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Autor:
Alexandre Vastella
08 de Fevereiro de 2023
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PC-MS (Perito Criminal - Área 3 - Engenharia Ambiental/ Agrônoma) Cartografia, Geoprocessamento e Geoposicionament
www.estrategiaconcursos.com.br
INTRODUÇÃO
Olá, concurseiros! Sejam muito bem vindos ao nosso curso específico de Noções de Cartografia,
Geoprocessamento e Geoposicionamento para a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul elaborado de
acordo com as necessidades do Edital nº 01/2021 - SAD/SEJUSP/DGPC/DP
Para quem não me conhece, sou Alexandre Vastella, professor do Estratégia Concursos desde
2016. Como geógrafo, professor e pesquisador, trabalho desde 2010 acumulando experiência com
grandes empresas no ramo; e agora estou aqui para ajudar vocês na aprovação. Nosso curso será
específico para a Área 3 Meio Ambiente. Vejamos os itens abordados no recorte do Edital:
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Por último, para que possamos continuar fazendo este trabalho, pedimos que não comprem
material pirata nem material de rateio, isso é crime! Não quero ser chato logo de início, mas tenham
consciência que a única empresa legalmente autorizada a vender este curso é o Estratégia Concursos
por meio do site oficial: www.estratégiaconcursos.com.br. Além de o material ser eletronicamente
rastreado (o que pode dar um problemão para quem compra curso ilegalmente), pensem que construir
um PDF como este aqui demanda horas e horas de preparação e estudo. Sendo assim, não é justo que
outras pessoas roubem o nosso material e ganhem dinheiro em cima dele sem fazer nada, apenas
vendendo o trabalho dos outros. Dito isso, vamos aos estudos:
7. CARTOGRAFIA, GEOPROCESSAMENTO E
GEOPOSICIONAMENTO
O item "7" abordado nesta aula é composto por três grandes áreas: cartografia,
geoprocessamento e geoposicionamento. Por isso, antes de entrarmos nos conteúdos específicos dos
subitens "7.1 sistemas sensores", "7.2 característica", "7.3 interpretação de imagens e aplicação", vamos
falar brevemente sobre estas três grandes áreas.
O que é cartografia?
Grosso modo, a Cartografia é a ciência responsável pela elaboração de mapas, sendo dividida em
duas áreas:
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quando estamos escolhendo as projeções geodésicas (formato da Terra) ideais para uma determinada
representação, por exemplo, estamos nos referindo à cartografia sistemática.
Mapa e escala
Um mapa é sempre uma representação reduzida da superfície terrestre. Sendo assim, o que
determina esta redução é a proporção entre o desenho e a superfície real; ou seja, a escala cartográfica.
Portanto, a escala indica quanto a realidade foi reduzida para caber em um determinado mapa. Partindo
desse pressuposto, a escala cartográfica pode ser numérica ou gráfica. Vejamos as diferenças entre as
duas:
Coordenadas
Para a prática da cartografia digital, necessário que haja um sistema de coordenadas estabelecido.
Funcionando como “endereços” da Terra, as coordenadas estabelecem números exclusivos para cada
ponto da superfície terrestre. Com base em um plano cartesiano, as coordenadas sempre possuem
latitudes e longitudes, ou seja, estão atreladas aos eixos X e Y. Conforme o quadro:
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Ao contrário das coordenadas geográficas que trabalham com graus, o sistema UTM utiliza o
metro (m) como unidade para medir distâncias e determinar a posição de um objeto. Além disso, o
sistema UTM, não acompanha a curvatura da Terra e por isso seus pares de coordenadas também são
chamados de coordenadas planas. De uma forma mais simples, o mundo é dividido em 60 fusos planos,
onde cada um se estende por 6º de longitude. Os fusos são numerados de um a sessenta começando no
fuso 180º a 174º a oeste de Greewich, e continuando para leste. Um mesmo par de coordenadas pode se
repetir nos 60 fusos diferentes [fonte]. Conforme as imagens abaixo:
O que é geoprocessamento?
Geoprocessamento é o termo que designa o conjunto de geotecnologias que engloba áreas como
topografia, fotogrametria, cartografia, sensoriamento remoto, geoestatística ou os próprios SIGs. Sendo
assim, os sistemas de informação geográfica (SIG), a cartografia e o sensoriamento remoto – temas que
estudamos no nosso curso – nada mais são do que partes desse universo maior chamado
“geoprocessamento”. Conforme aponta Gilberto Câmara, “se onde é importante para seu negócio,
então Geoprocessamento é sua ferramenta de trabalho” [fonte].
Para facilitar ainda mais o entendimento, pense que o SIG é uma geotecnologia. O sensoriamento
remoto é uma geotecnologia. A topografia é uma geotecnologia; e assim por diante. O conjunto de
geotecnologias é denominado geoprocessamento. Embora o nosso curso seja sobre
“geoprocessamento”, não aprofundaremos o tema pelo fato (óbvio) deste ser muito, muito... longo
Estudaremos apenas algumas geotecnologias que cairão na prova; ou seja, apenas uma pequena parte
desse grande universo.
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O que é SIG?
“O termo sistemas de informação geográfica (SIG) é aplicado para sistemas que realizam
o tratamento computacional de dados geográficos. A principal diferença de um SIG
para um sistema de informação convencional é sua capacidade de armazenar tanto os
atributos descritivos como as geometrias dos diferentes tipos de dados geográficos. Assim,
para cada lote num cadastro urbano, um SIG guarda, além de informação descritiva como
proprietário e valor do IPTU, a informação geométrica com as coordenadas dos limites do
lote.” [fonte].
Apesar de ter sido concebido ainda nos anos 1960, foi somente após a revolução tecnológica dos
anos 1990 que o SIG de fato se desenvolveu. Este crescimento só foi possível graças à evolução do
computador (hardware), e de programas específicos (software) que passaram a conseguir resolver os
problemas de quantificação de forma rápida e eficiente. Nos últimos anos, a a utilização dos SIGs vem
crescendo rapidamente em todo o mundo, uma vez que possibilita um melhor gerenciamento de
informações e a consequente melhoria nos processos de tomada de decisões em áreas de grande
complexidade, como por exemplo, planejamento municipal, estadual e federal, proteção ambiental, redes
de utilidade pública, entre outros. [fonte].
Embora sejam principalmente estudados dentro da ciência geográfica, os SIGs possuem larga
utilização em diferentes campos do conhecimento, incluindo ciências exatas, biológicas, humanas e
aplicações tecnológicas. Estes permitem a visualização espacial de variáveis como população de
indivíduos, índices de qualidade de vida ou vendas de empresa numa região através de mapas. No quadro
abaixo, seguem algumas aplicações de SIGs [fonte]:
Planejamento e Redes de infraestrutura como água, luz, telecomunicações, gás e esgoto, planejamento e
gerenciamento supervisão de limpeza urbana, cadastramento territorial urbano e mapeamento eleitoral.
urbano
Saúde e educação Rede hospitalar, rede de ensino, saneamento básico e controle epidemiológico.
Segurança Supervisão de espaço aéreo, marítimo e terrestre; controle de tráfego aéreo, sistemas de
cartografia náutica, serviços de atendimento emergenciais.
O que é geoposicionamento?
Georreferenciar uma imagem ou mapa é tornar suas coordenadas conhecidas num dado
sistema de referência. [fonte].
exclusividade. Por mais que o planeta seja grande, cada par de coordenadas geográficas é único. É por
meio dessa posição, precisa e exclusiva, que podemos, por exemplo, cruzar pontos de ocorrências de
crimes com dados de renda, por exemplo.
Com base nessas definições, podemos perceber que enquanto o dado comum – tabelas com
nomes e números – constituem simplesmente bancos de dados; dados georreferenciados, com
coordenadas atribuídas, constituem bancos de dados geográficos.
Termo genérico que designa todo local onde estão armazenados dados,
Banco de Dados
sendo geográficos ou não.
Feição gráfica – divisas estaduais do Banco de dados geográficos com dados georreferenciados –
Brasil população dos estados do Brasil
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No caso acima, a feição gráfica (mapa do Brasil) está associada a uma tabela de atributos com os
dados geográficos; no caso, a população dos estados. Essas duas instâncias estão intimamente associadas,
conforme podemos observar abaixo:
Por meio desta tabela com dados georreferenciados podemos compor mapas temáticos, fazer
cálculos estatísticos, delimitações de área, entre outros.
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Os sistemas sensores fazem parte de algo chamado sensoriamento remoto, que técnica que
utiliza sensores para a captação e registro à distância, sem o contato direto, da energia refletida ou
absorvida pela superfície terrestre [fonte].
Sensoriamento Remoto
Do termo “sensor”; ou seja, designa a captura de O termo “remoto” significa que as imagens são
imagens por aparelhos, tais como câmeras ou capturadas de longe, à distância; tal como os
satélites. satélites fazem.
Logo, sensoriamento remoto é a captura de imagens à distância.
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Conforme evidencia o quadro acima, o sensoriamento remoto possui uma ampla gama de
aplicações. No entanto, para a aquisição destes dados, é necessário que haja os seguintes elementos
básicos [fonte]:
Fonte ou energia radiante, como o sol. Lembrando que imagens de satélite, por exemplo,
nada mais são do que energia refletida. Sendo assim, a luz solar é imprescindível.
Uma vez definidas as fontes, os objetos e os sistemas de imageamento; é preciso distinguir os dois
tipos de sensores, os ativos e os passivos:
Exemplos que sensores ativos – que possuem energia própria – são as câmeras fotográficas com
flash e as imagens de RADAR (Radio Detection and Ranging); que respectivamente, capturam imagens
utilizando luz própria e ondas de rádio. Exemplos de sensores passivos são as câmeras sem flash ou os
imageadores por varredura (escaneamento).
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em detrimento do tipo de processo físico que dá origem a energia eletromagnética, do tipo de interação
que ocorre entre a radiação e o objeto sobre o qual esta incide e da transparência da atmosfera em
relação à radiação eletromagnética. Sendo assim, o espectro eletromagnético se estende desde
comprimentos de onda muito curtos associados aos raios cósmicos, até as ondas de rádio de baixa
frequência e grandes comprimentos de onda, como mostra a figura abaixo.
Visível: Radiação capaz de produzir a sensação de visão para o olho humano normal.
Pequena variação de comprimento de onda. Importante para o Sensoriamento
Remoto, pois imagens obtidas nesta faixa, geralmente, apresentam excelente
correlação com a experiência visual do intérprete.
Ultravioleta: extensa faixa do espectro. Películas fotográficas são mais sensíveis à
radiação ultravioleta do que a luz visível. Uso para detecção de minerais por
luminescência e poluição marinha. Forte atenuação atmosférica nesta faixa, se
apresenta como um grande obstáculo na sua utilização.
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Comentário
É verdade que o número 1 representa um sensor passivo, mas não pelo motivo apresentado na
questão. Na verdade, o número 1 é um sensor passivo não porque é “é um dispositivo capaz de
detectar radiações eletromagnéticas em todas as faixas do espectro eletromagnético”, mas sim
porque ele não emite luz própria. Sensores passivos, como o satélite apresentado, não emitem
luz própria. Já os sensores ativos, como as câmeras com flash, são aqueles que emitem luz
própria. Gabarito: Errado
Comentário
Sim, é exatamente este o conceito de resolução espacial. Quanto mais o sensor consegue
distinguir objetos, maior será a resolução espacial, medida pelo tamanho do pixel da imagem.
Gabarito: Certo
3) O Sol, identificado na figura em questão pelo número 3, por ser uma fonte de energia
que está ininterruptamente em atividade, é considerado um sensor ativo.
Comentário
É verdade que os sensores ativos são aqueles que possuem luz própria, mas como o sol não
captura imagens, não pode ser considerado um sensor. Gabarito: Errado
4) Uma das importantes características das imagens obtidas por meio de satélites é a
abrangência espaço-temporal dos dados dos sensores remotos, que possibilitam a visão de
um conjunto de paisagens em tempos diferentes, simultâneos e sequenciais, permitindo a
identificação e o relacionamento de elementos naturais e sociais e econômicos, e revelando
a dinâmica do processo de construção do espaço geográfico.
Comentário
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Resolução espacial
De acordo com o INPE, a resolução espacial está relacionada com a capacidade de cada sensor
em detectar os objetos da superfície terrestre. Desta forma, quanto melhor a resolução espacial,
menor o objeto distinguível pelo sensor [fonte].
Deste modo, a resolução espacial é medida pelo tamanho do pixel em relação ao terreno real
(sabe aqueles “quadradinhos de uma fotografia? Então, isso são os pixels, as menores unidades de uma
imagem.)
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A resolução espacial do satélite Landsat 7, por exemplo, é de 30 x 30 metros. Isto significa que um
pixel do Landsat 7 cobre uma área de 30 metros quadrados; ou seja, uma baixa resolução espacial. Já uma
fotografia aérea capaz de cobrir um pixel de 0,5 x 0,5 metros (sim, apenas cinquenta centímetros
quadrados) possui uma alta resolução espacial. Nem precisa dizer que o pixel de uma fotografia aérea é
bem mais detalhado do que uma Landsat 7.
O que é resolução É a capacidade do sensor de detectar objetos. Quanto maior a capacidade, mais
espacial? detalhes.
Resolução alta: O satélite IKONOS possui um pixel de 1m². Logo, uma resolução
espacial de 1m x 1m. Nesta resolução é possível enxergar veículos e pequenos
Exemplos de objetos.
medida Resolução baixa: O pixel do satélite NOAA possui um pixel de 1,1km². Logo,
possui uma resolução espacial de 1,1 km x 1,1 km. Nesta resolução é possível
enxergar grandes formas do relevo e massas de ar.
Resolução temporal
Satélite geoestacionário
É aquele que gira junto com a Terra, em velocidade
semelhante ao movimento de rotação. Sendo assim, ele
permanece fixo em um mesmo ponto da superfície do
planeta.
Satélite orbital
É aquele que gira em órbita diferente da Terra, em
sentido quase polar. Sendo assim, ele pode capturar
dados do planeta inteiro; no entanto, demora muito
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Na figura acima (página anterior), é possível visualizar a órbita do satélite LANDSAT. Repare que o
movimento é realizado no eixo norte-sul; no entanto, a curvatura da Terra faz com que este traçado tenha
um aspecto visualmente inclinado. A cada 18 dias, o satélite faz a “volta” completa no planeta. Logo,
possui resolução temporal de 18 dias. Além disso, o LANDSAT é heliosincronizado, ou seja sempre
passa num mesmo local dado ao mesmo horário solar.
Resolução radiométrica
A resolução radiométrica diz respeito ao nível de cinza de uma determinada imagem. Quanto
mais tons de cinza, maior será a resolução. O número de níveis de cinza é expresso em bits, ou seja,
expresso em função do número de dígitos binários necessários para armazenar, em forma digital, o
valor do nível máximo de cinza. É importante notar que o número de bits sempre ocorre em múltiplos
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Esta animação tem pouco mais de 1 minuto e explica a diferença entre os dois satélites de forma mais didática [link]
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de 2. Neste caso, 8 bits, por exemplo, seria 28 = 256 níveis de cinza. O quadro abaixo ilustra as diferentes
resoluções radiométricas em uma imagem [fonte]
2.048 tons de cinza (11 bits) 256 tons de cinza (8 bits) 128 tons de cinza (7 bits)
O quadro abaixo resume os tipos de resolução de imagem que vimos até agora. Não se
preocupem porque a resolução espectral será vista mais à frente no item sobre interpretação de imagens
de satélite.
Resolução espectral
A resolução espectral mede a faixa do espectro eletromagnético de uma imagem de satélite. Por
enquanto, não falaremos dela, pois detalharemos o assunto no item 3.3 Interpretação de imagens e
aplicação. Nessa parte da aula, apenas estamos a mencionando para que você saiba que existe, ok?
Veja abaixo quadro com todos os tipos de resolução:
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Tipo de
O que mede? Como se mede? Exemplos de medição Por que é importante?
resolução
Resolução Mede o Pelo tamanho Alta: o pixel corresponde Boas resoluções são
espacial detalhamento do pixel da a 1m² do terreno real. mais detalhadas
da imagem. imagem. Baixa: o pixel (aplicação pontual).
corresponde a 30m² do Resoluções baixas
terreno real. servem para estudos
regionais.
Resolução Mede o intervalo Pelo tempo que Alta: o satélite Boas resoluções servem
temporal que o sensor o sensor demora (geoestacionário) imageia para telecomunicações,
demora para para passar diariamente previsão do tempo, etc
captar a novamente no Baixa: o satélite (orbital) (atividades diárias).
imagem. mesmo local. imageia uma vez por mês Baixas resoluções servem
para mapeamentos
diversos.
Resolução Mede os níveis Pela Alta: o pixel tem 11 bits Boas resoluções são
radiométrica de cinza da quantidade de (2.048 tons) melhor processadas em
imagem. bits que Baixa: o pixel tem 1 bit (2 softwares de
expressam os tons) interpretação de
tons de cinza. imagem.
Resolução Mede a faixa do Pela quantidade Alta: A imagem tem mais Boas resoluções
espectral espectro de bandas que a de 20 bandas fornecem mais
eletromagnético imagem (hiperspectral). possibilidades de análise
abrangida pela consegue Baixa: A imagem tem – por exemplo: análise
imagem. captar. poucas bandas (3, por termal do infravermelho.
exemplo).
7.2 CARACTERÍSTICA
O termo "característica" do Edital não é muito específico. No entanto, partimos do pressuposto de
que se referem às "características" do geoposicionamento — afinal, este é o tema central2. Nas próximas
linhas, é exatamente isso que vamos estudar. Primeiramente, veremos as características mais gerais do
geoposicionamento; depois, do geoposicionamento via GPS; e por fim, os cuidados no
geoposicionamento dentro da lógica do padrão de exatidão cartográfica.
2
Geralmente, quando o termo “característica” aparece no Edital, é quase sempre relacionado às características do
geoposicionamento/georreferenciamento. Foi assim, por exemplo, no último concurso de Policial Civil da Paraíba, cujo Edital é
bem semelhante à Polícia Civil do Mato Grosso do Sul.
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Características do geoposicionamento
Vimos nos itens acima que as imagens de satélite ou fotografias aéreas são obtidas por meio do
sensoriamento remoto. No entanto, ainda não dissemos que estas imagens não são naturalmente
geoposicionadas (ou georreferenciadas). É o operador humano que atribui coordenadas a elas.
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Uma vez estabelecidos os pontos de controle, é Se eu tenho pelo menos três pares de coordenadas de
necessário saber a coordenada deles. Isso pode ser pontos de controle, eu posso inserir a imagem em um
feito em campo utilizando GPS, ou em escritório software de SIG!
utilizando softwares. É FUNDAMENTAL saber informações de datum e
No caso acima, foi utilizado o Google Earth, mas o sistemas de coordenada utilizados No exemplo
ponto de controle poderia ser uma própria feição acima, utilizamos Projeção Mercator UTM Fuso 23S,
vetorial no ArcGIS, por exemplo. datum WGS1984 (não se preocupem, isso não é tema
do Edital da PC MS).
Dentro do software, devemos atribuir coordenadas Com a imagem georreferenciada, o software é capaz
para os pontos de controle; ou seja, fazer o de sobrepor as demais camadas.
georreferenciamento em si. No exemplo acima, há arquivos de pontos, linhas e
Seria como ordenar ao programa: “projete este pixel polígonos que já estavam prontos antes do
aqui na coordenada tal”. Isso deve ser feito para georreferenciamento. Finalmente, será possível
todos os pontos de controle levantados. realizar análises espaciais.
Neste processo, é importante se ater aos erros de georreferenciamento; afinal, tudo o que se
mede ou se modela está sujeito a erros. A própria captação da imagem de satélite tem a exatidão alterada
por fatores sistemáticos como a instabilidade do sensor e as distorções causadas pela curvatura da
Terra. Deste modo, a questão não é a busca da perfeição mas sim o conhecimento da incerteza. O
usuário de SIG deve se preocupar tanto com o erro das medições das coordenadas dos pontos de controle
com GPS, quanto com o erro planimétrico associado à escala dos mapas.
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Sistema de
Sistema de posicionamento criado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos
posicionamento
durante o período de Guerra Fria. É, atualmente, o sistema mais usado.
global (GPS)
Estados Unidos GPS – Global Positioning System (mais utilizado por nós)
Rússia GLONASS
Europa GALILEO
China COMPASS
Conforme mencionado acima, o GPS é o principal sistema utilizado no mundo. Também conhecido
por NAVSTAR-GPS (Navigation Satellite with Time And Ranging), o Sistema de Posicionamento
Global (Global Positioning System) ou é um sistema de radionavegação desenvolvido pelo Departamento
de Defesa dos Estados Unidos da América, visando inicialmente ser o principal sistema de navegação do
exército americano.
O modelo adotado pelo sistema GPS fundamenta-se na determinação da distância entre um ponto
denominado receptor e os pontos de referência, que são os satélites. Assim, conhecendo-se a distância
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que separa o receptor de três pontos de referência, ou três satélites, pode-se determinar a posição relativa
do receptor através da interseção de três circunferências cujos raios são as distâncias medidas entre o
receptor e os satélites [fonte]
Esportes (rally, balonismo, corrida, etc.). Topografia (limites, áreas, coordenadas, etc).
Para cada aplicação, escolhe-se um tipo de aparelho diferente (ver quadro abaixo). Para fazer
trilhas, por exemplo, utiliza-se o GPS de navegação. Neste caso, não é necessário ter uma precisão
milimétrica, mas faz-se necessário ter uma boa velocidade de aquisição de dados. Embora seja frequente
no uso recreativo, este tipo de GPS é muito usado em estudos de uso e ocupação do solo, meio biótico, e
coletas de ponto de hidrografia, por exemplo. Já em estudos de engenharia ou georreferenciamento de
imóveis rurais, os quais exigem maior precisão, são utilizados aparelhos mais robustos, denominados GPS
geodésicos. A precisão destes, no entanto, está condicionada à um pós-processamento (após a coleta
dos pontos, os dados são recalculados em softwares, onde grande parte dos erros são corrigidos).
[fonte;fonte]
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Agora que já vimos os principais conceitos, aplicações e tipos de receptores GPS, vamos finalizar o
assunto estudando seus três segmentos do GPS, que são: o segmento espacial, o segmento de controle
e o segmento do usuário:
Segmento espacial.
Composto por 24 satélites em uso mais 4 sobressalentes prontos para entrar em
operação, além de outros satélites que estão no solo e prontos para serem
lançados. Isso garante, no mínimo, 4 satélites visíveis a qualquer hora e em
qualquer lugar do planeta.
Segmento de controle
É constituído por estações terrestres que ficam sob controle do Departamento de
Defesa Americano. Elas têm o objetivo de monitorar, corrigir e garantir o
funcionamento do sistema. O segmento possui um centro de controle e vários
centros de monitoração de sinais dos satélites.
Segmento do usuário
É constituído pelos receptores, que podem variar de tamanho, modelo e
fabricante, mas principalmente em qualidade de recepção. Está associado às
aplicações do sistema. Refere-se a tudo que se relaciona com a comunidade
usuária. É esse que utilizamos!
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GPS é a sigla para Global Positioning System, que em português significa “Sistema de
Posicionamento Global”, e consiste numa tecnologia de localização por satélite. A compreensão
e a utilização das informações fornecidas por um GPS pode ser vital numa atividade de campo.
Ao registrar a posição de qualquer lugar da Terra, com as coordenadas geográficas, é correto
concluir que o GPS indica:
Comentário
Primeiramente, devemos ter em vista que todo processo de geoposicionamento está sujeito a
erros. Isso significa que não existe um georreferenciamento 100% perfeito, totalmente compatível com a
realidade. Quando obtemos coordenadas por GPS, por exemplo, há sempre uma margem de erro
envolvida – dependendo do aparelho, o ponto coletado pode apresentar uma distorção de até 30 metros.
Quando adquirimos uma imagem de satélite já georreferenciada por alguma empresa comercial, esta
normalmente informa, em seu metadado, quanto foi o erro residual no processo.
Partindo do pressuposto que erros são inevitáveis, devemos controlar os erros. Isso significa que
apesar de inevitáveis, os erros devem ser minimizados ao máximo dentro de um padrão minimamente
confiável que ateste a qualidade daquela informação obtida via georreferenciamento. É para isso que
serve o Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC). Trata-se de uma norma legal instituída pelo Decreto nº
89.817/1984 que obriga as representações planimétricas a terem 90% de precisão [fonte].
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“Estabelece as normas a serem observadas por todas as entidades públicas e privadas produtoras e usuárias
de serviços cartográficos, de natureza cartográfica e atividades correlatas, sob a denominação de Instruções
Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Nacional.
“As cartas quanto à sua exatidão devem obedecer ao Padrão de Exatidão Cartográfica - PEC, seguinte o
critério abaixo indicado:
Principais
a.- Suspender o direito de participar errosórgãos
nos diferentes de georreferenciamento
da estrutura institucional do MERCOSUL.
Ao georreferenciarmos uma imagem, ainda que o façamos dentro do Padrão de Exatidão Cartográfica, sempre
vamos cometer erros. Contudo, podemos minimizá-los adotando uma grande quantidade de pontos de controle
bem distribuídos. Vejamos dois dos principais erros nesse processo:
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Comentário
Sim, em toda etapa do SIG ocorrem erros, desde a captação da imagem até o
georreferenciamento. O objetivo do operador do SIG não é acabar com os erros, mas saber
lidar com eles. O Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) de 1984 e ainda em vigor, estabelece
uma precisão de 90% para dados planimétricos. Gabarito: Certo
Comentário
Comentário
O georreferenciamento deve ser feito de modo com que TODAS as feições sejam
reconhecíveis. Gabarito: Errado
4) O georreferenciamento de uma imagem de satélite não deve ocorrer com base em outra
imagem, visando a reduzir a propagação de erros residuais.
Comentário
Questão pegadinha: é verdade que o georreferenciamento de uma imagem feito com base em
OUTRA imagem pode multiplicar os erros residuais; mas a alternativa está errada porque este é
um procedimento corriqueiro e muito usual. Desde que se respeitem os Padrões de Exatidão
Cartográfica, este tipo de georreferenciamento pode ser feito sem problemas. Gabarito: Errado
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Comentário
Pontos obtidos por sistema de posicionamento – como o GPS – possuem erros. A maioria dos
GPS de navegação, por exemplo, possuem erros de 10 a 30 metros de tolerância. Estes erros
são informados pelo próprio fabricante do aparelho utilizado. Sendo assim, sobretudo quando
trabalhamos com grandes escalas, é necessário verificar qualidade nos pontos utilizados.
Gabarito: Errado
Em primeiro lugar, veremos sobre o tratamento digital de três classes de imagens distintas: as
imagens de radar (obtidas em frequências mais baixas que o usual); as imagens multiespectrais (com
várias faixas diferentes, e daí aproveitaremos para estudarmos o conceito de resolução espectral); e as
imagens multitemporais (que reúnem cenas de datas diferentes em uma mesma montagem).
Imagens de radar
RADAR é a sigla resultante do termo Radio Detection And Ranging (Detecção e localização por
meio de ondas de rádio). Enquanto a maior parte dos produtos de sensoriamento remoto operam em
faixas do espectro visível e do infravermelho – tais como os satélites LANDSAT, CYBERS ou SPOT –, o
radar opera nas faixas micro-ondas do espectro eletromagnético. Isto significa que as frequências do
radar são mais baixas que as usualmente utilizadas para imageamento; e este é o principal aspecto que as
diferencia das demais tecnologias.
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• Diferentes feições são registradas ou discriminadas quando comparadas com sensores ópticos
• Algumas feições da superfície terrestre podem ser melhor observadas em imagens de radar: gelo,
ondas do mar, umidade do solo, massa verde, objetos artificiais (ex: edifícios), estruturas geológicas
Uma das vantagens das faixas micro-ondas é a baixa interferência da atmosfera terrestre, o que
resolve inúmeros problemas, como por exemplo, a intensa nebulosidade comum em regiões tropicais. Por
isso, é muito indicado para a observação de detalhes como ondas do mar, gelo, estruturas geológicas e
geomorfológicas, umidade do solo, ou até mesmo objetos artificiais.
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período, a nave realizou 16 órbitas diárias na Terra, o que correspondeu a 176 órbitas durante toda a
missão. A precisão dos resultados, no entanto, variou de acordo com a região do globo. Para os Estados
Unidos, cada pixel tem uma resolução especial de 30 metros quadrados; e para o restante do planeta,
90 metros quadrados. Coordenado pela EMBRAPA, o Projeto “Brasil em Relevo” publicou de forma
inédita mosaicos do SRTM para análise de paisagens de todo o Brasil. [fonte;fonte] .
Os dados de SRTM – que no Brasil foram disponibilizados pela EMBRAPA – são úteis para uma
ampla gama de propósitos, como por exemplo, estudos de impacto ambiental e estudos de
geomorfologia. Por meio deles, é possível por exemplo, delimitar bacias hidrográficas e mapas
topográficos e hipsométricos de forma automática ou semiautomática; o que agiliza bastante o
planejamento ambiental territorial.
No Brasil, para além do SRTM, o exemplo mais importante de imageamento por radar é o Projeto
RADAM - Radar na Amazônia. Este tinha por objetivo coletar de dados sobre recursos minerais, solos,
vegetação, uso da terra e cartografia da Amazônia e áreas adjacentes da região Nordeste. Iniciado em
1971, o recorte espacial foi expandido em 1975, passando a cobrir todo o país. Nesta ocasião, passou a ser
chamado Projeto RADAM Brasil.
Desse esforço foi gerada uma coletânea de mapas temáticos e relatórios com base em imagens de
radar; consistindo assim, na primeira tentativa de Proposta de Zoneamento Ecológico-Econômico do
Brasil (ZEE). O projeto RADAM recomendou, ao final, a criação 35.200.000 ha de unidades de
conservação de proteção integral e mais 71.500.000 ha de uso sustentável na Amazônia [fonte]
O SRTM – Shuttle Radar Topographic Mission (Missão de Radar Topográfico em uma Aeronave)
foi uma missão realizada em 2000 pela NASA que disponibilizou um dado de altitude a cada 90m
em todo o globo, com dados distribuídos gratuitamente. Como foram obtidos esses dados de
altitude?
1) Exatamente como o RADAM Brasil, que imageou a Amazônia e depois boa parte do Brasil, o
SRTM é um radar de abertura lateral aerotransportado que passou por todo o mundo diversas
vezes, até captar todo o terreno.
Comentário
A questão afirma que o RADAM – assim como o SRTM – passou “por todo o mundo diversas
vezes”. Na verdade, o projeto RADAM foi exclusivo do Brasil e NÃO passou por todo o mundo.
Gabarito: Errado
2) A missão foi um dos primeiros experimentos com imageamento Laser, que pode medir as
altitudes em órbita através da medida de distâncias em pontos pré-definidos pelo tempo de
retorno do pulso de luz.
Comentário
O SRTM NÃO utilizou dados de imageamento laser, mas sim, dados de imageamento por RADAR
via sensor SAR. Gabarito: Errado
Comentário
O tempo de coleta dos dados SRTM durou apenas 11 dias, e não “anos de mapeamento”. Além
disso, não foram envolvidas “várias agências”, mas somente as norte-americanas NASA e NIMA.
Gabarito: Errado
Comentário
O SRTM é um radar do tipo SAR (Radar de Abertura Sintética). Neste tipo de radar, o pulso é
captado via visada lateral. Ao comparar duas ou mais imagens em ângulos diferentes, foi
possível estabelecer o modelo tridimensional do terreno. Gabarito: Certo
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Com relação aos sistemas de informação geográficas (SIG) e a um mapa temático hipotético, na
escala de 1:100.000, armazenado nesse sistema, julgue o item que se segue.
1) Dados obtidos pela missão SRTM (shuttle radar topography mission), que são armazenados
em formato matricial, em pacotes computacionais de SIG, possibilitam, por exemplo, a
delimitação automática de bacias hidrográficas.
Comentário
Como os dados SRTM fornecem informações sobre o relevo, é plenamente possível delimitar
bacias hidrográficas de forma automática; afinal, os cursos d’água seguem o fluxo da gravidade,
sempre indo do ponto mais alto para o mais baixo. Gabarito: Certo
Imagens multiespectrais
Nos itens anteriores, já vimos o significado de espectro eletromagnético; sendo assim, fica fácil
entender o que são imagens multiespectrais. Simplesmente, trata-se de imagens que abarcam várias
partes do espectro (multi = muitos; espectral = espectro eletromagnético). Neste caso, o sensor consegue
captar diferentes frequências para uma mesma localidade. Ao intervalo destas frequências, dá-se o
nome de banda espectral. Quanto mais bandas espectrais um sensor conseguir captar – ou seja, quanto
mais frequências – maior será a sua resolução espectral [fonte].
A resolução espectral, portanto, diz respeito ao número de bandas (ou faixas) do espectro
eletromagnético que os sensores conseguem perceber. De uma maneira simplificada, conforme vimos
anteriormente, quando a energia solar atinge a superfície terrestre, parte desta é absorvida e parte é
refletida. Esta energia é emitida pela superfície terrestre através de ondas; e cada sensor trabalha com
um intervalo correspondente destas ondas emitidas [fonte].
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Como se A resolução espacial é medida pelo número e pela largura das bandas captadas pelo
mede? sensor.
Resolução alta – Satélite LANDSAT: Resolução baixa – satélite SPOT:
Banda1 - 0.45-0.52 μm3 Banda1 - 0.50-0.59 μm
Banda2 - 0.52-0.60 μm
Exemplos de Banda3 - 0.63-0.69 μm Banda2 - 0.61-0.68 μm
medida [fonte] Banda4 - 0.76-0.90 μm
Banda5 - 1.55-1.75 μm Banda3 - 0.79-0.89 μm
Banda6 - 10.74-12.5 μm
Banda7 - 2.08-2.35 μm Pan - 0.51-0.73 μm
O quadro abaixo [fonte] mostra as diferentes faixas do satélite LANDSAT. Note que para cada
banda, há um tipo de aplicação diferente. Logo, quanto maior a resolução espectral do satélite, mais
vastas são as possibilidades de utilização.
Banda 3 Bom contraste entre áreas cobertas com vegetação e solo exposto, bem como
discrimina diversos tipos de vegetação. É a banda mais utilizada para a delimitação
3
Μm = micrômetro, ou um milionésimo de metro.
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Vermelho das “manchas” urbanas e traçado do sistema viário. É adequada também para
mapeamentos de uso do solo, agricultura e estudos de qualidade d’água.
Banda 4 Bom contraste entre solo e corpos d’água, permitindo o mapeamento de rios de
grande porte, lagos, lagoas, reservatórios e áreas úmidas. É também sensível à
Infravermelho
morfologia do terreno, sendo muito utilizada para mapeamentos de geologia e
próximo
geomorfologia. Serve para mapear a vegetação que foi queimada e permite ainda
a visualização de áreas ocupadas por macrófitas aquáticas (por exemplo, aguapé).
Banda 5 Permite observar o teor de umidade nas plantas e detectar possíveis estresses na
vegetação causados por falta de água. Utilizada também para obter informações
Infravermelho
sobre a umidade do solo.
médio
Banda 7 Apresenta sensibilidade à morfologia do terreno, servindo para estudos nas áreas
de geologia, solos e geomorfologia. Utilizada também para a identificação de
Infravermelho
minerais e detecção de umidade no solo e na vegetação.
médio
É importante observar que as bandas azul, verde e vermelho correspondem às faixas visíveis do
espectro eletromagnético. Estas bandas estão presentes na maioria dos satélites, não só no LANDSAT.
Já as bandas do infravermelho, normalmente estão relacionadas à emissão de calor (radiação térmica)
por parte dos objetos. Assim, ela tende a apresentar respostas singulares de acordo com a temperatura
dos corpos. Como exemplo, pode-se citar a situação de nuvens existentes em altitudes elevadas, onde as
temperaturas são baixas; estas apresentarão coloração mais próxima do branco. No caso de nuvens mais
próximas do solo (temperaturas maiores), a resposta espectral será mais próxima do preto ou do cinza
[fonte].
Conforme observado, cada banda possui uma utilização distinta. No entanto, na maioria dos casos
– para agrupar os benefícios de cada uma – o operador faz combinações, as chamadas composições de
imagem. Deste modo, quando observamos uma imagem de satélite colorida, ela não veio colorida do
espaço, mas sim, em bandas distintas; sendo manualmente composta pelo ser humano por meio das
faixas espectrais disponíveis.
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Podemos dizer que as imagens multiespectrais são formadas relativamente poucas bandas
(normalmente entre 3 e 20) que não são necessariamente contínuas. No entanto, existem imagens que
além de serem formadas por muitas bandas, todas elas são contínuas dentro do espectro
eletromagnético. Estas imagens são chamadas de imagens hiperespectrais (hiper = muito; de muitas
bandas).
Imagem multiespectral
Imagem hiperespectral
Como possuem maior resolução espectral, as imagens hiperspectrais garantem informações mais
precisas, o que é muito útil na agricultura, por exemplo. Vamos pegar o exemplo de uma plantação de
milho. Usando sensores multiespectrais é possível fazer uma estimativa da área plantada, um
levantamento do número de plantas em determinada área, verificar a saúde das plantas e da cultura e
ainda detectar pragas na plantação e gargalos no processo produtivo. Já com sensores hiperespectrais,
além de obter os mesmos resultados que um multiespectral, existe também o potencial de prover
detalhes sobre as propriedades físico-químicas dos materiais presentes na superfície imageada, incluindo
composição química/bioquímica, grau de cristalinidade e morfologia desses materiais [fonte].
Imagens multitemporais
foram compostas: utilizando a banda vermelha (red) da mais antiga e a verde (green) da mais nova, foi
possível compor uma imagem que realçasse as transformações no espaço geográfico neste período.
Parte de imagem multitemporal de Porto Velho (RO) (1993, 1997 e 1998). Áreas alteradas aparecem em colorido.
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Tendo em vista as diversas potencialidades dos tipos de resolução e das várias faixas do espectro
eletromagnético, mais vastas ainda, são as possibilidades de processamento computadorizado desta
grande quantidade de dados capturados por sensores. É neste contexto que se enquadra o
Processamento Digital de Imagens (PDI); cuja função principal é a de fornecer ferramentas para
facilitar a identificação e a extração da informação contidas nas imagens para posterior interpretação.
Em outras palavras, trata-se de manipular as imagens para que elas sejam melhor interpretadas pelo
operador de acordo com os seus propósitos [fonte].
De forma geral, o PDI pode ser resumido em três fases: pré-processamento, realce e classificação
(atenção nestas etapas para não confundir!) Conforme o quadro abaixo[fonte].
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Apesar de ainda ser bastante utilizada, a fotointerpretação está pouco a pouco, cedendo espaço às
formas de análise automática e semi-automática, características ao Processamento Digital de Imagens,
que dependem menos da interferência humana. Neste sentido destacam-se a classificação
supervisionada e a classificação não-supervisionada.
Neste caso, os polígonos foram Neste caso, os polígonos foram desenhados de forma semi-
desenhados manualmente, um a um, de automática pelo software, havendo pouca interferência
acordo com a experiência do intérprete. humana.
Se o sistema sabe as texturas e os padrões espaciais de cada categoria, ele é capaz de mapear sozinho o
restante da imagem. É por isso que essa classificação é SUPERVISIONADA: é o computador que
classifica, mas é o homem define os parâmetros.
Para que o computador classifique a imagem, é necessário que isso ocorra com base em algoritmos
pré-estabelecidos. Existem várias fórmulas para tal fim, no entanto, a mais utilizada é a Máxima
Verossimilhança (MAX-VER). Pertencente ao grupo da classificação supervisionada “pixel por pixel”, a
MAXVER utiliza estatísticas para calcular a probabilidade de um pixel pertencer a uma determinada classe.
Este método parte do princípio que o usuário conhece bem a temática e a região da imagem a ser
classificada para poder definir classes representativas [fonte].
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Em muitos casos é difícil o sistema compreender, por exemplo, quando termina uma área urbana e
quando começa uma rural; pois neste caso, pode haver áreas de subúrbio que não são nem 100% urbanas
nem 100% rurais. A lógica fuzzy resolveria este problema estimando a probabilidade destas áreas
pertencerem a uma determinada categoria.
A) Aumento do brilho somente por adição de um valor numérico fixo aos pixels mais escuros.
B) Realce da diferença dos pixels com a detecção semissupervisionada baseada em um limite
numérico.
C) Equalização do histograma de frequência de tons de cinza em cada canal da imagem.
D) Percorrer a matriz em um filtro de convolução aritimética, multiplicando a matriz por uma
menor.
E) Interpolação dos pontos mais claros e recálculo dos pixels por uma função de interpolação de
pontos como a krigagem.
Comentário
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O que é um histograma?
Comentário
Comentário
As imagens multitemporais são exatamente isso! Pega-se várias bandas de datas diferentes e
cria-se uma montagem realçando as diferenças. Gabarito: Certo
Comentário
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Isto NÃO são etapas da classificação digital, mas sim do pré-processamento! Lembre-se que a
classificação digital (que se divide em supervisiona e não-supervisionada e que tem como
objetivo interpretar as classes de uso do solo da imagem) ocorre DEPOIS do pré-processamento.
Estes sim, engloba as correções descritas na questão. Gabarito: Errado.
Comentário
Isso NÃO é a definição da fase do pré-processamento, mas sim da fase da classificação digital.
Gabarito: Errado
Comentário
Agora sim faz sentido. Primeiro ocorrem as “operações de manipulação” descritas na imagem
para torna-la melhor interpretável, e DAÍ SIM parte-se para a interpretação. Certo
QUESTÕES OBJETIVAS
Neste item final, vamos treinar algumas questões. Caso tenha dúvida sobre os comentários de alguma
delas, basta buscá-la no corpo do texto do PDF para ler os comentários anteriormente feitos por mim
(utilize ferramenta Ctrl-F). Bons estudos!
Lista de questões
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Tendo como referência as informações e a figura anteriormente apresentadas, julgue os próximos itens.
A) Na figura em apreço, o número 1 identifica um sensor passivo, que é um dispositivo capaz de detectar
radiações eletromagnéticas em todas as faixas do espectro eletromagnético.
C) O Sol, identificado na figura em questão pelo número 3, por ser uma fonte de energia que está
ininterruptamente em atividade, é considerado um sensor ativo.
D) Uma das importantes características das imagens obtidas por meio de satélites é a abrangência
espaço-temporal dos dados dos sensores remotos, que possibilitam a visão de um conjunto de paisagens
em tempos diferentes, simultâneos e sequenciais, permitindo a identificação e o relacionamento de
elementos naturais e sociais e econômicos, e revelando a dinâmica do processo de construção do espaço
geográfico.
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Gabarito
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