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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE DE GEOLOGIA
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA REGIONAL E GEOTECTÔNICA
MAPEAMENTO GEOLÓGICO I

APÊNDICE 1

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL

O relatório final do MG1 é o documento a ser avaliado pelos professores e será armazenado pelo

DGRG para futuras consultas. Pode ser confeccionado no formato impresso em papel tamanho

A4 (1 cópia) e em arquivo digital formato PDF.

No formato impresso, o relatório deve ser encadernado em espiral. O texto deve ser formatado

com fonte Arial, tamanho 11, em espaço duplo para permitir inserirmos comentários nas

entrelinhas, com exceção ao item “Referências bibliográficas”, que devem estar com espaçamento

simples. Este presente documento pode servir de modelo (template).

A estrutura deste relatório deve conter, na ordem:

• capa

• dedicatória (opcional)

• agradecimentos

• índice de texto e anexos

• texto (incluindo ilustrações, fotos, estereogramas etc.)

• anexos.

A seguir são apresentados modelos de partes do relatório que servem de guia para a elaboração

do volume de texto e anexos. Em vermelho são indicações que devem ser excluídas ou mantidas

com a devida identificação (estas na cor preta).

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MODELO DE CAPA

RELATÓRIO DE MAPEAMENTO GEOLÓGICO I

ÁREA: (localidade e município em que se realizou o mapeamento, UF)

GRUPO XXX:

Nome do aluno 1

Nome do aluno 2

Nome do aluno 3

ORIENTADORES:

Prof. 1

Prof. 2

Prof..3

Prof. 4

MÊS/ANO (de conclusão do relatório)

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MODELO DE ÍNDICE (E DE ESTRUTURA DO RELATÓRIO)

ÍNDICE

Pag.

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1

1.1- Objetivos ........................................................................................................................... n

1.2- Localização da área e acesso .......................................................................................... n

1.3- Metodologia ........................................................................................................................ n

1.4- Aspectos fisiográficos e de ocupação humana da área ..................................................... n

2. GEOLOGIA REGIONAL ....................................................................................................... n

2.1- Contexto geotectônico ........................................................................................................ n

2.2- Unidades litoestratigráficas ................................................................................................. nn

2.3- Geologia estrutural e metamorfismo ................................................................................... nn

2.4- Principais problemas ainda em aberto ................................................................................ nn

3. GEOLOGIA LOCAL ............................................................................................................... nn

3.1- Introdução ......................................................................................................................... nn

3.2- Unidades litológicas .......................................................................................................... nn

3.3- Geologia estrutural ............................................................................................................ nn

3.3-1. Introdução ......................................................................................................................... nn

3.3-2. Descrição das fases de deformação ................................................................................. nn

3.4- Metamorfismo .................................................................................................................... nn

3.5- Potencialidade econômica da área ................................................................................... nn

3.6- Aspectos geoambientais ..................................................................................................... nn

4. EVOLUÇÃO GEOLÓGICA E CONCLUSÕES ...................................................................... nn

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... nn

6. ANEXOS

I- Mapa geológico

II- Mapa estrutural


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III- Seções geológico-estruturais

IV- Mapa de pontos

V- Fichas de descrição petrográfica

VI- Tabelas de pontos

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ROTEIRO DE REDAÇÃO DO RELATÓRIO

1. INTRODUÇÃO (em torno de ½ página): descrever do que se trata o relatório; seus autores,

disciplina do curso de geologia, professores orientadores etc.

1.1- Objetivos (em torno de ½ página): descrever os objetivos específicos do trabalho

realizado.

1.2- Localização da área e acesso (máximo 1 página de texto): neste item deve ser

mencionada qual folha topográfica 1:50.000 (código do IBGE e nome, se tiver) contém a

área mapeada e seus limites (em termos de coordenadas geográficas, preferencialmente

UTM); devem-se mencionar eventuais cidades ou localidades contidas ou próximas da

área, assim como acidentes geográficos dignos de nota; este item deve conter uma página

de ilustração (ver exemplo) contendo mapa rodoviário mais abrangente e mapa mais

detalhado da localização com a área mapeada hachurada; devem ser assinalados os

principais acessos rodoviários à área, pavimentados ou não, a partir das capitais mais

próximas.

1.3- Metodologia (máximo 2 páginas): neste item, deve ser descrita a metodologia de trabalho

empregada antes, durante e após a etapa de campo.

1.4- Aspectos fisiográficos e de ocupação humana (máximo 2 páginas): o clima, o relevo, a

drenagem e a vegetação devem ser descritos sucintamente, inclusive mencionando a

toponímia dos principais acidentes geográficos (nomes de serras, rios etc.). O tipo de

ocupação humana na área e adjacências, atividade agropecuária, mineira etc., também

são importantes.

Importante: deixe para redigir este item depois do campo, baseado no que você viu no local.

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EXEMPLO DE MAPA DE LOCALIZAÇÃO

(do Relatório do Grupo 114/2008, Renata Loureiro, Pedro Benac e Rubia de Azevedo)

Repare que ainda faltaram escala e coordenadas dos mapinhas.

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2. GEOLOGIA REGIONAL (máximo de 10 páginas):

Este item deve ser elaborado totalmente a partir de informações existentes na literatura geológica

disponível e/ou indicada pelo orientador. Dê crédito às ideias e aos dados principais; com citação

bibliográfica do(s) autor(s) correspondente(s). Veja como compor uma citação no item Referências

Bibliográficas). Ilustrações, quadros e tabelas são sempre bem-vindos! A literatura geológica é

cheia de controvérsias. É fundamental tentar identificar pontos de consenso (quando existem!) e

desenvolver sua análise crítica, poder de síntese e redação própria. Evite copiar ou simplesmente

reescrever frases de outros autores, mesmo que entre aspas.

2.1- Contexto geotectônico: situar a área estudada em relação às principais entidades

geotectônicas adjacentes (crátons, faixas móveis, bacias sedimentares etc.); mencione

também os eventos orogenéticos caracterizados regionalmente e principais discordâncias

estratigráficas. Deve ter uma página de ilustração com a situação da área indicada.

2.2- Unidades litoestratigráficas: apresenta-se aqui um breve resumo das características

estratigráficas e litológicas das unidades que ocorrem na região, assim como sua

distribuição geográfica; podem ser feitas comparações entre os mapas geológicos

existentes sobre a área.

2.3- Geologia estrutural e metamorfismo: deve ser apresentada uma sinopse das

concepções existentes sobre a evolução estrutural da região, mencionando, se houver,

descrição das fases de deformação em suas características morfológicas e de orientação.

Resumo das informações existentes sobre a evolução metamórfica das unidades

litoestratigráficas da região.

2.4- Principais problemas em aberto: como desfecho deste capítulo, devem ser apontados os

principais pontos de consenso e os problemas em aberto sobre a evolução geológica da

região. Em que o seu trabalho de mapeamento pode contribuir neste contexto?

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3. GEOLOGIA LOCAL

Constitui o núcleo principal do relatório, onde encontramos a sua contribuição efetiva. Neste item,

todas as informações devem ser provenientes dos autores do relatório e referentes apenas à área

mapeada pelo grupo. Se, por acaso, for necessária a menção de qualquer informação proveniente

da literatura geológica, isto deve ser evidenciado através da citação bibliográfica correspondente.

3.1- Introdução: uma rápida descrição do mapa geológico (ver Anexos) com uma sinopse da

distribuição areal dos litotipos, e estruturas marcantes.

3.2- Unidades litológicas: os litotipos da área mapeada devem ser agrupados em unidades

litológicas. Podem ser adotadas denominações de unidades litológicas existentes na

literatura ou podem ser criadas informalmente pelos autores do relatório, devendo ser

explicados os critérios adotados para tal subdivisão. As unidades litológicas devem ser

descritas de acordo com as características de campo (distribuição, espessuras, relevo

resultante, forma de afloramento mais comum, aspectos resultantes do intemperismo, etc.)

e de petrografia (aspecto macroscópico, mineralogia, texturas, etc.). Descreva as relações

de contato e faça sempre uma ponte com o mapa geológico.

3.3- Geologia estrutural

3.3-1. Introdução: visão da macroestrutura da área, com referências ao mapa geológico e aos

perfis estruturais; apresentação dos critérios para a separação das fases de deformação.

3.3-2. Descrição das fases de deformação: este item deve ser subdividido em subitens com a

descrição geométrica das fases de deformação: seus estilos e orientações de seus

elementos geométricos. Faça sempre referências aos mapas e perfis estruturais e

estereogramas, que devem vir entremeados no texto, à medida em que forem citados.

3.4- Metamorfismo: descrição das unidades litoestratigráficas em termos de paragêneses

metamórficas e sua situação no diagrama P-T, com base nos dados petrográficos e,

eventualmente, de campo; enquadramento destas unidades em termos de fácies

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metamórficas; relacionamento cronológico entre o(s) evento(s) metamórfico(s) e as fases

de deformação.

3.5- Potencialidade econômica da área: citação de eventuais ocorrências minerais de

interesse econômico (metálicas e não metálicas), explotadas ou não; perspectivas de seu

aproveitamento.

3.6- Aspectos geoambientais: aspectos ligados à interrelação do homem com o meio físico,

incluindo a geologia: controle litoestrutural de problemas de erosão, instabilidade de

encostas, alterações hídricas etc.

4. EVOLUÇÃO GEOLÓGICA E CONCLUSÕES: descrição sucinta, passo a passo, das etapas

evolutivas da geologia da área. Devem ser mencionados apenas os aspectos conclusivos,

frutos da observação, evitando-se entrar em muitas conjecturas.

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COMO CITAR UMA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA NO TEXTO

As citações bibliográficas no corpo do texto devem seguir os formatos do exemplo abaixo, copiado
das “Diretrizes para Autores” do Brazilian Journal of Geology
(https://www.ppegeo.igc.usp.br/index.php/bjg/about/submissions#authorGuidelines)

Livros e Capítulos de Livros:

Bedell R., Crósta A.P., Grunsky E. (eds.). 2009. Remote Sensing and Spectral Geology. Littleton,
Society of Economic Geologists, 270 p.

Kaufman A.J., Sial A.N., Frimmel H.E., Misi A. 2009. Neoproterozoic to aleopro palaeoclimatic
events in southwestern Gondwana In: Gaucher C., Sial A.N., Frimmel H.E., Helverson G.P. (eds.)
Neoproterozoic-cambrian tectonics, global change and evolution: a focus on southwestern
Gondwana. Developments in Precambrian Geology, 16, Amsterdam, Elsevier, p. 369-388.

Pankhurst R.J. & Rapela C.W. (eds.). 1998. The Proto-Andean margin of Gondwana. London,
Geological Society of London Special Publication, 142, 382 p.

Trompette R. 1994. Geology of western Gondwana (2000–500 Ma): Rotterdam, Balkema, 350 p.

Artigos de Periódicos ou de Publicações Seriadas:

Almeida F.F.M. 1986. Distribuição regional e relações tectônicas do magmatismo pós-paleozóico


no Brasil. Revista Brasileira de Geociências, 16(4):325-349.

Costa I.P., Bueno G.V., Milhomem P.S., Silva H.S.R.L., Kosin M.D. 2007. Sub-bacia de Tucano
Norte e Bacia de Jatobá. Rio de Janeiro, Boletim de Geociências da Petrobras, 15(2):445-453.

Escayola M.P., Pimentel M.M., Armstrong R. 2007. Neoproterozoic backarc basin: sensitive high-
resolution ion microprobe U-Pb and Sm-Nd isotopic evidence from the eastern Pampean Ranges,
Argentina. Geology, 35:495-498.

Heilbron, M. & Machado, N., 2003, Timing of terrane accretion in the Neoproterozoic-Eopaleozoic
Ribeira orogen (SE Brazil): Precambrian Research, 125:87-112.

Artigos publicados em eventos:

Astini R., Ramos V.A., Benedetto J.L., Vaccari N.E., Cañas F.L. 1996. La Precordillera: um terreno
exótico a Gondwana. In: 13°Congreso Geológico Argentino y 3° Congreso Exploración de
Hidrocarburos, Actas, v. 5, p. 293-324.

Leite Junior W.B, Bettencourt J.S., Payollav B.L. 2003. Evidence for multiple sources inferred from
Sr and Nd isotopic data from felsic rocks in the Santa Clara Intrusive Suite, Rondonia, Brazil. In:
SSAGI, South American Symposium on Isotope Geology. Salvador, Short Papers, p. 583-585.

Milani E.J. & Thomaz Filho A. 2000. Sedimentary basins of South América. In: Cordani U.G.,
Milani E.J., Thomaz-Filho A., Campos D.A. (eds.) Tectonic aleoprot of South America. 31º
International Geological Congress. Rio de Janeiro, p. 389-452.

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Teses e Dissertações:

Paes V.J.C. 1999. Geologia da quadrícula Alvarenga, MG, e a aleoprote: implicações


geotectônicas e metalogenéticas. MS Dissertation, Instituto de Geociências, Universidade Federal
de Minas Gerais, Belo Horizonte, 144 p.

Ávila C.A. 2000. Geologia, petrografia e geocronologia de corpos plutônicos aleoproterozoicos


da borda meridional do Cráton São Francisco, região de São João Del Rei, Minas Gerais. PhD
Thesis, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 401 p.

Mapas impressos:

Inda H.A.V. & Barbosa J.F. 1978. Mapa geológico do Estado da Bahia, escala 1:1.000.000.
Salvador, Secretaria das Minas e Energia, Coordenação da Produção Mineral.

Mascarenhas J.F. & Garcia T.M. 1989. Mapa geocronológico do Estado da Bahia. Escala 1,
1.000.000. Texto Explicativo. Salvador, Secretaria das Minas e Energia, Coordenação da
Produção Mineral. 186 p.

Schobbenhaus C. (coord.) 1975. Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo – Folha Goiás (SD 22).
Texto explicativo. Brasília, Departamento Nacional da Produção Mineral, 114 p.

Relatórios internos:

Relatórios internos não serão aceitos, com exceção daqueles que são amplamente difundidos na
comunidade cientifica e autorizados pelos consultores ad hoc.

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ANEXOS

Os anexos são documentos do relatório que podem ser consultados independentemente do texto

ou junto com a sua leitura. Devem ser encadernados no final do relatório.

Anexo 1: Mapa geológico

O mapa geológico deve ser elaborado também sobre a base topográfica, junto com a legenda, em

folha A3 (ver Exemplo de Mapa Geológico), devendo ser encadernado junto com o texto. Com

referência à representação litológica, deve ser colorido no sistema “cor forte-cor fraca”, isto é, as

áreas onde a litologia foi observada no campo, o mapa deve ser colorido com forte pressão do

lápis sobre o papel, ao passo que as áreas de litologia inferida devem ser coloridas “de leve”. Este

procedimento permite ao usuário do mapa uma rápida visualização do grau de certeza (ou do grau

de “chute”) do mapa. No mapa geológico também devem ser assinaladas algumas indicações de

atitudes dos contatos litológicos, também de modo a permitir uma rápida visualização de sua

estrutura. Outros detalhes sobre a elaboração do mapa geológico serão fornecidos no decorrer do

estágio. É importante ressaltar que a versão preliminar do mapa geológico deve ser feita dia a dia

no próprio campo, e passado a limpo diariamente após o campo.

Anexo 2 – Mapa estrutural

Este mapa deve ser elaborado na mesma escala do Mapa Geológico, em folha A3, encadernado

junto com o texto. Pode ser elaborado sobre uma folha de papel vegetal, de modo a permitir a

visualização de ambos ao mesmo tempo pela sua superposição. São lançadas todas as

informações estruturais disponíveis, tais como: contatos litológicos, atitudes de elementos

planares e lineares, traços de falhas e superfícies axiais de dobras e limites de domínios

estruturais para fins de elaboração dos estereogramas. Como frequentemente a quantidade de

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informação é muito grande, é aconselhável a elaboração de mais de um mapa, por exemplo, com

a subdivisão entre mapa de estruturas planares e lineares, ou mapas com elementos estruturais

de fases de deformação diferentes etc.

Anexo 3 – Seções geológico-estruturais

Devem ser elaborados tantas seções estruturais quantos forem necessárias para a visualização

tridimensional da estrutura. Importante: os perfis devem ser feitos na mesma escala do mapa

geológico e sem sobrelevação (exagero vertical). A indicação (ou traço) de localização dos perfis

é feita no Mapa Geológico (A-B, C-D etc.).

Anexo 4 – Mapa de pontos

Os pontos são discriminados da seguinte forma:

pontos descritos

pontos com amostra

pontos com lâmina delgada

O mapa em si, juntamente com a legenda, carimbo etc., deverá estar contido em uma folha A3, de

modo a ser encadernado junto com o texto (ver Exemplo de Mapa de Pontos).

Anexo 5 – Fichas de descrição petrográfica

A descrição das lâminas delgadas pode ser feita nos moldes daquela normalmente efetuada na

disciplina de Petrologia Metamórfica. Ênfase especial deve ser dada na ralação entre a(s)

foliação(ões) e paragênese(s) observada(s) e as informações estruturais de campo, da geologia

local. Portanto, reúna os mapas de pontos e de geologia quando for estudar as lâminas

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petrográficas, bem como suas amostras de mão. O tipo de descrição depende da natureza

primária da rocha: ígnea ou sedimentar. Na prática a maioria das lâminas exigirá uma combinação

entre aspectos metamórficos (paragêneses, texturas de reação etc.) e aspectos primários

(sedimentológicos ou magmáticos). As descrições podem vir acompanhadas de fotomicrografias,

que podem ser executadas no microscópio do Laboratório de Petrografia da FGEL.

Anexo 6 – Tabela de pontos

A Tabela de Pontos deverá ser alimentada com os dados de campo durante e/ou logo após a sua

volta, a fim de permitir a pronta geração de diagramas e estatísticas, a partir da fusão e resumo

das informações das cadernetas de campo individuais. Durante o campo é conveniente alimentar

a tabela em MS-Excel, cujo formato será fornecido antes do campo, e que não deverá ser

modificado, somente inseridos os dados de campo. A tabela otimizará o rápido acesso aos dados

para a elaboração do relatório, especialmente dos mapas estruturais, perfis estruturais,

estereogramas e mapa de pontos. Estes dados serão importantes para subsidiar trabalhos

futuros.

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EXEMPLO DE MAPA GEOLÓGICO

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EXEMPLO DE MAPA DE PONTOS

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APÊNDICE 2

LISTA DE VERIFICAÇÃO (CHECK LIST) PARA DESCRIÇÃO DE AFLORAMENTO

Número do Ponto - se for o primeiro ponto do dia, fazer cabeçalho com data, rumo geral do
caminhamento do dia, número da foto aérea e nome da carta topográfica. Anote também os
nomes de quem foi neste dia.
Toponímia - nome da estrada, fazenda, córrego, serra etc.
Tipo de afloramento - escarpa natural, corte, assoalho ou canaleta de estrada, pedreira,
cachoeira, voçoroca etc.
Grau de intemperismo - fresco, pouco alterado, muito alterado, saprolito
Litologia - homogênea, estratificada, bandada etc.; se litologia for heterogênea, proporção e
disposição, cor, granulação, mineralogia, texturas de cada litotipo, relações de contato (abruptos,
gradacionais, intrusivos etc.)
Estrutura (s) - obtenha medidas de suas atitudes com a bússola e as relacione a desenhos
esquemáticos com escala e orientação
Estruturas Primárias – Acamamento, estratificações, laminação (S0, sets cruzados etc.);
Fase D1 – Foliações, lineações, zonas miloníticas etc. (discriminar tipos)
Fase D2 - Foliações, lineações, dobras (eixo, plano axial, assimetria) (discriminar tipo)
Fase D3, D4 .....
QUAL A MEDIDA MAIS REPRESENTATIVA DO AFLORAMENTO?
Fraturas; falhas -padrão geométrico, estrias, dobras de arrasto, sentido de movimentação, rejeito
horizontal e/ou vertical; preenchimento, brechas, cataclasitos etc.
Amostra (s) coletada(s): listar, descrever; se orientada, anotar orientação da amostra
Fotografia(s): numeração e objeto em foco (o que quer mostrar?)

ANTES DE SAIR: ESQUECEU ALGUMA COISA NO AFLORAMENTO????

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APÊNDICE 3

COLETA DE AMOSTRAS ORIENTADAS

Uma amostra orientada contém indicações gráficas feitas pelo coletor, que permitem reconstituir,
no escritório, a sua orientação espacial original quando fazia parte do afloramento. São utilizadas
principalmente para estudos microscópicos de rochas submetidas a deformações e
movimentações as quais se desejam avaliar, medir e registrar no que se refere à orientação
espacial, geralmente com propósitos de se proceder a análise estrutural cinemática. Outros
estudos, tais como sentido de fluxo magmático, sentido de paleocorrentes etc., podem ser feitos
com o uso de amostras orientadas, o que torna a sua utilização cada vez mais difundida e
essencial em algumas áreas. No caso de regiões polideformadas, a coleta de amostras orientadas
é de extrema importância para o desenvolvimento de qualquer trabalho em geologia estrutural e
geotectônica.
Para se coletar uma amostra orientada, temos que fazer marcações com pincel atômico ou
canetas para retroprojetores sobre a superfície da amostra e anotar, o mais claramente possível,
os dados referentes a tal amostra. Há várias maneiras de se orientar uma amostra, mas é
importante que utilizemos um método convencional para evitar confusões típicas que ocorrem no
regresso de uma etapa de campo.
Consideremos os elementos planares e lineares da fábrica da rocha. O acamamento sedimentar
(S0) e as foliações (S1, S2, Sn) são o principal elemento para a sua orientação, devendo ser
representados sobre a amostra com a simbologia convencional (Fig. 1). Tais símbolos devem
estar desenhados sobre a superfície representada, com o traço maior indicando a direção
(“strike”) e o menor a direção de mergulho do plano considerado. Se não for possível fazer a
marcação na posição normal, pode-se fazê-la na parede invertida, ou em “negativo” (Figura 2).
Neste caso, utiliza-se um símbolo específico (aquele de camada invertida em mapas geológicos).
A lineação de estiramento de objetos e a lineação mineral são os elementos lineares mais
utilizados para a orientação de amostras. Devem ser representadas por uma linha paralela à
lineação e com uma seta indicando o sentido do caimento. Este símbolo deve estar desenhado
junto com o símbolo de elementos planares, pois é importante ter em mente que um elemento
linear, isoladamente, não é suficiente para definir a orientação da amostra. Se possível, as
medidas devem ser anotadas tanto na caderneta, especificando claramente os elementos
medidos, como na própria amostra.

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Figura 1: Situação de amostragem em posição normal, e símbolo.

Figura 2: Situação de amostragem em parede negativa, e símbolo.

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APÊNDICE 4

Convenções para descrição de campo de alguns atributos sedimentológicos

(por André Ribeiro)

DEFINIÇÕES

Camadas: unidades sedimentares separadas por contatos de primeira ordem.


Estratos: unidades sedimentares separadas por contatos de segunda ordem
Sucessão: conjunto de estratos.

CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA DO ARCABOUÇO DE ARENITOS

Muito fino: 0,05 – 0,125 mm


Fino: 0,125 – 0,25 mm
Médio: 0,25 – 0,5 mm
Grosso: 0,5 – 1 mm
Muito grosso: 1 – 2 mm
Grânulo: 2 – 4 mm

CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA DO ARCABOUÇO DE RUDITOS (“conglomerados”)

Fino: 0,4 – 1,6 cm


Médio: 1,6 – 6,4 cm
Grosso: 6,4 – 25 cm
Aglomerado: > 25 cm

CLASSIFICAÇÃO DE ESPESSURA DE ESTRATIFICAÇÃO

Muito delgada: < 1 cm


Delgada: 1 -10 cm
Média: 10 -30 cm
Espessa: 30 – 100 cm
Muito espessa: > 100 cm

ESTRUTURAS INTERNAS ÀS CAMADAS (p. ex. estratificação cruzada)

Pequeno porte: < 5 cm


Médio porte: 5 - 200 cm
Grande porte: > 200 cm

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