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ROTEIRO DE

APRENDIZADO ATIVO
TOPOGRAFIA

Semana 02
Curso: Engenharia Civil Sistemas de Referência
28/02 – 04/03/2022

VÍDEO-POCKET
LEARNING

Bem-vindo (a) à segunda semana do módulo 51!

Sistemas cartográficos são viáveis para indicar, com certa escala, o posicionamento
de regiões ao longo da superfície terrestre. Mas, é claro, que à medida que se procura
representar uma determinada área com mais detalhes (maior escala), surge também
a necessidade de mais e mais cartas topográficas. A ideia que estamos “subdividindo”
uma área cartográfica representada apenas por uma única carta por várias, com
maior escala, mas com maior detalhamento.

No Brasil, temos o nosso Sistema Cartográfico Nacional.

A pergunta que surge aqui é: existe alguma forma de mapear o território nacional, de
forma sistemática e, ainda, qual é o nível de detalhamento (escala das cartas
topográficas) que conseguimos obter, por meio de um mapeamento sistemático?

Assista ao vídeo a seguir, que dará orientações sobre o Mapeamento Sistemático


Nacional.

Para melhor entendermos, assista o nosso vídeo pocket learning do


professor André Simões.
https://youtu.be/P5AFgbEMMmc

MÃO NA MASSA

Bem-vindo(a) ao roteiro de aprendizado da segunda semana!

Se alguém pedisse para você localizar uma determinada região do continente


asiático, qual estratégia você utilizaria para fazer isso? Parece complicado, não?
Bem, uma alternativa razoavelmente viável, seria “irmos por partes”. O continente
asiático nós sabemos onde é, certo? Uma segunda informação seria qual o país está
região está localizada (ou em qual oceano/mar, caso seja uma região na água).
Depois disso, a ideia é especificar cada vez mais a região a ser encontrada, de tal
forma que, em cada passo, delimitamos uma região cada vez menor e mais próxima
àquela que devemos encontrar.
Seria como se pudéssemos dar um “zoom” na nossa análise à medida em que
“enquadramos” uma região cada vez menor de busca.
Esse é o principio de coordenadas geográficas vistas em nossa UNIDADE 02; A ideia
é, por meio de um sistema de coordenadas (em malhas), delimitarmos regiões cada
vez menores, para, então, encontrarmos as coordenadas geográficas também de
áreas menores.
Agora, vamos colocar a mão na massa!
Observe o ANEXO I junto com seu tutor e colegas e, depois, faça a atividade
proposta.
ATIVIDADE

Um engenheiro, fazendo um trabalho topográfico na cidade sede da Unicesumar


(Maringá – PR), procura saber quais são as folhas (cartas topográficas) na escala
1/25.000 que ele utilizará para localizar a cidade em relação a projeção cartográfica.
Para isso, ele considerou uma área, com quatro vértices, que representa a cidade de
Maringá como um todo, conforme ilustra a Figura abaixo:

As coordenadas geográficas dos quatro vértices são apresentadas a seguir:


Vértices Latitude Longitude
1 23°22’39,98’’S 52°01’16,65’’O
2 23°22’55,98’’S 51°51’23,40’’O
3 23°29’57,32’’S 52°00’59,14’’O
4 23°29’58,60’’S 51°50’38,50’’O
Com estas informações, pede-se:
a) Qual(is) será(ão) a(s) folha(s) do mapeamento sistemático brasileiro, na escala
1/25.000, necessária(s) para representar esta área?
b) Caso seja necessária mais de uma folha na escala 1/25.000, a partir de qual
escala houve a necessidade de mais de uma folha para representar tal área?
RESOLUÇÃO PASSO-A-
PASSO E GABARITO

Atividade

ESCALA 1/1.000.000

Pelos 4 vértices da área, é possível determinar que a nomenclatura da carta de escala


1/1.000.000 é SF 22.

ESCALA 1/500.000

Observando os quatro vértices, percebe-se que a área está, em longitude, entre 54°O
e 51°O e, em latitude, entre 22°S e 24°S. Assim, a nomenclatura da carta de escala
1/500.000 é SF 22-Y.

ESCALA 1/250.000

Observando os quatro vértices, percebe-se que a área está, em longitude, entre 52°30’
O e 51°O e, em latitude, entre 23°S e 24°S. Assim, a nomenclatura da carta de escala
1/250.000 é SF 22-Y-D.
ESCALA 1/100.000

Observando os quatro vértices, percebe-se que a área ocupará duas folhas na escala
1/100.000.
• Uma parte da área está em longitude, entre 52°30’O e 52°O e, em latitude, entre
23°S e 23°30’S. Assim, a nomenclatura da carta de escala 1/100.000 desta parte
da área é SF 22-Y-D-I.

• Uma outra parte da área está em longitude, entre 52°O e 51°30’O e, em latitude,
entre 23°S e 23°30’S. Assim, a nomenclatura da carta de escala 1/100.000 desta
parte da área é SF 22-Y-D-II.

ESCALA 1/50.000

Precisamos, aqui, analisarmos separadamente as duas folhas da escala 1/100.000.


• Na primeira (SF 22-Y-D-I), uma parte da área está em longitude entre 52°15’O
e 52°O e, em latitude, entre 23°15’S e 23°30’S. Assim, a nomenclatura da carta
de escala 1/100.000 desta parte da área é SF 22-Y-D-I-4.
• Na segunda (SF 22-Y-D-II), uma parte da área está em longitude entre 52°O e
51°45’O e, em latitude, entre 23°15’S e 23°30’S. Assim, a nomenclatura da carta
de escala 1/100.000 desta parte da área é SF 22-Y-D-II-3.

ESCALA 1/25.000

Precisamos aqui, novamente, analisarmos separadamente as duas folhas da escala


1/50.000.
• Na primeira (SF 22-Y-D-I-4), uma parte da área está em longitude entre
52°07’30’’O e 52°O e, em latitude, entre 23°22’30’S e 23°30’S. Assim, a
nomenclatura da carta de escala 1/25.000 desta parte da área é SF 22-Y-D-I-4-
SE.

• Na segunda (SF 22-Y-D-II-1), uma parte da área está em longitude entre 52°O
e 51°52’30’’O e, em latitude, entre 23°22’30’S e 23°30’S. Assim, a nomenclatura
da carta de escala 1/25.000 desta parte da área é SF 22-Y-D-II-3-SE.
Por fim, terminando o mapeamento sistemático brasileiro, na escala 1/25.000, as duas
cartas (ou folhas) que representariam bem a área de Maringá/PR são:
SF 22-Y-D-I-4-SE e SF 22-Y-D-II-3-SE.
E, ainda, observou-se que houve a necessidade de representar a área por mais de uma
folha a partir da escala 1/100.000

ANEXO I

MAPEAMENTO SISTEMÁTICO BRASILEIRO

• O mapeamento sistemático topográfico do Brasil compreende as seguintes


escalas: 1/1.000.000, 1/500.000, 1/250.000, 1/100.000, 1/50.000 e 1/25.000.
• Mapeamentos em escala maior são considerados cadastrais e as suas escalas
normais variam de 1/10.000 até 1/2.000.
• O Brasil é, portanto, mapeado nas escalas das cartas do mapeamento
sistemático. A divisão em folhas e as projeções das cartas são as seguintes

Folhas
Escala Projeção
existentes

Cônica, conforme Lambert (carta ao


1/1.000.000 46
milionésimo)

1/500.000 154 Idem

1/250.000 556 UTM

1/100.000 3.049 UTM

1/50.000 11.928 UTM

1/25.000 47.712 UTM


ESCALA 1/1.000.000

• Divisão do mundo nas folhas de 6° de longitude por 4° de latitude.


• A numeração dos fusos de 6° é determinada a partir do antimeridiano de
Greenwich para Leste, de 1 até 60.
• Os fusos de interesse para o Brasil são os de número 18 a 25, conforme quadro
a seguir:
Fusos Limite esquerdo Limite direito
18 -78° -72°
19 -72° -66°
20 -66° -60°
21 -60° -54°
22 -54° -48°
23 -48° -42°
24 -42° -36°
25 -36° -30°
• Em relação aos paralelos, cada faixa de 4° é denotada acima e abaixo do
Equador pelas letras do alfabeto: A, B, C, D, E, F...
• Para a formação do índice, o hemisfério norte é denotado pela letra N e o
hemisfério sul, pela letra S.
• O índice, então, é formado pela união da letra que caracteriza o hemisfério, com
a letra que corresponde ao limite inferior da faixa e o número do fuso,
correspondente ao limite esquerdo do fuso considerado. Exemplo:

ESCALA 1/500.000

• Na sequência, a carta de 1/1.000.000 é dividida em 4 folhas da escala


1/500.000, ou seja, cada folha agora terá 2° de latitude e 3° de longitude.
• Cada folha é denotada pelas letras V, X, Y e Z, da esquerda para a direita, e de
cima para baixo.
• O índice para a folha de 1/500.000 é formado pelo índice da folha de 1/1.000.000
que ela pertence, seguido da letra da folha de 1/500.000. Exemplo:
ESCALA 1/250.000

• Cada folha de 1/500.000 é dividida em 4 folhas da escala 1/250.000, ou seja,


cada folha agora terá 1° de latitude e 1°30’ de longitude.
• Cada folha é denotada pelas letras A, B, C e D da esquerda para a direita, e de
cima para baixo.
• O índice para a folha de 1/250.000 é formado pelo índice da folha de 1/500.000
que ela pertence, seguido da letra da folha de 1/250.000. Exemplo:

ESCALA 1/100.000

• Na sequência do mapeamento sistemático, cada folha de 1/250.000 é dividida


em 6 folhas da escala 1/100.000, cada uma de 30’ de latitude por 30’ de
longitude.
• Cada folha é denotada pelos algarismos romanos I, II, III, IV, V e VI, da esquerda
para a direita e de cima para baixo.
• O índice para a folha de 1/100.000 é definido pelo índice da folha de 1/250.000
que ela pertence, seguido do algarismo romano da folha correspondente.
Exemplo:

ESCALA 1/50.000

• Cada folha de 1/100.000 é dividida em 4 folhas da escala 1/50.000, cada uma


de 15’ de latitude por 15’ de longitude.
• Cada folha é numerada pelos números 1, 2, 3 e 4, da esquerda para a direita e
de cima para baixo.
• O índice para a folha de 1/50.000 é definido pelo índice da folha de 1/100.000
que ela pertence, acrescido do número da folha 1/50.000 correspondente.
Exemplo:

ESCALA 1/25.000

• É a última escala do mapeamento sistemático. Cada folha de 1/50.000 é dividida


em 4 folhas de 7’30’’ de latitude por 7’30’’ de longitude.
• As folhas são denotadas pelas siglas NO, NE, SO e SE, pela sua posição relativa
na divisão
• O índice para a folha de 1/25.000 é definido pelo índice da folha de 1/50.000 que
ela pertence, acrescido da sigla da folha 1/25.000 correspondente. Exemplo:

REFERÊNCIA
TULER, Marcelo; SARAIVA, Sérgio. Fundamentos de Topografia. Porto Alegre:
Bookman, 2014.

MATERIAIS
EQUIPE PEDAGÓGICA HÍBRIDOS
LIVRO DIDÁTICO ENGENHARIAS

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