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LDA
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JANEIRO, 2021
Gracifilhos – Comércio e Serviços Lda GeoAmbiens – Geoprocessamento & Análise Ambiental
PROPONENTE
EMPRESA CONSULTORA
Morada Rua da Missão, Ingombota, Edifício nº47, Apt -21, Luanda – Ingombota
Email: Geoambiens@yahoo.com.br
ÍNDICE
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
1. INTRODUÇÃO
1.1.Apresentação
1.3.Objectos do EIA
1.4.Identificação do Proponente
Endereço: Sede em Luanda, Município de Viana, Bairro Kapalanga, Rua do Porto Seco,
Casa s/n
1.6.Metodologia Geral
a) Meio Físico
b) Meio Biótico
c) Meio Socioeconómico
1.7.Pressupostos e Limitações
Foram gerados contornos (10 m) e uma análise básica do terreno foi realizada neste
MDT, que englobava análises de uma encosta e de acidentes geográficos, bem como da
rede de canais de água e geração de bacia hidrográfica.
c) Recursos Hídricos
d) Hidrologia subterrânea
A criação de uma estrada de acesso em muitas áreas rurais permite aos habitantes locais
aventurarem-se em áreas circundantes para explorar os recursos naturais.
Consequentemente, onde houver uma estrada de acesso transitável, aumenta a habitação
humana e o aumento das perturbações ecológicas é, portanto, inerente.
f) Sazonalidade
1.8.Estrutura do EIA
O Volume I contém o Resumo Não Técnico (RNT) o qual tem como papel resumir e
traduzir em linguagem simples o conteúdo do estudo, permitindo que o público em
geral se familiarize com as principais questões relacionadas com o projecto.
Introdução
Enquadramento Legal
Descrição do projecto
Descrição das alternativas consideradas
Definição da Área de Influência
Diagnóstico Ambiental da área de influência do projecto
Identificação e Avaliação de Impacte Ambiental
Descrição das Medidas de Mitigação
Programa de Acompanhamento e Monitorização dos Impactes Ambientai
Lacunas Técnicas de Conhecimento
Considerações Finais
Referências Bibliográficas.
2. ENQUADRAMENTO LEGAL
2.1.Introdução
1. Toda pessoa tem o direito de viver num ambiente saudável e não poluído e o dever de
defendê-la e preservá-la.
2.2.Enquadramento Institucional
2.2.1. Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente
A Agência Nacional de Resíduos (ANR), criada pelo Decreto Presidencial n.º 181/14,
de 28 de Julho, é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de personalidade
jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial, criada para assegurar a
2.3.Enquadramento Legal
Existem diversos documentos legais que regulam como a AIA deve ser realizada. Os
que estão actualmente em vigor são as que se seguem:
3. DESCRIÇÃO DO PROJECTO
3.1.Objectivos
3.2.Justificativa do Projecto
Tabela 1: Áreas de floresta densa húmida - AFDU e relação população-área de floresta densa húmida e área
de floresta densa húmida-superfície por província em Angola – 2001.
Relação (%)
Província AFDU (km2) Superfície (km2) População (hab) Pop./AFDU (hab/km2)
AFDU/Sup
Móxico 3 830 223 023 230 000 60,05 1,71
Cabinda 2 450 7 283 242 163 98,84 33,63
Cuando Cubango 2 320 199 049 140 000 60,34 1,16
Lunda Norte 2 100 103 000 103 000 49,04 2,03
Cunene 1 680 87 342 200 000 119,04 1,92
Lunda Sul 1 610 77 637 125 000 77,63 2,07
Huíla 1 600 75 002 680 000 425,00 2,13
Malange 1 530 97 602 850 000 555,55 1,56
Bié 910 70 314 790 000 868,13 1,29
Kwanza Norte 900 24 110 400 000 444,44 3,73
Kwanza Sul 860 55 660 585 000 680,23 1,54
Benguela 420 31 788 600 000 1 428,57 1,32
Zaire 360 40 130 47 000 130,55 0,89
Bengo 350 33 016 450 000 1 285,71 1,06
Huambo 320 34 270 1 000 000 3 125,00 0,93
Uíge 220 56 698 500 000 2 272,72 0,38
Namibe 210 57 091 150 600 717,14 0,36
Luanda ……. 2 417 3 494 305 ……. ……
Fonte: IDF/ICGA – 2001.
É com base nos cenários acima referidos, que a Gracifilhos – Comércio e Serviços Lda,
pretende desenvolver o Projecto Exploração Florestal de Madeira.
3.4.Projectos Associados
3.5.Localização Geográfica
Confrontações: A Norte com terrenos de terceiros; a Sul com o rio Caluica e picas; a
Este com terreno de terceiro; a Oeste com os rios Cangumbe e Ngala.
Condições operacionais
a) Madeira torada;
b) Troncos inteiros;
c) Árvores inteiras.
Estudo de Impacte Ambiental
Exploração Florestal de Madeira na Zona do Cambondo, Município de Bula Atumba, Província do
Bengo
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Local de abate X X X
Carreadouro
Fábrica
2. Sistema de exploração de troncos inteiros
Local de abate X X
Carreadouro X
Fábrica X
3. Sistema de exploração de árvores inteiras
Local de abate X
Carreadouro X X
Fábrica X X
O método de extracção utilizado será por transporte uma vez que o material não toca no
solo. Com este processo de extracção do material lenhoso, a movimentação de toros de
menores dimensões torna-se mais rentável relativamente à extracção por arraste ou
semi-arraste, uma vez que o material pode ser retirado em pilhas e não individualmente.
Em zonas muito declivosas ou onde, por qualquer motivo, se torne impossível a entrada
e movimentação das máquinas, a extracção pode ser realizada com utilização de cabos
aéreos.
Processo Produtivo
1- Reserva de madeira.
Nesta fase, será feita a identificação das principais zonas de reserva de madeira futuro, a
saber:
Corte de madeira;
Separação da coroa e limpeza primária do tronco das árvores;
Estudo de Impacte Ambiental
Exploração Florestal de Madeira na Zona do Cambondo, Município de Bula Atumba, Província do
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Técnicos especializados;
Trabalhadores de uso geral;
Motoristas de equipamentos especializados (carregador frontal com uma unidade
de registro instalado, transportadoras de madeira que consistem em um carro
principal e uma dissolução de reboque.
A base de matéria-prima para este projecto são árvores de mogno de madeira dura, que
crescem em locais designados para o registro. Os principais tipos de madeira que são
utilizados no projecto:
Infraestruturas de apoio
Consumos Previstos
Este projecto está em linha com os objetivos gerais da política agrária da República de
Angola e visa aumentar o fornecimento de produtos processados de madeira para o
mercado mundial, assim como a criação de novos empregos.
Mão-de-obra
Cronograma
Consultas comunitárias
Realização do EIA
Limpeza do terreno
Não estão abrangidos outros produtos, como por exemplo a cortiça, uma vez que irão
ser objecto de tratamento específico em outros trabalhos.
3.7.Aspectos Ambientais
3.8.Fases do Projecto
3.8.1. Fase de Implantação e / ou Instalação
Disponibilidade de Terrenos
Operações de abate, processamento e extracção
Local para Disposição de Efluentes
Local para Tratamento/extracção de resíduos florestais
Vias de Comunicação
Aspectos Qualitativos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde
Aspectos Técnico-Econômicos
Aspectos Socioeconómicos.
A sua localização próximo aos rios Caluica, Cangumbe e Ngala, sua condição
geográfica privilegiada foi uma das principais razões da escolha do local para a
instalação da Exploração Florestal de Madeira.
A Área de Influência Indireta (AII) corresponde às áreas onde os efeitos são induzidos
pelas acções de implantação e operação do empreendimento, como consequência de
uma acção específica do mesmo ou de um conjunto de acções interdependente e não
como consequência de uma acção específica do mesmo.
O Projecto Exploração Florestal de Madeira será implantado numa área limitada a Norte
com o rio Caluica, a Oeste com os rios Cangumbe e Ngala que apresentam cursos de
água expressivos.
A província do Bengo é banhada por 8 rios, sendo de destacar o rio Kwanza, um dos
maiores de Angola, dotado de uma elevada diversidade de espécies de crustáceos e
peixes. O rio Kwanza tem cerca de 1000 km de extensão e uma bacia hidrográfica que
₂
ocupa uma área aproximada de 152 570 km .
A área de estudo insere se na bacia hidrográfica do rio Kwanza, esta bacia subdivide-se
por sua vez em 4 bacias parcelares ou sub-bacias.
Meio Físico
Meio Biótico
Meio Socioeconômico
6.1.Meio Físico
Angola localiza-se na região ocidental da África Austral, possui parte dos sistemas
hidrográficos do maior rio da África Ocidental, o Zaire ou Congo (4 000 km), e do
maior rio da África Oriental, o Zambeze (2 680 km). O seu território pode ser dividido
em seis áreas geográficas, a faixa costeira, as zonas de transição para o interior, os
relevos intermédios, os planaltos, a bacia do Zaire e a bacia dos rios Zambeze e
Cubango.
As suas bacias ocupam cerca de 60% do território e são caracterizadas pelas terras do
interior e relevos da costa atlântica.
6.1.1. Clima
Embora o clima não seja considerado um recurso natural com expressão espacial é um
factor que influência de forma determinante os recursos paisagísticos, sendo por isso
importante salienta.
6.1.2. Temperatura
6.1.3. Precipitação
6.1.5. Ventos
Relaciona-se com a bacia hidrográfica do rio Congo ou Zaire (rios Cuango, Cassai e
outros), embora inclua parte da bacia hidrográfica do médio e alto rio Cuanza. Situa-se a
leste de Uíge, em Malange, Saurimo e a leste de Bié. Subdivide-se em três subunidades:
Seu relevo ocorre condicionado pela evolução da bacia endorreica do Namibe. Sua
drenagem processa-se pelos rios Cunene, Cubango e Cuito. Subdividese pelas três
subunidades seguintes:
VI - Bacia do Zambeze
Toda a região relacionada com esta unidade é drenada pelo rio Zambeze e seus afluentes
Lungué-Pungo e Cuando. É um meio estável relativamente recente. Distingue-se apenas
uma subunidade:
I: Planalto Antigo;
Quadro 4: Síntese cronológica das idades absolutas relativas à génese das rochas gnáissico-migmatíticas e
metaultramáficomáficas, em geral expostas em Angola.
6.1.6.2.Caracterização Regional
6.1.6.3.Relevo - Hipsometria
Grande parte do território angolano, está situado numa altitude entre os 1 000 e 1 600
metros e o ponto mais alto encontra-se na região central: Monte Moco (acima dos 2000
metros), na província do Huambo. A hipsometria de Angola pode ser dividida em 5
classes de altimetria entre 0 e 2 000 metros: 0-200; 200-500; 500-1000; 1000-1500;
1500-2000. A província do Bengo possui as primeiras 3 classes altimétricas: 0-200;
200-500; 500- 1000; Sendo maioritariamente dominada entre 0 e 200 metros.
Em Angola existe uma grande diversidade de solos, sendo ao nível das unidades
pedológicas, a província do Bengo caraterizada por luvisolos crómicos e os cambisolos
êutricos. Estes apresentam um caráter eutrófico (alta saturação por bases nos horizontes
subsuperficiais) que favorecem o enraizamento em profundidade.
Angola apresenta uma morfologia com uma zona litoral plana e o interior assenta numa
mesa planáltica, com alturas variando entre 1000 e 2000 metros, onde nascem as suas
maiores bacias que se distribuem para as cinco principais vertentes hidrográficas.
6.1.7.2.Caracterização Regional
A província do Bengo é banhada por 8 rios, sendo de destacar o rio Kwanza, um dos
maiores de Angola, dotado de uma elevada diversidade de espécies de crustáceos e
peixes. O rio Kwanza tem cerca de 1000 km de extensão e uma bacia hidrográfica que
ocupa uma área aproximada de 152 570 km₂. Nasce em Mumbué, município do Bié,
planalto central de Angola, desaguando no sul de Luanda. Neste existem barragens, a de
Mabubas e a de Quiminha, essenciais na produção de energia elétrica.
Segundo Alberto Castanheira Diniz, esta bacia subdivide-se por sua vez em 4 bacias
parcelares ou sub-bacias. A sub-bacia (A), que corresponde ao Baixo Cuanza, a sub-
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bacia (B) ao Médio Cuanza, a sub-bacia (C) ao Lucala e por último, com uma área
₂
aproximada de 105 640 km o que corresponde a 69% da bacia total, a sub-bacia (D),
6.2.Meio Biótico
6.2.1. Vegetação
A - miombo B - miombo
Angola pode ainda ser dividida por dois grandes grupos, segundo a sua composição
florística e localização geográfica, a Floresta densa húmida e o Mosaico composto por
Savana Guineense. Sendo a Floresta densa húmida, a que cobre grande parte da
província do Bengo, nomeadamente, o relevo da aba atlântica desde Cabinda até ao rio
Possui uma composição florística bastante variada, com diversos estratos arbóreos
elevados, como por exemplo, a Albizia (albizia) [Figura 13], Spanthodea campanulata
(tulipeira-do-gabão) [Figura 14], Sterculia purpurea, entre outros.
savanas de baixo valor comercial, mas com enorme valor social que proporcionam
combustível lenhoso, material de construção, pasto, alimentos e plantas medicinais.
Para a seleção das principais espécies caraterísticas deste tipo de vegetação, procedeu-se
a uma análise bibliográfica de forma a inventariar as espécies que melhor representam
este habitat e simultaneamente melhor se adaptem as condições particulares da área de
estudo, onde se regista um clima tropical seco a uma altitude inferior aos 200 metros.
Como crivo para a seleção das espécies a adotar, recorreu-se à “Carta Fitogeográfica de
Angola” publicada em 1970 por Grandvaux Barbosa.
Quadro 5: Árvores.
Árvores
Acacia welwitschii Imbondeiro (Adansonia digitata)
Balanites angolensis Commiphora angolensis
Quissoma (Euphorbia conspícua)
Muriangombe (Maerua angolensis)
- Girassonde (Pterocarpus angolensis)
Muxixe (Sterculia setigera)
Strychnos henningsii
Arbustos e Trepadeiras:
Combretum camporum;
Figura 17: Cardiospermum grandiflorum.
Munguenhe (Diachrostachys cinérea;
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Jasminum mauritianum;
Sarcostemma viminale;
Gramíneas:
Anthephora cristata;
Figura 18: Andropogon gayanus.
Grama-bermudas (Cynodon dactylon)
Dactyloctenium australe;
Eragrostis spp;
Tricholaena delicatula;
Palmeiras:
Mosaico de: (1) Matagal arbustivo; (2) savanas de gramíneas altas de média altitude.
(1&2) Annona spp., Combretum spp., Hymenocardia spp., Hyparrhenia spp.,
Andropogon spp.,).
Mosaico semiárido (em solos fersialíticos: entre o Rio Zaire e o Rio Dande de: (1)
matagal arbustivo; (2) savanas; graminal xérico de baixa altitude. (1) Crossopteryx spp.,
Adansonia spp., Heteropogon spp.)
Os dados que a seguir se apresentam estão incluídos nas listas vermelhas da IUCN
publicadas desde há 11 anos atrás e incluem as seguintes:
Mikaniopsis vitalba VU
Milicia excelsa Iroko BR
Monardithemis flava VU
Nauclea diderichii DD
Neritinia oweniana DD
Phrynobatrachus brevipalmatus DD
Prunus africana VU
Pterocarpus angolensis Kiaat, Mukua (I) BR
Raphia regalis VU
Swartzia fistuloides Pau rosa, pau ferro ER
Tapinanthus preussii VU
Turraeanthus africanus VU
Fonte: Red Data List IUCN, 2004 ; (I) Inglês.
Mamíferos
A diversidade de mamíferos que abundam o país é uma das mais ricas do continente,
com 275 espécies registadas. Cerca de 49 destes mamíferos estão em situação
preocupante do ponto de vista da conservação.
A fauna de mamíferos
A avifauna inclui
Aves
Do ponto de vista ornitológico, este tipo de floresta cerrada traduz-se num habitat que
só ocorre no país ao sul do rio Zaire, em altitudes geralmente inferiores aos 1000 m,
nomeadamente em uma grande mancha que se estende desde as serras de Canda a
Mucaba, a ocidente da província do Uíge, até N’dalantando, atingindo nas zonas de
Quiculungo-Quibaxe e Quitexe-Quixico larguras de aproximadamente 100 km, mas que
se expandem consideravelmente para oeste, pela incorporação de vastas extensões de
um mosaico de savana com este tipo de floresta, que, na província do Uíge, ultrapassam
o Bembe e no leste da Província do Bengo, atingem, entre outras, as regiões de
Nambuangongo e do Úcua.
Neste biótopo, há espécies que normalmente, são próprias da copa das árvores de maior
porte da floresta húmida. são elas:
Lacunas na informação
Répteis Terrestres
As grandes jibóias, habitam nas florestas, nas galerias de floresta, e nas margens de
grandes rios. Os crocodilianos, nos rios, nos riachos, lagos e lagoas. A maioria de
tartarugas vive dentro ou próximo de água. O caso da tartaruga marinha, que habita
desde a foz do rio Kwanza, até a foz do rio Longa, ou seja 120 km de extensão,
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Lacunas de informação
Espécies em risco
Insectos
A região apresenta um relevo com elevações atingindo altitudes com cerca de 698
metros, com linhas de água, onde se destaca pela sua grande expressão no território da
região sul do município (Caluica).
Contrastando com esta extensa área central plana, surgem alguns relevos mais
pronunciados associados, sobretudo, à presença de linhas de água importantes, como é o
caso dos rios Caluica (Norte) e Cangumbe e Ngala (Oeste).
Angola possui grandes áreas protegidas, 6,6% do território, que são dotadas de um
estatuto especial com o objectivo de desenvolver a sua proteção e preservação. Seis
Parques Nacionais
1- Parque da Quiçama
Localiza-se na zona sul da província, estende-se por mais de 100 km de costa, ocupa
uma área de 9 600 km².. Encontra-se limitado a norte pelo rio Kwanza desde a cidade de
Muxima até ao mar, no sul pelo rio Longa desde a estrada Mumbondo-Capolo até ao
mar, a oeste pela linha de costa entre a foz do rio Kwanza e a foz do rio Longa, e a leste
pela estrada que vai de Muxima, Demba Chio, Mumbondo e Capolo até ao rio Longa.
2 – Coutada do Ambriz
6.3. Qualidade do Ar
Nesta zona predominam os ventos dos quadrantes Sul e Sudoeste. Os ventos mais fortes
são do quadrante Sul – Sudoeste.
Devido à falta de níveis de ruído ambiente recomendados para novos projectos, decidiu-
se fazer uso das Directrizes de Saúde, Segurança e Ambiente (SSA) do IFC (IFC, 2007)
(Ref. 2). As directrizes e os valores expressos são especificados como um limite de
ruído fixo ou um aumento de 3,0 dB em relação aos níveis de ruído ambiente
predominantes.
As características da área em estudo indiciam não existirem fontes de ruído locais que
possam afectar significativamente o ambiente sonoro, mesmo considerado o ruído
associado à extração de madeira, movimentação de máquinas, camiões, etc.
6.5. Resíduos
Este descritor foi analisado com base no levantamento de campo realizado, tendo-se
identificado as diferentes tipologias de resíduos existentes na área do projecto.
A análise adotada para este estudo foi realizada à escala local (Zona do Cambondo,
Município de Bula Atumba), sempre que possível, desenvolvendo-se igualmente um
enquadramento à escala regional (Província do Bengo), dada a abrangência do projecto
no desenvolvimento provincial. A caracterização feita assentou essencialmente nos
elementos recolhidos e em bibliografia existente.
Segundo os resultados do Censo 2014, Bula Atumba tinha 16.047 habitantes. É limitado
a norte pelo município de Quitexe, a leste pelo município de Banga, a sul pelo
município de Gonguembo e a oeste pelos municípios do Pango Aluquém e Dembos.
Serviços Públicos
Politica e Administração
A Província do Bengo, por causa da amplidão da sua rede hidrográfica entre outras,
pertence às regiões endémicas em relação a várias doenças que têm um forte impacto
sobre os níveis de morbimortalidade, nomeadamente a schistosomíase, tripanossomíase
Africana (doença do sono), as geohelmintíases (prevalência superior a 50%), e a Loase.
Actividade Económicas
Em termos de peso dos sectores na economia, estima-se que 60% das famílias vivem do
sector agrícola e uma parte significativa, sem que seja definida a sua proporção, do
comércio informal. No sector formal, com a saída de Icolo e Bengo e Quiçama, o
Estado passou a ser o maior empregador, ultrapassando o sector privado pela primeira
vez em 2012. Finalmente é de referir que mais da metade dos empregos formais em
empresas privadas está no Dande, e apenas 4,2% do total está em Nambuangongo
enquanto é o segundo maior município em termos demográficos.
Área cultivada
A Província do Bengo é Agrícola por excelência, conta com varias áreas agricultáveis
com possibilidade de irrigação.
Também rica em recursos florestais, como a fauna e flora com destaque em algumas
espécies florestais tais como a moreira, muanza, kibaba, ndianunu, tacula, longhi etc.
Aspectos Etnográficos
Uma vez que não existe um Plano de Ordenamento do Território paa a esta zona, a
caracterização apresentadas foi efetuada com base na informação disponível a nível das
instituiçõs do Estado.
Vias de acesso - Forma inseridos 9 projectos nos PIP de 2009 a 2012 para reabilitação
de 683,2 km de estradas primárias e secundárias, num valor total de USD
958.349.164,40, dos quais 49% foram fisicamente executadas, e 41,7% pagos. No PIP
2013 foi inserido um total de 7.562.883.892 Akz, pelo que ficam por orçar e pagar
32.400.276.263 Akz. Os prazos para entrega destas obras são Dezembro de 2013 até
Agosto de 2014.
Solo e Subsolo – Devido as eventuais mudanças que possam ocorrer nas estruturas do
solo e aos riscos de contaminação por disposição inadequada de substâncias químicas
(resíduos sólidos, produtos e efluentes industriais).
7.2.1.2.Meio Biótico
Para o meio biótico os elementos ambientais sujeito a acções das fases de operação
deste empreendimento foram:
Fauna – Pela importância que significa como indicadores ambientais naturais e pela
fragilidade devido às alterações dos habitats naturais terrestres e aquáticos.
População e Uso do Solo – Quanto às novas tendências de uso do solo durante a fase
de implantação e operação do empreendimento;
A partir da identificação das acções geradoras de impactos, que ocorrerão durante a fase
de planeamento, implantação e operação deste empreendimento, relacionados com os
seus respectivos factores ambientais através do método Check List apresentado, os
mesmos serão discutidos e avaliados através de uma matriz de análise de impactos e
medidas mitigadoras para cada elemento ambiental (matriz de impacto pontual).
Rede de Abastecimento de Implantação/ Instalação Não estão previstos impactes, uma vez que junto ao empreendimento não existem redes de
Água Operação abstecimento de água
Implantação/ Instalação Impacte negativo, pouco significativo, directo,
Contaminação do solo e de águas superficias
Rede de Águas Resíduais de magnitude moderada, temporário, extensível e
Operação e/ou subterrâneas por infiltração
reversível
Implantação/ Instalação Geração de resíduos de diversas tipologias
(perigos e não perigosos)
Impacte negativo, directo, de magnitude
Gestão de Resíduos moderada, certo, permanente, irreversível,
Operação Geração de resíduos resultantes das
imediato e significativo ao nível local
actividades da exploração/ operação do
projecto
Implantação/ Instalação Impacte negativo, directo, de magnitude
Aumento de tráfego assim como
Vias de Comunicação moderada, certo, permanente, irreversível,
Operação consequente desgaste do pavimento
imediato e significativo ao nível local
8.1.Medidas Gerais
8.2.Medidas Especificas
8.2.1. Meio Físico
Qualidade do Ar
Ambiente Sonoro
Vibrações
Ecologia
Áreas Protegias
Por isso não foram consideras adopção de medidas para o presente Estudo de Impacte
Ambiental.
Paisagem
.As expectativas com a criação de novos postos de empregos a serem gerados na Zona
do Cambondo, Município de Bula Atumba, Província do Bengo , durante a fase de
instalação e operação do empreendimento, gera expectativas entre as diversas partes
interessadas, não necessariamente correspondendo à realidade das mudanças
provocadas pelo empreendimento.
Os planos e programas ora propostos foram elaborados a partir dos impactos ambientais
identificados em função das actividades do Projecto – Exploração Florestal de Madeira
na Zona do Cambondo, Município de Bula Atumba, Província do Bengo, frente às
vulnerabilidades e potencialidades identificadas na área de influência do
empreendimento.
9.1.Medidas Preventivas
9.1.1. Definição das áreas de exclusão
A gestão de resíduos, desde a sua produção até ao seu destino final, pressupõe o
conhecimento sistemático e aprofundado das suas características, quer quantitativas,
quer qualitativas.
Medidas de mitigação e correcção que devem ser tomadas em relação a operação das
instalações da Exploração Florestal de Madeira:
Sem dúvidas que a maioria das lacunas identificadas se prende com a falta de
informação técnica específica local relativamente à caracterização do solos e uso do
solo, qualidade do ar, biodiversidade, paisagem, vegetação, avifauna e mamíferos,
ruído, recursos hídricos. A completar, existe o facto de não haver legislação e
regulamentos, com valores mínimos e máximos admissíveis, para alguns dos descritores
nomeadamente no que toca à qualidade do ar e ruído.
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ANEXOS