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EA

ESCOLA DE
AGRONOMIA

Disciplina:

PROF. DR. DIOGO S. PENA


ENGENHEIRO AGRÔNOMO E
TECNÓLOGO EM GEOPROCESSAMENTO

Goiânia, 2022
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AGRONOMIA

Aula:

PROF. DR. DIOGO S. PENA


ENGENHEIRO AGRÔNOMO E
TECNÓLOGO EM GEOPROCESSAMENTO

Goiânia, 2022
1. DEFINIÇÕES

“Arte de levantamento, construção e edição de cartas de qualquer


natureza, e a ciência na qual repousa”

ou

“Produto do conhecimento obtido no estudo de mapas


geográficos, dos métodos para sua produção e reprodução, e de
seu uso”

ou

“Ciência, técnica e a arte de representar a superfície terrestre”


2. TIPOS DE DOCUMENTOS CARTOGRÁFICOS

Diferenças:
Mapa 1) função da escala
x
Carta
x 2) confiabilidade das informações
Planta
Carta: rigor geométrico
Mapa: documento ilustrativo
2. CARTA X MAPA

Aplicação Escala
Detalhes de terrenos urbanos 1:50
Planta de pequenos lotes e edifícios 1:100 a 1:200
Planta de arruamentos e loteamentos urbanos 1:500 a 1:1.000
Planta de propriedades rurais 1:1.000
1:2.000
1:5.000
Planta cadastral de cidades e grandes propriedades 1:5.000
rurais ou industriais 1:10.000
1:50.000
Cartas de municípios 1:50.000
1:250.000
Mapas de estados, países, continentes, etc. 1:250.000 a
1:10.000.000
MAPA X CARTA
MAPA X CARTA
MAPA X CARTA
MAPA X CARTA
MAPA X CARTA
3. GENERALIDADES SOBRE CARTAS E MAPAS

Feições
representadas:
Previsão numérica
de vento para os
próximos dias no
Sul do Brasil
Geopotencial aos 500 hPa (isolinhas em intervalos de 50 metro geopotencial)
no dia 7 de outubro de 2005 às 06 UTC.
Paisagem analisada
em duas épocas
distintas
Erosão (Perda de
Solo)
(feição invisível)

Uso e ocupação do
solo (feição visível
artificial e natural)
Feições VISÍVEIS da superfície terrestre de natureza artificial (cultivos) e naturais
(florestas)
Podemos analisar a
evolução da
paisagem...
4. CARACTERÍSTICAS DAS CARTAS

• Permitem a coleta das informações em gabinete;

• Apresentam informações não visíveis no terreno: fronteiras


indefinidas, divisão política

• Exigem uma atualização permanente – certas feições variam em


função do tempo;
5. ESCALA

O que é ESCALA??

→ PROPORÇÃO = ESCALA
5. ESCALA

Define-se como sendo: a razão entre um comprimento no mapa e o seu


valor real.

1 = d
E D
d > D = ampliação
Onde: d – distância no mapa d < D = redução
D – distância real d = D = natural
5. ESCALA
3 formatos de escala:

→ Escala gráfica: representação das distâncias


no terreno por meio de uma barra (reta) graduada.

→ Escala numérica
→ Escala nominal
5. ESCALA

Classificação dos Mapas/Cartas de acordo com a Escala Cartográfica


5. ESCALA

Mapeamento Urbano
➢ Geralmente realizado com Escala 1:10.000 (Fotos aéreas)
➢ Escala Grande;
➢ Conhecidos por “mapas-base”;
➢ Elevado grau de detalhamento.
5. ESCALA

Mapeamento da Vegetação
➢ Fitofisionomias;

➢ Uso de escala média;

➢ Grau médio de detalhamento;

➢ Realizado normalmente entre 1:25.000 a 1:50.000

➢ Utiliza-se imagens de satélite Landsat, Cbers


Mapeamento da Vegetação
5. ESCALA

Mapeamento Ambiental
➢ Escala Pequena, para reconhecimento;

➢ Grau generalizado de informações;

➢ Menor detalhamento;

➢ 1:100.000 até 1.000.000


Mapeamento Ambiental
Mapeamento Ambiental
5. ESCALA

EXERCÍCIOS
➢ Para representarmos no papel, uma linha reta que no terreno mede 45 m,
utilizando-se a escala 1 / 450, pergunta-se: qual será o valor desta linha em cm ?

➢ Escala gráfica, segundo Vesentini e Vlach (1996, p. 50), “é aquela que expressa
diretamente os valores da realidade mapeada num gráfico situado na parte
inferior de um mapa”. Nesse sentido, considerando que a escala de um mapa
está representada como 1:250.000 e que duas cidades, A e B, nesse mapa, estão
distantes, entre si, 5 cm, a distância real em quilômetros entre essas cidades é
de:

➢ Qual das escalas a seguir é a maior e por que ?


1 : 200 ; 1 : 100 ; 1 : 2.000 ou 1 : 5.000

➢ A distância entre dois pontos, medidas sobre uma planta é de 55 cm. Para uma
escala igual a 1 / 250, qual será o valor real desta distância em m ?
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1. SISTEMAS DE COORDENADAS

A posição de um ponto na superfície da Terra é determinada a


partir de um sistema de coordenadas ou de referência. Esses
sistemas estão associados a uma superfície de referência que se
aproxima do formato da Terra.

➢ Sistema de Coordenadas Esféricas

➢ Sistema de Coordenadas Cartesianas


2. SISTEMA DE COORDENADAS ESFÉRICAS

Sistema de Coordenadas Esféricas Geográficas

Longitude (L) – define-se longitude de um lugar


como sendo o ângulo diedro formado pelo plano
Latitude (ϕ) – define-se latitude de um lugar meridiano de Greenwich e o plano meridiano do
como sendo o ângulo formado entre a vertical do lugar, ou a distância angular contada sobre o
lugar e o plano do equador, ou a distância angular equador desde o meridiano origem (Greenwich)
contada sobre o meridiano deste, desde o até o meridiano deste. A longitude varia de 0º a
equador até ele. A latitude varia de 0º a ± 90º ±180º sendo considerada negativa a oeste de
sendo considerada negativa no hemisfério sul. Greenwich (hemisfério ocidental).
2. SISTEMA DE COORDENADAS ESFÉRICAS

Sistema de Coordenadas Esféricas Geográficas


2. SISTEMA DE COORDENADAS ESFÉRICAS

Sistema de Coordenadas Esféricas Polares

• Usadas na Topografia
3. SISTEMA DE COORDENADAS CARTESIANAS

Sistema de Coordenadas Planas

Programas de desenho computacional.


Ex.: AutoCAD
3. SISTEMA DE COORDENADAS
3. SISTEMA DE COORDENADAS

Transformação entre coordenadas polares e planas:


3. SISTEMA DE COORDENADAS

- Como unidade de medida, cada grau é composto de 60 minutos e cada minuto é composto
de 60 segundos.

- As medidas são em graus minutos e segundos (DMS) ou em graus decimais (DD). Por
exemplo, 34o30’00” é igual a 34,5o.

- Os valores de longitude variam de 0o até 180o no hemisfério leste, começando no meridiano


de Greenwich, Inglaterra. No hemisfério oeste, a longitude varia de 0o até -180º iniciando
também no meridiano de Greenwich.

- Os valores de latitude variam de 0o até 90o no hemisfério norte, indo do equador até o pólo
norte. No hemisfério sul, a latitude varia de 0° até -90° indo do equador até o pólo sul.

• O sistema de coordenadas cartesianas é baseada na superfície plana. Posições do mundo


real são medidas usando coordenadas x e y a partir de um ponto origem.
• Projeção UTM
Universal Transversa de Mercator
• Os limites do mapeamento são
os paralelos 80°S e 84°N, a partir
dos quais se utiliza uma projeção
cartográfica.
• Para mapear todo a área
continental brasileira com a
projeção UTM, faz-se
necessário considerar oito
fusos;
• 8.200.000 S
• No caso do estado de Goiás, 720.000 E
são necessários 2 fusos;

• Goiânia está inteiramente


contida no fuso 22.
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4. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA USADAS EM CARTOGRAFIA

Geodésia: forma e dimensão da Terra

Corpo esférico irregular → não possui descrição geométrica → uso de modelos

❖ Geodésia Geométrica
(conjunto de operações geométricas, realizadas sobre a superfície terrestre - medições
angulares, lineares, nivelamentos - associadas a esparsas determinações astronômicas - Latitude,
Longitude e Azimute)

❖ Geodésia Física
(conjunto de medições gravimétricas que podem conduzir a um conhecimento detalhado do
campo gravitacional da Terra – estuda a direção e magnitude da força que mantém os corpos na
superfície terrestre)

❖ Geodésia Celeste
(estuda o conjunto de conhecimentos necessários à determinação da posição de pontos sobre
a superfície terrestre, através do uso de satélites artificiais)
4. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA USADAS EM CARTOGRAFIA

➢ Superfície de referência geoidal

➢ Superfície de referência elipsoidal

➢ Superfície de referência topográfica


4. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA USADAS EM CARTOGRAFIA
Superfície de referência topográfica
4. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA USADAS EM CARTOGRAFIA
Superfície de referência topográfica
4. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA USADAS EM CARTOGRAFIA
Superfície de referência topográfica

O Plano Topográfico:

Projeção Ortogonal Cotada e denomina-se Superfície Topográfica. Os limites desta


superfície, bem como todas as suas particularidades naturais ou artificiais, serão
projetadas sobre um plano considerado horizontal. A esta projeção do terreno dá-se
o nome de Planta ou Plano Topográfico. (ESPARTEL, 1987).
4. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA USADAS EM CARTOGRAFIA
Superfície de referência geoidal

• Superfície equipotencial (potencial gravitacional constante), que coincide com o


nível médio dos mares não perturbado

Permite que a superfície seja representada por uma superfície fictícia definida
pelo prolongamento do NMM por sobre os continentes.

• Diferenças nessa superfície são causadas pelas diferenças na constituição dos


materiais que compõe o interior da Terra (diferentes densidades) e por corpos
celestes que interagem com o campo gravitacional.

É determinado, matematicamente, através de medidas gravimétricas (força


da gravidade) realizadas sobre a superfície terrestre .

• Não tem uma definição geométrica

• É importante no estabelecimento das altitudes


4. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA USADAS EM CARTOGRAFIA
4. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA USADAS EM CARTOGRAFIA
4. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA USADAS EM CARTOGRAFIA

VIDEO
4. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA USADAS EM CARTOGRAFIA
Superfície de referência elipsoidal

• É originado da figura geométrica denominada elipse

• Superfície “matemática”. Possui formulação matemática razoavelmente simples

• Leva em consideração o achatamento dos pólos

• É definido pelos semi-eixos maior (a), menor (b) e (c)


4. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA USADAS EM CARTOGRAFIA

→ ELIPSÓIDE BIAXIAL DE REVOLUÇÃO


5. ELIPSÓIDE DE REFERÊNCIA – DATUM Horizontal

Alguns elipsóides terrestres utilizados em geodésia:

Nome/Autor Ano a (m) α País que utiliza


(achatamento)

BESSEL 1841 6.377.397,0 1/299,15 Alemanha

CLARKE 1866 6.378.206,0 1/294,98 E.U.A.

REF. INTER. 1967 6.378.160,0 1/298,25 Brasil – IBGE


1967
SAD-69
HAYFORD 1909 6.378.388,0 1/297,00 CÓRREGO
Brasil (anterior)
ALEGRE
GRS 80 1980 6.378.137,0 1/298,257223 GPS
WGS-84
5. ELIPSÓIDE DE REFERÊNCIA – DATUM Horizontal

Datum no Brasil:

Até a década de 70, o Brasil utilizou o Datum Córrego Alegre, localizado nas
imediações de Uberaba:

• Elipsóide de Revolução de Hayford:


a = 6.378.388
f = 1/297,00

Coord. Geodésicas
Lat = 19º 50’ 15,14” S
Long = 48º 57’ 42,75” W
N=0
Ag = 128º 21’ 48,96”
5. ELIPSÓIDE DE REFERÊNCIA – DATUM Horizontal

Datum no Brasil:

A partir de 1979 o IBGE adotou o SAD-69 (South American Datum 1969), cuja
origem é o vértice Chuá:

• Elipsóide de Revolução Referência Internacional 1967:


a = 6.378.160
f = 1/298,25

Coord. Geodésicas
Lat = 19º 45’ 41,6527” S
Long = 48º 06’ 04,0639” W
N=0
Ag = 271º 30’ 04,05”
5. ELIPSÓIDE DE REFERÊNCIA – DATUM Horizontal

MUDANÇA DE SISTEMA DE REFERÊNCIA:

a) O Brasil adotou, até a década de 70, o Datum Córrego Alegre, e atualmente


utiliza o sistema SAD-69. Com isto, cartas mais antigas, produzidas, por
exemplo, pelo IBGE, têm como referência o Datum Córrego Alegre e as mais
atuais o SAD-69. Desta forma é necessário que ocorra uma operação de
mudança de sistema de referência, ou seja, Córrego Alegre → SAD-69.

b) Está em fase de implantação, no Brasil, um Sistema Geocêntrico de Referência,


denominado SIRGAS e com isto, coordenadas em SAD-69 deverão ser
convertidas para este novo sistema, ou seja, SAD-69 → SIRGAS. O sistema
SIRGAS é um referencial mais atual e preciso para a cartografia e geodésia
brasileira.
Site IBGE-SIRGAS
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/si
rgas/principal.htm

Parâmetros
5. ELIPSÓIDE DE REFERÊNCIA – DATUM Horizontal
6. RELAÇÃO ENTRE AS SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA

Princípio básico:
6. RELAÇÃO ENTRE AS SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA

Princípio básico:
6. RELAÇÃO ENTRE AS SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA

H (alt. ortométrica)
(alt. geométrica) h

N (ondulação geoidal)
.

h=N+H
6. RELAÇÃO ENTRE AS SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA

Princípio básico:
6. RELAÇÃO ENTRE AS SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA

+
H (alt. ortométrica)
+
(alt. geométrica) h

N (ondulação geoidal)
+

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