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O que é petróleo:

Composto por uma mistura complexa de inúmeros compostos orgânicos,


predominando hidrocarbonetos saturados e aromáticos, o petróleo é originado
da decomposição de matéria orgânica, como plânctons e pequenos
organismos que vivem na superfície de águas de mares, lagos e rios. Devido
ao acúmulo dos restos da decomposição desses organismos ao longo de
milhares de anos, esses depósitos ficam acumulados em ambientes sem
oxigênio, com temperatura elevada e sendo pressionados pela crosta terrestre,
sofrendo diversas modificações e reações químicas até darem origem ao que
corresponde à substância que chamamos de petróleo.

Outros compostos, contendo, além de carbono e hidrogênio, também


são encontrados no petróleo. Esses elementos são chamados heteroatômicos
e contêm um ou mais átomos de nitrogênio, enxofre e oxigênio, formando os
compostos NOS e podendo ser encontrados sob a forma gasosa, líquida,
sólida, em poros e fraturas, em geral de rochas sedimentares.

Na antiguidade, os egípcios utilizavam o petróleo como um dos


elementos para o embalsamamento de seus mortos, além de empregarem o
betume na união dos gigantescos blocos de rochas das pirâmides. Geralmente,
o petróleo aproveitado pelas civilizações antigas era aquele que aflorava à
superfície do solo, uma das peculiaridades da substância; a migração, ou seja,
se ela não encontrar formações rochosas que o prendam, sua movimentação
no subsolo será constante aumentando a possibilidade de aparecer à
superfície.

A partir do petróleo podem-se obter derivados, que surgem a partir do


processo de refino. Nesse processo, ele passa por diversos processos
químicos em que seus componentes são separados até atender as
especificações do subproduto desejado. Dentre os principais elementos que
podem ser obtidos a partir do petróleo, podemos citar:

 Gás de petróleo: usado para aquecimento e em indústrias;

 Gás liquefeito de petróleo: usado como gás de cozinha;


 Nafta: matéria-prima para a indústria petroquímica e também
transformada em gasolina;

 Gasolina: utilizada como combustível;

 Querosene: usada como combustível para aviões;

 Óleo diesel: usado em veículos de grande porte;

 Óleo combustível: utilizado como fonte de calor na indústria

 Resíduos (produtos utilizados para fabricar outros produtos como


(asfalto, ceras e etc)

A classificação quanto aos subprodutos gerados do petróleo pelo DNPM


é:

Formação do petróleo:

Existem duas teorias sobre a formação do petróleo. Segundo a primeira,


o petróleo teria se formado a partir de carburetos (de alumínio, cálcio e outros
elementos) que decompostos por ação da água, deram origem a
hidrocarbonetos com metanos, alcenos e outros elementos, os quais, sob
pressão, teriam sofrido polimerização e condensação a fim de dar origem ao
petróleo.
Porém, contra essa concepção, levantou-se a teoria orgânica, na qual há
presença no petróleo de compostos nitrogenados, clorofilados, de hormônios,
etc. e pressupõe a participação de matéria orgânica de origem animal e
vegetal.

Em geral, a maioria dos pesquisadores modernos tende a reconhecer


como válida apenas a teoria orgânica, na qual destacam o papel representado
pelos microorganismos animais e vegetais que sob a ação de bactérias, que
formariam uma pasta orgânica no fundo dos mares. Misturada à argila e à
areia, essa pasta constituiria os sedimentos marinhos que, cobertos por novas
e sucessivas camadas de lama e areia, se transformariam em rochas
consolidadas, nas quais o gás e o petróleo seriam gerados e acumulados,
transformando-se em massas homogêneas viscosas de coloração negra.

Jazidas

O petróleo é uma fonte de energia não renovável, ou seja, significa que


é uma fonte limitada e eventualmente irá se esgotar na natureza, demorando
milhões de anos para se formar novamente. Por este motivo, sua extração é
frequentemente alvo de discussões políticas, econômicas e polêmicas ao redor
do mundo, além de gerar conflitos entre países produtores.
Uma jazida de petróleo assemelha-se muito mais a uma esponja
encharcada, do que a uma caverna com líquido, por conta do aspecto da
substância, sendo comum haver água salgada, pois podem ser encontradas no
fundo do mar; acima dela o petróleo e acima do petróleo, gás natural. Estas
estruturas também são formadas por rochas de barreira, que impedem a
chegada do petróleo na superfície.

. E é justamente nestes poços submarinos que vem a maior parte da


produção brasileira desse combustível fóssil.

Produção e comércio:

Desde a antiguidade as sociedades existentes utilizavam o petróleo para


vários fins, mas somente em meados do século XIX, nasceu a indústria
petrolífera. Nesse período, foi criado o processo de refino do petróleo na
Escócia e o Azerbaijão era o maior produtor do combustível no mundo, tendo
uma produção mundial de 50%.

Nas Américas, o petróleo foi encontrado primeiramente no Canadá.


Durante o ano de 1859, foi iniciada a produção nos Estados Unidos. Ela se deu
através de um poço de 21 metros, que foi perfurado na Pensilvânia. Na mesma
época, alguns poços começaram a ser explorados na Europa.

Até meados do século XX, os Estados Unidos eram os maiores


produtores do combustível do Mundo, sendo ultrapassado pela Rússia e Arábia
Saudita após os anos 70. Os três países continuam como líderes da produção
mundial de petróleo, alternando suas posições no ranking a cada ano.
Durante os anos 1920 os transportes terrestres, marítimos e aéreos
passaram a consumir quantidades cada vez maiores do novo combustível. Em
1930 surgiu a indústria petroquímica tendo como base o petróleo, para produzir
numerosos equipamentos, objetos, produtos, etc, fazendo com que em 1938,
30% da energia consumida no mundo viesse do petróleo.

No Brasil, foi encontrado petróleo em 1939 em Salvador, garantindo a


criação do Conselho Nacional do Petróleo (CNP), durante o governo Getúlio
Vargas, para regulamentar a indústria e o mercado petrolífero no Brasil. Porém
somente após a Segunda Guerra Mundial que se iniciou uma ampla discussão
no país sobre a nacionalização da produção do combustível, movimento que
fez com que em 1953, fosse criada a Petrobrás, instituindo o monopólio estatal
da exploração de petróleo no Brasil. Em 2006, foi anunciada a descoberta do
pré-sal brasileiro, e sua exploração se deu a partir de 2010.

Entre os anos de 1973 e 1978, vários problemas foram surgindo para os


países consumidores de petróleo, entre eles o racionamento de combustíveis e
o desemprego além de uma reconsideração da política internacional em
relação a esse produto. Com isso, foram intensificados os trabalhos de
exploração de novos campos petrolíferos e, também, o desenvolvimento de
programas alternativos e mais sustentáveis para a geração de energia.

Atualmente a produção brasileira de petróleo satisfaz metade do que é


consumido, a outra metade é importada, principalmente, dos países árabes,
como o fazem os demais países industrializados. Em 2022, a produção de
petróleo e gás natural em agosto atingiu 3,967 milhões de barris de óleo
equivalente por dia. Desse total, foram 3,087 milhões de barris diários de
petróleo e 139,96 milhões de metros cúbicos diários de gás natural.

Exploração:

O ponto de partida na busca do petróleo é a exploração, que realiza os


estudos preliminares para a localização de uma jazida. Nesta fase é necessário
analisar muito bem o solo e o subsolo, mediante aplicações de conhecimentos
de Geologia e de Geofísica, entre outros.
A geologia realiza estudos na superfície que permitem um exame
detalhado das camadas de rochas onde possa haver acumulação de petróleo.
Quando as fontes de estudos e pesquisas de Geologia se esgotam, iniciam-se,
então, as explorações Geofísicas no subsolo, que faz uma radiografia do
subsolo.

Impactos Ambientais:

A utilização do petróleo traz grandes riscos para o meio ambiente desde


o processo de extração, transporte, refino, até o consumo, com a produção de
gases que poluem a atmosfera. Um dos maiores impactos ambientais da
atividade petrolífera é o vazamento de petróleo, que pode provocar sérios
danos ao meio ambiente como, por exemplo, a morte em larga escala de
peixes, aves marinhas e outras espécies de animais marinhos.

No Brasil, um dos piores acidentes relacionado a derramamento de


petróleo ocorreu em 2019, tendo 1.009 locais atingidos em 130 municípios em
11 estados em uma área total superior a 4 mil quilômetros. O material que
atingiu a costa estava extremamente temperizado, ou seja, condensado e
fragmentado, mudando suas características originais e gerando grandes
estragos no meio marinho. Outros acidentes graves ocorridos no Brasil foram
em oleodutos da Petrobras, na Baía de Guanabara e no Paraná.

As marcas deixadas por esses acidentes podem durar em média vinte


anos ou mais, sendo uma recuperação longa e difícil, mesmo com ajuda
humana. O contato com o petróleo cru
principalmente em plantas e animais
causa efeitos gravíssimos. O óleo
recobre as penas e o pelo dos animais,
sufoca os peixes, mata o plâncton e os
pequenos crustáceos, algas e plantas
na orla marítima. Nos mangues, o
petróleo mata as plantas ao recobrir
suas raízes, impedindo sua nutrição.
Porém, se engana quem
acredita que os derramamentos são a
única fonte de riscos e impactos
negativos advindos da exploração e
produção de petróleo no mar. Após 45
dias, um poço perfurado já representa
uma fase de impactos agudos sobre a
fauna e flora. São descartados fluidos
de perfuração, cascalhos saturados de diferentes substâncias e compostos
tóxicos, incluindo metais pesados como mercúrio, cádmio, zinco e cobre.

Destes resíduos mais de 50% são perigosos (Classe I), ou seja,


possuem alguma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade ou patogenicidade. Na fase do refino, existe o problema
do descarte de efluentes líquidos, a emissão de gases e vapores tóxicos para a
atmosfera, além dos resíduos sólidos, normalmente armazenados em aterros
industriais.

Após os vários desastres ambientais relacionados ao petróleo, assim


como, outros efeitos da sua extração e utilização diária principalmente de seus
derivados como a gasolina, que geram liberação de gases na atmosfera como
o CO2 causando o aumento do efeito estufa e as ilhas de calor, providências
começaram a serem tomadas. A procura de fontes alternativas de energia, ou
seja, a utilização de outras matérias-primas, produtoras de energia, que não o
petróleo, aumentou exponencialmente.

No Brasil, vários programas nesse sentido foram desenvolvidos de modo


a se reduzir a dependência externa para o abastecimento de energia. Hoje, o
país conta com, além da expansão da energia elétrica, com a exploração e
produção do xisto (rocha da qual se produz óleo e gás), o aproveitamento de
vegetais (dos quais a cana-de-açúcar, que produz álcool é a mais importante),
a energia solar, nuclear e dos ventos.

 Alguns dos maiores vazamentos de petróleo são:


 Guerra do Golfo, Kuwait, Golfo Pérsico
 Ixtoc I, Campeche, Golfo do México
 Bacia do Rio Iguaçu
 Golfo do México
 Poço de petróleo Fergana Valley, Uzbequistão

Maiores produtores e consumidores do mundo:

Atualmente, segundo o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), o


Brasil é o 9º maior produtor de petróleo no mundo, mantendo-se na mesma
posição de 2020. Estados Unidos, China, Rússia e Canadá foram responsáveis
por quase metade da produção mundial total.

Já as maiores reservas de petróleo (mais de 50%), estão nos países


banhados pelo golfo Pérsico, sendo segundo dados da Agência de Inteligência
dos Estados Unidos (CIA), os países com as maiores reservas mundiais são:

1. Venezuela – 300,878 milhões de barris;

2. Arábia Saudita – 266.455 milhões de barris;

3. Canadá – 169.709 milhões de barris;


4. Irã – 158.400 milhões de barris;

5. Iraque – 142.503 milhões de barris;

6. Kuwait – 101.500 milhões de barris;

7. Emirados Árabes Unidos – 97.800 milhões de barris;

8. Rússia – 80.000 milhões de barris;

9. Líbia – 48.363 milhões de barris;

10. Estados Unidos – 39.230 milhões de barris

O Brasil se encontra na 15º posição, com 12,7 bilhões de barris.

Conflitos mundiais: guerra Rússia × Ucrânia

Ao longo da história mundial, diversos conflitos foram impulsionados


pela disputa por petróleo ao redor do mundo, entre eles a Segunda Guerra
Mundial. Atualmente um dos conflitos que, por mais que não tenha como base
a disputa pelo petróleo, influencia drasticamente no mercado petroleiro é a
guerra entre Ucrânia e Rússia, um dos maiores produtores de petróleo do
mundo.

Após o início da guerra em março de 2022, a Rússia sofreu fortes


sanções de outros países fortes economicamente, o que fez os preços dos
barris de petróleo subirem drasticamente, impactando diversos países ao redor
do mundo. Por o petróleo ser uma commodity, o preço está atrelado às leis
globais de oferta e demanda. Dessa maneira, ações que prejudiquem a oferta
enquanto existe uma forte demanda ou, até mesmo, a própria demanda
cotidiana, podem fazer com que os preços aumentem.

Especialistas no mercado de petróleo apontam que as sanções


anunciadas contra a Rússia criaram uma aversão que afetou a logística e a
compra do petróleo do país. Dessa forma, as refinarias se recusam a comprar
o produto, enquanto os bancos se recusam a financiar embarques de
commodities. O risco de ataques a embarcações e tripulações que navegam
pelo Mar Negro também acaba afastando a possibilidade de negócio.

Desta forma, em menos de um mês após o início da guerra o preço do


barril de petróleo fechou aos US$ 110 no mercado britânico, depois de
chegar a encostar nos US$ 120. Este patamar não era registrado desde
2014, durante a re-anexação da Criméia à Rússia, e foi retomado a partir
da invasão russa à Ucrânia.

Uma das consequências desse aumento é a máxima nos preços da


gasolina, um fator de extrema importância na Brasil que chegou a bater quase
oito reais por litro do combustível. Sendo assim, enquanto a guerra continuar
as sanções também irão, garantindo uma grande instabilidade no mercado
petroleiro.

Conclusão:

A partir do trabalho apresentado pode concluir-se que o petróleo é de


suma importância para a humanidade, uma vez que tem um papel
importantíssimo para a economia e mobilização mundial, estando presente no
nosso cotidiano das mais diversas formas. Historicamente ele fez e faz parte do
desenvolvimento das sociedades, auxiliando e contribuindo de diversas formas
para o avanço social e científico mundial. Desta forma, deve-se pesquisar e
gerenciar constantemente o uso da substância, uma vez que sua fonte é finita
e pode causar danos ao meio ambiente.
Introdução:

O petróleo é um combustível fóssil composto principalmente por


hidrocarbonetos e que é uma das principais fontes de energia utilizada no
mundo, pois, através do seu processo de refinamento ele dá origem a vários
derivados que são importantes e úteis em diversas áreas do nosso cotidiano
como plástico, óleo lubrificante, borrachas sintéticas, tintas, solventes,
maquiagens e cosméticos.

Desta forma, abordaremos neste trabalho informações importantes a


cerca da obtenção e do uso do petróleo, desde sua origem ao seu papel na
sociedade atual.
BIBLIOGRAFIA:

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