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Capital Cabinda
Data da Fundacao: 28 de Fevereiro de 1919
Caracteristicas Geograficas
Etimologia
Segundo o historiador e padre Joaquim Martins,[4] o nome "Cabinda" tem origem
da junção do termo "Mafuca" com o nome próprio "Binda", onde a aglutinação
da última sílaba da palavra "Mafuca" — que nos antigos reinos
de Loango, Cacongo e Angoio-Nagoio era uma espécie de intendente-geral do
comércio e dignitário do rei que, em nome deste último, tratava de todas as
transações comerciais — junta-se a "Binda", que era o nome do "Mafuca"
naquela época.[4] Este intendente-geral do comércio de nome Binda era,
portanto, um importante funcionário público que tratava questões de interesse
dos reinos nativos com os portugueses.[4][5]
HISTÓRIA
Bandeira da FLEC-EC
No fim da década de 1950 e inícios da década de 1960, constituíram-se no território vários grupos
que se insurgiam contra a dominação colonial; neste meio havia desde o início a ideia de uma
independência de Cabinda separada de Angola.
Em 1962, estes grupos uniram-se, formando em Brazzaville a Frente para a Libertação do Enclave
de Cabinda (FLEC).[ Este movimento teve desde o início o propósito de promover para Cabinda
uma independência separada da pretendida para Angola, desde os anos 1950, pelos movimentos
nacionalistas FNLA e MPLA, e a partir de 1966, também o da UNITA.
Neste sentido, a FLEC constituiu em 1967 um "Governo de Cabinda no Exílio", com sede em Ponta
Negra, no Congo-Brazavile. As atividades desenvolvidas pela FLEC foram, durante esta fase, no
essencial de mobilização política em Cabinda, e de procura, por via diplomática, de um
reconhecimento internacional alargado.
Em simultâneo, a FNLA e o MPLA desenvolveram a partir do Congo-Quinxassa (e o MPLA mais
tarde a partir do Congo-Brazavile) operações militares em Cabinda, no essencial em regiões do
interior, de acesso mais difícil. Estas operações obrigaram Portugal a reforçar consideravelmente a
sua presença militar em Cabinda, conseguindo deste modo conter a penetração dos dois movimentos
- tarefa facilitada pelos frequentes conflitos armados entre ambos. No fim das anos 1960, a FNLA
cessou praticamente as suas operações em Cabinda, enquanto o MPLA marcou alguma presença
militar até ao fim da era colonial. MPLA e FLEC rivalizaram fortemente no campo da mobilização
política.
Após a Revolução do 25 de Abril de 1974 em Portugal, o MPLA obteve rapidamente o controle
militar de Cabinda, defendendo a continuação do enclave como parte integrante de Angola, e
procurando neutralizar os militantes da FLEC. Por sua vez a FLEC, na altura dividida em várias
correntes, declarou a independência separada de Cabinda e criou rapidamente um pequena força
militar. Esta tentou uma incursão a partir do Congo-Quinxassa, mas foi sem problemas maiores
rechaçada pelo MPLA. A partir deste momento, a FLEC deixou de ter qualquer papel no processo
conflituoso que levou à Independência de Angola.
Período pós-colonial
Na constelação resultante das circunstância em que foi alcançada a independência de Angola - o
MPLA a conquistar o poder, e UNITA e FNLA a desencadearem de imediato a Guerra Civil
Angolana - o petróleo de Cabinda tornou-se no recurso económico vital para a sobrevivência do
novo regime político. Por um lado, este investiu fortemente na protecção militar das instalações de
extração do crude, valendo-se durante algum tempo do apoio por parte de unidades cubanas; por
outro lado, concluiu rapidamente contratos com companhias americanas, especializadas na extração
de 'crude.
Dada a rápida decadência da FNLA enquanto força militar, e a impossibilidade de a UNITA chegar
até Cabinda, esta não foi, porém, afetada pelas operações militares, durante e Guerra Civil. Em
contrapartida, a FLEC - apesar das suas divisões internas - retomou algum fôlego, menos em termos
de ações armadas, mas com uma significativa capacidade de mobilização política. Esta última foi de
certo modo facilitada pela repressão dura por parte do governo do MPLA.
Os conflitos, que duraram longos anos, suscitaram a intervenção de várias forças da sociedade civil
de Cabinda, com destaque para a Igreja Católica, com o fim de conseguir a pacificação. Porém, só
depois do fim da Guerra Civil, em 2003, foi assinado, em 1 de julho de 2006, um "Memorando de
Entendimento para a Paz e a Reconciliação da Província de Cabinda", entre o Governo de Angola e
o Fórum Cabindês para o Diálogo, órgão da sociedade civil que também integra parte das tendências
da FLEC.
Em consequência deste entendimento, os efectivos militares da FLEC foram aquarteladas e a 6 de
janeiro de 2007, alguns destes elementos incorporados nas Forças Armadas Angolanas e na Polícia
Nacional. Um dirigente da FLEC, António Bento Bembe, passou a integrar o governo de Luanda.
Um contingente de bolsas de estudo foi atribuído a pessoas anteriormente envolvidas na oposição ao
Estado angolano. O governo do MPLA prometeu atribuir a Cabinda uma parcela maior dos lucros
obtidos no setor petrolífero. Entre várias outras melhorias, destaca-se a criação, em 2009, da
Universidade 11 de Novembro, na cidade de Cabinda.
Década de 2010
No entanto, elementos inconformados da FLEC acabaram por realizar ataques esporádicos contra
forças do governo nas selvas e também contra instalações de empresas sediadas no território. Para
demonstrar normalidade, Cabinda havia sido escolhida como uma das sub-sedes do Campeonato
Africano das Nações de futebol, organizado por Angola em 2010. A FLEC aproveitou esta
oportunidade para levar a cabo um ato terrorista, atacando o autocarro que fazia o transporte da
selecção do Togo, matando o motorista e ferindo dois jogadores.[14] Este ato suscitou fortes reações
da comunidade internacional e da parte dos serviços de segurança de Angola.
Em inícios de março de 2011, as Forças Armadas Angolanas capturaram o chefe do estado maior das
Forças Armadas de Cabinda (FAC; braço armado da FLEC).
Geografia
O território é um exclave angolano, sendo limitado ao norte pela República do
Congo, a leste e ao sul pela República Democrática do Congo e a oeste
pelo Oceano Atlântico.[3]
Clima
Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger predomina em toda a
província o clima tropical de savana (Aw/As), com precipitações anuais em
torno de 800 mm, com alta pluviosidade ao longo do ano. A temperatura média
anual varia entre os 25 e os 30º Celsius.[6]
Demografia
A população de Cabinda pertence na sua quase totalidade aos povos bantos,
majoritariamente grupo dos congos e subgrupo dos ibindas.[3] Os ibindas estão
distribuídos em oito tribos/clãs: bauóio, bacuacongo, balinge, baluango,
basundi, baiombe, bavili e bacochi. Presença relevante de outras frações
étnicas ou de nacionalidades distintas há basicamente na capital provincial,
com o restante do território etnicamente mais homogêneo.[7] [7]
A principal língua falada é o português, com o principal idioma tradicional
o ibinda, considerado um dialecto da língua congo.[8]
Ecologia, flora e fauna
Toda a faixa leste e litorânea, com frações no extermo norte da província, é
dominada pela ecorregião das "savanas e florestas de escarpa angolanas",
com flora de árvores altas rodeadas de ervas altas, com áreas de mangais e
pântanos nas margens dos rios, especialmente na Laguna de Massabi, no
Lago Lumbo e no Pântano de Lândana,[8] com manchas de floresta nublada nas
partes mais montanhosas e bosques secos de pastagens arborizadas.[9] Já no
centro, oeste e norte da província predomina a ecorregião das "florestas
equatoriais atlânticas", região de florestas húmidas de folhas largas,[9] com
especial destaque para a "floresta de Maiombe".[10]
Dentre as espécies endêmicas da província cabindina destacam-se o morcego-
frugívoro-menor-angolano, o elefante-da-floresta, o sapo-nariz-de-Perret, a rã-
de-garras-de-André, o papagaio-do-congo, o muntual, o gorila-ocidental-das-
terras-baixas e o chimpanzé-central.[9]
Hidrografia
O principal curso d'água é o rio Chiluango,[3] que nasce no Congo-Quinxassa,
tendo como afluentes os rios Luali, Lufe e Lombe.[3][11] Outros flúmens
importantes são os rios Lubinda (formador da Laguna de Massabi),[3] Lulondo e
Lucola.[3] A Laguna de Massabi é o maior reservatório natural de água
cabindino, além de ser importante polo pesqueiro, bem como as lagoas de
água doce de Sassa-Zau, Manenga e Chuquisse.[12]
Proteções litorâneas
Os principais marcos litorâneos de Cabinda são as baías de Cabinda, Malembo
e Lândana,[3] importantes polos pesqueiros marítimos e referenciais de
navegação.[12]
Relevo
As elevações mais relevantes se encontram nos Maciços de Maiombe[10] e em sua
extensão, a Serra do Muabi.[3][13] Destaque também para o Morro do Chizo, para as
Pedras do Chinga e para as escarpas litorâneas do Chiazi-Fútila.[3] Há também as
relevantes planícies do Malembo, da Sanga, de Massabi-Chicamba, de Chipita e a
planície pantanosa de Lândana.[14]
Economia
Infraestrutura
Transportes
A província dispõe do Complexo Portuário de Cabinda, do Aeroporto Maria
Mambo Café e de uma razoável rede rodoviária que cobre quase a totalidade
de seu território, composta pelas rodovias EN-100, que liga o Iema ao Massabi,
a EN-201 que liga a cidade de Cabinda ao Tanto-Zinze e ao Lucula Zenze, a
EN-202, que a liga o Malembo ao Lucula Zenze, e a EN-200 que liga o
Bichequete ao Dinge, Buco-Zau, Belize e Miconje. Outras rodovias incluem a
EN-101, a EC-301 e a EC-300.[51]
Educação
No que tange a educação superior, a província dispõe da Universidade 11 de
Novembro, com dois campi em seu território, sendo um na própria cidade de
Cabinda e outro na cidade de Buco-Zau.[52]
Economia: Em termos económicos Cabinda é das províncias mais importantes para Angola devido á
exploração de Petróleo, em 2010 70% do petróleo exportado por Angola provinha de Cabinda. No
sector industrial existem várias agroindústrias que operam no processamento de alimentos carnes,
leite e seus derivados. A agricultura da província é uma agricultura de subsistência, concentrada nas
culturas de café, cacau, amendoim, banana, mandioca, batata, feijão e milho. A exploração de
minerais tem como centro de operações a vila de Lucula Zenze e é extraido essencialmente
fosfato. No setor de serviços o destaque está nas atividades relacionadas à logística e transporte,
geradoras de grandes divisas e massa salarial. Isso se explica observando a geografia da província,
que é um exclave, dependendo fortemente de seus portos, no Complexo Portuário de Cabinda, para
transporte de cargas pesadas e vitais para o restante de Angola.
A província de Cabinda dispõe de Aeroporto ( Aeroporto Maria Mambo Café) e o complexo
Portuário de Cabinda de uma razoável infraestrutura rodoviária.
Clima: tropical de savana com a temperatura média anual a variar entre os 25 e os 30º Celsius.
Cultura
Floresta do Maiombe
Adicionalmente é uma das maiores fontes de rendimento para as empresas que fazem a
extracção de madeiras. Nesta região existem madeiras de muitas qualidades como o
pau-preto, ébano e sândalo-africano.
Por possuir uma enorme importância na vida dos seres vivos e dispor de uma beleza
natural exclusiva, é considerada uma das 7 Maravilhas de Angola.
Localização e dimensão
Maiombe
A floresta do Maiombe fica localizada na província de Cabinda, o enclave de Angola.
Em termos geográficos, a província de Cabinda encontra-se isolada das restantes
províncias no mapa.
Como chegar
Maiombe
Para chegar até a Floresta do Maiombe, caso o seu ponto de partida seja na cidade
capital de Luanda. Primeiro é necessário viajar até a província de Cabinda através da
TAA – Companhia Aérea de Angola, no aeroporto doméstico de Luanda, ou por via
marítima através de uma embarcação de transportes públicos.
Rios no Maiombe
A Floresta do Maiombe é banhada por vários rios, onde vivem diversas espécies de
animais. Estes rios também são responsáveis pelo equilíbrio do ecossistema. Os 3
maiores rios da floresta são os seguintes:
Rio Shiloango;
Rio Lukula;
Rio Lubizi.
Fauna e Flora
Maiombe
A Floresta do Maiombe é um encanto para os amantes da natureza, dado que é possível
encontrar espécies raras de plantas e animais.
Clima
Natureza
A Reserva Florestal de Kakongo (Maiombe) cobre uma área de 650 km2 e faz fronteira a
norte com a República Democrática do Congo, a leste com o rio Luali, a oeste com o rio
Inhuca e a sul com a junção do rio Inhuca e Luali.
A Foz do rio Chiloango, tal como o próprio rio ao longo do seu curso, é uma atracção
turística pela sua beleza.
Praias
Cabinda oferece excelentes praias para desportos marítimos e pesca desportiva, tal
como a 10 de Maio, Lândana, Chinga, Fútila, Malembo, Mandarim, Cabassango e
Capelo.
Praia de Lândana
Como chegar
Para chegar até a província de Cabinda por um lado temos via área, compra-se bilhete
passagem da companhia TAAG Linhas Áreas de Angola no aeroporto doméstico, com
destino ao aeroporto provincial que tem a 2ª maior pista do país (Aeroporto Maria
Mambo Café) e que recebe aviões de pequeno e grande porte; Por outro lado temos via
marítima, através do Porto Comercial de Cabinda.
Onde ficar
A província de Cabinda dispõe de dezenas unidades hoteleiras, como dica o nosso web-
site escolheu 4 hotéis para manter a sua estadia confortável e segura, que são as
seguintes:
Com medo de perder Cabinda, Portugal assinou os acordos Chinfuma e Chicamba com
os chefes indígenas cabindanos entre 1883 e 1884 e, em 1º de fevereiro de 1885, o
Tratado de Simulambuco. Assim, este documento permite que Portugal tenha uma base
legal em Cabinda, com vista à delimitação final dos territórios africanos durante a
Conferência de Berlim de 1885, uma reunião de potências européias para o
compartilhamento de colônias e áreas de influência em África.
SÍMBOLO
Bakama
Representam um dos maiores símbolos da cultura de Cabinda, famosos pela sua coreografia e
indumentária.