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TERRACAP - Conhecimentos Específicos - Geoprocessamento

Aula 00 - Aula Demonstrativa


Prof. Giancarlo Chelotti

Aula 00
TERRACAP – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - GEOPROCESSAMENTO
Noções Cartografia

Professor: Giancarlo Chelotti

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Aula Conteúdo Programático Data

00 Noções de Cartografia 29/12/16

01 Manipulação de Dados Espaciais 12/1/17

02 Sistemas de Informação Geográfica 19/1/17

03 Análise de Dados Espaciais 26/1/17

04 Armazenamento de Dados Espaciais 2/2/17

05 Infraestrutura de Dados Espaciais 9/2/16


Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico –
06 ePING 16/2/17

07 INDE e IDE/DF 23/2/17


SITURB, SICAD e SICAD-SIRGAS 30/2/17

SUMÁRIO

1– APRESENTAÇÃO...............................................................................3
2– ESTRUTURA DO CURSO....................................................................5
3– NOÇÕES DE CARTOGRAFIA...............................................................6
3.1 – Geodésia e Projeções Cartográficas e Sistemas de Coordenadas...8
3.3 – Escalas........................................................................................17
3.4 – Cartografia Temática...................................................................18
4– HORA DE PRATICAR.......................................................................28
5– QUESTÕES DADAS EM AULA...........................................................45
5– GABARITO......................................................................................53

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1 – APRESENTAÇÃO

Saiu o Edital da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal -


TERRACAP! Dessa vez existe uma vaga para Geoprocessamento! Isso é uma
raridade! Uma certamente será sua se você se dedicar! Então vamos caprichar
nos estudos para que esse cargo seja seu!

Seja bem-vindo ao curso de CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA


TÉCNICO ESPECIALISTA – GEOPROCESSAMENTO DA TERRACAP.

Meu nome é Giancarlo Brugnara Chelotti. Sou Engenheiro Florestal e


Especialista em Geoprocessamento, mestrando em Geociências Aplicadas e,
desde que me formei, em 2010, me dediquei para me tornar servidor público.
Sempre busquei fazer concursos relacionados à minha área de atuação, que é
meio ambiente, e esse sempre foi meu foco de estudos.

Sou servidor público desde setembro de 2010. Atualmente sou Auditor


Fiscal de Atividades Urbanas, Especialidade Controle Ambiental, do Governo do
Distrito Federal, mas estou cedido à TERRACAP (olha só a coincidência!)
justamente para trabalhar com Geoprocessamento. Então caro guerreiro, o
aprovado nesse concurso será meu futuro colega! Por isso me sinto muito
honrado em estar ministrando esse curso direto do Núcleo de
Geoprocessamento e Topografia da TERRACAP, seu futuro local de trabalho!

Portanto, posso te garantir com conhecimento de causa que a TERRACAP,


além do ótimo salário R$ 11.717,56 inicial, possui ótimos benefícios como um
bom vale alimentação, plano de saúde e odontológico, previdência
complementar, e um plano de carreira que faz o salário inicial mais que dobrar
até o fim da carreira! Por isso eu digo: a TERRACAP é um lugar TOP de se
trabalhar!

Antes de tomar posse no meu atual cargo efetivo, fui, por três anos,
Perito em Engenharia Florestal do Ministério Público da União, lotado na
Procuradoria Geral da República e, anteriormente, Engenheiro do Ministério da
Pesca e Aquicultura, por dez meses. Todos cargos efetivos.

Além dos cargos que assumi, já obtive aprovação em diversos outros


concursos como EMATER/DF (Extensionista Rural), SEMARH/GO (Analista
Ambiental e Técnico em Geoprocessamento), INCRA (Analista de
Desenvolvimento Agrário), IJSN/ES (Especialista em Geoprocessamento), DPF
(Perito Criminal Federal).

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Desde a graduação e em toda minha trajetória como servidor público,


trabalho na área de meio ambiente e sempre com auxilio das ferramentas de
Geo. Sou apaixonado pelo o que faço e posso dizer que me sinto realizado
profissionalmente sendo servidor público e trabalhando pelo meio ambiente.

Muitas pessoas dizem que o serviço público é chato, que ninguém é feliz e
que as pessoas só fazem concurso pelo dinheiro. Eu não acredito nisso! O
dinheiro realmente é muito importante para qualquer pessoa, mas acho que,
para ser servidor público, a pessoa tem que ter vocação e não apenas ambição.

E a vocação do servidor começa a ser trabalhada ainda na fase de


“concurseiro” com o estabelecimento da rotina de estudo, a perseverança e
alguns tropeços até a tão sonhada aprovação.

No meu antigo cargo me acostumei a escrever de forma mais didática


sobre temas ambientais, visto que elaborava pareceres e notas técnicas para
assessorar a atuação dos Procuradores da República, que nem sempre tem bom
domínio de temas relacionados ao meio ambiente. Como Auditor Fiscal,
também lidava diretamente com ferramentas Geo, em especial SIG e
Sensoriamento Remoto. Agora na TERRACAP, trabalho exclusivamente com
geoprocessamento, em especial no monitoramento de ocupações irregulares via
satélite.

Aqui no Ponto dos Concursos, além de diversos cursos de meio ambiente


e direito ambiental, já ministrei alguns cursos relacionados à
Geoprocessamento, a saber:

CURSO: ANO:
Conhecimentos Específicos – DNIT: Licenciamento e Auditoria Ambiental 2013
(Analista de Infraestrutura de Trânsito)
Ecologia e Meio Ambiente – SEGPLAN/GO (Perito Criminal) 2015
Geoprocessamento para Analista do IBGE 2016

Seja meu amigo no facebook “Giancarlo Chelotti” e me siga no


Instagram “@gianchelotti”

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2 – ESTRUTURA DO CURSO

Esse curso aborda toda a parte de Geoprocessamento do edital do


concurso da TERRAAP (Anexo I - item 2.2.15) e está dividido em 9 aulas, sendo
uma demonstrativa e 8 regulares, conforme o conteúdo programático
apresentado na página 2 deste material.

As aulas consistirão de um apanhado teórico geral sobre os temas seguido


de uma coletânea de exercícios comentados que serão utilizados para fixar os
conhecimentos, dando maior ênfase àqueles que são mais importantes e que
são frequentemente cobrados em concursos.

Não se esqueça que, além das 9 aulas, o Fórum de Dúvidas está


sempre disponível para você. Use e abuse dele! Qualquer dúvida sobre as aulas
ou sobre o conteúdo, não hesite em me perguntar via fórum!

Antes que você continue a ler, preciso fazer um alerta:


Geoprocessamento não é coisa para marinheiro de primeira viagem! Se
você nunca teve contato com o tema e quer fazer para essa área por ser para
diversas áreas de formação superior DESISTA! Nem perca seu tempo!

Esse tema é bastante complexo! Tanto que só é devidamente abordado


em nível de pós-graduação. Dessa forma, é impossível eu ensinar
Geoprocessamento para você em nove aulas. O foco desse curso é garantir que
você domine o suficiente de Geo para gabaritar essa parte da prova, sem a
necessidade de se tornar um especialista no assunto. O foco é total na sua
prova!

Ao decorrer do curso, vocês perceberão que eu não costumo fazer aulas


muito longas e costumo ser bem direto e objetivo, raramente minhas aulas
passam de 50 páginas. O conteúdo teórico será bastante enxuto, visto que o
foco é na resolução de exercícios. Tudo isso justamente para que você otimize
ao máximo o seu tempo de estudo.

Um problema que enfrentaremos juntos ao longo desse curso é a


escassez de questões. Como o Geoprocessamento é um tema bastante raro
em concursos, a quantidade de questões existentes é pequena em comparação
a outras matérias, como as disciplinas do direito, português, informática e
raciocínio lógico. Para você ter uma ideia, acompanho concursos desde 2010 e
essa é apenas a quarta prova que vejo cobrar exclusivamente Geo na parte
específica.

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Isso vai acabar refletindo em um curso com uma quantidade menor


questões também. As bancas que mais possuem questões de Geo são o CESPE
e a ESAF, que já possuem algum histórico na elaboração de provas com
questões sobre essa matéria.

Portanto, nosso curso terá a maior parte das questões oriundas dessas
bancas e também algumas questões de provas mais antigas para complementar
o estudo. Além disso, se eu julgar necessário, colocarei questões de minha
autoria para fixar a matéria.

Provavelmente teremos poucas questões da QUADRIX, nossa querida


banca, mas posso te garantir que fiz uma vasta pesquisa de questões para esse
curso e prometo trazer o maior número de questões possíveis. Mesmo assim, se
você achar alguma questão que eu não tenha colocado na aula, sinta-se à
vontade para colocá-la no fórum para que eu a resolva para a turma,
combinado?

Agora que estamos devidamente apresentados, vamos começar:

3 – NOÇÕES BÁSICAS DE CARTOGRAFIA

Cartografia é entendida como Ciência e a Arte que se propõe a


representar através de mapas, cartas, plantas e outras formas gráficas os
diversos ramos do conhecimento humano sobre a superfície e o ambiente
terrestre.

O objeto da cartografia é a representação espacial das combinações e


interações dos fenômenos da natureza e da sociedade, bem como suas
alterações temporais, por meio de símbolos e convenções cartográficas.

A Astronomia é a mais antiga ciência de apoio à Cartografia, pois é


utilizada para determinar a posição geográfica de pontos na superfície terrestre.

As principais aplicações da cartografia são:

- Operações militares e de inteligência;

- Planejamento urbano e rural;

- Cadastro urbano e rural;

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- Mapeamento, uso e ocupação do solo;

- Modelo digital de terreno e outros produtos;

- Engenharia Civil;

- Telecomunicações;

- Engenharia Elétrica;

- Indústria do petróleo;

- Sistemas de Informações Geográficas;

- Entre outros.

A Cartografia é dividia em três grandes áreas:

Geral: Atende o uso geral, representando a superfície topográfica, os


acidentes geográficos e as obras do homem. É base para as demais;

Temática: Atende determinados conhecimentos particulares (temas);

Especial: Atende um uso específico, uma técnica ou uma ciência.

A Cartografia Geral também se divide em três: cadastral, topográfica e


geográfica, em função da escala e do detalhamento das informações,
conforme figura abaixo:

Vamos ver as principais características da Cartografia Geral:

- Atende a um público amplo e diversificado (vários usuários);

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- Representação de elementos físicos ligados à topografia do terreno;

- Produtos sempre servem de base para outras representações;

- Em geral, os elementos podem ser utilizados por um longo tempo;

- Trata basicamente de informações qualitativas;

- Produção de documentos exige conhecimento especializado em


cartografia.

3.1 – Geodésia, Sistemas de Projeções e Sistemas de Coordenadas

Geodésia é uma ciência complexa, que estuda a determinação precisa da


forma e das dimensões da Terra e das variações do seu campo gravitacional.

Existem três tipos de abordagem para se tentar representar a superfície


terrestre, quanto à forma e dimensões, conforme figura a seguir:

Tanto o modelo físico quanto o matemático são utilizados em cartografia,


embora com finalidades diferentes. A partir do modelo físico, obtém-se o
Geoide, é uma superfície equipotencial coincidente com o nível médio dos
mares, suposto homogêneo e livre de perturbações de qualquer natureza. Ou
seja, é uma superfície de nível ondulada e não possui uma forma matemática
(ou geométrica) conhecida. Dessa forma, o geoide não pode ser utilizado como

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superfície de referência para localização, embora possa ser utilizada para


altitudes.

A partir do modelo matemático, obtém-se a representação da superfície


terrestre como um Elipsoide de Revolução.

Com base nos modelos geodésicos, foram criados os Sistemas


Geodésicos. Um Sistema geodésico é composto de uma elipsoide de referência
+ um ponto de origem, chamado de Datum.

O Datum é um ponto de referência de coordenada conhecida. Ele pode


ser horizontal ou vertical. O Datum horizontal é a referência para o
posicionamento horizontal (coordenadas planimétricas). Ele determina a
posição do elipsoide em relação ao geoide (vértice). O Datum vertical é a
referência para o posicionamento das altitudes. Cada região ou país banhado
por um oceano pesquisa em sua costa lugares onde a variação de marés é
mínima.

Atualmente o Sistema Geodésico de Referência utilizado no Brasil é o


SIRGAS 2000, que utiliza pontos de coordenadas conhecidas de diversos
países das Américas, bem como o auxílio dos Sistemas Globais de Navegação
por Satélite (GNSS).

O SIRGAS 2000 é um sistema Geocêntrico. Isto significa que esse sistema


adota um referencial que tem a origem dos seus três eixos cartesianos
localizado no centro de massa da Terra.

Sistema de coordenadas no plano cartesiano é um esquema reticulado


necessário para especificar pontos num determinado "espaço" com dimensões.
A ideia para este sistema foi desenvolvida em 1637 pelo matemático francês e
filósofo Descartes. O sistema consiste de duas retas perpendiculares,
chamadas eixos cartesianos que se interceptam em suas origens.

Equador é uma linha imaginária equidistante dos polos que divide a Terra
em dois hemisférios iguais. Ou seja, é o plano perpendicular à linha dos polos.

Latitude é um método que descreve posições de pontos situados a norte


ou a sul do Equador. Baseado no sistema sexagesimal, o Equador é considerado
0º, os polos são considerados 90º e cada grau pode ser dividido em 60
minutos. A linha de mesma latitude é denominada de Paralelo.

Longitude é um método que descreve posições de pontos situados a


leste ou oeste de um referencial. Por convenção, determinou-se que o

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referencial seria a linha de mesma longitude que passa pelo observatório de


Greenwich, na Inglaterra, sendo esse o meridiano 0º. A linha de igual
longitude é denominada Meridiano.

A partir dos conceitos de latitude e longitude e da definição de latitude 0º


para a Linha do Equador e longitude 0º para o Meridiano de Greenwich, surge o
sistema de coordenadas geográficas, no qual a Terra pode ser dividida em 4
quadrantes: NE (latitudes e longitudes positivas), SE (latitudes negativas e
longitudes positivas), SW (latitudes e longitudes negativas), e NW (latitudes
positivas e longitudes negativas).

Para aplicar o posicionamento no sistema de latitudes e longitudes, é


necessário plotar a superfície terrestre em um plano. Para isso, existem
diversos Sistemas de Projeções. Todos os mapas e cartas são representações
aproximadas da superfície terrestre. Não se pode passar de uma superfície
curva para uma superfície plana sem que haja deformações.

Essas distorções podem ser lineares (altera a dimensão de linhas),


angulares (variações de ângulos), de forma (altera o formato de polígonos),
ou de área (altera o tamanho de polígonos).

As Projeções Cartográficas podem ser definidas como a


correspondência matemática entre as coordenadas plano-retangulares do mapa
e as coordenadas esféricas da Terra.

As projeções cartográficas podem ser classificadas de acordo com as


propriedades que conservam, podendo ser:

Equidistantes: não apresentam deformações lineares em uma ou


algumas direções;

Equivalentes: não deformam áreas, dentro de certos limites de


extensão;

Conformes: não deformam ângulos, dentro de certos limites de


extensão;

Afiláticas: não conservam nenhuma propriedade, mas minimizam as


deformações em conjunto (ângulos, áreas e distâncias).

De acordo com o método construtivo, as projeções podem ser


classificadas em:

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Geométricas: baseiam-se em princípios geométricos, existindo um


significado físico para a projeção;

Analíticas: baseiam-se em leis de correspondência matemáticas e não


possuem um significado geométrico;

Convencionais: baseiam-se em princípios projetivos arbitrais, por


convenção, para deduzir uma expressão matemática;

Existem seis tipos de superfície de projeção: linear, linear com polar,


plana, cônica, cilíndrica e esférica. Essas três que grifei são as mais comuns.
A figura a seguir apresenta alguns exemplos dessas projeções.

As projeções planas são classificadas como:

Ortográfica: ponto de vista localizado no infinito. Visão em perspectiva


da Terra. Escala diminui ao longo das linhas radiais a partir do ponto
central.

Estereográfica: ponto de vista é o centro da Terra. Direções somente são


verdadeiras a partir do ponto central da projeção, a escala aumenta a
partir do ponto central, distorções de áreas e grandes formas aumentam a
partir do ponto central.

Gnômica: ponto de vista localizado no centro da Terra. Equidistante,


porém as distâncias só são verdadeiras a partir do ponto central da

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projeção. Distorções de formas e áreas aumentam a partir do ponto


central e a escala aumenta muito rapidamente a partir desse ponto.

Azimutal Equidistante: distâncias a partir do centro são verdadeiras.


Distorções de forma e área aumentam a partir do ponto central.

Azimutal de Igual Área de Lambert: Equivalente. Setores limitados por


dois meridianos e dois paralelos na mesma latitude são uniformes em
área.

Exemplo da projeção plana de igual área de Lambert.

As principais projeções cônicas são:

Alberes de Igual Área: Equivalente. Equidistante nos paralelos padrões.


Os paralelos são espaçados desigualmente em círculos concêntricos a
partir dos polos. Os meridianos são regularmente espaçados, cortando os
paralelos em ângulo reto.

Conforma de Lambert: Os paralelos são arcos de círculos com origem


comum. Os meridianos são igualmente espaçados desses círculos.
Equidistante nos paralelos padrões. Direções são precisas. Distorções de
áreas e formas são mínimas ao longo dos paralelos padrões, mas
aumentam a partir deles.

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Equidistante: As distâncias são veradeiras ao longo dos meridianos e dos


paralelos padrões. Direções, áreas e formas são razoavelmente precisas,
mas há aumento da distorção â medida que se afasta dos paralelos
padrões.

Policônica: Direções são verdadeiras nos paralelos e meridiano central.


Formas e áreas são verdadeiras apenas ao longo do meridiano central.

Exemplo da Projeção Equidistante

As projeções cilíndricas são classificadas em normal (eixo de simetria


do cilindro coincide com o eixo de rotação da Terra); transversal (eixo de
seimetria do cilindro é transversal ao eixo de rotação da Terra); oblíqua (eixo
de simetria do cilindro em posição diversa ao eixo de rotação da Terra).

A principal projeção cilíndrica e a mais utilizada é a Projeção Universal


Transversal de Mercator, ou sistema UTM. É uma projeção conforme e
com mínimas distorções de distância. Consiste em uma superfície de projeção
construída a partir de 60 cilindros transversos secantes ao elipsoide, cada um
com uma amplitude de 6º em longitude, tendo como limites as latitudes 80ºN e
80ºS. Acima desses valores as distorções se acentuam muito. Os fusos são

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enumerados de 1 a 60 a partir do antimeridiano de Greenwich. Indicado para


mapeamentos de escala de 1:1.000.000 a 1:10.000. Utiliza-se do sistema
métrico onde cada fuso é dividido por um meridiano central e pela Linha do
Equador. As distâncias variam de 0 a 10.000 km para o norte, 10.000 a 0km
para o sul, e de 500 a 0km para oeste e de 500 a 1.000km para leste,
conforme esquema abaixo:

O Brasil ocupa 8 fusos UTM, conforme figura abaixo:

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A seguir vou apresentar um quadro com as principais projeções


cartográficas e suas características e aplicações mais marcantes:

Com base na divisão adotada pelo sistema UTM, a União Geodésica


Geofísica Internacional – UGGI, propôs um sistema de mapeamento mundial
chamado de Carta ao Milionésimo. Esse esquema propõe mapear o mundo
em escala 1:1.000.000 e divide a superfície terrestre em quadrantes com 6º de
longitude e 4º de latitude, numerados de 1 a 60 a partir do antimeridiano de
Greenwich de Oeste para Leste, com letras de “A” até “U” para as latitudes,
acrescida da letra “N” para norte e “S” para sul.

O sistema da Carta ao Milionésimo possui um sistema de divisão e


nomenclatura que permite mapear áreas com escalas de 1:1.000.000 até
1:10.000 com localização geográfica precisa.

A carta de 1:1.000.000 é dividida em 4 folhas de 2º por 3º, com


1:500.000, onde cada quadrante é acrescido das letras V, X, Y, Z. Essa folha é
dividida em outras 4 folhas de 1º por 1º30’, com escala de 1:250.000, onde
cada quadrante é conhecido pelas letras A, B, C, D.

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Essa folha é dividida em outras 6 folhas com escala de 1:100.000,


numeradas em algarismos romanos I, II, III, IV, V, VI. Cada folha dessa é
dividida em outras 4 folhas com escala de 1:50.000, numeradas em algarismos
arábicos 1, 2, 3, 4.

A folha de 50.000 é dividida em 4 outras, com escala de 1:25.000,


nominadas em função da posição do quadrante NO, NE, SE, SO. Essa última é,
ainda, dividida em outras 6 folhas com escala de 1:10.000, nomeadas pelas
letras A, B, C, D, E, F.

UFA! Parece complexo, mas vou deixar um esquema aqui para facilitar a
compreensão de vocês:

O Brasil está inserido em 46 Cartas ao Milionésimo, conforme figura


abaixo. Cada carta dessa pode ser dividida conforme o sistema de
nomenclatura que expliquei acima.

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Mas o que é escala?

3.2 - Escalas

Escala nada mais é do que relação entre as dimensões de um


desenho e o objeto por ele representado. É uma relação matemática que
existe entre as dimensões reais e aquelas da representação da realidade
contidas em um mapa ou globo.

As escalas são registradas em forma de fração, onde o numerador indica


o valor do plano (mapa) e o denominador o valor real daquela área
representada. Por exemplo, a escala de 1:500 significa que 1 cm do mapa
equivale a 500 cm da área real.

De maneira geral, a escala numérica não indica a unidade, pois pode ser
aplicada a qualquer uma. Entretanto, pode haver escala por unidade, por
exemplo:

1 cm = 4 km

A representação que mostrei acima é chamada de escala numérica. Outra


forma de representação é a escala gráfica. A escala gráfica é a representação

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desenhada da escala unidade por unidade, onde cada segmento mostra a


relação entre longitude da representação e da área real. Um exemplo seria:

0____________100km

3.3 – Cartografia Temática

A Cartografia temática é a principal forma gráfica utilizada para


representar as relações que ocorrem no espaço. As representações gráficas
fazem parte de um sistema de sinais que o homem construiu para se comunicar
com os outros, compondo assim a linguagem gráfica.

A cartografia temática trata da parte da cartografia que diz respeito ao


planejamento, execução e impressão de mapas sobre um fundo básico,
ao qual serão anexadas informações através de simbologia adequada,
visando atender as necessidades de um público específico.

A cartografia temática tem o mesmo objetivo da cartografia Geral:


representar a distribuição de determinados fenômenos no espaço, sem
ambiguidades. No entanto, ela está associada à representação de temas
específicos enquanto que a cartografia geral pode trazer no mapa várias
informações distintas, muitas vezes com o objetivo de produção da base
cadastral.

O objetivo dos mapas temáticos é o de fornecer, com o auxílio de


símbolos quantitativos e/ou qualitativos dispostos sobre uma base de
referência, geralmente extraídos dos mapas topográficos ou dos mapas de
conjunto, uma representação convencional dos fenômenos localizáveis de
qualquer natureza e de suas correlações. A base de referência é geralmente
extraída dos mapas topográficos ou dos mapas de conjunto. Por isso a
cartografia temática é também conhecida como “especial/especializada” ou
“aplicada”, posto que ela não representa apenas uma base territorial, mas
também um fenômeno que ocorre sobre o território.

A cartografia temática pode representar temas diferentes com ou sem


expressão física no espaço. Ideias abstratas podem ser representadas por meio
de mapas, por exemplo, as áreas de influência de cidades, a densidade
populacional, a produtividade de uma cultura, entre uma infinidade de temas.

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Como vimos aula passada, a Cartografia se divide em três, vamos


analisar essas divisões com mais detalhes no quadro a seguir, que apresenta a
Classificação da Cartografia segundo o IBGE:

Vamos ver as principais características das subdivisões da cartografia


temática:

De notação: registra os fenômenos na sua distribuição espacial, sob a


forma de cores ou de tonalidades muito variadas, complementadas muitas
vezes por sinais gráficos característicos. A ênfase da variação aparece no
destaque das diferenças qualitativas de um fenômeno ocorrido numa área,
para o fenômeno que varia em outra área, e assim por diante.

Como exemplos de mapas temáticos de notação podemos citar: geológico,


pedológico, uso da terra, etnográfico, oceanográfico, entre outros.

Estatística: Os elementos primários do tema que serão elaborados


cartograficamente, são originários da técnica estatística, tanto no que se
refere aos elementos físicos, quanto aos elementos humanos.

São exemplos deste grupo os mapas de densidade, os de distribuição por


pontos, os de fluxo, os pluviométricos e os mapas de isolinhas.

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Síntese: tem a finalidade explicativa, em que a representação de um


fenômeno, em conjunto, é realizada mediante as suas relações externas.
Os mapas de síntese expressam "o conjunto dos elementos de diferentes
fatos ou fenômenos", formam uma abstração intelectual, apresentando-se
de forma global.

Podem ser considerados de síntese os mapas econômicos complexos, os


de áreas homogêneas, os morfoestruturais, os geomorfológicos, os de
indicação de potenciais, os históricos, entre outros.

Os mapas temáticos também podem ser classificados de acordo com a


metodologia de construção. As principais classes metodológicas são:

BASE: “É o mapa que servirá de suporte para a localização dos


componentes do tema. Ele deve conter certas informações cartográficas
básicas para atender de maneira plausível esta solicitação” (MARTINELLI,
2003). Note que o mapa base está presente em todas as metodologias de
elaboração do temático, posto que o temático necessita de uma base já
existente para ser elaborado. Exemplos: Topografia, Hidrografia,
Rodovias, Divisões Político-Administrativas, entre outros.

ALFANUMÉRICO: Há a necessidade da associação entre dados


cartográficos (desenhos ou primitivas gráficas) e alfanuméricos (tabelas)
para que o mapa seja elaborado, como resultado de combinações ou
consultas a conteúdos da tabela. Exemplo: Distribuição Populacional,
Atividades Turísticas, Produtividade, entre outros.

TAXONOMIA: A partir de imagens como fotografias aéreas,


ortofotocartas, ou imagens de satélites obtidas por sensoriamento remoto,
baseia-se no reconhecimento e classificação de tipologias espaciais. Pode
ser construído a partir de chaves de classificação ou por aplicações de
processamento digital de imagens. Exemplo: Uso e Ocupação do Solo,
Vegetação, Uso Agrícola e Áreas de Pastagens, entre outros.

MDT (Modelo Digital de Terreno): É uma representação matemática da


distribuição espacial da característica de um fenômeno vinculada a uma
superfície real. A superfície é em geral contínua e o fenômeno que
representa pode ser variado. Apenas com a construção do Modelo Digital
de Elevação é possível elaborar o mapa temático desejado. No entanto,
para elaborar o MDT é preciso do mapa-base topográfico. Exemplos:
Declividades, Aspecto (Orientação da Vertente), Hipsometria, Domínios
Geomorfológicos, entre outros.

COMBINAÇÃO DE MAPAS: Construídos a partir da combinação de


variáveis, por processos de sínteses de diferentes camadas de mapas
temáticos. A metodologia empregada pode ser desde a justaposição de

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informações, até a aplicação de álgebra de mapas. Exemplo: Zoneamento


Ambiental, Recursos Naturais, Biodiversidade, entre outros.

Atualmente, dada a grande evolução das ferramentas computacionais de


Geoprocessamento, a cartografia temática é desenvolvida como cartografia
digital. Cartografia Digital entende a realidade como um Modelo Digital do
Ambiente, composto por camadas de informações segundo diferentes temas. A
essas camadas podem ser associados bancos de dados alfanuméricos, que
apresentam as características de cada ocorrência espacial. Tais camadas podem
ser sobrepostas umas sobre as outras, permitindo assim a visualização
simultânea da espacialização de diferentes fenômenos no espaço.

O grande desafio da cartografia temática é representar adequadamente


os objetos e fenômenos e suas relações. Para facilitar essa representação essas
relações são classificadas em três grupos:

Relações quantitativas, quando os dados são numéricos e nos


permitem estabelecer proporção entre os objetos/fenômenos;

Relações de ordem, quando os dados não permitem estabelecer


proporção, mas apresentam uma hierarquia visível entre os
objetos/fenômenos;

Relações seletivas ou qualitativas, quando os dados não nos permitem


estabelecer relações de ordem ou de proporção. Portanto, os
objetos/fenômenos são apenas diferentes (ou semelhantes) entre si”.
(OLIVEIRA,2004).

Uma informação quantitativa precisa ser traduzida por meio de uma


variável visual quantitativa. Uma informação ordenada, por meio de uma
variável ordenada, e assim por diante. A determinação do modo de implantação
pertinente para uma determinada informação depende da própria informação.
Assim, uma cidade pode, por exemplo, ser representada por um ponto ou uma
área, dependendo da escala de representação.

As representações quantitativas são empregadas para evidenciar a


relação de proporcionalidade entre os objetos (B é quatro vezes maior que A).
Esta relação deve ser transcrita por relações visuais de mesma natureza. A
única variação visual que transcreve corretamente esta noção é a de tamanho.
Exemplo: mapa de densidade populacional:

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As representações ordenadas são indicadas quando categorias dos


fenômenos se inscrevem numa sequência única e universalmente admitida. A
relação entre os objetos é de ordem. Definem-se assim as hierarquias. Por sua
vez, o tempo também se apresenta naturalmente ordenado. Assim, podemos
admitir que certos fenômenos nos autorizam a impor-lhes uma classificação
segundo uma ordem lógica e evidente, considerando categorias deduzidas de
interpretações quantitativas ou de datações.

São exemplos a hierarquia das cidades pelo critério do tamanho


populacional, a sequência da ocupação dos espaços agrícolas no tempo, etc.
Para representar os dados ordenados, podemos usar as variáveis visuais
tamanho, valor/tonalidade e granulação. Exemplo: intervalo de classes.

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Nas representações qualitativas ou seletivas será levado em conta,


principalmente, a diversidade entre objetos, os quais se diferenciam pela sua
natureza, tipo, podendo sugerir uma classificação estritamente qualitativa. Os
dados seletivos podem ser representados por qualquer variável visual, porém a
informação é mais facilmente assimilada quando usamos a cor, a granulação ou
a orientação. Exemplo: divisão político-administrativa:

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Para cada tipo de relação (quantitativo, ordenado ou seletiva), existe uma


variável de representação mais adequada. Vamos ver agora as variáveis mais
comuns:

A variável Tamanho aplica-se quando os dados forem quantitativos, posto


que essa variável visual conseguirá transmitir a ideia de proporcionalidade.
Indica-se também essa variável visual para representar dados ordenados e
seletivos. Exemplo:

A variável Tonalidade (valor) é indicada tanto para dados ordenados,


preferencialmente, quanto para seletivos. A indicação da variação da
tonalidade para dados ordenados é muito indicada, pois passa claramente
a noção de ordem dos dados à medida que o tom da mesma cor ou varia.
Ao adotar a variável visual tonalidade (valor) para dados seletivos
(comparação ou diferenciação), deve-se certificar que o dado, além de
seletivo, é também ordenado. Caso contrário, a representação levará à
percepção errada dos dados. Exemplo:

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A variável Cor é indicada para dados seletivos e associativos, aonde cada


cor utilizada representa um objeto/fenômeno diferente e cores próximas
são usadas para objetos/fenômenos semelhantes. Exemplos:

Já a variável Forma nos é indicada, preferencialmente, para dados


associativos, aonde todos os objetos/fenômenos com a mesma forma
representam a mesma coisa. Indica-se preferencialmente que os símbolos
usados sejam semelhantes ao objeto a ser representado, pois facilita a
assimilação do conteúdo representado.

Além da simbologia e representação gráfica adequada, é importante que


haja localização e precisão adequada. Para isso, o IBGE definiu o Padrão de
Exatidão Cartográfica – PEC.

Padrão de Exatidão Cartográfica é um indicador estatístico de dispersão,


relativo a 90% de probabilidade, que define a exatidão de trabalhos
cartográficos.

Segundo o Decreto n.º 89.817, de 20 de junho de 1984, as cartas quanto


à sua exatidão devem obedecer ao Padrão de Exatidão Cartográfica - PEC,
segundo o critério abaixo indicado:

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1. Noventa por cento dos pontos bem definidos numa carta, quando
testados no terreno, não deverão apresentar erro superior ao Padrão de
Exatidão Cartográfica - Planimétrico - estabelecido.

2. Noventa por cento dos pontos isolados de altitude, obtidos por


interpolação de curvas de nível, quando testados no terreno, não deverão
apresentar erro superior ao Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico -
estabelecido.

Com base nisso, as cartas, segundo sua exatidão, são classificadas nas
Classes A, B e C, segundo os critérios seguintes:

Classe A

1. Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 0,5 mm, na escala da


carta, sendo de 0,3 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente.

2. Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: metade da equidistância


entre as curvas de nível, sendo de um terço desta equidistância o Erro-
Padrão correspondente.

Classe B

1. Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 0,8 mm na escala da


carta, sendo de 0,5 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente.

2. Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: três quintos da


equidistância entre as curvas de nível, sendo de dois quintos o Erro-
Padrão correspondente.

Classe C

1. Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 1,0 mm na escala da


carta, sendo de 0,6 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente.

2. Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: três quartos da


equidistância entre as curvas de nível, sendo de metade desta equidistância
o Erro-Padrão correspondente.

Exemplo: se a fonte da digitalização é um mapa de Classe A na escala


1:100.000, não posso representar nem mensurar nada menor que 30 metros,
uma vez que 0,3 mm são 30 metros.

O Decreto n.º 89.817/1984 trouxe ainda os elementos obrigatórios de


uma carta, conforme os art.12 a 20, a saber:

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Art. 12 - A folha de uma carta deve ser identificada pelo Índice de


Nomenclatura e número do mapa-índice da série respectiva, bem como
por um título correspondente ao topônimo representativo do acidente
geográfico mais importante da área.

Art. 13 - Cada carta deve apresentar, no rodapé ou campos marginais,


uma legenda com símbolos e convenções cartográficas, de acordo com a
norma respectiva.

§ Único - O rodapé e campos marginais devem conter as informações


prescritas nas normas relativas à carta em questão, apresentando, no
mínimo, os elementos prescritos nestas Instruções.

Art. 14 - A escala numérica, bem como a escala gráfica da carta, devem


ser apresentadas sempre, acompanhadas de indicação da equidistância
entre as curvas de nível e escala de declividade, de acordo com a norma
respectiva.

Art. 15 - Os referenciais planimétrico e altimétrico do sistema de projeção


utilizado devem ser citados, bem como as suas constantes, a convergência
meridiana, a declinação magnética para o ano de edição e sua variação
anual, de acordo com a norma respectiva.

Art. 16 - O relevo deve ser apresentado por curvas de nível, ou hachuras,


ou pontos-cotados, ou em curvas de nível com pontos-cotados, segundo
as normas relativas à carta em questão, admitindo-se, quando for o caso,
o relevo sombreado como elemento subsidiário.

Art. 17- A quadriculação quilométrica ou sexagesimal, ou ambas, devem


ser usadas, com apresentação das coordenadas geodésicas dos quatro
cantos da folha, de acordo com a norma respectiva.

Art. 18 - O esquema de articulação das folhas adjacentes, bem como um


diagrama da situação da folha no Estado, na região ou no país, devem ser
usados conforme a escala e de acordo com a norma respectiva.

Art. 19 - É obrigatória a citação do ano de edição, bem como das datas de


tomada de fotografias, trabalhos de campo e restituição, ou compilação,
citando-se os órgãos executores das diversas fases.

§ Único - Nas cartas produzidas por compilação é obrigatória a citação da


fonte e do órgão produtor dos documentos de natureza cartográfica,
utilizados em sua elaboração.

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Art. 20 - Nas unidades de medida, deve ser adotado o Sistema


Internacional de Unidades - SI, nos termos da Legislação Metrológica
Brasileira.

§ Único - Em casos especiais e para atender compromissos internacionais,


admite-se o uso de unidades de medida estrangeiras, devendo constar,
neste caso, a unidade usada, em lugar bem visível e destacado na carta.

Mas o que é uma curva de nível?

Numa planta topográfica, uma curva de nível caracteriza-se como uma


linha imaginária que une todos os pontos de igual altitude de uma região
representada. É chamada de "curva" pois normalmente a linha que resulta do
estudo das altitudes de um terreno são em geral manifestadas por curvas. São
associadas a valores de altitude em metros (m). Portanto, a curva de nível
serve para identificar e unir todos os pontos de igual altitude de um certo lugar.

Agora que já temos todas as noções sobre cartografia, vamos praticar:

1 – (CESPE) DPF (2013) – Perito Criminal Federal – Engenharia


Florestal

Os mapas de cartografia são concebidos por meio de dois elementos da


realidade: localização e espaço.

Por definição, a localização não é um elemento da realidade, é uma


convenção criada pelo homem. Nem todo mapa produzido precisa de localização
definida.

Item ERRADO!

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2 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Diferentes tipos de sistemas de projeção preservam diferentes


características do terreno. Os sistemas de projeção do tipo equivalente
preservam:

a) Linhas b) Áreas c) Ângulos

d) Linhas e áreas e) Linhas e ângulos

Como vimos, projeções equivalentes são aquelas que preservam áreas.

Resposta certa: Letra “B”

3 – (CESPE) MPU (2010) – Analista em Engenharia Florestal/Perito

Não é possível se desenvolverem, sem deformações, superfícies


esféricas ou elipsoidais sobre um plano. Contudo, é possível construir,
sobre um plano, projeções dessas superfícies em que são preservados,
por exemplo, ângulos ou dimensões lineares dos elementos gráficos
contidos na superfície original.

É exatamente isso, não é possível transportar para o plano superfícies


elipsoidais ou esféricas sem que haja deformações. Só é possível preservar
algumas propriedades, como ângulos, áreas e linhas.

Item CERTO!

4 – (CESPE) MPU (2010) – Analista em Engenharia Florestal/Perito

Em representações de grandes extensões territoriais, em que as áreas


constituem elemento relevante para as análises, deve-se empregar um
sistema de projeção dito equivalente, que tem a propriedade de
preservar, na representação, as relações existentes entre as áreas
reais.

Se o elemento relevante para a análise do mapa é a área, é essa


propriedade que deve ser preservada. Dessa forma, deve-se escolher a
projeção que preserva essa característica. Dessa, forma deve-se utilizar uma
projeção Equivalente.

Item CERTO!

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5 – (CESPE) DPF (2013) – Perito Criminal Federal – Engenharia


Florestal

O sistema geocêntrico terrestre é um sistema cartesiano bidimensional


com origem no centro da Terra, um eixo coincidente com o eixo de
rotação da Terra e outro jacente no plano do equador, amarrado ao
meridiano de Greenwich.

O sistema geocêntrico é um sistema tridimensional, possui três eixos


cartesianos.

Item ERRADO.

6 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Em Cartografia, WGS84, SAD69 e SIRGAS2000 são termos relacionados


com:

a) Sistemas de projeção

b) Receptores de GPS

c) Referenciais geodésicos

d) Sistema de coordenadas

e) Tipos de estações da RBMC (Rede Brasileira de Monitoramento


Contínuo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

Os sistemas SAD69, WGS84 e SIRGAS 2000 são sistemas geodésicos de


referência, ou referenciais geodésicos. Pode-se dizer que cada sistema é a
evolução do outro, na ordem que coloquei.

Resposta certa: letra “C”

7 – (CESPE) ICMBIO (2014) Analista Ambiental

Os sistemas relacionados a referenciais geodésicos incluem WGS84


(World Geodetic System, de 1984), SIRGAS2000 (sistema de referência
geocêntrico para as Américas, de 2000) e UTM (universal transversa de
Mercator).

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O WGS84 e o SIRGAS2000 realmente são sistemas geodésicos de


referência, entretanto o UTM é um sistema de projeção ou sistema de
coordenadas.

Item ERRADO!

8 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Com relação à UTM (Universal Transversa de Mercator), é correto


afirmar que:

a) pode assumir valores negativos.

b) a unidade de medida é dada em metros ou quilômetros.

c) independe do fuso horário (zona).

d) a Terra é representada por uma projeção cônica.

e) a Terra é representada por uma projeção azimutal.

No sistema UTM, não existem valores negativos. Como eu já expliquei, o


eixo X varia de 0 a 500km para oeste e 500 a 1000km para leste; e o eixo y
varia de 0 a 10.000km para norte e 10.000 a 0km para sul. Letra “A” FALSA.

A unidade de medida realmente é em metros ou quilômetros. Letra “B”


CERTA.

O sistema UTM depende do fuso, uma vez que esse sistema divide a
superfície terrestre em 60 fusos. Letra “C” FALSA.

Nesse sistema a Terra é representada por uma projeção cilíndrica. Letras


“D” e “E” FALSAS.

Resposta certa: Letra “B”

9 – (CESPE) DPF (2004) – Perito Criminal Federal – Engenharia


Florestal

O meridiano central da zona 3 UTM é o meridiano de –165º (ou 165º


W).

Sabemos que o sistema UTM divide a Terra em 60 fuso (ou zonas) de 6º


de longitude e que a contagem começa a partir do antimeridiano de Greenwich,

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na longitude 180º. Dessa forma, a zone 3 UTM começa a -12º do antimeridiano


de Greenwich e termina a -18º, ou seja entre os meridianos -168º e – 162º.
Como o meridiano central das zonas UTM são os que ficam a 3º dos limites,
realmente o meridiano central da zona 3 UTM é o -165º

Item CERTO!

10 – (CESPE) MPU (2010) – Analista em Engenharia Florestal/Perito

As coordenadas geográficas de um objeto georreferenciado na escala


1:25.000 serão as mesmas, independentemente de a carta topográfica
ter como referência planimétrica o SAD-69 (South American Datum) ou
o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS2000).

As coordenadas geográficas de um objeto variam em função do sistema


geodésico de referência. E isso independe da escala. O sistema SAD69 é um
sistema topocêntrico que usa um modelo de geoide diferente do SIRGAS 2000
que é geocêntrico. As coordenadas são bem parecidas entre os diferentes
sistemas. O deslocamento é da ordem de alguns metros, entretanto não são as
mesmas.

Item ERRADO!

11 – (CESPE) MPU (2013) – Analista do MPU – Perícia – Engenharia


Agronômica

Considere uma propriedade rural com as seguintes características: área


de 10 km x 20 km, localizada na carta planialtimétrica SA.22, em
terreno com declividade média de 30% e georreferenciamento dos
limites da propriedade realizado com receptor GPS (global positioning
system) de navegação. Com base nessas informações, julgue os itens
subsecutivos.

Os dados permitem concluir que a propriedade rural localiza-se em


região compreendida entre a linha do Equador e 4º de latitude sul.

Conforme o sistema de nomenclatura da Carta ao Milionésimo, o endereço


SA.22 nos permite concluir que: “S” essa carta está ao sul do equador; “A” é a
primeira carta, considerando a direção do equador ao polo sul; 22 que está
localizada no fuso 22. Como cada carta ao milionésimo tem dimensão de 6º de
longitude por 4º de latitude, pode-se concluir que a propriedade em questão
está ao sul do equador, em região com latitude máxima de 4º.

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Podemos ir mais além: o “22” permite concluir que essa propriedade se


localiza no Brasil, uma vez que esse fuso corta nosso território na linha do
Equador.

Item CERTO!

12 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Um usuário solicitou junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística (IBGE), uma carta topográfica denominada SD-22-X-D-II-2.
Pode-se dizer que a escala da carta solicitada foi de:

a) 1:50.000 b) 1:100.000 c) 1:125.000

d) 1:250.000 e) 1:500.000

Segundo o sistema de nomenclatura de Carta ao Milionésimo, o SD-22-X-


D-II-2 possui escala de 1:50.000, conforme esquema que coloquei para você.

Resposta certa: Letra “A”.

13 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Suponha que uma cidade A situa-se a -10º S de latitude e -42º W de


longitude, enquanto a cidade B situa-se a -20º S de latitude e -45º W de
longitude. Uma aeronave, ao partir da cidade A para a cidade B, estará
tomando um rumo no sentido aproximado de:

a) Nordeste b) Sudeste c) Noroeste

d) Sudoeste e) Norte-Sul

A cidade “A” situa-se a 10º ao sul do Equador e a 42º a oeste de


Greenwich. Já a cidade “B”, situa-se a 20º ao sul do equador (10 graus mais ao
sul do que “A”) e a 45º a oeste de Greenwich (5 graus mais a oeste que “A”.
Em uma representação simples:

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Dessa forma, a direção de voo de “A” para “B” é sudoeste.

Resposta certa: Letra “D”.

14 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Considere que os pontos A, B e C possuem as seguintes latitudes em


graus, minutos e segundos:

Ponto A = -12º15’00”

Ponto B = -12º30’30”

Ponto C = -12º30’45”

Convertendo esses valores em graus decimais, tem-se que:

a) a latitude do ponto A é igual a -12,15º.

b) a latitude do ponto B é igual a -12,35º.

c) o ponto B localiza-se mais a norte do ponto A.

d) a latitude do ponto C é igual a -12,75º.

e) o ponto B localiza-se mais a sul do ponto A e mais a norte do ponto


C.

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Temos as latitudes dos pontos “A”, “B” e “C” em graus, minutos e


segundos. As alternativas a), b) e d) tratam da conversão de graus minutos e
segundos para graus decimais. A diferença entre esses sistemas é a seguinte:
os graus são representados da mesma forma nos dois sistemas. A diferença
está na fração dos graus.

No primeiro a fração é dividida em minutos, variando e 0 a 60 e depois


novamente dividida em segundos, também variando de 0 a 60. No sistema
decimal, como o nome já diz a fração é expressa em números reais. Dessa
forma, você tem que ter em mente que 1º = 60 minutos e que 60 minutos
são 3600 segundos (60 x 60). Com isso em mente você consegue
converter do sistema hexagonal para o decimal e vice-versa. Para
converter uma na outra é necessário a aplicação de uma regra de três simples.
Então vamos aplicar para as alternativas a), b) e d):

Sabendo que a parte do grau inteiro não se altera nos dois sistemas,
temos que converter apenas os minutos e segundos para o sistema decimal.

𝟏𝟓 𝟔𝟎
𝑨⋮ 𝑿 → 𝟔𝟎𝑿 = 𝟏𝟓𝟎𝟎 → 𝑿 = 𝟐𝟓 ∴ 𝑨 = 𝟏𝟐, 𝟐𝟓º
𝑿 𝟏𝟎𝟎

𝟑𝟎 𝟔𝟎 𝟑𝟎 𝟑𝟔𝟎𝟎
𝑩⋮ 𝑿 → 𝟔𝟎𝑿 = 𝟑𝟎 → 𝑿 = 𝟎, 𝟓 ⋮ 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐𝒔 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔: × ⋮ 𝒀 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝟑𝟑
𝑿 𝟏 𝒀 𝟏
∴ 𝑩 = 𝟏𝟐 + 𝟎, 𝟓 + 𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝟑𝟑º ∴ 𝑩 = 𝟏𝟐, 𝟓𝟎𝟖𝟑𝟑º

𝟑𝟎 𝟔𝟎 𝟒𝟓 𝟑𝟔𝟎𝟎
𝑫⋮ 𝑿 → 𝟔𝟎𝑿 = 𝟑𝟎 → 𝑿 = 𝟎, 𝟓 ⋮ 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐𝒔 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔: 𝑿 → 𝟑𝟔𝟎𝟎𝒀 = 𝟒𝟓
𝑿 𝟏 𝒀 𝟏
→ 𝒀 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟐𝟓 ∴ 𝑪 = 𝟏𝟐, + 𝟎, 𝟓 + 𝟎, 𝟎𝟏𝟐𝟓º ∴ 𝑪 = 𝟏𝟐, 𝟓𝟏𝟐𝟓º

Portanto, alternativa a), b) e d) FALSAS.

Agora vamos analisar a posição dos pontos para julgar as alternativas c) e


e). Quanto maior o ângulo, mais ao sul o ponto está. Dessa forma, concluímos
que o ponto “A” está mais ao norte, o “B” no meio e o “C” é o ponto mais ao
sul. Dessa forma a alternativa c) é FALSA e a alternativa e) é VERDADEIRA!

Resposta certa: letra “E”.

15 – (CESPE) DPF (2004) – Perito Criminal Federal – Engenharia


Florestal

A escala 1:50.000 é maior que a escala 1:100.000.

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Para descobrir qual é a escala maior, basta resolver a fração representada


pela escala:

𝟏 𝟏
= 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟐 ⋮ = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟏 → 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟐 > 0,00001 ∴ 1: 50.000 > 1: 100.000
𝟓𝟎𝟎𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎

Item CERTO!

Questões sobre escala são bastante comuns em


provas! Tenha certeza que pelo menos uma
questão desse tipo vai aparecer na sua prova.

16 – (CESPE) DPF (2004) – Perito Criminal Federal – Engenharia


Florestal

Na escala 1:250.000, 1 cm no mapa equivale a 2.500 m² no terreno.

As escalas só indicam medidas lineares, para se obter a área em escala,


deve-se primeiro obterás medidas lineares e em seguida calcular novamente as
áreas. A escala 1:250.000 significa que 1cm no mapa equivalem a 2.500
metros, mas não metros quadrados.

Item ERRADO.

17 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Suponha que a distância real entre as cidades de São Paulo e Rio de


Janeiro é de 400 quilômetros e que, em um mapa planimétrico, ela
corresponde a 4 centímetros. Portanto, a escala correta do mapa é de:

a) 1:1.000

b) 1:10.000

c) 1:100.000

d) 1:1.000.000

e) 1:10.000.000

Vamos converter tudo para centímetros para facilitar:

𝟒𝒄𝒎
𝟒𝟎𝟎𝒌𝒎 = 𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎𝒄𝒎 ⋮ = 𝟏: 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎
𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎𝒄𝒎

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Resposta certa: letra “E”.

18 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Entre as escalas abaixo, a mais apropriada para representar um pivô-


central com raio de 50 metros numa folha de papel A4 (210 mm x 294
mm) é a de:

a) 1:500 b) 1:2.500 c) 1:5.000

d) 1:25.000 e) 1:50.000

A primeira coisa que temos que fazer é transformar tudo para a mesma
escala. Dessa forma, 50m de raio, são 100m de diâmetro = 100.000mm, e
precisa caber na menor dimensão da folha 210mm. Dessa forma, para o pivô
caber nessa folha, temos:

𝟐𝟏𝟎
= 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟏 ∴≅ 𝟏: 𝟓𝟎𝟎
𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎

Resposta certa: Letra “A”

19 - (ESAF) DNIT (2013) Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

A figura abaixo mostra uma área de estudo hipotética onde foram


coletados no campo cinco pontos de controle para georreferenciar uma
imagem de satélite. Com base nessa figura, pode-se afirmar que, em
média, foram coletadas:

a) 0,05 amostras/hectare

b) 0,5 amostras/hectare

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c) 5 amostras/hectare

d) 50 amostras/hectare

e) 500 amostras/hectare

Com base na figura, sabemos que cada quadrante possui lados iguais de
25m, dessa forma a área total da propriedade é de 100x100m = 10.000m que
equivale 1 hectare. Como forma coletados 5 pontos nessa área, concluímos
que foram coletadas 5 amostras por hectare.

Resposta certa: letra “C”

20 – (CESPE) MPU (2013) – Analista do MPU – Perícia – Engenharia


Agronômica

Considere uma propriedade rural com as seguintes características: área


de 10 km x 20 km, localizada na carta planialtimétrica SA.22, em
terreno com declividade média de 30% e georreferenciamento dos
limites da propriedade realizado com receptor GPS (global positioning
system) de navegação. Com base nessas informações, julgue os itens
subsecutivos.

Nessa propriedade rural, a elevação do terreno varia, em média, 30


metros para cada 1 km de distância, no sentido do ponto mais elevado
para o ponto mais baixo do terreno.

Se a declividade média do terreno é de 30%, isso significa que a cada 100


metros o terreno varia 30 metros em altitude.

Item ERRADO!

21 – (CESPE) DPF (2013) – Perito Criminal Federal – Engenharia


Florestal

O mapa temático, na cartografia, deve informar o que, onde e como


ocorre determinado fenômeno geográfico; e, para isso, utilizam-se de
símbolos gráficos especialmente planejados com o intuito de facilitar,
para o usuário, a compreensão de diferenças ou semelhanças dos dados
informados.

É exatamente essa função de um mapa temático, conforme vimos na


aula.

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Item CERTO!

22 – (CESPE) CEF (2006) – Engenheiro Florestal Júnior

Na elaboração de mapas temáticos, o armazenamento das informações


em ambiente SIG é realizado por meio de planos de informações. Cada
plano armazena uma coleção de dados sobre uma determinada área,
por meio de representações geométricas distintas. A figura abaixo
apresenta as propriedades das feições geográficas, conhecidas como
relações topológicas. Com base nessa figura, julgue o item que se
segue.

As representações 1, 2, 3 e 4 indicam, respectivamente, forma,


orientação, tamanho e distribuição.

A representação 1 indica tamanho; a representação 2 indica orientação; a


representação 3 indica distribuição; e a representação 4 indica forma.

Item ERRADO.

23 – (ESAF) DNIT (2013) - Analista de Infraestrutura e Transportes –


Geoprocessamento

Uma área urbana, em um mapa temático:

I. Deve ser representada por um símbolo, pois áreas urbanas não fazem
parte da legenda propriamente dita do mapa.

II. Deve ser sempre representada pela cor preta, pois é uma norma do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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III. As capitais de Estado não devem ter representação mais destacada


do que as sedes municipais, pois tal representação leva a indícios de
hierarquização política e administrativa em produtos científicos.

Assinale a opção correta.

a) Todas estão corretas.

b) Somente a I está correta.

c) Somente a II está correta.

d) Somente a III está correta.

e) Todas estão incorretas

A área urbana pode ser representada de várias formas em um mapa


temático, tais como, pontos, símbolos, a área propriamente dita a depender do
objetivo e da escala do mapa. Além disso, não há a exigência de se essa área
seja sempre representada pela cor preta. Afirmações I e II INCORRERTAS.

As capitais de Estado devem sim serem representadas de forma mais


destacadas que as demais sedes municipais, para facilitar sua localização.
Afirmativa III INCORRETA.

Dessa forma, todas as afirmativas estão incorretas.

Resposta certa: letra “E”

24 – (CESPE) ANTT (2013) Especialista em Regulação de Transportes


Terrestres – Engenharia Ambiental e Florestal

Modelos digitais de elevação de terreno armazenados em softwares de


SIG possibilitam calcular volumes, traçar curvas de isovalores e traçar
perfis transversais, mas não permitem cálculo de áreas.

A partir dos MDT pode-se calcular volumes, áreas, desenhar perfis e


seções transversais, gerar imagens sombreadas ou em níveis de cinza, gerar
mapas de declividade e exposição, gerar fatiamentos em intervalos desejados e
perspectivas tridimensionais.

Item ERRADO!

25 – (CESPE) IJSN/ES (2010) – Especialista em Estudos e Pesquisas


Governamentais – Sistemas de Informações Geográficas

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O termo modelo numérico de terreno (MNT) é utilizado para denotar a


representação quantitativa de uma grandeza que varia continuamente
no espaço. Comumente associado à altimetria, o MNT pode ser utilizado
para modelar unidades geológicas, como teor de minerais, ou
propriedades do solo ou subsolo, como aeromagnetismo.

MNT e MDT são termos sinônimos. E realmente são utilizados para


representar a variação quantitativa de uma grandeza continuamente no espaço.
O uso mais comum realmente é altimetria, mas é aplicável a qualquer grandeza
física que varia continuamente no espaço.

Item CERTO!

26 – (CESPE) MPU (2013) – Analista do MPU – Perícia – Engenharia


Ambiental

Um erro gráfico máximo aceitável de 0,2 mm no processo de


digitalização de uma carta temática na escala de 1:50.000 equivale a 20
m.

Para realizar esse cálculo basta multiplicar o erro pela escala:

0,2 𝑚𝑚 𝑥 50.000 = 10.000𝑚𝑚 = 10 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠

Item ERRADO!

27 - (CESPE) ANTT (2013) Especialista em Regulação de Transportes


Terrestres – Engenharia Ambiental e Florestal

Curvas de níveis são linhas que unem pontos no terreno com a mesma
elevação e que, após armazenadas em um software de SIG,
eventualmente podem se encontrar.

A definição está correta! Na maioria dos mapas as curvas de nível


aparecem com linhas paralelas. Linhas paralelas por definição, não se
encontram no infinito. Entretanto, em alguns mapas essas linhas podem se
encontrar. Um exemplo é a representação de uma escarpa ou uma borda de
chapada. Nesses locais as curvas de nível acabam se encontrando.

Item CERTO!

28 – (UFSC) IGP (2008) – Perito Criminal – Engenharia Florestal.

Sobre curva de nível numa planta topográfica, pode-se afirmar:

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I. Uma curva de nível caracteriza-se como uma linha imaginária que


une todos os pontos de igual altitude de uma região.

II. As curvas de nível indicam uma distância vertical acima, ou abaixo,


de um plano de referência de nível. Começando no nível médio dos
mares, que é a curva de nível zero.

III. A curva de nível serve para identificar e unir todos os pontos,


independente da altitude de um certo lugar.

IV. A distância vertical entre as curvas de nível é conhecida como


equidistância.

É correto afirmar que:

a) Apenas a alternativa III está correta.

b) As assertivas I, II e IV estão corretas.

c) Apenas as alternativas I e IV estão corretas.

d) As assertivas I e III estão corretas.

A afirmativa I apresentou corretamente a definição de curvas de nível.


Afirmativa I CORRETA!

Realmente as curvas de nível indicam uma distância vertical acima


(altitude) ou abaixo (profundidade) de um plano de referência. Quando medidos
uma altitude chamamos de topografia, quando medimos uma profundidade (de
um lago, por exemplo), chamamos de batimetria. Para altitudes, o plano de
referência é o nível médio dos mares, cuja cota é 0m. Afirmativa II CORRETA!

A curva de nível serve para identificar e unir pontos de uma mesma


altitude! Afirmativa III ERRADA!

Realmente a distância entre duas curvas de nível é conhecida como


Equidistância, conforme o Decreto 89.817/1984. Afirmativa IV CORRETA.

Dessa forma, as afirmativas I, II e IV estão corretas.

Resposta certa: letra “B”

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29 – (CESPE) MPOG (2012) – Analista de Infraestrutura

Determinados acidentes geográficos tornam-se imperceptíveis na


representação cartográfica com escala reduzida, o que só pode ser
resolvido com a utilização de um sistema de cartografia digital.

Realmente determinados acidentes geográficos tornam-se imperceptíveis


na representação cartográfica com escala reduzida. Nesse caso, a solução
correta é a utilização de símbolos cartográficos. Entretanto a utilização de
símbolos pode ser aplicada tanto na cartográfica tradicional, quanto na
cartografia digital.

Item ERRADO.

30 – (NUCEPE) SEDUC/PI (2015) - Professor - Geografia

A representação e o conhecimento sobre a superfície terrestre são


buscas constantes do cotidiano humano e a Cartografia favorece estes
processos.

Assinale a alternativa que indica CORRETAMENTE contribuições da


Cartografia na localização sobre a superfície terrestre.

a) A localização precisa de um determinado ponto sobre a superfície


terrestre é dada a partir da rede geográfica.

b) As linhas que cobrem a superfície da Terra no sentido Norte-Sul são


denominadas paralelos, que permitem a divisão do planeta em dois
hemisférios e dois polos.

c) Para localização de um ponto na superfície terrestre é necessária a


determinação da distância entre um ponto qualquer e os paralelos de
referências.

d) A Latitude de um lugar é expressa a partir da diferença espacial


entre este e o Equador, medida em graus de 0º a 180º sempre na
direção Leste ou Oeste.

e) Na localização sobre a superfície terrestre é preciso considerar


exclusivamente as projeções cartográficas que permitem a construção
de quadrículas nas quais é possível localizar os lugares.

Rede geográfica é o nome dado por alguns autores para a malha formada
pelos paralelos e meridianos. A partir dela realmente é possível determinar a

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localização precisa de um ponto na superfície terrestre. Letra “A” VERDADEIRA.

As linhas no sentido norte-sul são os meridianos. Letra “B” FALSA.

Os paralelos definem apenas a latitude de um ponto. Se você tiver apenas


a latitude, você terá uma linha (com todas as longitudes possíveis) e não um
ponto preciso. Letra “C” FALSA.

Realmente a latitude expressa a diferença entre um ponto e a linha do


Equador, medida em graus de 0º a 180º, mas é na direção Norte ou Sul. Letra
“D” FALSA.

Somente a projeção não basta para uma localização precisa. É importante


conhecer o sistema de coordenadas utilizado e o sistema de referência (geoide
ou elipsoide). Letra “E” FALSA.

Resposta certa: Letra “A”

Então é isso alunos! Chegamos ao final da nossa Aula Demonstrativa do


curso de Conhecimentos Específicos - Geoprocessamento para Técnico
Especialista da TERRACAP. Espero que vocês tenham gostado da nossa aula
inaugural!

Não se esqueçam de fazer a revisão desta aula.

Fiquem com Deus e até a próxima aula!

5 – QUESTÕES DADAS EM AULA

1 – (CESPE) DPF (2013) – Perito Criminal Federal – Engenharia


Florestal

Os mapas de cartografia são concebidos por meio de dois elementos da


realidade: localização e espaço.

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2 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Diferentes tipos de sistemas de projeção preservam diferentes características


do terreno. Os sistemas de projeção do tipo equivalente preservam:

a) Linhas b) Áreas c) Ângulos

d) Linhas e áreas e) Linhas e ângulos

3 – (CESPE) MPU (2010) – Analista em Engenharia Florestal/Perito

Não é possível se desenvolverem, sem deformações, superfícies esféricas ou


elipsoidais sobre um plano. Contudo, é possível construir, sobre um plano,
projeções dessas superfícies em que são preservados, por exemplo, ângulos ou
dimensões lineares dos elementos gráficos contidos na superfície original.

4 – (CESPE) MPU (2010) – Analista em Engenharia Florestal/Perito

Em representações de grandes extensões territoriais, em que as áreas


constituem elemento relevante para as análises, deve-se empregar um sistema
de projeção dito equivalente, que tem a propriedade de preservar, na
representação, as relações existentes entre as áreas reais.

5 – (CESPE) DPF (2013) – Perito Criminal Federal – Engenharia


Florestal

O sistema geocêntrico terrestre é um sistema cartesiano bidimensional com


origem no centro da Terra, um eixo coincidente com o eixo de rotação da Terra
e outro jacente no plano do equador, amarrado ao meridiano de Greenwich.

6 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Em Cartografia, WGS84, SAD69 e SIRGAS2000 são termos relacionados com:

a) Sistemas de projeção

b) Receptores de GPS

c) Referenciais geodésicos

d) Sistema de coordenadas

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e) Tipos de estações da RBMC (Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo) do


IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

7 – (CESPE) ICMBIO (2014) Analista Ambiental

Os sistemas relacionados a referenciais geodésicos incluem WGS84 (World


Geodetic System, de 1984), SIRGAS2000 (sistema de referência geocêntrico
para as Américas, de 2000) e UTM (universal transversa de Mercator).

8 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Com relação à UTM (Universal Transversa de Mercator), é correto afirmar que:

a) pode assumir valores negativos.

b) a unidade de medida é dada em metros ou quilômetros.

c) independe do fuso horário (zona).

d) a Terra é representada por uma projeção cônica.

e) a Terra é representada por uma projeção azimutal.

9 – (CESPE) DPF (2004) – Perito Criminal Federal – Engenharia


Florestal

O meridiano central da zona 3 UTM é o meridiano de –165º (ou 165º W).

10 – (CESPE) MPU (2010) – Analista em Engenharia Florestal/Perito

As coordenadas geográficas de um objeto georreferenciado na escala 1:25.000


serão as mesmas, independentemente de a carta topográfica ter como
referência planimétrica o SAD-69 (South American Datum) ou o Sistema de
Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS2000).

11 – (CESPE) MPU (2013) – Analista do MPU – Perícia – Engenharia


Agronômica

Considere uma propriedade rural com as seguintes características: área de 10


km x 20 km, localizada na carta planialtimétrica SA.22, em terreno com
declividade média de 30% e georreferenciamento dos limites da propriedade
realizado com receptor GPS (global positioning system) de navegação. Com
base nessas informações, julgue os itens subsecutivos.

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Os dados permitem concluir que a propriedade rural localiza-se em região


compreendida entre a linha do Equador e 4º de latitude sul.

12 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Um usuário solicitou junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE), uma carta topográfica denominada SD-22-X-D-II-2. Pode-se dizer que
a escala da carta solicitada foi de:

a) 1:50.000 b) 1:100.000 c) 1:125.000

d) 1:250.000 e) 1:500.000

13 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Suponha que uma cidade A situa-se a -10º S de latitude e -42º W de longitude,


enquanto a cidade B situa-se a -20º S de latitude e -45º W de longitude. Uma
aeronave, ao partir da cidade A para a cidade B, estará tomando um rumo no
sentido aproximado de:

a) Nordeste b) Sudeste c) Noroeste

d) Sudoeste e) Norte-Sul

14 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Considere que os pontos A, B e C possuem as seguintes latitudes em graus,


minutos e segundos:

Ponto A = -12º15’00”

Ponto B = -12º30’30”

Ponto C = -12º30’45”

Convertendo esses valores em graus decimais, tem-se que:

a) a latitude do ponto A é igual a -12,15º.

b) a latitude do ponto B é igual a -12,35º.

c) o ponto B localiza-se mais a norte do ponto A.

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d) a latitude do ponto C é igual a -12,75º.

e) o ponto B localiza-se mais a sul do ponto A e mais a norte do ponto C.

15 – (CESPE) DPF (2004) – Perito Criminal Federal – Engenharia


Florestal

A escala 1:50.000 é maior que a escala 1:100.000.

16 – (CESPE) DPF (2004) – Perito Criminal Federal – Engenharia


Florestal

Na escala 1:250.000, 1 cm no mapa equivale a 2.500 m² no terreno.

18 – (ESAF) DNIT (2013) – Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

Entre as escalas abaixo, a mais apropriada para representar um pivô-central


com raio de 50 metros numa folha de papel A4 (210 mm x 294 mm) é a de:

a) 1:500 b) 1:2.500 c) 1:5.000

d) 1:25.000 e) 1:50.000

19 - (ESAF) DNIT (2013) Analista de Infraestrutura em Transportes –


Geoprocessamento

A figura abaixo mostra uma área de estudo hipotética onde foram coletados no
campo cinco pontos de controle para georreferenciar uma imagem de satélite.
Com base nessa figura, pode-se afirmar que, em média, foram coletadas:

a) 0,05 amostras/hectare b) 0,5 amostras/hectare

c) 5 amostras/hectare d) 50 amostras/hectare

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e) 500 amostras/hectare

20 – (CESPE) MPU (2013) – Analista do MPU – Perícia – Engenharia


Agronômica

Considere uma propriedade rural com as seguintes características: área de 10


km x 20 km, localizada na carta planialtimétrica SA.22, em terreno com
declividade média de 30% e georreferenciamento dos limites da propriedade
realizado com receptor GPS (global positioning system) de navegação. Com
base nessas informações, julgue os itens subsecutivos.

Nessa propriedade rural, a elevação do terreno varia, em média, 30 metros


para cada 1 km de distância, no sentido do ponto mais elevado para o ponto
mais baixo do terreno.

21 – (CESPE) DPF (2013) – Perito Criminal Federal – Engenharia


Florestal

O mapa temático, na cartografia, deve informar o que, onde e como ocorre


determinado fenômeno geográfico; e, para isso, utilizam-se de símbolos
gráficos especialmente planejados com o intuito de facilitar, para o usuário, a
compreensão de diferenças ou semelhanças dos dados informados.

22 – (CESPE) CEF (2006) – Engenheiro Florestal Júnior

Na elaboração de mapas temáticos, o armazenamento das informações em


ambiente SIG é realizado por meio de planos de informações. Cada plano
armazena uma coleção de dados sobre uma determinada área, por meio de
representações geométricas distintas. A figura abaixo apresenta as
propriedades das feições geográficas, conhecidas como relações topológicas.
Com base nessa figura, julgue o item que se segue.

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As representações 1, 2, 3 e 4 indicam, respectivamente, forma, orientação,


tamanho e distribuição.

23 – (ESAF) DNIT (2013) - Analista de Infraestrutura e Transportes –


Geoprocessamento

Uma área urbana, em um mapa temático:

I. Deve ser representada por um símbolo, pois áreas urbanas não fazem parte
da legenda propriamente dita do mapa.

II. Deve ser sempre representada pela cor preta, pois é uma norma do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

III. As capitais de Estado não devem ter representação mais destacada do que
as sedes municipais, pois tal representação leva a indícios de hierarquização
política e administrativa em produtos científicos.

Assinale a opção correta.

a) Todas estão corretas.

b) Somente a I está correta.

c) Somente a II está correta.

d) Somente a III está correta.

e) Todas estão incorretas

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24 – (CESPE) ANTT (2013) Especialista em Regulação de Transportes


Terrestres – Engenharia Ambiental e Florestal

Modelos digitais de elevação de terreno armazenados em softwares de SIG


possibilitam calcular volumes, traçar curvas de isovalores e traçar perfis
transversais, mas não permitem cálculo de áreas.

25 – (CESPE) IJSN/ES (2010) – Especialista em Estudos e Pesquisas


Governamentais – Sistemas de Informações Geográficas

O termo modelo numérico de terreno (MNT) é utilizado para denotar a


representação quantitativa de uma grandeza que varia continuamente no
espaço. Comumente associado à altimetria, o MNT pode ser utilizado para
modelar unidades geológicas, como teor de minerais, ou propriedades do solo
ou subsolo, como aeromagnetismo.

26 – (CESPE) MPU (2013) – Analista do MPU – Perícia – Engenharia


Ambiental

Um erro gráfico máximo aceitável de 0,2 mm no processo de digitalização de


uma carta temática na escala de 1:50.000 equivale a 20 m.

27 - (CESPE) ANTT (2013) Especialista em Regulação de Transportes


Terrestres – Engenharia Ambiental e Florestal

Curvas de níveis são linhas que unem pontos no terreno com a mesma elevação
e que, após armazenadas em um software de SIG, eventualmente podem se
encontrar.

28 – (UFSC) IGP (2008) – Perito Criminal – Engenharia Florestal.

Sobre curva de nível numa planta topográfica, pode-se afirmar:

I. Uma curva de nível caracteriza-se como uma linha imaginária que une todos
os pontos de igual altitude de uma região.

II. As curvas de nível indicam uma distância vertical acima, ou abaixo, de um


plano de referência de nível. Começando no nível médio dos mares, que é a
curva de nível zero.

III. A curva de nível serve para identificar e unir todos os pontos, independente
da altitude de um certo lugar.

IV. A distância vertical entre as curvas de nível é conhecida como equidistância.

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É correto afirmar que:

a) Apenas a alternativa III está correta.

b) As assertivas I, II e IV estão corretas.

c) Apenas as alternativas I e IV estão corretas.

d) As assertivas I e III estão corretas.

29 – (CESPE) MPOG (2012) – Analista de Infraestrutura

Determinados acidentes geográficos tornam-se imperceptíveis na representação


cartográfica com escala reduzida, o que só pode ser resolvido com a utilização
de um sistema de cartografia digital.

30 – (NUCEPE) SEDUC/PI (2015) - Professor - Geografia

A representação e o conhecimento sobre a superfície terrestre são buscas


constantes do cotidiano humano e a Cartografia favorece estes processos.

Assinale a alternativa que indica CORRETAMENTE contribuições da Cartografia


na localização sobre a superfície terrestre.

a) A localização precisa de um determinado ponto sobre a superfície terrestre é


dada a partir da rede geográfica.

b) As linhas que cobrem a superfície da Terra no sentido Norte-Sul são


denominadas paralelos, que permitem a divisão do planeta em dois hemisférios
e dois polos.

c) Para localização de um ponto na superfície terrestre é necessária a


determinação da distância entre um ponto qualquer e os paralelos de
referências.

d) A Latitude de um lugar é expressa a partir da diferença espacial entre este e


o Equador, medida em graus de 0º a 180º sempre na direção Leste ou Oeste.

e) Na localização sobre a superfície terrestre é preciso considerar


exclusivamente as projeções cartográficas que permitem a construção de
quadrículas nas quais é possível localizar os lugares.

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5 – GABARITO:

1–E 2 – “B” 3-C 4-C 5-E

6 – “C” 7-E 8 – “B” 9-C 10 - E

11 - C 12 – “A” 13 – “D” 14 – “E” 15 – C

16 – E 17 – “E” 18 – “A” 19 – “C” 20 - E

21 - C 22 - E 23 - E 24 - E 25 - C

26 - E 27 - C 28 – “B” 29 - E 30 – “A”

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