiro;
Financiamento dos gastos públicos e privados por emissão monetária e expansão do crédito;
Crescimento da participação do setor público na formação bruta de capital fixo;
Estímulo à iniciativa privada (crédito subsidiado pelo BNDE);
Fragilidade do plano:
Setor público:
segundo plano;
➢ Política de Moeda e Crédito (SUMOC, Banco do Brasil e Tesouro) e Taxa de câmbio, juro, depósito
compulsório e registo de entrada de capitais (SUMOC);
➢ Déficits do Tesouro eram cobertos com empréstimos do Banco do Brasil e emissão monetária;
➢ Título da dívida: limitados a 12% a.a. (Lei da Usura) – juro real negativo;
➢ Fase de estabilização: segurar a expansão dos meios de pagamento (apenas ao nível do produto real);
➢ Abandono do plano, em oposição ao PEM e ao FMI, seguindo a ideia de que economias subdesenvolvidas só
industrializariam com inflação (Estruturalistas);
Desempenho no período:
➢ Déficit no BP;
Antecedentes
Plano de Metas: utilizou o mecanismo inflacionário como um meio para chegar ao fim que era a garantia de
investimentos públicos e privados. A inflação era resultante da emissão monetária que financiava gasto público e
crédito e, este, consequentemente viabilizava os investimentos privados (mecanismo da poupança forçada da sociedade
via inflação para o setor público e privado);
- Inflação: 23,8% a.a., em média, entre 1956 e 1960, sendo que só em 1960 chegou a 30,5% a.a.
Sucessor de JK: Jânio Quadros assume em 31 de janeiro de 1961 (João Goulart, vice)
- Politica ortodoxa:
- Desvalorização cambial;
- Medidas bem recebidas: de significativa importância, considerando que boa parte da dívida venceria até 1965,
além de garantir a continuidade de investimentos estrangeiro;
- Jânio renuncia em 25/08/1961: deveria assumir João Goulart (em viagem à China - comunista), oposição de militares e
civis (liderado por Leonel Brizola, governador do RS);
- João Goulart toma posse em 07/09/1961, mas com poderes diminuídos, com primeiro ministro, Tancredo Neves e
assume a pasta da Fazenda, Moreira Sales (banqueiro e embaixador);
- Celso Furtado e o Plano Trienal: com foco no crescimento econômico e controle da inflação;
- Lei. 4.131 de 1962: limitava a remessa de lucros ao exterior em 10% sobre o capital registrado) – queda em
40% no volume líquido de investimento entre 1962 e 1963;
- Aproximação com Cuba e defesa da entrada da China na ONU, além de apoio à descolonização de países na
África, desde Jânio Quadros;
- Cenário político instável: em 31 de março de 1964, um golpe civil-militar, tira João Goulart do poder;
Regime Militar
Castello Branco – Arthur – Costa e Silva – Médici – Geisel – Joao Figueredo – Colégio Eleitoral: José Sarney
- Roberto Campos (Ministro do Planejamento) e Octávio de Bulhões (Fazenda): medidas que se estenderam até 1973,
mesmo com trocas de ministros e de governo;
- Combate gradual à inflação: ataque ao ciclo: déficit fiscal -> emissão -> aumento de salários -> déficit fiscal;
- Retomada do crescimento;
- Considerando a “ausência de resistência”, a economia não encontrou grandes barreiras, focada no desequilíbrio
monetário e externo;
- De 1963 até início de 1964: estagflação (crescimento do PIB de 0,6 em 1963 e inflação de 79,9%);
- 1964-1967: PAEG;
- Consistiu em um plano de estabilização econômica ortodoxo e de reformas estruturais (sistema financeiro, estrutura
tributária e mercado de trabalho);
- Principais medidas:
- Problemas: a inflação aceitável ainda era de dois dígitos, interferindo nos PREÇOS RELATIVOS, por exemplo, o preço da
carne em relação à gasolina, ou seja, quanto de carne compra quanto de gasolina, o que prejudicando contratos de
longo prazo: salários, aluguéis, etc..., e retroalimentando a inflação – correção monetária;
- Reforma no Mercado de Trabalho: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, substituiu a estabilidade do
emprego (10 anos de serviço no mesmo estabelecimento);
- Reforma tributária: objetivo de aumentar a carga tributária (centralizador) e racionalizar a tributação, incentivando o
crescimento econômico:
- Criação do Fundo de Participação dos Estados e Municípios (FPEM): repasse federal, etc...;
- Problemas: além de centralizadora, a reforma foi regressiva, maior aumento da arrecadação veio dos impostos
indiretos;
- Reforma Financeira: Conselho Monetário Nacional (CMN); Banco Central do Brasil (BCB); Bancos de Investimentos
(regulamentados em 1966); Sistema Financeiro de Habitação (SFH) <---> Caixa Econômica Federal; Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN); Lei do Mercado de Capitais (1965);
- Inflação: 45,5% a
- Costa e Silva (De 01/1967 até 08/1969); General Médici (até 15/03/1974)
- Crescimento do médio do PIB de 11,1% a.a.: resultado do plano de metas e substituição de importações, foi liderado
pelo setor de bens de consumo durável e em menor grau pelo de bens de capital, consolidando os investimentos desde
o Plano de Metas;
- Mas por quê, milagre? Além do crescimento, redução da inflação e do desequilíbrio externo;
Aula 8 – PNDs
1964 – 1973:
- 10 anos da ditadura militar no Brasil: Castello Branco (1964-66), Costa e Silva (1967- 69) e Médici (1969-1973);
- Combate à inflação: Paeg (1964-1968), sem grande sucesso e o PED com combate à inflação e investimentos públicos;
No Governo Médici e idealizado por João Paulo dos Reis Velloso e Mário Henrique Simonsen, com meta de crescimento
de 8 a 9% a.a. e inflação abaixo de 20% a.a., preparando a economia para a continuidade no PSI;
- eliminação nos déficits no BP: mas com aumento das importações e da dívida externa (PSI);
- capacidade ociosa e crescimento no consumo de petróleo como energia primária (40% em 1973);
- 1974 a 1984: período de mudanças estruturais e políticas até a redemocratização (Governo Geisel (1974-1979) e João
Figueiredo (1979-1984)).
- Inflação baixa: herança dos governos anteriores (15% em 1973 x 80% em 1963)
- Recuperação do BP;
- Ritmo acelerado de crescimento (milagre econômico): correção monetária e aumento da dependência externa
do país em bens de capital e petróleo e seus derivados e setor financeiro (empréstimos externos);
- Vulnerabilidade financeira: era necessário gerar superávits (dependente da política cambial e da demanda externa)
para compensar as despesas financeiras (controlando déficits em conta corrente), além de renegociar dívidas e atrair
mais capital estrangeiro;
- Esgotamento do crescimento econômico via PSI, desde 1950: comandado pelo Estado e por meio de financiamento
público e endividamento externo;
Países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo – OPEP aumentaram o preço do barril de petróleo
de US$2,48 (1972) para US$3,29 (1973) e US$11,58 (1974);
- Países desenvolvidos: aumento da taxa de juros (para conter a inflação de custo por parte dos Bancos Centrais)
e contração do crescimento econômico (1974-75);
- Déficits comerciais em diversos países: no Brasil, em 1973 com superávits, a Balança Comercial passou
a ter um déficit de US$4,7 bilhões em 1974,
- Compensação pelos petrodólares: receita de exportação dos países da OPEP investidos no mercado
financeiro internacional, financiando os déficits em conta corrente via sistema bancários de países como
o Brasil;
- Aumento novamente das taxas de juros internacionais: recessão nos países industrializados de 1981 a 1982
(prime rate – taxa básica de juros de empréstimos bancários nos EUA saiu de 7,9% a.a., em 1973, para 18,9%
a.a. em 1981);
a) Piora nos déficits em conta corrente pela redução das importações dos EUA;
b) Aumento da dívida externa: encarecimento pela taxa de juros (prime rate);
c) Dificuldade de obtenção de empréstimos pelo crescimento da dívida (aumento do risco da dívida)
Crise da dívida: o racionamento de crédito aos países endividados, principalmente da América Latina, deixou os países
incapazes de pagar as dívidas, levando-as a decretarem a moratória, sendo o México o primeiro, em 1982, com
negociações dos países até final dos anos 1980;
II PND
Ajuste estrutural por meio de grandes investimentos públicos e privados para ocorrerem entre 1974 e 1979; Pontos de
estrangulamento que restringiam o crescimento brasileiro e a restrição externa;
- Bens de capital: siderurgia, química, metais não ferrosos (alumínio, chumbo, cobre, etc...) e minerais não
metálicos (areia, argila, sal marinho, cascalho, etc...)
- Energia: pesquisa e exploração de petróleo, álcool como alternativa ao petróleo e aumento da capacidade de
geração de energia elétrica;
Financiamento: BNE (linhas de crédito subsidiado aos capitais privados) e público (imposto e empréstimos externos
captados pelas estatais;
- Liquidez internacional favorecendo o desempenho do plano: mesmo após o I Choque do Petróleo houve recuo das
taxas de juros e movimento de capitais via petrodólares;
- Pressão empresarial pela continuidade do crescimento como no Milagre econômico: projeto político de Geisel;
- Pressão inflacionária pelo crescimento: política monetária contracionista, embora com expansão do crédito e
contenção de gasto público (administração direta);
- Aumento dos déficits do BP pelo aumento das importações, porém, a partir da década de 1980 o II PND levará à
redução das importações de bens de capital e da dependência da importação de petróleo, além do aumento da
capacidade de exportação;
Governo Figueiredo (1979 – 1984)
Fases: crescimento econômico (1979-1980), recessão (1981-1983) e recuperação de 1984 (via exportações);
- Pressão e substituição: “A inflação é péssima, mas o impasse externo mortal” Simonsen (1979)
Delfim Neto:
- Contenção do gasto público para segurar a inflação (apenas estatais, não de subsídios agrícolas ou
administração direta);
- Ajuste externo pelos preços relativo (câmbio e tarifas) para distribuição da demanda a diversos setores:
repercutiu em aceleração da inflação (de 38% a.a. para 93% a.a. em 1980), levando a reajustes salariais e
contratuais semestrais, realimentando a inflação (inflação inercial)
- Queda nas reservas internacionais: US$12 bilhões (1978) para US$7 bilhões (1980);
Crescimento de 8% a.a. com inflação e deterioração das contas públicas e externas (conta financeira e não mais a
Balança Comercial), como resultado do II PND;
- 1979-80 crescimento de 8% a.a. com inflação e deterioração das contas públicas e externas como resultado do
II PND;
- I e II choque do petróleo (1974 e 1979): aumento do preço do petróleo (grande dependência brasileira, além
de bens de capital);
- 1981 – 1983: a década perdida - grave desequilíbrio no BP, aceleração inflacionária e desequilíbrio fiscal;
- Balança Comercial superavitária: duas Maxidesvalorização cambiais (30% cada), ministro Delfim Neto,
em 1979 e 1983, a contração das importações (recessão crise das dívidas) e o PSI do II PND;
- 1984: Recuperação econômica (queda nas importações e aumento das exportações). Mudança na composição
dos produtos exportados: queda dos bens básicos e aumento de produtos manufaturados;
- Efeitos do II PND foram vistos nos anos 1980, por ser investimento de longo prazo.
- 1985: Governador do Maranhão, José Sarney, vice de Tancredo Neves vence a eleição contra Paulo Maluf no
congresso e assume a presidência da república, com o falecimento de Tancredo, encerrando período ditatorial
Aula 9
Nova República
“Diretas Já”: esperança e adesão da população à retomada da liberdade política e civil e ao controle da inflação. Com a
falta de quórum, ocorre as eleições indiretas pelo Colégio Eleitoral em 01/01/1985.
Tancredo Neves é eleito, sendo o primeiro presidente da república, desde 1960, falecendo em 21/04. José Sarney, de
vice-presidente eleito, assume a presidência formulando o Plano Cruzado.
No lado econômico:
- Endividamento externo persistia (US$105 bilhões) superávits comerciais eram suficientes para o
pagamento dos juros sobre a dívida externa;
- Indexação generalizada da economia (inércia inflacionária, a correção era acima da inflação ocorrida),
o PAEG com a correção monetária mostrou a necessidade da desindexação da economia;
- Choques de oferta: desequilíbrios de oferta (aumento dos preços do petróleo, aumento de impostos, quebras de
safras agrícolas, desvalorizações cambiais);
- Tendência (inércia inflacionária): inflação baseada na inflação passada (contratos com cláusulas de desindexação),
pode ser piorada com choques de oferta e demanda;
Como controlar a inflação?
Pacto Social: economistas do PMDB e Unicamp, disputa de renda entre setores da sociedade numa maior participação
na renda nacional, mantendo a distribuição no longo prazo mas com inflação. Para solucionar, mantem-se os preços, e a
inflação se esvairia;
Choque Ortodoxo: economistas da FGV, Teoria Quantitativa da Moeda: causada pela expansão monetária para pagar as
dívidas do governo. Para resolver, corta-se gastos e controla-se a emissão monetária, além da desindexação e
liberalização total dos preços;
Choque Heterodoxo [Inflação Inercial]: Francisco Lopes da PUC-Rio. Com congelamento de preços;
Reforma Monetária [Inflação Inercial]: André Lara Resende e Pérsio Arida da PUC-Rio. Com o Larida, introdução de uma
moeda indexada que circularia paralelamente ao Cruzeiro;
Plano Cruzado
Setor externo favorável e políticas de austeridade fiscal e controle monetário e de crédito. Sem sucesso, inflação chega
a 235% a.a.
1) Reforma Monetária: Mudança de Cruzeiro para Cruzado (mil cruzeiros por cruzado) – criar a imagem de uma
moeda forte e com uma nova unidade monetária, interferir nos contratos;
2) Congelamento de preços: todos produtos, a partir da data, seriam tabelados (Tabela da Superintendência
Nacional de Abastecimento e Preços – SUNAB) e a população agiria como “fiscais do presidente”;
5) Política Fiscal e monetária: não tinha determinação prévia, ficaria a cargo dos responsáveis pela política
econômica.
Fases
- Baixa taxa de juros e taxas de juros reais negativas: devido à política monetária;
- Desacelerar a demanda com aumento de impostos e aumentar a oferta por meio de investimentos;
- Medidas:
- Aumento dos preços de automóveis, cigarros, bebidas alcóolicas, tarifas telefônicas, energia elétrica,
tarifas postais, açúcar, gasolina, álcool e medicamentos;
- Redução dos gastos do setor público e adiamento de investimento estatal para 1987;
a) Considerar a inflação apenas inercial: causada, também, por excesso de demanda e por desequilíbrios das
contas públicas;
e) Gatilho salarial: era indexador ou invés de desindexar os salários dos demais preços;
Objetivo do plano: provocar um choque deflacionário de forma a permitir taxas mais baixas de inflação;
Causas da inflação: inércia inflacionária (componente heterodoxo) e excesso de demanda (componente ortodoxo);
Principais medidas:
Congelamento de salários por 3 meses: posteriormente reajustados pela Unidade de Referência de preços
(URP), mecanismo de indexação pela média salarial dos últimos 3 meses;
Desvalorização do câmbio em 9,5% e minidesvalorizações cambiais diárias: preocupação com o setor externo;
Congelamento de aluguéis;
Contratos para pagamentos futuros com taxas de juros prefixadas foram deflacionadas;
Política monetária que propiciasse taxas de juros positivas para conter a demanda.
Resultado:
Meta:
Contenção salarial do funcionalismo público e congelamento dos valores dos empréstimos do setor
público;
Plano Verão
Reforma monetária (14 de janeiro de 1989): Cruzado passa para Cruzado Novo (1000 Cruzados eram 1 cruzado novo);
Aspectos ortodoxos:
- Política monetária e fiscal contracionistas para redução dos preços via contração da demanda;
Aspectos heterodoxos:
Política monetária contracionista: aumento da taxa de juros real de curto prazo, limitação do crédito e aumento
do compulsório bancário.
Resultados:
Hiperinflação em 1990: 67,55% a.m., 75,73% a.m. e 82,39% a.m. (janeiro à março).
Insucesso dos planos econômicos anteriores no controle da inflação a partir da indexação da economia e do
congelamento de preços e salários;
Medidas:
- Moeda indexada: com a inflação elevada, os ativos financeiros se tornaram mais líquidos e retirava das
autoridades monetárias o controle da política monetária: aumento da taxa de juros;
- Crescimento e financiamento da dívida interna: desde a crise da dívida, crescimento da dívida interna (externa
em interna);
Medida provisória nº 168 (15 de março de 1990): Lei 8.024 (12 de abril de 1990) – Plano Collor;
Resultados
Redução da liquidez: bloqueados metade dos depósitos à vista, 80% das aplicações de overnight e fundos de
curto prazo e um terço dos depósitos de poupança;
Redução da inflação: 80% em março de 1990 para 15,5% em abril e 7,6% em maio;
bloqueio das cadernetas de poupança, dos depósitos e dos ativos financeiros – PIB do segundo trimestre
diminuiu 8,2%;
Setor produtivo: cancelamento de encomendas, redução da produção, demissões, férias coletivas, redução de
salários, redução da jornada de trabalho, atraso no pagamento de dívidas, etc...
Mudança estrutural:
Pressões: início da liberação antecipada dos recursos bloqueados de forma aleatório e descongelamento de
preços e salários em maio;