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ALIMENTAÇÃO ANIMAL
Artigos
Prof. Édison José Fassani (UNIFENAS)
Jerônimo Ávito Gonçalves de Brito (Mestrando em Zootecnia/UFLA)
Lavras - MG
Março/2004
Índice
INTRODUÇÃO
CLASSIFICAÇÃO E PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS ARGILAS
PRINCIPAIS USOS DAS ARGILAS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL
1. ARGILAS COMO ADSORVENTES
2. ARGILAS ABSORVENDO ÁGUA E AMÔNIO DAS EXCRETAS
3. ARGILAS MELHORANDO A DIGESTIBILIDADE DOS NUTRIENTES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
A maioria das argilas apresenta somente cargas negativas, ou seja alta CTC e
desse modo são classificadas como polares sendo que as principais são:
montmorilonitas, esmectitas, bentonitas e zeolitas. Da mesma forma, poucas
argilas têm cargas positivas e negativas, classificadas como bipolares, entre
elas as mais comuns são as cauliníticas, ilitas e cloritas. Por apresentar mesmo
número de cargas positivas e negativas, as cauliníticas são consideradas
isoelétricas (Butolo, 2002).
• Superfície específica
• pH
• Absorção/adsorção
Essa função específica é bem vista por avicultores que produzem ovos, pois,
melhorar a consistência das excretas, diminuindo sua umidade, faz parte do
manejo para impedir ou controlar a proliferação de moscas, pois em granjas
onde os dejetos das aves estejam muito líquidos, ocorrerá com muita facilidade
a proliferação das moscas, além de acelerar a volatilização de amônia para o
ambiente o que pode acarretar uma série de problemas sanitários, que
acometerão o desempenho das poedeiras, considerando principalmente o
verão e poedeiras em primeiro ciclo de postura, abrindo parêntese também
para a coturnicultura que está em ampla expansão no Brasil e em particular,
produzem excretas com maior teor de nitrogênio em relação a galinhas,
estando o ambiente dessa forma mais propício à contaminação. Não podemos
esquecer que a amônia é responsável por prejuízos à avicultura de corte,
principalmente no sul do país onde existem muitas criações que utilizam
galpões fechados (semi climatizados), para evitar temperaturas muito baixas no
inverno.
Ao trabalhar com suínos, Tracker et al., (1989) citado por Castaing (1998),
observaram aumento na energia digestível da ração quando há associação da
bentonita sódica com enzimas (beta-glucanases) em dietas contendo trigo.
Porém efeitos isolados dos produtos (argila e enzimas) não foram observados.
Um amplo estudo conduzido por Southern et al., (1994) verificaram os efeitos
da adição ou não de bentonita sódica (0,5%), alumíniosilicatos de sódio e
cálcio hidratados (HSCA 0,5%) em arranjo fatorial (3X4) com um tratamento
controle e com dietas deficientes (em macrominerais, vitaminas e proteína
bruta) de frangos de corte de 5 a 19 dias de idade. As dietas deficientes em
macrominerais e vitaminas reduziram o ganho de peso o consumo de ração e
pioraram a conversão alimentar, ao passo que, a dieta deficiente em proteína
bruta afetou negativamente o ganho e a conversão, porém, não afetou o
consumo de ração. A bentonita sódica aumentou o consumo de ração de todas
dietas e dessa forma aumentou o ganho de peso. O HSCA não afetou o
desempenho das aves. Nenhuma das argilas afetou o ter de cinzas, e a % de
cálcio e fósforo da tíbia. Os autores concluíram que a bentonita sódica e HSCA
não afetaram negativamente o desempenho nem a concentração de minerais
na tíbia de frangos de corte na fase de crescimento alimentados com dietas
nutricionalmente deficientes. A utilização de bentonita em rações de poedeiras
comerciais vermelhas foi estudada por Inal et al., (2000) que avaliou a adição
desta argila em quatro níveis (0; 1,5; 2,5;e 3,5%). Os resultados permitiram que
os autores concluíssem que a inclusão da bentonita em rações de poedeiras
não afetou a produção de ovos, o peso médio dos ovos, a gravidade específica
dos ovos e a eficiência alimentar. Por outro lado os níveis 1,5 e 2,5% de
bentonita diminuíram a taxa de perdas de ovos de forma generalizada ficando
bastante evidenciada no segundo período experimental (30 a 60 dias). Os
autores também afirmam que a bentonita pode ser usada em rações de
poedeiras em até 2,5% sem que se verifiquem efeitos negativos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA