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EMPRESA DE EMPRESA DE SANEAMENTO DE MATO GROSSO DO SUL S.A.

DIRETORIA DE
EMPRESA DE ENGENHARIA
SANEAMENTOE MEIO AMBIENTE
DE MATO GROSSO DO SUL
GERÊNCIA DE PROJETOS
S.A
PROJETOS DE ESGOTO

DIRETORIA DE ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE


GERÊNCIA DE PROJETOS
PROJETOS DE ESGOTO
2012

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EMPRESA DE EMPRESA DE SANEAMENTO DE MATO GROSSO DO SUL S.A.
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PROJETOS DE ESGOTO

SUMÁRIO
1. JUSTIFICATIVA TÉCNICA DA CONCEPÇÃO ADOTADA..............................6
2. CARACTERÍSTICAS DA LOCALIDADE....................................................7
2.1 Histórico........................................................................................7
2.2 Informações socioeconômicas...........................................................9
3. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE............................10
4. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EXISTENTE............................10
5. ESTUDO POPULACIONAL...................................................................11
5.1 Previsão Populacional.....................................................................11
5.2 Previsão De Demandas..................................................................14
6. DEFINIÇÃO DA ÁREA DE PROJETO......................................................16
6.1 Descrição.....................................................................................16
6.2 Pavimentação...............................................................................17
6.3 Topografia....................................................................................17
7. CONCEPÇÃO DO SISTEMA PROPOSTO.................................................17
8. REDE COLETORA DE ESGOTO............................................................18
8.1 Generalidades...............................................................................18
8.2 Traçado Da Rede Coletora..............................................................18
8.3 Localização Da Rede Coletora..........................................................20
8.4 Órgãos Acessórios Da Rede............................................................22
8.4.1 Terminal de Limpeza (TL).........................................................23
8.4.2 Poço de Visita (PV)...................................................................23
8.4.3 Tubos de Queda...................................................................2423
8.5 Ligações......................................................................................24
8.6 Nomenclatura...............................................................................24
8.7 Identificação Das Interferências......................................................24
8.8 Descritivo Técnico.........................................................................24
8.9 Memorial De Cálculo......................................................................25
8.9.1 Critérios e Parâmetros..............................................................25
8.9.2 Cálculo das Vazões de Contribuição............................................25
8.9.3 Cálculos Hidráulicos.................................................................29
8.9.4 Tensão Trativa........................................................................30
8.9.5 Declividade.............................................................................30
8.9.6 Diâmetro Mínimo.....................................................................31
8.9.7 Lâminas D’água.......................................................................31

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8.9.8 Controle De Remanso...............................................................31


8.9.9 Recobrimento Mínimo...............................................................32
8.9.10 Alinhamento dos Coletores.....................................................32
8.9.11 Escoramento........................................................................32
8.9.12 Planilhas de Cálculo...............................................................33
9. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO BRUTO FINAL............................33
9.1 Parâmetros Do Projeto...................................................................33
Cálculo do Volume.................................................................................33
Linha de Recalque e potencia consumida..................................................34
Dimensões Úteis....................................................................................35
Velocidades..........................................................................................35
10. Estação de Tratamento de Esgoto......................................................36
10.1 Generalidades............................................................................36
10.2 ESCOLHA DE ALTERNATIVA TECNOLÓGICA....................................38
10.3 ESCOLHA DE ALTERNATIVA LOCACIONAL......................................40
10.4 Memorial Descritivo....................................................................41
10.5 Sistema Proposto.......................................................................42
10.6 Sobre Esgoto Sanitário............................................................4342
10.7 Efeitos Positivos Do Saneamento Básico.....................................4544
10.8 Memorial De Cálculo................................................................4645
10.9 Características dos Despejos Líquidos........................................4645
10.10 Vazões de Projeto.......................................................................47
10.11 Medição de Vazão...................................................................4847
10.12 Tratamento Preliminar.............................................................4847
10.12.1 Desarenador ou Caixa de Areia............................................4847
10.12.2 Gradeamento....................................................................4948
12. EMISSÁRIO DE ESGOTO TRATADO..................................................6059
12.1 Apresentação.........................................................................6059
12.2 Descrição da Área de Projeto.......................................................60
12.3 Traçado do Emissário..................................................................60
12.4 Identificação das Interferências....................................................60
12.5 Descarga do Emissário................................................................60
12.6 Memorial de Cálculo................................................................6160
12.6.1 Critérios e Parâmetros........................................................6160
12.6.2 Tensão Trativa/Declividade/Materiais...................................6160
12.6.3 Declividade Mínima Construtiva...............................................61

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12.7 Dimensionamento Hidráulico........................................................61


12.8 PLANILHAS DE CÁLCULO..........................................................6261
13. RESUMO DO PROJETO...................................................................6362
13.1 REDE COLETORA E LIGAÇÕES..................................................6362
13.2 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA E LINHA DE RECALQUE...........................6362
13.3 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO....................................6362
13.3.1 EMISSÁRIO FINAL.............................................................6362
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.....................................................6463

ANEXOS......................................................................................... 64

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CAPÍTULO I – PROJETO BÁSICO
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1. JUSTIFICATIVA TÉCNICA DA CONCEPÇÃO ADOTADA

A exemplo de algumas cidades de Mato Grosso do Sul, Sidrolândia apresenta problemas


ambientais, pois a população não dispõe de um sistema de esgotamento sanitário em
operação. Nesses casos, o atendimento é realizado através de sistemas individuais de
disposição local (sumidouro), podendo levar a contaminação da camada superficial e do
66lençol freático, sendo assim necessário se faz promover a coleta e tratamento em
sistemas coletivos, de forma que o despejo final atenda prontamente a legislação
pertinente, seja para lançamento em cursos d’água, para uso agrícola ou com lançamento no
solo.
As lagoas de estabilização são indicadas para o tratamento do Esgoto Sanitário do município
de Sidrolândia pelo fato do município apresentar disponibilidade de área. Além disso, esse
sistema de tratamento possui uma operação simples, se comparada com outras tecnologias,
o que facilita a manutenção e a eficiência do sistema. As condições climáticas de Sidrolândia
também propiciam o tratamento por lagoas, uma vez que a temperatura influencia na taxa
de decomposição bacteriana. Pode-se acrescentar, ainda, a satisfatória eficiência na
remoção de DBO, a remoção de patogênicos, a ausência de equipamentos mecânicos e a
resistência a variações de carga. Por essas razões, foi considerado que o sistema de
tratamento por lagoas de estabilização é a melhor alternativa tecnológica para ser
implantada no município de Sidrolândia.

Este estudo tem como objetivo:

 Implantação do sistema de esgotamento sanitário para as regiões da malha urbana


que ainda não possuem;
 Reduzir a incidência de doenças de veiculação hídrica, decorrentes da ausência ou
insuficiência quantitativa e qualitativa dos serviços de saneamento básico;
 Reduzir as taxas de mortalidade infantil, as quais concorrem com a inadequação dos
serviços de saneamento básico;
 Assegurar a disposição e o tratamento adequados de efluentes domésticos, de modo
a preservar o meio ambiente e evitar a reprodução de vetores de enfermidades.

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2. CARACTERÍSTICAS DA LOCALIDADE

2.1 Histórico

As terras que atualmente constituem o Município de Sidrolândia, apesar de conhecidas


desde os primórdios do século XVII, quando foram devassadas por sertanistas bandeirantes,
somente passaram a ser povoadas com a chegada do sertanista mineiro Gabriel Francisco
Lopes, que, logo a seguir, trouxe seu sogro Antônio Gonçalves Barbosa, acompanhado de
seu irmão Inocêncio Barbosa.

Nos meados do século XIX, os Barbosas estabeleceram as primeiras fazendas de gado, da


região, que, mercê da abundância do pasto, da boa qualidade e fertilidade do solo,
prosperaram com rapidez. O fato atraiu novos migrantes que se radicaram dedicando-se
especialmente à criação de bovinos.

Em 1845, segundo consta do Relatório do Coronel Henrique Rohan ao Governo da Província


de Mato Grosso, Ricardo José Gomes Jardim, a área compreendida entre os Rios Vacaria e
Anhanduí, que banham o atual Município de Sidrolândia, já contava com uma população de
mais de cem habitantes.

Deve assim o Município de Sidrolândia seu povoamento aos membros da família Barbosa
que, tempos depois, partindo da já então florescente região de Vacaria, promoveram o
povoamento de outros rincões do sul do Estado, instalando fazendas para a criação de
bovinos e erigindo novos núcleos populacionais.

Os fundamento da próspera cidade que é hoje Sidrolândia foram, entretanto, fincados por
Vicente de Brito, tronco da família Brito e José Pereira Martins, que, após a guerra do
paraguai, já no ano de 1870, vieram fundar suas fazendas, naquelas paragens.
Dois anos mais tarde, ali aportava o cuiabano Hermenegildo Alves Pereira com a mesma
intenção, fundando a fazenda Ponto Alto.

Dos filhos de Vicente de Brito, distinguiu-se Porfírio que fundou mais 4 fazendas e empregou
todos seus esforços para evitar a dispersão de seus descendentes. Uma das filhas de Porfírio
desposou Sidrônio Antunes de Andrade, catarinense de Lages. Alguns anos mais tarde, em
consequência do falecimento de sua esposa, Sidrônio resolveu, em 1926, lotear a parte da
Fazenda São Bento, que lhe coubera por herança; só concretizando, porém, a idéia, em
1942, quando colocou à venda os lotes já há muito demarcados; dando à nova povoação que

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ali surgia a denominação de Sidrolândia. A partir desse ano, o novo núcleo apresentou um
desenvolvimento rápido, surgindo logo várias construções residenciais e diversos
estabelecimentos comerciais.

No dia 25 de abril de 1944, com a denominação de estação de Anhanduí, foi inaugurada, na


povoação de Sidrolândia, a estação telegráfica e ferroviária da Estrada de Ferro Noroeste do
Brasil, no ramal que liga Campo Grande à Ponta Porã e que se transformou num dos esteios
do progresso da nova comuna.

Firmou-se tal modo o desenvolvimento dessa localidade que levou o Governo do Estado a
criar, pela Lei nº 207, de 01 de fevereiro de 1948, o Distrito de paz de Sidrolândia, sendo
nomeado seu primeiro Juiz de Paz Abílio dos Santos, Lucas do Valle, nomeado Escrivão,
instalou o Cartório em 19 de março de 1949.

O topônimo é uma homenagem a seu fundador, Sidrônio Antunes de Andrade.

Sidrolândia está localizada na região central do estado, com sede urbana, fazendo divisa, ao
norte com o município de Terenos, ao sul com o município de Rio Brilhante, a leste com o
município de Campo Grande e a oeste com o município de Maracaju e Dois Irmãos do Buriti.

É integrante da Microrregião Geográfica de Campo Grande. Sua altitude é de 484 m acima


do nível do mar, nas coordenadas 20º 55`54” S e 54º 57`41” W.

Distrito: Capão Seco e Quebra Côco.

ÁREA (2003) : 5.286 km²

IDH-M (2000): 0,759 (22° no ranking estadual)

Solos: 65% argiloso, 22% misto e 13% arenoso.

Clima: Clima Predominantemente chuvoso de savana, caracterizado por uma distribuição


anual das chuvas que se concentram nos meses de novembro, dezembro e janeiro, com
ocorrência bem definida de um período seco nos meses mais frios do ano (junho/julho). A
média das precipitações pluviométricas anuais é de 1.078 a 1.336 mm, com temperaturas
que variam de 22 a 35 graus.

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Relevo: Sidrolândia encontra-se nos campos da Vacaria do Planalto da Serra de Maracajú,


seu solo é levemente ondulado e constituído de terras rochas, resultado da decomposição
de rochas vulcânicas. São terras agricultáveis e de fácil preparo. 22% plano, 60% levemente
ondulado, 10% ondulado e 8% acidentado.

Vegetação: Sidrolândia tem como cobertura vegetal uma densa formação de capins nativos
com campos e árvores. Hidrografia Lagoinha, Anhanduí, Brilhante, Buriti, Belchior,
Canastrão, Vacaria, Guariroba e Cortado.

2.2 Informações socioeconômicas

EDUCAÇÃO – PRÉ-ESCOLA, ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO


UNIDADES/ ESTADUAL MUNICIPAL PARTICULAR TOTAL
PERÍODO 2007 2008 2009 2007 2008 2009 2007 2008 2009 2007 2008 2009
Escolas 6 7 7 16 18 20 5 6 6 27 31 33
Professores 129 159 147 233 318 304 46 53 56 408 530 507
Alunos matriculados 2.399 2.803 2.779 5.605 6.587 7.059 276 316 412 8.280 9.706 10.250
Fonte: IBGE

SAÚDE - Rede Hospitalar e Ambulatorial (SUS), 2000  

Tipo de Unidade Número


Hospitais 2
Unidades de Atendimento Médico 14
Fonte: Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS/MS).

AGRICULTURA - PRODUÇÃO OBTIDA (t)

CULTURAS 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009


Soja 205.202 178.500 199.800 213.900 267.900 256.500 238.620
Milho 133.200 88.800 53.490 112.680 134.410 244.800 158.400
Arroz 3.542 3.170 4.860 3.900 4.050 4.200 3.300
Algodão 2.542 5.640 5.620 1.782 2.970 3.180 2.465
Feijão 1.242 1.380 1.500 2.240 2.400 1.428 240
Trigo 3.654 10.500 7.200 2.400 2.400 3.600 9.000
Cana 495.243 622.369 372.013 511.817 638.500 1.025.295 1.067.386
Mandioca 4.500 4.500 3.000 3.000 3.000 3.570 7500
Fonte: IBGE

PECUÁRIA - REBANHOS EM CABEÇAS


EFETIVOS 2004 2005 2006 2007

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Bovinos 397.185 397.530 371.691 308.810


Bubalinos 80 85 87 50
Suínos 6.945 7.070 7.140 7.195
Ovinos 4.825 5.055 5.153 5.320
Eqüinos 6.288 6.165 6.190 5.836
Aves 5.223.366 5.632.393 5.880.329 5.848.581
Fonte: IBGE OBS.: AVES = Galinhas, Galos, Frangos, Frangas e Pintos.

3. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE

Características Sidrolândia
No Ligações Reais de água/ud 8.401
Extensão de Rede de Água (m) 71.162
Reservação Apoiada (m3) 1.300
Reservação Elevada (m3) 150
Capacidade de Exploração subterrânea (m³/h) 389,58
Número de captações subterrâneas ativas (ud) 07
Volume Produzido (m3/mês) 211.896
Volume Cons. Total (m3/mês). 99.213
Índice de Hidrometração (%) 90,19
Índice de Perda Total (12 meses) (%) 49,02
Produção Per Capita (L/hab/dia) 231,64
Consumo per capita (L/hab/dia) 108,46
População atendida com água /hab 29.508
Dados SIIG 06/11

4. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EXISTENTE

O município de Sidrolândia não conta com Sistema de Esgotamento Sanitário. Sendo


assim o município conta apenas com sistemas individuais de tratamento (Tanques
Sépticos).

5. ESTUDO POPULACIONAL

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5.1 Previsão Populacional

As projeções populacionais foram baseadas nos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE. O método utilizado foi o de extrapolação gráfica de uma
função matemática correspondente a dados populacionais passados, divulgados pelo IBGE,
referentes ao período de 1960 a 2011.

Os dados, a projeção e as curvas correspondentes podem ser observados abaixo:

A seguir apresentamos as curvas extrapoladas a partir das linhas de tendência do software


Excel.

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Po p u la ç ã o Urb a n a d e Sid ro la n d ia

y = 506,2709881x - 994517,0630205
21.000
R2 = 0,9006148

16.000
Po p

11.000

6.000

1.000
1.950 1.960 1.970 1.980 1.990 2.000 2.010 2.020

Ano Po p ulação
Linear (Po p ulação )

Po p u la ç ã o Urb a n a d e Sid ro la n d ia

y = 1003992,00448570Ln(x) - 7613216,46487863
21.000
R2 = 0,89857678

16.000
Po p

11.000

6.000

1.000
1.950 1.960 1.970 1.980 1.990 2.000 2.010 2.020

Ano Po p ulação
Lo g . (Po p ulação )

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Po p u la ç ã o Urb a n a d e Sid ro la n d ia

y = 11,65526444x 2 - 45775,69805115x + 44947425,03756040


R2 = 0,99338315
21.000

16.000
Po p

11.000

6.000

1.000
1.950 1.960 1.970 1.980 1.990 2.000 2.010 2.020

Ano Po p ulação
Po linô mio (Po p ulação )

A tendência tipo regressão adotada foi a polinomial definida a partir da análise dos dados
das curvas de projeção. Segue abaixo a projeção:

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Efetuou-se coeficiente de ajuste a esta projeção com base na evolução do número de


ligações de água micromedidas nos município nos últimos 10 (dez) anos.

5.2 Previsão De Demandas

A seguir apresentamos as estimativas de demandas necessárias para atender a população


prevista na área de projeto, malha urbana do município, durante o horizonte 2010 a 2040.
Também são apresentadas no mesmo quadro, as características previstas dos esgotos
afluentes ao sistema de tratamento a ser projetado.

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CARACTERIZAÇÃO DO EFLUENTE
ANO
PARÂMETROS 2011 2016 2021 2026 2031 2039
População Urbana hab 23.784 29.155 35.145 41.754 48.981 61.832
Índice de atendimento do SES % 100% 18% 27% 37% 43% 90%
População atendida hab 23.785 5.170 9.539 15.314 21.277 55.649
total de rede km 119 26 48 77 106 278
Quantidade diaria de veiculos limpa fossa veic/dia 5 6 7 8 9 10
Q domestico médio l/s 39,64 8,62 15,90 25,52 35,46 92,75
Infiltração l/s 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Q sanitário médio l/s 39,64 8,62 15,90 25,52 35,46 92,75
Q sanitário médio m³/dia 3.425,04 744,48 1.373,62 2.205,22 3.063,89 8.013,46
Q sanitário dia de maior consumo l/s 47,57 10,34 19,08 30,63 42,55 111,30
Q sanitario máximo l/s 71,36 15,51 28,62 45,94 63,83 166,95
Carga de DBO doméstica kg/dia 1.284,39 279,18 515,11 826,96 1.148,96 3.005,05
Carga de DBO limpa fossa kg/dia 80,00 96,00 112,00 128,00 144,00 160,00
Carga de DBO total kg/dia 1.364,39 375,18 627,11 954,96 1.292,96 3.165,05
Concentração média de DBO mg/l 398,36 503,95 456,54 433,04 422,00 394,97
Carga de DQO kg/dia 2.070,02 464,69 845,17 1.347,13 1.865,33 4.838,07
Carga de N-NTK KgN/dia 243,18 52,86 97,53 156,57 217,54 568,96
Concentração media de N-NKT mgN/l 71,00 71,00 71,00 71,00 71,00 71,00
Carga de Fósforo kgF/dia 34,25 7,44 13,74 22,05 30,64 80,13
Concentração media de fósforo total mgF/l 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00
Coliformes Fecais (estimado) NMP/100ml 5,00E+08 5,00E+08 5,00E+08 5,00E+08 5,00E+08 5,00E+08

PARÂMETROS
DADOS
Taxa de Infiltração 0 l/s x km
Taxa de Ocupação 3,6 hab/dom
Consumo per capita 180 l/hab x dia
Coeficiente de retorno 0,8
Comp. de rede por ligação 18 m/ligação
K1 1,2
K2 1,5
K3 0,5
DBO 54 g/hab x dia
DQO 600 mg/l
N-NTK 71 mg/l
F 10 mg/l

Para o dimensionamento de rede coletora, coletores tronco, interceptores e emissário de


esgoto bruto serão considerado a vazão de saturação da malha urbana.

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Para o dimensionamento da Estação de Tratamento de Esgoto foram consideradas a vazão


média de esgoto sanitário do ano de 2.040 e sua respectiva taxa de adesão. Foi projetada
uma ETE para 93 L/s de forma que a disposição das unidades de tratamento possibilite sua
ampliação posterior, caso seja necessário. Por tal, e até mesmo com vistas a viabilidade
econômico-financeira do projeto, optou-se pela implantação de uma lagoa anaeróbia, e três
séries de lagoas facultativas e de maturação, sendo nesta primeira etapa implantada uma
série de lagoa facultativa e maturação, com capacidade de tratamento de 31 l/s.

6. DEFINIÇÃO DA ÁREA DE PROJETO

6.1 Descrição

A área contemplada pelo projeto compreende parte da malha urbana de Sidrolândia/MS,


referente ao microssistema F (Figura 1).

Figura 1 - Localização do microssistema F.

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6.2 Pavimentação

Grande parte das vias do município apresenta com pavimentação, de acordo com o indicado
nos desenhos anexos.

6.3 Topografia

Na sede, o município possui cotas altimétricas que variam de 470m na zona mais baixa a
cerca de 500m, na zona alta (DSG/IBGE, 1972).

7. CONCEPÇÃO DO SISTEMA PROPOSTO

O presente projeto prevê implantação de rede coletora no microssistema F do município que


possua ocupação significativa, por se tratar da região central.

Devido à existência, no município, de regiões que não poderão esgotar a malha urbana por
gravidade à estação de tratamento de esgoto (ETE) será necessária a instalação de estação
elevatória de esgoto bruto final na entrada da mesma. As mesmas podem ser vistas no
desenho anexo.

O projeto de rede coletora contemplou todas as bacias de contribuição do microssistema F,


com redes coletoras e coletor tronco (diâmetro de 100 a 500 mm), interceptor (diâmetro de
200 mm), oito estaçõesuma elevatória de esgoto finals e respectivas linhas de recalque,. A
Estação de Tratamento de Esgotos com capacidade de tratamento de 93 L/s divida em três
etapas de implantação e emissário final com DN 450 e 500m de comprimento que conduzirá
o efluente final até o Córrego Vacaria.

Para definição de área para a estação de tratamento foram considerados, proximidade e


porte dos corpos receptores, posição a jusante em relação a cidade, acesso ao local, espaço
físico necessário e exigências ambientais de afastamentos mínimos do perímetro urbano e
mananciais.

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Sendo assim, está prevista a implantação, até o final de plano, de lagoas de estabilização
com sistema australiano, com capacidade de 93 L/s. Em início de plano estão previstas a
construção de uma série composta de lagoas facultativa e maturação, com capacidade de 31
l/s.

8. REDE COLETORA DE ESGOTO

8.1 Generalidades

No projeto das redes coletoras, principalmente na sua concepção de traçado, procurou-se


observar o princípio da relação custo/benefício, ou seja, para uma mesma quantidade de
recursos, obter o máximo de benefício, ou então, para o mesmo nível de benefício,
conseguir soluções de menor custo possível.

Para tal, foram utilizados critérios, materiais e estruturas, voltados para obtenção de
projetos econômicos de redes coletoras de esgoto sanitário.

A fim de reduzir custos foi feita a substituição de parte dos poços de visita convencionais por
Terminais de Limpeza “TL”, nos casos de assentamento dos coletores com menores
profundidades, menores declividades e no inicio das redes que não terão interligações
futuras. Estas medidas visam minimizar custos de modo a viabilizar a construção das redes
com alterações na técnica operacional sem prejuízo de sua eficiência hidráulica.
Proporcionando com isso eficácia no número de ligações atendidas e com níveis de custos
razoáveis.

As menores declividades para os coletores são resultantes de estudos que culminaram no


conceito das condições de autolimpeza pela força trativa, conforme normalizado pelas NBR’s
9649/86 e 14486/00 da ABNT.

8.2 Traçado Da Rede Coletora

O traçado idealizado para a rede coletora de Sidrolândia permitirá o esgotamento das


contribuições prediais, conforme anteriormente definidas.

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A concepção adotada no traçado dos coletores é o preconizado nos sistemas do tipo


“Separador Absoluto” e foi realizada tendo em vista:

a) A malha viária urbana de Sidrolândia, representada através de levantamento


topográfico plani-altimétrico semicadastral, contendo o nivelamento geométrico
dos eixos das vias, a indicação das cotas altimétricas dos cruzamentos;

b) A existência das interferências superficiais e subterrâneas, que influem no


traçado dos coletores e nas ligações prediais, tais como: rodovias, ferrovias, ruas
pavimentadas, vias de tráfego intenso, avenidas com canteiros centrais e
canalizações existentes, principalmente as galerias pluviais.

A identificação e o conhecimento destes elementos interferentes orientaram em cada caso a


escolha da melhor solução técnica e econômica para o emprego de redes simples, duplas ou
de coletores auxiliares.

A Rede Simples se constitui de um único coletor ao longo da via pública podendo localizar-se
num dos passeios, no eixo ou num dos lados da rua, recebendo as ligações prediais de
ambos os lados.

A Rede Dupla se constitui de dois coletores paralelos, um de cada lado da via pública,
recebendo as ligações prediais adjacentes.

Poderão localizar-se um em cada um dos passeios, um num dos passeios e o outro no terço
médio do lado oposto ou, um em cada um dos lados da rua a 1/3 da largura entre o eixo e o
meio-fio.

Quanto à classificação ambos podem ser coletores da rede propriamente dita, ou um deles
funcionar como coletor auxiliar.

Sem definição normativa, fica aqui estabelecido como “coletor auxiliar” aquele que recebe
as ligações prediais que não possam ser feitas diretamente no coletor da rede pública, por
um dos seguintes motivos:

a) Impossibilidade de travessias transversais à via pública, das ligações prediais a um


trecho coletor da rede simples, devido à presença de galerias pluviais ou outra
interferência subterrânea qualquer;

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b) Coletor da rede pública assentado a uma profundidade superior a 4,00 m,


dificultando e onerando as ligações prediais se a ele fossem diretamente
dirigidas;

Coletor da rede com diâmetro superior a 400 mm, para os quais não existem
peças especiais que permitam as ligações prediais.

Nestes casos o “coletor auxiliar”, após receber as ligações prediais, descarregará no poço de
visita da rede mais próxima.

Sempre que possível optou-se pela utilização da rede simples, ficando o emprego da rede
dupla restrito aos casos das avenidas com canteiro central arborizado e já pavimentadas.

8.3 Localização Da Rede Coletora

A localização dos coletores de esgoto nos logradouros foi feita em função da existência ou
não das canalizações de água potável e de drenagem pluvial e das suas posições em relação
à seção transversal da rua.

Quando da execução da obra, devem ser sondadas/pesquisadas as redes de água de


pequeno porte a fim de definir a posição exata de lançamento da rede coletora projetada,
considerando a posição/terço recomendado para cada trecho.

Quanto às galerias de águas pluviais, dada a inexistência de elementos cadastrais de


execução, procurou-se fornecer a indicação das ruas drenadas.

Em vista do exposto, os coletores públicos de esgoto sanitário, independente de a rede ser


simples ou dupla, podem ser lançados nas seguintes posições:

 NA RUA, PELO EIXO (EI), quando a largura for igual ou inferior a 20 m, não for
pavimentada e nem drenada com galerias pluviais;

 NA RUA, POR UM DOS LADOS (TD e TE), distando 1/3 da largura entre o eixo e o
meio-fio, quando o eixo for ocupado por galeria pluvial, e a via não for

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pavimentada ou de pavimentação precária. Neste caso será dada preferência


pelo lado, para o qual ficam os terrenos mais baixos em relação ao meio-fio, e se
possível oposto ao da rede de água potável;

 NO PASSEIO. A análise comparativa dos custos revela que coletores localizados no


passeio são mais econômicos do que quando lançados no leito carroçável
pavimentado, com as seguintes vantagens adicionais:
- Facilita a execução dos ramais prediais;
- Evita interrupção do tráfego de veículos;
- Requer escoramento de vala mais simples que no leito carroçável devido a
menor influência de cargas móveis ou pelo fato do solo ser menos
revolvido por obras subterrâneas anteriores;
- Requer menor profundidade de vala; e,
- Possibilidade do emprego de damas quando a escavação for manual.

Entretanto o lançamento de coletores no passeio foi condicionado aos seguintes fatores


impeditivos:

- Largura insuficiente dos passeios (para a escavação mecanizada com


retro-escavadeira é necessário uma largura mínima de 3,00 m). A
preferência pela escavação mecanizada é ditada pelas suas vantagens no
tocante à velocidade das obras e ao ritmo de trabalho exigido;

- A existência interferente de postes, árvores, tubulações, fossas e


outras estruturas subterrâneas, localizadas na calçada;
- A presença de edificações no limite ou muito próximas do
alinhamento da testada dos lotes, havendo, portanto o risco às suas
estabilidades. A distância mínima entre o alinhamento da testada dos
lotes até a parede da vala deverá ser de 1,00 m;

- A profundidade máxima desejável para uma vala no passeio é de 2,00


m. Em condições específicas, ditadas por vantagens econômicas ou por
impossibilidade total de lançamento no leito da rua, a vala poderá atingir
a 2,50m.

O Quadro seguinte resume os critérios adotados no traçado e localização dos coletores.

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Situação em Relação à
Posição Preferencial dos Tipo de Rede
Drenagem
Largura da Rua Pavimentação Coletores Recomendada
Pluvial

Não pavimentada Na rua a 1/3


Maior que
20 m Rede
Dupla
Pavimentada No passeio (**) ou a 1/3
Rua Drenada
Com
Galerias
Não pavimentada Na rua a 1/3 (*)
Pluviais Menor ou igual
a 20 m Rede
Simples
Pavimentada No Passeio a 1/3 (*)

Não pavimentada Na rua a 1/3


Maior que
Rede
20 m
Dupla
Pavimentada No passeio (**) ou a 1/3
Rua
Não
Drenada Não pavimentada No eixo ou na rua a 1/3 (*)
Menor ou igual
Rede
a 20 m
Simples
Pavimentada No eixo ou na rua a 1/3 (*)

Nota:
(*) De preferência pelo lado para o qual ficam os terrenos mais baixos em relação ao nível do meio-fio e se
possível, oposto ao da rede de água potável.
(**) Caso o passeio não se apresente em condições adequadas, o coletor deverá ser lançado na rua a 1/3.
Critérios de Traçado e Localização dos Coletores.

Optou-se por lançar a rede coletora projetada somente no leito carroçável (terço direito ou
esquerdo preferencialmente), porém, excepcionalmente para possibilitar interligações com
a rede existente ou para fugir de interferências utilizaram-se os passeios e canteiros centrais.

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8.4 Órgãos Acessórios Da Rede

Para inspeção, manutenção e limpeza das redes coletoras foram previstos os seguintes
órgãos acessórios:
8.4.1 Terminal de Limpeza (TL)

Dispositivo que apenas permite a introdução de equipamento de limpeza. É constituído de


duas curvas de 45°, intercaladas com um segmento de tubo com o mesmo diâmetro do
coletor público, ou uma curva de 90° de raio longo, levando na sua extremidade de
montante, ao nível do terreno um tampão removível, apoiado em gola de concreto,
envoltória do tubo segmento vertical.

Foram previstos Terminais de Limpeza na cabeceira de todos os coletores, e a uma distância


máxima de 100 m.

8.4.2 Poço de Visita (PV)

Câmara visitável através da abertura existente na sua parte superior, destinada à execução
de trabalhos de manutenção, permitindo o acesso, inspeção e introdução de equipamentos
de limpeza.

Para maior economia, os poços de visita para redes coletoras de até 300 mm de diâmetro
devem ser de anéis de concreto pré-moldados, com os seguintes diâmetros interno:

 Ø 0,60 m para profundidade até 1,80 m;


 Ø 1,00 m para profundidade acima de 1,81 m.

Com a altura variável, dotados de laje de fundo, canaletas, laje superior e fechados com
tampões de ferro fundido Ø 0,60 m. Os estribos (escada) devem ser eliminados.

Foram previstos nas mudanças de direção, declividades, diâmetros e nos trechos retilíneos à
distância máxima de 100 m.

Foram também localizados logo a jusante de ligações de prédios com despejos que possam
acarretar problemas na rede, tais como postos de gasolina, hospitais, hotéis, escolas e certos
estabelecimentos industriais.

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8.4.3 Tubos de Queda

Sempre que um coletor atingir um poço de visita, situado a mais de 0,58 m (DN 100) e 0,84
m (DN 150) acima da soleira de saída, foi previsto um tubo de queda, ligando este coletor ao
fundo do poço de visita, conforme estabelece a NBR 14486.

8.5 Ligações

Para os ramais de ligação está prevista a utilização de TIL de ramal em PVC, com
prolongamento em tubo DN 100 e tampão.

8.6 Nomenclatura

A nomenclatura dos diversos trechos dos coletores da rede obedeceu ao seguinte critério:

- Os coletores de cada bacia receberam a letra “C”, seguida de um algarismo a partir


do n° 1, de modo que um coletor de número maior deve sempre descarregar num de
número menor;

- Os trechos são identificados por dois algarismos, o primeiro representa o coletor e o


segundo em ordem crescente a partir do n° 1 no sentido do escoamento.

Os órgãos acessórios de rede (terminais de limpeza e poços de visita) são identificados por
duas letras “TL” e “PV” respectivamente, seguido de dois algarismos.

8.7 Identificação Das Interferências

Ao longo do traçado da rede coletora não foi observado nenhum tipo de interferência.

8.8 Descritivo Técnico

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O presente projeto atenderá no início de plano aproximadamente 650 ligações. As ligações


serão executadas com tubo de PVC DN 100 que ligará a rede a um Terminal de Inspeção e
Limpeza (TIL) de ligação predial localizado na frente do lote (calçada).

Para atender as ligações citadas, serão implantados 21,9 km de rede coletora com diâmetro
de DN 100, 150, 200, 250, 300, 350, 400, 450 e 500, sendo todas as tubulações em PVC
VINILFORT/JEI para rede esgoto (NBR-7362).

Número de Extensão da
ligações Rede (km)
650 21,9
Resumo do descritivo técnico

8.9 Memorial De Cálculo

8.9.1 Critérios e Parâmetros

As redes coletoras foram dimensionadas de acordo com os critérios recomendados pela NBR
– 9648/86 “Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário”, NBR – 9649/86 “Projeto
de redes coletoras de esgoto sanitário”, NBR – 9814/87 “Execução de rede coletora de
esgoto sanitário” e NBR 14486/00 “Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário –
Projeto de redes coletoras com tubos de PVC”, todas da ABNT.

Os cálculos foram realizados com auxílio de computador, através do “software” CEsg, da


Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica de São Paulo.

8.9.2 Cálculo das Vazões de Contribuição

Para a determinação das vazões de contribuição foram considerados os seguintes aspectos:

a) População esgotável e características urbanas das áreas consideradas


(residencial, comercial, industrial).

b) As principais indústrias que usarão o sistema e suas características: fonte de


suprimento de água, horário de funcionamento, volumes, regime de descarga de

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esgotos, natureza dos resíduos líquidos e existência de instalações próprias para


regularização ou tratamento.

c) Águas de infiltração: coeficientes a serem considerados, através de dados


conhecidos ou adotados segundo as características da comunidade.

A vazão de contribuição da área de projeto é composta dos efluentes de três (03) fontes que
representam as seguintes vazões principais:

 vazão de esgoto doméstico;


 vazão de água de infiltração;
 vazão de despejos industriais.

A vazão de esgoto doméstico e sua variação diária e sazonal estão diretamente ligadas à
vazão de abastecimento da população ou da área esgotada. A relação entre as duas vazões é
dada pelo coeficiente de retorno.

A soma das vazões parciais resultou na vazão de dimensionamento da rede coletora. Essa
vazão foi colocada em termos unitários (por metro linear de coletor ou por unidade de área),
para o dimensionamento das tubulações.

Foram identificadas ainda, as vazões concentradas de valor considerável, que estão


indicadas em valor total, no ponto de contribuição.

Para execução dos cálculos, foi adotado o consumo per capita efetivo de água de 150
L/hab./dia.

 População Inicial e população final

A estimativa da população inicial (Pi) foi feita a partir da contagem dos domicílios existentes
na área de projeto, e a taxa de ocupação de 3,2 hab/domicilio, divulgada pelo IBGE para a
cidade de Sidrolândia.

Quanto à população prevista para o final de plano ou de saturação (Pf), a estimativa foi feita
a partir da densidade de saturação de 65 hab/ha. A partir dessa informação foi possível
estabelecer a densidade populacional de saturação na área de projeto:

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A estimativa da população de final foi feita a partir da densidade de saturação (hab/ha) e da


área (ha) atendida.

 Vazão de esgoto doméstico

Para o cálculo da quantidade de esgoto doméstico e determinação dos coeficientes de


descarga ou contribuição, por metro linear de coletor ou por unidade de área, foram
considerados os seguintes valores:

 Quantidade média de água distribuída “per capita” (efetivo) pela rede pública de
abastecimento, 180 L/hab . dia;
 Densidade demográfica da área considerada;
 Área da zona considerada;
 Extensão das vias públicas existentes;
 Vazão específica de contribuição relativa ao dia e à hora de maior descarga na rede.

A vazão específica de contribuição dos esgotos domiciliares, em litros por hectare,


considerando-se que esse coletor deve servir aos prédios situados em ambos os lados da via
pública, foi obtida respectivamente pelas expressões.
Para início de plano:
C.q.Pi.K2
qi = ----------------- L/s/m
86400 . L
Para fim de plano:
C.q.Pf.K1.K2
qf = ----------------- L/s/m
86400 . L
Sendo:
C  relação entre a quantidade de esgotos encaminhados aos coletores e o
volume de água fornecido pela rede pública;
q  consumo “per capita” efetivo de água em L/hab/dia;
qi vazão específica de inicio de plano em L/s/m;
qf vazão específica de final de plano em L/s/m;
PiPopulação inicial;
PfPopulação final;
K1  coeficiente do dia de maior consumo, 1,2;

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K2  coeficiente da hora de maior consumo, 1,5;


L  extensão das vias públicas existentes e previstas para a área considerada, em
metros.

 Vazão de água de infiltração (taxa de infiltração)

Originam-se nos lençóis freáticos existentes no subsolo, bem como na percolação de água
pluvial ou fluvial através de solos argilosos ou arenosos. As vazões de acréscimos serão
calculadas com base na tabela:

Rede de Diâmetro do Tipo de Nível do Lençol Taxa de Infiltração


Tipo de Solo
Coleta Coletor Junta Freático (L/seg x km)
BP 0,05
Abaixo do Coletor
Tronco ou P 0,10
Até 400 mm Elástica
Secundária BP 0,15
Acima do Coletor
P 0,30
BP 0,05
Abaixo do Coletor
Não P 0,50
Secundária Até 400 mm
Elástica BP 0,50
Acima do Coletor
P 1,00
Acima de 400
Tronco ----- ------ ----- 1,00
mm
BP - solos de baixa permeabilidade
P - solos permeáveis
Fonte: Sistema de Esgotos – Crespo, Patrício Gallegos
Taxa de infiltração

 Vazão de despejos industriais (Qind)

A vazão devido a despejos industriais será estudada em cada caso.

Para todos os trechos da rede foram estimadas as contribuições de início e de fim de plano,
Qi e Qf respectivamente, expressas em litros/segundo.

A vazão a jusante de um trecho resultou da soma da parcela de montante com a


contribuição ao longo deste trecho.

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A vazão de montante é aquela proveniente do trecho anterior, acrescida ou não das


contribuições laterais de coletores tributários, e de vazões singulares ou concentradas,
quando existirem.

A vazão de contribuição ao longo do trecho foi obtida pelo produto de sua extensão pela
taxa de contribuição por metro linear, da zona de ocupação demográfica a que pertence.

As vazões de contribuição ao sistema foram calculadas através das expressões:

No inicio do plano:
Qi = qi . L
No final do plano:
Qf = qf . L + Ti . L + Qind

Quando a vazão a jusante de qualquer trecho, no início ou no fim do plano resultou inferior
a 1,5 L/s, foi admitida para cálculo hidráulico a vazão mínima de 1,5 L/s (conforme NBR’s
9649/86 e 14486/00).

8.9.3 Cálculos Hidráulicos

No dimensionamento foi utilizada a Equação de Chezy, com coeficiente de Manning:

V = 1/n . RH2/3 . I1/2

Considerando n (coeficiente de atrito) 0,013 e seção plena:

VP = 30,527 . Ǿ2/3 . I1/2


ou
QP = 23,976 . Ǿ8/3 . I1/2
Sendo:
V = velocidade, m/s;
RH = raio hidráulico, m;
I = declividade, m/m;
Ǿ = diâmetro, m;
Q = vazão, m3/s.

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8.9.4 Tensão Trativa

Para todos os trechos da rede foram verificadas as tensões trativas médias (T), não devendo
a de início do plano ser inferior a 0,10 kg/m² ou 1,0Pa, para garantir as condições de
autolimpeza quanto à deposição sólida e evitar a geração de sulfetos.

As tensões trativas médias (T), expressas em Pascal foram calculadas pela relação:

T = γ .Rh . I

Onde:

γ → peso específico do esgoto considerando igual a 104 N/m³.


Rh → raio hidráulico, expresso em metros.
I → declividade do trecho expresso em m/m.

8.9.5 Declividade

Em algumas oportunidades, nas pontas das canalizações, o trecho fica sem esgoto. Esta
realidade inviabiliza o cálculo para definir o comportamento da canalização com a vazão
mínima. No nível de projeto, a fixação da declividade com essas vazões conduziria a valores
exagerados, inaceitáveis.

Para possibilitar a fixação mais realista da declividade, admite-se que a quantidade mínima
de esgoto a circular nas extremidades do sistema seja igual à contribuição de uma válvula de
descarga de um vaso sanitário. Assim, a vazão para fixação da declividade mínima é igual 1,5
L/s (NBR’s 9649/86 e 14486/00).

A declividade mínima de cada trecho, admissível para satisfazer a tensão trativa média igual
a 1,0 Pa no início do plano (considerando menor valor de vazão para qualquer trecho da
rede igual a 1,5 L/s), foi calculada pela seguinte expressão:

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Imín = 0,0055 x Qi -0,47(conforme NBR 9649/86)


Sendo:
Qi em L/s
Imín e Imáx em m/m.
Já a declividade máxima foi limitada pela velocidade máxima de 5,0 m/s no final do plano.

Sendo assim adotou-se 0,0030 m/m, ou seja, acima da declividade recomendada pela NBR
9814 (0,0010 m/m).

8.9.6 Diâmetro Mínimo

Os coletores da rede pública de esgoto terão seção circular com diâmetro não inferior a DN
100. Sempre que a seção requerida for superior àquela dos tubos de fabricação normal
encontrados no mercado, foram adotadas outras seções de forma geométrica mais
econômica e adequada às condições locais. Todos os tipos de materiais foram considerados,
em função de sua acessibilidade técnica e econômica.

8.9.7 Lâminas D’água

As lâminas d’água foram calculadas admitindo-se o escoamento em regime uniforme e


permanente, sendo o seu valor máximo, para a vazão final igual ou inferior a 75% do
diâmetro do coletor.

Quando a velocidade final (Vf) resultou superior à velocidade crítica, a maior lâmina
admissível foi de 50% do diâmetro do coletor, de modo a assegurar a ventilação do trecho.

A velocidade crítica foi definida por:

Vc = 6 x (g x RH) onde g → aceleração da gravidade.

8.9.8 Controle De Remanso

De modo a manter o gradiente hidráulico e evitar o remanso, para as vazões de final de


plano, a cota da geratriz inferior de um tubo na saída de um PV, foi rebaixada para que a

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cota do nível d’água neste tubo fosse no máximo igual ao nível d’água mais baixo, verificado
nas tubulações de entrada.

8.9.9 Recobrimento Mínimo

Com a finalidade de proteção contra a ação de cargas externas, principalmente as acidentais,


fixou-se para o recobrimento mínimo dos coletores, em relação à geratriz superior externa
dos tubos, o valor de 0,90 m para os coletores situados nas ruas pavimentadas e 1,10 m para
ruas não pavimentadas.

As profundidades dos coletores foram determinadas de acordo com as condições de cada


trecho projetado, levando-se em consideração:

 a posição do trecho em relação aos demais trechos do mesmo coletor;


 o nível das soleiras dos prédios a serem esgotados;
 a distância do coletor ao alinhamento médio dos prédios a serem esgotados;
 no passeio, recobrimento maior ou igual a 0,60 m;
 profundidade máxima 5,00 m, dependendo apenas da configuração do terreno.

Profundidades maiores do que os determinados segundo os critérios acima, foram utilizadas


somente em casos excepcionais, técnica e economicamente justificáveis. Nesses casos,
foram projetados coletores suplementares paralelos, a uma menor profundidade,
destinados a receber as ligações prediais.

8.9.10 Alinhamento dos Coletores

As tubulações com diâmetros até 400 mm inclusive, terão alinhamento horizontal e


declividade uniformes em toda a extensão do trecho entre inspeção tubular ou entre
inspeções tubulares.

8.9.11 Escoramento

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É obrigatório o escoramento para valas de profundidade superior a 1,25 m, conforme a


portaria nº. 3214 do Ministério do Trabalho, de 08/06/1978, regulamentada pela NR 18 e
pela portaria n° 17, de 07/07/83:

“Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25 m (um metro e vinte
e cinco centímetros) devem ter sua estabilidade garantida por meio de estruturas
dimensionadas para este fim”.

Para escoramento das valas, em razão da profundidade (m) e da presença ou não de água
serão utilizados os seguintes critérios:

0,00 a 1,30 (sem água) dispensado


1,31 a 1,80 (sem água) pontaleteamento
1,81 a 2,50 (sem água) descontínuo em madeira
2,51 a 5,00 (sem água) contínuo em madeira
0,00 a 5,00 (com água) especial (macho / fêmea).

8.9.12 Planilhas de Cálculo

Os resultados dos dimensionamentos podem ser vistos nos ANEXOS I e II.

9. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO BRUTO FINAL

9.1 Parâmetros Do Projeto

 Consumo per capita efetivo = 180 L/hab.d


 Taxa de infiltração permanente = 0,05 L/s.Km
 Coeficientes: K1 = 1,20 e K2 = 1,50
 Coeficiente de retorno, C = 80 %
 DN mínimo para linha de recalque de DN 100
 Tempo de detenção ≤ 30,00 min

Cálculo do Volume
A utilização de bombas de velocidade variável requer um volume útil menor
tendo em vista a acomodação do bombeamento às vazões de chegada. Para recalque à

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vazão constante o volume do poço úmido será de maiores proporções para evitar partidas
muito freqüentes de bombeamento. A despeito disto a segunda hipótese é mais corriqueira
em função da simplificação na operação, principalmente em pequenas EEE. Para motores
inferiores a 20HP o tempo entre duas partidas consecutivas não deve ser inferior a 10
minutos. Em qualquer situação não se deve prever mais que quatro partidas por hora para
evitar fadiga nas partes elétricas das instalações. Por outro lado, períodos de detenção
superiores a 30 minutos (NBR 12208/1992) não são recomendáveis, pois, períodos assim
originariam sedimentações e condições sépticas indesejáveis. Tendo em vista o exposto
adotou-se 10 minutos como período de parada quando a vazão afluente corresponder a
média de projeto.

Assim, o “volume útil V” do poço úmido é determinado pela expressão

         V = q . t                                         

onde q é a vazão afluente e t é o período de parada do bombeamento.


 

Linha de Recalque e potencia consumida

O dimensionamento econômico de instalações de recalque pode ser feito através da


fórmula de Bresser (D=k1*Q1/2), pois o sistema funciona durante 24 horas/dia, com Q em
m³/s.

A potência P consumida pelo conjunto motor-bomba (potência de entrada) expressa


em quilowatt (KW) é dada pela expressão:

P = 10³..Qb.H / (75.b . hm ),                                                                     

onde “b . m” e é denominado de rendimento “” do conjunto.

 Freqüentemente a potência nominal é expressa em cavalos-vapor (CV) ou em “horse-


power” (HP), sendo 1CV  = 0,986HP = 0,7355KW .

Para determinação da perda de carga nas tubulações de sucção e recalque, utilizou-


se a fórmula de Hazen-Williams (1), sem dúvida, a fórmula prática mais empregada pelos
calculistas para condutos sob pressão desde 1920, principalmente em pré-

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dimensionamentos. Com resultados bastante razoáveis para diâmetros de 50 a 3500mm, é


equacionada da seguinte forma:

(1) J = 10,643.C-1,85. D-4,87. Q1,85,                                                  

onde C é o coeficiente de rugosidade que depende do material e da conservação deste.

Dimensões Úteis

Determinado o volume útil, parte-se para a definição de sua forma geométrica, ou


seja, altura, largura e comprimento, observando-se, de um modo geral, as orientações a
seguir descritas.

 Altura - É função do nível de extravasamento (em torno de 30 centímetros acima) ou


do nível máximo de alarme (aproximadamente 15 centímetros acima) e, dependendo
do volume útil calculado, das dimensões então definidas, da natureza da elevatória,
das características das bombas selecionadas, a faixa de operação deve ficar entre 1,0
e 1,6 metros;
 Largura - Depende do distanciamento das sucções entre si e das paredes ou no caso
de bombas submersas, das condições hidráulicas da sucção e da disposição física em
relação às outras unidades da elevatória;
 Comprimento - Suficiente para instalação adequada dos conjuntos elevatórios com
as folgas necessárias para montagem e inspeção.

Velocidades

São recomendados, de acordo com a NBR 12208/1992, os seguintes limites de


velocidade:

a) na sucção: 0,6 – 1,50 m/s


b) no recalque: 0,6 – 3,0 m/s

Roteiro dos Cálculos preliminares

- População do projeto P = Nº de casas x Média de pessoas por Residência

- Per capita de consumo d’água q = 180 l/hab.dia  0,18 m³/hab.dia (adotado);

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- Volume médio diário de contribuição  Q = C x q x Pop.

- Vazões (para K1 = 1,20, K2 = 1,50 e K3 = 0,5 e TI = 0,05 l/s.Km)

1) doméstica média do dia de maior contribuição Qd Qd = K1 x Q / 86.400

2) doméstica máx. do dia de maior contribuição Qd,máx = K2 x Qd = 1,50 Qd

3) máxima vazão de projeto (tempo de chuva) Qd Qh,máx = Qd,máx + TI x L rede coletora a
montante da elevatória

4) mínima de projeto (tempo seco) Qd Qmín = K3 x Q /86.400

b) Volume do poço úmido (admitindo-se um período de parada (tp) de 10min quando a


vazão de chegada corresponder a Qd ).

- Pré-dimensionamento do volume Qd V = tp x Qd = (10 min x 60 seg.) x Qd

Testando este valor para:

1) parada máx.(vazão de chegada mínima) Qd


tp,máx = V/Qmín= (menor que 30 min, de acordo com a NBR 12208/1992)

2) funcionamento mínimo  (vazão da chegada mínima) 


  tf,mín = V/(Qb - Qmín)

As caracteristicas da EEEB Final estão descritas abaixo.

Elevatória Microssistema Q (L/s) HMT Linha de Recalque


(mca) DN (mm) Comprimento (m)
Final F 10 10 150 43

Obs: Inicialmente serão executadas 650 ligações domiciliares, equivalente a + - 8,50 l/s.
São apresentados nos anexos a planilha de dimensionamento e respectiva curva da
bomba.

10. Estação de Tratamento de Esgoto

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10.1 Generalidades

Tem o presente projeto o objetivo de apresentar uma proposta para tratamento de despejos
líquidos para o Município de Sidrolândia/MS, que tem previsão de construção da rede
coletora em conjunto com a ETE.

O abastecimento de água tratada traz resultados rápidos e sensíveis melhorias à saúde e às


condições de vida de uma comunidade. Entretanto, os dejetos gerados após o uso da água
requerem tratamento e disposição final adequados para controle de vetores transmissores
de doenças e preservação do meio ambiente, de forma que não é recomendado que toda
uma comunidade promova a infiltração individual dos seus despejos, uma vez que
estatisticamente já foi provado que sistemas individuais de tratamento de esgotos não
atende aos padrões ambientais para infiltração no solo, provocando poluição da camada
superficial e do lençol freático, assim necessário se faz promover a coleta e tratamento em
sistemas coletivos, de forma que o despejo final atenda prontamente a legislação
pertinente, seja para lançamento em cursos d’água, para uso agrícola ou com lançamento no
solo.

A atual política nacional de recursos hídricos, estabelecido na Lei Federal n° 9.433, de janeiro
de 1997, considera a água um bem público, limitado, dotado de valor econômico, cujo uso
prioritário é o consumo humano. Assim, a alternativa de integração do uso da água com as
diversas atividades sociais e econômicas que atendem aos mais diversos interesse torna-se
cada vez mais direcionadas à conservação desse bem, vital à sobrevivência humana.

Segundo a FUNASA “A humanidade de uma forma geral, e a sociedade brasileira em


particular, tem experimentado ao longo das últimas décadas uma preocupação cada vez
maior com a busca do desenvolvimento em seu sentido mais amplo. O simples crescimento
econômico já não é mais encarado como a solução para a pobreza e os demais problemas
que afetam a população. Portanto, não faz o menor sentido a estratégia de “crescer, para
depois dividir”, como foi apregoado por alguns até há pouco tempo.

Esse desenvolvimento em sentido mais amplo não envolve apenas os aspectos econômicos
que influenciam a vida das pessoas, mas também questões sociais, culturais, ambientais e
político-institucionais. Na verdade, ele reconhece que todos esses aspectos estão inter-
relacionados. Ou seja, é um conceito novo e abrangente, que envolve várias dimensões da

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realidade em que as pessoas estão inseridas, e que, ao contemplar a conservação ambiental,


introduz a noção de sustentabilidade, significando permanência ao longo do tempo.

Por isso, esse novo conceito relacionado ao processo de melhoria da qualidade de vida das
pessoas é denominado desenvolvimento sustentável, é definido de forma mais precisa como
o “processo de elevação do nível geral de riqueza e da qualidade de vida da população que
compatibiliza a eficiência econômica, a equidade social e a conservação dos recursos
naturais”.

10.2 ESCOLHA DE ALTERNATIVA TECNOLÓGICA

A decisão pela alternativa a ser adotada deve ser derivada de um balanceamento


entre critérios técnico-econômicos, com analise dos méritos qualitativos e quantitativos de
cada hipótese.

A comparação entre os aspectos de importância de cada sugestão, principalmente do


que tange a escolha do tipo de tratamento, em países em desenvolvimento como o Brasil,
segundo VON SPERLING (1995), tem como itens críticos na tomada de decisão, em ordem
decrescente de importância, são os custos de implantação, a sustentabilidade, os custos de
operação, a simplicidade, eficiência, confiabilidade, os requisitos de área e o impacto
ambiental.

Contudo, o bom senso na avaliação das alternativas, aliadas a experiências relativas a


cada aspecto técnico são essenciais, uma vez que, mesmo sendo o lado econômico o mais
essencial, deve-se ter em mente que nem sempre a melhor hipótese é a que apresenta os
menores custos nas avaliações econômico-financeiros.

ALTERNATIVA DE TRATAMENTO – 1

LAGOAS ANAERÓBIA E FACULTATIVA

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Vantagens:
 Simplicidade e confiabilidade de operação;
 Pouca acumulação de Biomassa no interior da Lagoa;
 Processos naturais, sem necessidade de equipamentos especiais;
 Faixa de temperatura favorável e adoção deste Sistema;
 Não requer capacitação especial dos operadores;
 Eficiência na remoção de patogênicos, carga orgânica e nutrientes;
 Custos de implantação reduzidos;
 Lodo permanece retido no Sistema por todo o horizonte de projeto (anos);
 Custo de operação desprezível em comparação as RALF + Lodo;
 Remoção de N, P, K;
 Simples construção;
 Eficiência satisfatória;
 Distante de residências e centros comercias.

Desvantagens:
 Longos tempos de detenção (>20 dias);
 Requisito de grande área;
 Controle de vegetação flutuante sobre as lagoas para evitar proliferação de vetores
(Possibilidade de crescimento de vetores);
 Simplicidade operacional pode acarretar em descaso.

ALTERNATIVA DE TRATAMENTO – 2

RALF + LODO ATIVADO

Vantagens:
 Tempo de detenção reduzido;

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 Baixa demanda de área;


 Custo reduzido em aquisição de área.

Desvantagens:
 Necessidade de remoção de lodo periodicamente (mensalmente);
 Grande geração de lodo comparado às Lagoas;
 Partida do Processo de Tratamento pode ser lenta;
 Maiores gastos com energia elétrica;
 Necessidade de Pós-Tratamento;
 Possibilidade de geração de maus odores;
 Pouca remoção de Nitrogênio, Fósforo e Patógenos;
 Contornado por residências e centros comerciais;
 Bactérias anaeróbias suscetíveis à inibição por um grande número de compostos;
 Necessidade de equipamentos especiais;
 Mão de obra especializada para operação/manutenção;
 Consumo de energia.

A alternativa de tratamento 1 (lagoas de estabilização) é a mais indicada para o tratamento


do Esgoto Sanitário do município de Sidrolândia pelas vantagens apresentadas e devido às
características da região.

10.3 ESCOLHA DE ALTERNATIVA LOCACIONAL

Foram escolhidas inicialmente duas áreas para a localização da ETE (Alternativa 1 e


Alternativa 2), conforme a figura abaixo.

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Alternativas Locacionais da ETE

A alternativa locacional 1, para a construção da ETE, está localizada nas margens do córrego
Brejão, com a necessidade de execução de uma travessia de esgoto no Córrego Vacaria.
Nesta alternativa há elevada proximidade com o perímetro urbano.
A alternativa locacional 2 está localizada nas margens do córrego Vacaria, em um ponto com
vazão do córrego maior do que na alternativa 1. Não há necessidade de construção de
travessias e o esgoto segue até a ETE, em sua grande maioria, por gravidade. Há um
distanciamento maior em relação ao perímetro urbano. Por essas razões foi escolhida a
alternativa 2.

10.4 Memorial Descritivo

A cidade de Sidrolândia terá um sistema de tratamento e os respectivos equipamentos, com


capacidade de atender esta comunidade até o ano de 2039 e será constituída por
tratamento preliminar em grades, desarenador e calha Parshall, caixa de areia, tratamento
primário e secundário em lagoas anaeróbia e facultativa e ainda um terciário em lagoa de
polimento ou maturação.
A fim de viabilizar financeiramente a implantação do projeto, este foi dividido em 3 (três)
etapas, sendo a 1ª composto de sistema de lagoa facultativa e maturação, com capacidade
para tratamento de 31 l/s.

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A vazão de horizonte de projeto de 93 L/s (vazão média), que corresponde a uma população
de 61.832 hab (ano de 2039), considerando o índice de adesão de 100% para fim de plano.

Adotou-se o sistema de lagoas de estabilização, devido à eficiência das lagoas e


principalmente por apresentar risco mínimo de ter odores desagradáveis, que no caso
somente terá possibilidade de ocorrer em caso de sobrecarga orgânica, devido acréscimo
elevado na vazão, foi adotado taxa de aplicação da carga orgânica superficial de 300kg
DBO5/ha.dia para a lagoa facultativa e 0,10kg DBO5/m³.dia de taxa de aplicação volumétrica
para a lagoa anaeróbia.

Devido também ao local de implantação possuir área adequada ao tipo de tratamento e


principalmente estar distante da malha urbana cerca de 2,5 Km da área urbanizada.

10.5 Sistema Proposto

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), projetada poderá atender o município de


Sidrolândia até 2039, correspondente ao horizonte de projeto de 30 anos, assim o ETE a ser
instalada é considerada um sistema convencional, com os seguintes componentes:

 Sistema de gradeamento: 1 unidade;


 Desarenador: 1 unidade;
 Calha “Parshall” medidora: 1 unidade - entrada da ETE;
 Lagoa Anaeróbia: 1 unidade;
 Lagoa Facultativa: 3 unidades;
 Lagoa de polimento (maturação): 3 unidades;
 Emissário ao corpo receptor: 1 unidade.

Todavia para início de plano serão construídos:

 Sistema de gradeamento: 1 unidade;


 Desarenador: 1 unidade;
 Calha “Parshall” medidora: 1 unidade – entrada da ETE
 Lagoa Facultativa: 1 unidade
 Lagoa de polimento (maturação): 1 unidades;
 Emissário ao corpo receptor: 1 unidade.

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10.6 Sobre Esgoto Sanitário

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% das doenças que ocorrem em
países em desenvolvimento são ocasionadas pela contaminação da água.

A maioria dos agentes infecciosos responsáveis por doenças de veiculação hídrica é de


origem intestinal, sendo liberados nas fezes humanas ou de origem animal. O esgoto é,
portanto, uma fonte potencial de transmissão de organismos patogênicos ao homem.

Ainda segundo a OMS, a cada ano, 15 milhões de crianças de 0 a 5 anos morrem direta ou
indiretamente pela falta ou deficiência dos sistemas de abastecimento de água e esgotos.
Dados da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária indicam que há no Brasil 5,5 milhões
de casos de esquistossomose e que pelo menos 30% das mortes de crianças com menos de 1
ano de idade são causadas por diarréia (ABES 1991).

Os números acima resultam das estruturas brasileiras de saneamento básico insuficientes,


tanto no meio rural como nas áreas urbanas. Em termos de esgotamento sanitário, segundo
dados da PNAD/IBGE, em 1997 cerca de 8,7 milhões de domicílios urbanos, representando
cerca de 33 milhões de pessoas, não tinham acesso a um serviço adequado. Em função da
precariedade de muitas redes de coleta e fossas sépticas, mais de 80% do esgoto coletado é
despejado sem tratamento nos corpos de água ou no solo, com sérios danos ao meio
ambiente e à saúde pública.

Os números do IBGE indicam que há no Brasil 12,8 milhões de domicílios atendidos por
redes de abastecimento d’água, mas desprovidos de sistemas de coleta do esgoto sanitário
produzido pela utilização dessa água. Em outras palavras, temos 12,8 milhões de “mini-
fábricas” de esgoto sanitário, mais potentes e prejudiciais à qualidade de vida da população
do que aquelas correspondentes aos 10 milhões de domicílios que não são atendidos por
redes de abastecimento d’água.

Em resumo, pode-se dizer que:

 todos os 41,8 milhões de domicílios brasileiros produzem esgoto sanitário;


 desse total, 31,5 milhões produzem esgoto sanitário de forma mais intensiva
– são “mini-fábricas” de esgoto sanitário – porque utilizam a água fornecida
pelas redes de abastecimento;

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 dessas “mini-fábricas”, 12,8 milhões despejam diariamente o esgoto sanitário


a céu aberto ou em fossas sépticas, que apresentam elevado potencial de
contaminação dos solos, lençóis freáticos, etc.

Essa situação do setor de saneamento no Brasil tem conseqüências muito graves para a
qualidade de vida da população, principalmente aquela mais pobre, residente na periferia
das grandes cidades ou nas pequenas e médias cidades do interior. Dessa população mais
diretamente afetada, as crianças correspondem à parcela que mais sofre, conforme pode ser
observado adiante:

 65% das internações hospitalares de crianças menores de 10 anos estão


associadas à falta de saneamento básico (BNDES, 1998);
 A falta de saneamento básico é a principal responsável pela morte por
diarréia de menores de 5 anos no Brasil (Jornal Folha de São Paulo - FSP,
17/dez/99);
 Em 1997, morreram 50 pessoas por dia no Brasil vitimadas por enfermidades
relacionadas à falta de saneamento básico. Destas, 40% eram crianças de 0 a
4 anos de idade (DATASUS);
 O Brasil registra a morte de 20 crianças de 0 a 4 anos de idade por dia, em
decorrência da falta de saneamento básico, principalmente de esgoto
sanitário (DATASUS);
 Isso significa que morre uma criança de 0 a 4 anos a cada 72 minutos por falta
de saneamento básico, mais precisamente, por falta de esgoto sanitário
(DATASUS);
 A eficácia dos programas federais de combate à mortalidade infantil esbarra
na falta de saneamento básico (FSP, 17/dez/99);
 Os índices de mortalidade infantil em geral caem 21% quando são feitos
investimentos em saneamento básico (FSP, 17/dez/99);
 A utilização do soro caseiro, uma das principais armas para evitar a diarréia,
só faz o efeito desejado se a água utilizada no preparo for limpa (FSP,
17/dez/99);

Reportagem recente publicada em uma das mais importantes revistas semanais brasileiras
mostrou que a falta de saneamento básico ainda atinge uma parcela expressiva da
população mundial, com conseqüências gravíssimas para as crianças (Veja, 22/dez/99):

 1 bilhão de pessoas não dispõem de água potável;

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 1,8 bilhão não têm acesso a sanitários e esgoto;


 8 milhões de crianças morrem anualmente em decorrência de enfermidades
relacionadas à falta de saneamento, o que significa 913 crianças por hora, 15
por minuto ou 1 a cada quatro segundos.
Parte do problema tem origem na falta de decisões políticas que resultem na alocação de
recursos não só para suprir o crescimento vegetativo dos sistemas existentes, bem como
para ampliar a cobertura da barreira sanitária.

Outro aspecto importante refere-se ao custo relativo da implantação de sistemas de


esgotamento sanitário, também bastante elevado se comparados aos custos relativos de
outras ações de saneamento básico, importantes tais como o abastecimento público e a
drenagem urbana. A componente tecnológica é decisiva neste sentido, sobretudo no que
tange ao tratamento do esgoto sanitário, que pode representar mais de 40% do
investimento para implantação de um novo sistema (coleta + transporte + tratamento +
disposição).

10.7 Efeitos Positivos Do Saneamento Básico

Os municípios que se preocupam e investem em saneamento, logo percebem os efeitos


positivos da sua decisão. Esses efeitos são múltiplos, e afetam diferentes aspectos da
realidade de um município. Os principais efeitos positivos do investimento em saneamento
são listados a seguir:

 melhoria da saúde da população e redução dos recursos aplicados no


tratamento de doenças, uma vez que grande parte delas está relacionada com
a falta de uma solução adequada de esgoto sanitário;
 diminuição dos custos no tratamento de água para abastecimento (que
seriam ocasionados pela poluição dos mananciais);
 melhoria do potencial produtivo das pessoas;
 dinamização da economia e geração de empregos;
 eliminação de poluição estética/visual e desenvolvimento do turismo;
 eliminação de barreiras não-tarifárias para os produtos exportáveis das
empresas locais;
 conservação ambiental;
 melhoria da imagem institucional;
 reconhecimento dos eleitores.

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10.8 Memorial De Cálculo

Adotou-se para projeto a população referente a 2039, que corresponde a vazão de


aproximadamente 93 L/s. A lagoa anaeróbia terá capacidade para tratamento da vazão
nominal de fim de plano. Cada série de lagoa facultativa + maturação terá capacidade para
tratar 31 l/s. Nesta primeira etapa instalar-se-á apenas uma série composta por lagoa
facultativa e maturação.

10.9 Características dos Despejos Líquidos

Os despejos coletados pelo sistema de esgoto da cidade serão encaminhados para a ETE,
onde será feito o tratamento, sendo em seguida enviada ao Córrego Vacaria, que passa nas
proximidades da ETE.

As considerações adotadas neste projeto são:

PARÂMETROS
DADOS
Taxa de Infiltração 0 l/s x km
Taxa de Ocupação 3,6 hab/dom
Consumo per capita 180 l/hab x dia
Coeficiente de retorno 0,8
Comp. de rede por ligação 18 m/ligação
K1 1,2
K2 1,5
K3 0,5
DBO 54 g/hab x dia
DQO 600 mg/l
N-NTK 71 mg/l
F 10 mg/l

A taxa de infiltração recomendada em literaturas varia de 0,05 a 1,0 L/s.km, foi estabelecido
uma taxa de infiltração de 0,07 L/s.km.

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Os parâmetros do Esgoto Bruto a ser tratado, serão adotados segundo informações colhidas
em literatura específica, conforme a tabela a seguir.

CARACTERIZAÇÃO DO EFLUENTE
ANO
PARÂMETROS 2011 2016 2021 2026 2031 2039
População Urbana hab 23.784 29.155 35.145 41.754 48.981 61.832
Índice de atendimento do SES % 100% 18% 27% 37% 43% 90%
População atendida hab 23.785 5.170 9.539 15.314 21.277 55.649
total de rede km 119 26 48 77 106 278
Quantidade diaria de veiculos limpa fossa veic/dia 5 6 7 8 9 10
Q domestico médio l/s 39,64 8,62 15,90 25,52 35,46 92,75
Infiltração l/s 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Q sanitário médio l/s 39,64 8,62 15,90 25,52 35,46 92,75
Q sanitário médio m³/dia 3.425,04 744,48 1.373,62 2.205,22 3.063,89 8.013,46
Q sanitário dia de maior consumo l/s 47,57 10,34 19,08 30,63 42,55 111,30
Q sanitario máximo l/s 71,36 15,51 28,62 45,94 63,83 166,95
Carga de DBO doméstica kg/dia 1.284,39 279,18 515,11 826,96 1.148,96 3.005,05
Carga de DBO limpa fossa kg/dia 80,00 96,00 112,00 128,00 144,00 160,00
Carga de DBO total kg/dia 1.364,39 375,18 627,11 954,96 1.292,96 3.165,05
Concentração média de DBO mg/l 398,36 503,95 456,54 433,04 422,00 394,97
Carga de DQO kg/dia 2.070,02 464,69 845,17 1.347,13 1.865,33 4.838,07
Carga de N-NTK KgN/dia 243,18 52,86 97,53 156,57 217,54 568,96
Concentração media de N-NKT mgN/l 71,00 71,00 71,00 71,00 71,00 71,00
Carga de Fósforo kgF/dia 34,25 7,44 13,74 22,05 30,64 80,13
Concentração media de fósforo total mgF/l 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00
Coliformes Fecais (estimado) NMP/100ml 5,00E+08 5,00E+08 5,00E+08 5,00E+08 5,00E+08 5,00E+08
Parâmetros do esgoto bruto

10.10 Vazões de Projeto

Para o tratamento preliminar e para o projeto das lagoas, considerou-se a vazão de


infiltração nos coletores.

Os valores da vazão adotados neste projeto seguem o recomendado pela literatura técnica
específica:

Qmin = C x P x q x k3 / 86.400
Qmed = C x P x q / 86.400
Qmáx = C x P x q x k1 x k2 / 86.400
Qinf = q1 x L
Onde:
Qmin= Vazão mínima de esgoto, em L/s;
Qmed= Vazão média de esgoto, em L/s;
Qmáx= Vazão máxima de esgoto, em L/s;

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Qinf= Vazão de infiltração, em L/s;

10.11 Medição de Vazão

Será utilizada uma calha “Parshall” para medição de vazão e regularização de nível, tanto na
caixa de areia como na grade. A calha a ser utilizada tem a largura da garganta de 6” (15,20
cm), que é indicada para vazões de 1,52 a 110,40 L/s, com escoamento livre.

10.12 Tratamento Preliminar

10.12.1 Desarenador ou Caixa de Areia

Serão utilizados 02 (um como reserva) desarenadores, tipo canal de velocidade constante,
controlado pela calha Parshall, com remoção manual de areia.

Os desarenadores foram dimensionados para remover partículas de areia com D = 0,2 mm e


γ = 2,65; com eficiência superior a 95%.

Com o objetivo de se manter uma velocidade, razoavelmente, “constante” para a vazão


afluente variável, foi utilizada uma calha Parshall precedida por um rebaixo Z = 0,10 m. A
vazão e a lâmina para o dimensionamento do desarenador são:

Os critérios adotados no dimensionamento foram:

Taxa de escoamento superficial ou velocidade de sedimentação = 0,020 m³/m².seg;


Velocidade longitudinal ≤ 0,30 m/s;
Fator de segurança = 1,50.

Com a utilização desses critérios, temos a seguinte fórmula de dimensionamento:

L = 22,5 x hmaxp

Sendo L o comprimento e B a largura do desarenador.

Comprimento do desarenador (L):

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L = 22,5 x hmaxp

Largura do desarenador (B):

B = Qmaxp / (hmax x 0,30)

Volume do depósito de areia:

Para o cálculo do volume de areia retido foi adotado a seguinte relação: 100L/1000 m³ de
esgoto.

10.12.2 Gradeamento

O sistema de gradeamento será composto de 2 (duas) grades em série com as seguintes


características:

 Grade Média:
 Tipo de grade: Manual, com barras inclinadas a 60°;
 Largura do canal: 0,50 m;
 Abertura da grade: 20 mm;
 Espessura das barras: 6 mm;
 Nº de aberturas: 19;
 Nº de barras: 20.

 Grade Grossa:
 Tipo de grade: Manual, com barras inclinadas a 60°;
 Largura do canal: 0,50 m;
 Abertura da grade: 50 mm;
 Espessura das barras: 6 mm;
 Nº de aberturas: 9;
 Nº de barras: 10.

Parâmetros de projeto para o dimensionamento do canal e das grades:

 Velocidade máxima na grade:


Vmaxg = 1,20 m/s;

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 Velocidade mínima no canal (a montante e a jusante das grades):


Vminc = 0,7528 x Q^0,0855 (Nuvolari, 2003)

 Perda de carga mínima nas grades: (NBR-12209)


ΔHg = 0,15 m

 Perda de carga nas grades parcialmente obstruídas: (NBR-12209)


ΔHg = 1,429 (Vg2 – Vm2)/2g

10.12.2.1 Dimensionamento da Grade Média

Eficiência (E):
E = a / (t + a)
E = eficiência
a = abertura das barras = 20 mm
t = espessura das barras = 6 mm

Área útil da grade (Au):


Au = Qmáxp / v
Adotou-se velocidade de escoamento na grade na ordem de 0,80 m/s. (grade limpa)

Área total (At):


At = Au/E

Largura do canal a jusante da grade (b):


b = At / hmáxp
hmaxp = Ha maxp – Z

Quantidade de barras (n):


n = (b + a) / (e + a)

Verificação do perfil hidráulico:

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Fórmulas utilizadas para o cálculo da altura da lâmina imediatamente a montante da grade


(hm):

hm + Vm2/2g = hc + Vc2/2g + ΔHg (equação de conservação de energia)


e
ΔHg =1,429 (Vg2 –Vm2)/2g (NBR-12209)

Sendo:
hm = lâmina de água a montante da grade;
Vm = velocidade a montante da grade;
hc = lâmina de água a jusante da grade;
Vc = velocidade a jusante da grade;
ΔHg = perda de carga na grade;
Vg = velocidade na passagem pela grade.

A norma NBR-12209 prescreve ainda que se deva considerar para dimensionamento da


altura do canal, a montante da grade, uma perda de carga na grade ΔHg ≥ 0,15 m:

10.12.2.2 Dimensionamento da Grade Grossa

Quantidade de barras (n):

n = (b + a) / (e + a)

Verificação do perfil hidráulico:

Fórmulas para cálculo da altura da lâmina imediatamente a montante da grade (hm):

hm + Vm2/2g = hc + Vc2/2g + ΔHg (equação de conservação de energia)


e
ΔHg =1,429 (Vg2 –Vm2)/2g (NBR-12209)

Sendo:
hm = lâmina de água a montante da grade;

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Vm = velocidade a montante da grade;


hc = lâmina de água a jusante da grade;
Vc = velocidade a jusante da grade;
ΔHg = perda de carga na grade;
Vg = velocidade na passagem pela grade.

A norma NBR-12209 prescreve ainda que se deva considerar para dimensionamento da


altura do canal, a montante da grade, uma perda de carga na grade ΔHg ≥ 0,15 m:

≥ 0,65 m
h max h max
=

Croquis do desarenador

1.1 Lagoas de Estabilização

Os cálculos foram feitos para uma vazão média de operação das lagoas de 93L/s, que
corresponde à vazão prevista para 2039, dividido em 3 séries de 31 l/s. Inicialmente as
lagoas irão operar com baixa vazão, devido à implantação da rede coletora em paralelo com
a operação da ETE, este fato acrescenta um grau elevado de segurança operacional, pois é
nesta fase que os operadores estão em treinamento, portanto minimiza-se o risco de dano
ambiental decorrente de erro operacional.

O sistema de tratamento a nível primário, secundário e terciário a ser implantado será


constituído de três lagoas de estabilização da matéria orgânica e polimento, sendo que a
primeira é a lagoa anaeróbia, a segunda é a lagoa facultativa e a terceira é a lagoa de
maturação. O afluente das lagoas é o esgoto bruto.

Considerando a população de 61.832 habitantes, uma carga per capita de matéria orgânica
de 54 g de DBO5/hab.dia e uma vazão média aproximada de 93 L/s, ou 8.013m³/dia, para o
esgoto afluente temos:

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 Carga de DBO5: 3.267kg/dia;


 Concentração média de DBO5: 375mg/L;
 Coliformes fecais: 3,74 x 105 NMP/100 mL

1.1.1 Lagoa Anaeróbia (Para início de plano não será construída)

Para o dimensionamento da lagoa anaeróbia (LA), foram usados os dados acima em


conjunto com os seguintes critérios:

 Taxa de Aplicação Volumétrica (TAV):


0,10 kg DBO5/m³.dia < TAV < 0,40 kg DBO5/m³.dia

 Tempo de detenção hidráulico (TDH):


Considerando que a temperatura média da lagoa no mês mais frio seja > 20ºC.
3 dias ≤ TDH ≤ 5 dias.

 Eficiência prevista (E) na remoção de carga orgânica somente na LA:


50% ≤ E ≤ 60%

 Profundidade útil da LA (H):


3,00 m ≤ H ≤ 4,00 m.

 Área superficial (As):


As ≤ 5,0 hectares.

 Relação comprimento / largura (X):


2≤X≤3

 Acúmulo de lodo:
0,02 m³ / hab.ano ≤ Acl. ≤ 0,10 m³ / hab.ano.

 Redução de organismos patogênicos:


Não foi prevista redução de coliformes fecais na LA.

1.1.2 Lagoa Facultativa

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A Lagoa Facultativa (LF) foi dimensionada segundo o método baseado na taxa de aplicação
superficial de carga orgânica e considerando o regime hidráulico em Fluxo Disperso.

Na realidade, o regime hidráulico em lagoa de estabilização não


segue exatamente os modelos ideais dos reatores de MISTURA
COMPLETA ou de FLUXO EM PISTÃO, mas sim um modelo
intermediário.

Os modelos e mistura completa e fluxo em pistão constituem um


envelope, entre o qual se situam todos os reatores na realidade.

O reator de MISTURA COMPLETA representa um extremo (dispersão


longitudinal infinita), enquanto o reator de FLUXO EM PISTÃO, que
representa o outro extremo (dispersão longitudinal nula). Dentro
destes extremos situam-se os reatores de FLUXO DISPERSO, que
compreendem todas as lagoas encontradas na pratica.

Por esta razão, é importante o conhecimento do modelo de FLUXO


DISPERSO, que pode ser utilizado como uma melhor aproximação
para o projeto de Lagoas de Estabilização. (VON SPERLING, 1996).

Para o dimensionamento da Lagoa Facultativa (LF), foram usados os dados referentes aos
efluentes da LA, em conjunto com os seguintes critérios:

 Taxa de Aplicação Superficial (TAS):


Considerando inverno quente e elevada insolação.
240 kg DBO5 / ha.dia ≤ TAS ≤ 350 kg DBO5 / ha.dia

 Tempo de Detenção Hidráulica (TDH):


15 dias ≤ TDH ≤ 45 dias

 Profundidade útil (H):


1,50 m ≤ H ≤ 3,00 m

 Área superficial (As):

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As ≤ 15 hectares

 Cinética de degradação da matéria orgânica, considerando FLUXO DISPERSO:


Se = S0 . 4.a.e(1/2d)
[(1+a)2 . e(a/2d)] – [(1-a)2 . e(-a/2d)]

Sendo:
S0 = Concentração média DBO afluente da lagoa facultativa (kg DBO5/m³);

Se = Concentração média DBO efluente da lagoa facultativa (kg DBO5/m³);

a = (1+4.k.t.d)0,5

k = coeficiente de remoção de DBO, entre 0,10 e 0,20;

d = X / (-0,261 + 0,254.X + 1,014 . X2) (segundo Yanez – 1993)

X = L/B

 Cinética de decaimento bacteriano, considerando FLUXO DISPERSO:

NCFe = NCFa . 4.a.e(1/2d)


[(1+a)2 . e(a/2d)] – [(1-a)2 . e(-a/2d)]
Sendo:
NCFa = Concentração média de Coliformes Fecais afluente da lagoa facultativa
(NMP/100 ml);

NCFe = Concentração média de Coliformes Fecais efluente da lagoa facultativa


(NMP/100 ml);

a = (1+4.kb.t.d)0,5

kb = coeficiente de decaimento bacteriano: Kb = 0,542 . H-1,259


(entre 0,20 e 0,40)

d = X / (-0,261 + 0,254.X + 1,014 . X2) (segundo Yanez – 1993)

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X = L/B

Cabe ressaltar que a memória de calculo apresentada acima é referente a apenas uma Lagoa
Facultativa, já que o sistema de tratamento foi dividido em três, a fim de aperfeiçoar o
tratamento e a operação/manutenção e viabilizar financeiramente a implantação do
sistema.

1.1.3 Lagoa de Maturação

O tratamento terciário, para remoção de coliformes fecais e ainda de polimento na redução


da matéria orgânica será obtido na lagoa de maturação para tornar o regime hidráulico
próximo a fluxo de pistão, considerando para efeito de dimensionamento da lagoa, Fluxo
Disperso.

Para efeito de dimensionamento do sistema de tratamento, não foi considerada a eficiência


da Lagoa de Maturação (LM) na redução da carga orgânica, foi considerado somente na
remoção de coliformes fecais tendo como limite máximo a concentração de 1000 NMP/100
ml no seu efluente. Para tanto foi considerado que a quantidade de coliformes fecais
afluente à lagoa de maturação a mesma do efluente da lagoa facultativa.

Para o dimensionamento da Lagoa de Maturação (LM), foram usados os dados referentes


aos efluentes da LF, em conjunto com os seguintes critérios:

 Tempo de Detenção Hidráulica (TDH):


TDH ≥ 3 dias

 Profundidade útil (H):


0,80 m ≤ H ≤ 1,50 m

 Cinética de decaimento bacteriano, considerando FLUXO DISPERSO:

NCFe = NCFa . 4.a.e(1/2d)


[(1+a)2 . e(a/2d)] – [(1-a)2 . e(-a/2d)]

Sendo:

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NCFa = Concentração média de Coliformes Fecais afluente da Lagoa de Maturação


(NMP/100 ml);
NCFe = Concentração média de Coliformes Fecais efluente da Lagoa de Maturação
(NMP/100 ml);
a = (1+4.kb.t.d)0,5
kb = coeficiente de decaimento bacteriano: Kb = 0,542 . H-1,259
(entre 0,30 e 0,80)
d = X / (-0,261 + 0,254.X + 1,014 . X2) (segundo Yanez – 1993)
X = L/B

1.1.4 Aspectos Construtivos das Lagoas

No projeto do sistema de tratamento de esgotos domésticos por lagoas, Anaeróbia seguida


de duas Facultativas foram observados aspectos construtivos nos diques:

a) Altura livre entre o NAMax e o coroamento “free board”:


FB ≥ 0,50 m.

b) Largura do Coroamento (LC):


2,00 m ≤ LC ≤ 4,00m.

c) Taludes Internos:
Terrenos argilosos, maior que 1:2 (V:H);
Terrenos arenosos, entre 1:3 e 1:6 (V:H).

d) Taludes Externos:
Terrenos argilosos, maior que 1:2,5 (V:H);
Terrenos arenosos, entre 1:5 e 1:8 (V:H).

2. RECOMENDAÇÕES

Segundo o Prof. Marcos Von Sperling:

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A simplicidade conceitual das lagoas de estabilização traz como


conseqüência a própria simplicidade dos procedimentos de operação
e manutenção.

As lagoas são inerentemente simples, e devem ser projetadas para


que assim o sejam ao longo da sua rotina operacional. É neste ponto
que reside a grande sustentabilidade do tratamento de esgotos por
lagoas de estabilização, principalmente para as nossas condições de
país em desenvolvimento.

No entanto, a simplicidade operacional não deve ser um meio


caminho para o descaso com a estação e com o processo.

Há uma série de procedimentos de operação e manutenção que


devem ser executados dentro de uma determinada rotina, sem a qual
ocorrerão problemas ambientais e de redução na eficiência de
tratamento.

2.1 Início de Operação

O carregamento inicial das lagoas pode ser efetuado utilizando-se o procedimento descrito a
seguir (CETESB, 1989). O carregamento deve ser preferencialmente no verão, quando há
temperaturas mais elevadas:

LAGOA ANAERÓBIA:

 Fazer uma mistura esgoto/água (diluição com uma relação igual ou superior a 1/5);
 Encher a lagoa com uma lâmina em torno de 0,40m;
 Aguardar alguns dias, até que se verifique, visualmente, o aparecimento de algas;
 Nos dias subseqüentes, adicionar mais esgotos, ou mistura esgoto/água, até ocorrer
uma floração de algas;
 Interromper a alimentação por um período de 7 a 14 dias;
 Encher a lagoa com esgotos até o nível de operação;
 Interromper a alimentação;

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 Aguardar o estabelecimento de uma população de algas (em torno de 7 a 14 dias);


 Alimentar normalmente a lagoa com esgotos;
 Manter o pH do meio levemente alcalino (7,2 a 7,5)

LAGOAS FACULTATIVA E DE MATURAÇÃO:

 Iniciar o enchimento das lagoas quando a lâmina d’água na lagoa primaria atingir um
nível mínimo de 1,00 metro;
 Fechar os dispositivos de saída das lagoas;
 A adição de água nas lagoas deve ser feita até se ter uma lâmina de 1,00 metro;
 Quando a Lagoa Anaeróbia atingir o nível de operação, o seu efluente pode ser
dirigido para a lagoa subseqüente, tomando-se as seguintes precauções:
o Retirar os stop-logs (ou abrir registros) lentamente, impedindo que a lâmina
d’água da unidade precedente caia abaixo de 1,00 metro;
o Não efetuar operações de descarga de fundo da lagoa anaeróbia;
o Equalizar as lâminas em todas as lagoas de forma lenta;
o Evitar a situação em que uma lagoa esteja totalmente cheia, enquanto a
unidade subseqüente está vazia.
2.2 Programa de Medições e Amostragem

A programação de amostragem e medições deve seguir no mínimo o modelo apresentado


(CETESB, 1989) no quadro a seguir:

Programa de medições e amostragem


Freqüência Parâmetro Esgoto Lagoa Lagoa Lagoa de Efluente
bruto Anaeróbia Facultativa Maturação
Vazão Afluente (m³/dia) X X
Altura da lâmina d’água (m) X X X
Temperatura do ar (ºC) X
Temperatura do líquido (ºC) X X X X X
Diária Penetração da luz (m) X X
pH X X X X X
Sólidos sedimentáveis (mL/L) X X
Oxigênio dissolvido (mg/L) X X
DBO total (mg/L) X X
DBO solúvel (mg/L) X
DQO total (mg/L) X X
Semanal DQO solúvel (mg/L) X
Nº coliformes (NMO/100mL) X

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Freqüência Parâmetro Esgoto Lagoa Lagoa Lagoa de Efluente


bruto Anaeróbia Facultativa Maturação
Sólidos em suspensão totais X X
(mg/L)
Sólidos em suspensão voláteis X X
(mg/L)
Nitrogênio orgânico (mg/L) X X
Nitrogênio amoniacal (mg/L) X X
Nitratos (mg/L) X
Fósforo (mg/L) X X
Mensal Sulfatos (mg/L) X
Sulfetos (mg/L) X
Alcalinidade (mg/L) X X
Óleos e graxas X X
Fonte:Adaptado da CETESB, (1989)

11. EMISSÁRIO DE ESGOTO TRATADO

11.1 Apresentação

O presente trabalho visa apresentar soluções técnicas e econômicas para implantação do


emissário de esgoto tratado.

O emissário em questão está previstos para atender toda a população do município de


Sidrolândia.
11.2 Descrição da Área de Projeto

O emissário final, de esgoto tratado, transcorrerá por um corredor pertencente à SANESUL


até o Córrego Vacaria.

11.3 Traçado do Emissário

Inicialmente foram feitas visitas no local, objetivando buscar um traçado preliminar


satisfatório.

11.4 Identificação das Interferências

Ao longo do traçado deste emissário não foi identificado nenhum tipo de interferência.

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11.5 Descarga do Emissário

O emissário de esgoto tratado fará a descarga no Córrego Vacaria.

11.6 Memorial de Cálculo

11.6.1 Critérios e Parâmetros

Os emissários foram dimensionados de acordo com os critérios recomendados pela NBR -


12.207 da ABNT - “Projetos de Interceptores de Esgoto Sanitário”. Várias outras Normas,
publicações e literaturas referentes ao assunto também foram observadas.

11.6.2 Tensão Trativa/Declividade/Materiais

Em razão do custo-benefício destas tubulações, considerou-se nos projetos PVC Vinilfort.

Os coeficientes de rugosidade considerados nos cálculos “n” da fórmula de Manning são os


recomendados pela NBR 9649/86.

11.6.3 Declividade Mínima Construtiva

Representa o valor mínimo de declividade que um trecho pode ser executado com precisão
pelos métodos construtivos usuais, adotou-se 0,0030 m/m.

11.7 Dimensionamento Hidráulico

Para o cálculo do emissário, optamos pelo uso do software CEsg – Cálculo de Rede de
Esgotos, desenvolvidos pelo FCTH - Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica de São Paulo.

O simulador considera os critérios, parâmetros e recomendações específicas citados neste


projeto, permitindo editar os parâmetros em função das peculiaridades de cada projeto.

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As demais considerações referentes aos resultados dos cálculos apresentados neste item
foram fixadas no item anterior.

O quadro a seguir ilustra as principais características do emissário projetado.


DN Extensão (km) Material
450 0,6 PEAD
Resumo do descritivo técnico

11.8 PLANILHAS DE CÁLCULO

A planilha de dimensionamento hidráulico do Emissário de Esgoto Tratado pode ser visto nos
ANEXOS.

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12. RESUMO DO PROJETO

12.1 REDE COLETORA E LIGAÇÕES

 21,9 Km de rede coletora (Final de plano);


 650 ligações (Final de plano);

12.2 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA E LINHA DE RECALQUE

 Estação Elevatória “F” (início de Plano)


o Vazão (Q) = 10 L/s;
o Altura manométrica total (HMT) = 10 m;
o Linha de Recalque:
 Comprimento (L) = 43 m;
 Diâmetro nominal (DN) = 150 mm

12.3 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO

 Vazão média de projeto (Q) = 31 L/s (início de plano);


 Vazão média de projeto (Q) = 93 L/s (final de plano);
 Configurações do tratamento por lagoas:
o 1 Lagoa Facultativa + 1 Lagoa de maturação (início de plano + -~ 10 anos = 31
L/s);
o 2 Lagoas Facultativas + 2 Lagoas de maturação (intermediário = 62 L/s);
o 3 Lagoas Facultativas + 3 Lagoas de maturação (final de plano = 93 L/s);

12.3.1 EMISSÁRIO FINAL

 Comprimento (L) = 0,6 Km


 Material = Polietileno de alta densidade (PEAD);
 Diâmetro Nominal (DN) = 450 mm;

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13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. PREFEITURA MUNICIPAL DE SIDROLÂNDIA. Disponível em:


<HTTP://www.sidrolandia.ms.gov.br>. Data: 20 mai. 2012
2. IBGE CIDADES@. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em:
<http://www.ibge.com.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Data: 20 mai. 2012
3. Departamento de Informática do Sistema de Saúde do Sistema Único de Saúde –
DATASUS. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php>. Data:
20 mai. 2012
4. Sistema de Informações Integradas Gerenciais – SiiG. Empresa de Saneamento de
Mato Grosso S.A., 2011.
5. BRASIL. Diretoria de Serviço Geográfico – Exército do Brasil. Carta Topográfica SF-21-
X-B-V, [SIDROLÂNDIA] 1972. 1 mapa: 60x75 cm. Escala: 1:100.000.
6. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9648: Estudo de concepção de
sistemas de esgoto sanitário. Rio de Janeiro, 1986, 5 p.
7. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9814: Execução de rede coletora de
esgoto. Rio de Janeiro, 1987, 19 p.
8. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9649: Projeto de redes coletoras de
esgoto sanitário. Rio de Janeiro, 1986, 7 p.
9. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14486: Sistemas enterrados para
condução
10. de esgoto sanitário - Projeto de redes coletoras com tubos de PVC. Rio de Janeiro,
2000, 19 p.
11. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12207: Projeto de interceptores de
esgoto sanitário. Rio de Janeiro, 1992, 3 p.
12. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12208: Projeto de estações
elevatórias de esgoto sanitário. Rio de Janeiro, 1992, 5 p.

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EMPRESA DE EMPRESA DE SANEAMENTO DE MATO GROSSO DO SUL S.A.
DIRETORIA DE ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE
GERÊNCIA DE PROJETOS
PROJETOS DE ESGOTO

13. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12209: Projeto de estações de


tratamento de esgoto sanitário. Rio de Janeiro, 1992, 12 p.
14. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12266:
15. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12209: Projeto de estações de
tratamento de esgoto sanitário. Rio de Janeiro, 1992, 12 p. Rio de Janeiro, 1992, 17
p.
16. Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica. CEsg, versão 1.1, 2001.
17. BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº 3.214, de 08 de agosto de 1978.
18. BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº 17, de 07 de julho de 1983.
19. PORTO, R.M. Hidráulica Básica, 2 ed., São Carlos: EESC-USP, 1999.
20. VON SPERLING, M. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias – Volume
1: Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 240 p. Belo
Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental - UFMG, 1995.
21. VON SPERLING, M. Lagoas de Estabilização – Volume 1, 2 e 3. Belo Horizonte:
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental - UFMG, 2006.
22. NUVOLARI, A. (Coord.). et al. Esgoto Sanitário – Coleta, Transporte, Tratamento e
Reúso Agrícola. 2ª ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2003.
23. Guia de Coleta e Amostragem de efluente líquidos. São Paulo: CETESB, 1989.

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DIRETORIA DE ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE
GERÊNCIA DE PROJETOS
PROJETOS DE ESGOTO

CAPITULO III – ANEXOS

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DIRETORIA DE ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE
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DIMENSIONAMENTO DA REDE COLETORA

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DIRETORIA DE ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE
GERÊNCIA DE PROJETOS
PROJETOS DE ESGOTO

MEMÓRIA DE CÁLCULO DA REDE COLETORA

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DIMENSIONAMENTO DA EEEB FINAL
CURVAS DO CONJUNTO MOTO BOMBA
DIMENSIONAMENTO DA ETE
MEMÓRIA DE CÁLCULO DA ETE
ARTs - PROJETO
PROJETOS

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