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Departamento de Transportes
ANOTAÇÕES DE AULA
TT051 - PAVIMENTAÇÃO
Email: vicentini@ufpr.br
Apresentação da disciplina:
• Conhecer os tipos e usos dos materiais que são utilizados na pavimentação rodoviária
brasileira, propriedades, ensaios, aplicação e execução;
• Noções sobre o projeto de dosagem de misturas asfálticas;
• Apresentação de alguns métodos de dimensionamento e restauração de pavimentos.
2. Avaliações:
Solicitações de Segunda Chamada, Vista de prova, etc. deverão ser protocolados no site
do Departamento de Transportes: http://www.tecnologia.ufpr.br/portal/dtt/solicitacoes/
- Exame final: composta de conteúdos teóricos e práticos/aplicados. EVITAR!!! As
melhores chances para aprovação serão dadas no decorrer da disciplina. Portanto
dedique-se! Data: ___/___/___.
4. Bibliografia recomendada:
Página
MÓDULO I – MATERIAIS DE PAVIMENTAÇÃO
1. Introdução à pavimentação ............................................................................ 1
(História, tendências e a realidade brasileira, pavimento como estrutura, tipos, outros
aspectos, exemplos)
7. Revestimentos ................................................................................................ 53
(Introdução, tipos, execução, exemplos)
1. Introdução:
PAVIMENTO tem sua origem no latim “paviméntum”, cujo verbo “pavire” significa nivelar,
aprisionar terra ou pedras para obter uma superfície que permita a passagem.
Os primeiros registros são da época anterior a Cristo, com a invenção da roda. Os povos
construíam caminhos para conquistar territórios, intercâmbio comercial, cultural, religioso,
povoamento, urbanismo e desenvolvimento. Destacam-se os povos:
• Egípcios (2600 a 2400 a.C.): para a construção das pirâmides, acredita-se que
utilizavam uma espécie de “trenó” com lajotas de pedra justapostas que tinham o atrito
facilitado (com água e musgos) para o transporte de cargas.
• China, Índia e Ásia (≈ 600 a.C.): pode-se mencionar como exemplo destes povos a
Estrada da Seda, próxima ao deserto de Taklimakan, para atividades de comércio (de seda,
ouro, marfim, etc.). Acredita-se que também foi utilizada para divulgar a religião budista.
1
• Outras civilizações (a partir de 0 a.C.): na América Latina durante o período pré-
colombiano, os caminhos Incas (para pedestres e lhamas) interligavam diversos países
como Peru, Bolívia, Equador, Chile e Argentina. Também se destacaram os franceses, que
perceberam que as atividades comerciais estavam diretamente ligadas ao transporte (quanto
maior a velocidade, mais benefícios econômicos). No Brasil, os primeiros registros
surgiram com os Portugueses. No caso do Paraná, o Caminho da Graciosa – uma antiga
trilha indígena – deu origem à Estrada da Graciosa, tornando-se em 1854 a primeira estrada
pavimentada do estado, responsável pelo transporte inicial de produtos como erva mate e
madeira (até a construção da ferrovia em 1885).
• Era pós-renascentista:
a) Tressaguet (1716-1796):
Agora que você compreendeu a evolução cronológica dos pavimentos, complete a linha do
tempo a seguir. A partir desde gráfico, analise se é possível observar algum tipo de tendência:
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Assim, é também maior a procura por materiais com qualidade superior e estrutura
racionalizada para utilização em espessuras de pavimento cada vez menores (principalmente em
meio urbano).
FLEXÍVEIS RÍGIDOS
Onde:
3
Base (B): distribui e alivia os esforços, fornecendo suporte estrutural para o revestimento.
Podem ser granulares (solo, solo-brita, brita graduada, solo melhorado com cimento e/ou cal) ou
coesiva (solo-cimento, solo-cal, solo-asfalto, macadame asfáltico, mistura asfáltica, etc.).
Sub-leito (SL): é o terreno de fundação. Pode necessitar regularização para corrigir falhas de
terraplenagem e poder receber as demais camadas.
Distribuição dos
deslocamentos (δ)
ou deflexões (sob
o revestimento
asfáltico e placa
de concreto)
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Apesar de, na atualidade, as exigências serem cada vez maiores, no Brasil a situação está
bem aquém da ideal.
O Brasil está entre os países com pior avaliação da infraestrutura de transportes1, ocupando
a 25ª posição, dentre os piores em transporte. No cenário internacional, a falta de investimentos
em infraestrutura de transportes está tornando o Brasil um país menos competitivo, como pode
ser observado na figura abaixo.
5
1.6. Outros aspectos:
FLEXÍVEIS RÍGIDOS
Aspecto táctil-
visual
Economia
Poluição (aspecto
ambiental)
Conforto
Segurança
Drenagem
Durabilidade
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EXERCÍCIOS:
2) Questão TRT – Analista Judiciário espec. Eng. Civil (2012): Considere a seção
transversal do pavimento da figura abaixo:
7
4) Questão DNIT – Analista em Infra-estrutura de Transportes (2012): Faça a correlação
entre os pavimentos flexível e rígido.
(1) Pavimento Flexível ( ) Melhores características de drenagem superficial: escoa
melhor a água superficial.
(2) Pavimento Rígido ( ) Mantém íntegra a camada de rolamento, não sendo
afetado pelas intempéries.
( ) Absorve a umidade com rapidez e, por sua textura
superficial, retém a água, o que requer maiores caimentos.
( ) É fortemente afetado pelos produtos químicos (óleos,
graxas, combustíveis).
( ) Maior segurança à derrapagem em função da textura
dada à superfície (veículo precisa de 16% menos de
distância de frenagem em superfície seca, em superfície
molhada 40%).
Assinale a opção que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) 2 – 2 – 1 – 2 – 1
b) 1 – 2 – 1 – 1 – 2
c) 2 – 1 – 2 – 1 – 2
d) 1 – 2 – 1 – 2 – 2
e) 2 – 2 – 1 – 1 – 2
a) I, III e IV.
b) I, II e III.
c) I e II.
d) III e IV.
e) II e III.
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2.1. Introdução:
Agregados são partículas minerais não-plásticas, geralmente inertes que, combinadas com
outros tipos de materiais cimentados (ligantes, aglomerantes) podem formar as camadas que
compõem o revestimento; ou ainda, de maneira isolada ou combinada, formar as camadas de B,
SB ou Ref. Ex.:
__________________________________________________________________
• Natural: inclui todas as fontes de ocorrência natural e são obtidos por processos
convenvionais de desmonte, escavação, britagem e dragagem de depósitos continentais,
marinhos, estuários e rios. Ex: _________________________________________
_________________________________________________________________
• Artificial: são resíduos de processos industriais. Ex.: escória de alto forno, argila
calcinada, argila expandida, etc.
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Graúdo: dimensões (dos grãos) maiores que 2 mm. Ex.: brita, cascalho, seixo, etc.
Miúdo: dimensões (dos grãos) maiores que 0,075 mm e menores que 2 mm. Ex.: areia, pó de
pedra, etc.
Material de enchimento (fíler): material em que pelo menos 65% das partículas é menor que
0,075 mm. Ex.: cal hidratada, cimento Portland, etc. O material passante na peneira #200 vem
sendo designado como “pó” a fim de distingui-lo do fíler.
# 200 # 10
φ dos
grãos
OBS.: quanto ao tamanho dos agregados, cabe destacar ainda a seguinte definição, comumente
utilizada em pavimentação:
Tamanho máximo do agregado: é a menor abertura de malha de peneira pela qual passam
100% das partículas da amostra (terminologia adotada pela AASHTO, ASTM C125, Ceratti
2011, entre outros).
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• Aberta (open graded): apresenta distribuição granulométrica contínua, mas com poucos
finos (< #0,075 mm), resultando em maior volume de vazios.
𝑑𝑑 𝑛𝑛
𝑝𝑝 = 100 � � , onde:
𝐷𝐷
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d = abertura da peneira;
p = % passante na # “d”;
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Para os agregados naturais, as características mecânicas são determinadas pela rocha de origem.
Parte do material extraído não é aproveitável. Para a parte aproveitável da rocha, o processo de
redução dos tamanhos é esquematizado a seguir:
FASE 1 _____________________________________________
_____________________________________________
Britagem primária
FASE 2 _____________________________________________
_____________________________________________
Britagem secundária
FASE 3 _____________________________________________
_____________________________________________
Britagem terciária
FASE 4 _____________________________________________
_____________________________________________
Britagem quaternária
Os britadores, de um modo geral, envolvem quatro mecanismos: impacto, desgaste por atrito,
cisalhamento e compressão. O tipo de rocha a ser processada afetará a escolha do tipo de
equipamento de britagem a ser usado.
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2.4.1. Graduação:
2.4.2. Limpeza:
Deve-se evitar utilizar agregados que contenham um nível elevado de impurezas, tais como
vegetação, argila, pó, etc. O ensaio de equivalente de areia (DNER-ME 054/97) quantifica a
proporção de argila ou pó nas amostras de agregados miúdos.
Agita-se energicamente uma amostra de solo numa proveta contendo uma solução diluída. Após
alguns minutos em repouso, determina-se a relação entre o volume de areia e o de finos que se
separam da areia:
ℎ1
𝐸𝐸𝐸𝐸(%) = 100
ℎ2
(equivalente de areia)
Ex.: ___________________________________________________________________
Com esta finalidade, o ensaio conhecido como Abrasão Los Angeles (DNER-ME 035/98 para
pétreos e DNER-ME 222/94 para sintéticos), no qual uma amostra do material é colocada
dentro de um cilindro com esferas de aço no seu interior, e o cilindro posto a girar. A perda de
resistência é dada por:
𝑚𝑚1−𝑚𝑚2
𝐿𝐿𝐿𝐿(%) = � � 100 ,
𝑚𝑚1
onde 𝑚𝑚1 é a massa inicial (material retido na # 8) e 𝑚𝑚2 é a massa final (material retido na # 12).
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A forma das partículas (agregados graúdos) é determinada pelo índice de forma (DNER-ME
086/94); usando uma placa de lamelaridade, onde:
𝑓𝑓 = 0 (completamente lamelar)
𝑓𝑓 = 1 (completamente cúbico)
Alternativamente, pela NBR 5564/2014 (para lastro ferroviário) são medidas as dimensões do
agregado com um paquímetro.
Avalia a porosidade do agregado graúdo. É a relação entre a massa de água absorvida (após 24 h
de imersão) e a massa inicial de material seco.
𝑀𝑀ℎ−𝑀𝑀𝑠𝑠
𝑎𝑎(%) = � � 100 ,
𝑀𝑀𝑠𝑠
onde 𝑀𝑀ℎ é a massa do agregado úmido e 𝑀𝑀𝑠𝑠 é a massa do agregado seco em estufa.
Pode-se adicionar algum produto a fim de melhorar a adesividade, como por exemplo:
______________________________________________________________________ .
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2.4.7. Sanidade:
Este ensaio simula a degradação química dos agregados graúdos quando expostos às condições
ambientais no pavimento (intemperismo). No ensaio (DNER-ME 089/94), a perda de massa
resultante após atacar quimicamente o agregado não deverá superar 12%.
𝑀𝑀
𝐺𝐺𝑠𝑠𝑠𝑠 = 𝑉𝑉 +𝑉𝑉𝑠𝑠 (𝑔𝑔⁄𝑐𝑐𝑐𝑐 3 )
𝑠𝑠 𝑝𝑝𝑝𝑝
𝑀𝑀𝑠𝑠
𝐺𝐺𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 = 𝑉𝑉 +𝑉𝑉 (𝑔𝑔⁄𝑐𝑐𝑐𝑐 3 )
𝑠𝑠 𝑝𝑝𝑝𝑝 +𝑉𝑉𝑝𝑝𝑝𝑝
Onde 𝑀𝑀𝑠𝑠 é a massa seca do agregado, 𝑉𝑉𝑠𝑠 é o volume da parte sólida do agregado, 𝑉𝑉𝑝𝑝𝑝𝑝 é o volume
dos poros impermeáveis, 𝑉𝑉𝑝𝑝𝑝𝑝 é o volume de poros permeáveis, 𝑉𝑉𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 volume de poros
permeáveis que não são preenchidos pelo asfalto.
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EXERCÍCIOS:
𝜙𝜙𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = _____________________.
2) Considere dois materiais que estão sendo cogitados para uso em pavimentação (para
compor uma mistura para a camada de Revestimento), o Material A e o Material B,
cujas granulometrias são apresentadas a seguir (em termos da % passante):
Granulometria % passante
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
Diâmetro dos 0
grãos (mm) 0,01 0,1 1 10 100
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3.1. Introdução:
3.2. Resiliência:
É a deformação elástica, recuperável de solos e misturas (asfálticas ou não) sob a ação de cargas
dinâmicas. O módulo resiliente (MR) é obtido no ensaio triaxial dinâmico (que simula as condições
de trabalho destes materiais).
𝜎𝜎𝑑𝑑
𝑀𝑀𝑅𝑅 = , onde:
𝜀𝜀𝑅𝑅
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Deslocamento
δ (mm)
N (ciclos)
Onde:
𝛿𝛿𝑅𝑅
𝜀𝜀𝑅𝑅 =
𝑙𝑙
Os materiais são classificados (em porcentagem) em termos da resistência obtida no ensaio, sendo:
Deste modo, a resistência mecânica (ou capacidade de suporte) foi relacionada (empiricamente)
com o desempenho das estruturas, originando os Métodos de Dimensionamento CBR e o DNER,
que fixam espessuras mínimas para as camadas de modo a limitar as tensões que chegam ao SL e
protegê-lo da ruptura. O ensaio é definido por:
Sendo * o material em questão, passante na #3/4”, compactado com massa específica e umidade
que será utilizada no projeto. As pressões do ensaio são as necessárias para produzir penetração do
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pistão nos valores de 2,54 mm e 5,08 mm, com os corpos-de-prova imersos, previamente, durante 4
dias.
Curva pressão-penetração:
pressão
(Kgf/cm2)
Onde:
𝑝𝑝1
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶1 = 100
70
𝑝𝑝2
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶2 = 100
105
Penetração
(mm)
A expansão (e, em %) nos corpos de prova é determinada juntamente com o ensaio do CBR, após 4
dias submerso. É o aumento (em %) sofrido pelo corpo de prova, com relação às dimensões
iniciais. Após seu valor ser determinado, pode-se realizar efetivamente o ensaio CBR (penetração).
Algumas considerações:
• O ensaio CBR pode ser realizado tanto em campo quanto em laboratório e o MR pode ser
obtido somente em laboratório (a fadiga). Para este último, há somente uns poucos
laboratórios habilitados, dando margem à utilização de fórmulas de correlação.
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• Mais tarde veremos como obter o MR em campo (Viga Benkelman, FWD), na parte de
restauração de pavimentos. O ensaio de cargas repetidas se aplica tanto a solos quanto a
materiais de pavimentação.
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Na década de 50, percebeu-se que estes solos apresentavam CBR elevado, e sua primeira aplicação
em pavimentação foi no estado de São Paulo, como Ref. de SL. Mais tarde foi utilizado como base
(argila laterítica compactada), protegida por todos os lados por uma pintura betuminosa e que
obteve um desempenho excelente (durante cerca de vinte anos).
Geralmente:
Foram realizados mais estudos e em 1977 Utiyama e outros pesquisadores publicaram, na revista
do DER, um estudo sobre pavimentos econômicos utilizando este tipo de solo.
Em 1982 Nogami e Villibor propuseram um critério para seleção destes solos a fim de utilizá-los
como base de pavimentos. Este procedimento é utilizado até os dias de hoje, como se verá a seguir.
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Algumas restrições para o uso deste tipo de solo (segundo Nogami e Villibor, 1995):
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Considera parâmetros (granulometria, limites de consistência e índice de grupo) que não avaliam
corretamente os solos brasileiros.
Classifica os solos de A-1 a A-7, dividindo-os em dois grandes grupos: Granulares (A-1, A-2 e A-
3) e Silto-Argilosos (finos, de A-4 aA-7).
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Índice de Grupo (IG): parâmetro que define a capacidade de suporte do terreno de fundação de um
pavimento em função da classificação (TRB).
Baseia-se na identificação dos solos de acordo com sua textura, granulometria e plasticidade.
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A partir de estudos com base na mecânica dos pavimentos, realizados por Pinto e Preussler (1976),
esta classificação permite relacionar os solos e materiais quanto ao seu comportamento mecânico e
deformabilidade.
• Para solos
finos (coesivos):
Existem ainda outros sistemas de classificação, mas que não serão objeto de estudo nesta
disciplina.
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EXERCÍCIOS:
a) LL = 67%
%passante #200 = 85%
LP = 31%
b) LL = 62%
%passante #200 = 52%
LP = 44%
c) LL = 34%
%passante #200 = 28%
LP = 26%
d) LL = NL
IP = NP
%passante #10 = 43%
%passante #40 = 26%
%passante #200 = 17%
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4.1. Introdução:
Quando um material não atende aos requisitos técnicos (físico, químico ou mecânico) para sua
utilização como camada de pavimento, pode-se tentar melhorar suas características deficientes
antes de desprezá-lo. Este processo é conhecido como estabilização, e pode ser:
a) Tentativa e erro:
A partir da curva granulométrica disponível e da faixa granulométrica especificada, é
feita uma primeira estimativa das porcentagens a serem usadas de cada material,
baseando-se na experiência ou visualização gráfica da granulometria dos materiais
disponíveis. O ponto de partida é identificar peneiras críticas.
b) Método algébrico:
O projeto de misturas deve considerar o número de materiais a serem misturados e as
tolerâncias das especificações a serem atendidas. Como as especificações são feitas para
vários intervalos de diâmetro de grãos, e como esses intervalos são quase sempre em
número superior ao número de materiais disponíveis para a mistura, o projeto de
misturas recai na resolução de sistemas com mais equações do que incógnitas.
Entretanto, trabalha-se com uma faixa de valores, de modo que o problema é resolvido
algebricamente, “por partes”.
c) Método gráfico de Rothfucks:
Consiste em calcular uma curva granulométrica média da especificação que se pretende
utilizar e representá-la graficamente como uma diagonal de um retângulo. Realizam-se
sucessivos ajustes de forma que a interseção das linhas utilizadas no ajuste forneçam as
quantidades (em %) equivalente de cada material.
a) Cimento:
Principal função é aumentar a coesão e rigidez em relação ao material de origem,
aumentando a resistência à compressão e à tração.
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b) Cal:
Utiliza-se a cal com as mesmas finalidades que o cimento, porém apresenta um período
muito maior de cura.
c) Asfalto:
Confere um aumento da resistência à compressão e à tração, com relação ao material de
origem.
- SEG
- BGS
- BC
Estabilização Granulométrica - Solo-brita
- SAFL
- S. Bet.
- M. Bet.
Estabilização com asfalto:
- BGTC
Estabilização com cimento: - CCR
- S. Cim.
- M. H.
Macadames: - M. S.
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EXERCÍCIOS:
a) 𝜙𝜙𝑚𝑚á𝑥𝑥 do agregado;
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% passante
3) Questão Provão 2002 – adaptada: Para a construção de uma nova rodovia, haverá
necessidade da execução de um extenso aterro em determinado trecho. Assim, no projeto, foi
realizado um estudo geotécnico prévio sobre amostras de terraços fluviais de duas áreas
aluvionares próximas e diferentes, para determinar a possibilidade de seu uso como materiais
de empréstimo. Ao fazer os ensaios de compactação sobre a amostra da jazida B,
comprovou-se que haveria necessidade de corrigir sua granulometria para superar a carência
da fração fina, de modo a viabilizar seu uso no projeto. No estudo geotécnico realizado,
também foi esclarecido que a superação dessa deficiência de finos, no solo B, poderia ser
conseguida mediante a mistura de x% do solo A com y% do solo B (x%+y% = 100%), que
garantisse 12% de fração fina (D < 0,075 mm) à granulometria da mistura.
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b) Se o solo A é ou não bem graduado, mediante uso de critério baseado nos valores de Cu
(coeficiente de uniformidade) e Cc (coeficiente de curvatura).
Dados/Informações adicionais:
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Sobre as amostras retiradas dessas duas áreas (A e B), foram realizados ensaios de
granulometria (por peneiramento e por sedimentação), obtendo-se os seguintes resultados:
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5. Materiais betuminosos:
5.1. Introdução:
Há registros históricos de que foram utilizados na Mesopotâmia, Roma, Grécia, entre outros;
como impermeabilizante, combustível (_______________, ____________), etc.
A grande revolução do petróleo ocorreu com a invenção dos motores de combustão interna e a
produção de automóveis em grande escala, que deram à gasolina uma utilidade mais nobre.
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5.2. Tipos/classificação:
Asfalto
Natural
Asfalto de
Mat. Betuminosos
Petróleo
Alcatrão
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- enxofre
- nitrogênio
- oxigênio
- alifáticos
- hidrocarbonetos
- aromáticos
- asfaltenos (entre 20 e 30%)
- maltenos
Aplicações:
PMQ
Misturas à
AA (areia-asfalto)
quente
Tratamento CBUQ
Superficial
Macadame
Betuminoso
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c.2) Asfalto Diluído (ADP): é obtido a partir do CAP e da adição e mistura de solventes.
A vantagem em se utilizar este produto, é que, ao ser exposto às condições ambientais,
os solventes se evaporam, restando somente o CAP. Por apresentarem menor
viscosidade, podem ser aplicados em condições de baixas temperaturas (e, portanto,
reduzindo a necessidade de aquecimento demorado). Podem ser de três tipos:
Aplicações:
- Imprimação
c.3) Emulsão Asfáltica (EMA): é produzida a partir do CAP ou ADP com a adição de
água e agente emulsificante, separando a composição em duas fases:
Aplicações:
- Estocagem
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c.4) Asfalto Modificado com Polímero (AMP): nestes materiais, são adicionados
polímeros a fim de melhorar as propriedades em fadiga, bem como diminuir a
deformação permanente, fissuras térmicas e ainda reciclar materiais da indústria. Ex.:
SBS, SBR, EVA, borracha moída de pneus, etc.
Serviço: Ligante
Imprimação
CM 30
Pintura de Ligação RR 1C
Pré-misturado a Frio e
RM 2C, RM 1C, RR 1C-E
Microrrevestimento asfáltico
Os asfaltos exibem deformação dependente do tempo. Seu modelo reológico é representado por
um conjunto de molas e êmbolos dispostos em série (modelo de Maxwell), paralelo (modelo de
Kelvin) ou vários destes modelos acionados simultaneamente (modelo generalizado/Maxwell
generalizado):
Modelo generalizado/Maxwell
Modelo de Maxwell Modelo de Kelvin
generalizado
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5.4.1. Penetração:
Este ensaio avalia a consistência do asfalto em temperatura ambiente, que é definida pela
profundidade (em mm/10) em que uma agulha-padrão penetra, verticalmente, uma amostra de
CAP, durante 5 s.
5.4.2. Viscosidade:
Permite obter a curva de viscosidade de uma mesma amostra. O ensaio avalia o tempo
necessário para uma amostra fluir pela ação do vácuo. Unidade: 1 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 =
1 𝑔𝑔⁄𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑠𝑠 = 0,1 𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑠𝑠. Ex.: CAP-7, CAP-20, CAP-40.
Fornece uma medida empírica da viscosidade em CAP’s e emulsões, que pode ser reproduzida
em campo. É definida pelo tempo (em segundos, denomidado SSF) necessário para que o
asfalto flua de um orifício até encher um recipiente de 60 ml, na temperatura fixada (177ºC,
135ºC e 60ºC geralmente).
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𝑇𝑇3 +𝑇𝑇4
TCAP é a temperatura de aquecimento do CAP: �𝑇𝑇𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 = �
2
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Este ensaio visa a segurança durante o manuseio, transporte, estocagem e usinagem do asfalto.
É a temperatura na qual os vapores do material se inflamam (geralmente a partir de 230ºC), por
contato com uma chama padronizada, provocando um “lampejo” durante o ensaio.
Exemplos de outros ensaios: solubilidade (grau de pureza, teor de asfalto), durabilidade (efeito
do calor e do ar), índice de suscetibilidade térmica (sensibilidade da consistência dos ligantes
asfálticos à variação térmica), ductilidade, recuperação elástica, etc.
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EXERCÍCIOS:
1) Atividade para fórum de discussão/debate: Pesquisar (em artigos e fontes confiáveis) sobre a
situação do petróleo brasileiro, respondendo às perguntas e dialogando com os colegas:
a) Quais os maiores produtores de petróleo no mundo? Em que posição o Brasil se
encontra? Por quê?
b) Por que apesar de o Brasil produzir o próprio petróleo, precisa também importar?
c) Na questão dos combustíveis, por que quando há alta nos preços da gasolina/diesel
sobe também o etanol?
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6.1. Introdução:
A estabilização de uma camada é necessária sempre que se deseja torna-la mais estável. De
acordo à sua natureza e comportamento, os materiais podem ser:
• Granulares e solos: cuja principal função é resistir aos esforços de compressão (C).
• Materiais com adição de asfaltos: cuja principal função é aumentar a resistência à C e à
tração (T), com relação ao material de origem.
• Materiais com cal ou cimento: cuja principal função é aumentar a coesão e rigidez,
resistência à T e à C, com relação ao material de origem.
Para sua utilização como B e SB, bem como nas demais camadas de pavimentos, os materiais
deverão atender às especificações vigentes. Abaixo são apresentadas as principais exigências
gerais, para pavimentos flexíveis (Fonte: DNIT IPR-719, 2006):
B SB
- Composição granulométrica em faixas - 𝐼𝐼𝐼𝐼 = 0
específicas (de A a F), em função do tráfego; - 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 ≥ 20%
- (%) Passante na #200 < 2/3 da (%) Passante - 𝑒𝑒 ≤ 1%
na #40;
- Perda LA do material retido na #10 ≤ 50%
- 𝐿𝐿𝐿𝐿 ≤ 25% (ou 𝐸𝐸𝐸𝐸 > 30%)
Ref
- 𝐼𝐼𝐼𝐼 ≤ 6% (ou 𝐸𝐸𝐸𝐸 > 30%)
- 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 > 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑆𝑆𝑆𝑆
80% 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑁𝑁 > 5. 106
- 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 ≥ � - 𝑒𝑒 ≤ 1%
60% 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑁𝑁 ≤ 5. 106
- 𝑒𝑒 ≤ 0,5%
SL
- 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 ≥ 2%
- 𝑒𝑒 ≤ 2%
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c) Solo-cal:
São utilizados com os mesmos objetivos do solo-cimento (enrijecimento, redução da
plasticidade, redução da expansão), mas com um período maior de cura. O teor deve
variar aproximadamente entre 4 a 10% em massa.
6.3. Execução:
Os procedimentos variam de acordo com os materiais que serão empregados, e para cada um
destes, deve-se buscar as especificações que detalham os serviços relacionados. Nestas
especificações, os equipamentos para execução e transporte são indicados, por ex.: caminhão,
rolo-compressor, motoniveladora, grade de discos, caminhão-tanque, etc.
Os materiais poderão ser misturados no local ou previamente, em usina, já vindos prontos para a
aplicação.
Após a compactação, pode ser necessária a regularização com a motoniveladora (em operação
de corte somente).
Para maiores detalhes, tanto quanto às questões de especificações sobre os materiais e execução
para os diversos tipos de camadas, consultar também as normas e especificações de serviço (por
exemplo, as disponíveis em: http://www1.dnit.gov.br/normas/).
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EXERCÍCIOS:
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Pressão
(MPa)
Penetração
(mm)
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7. Revestimentos:
7.1. Introdução:
7.2. Tipos:
7.2.1. Rígidos:
7.2.2. Flexíveis:
Conhecidos como pavimentos drenantes, pois assentados sobre uma base de solo ou areia
(colchão drenante), permitem que a água da chuva escoe (com o projeto de drenagem adequado)
para bueiros e galerias, evitando alagamentos. Ex.: alvenaria poliédrica, paralelepípedos,
blockrets, blocos intertravados (“pavers”).
São formados pela associação entre agregados e ligantes betuminosos. Os materiais mais
adequados variam em função do tráfego.
• Direta:
- TSS:
- TSD:
- TST:
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• A frio: misturadas em usina (fixa ou móvel), porém usando EMA como ligante.
- PMF: pré-misturado a frio, com granulometria de agregados que pode ser
densa, semidensa ou aberta. A principal vantagem é que não é necessário
aquecer agregados e ligantes. Seu uso geralmente é restrito a vias de baixo
volume de tráfego.
De um modo geral, a escolha do tipo de Rev. Betuminoso flexível dependerá das características
do tráfego. Recomendações gerais:
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7.3. Execução:
• Capa selante por penetração: espalhamento de ligante betuminoso (com ou sem cobertura
de agregado miúdo) para a selagem de um revestimento betuminoso. Espessura ≈ 5 mm.
• “Antipó”: tratamento superficial primário por penetração, de baixo custo, para o controle
de poeira de estradas de terra ou revestimento primário, por espalhamento do ligante
betuminoso de baixa viscolidade (com ou sem cobertura de agregado miúdo).
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EXERCÍCIOS:
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8.1. Introdução:
8.2. Tipos:
Concebido durante a 2ª Guerra Mundial para projetar pistas de aeronaves militares. Este método
é utilizado para misturas asfálticas a quente (CAP + agregados), para misturas densas (para as
demais o processo é similar, considerando obviamente as respectivas particularidades).
Etapas:
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SSF
6) Adotam-se 5 teores de asfalto (T, T±0,5% e T±1%) para moldagem de pelo menos15 corpos
de prova (3 para cada teor) e ensaio.
7) Após resfriamento e desmoldagem dos corpos de prova, obtêm-se as dimensões dos mesmos
e são determinadas, para cada um as massas especifica real, aparente, seca, submersa.
8) Realiza-se um ajuste com cada teor de asfalto e os percentuais dos agregados, ou seja: .
Usando os parâmetros do item anterior e os teores de asfalto, obtém-se a densidade máxima
teórica da mistura (DMT).
9) Após a obtenção dos parâmetros volumétricos, os corpos de prova são ensaiados na prensa
Marshall (à compressão), onde se obtêm os parâmetros estabilidade (em Kgf ou N) e fluência
(em mm) para os distintos teores de mistura.
10) Com todos os parâmetros volumétricos e mecânicos determinados, são traçadas 6 curvas
(onde os teores de asfalto são representados no eixo das abscissas) para definição do teor de
projeto.
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11) Os gráficos devem ser comparados com os valores limites dados pelas especificações (ex.
DNIT-ES 031/2004). Mediante análise, o procedimento para escolha do teor ótimo é variável,
de acordo com o projetista (Pavimentação Asfáltica – Formação básica para Engenheiros –
PROASFALTO diversos autores). Um procedimento poderia ser, por exemplo, analisar somente
dois parâmetros (Vv e RBV).
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EXERCÍCIOS:
Porcentagens retidas individuais: Brita ¾” = 26%; Brita 3/8” = 20%; Pedrisco + Pó = 40%;
Areia = 13%; Fíler (cal hidratada) = 1%.
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9. Número N:
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EXERCÍCIOS:
1) Exercício proposto pelo Prof. Djalma Pereira: Dada a contagem bidirecional anual de
veículos comerciais abaixo, calcular o N previsto, considerando o fator de veículos
representativo segundo o critério da metodologia AASHTO. Considerar que todos os veículos
trafegam com a carga máxima legal, fator climático regional igual a 1 e pista simples, para um
período de projeto de 10 anos e taxa de crescimento (linear) de veículos de 2% ao ano.
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3C3
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2C
3C
2S2
2S3
3S3
2C2
3C3
Total
Ano TDMA N N
ano acumulado
10
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11.1. Introdução:
As normativas que orientam o dimensionamento deste tipo de pavimento podem ser encontradas
no Manual de Pavimentos Rígidos do DNIT (2004).
11.2. Tipos:
11.2.1. Placas de concreto simples sem barras de transferência: placas de entre 4 a 6m, sem
barras de transferência (BT).
11.2.2. Placas de concreto simples com barras de transferência: placas de entre 5 a 7m, com BT,
de aço liso.
11.2.3. Placas de concreto com armadura distribuída descontínua: placas de entre 12 a 15m, com
barras de transferência e armadura sem função estrutural (para inibir fissuração somente).
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11.2.4. Placas de concreto com armadura distribuída contínua: dimensões e modelos análogos
aos de estruturas de concreto de construção, sem juntas de retração e armadura pesada (para
inibir fissuras de retração). O dimensionamento é comandado pela ABNT NBR 6118.
• modelo de fadiga;
• o uso do método dos elementos finitos (MEF);
• modelo de erosão;
• diversas solicitações e condições de contorno;
• resistência do concreto (fck) superior a 25MPa;
• bases e sub-bases estabilizadas;
• ensaios e testes de experimentos (pistas da AASHTO, TRB, ASCE).
Fadiga: o modelo de fadiga adotado segue a lei de Palmgreen-Miner, conhecida como Lei de
Dano Acumulado:
𝑁𝑁 𝑁𝑁
𝐷𝐷𝑖𝑖
� 𝐷𝐷𝑖𝑖 ≤ 𝐷𝐷 ∴ � <1
𝐷𝐷
𝑖𝑖=1 𝑖𝑖=1
Onde Di são os danos ocorridos em cada nível de solicitação, D é o limite estrutural ao dano e
N é o número total de eventos considerados.
De acordo com este modelo, ao atingir o valor 1, significa que o limite à fadiga foi esgotado
(ou seja, foi “consumido” 100% de dano à fadiga).
Erosão: o enfoque é similar, ou seja, o dano consumido na erosão deve ser inferior a 100%.
11.3.1. Parâmetros:
𝑀𝑀
a) Resistência à tração na flexão (28 dias): 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐,𝑘𝑘 (resistência de projeto = 4,5MPa geralmente).
b) Tipo de acostamento.
c) Fator de Segurança (FS): 1 para vias com poucos caminhões; 1,1 para vias com frequência
média e 1,2 a 1,5 quando houver grande frequência ou desempenho acima do normal.
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d) Tipo de juntas
h) Características da SB:
i) granulometrias específicas
11.3.2. Dimensionamento:
Apesar de ter sido derivado do uso de um software avançado para sua época, no Brasil este
método foi adaptado para situações mais gerais e os dados então foram convertidos em ábacos e
tabelas, que são apresentados na íntegra no Manual de Pavimentos Rígidos do DNIT (2004).
No entanto, visando maior didática e para ilustrar a metodologia, a seguir serão apresentados
somente os ábacos para pavimentos com BT.
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Tensão equivalente para Pavimento Sem Acostamento Tensão equivalente para Pavimento Com Acostamento
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de concreto (Eixo Simples/Tandem Duplo) de concreto (Eixo Simples/Tandem Duplo)
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Fator de erosão para Pavimento Sem Acostamento de concreto Tensão equivalente para Eixos Tandem Triplo
(Eixo Simples/Tandem Duplo) (Pavimento Sem/Com Acostamento de concreto)
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Fator de erosão para Eixo Tandem Triplo Fator de erosão para Pavimento Com Acostamento de concreto
(Pavimento Sem/Com Acostamento de concreto) (Eixo Simples/Tandem Duplo)
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Onde:
𝜎𝜎𝑒𝑒𝑒𝑒
Fator de fadiga =
𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐,𝑘𝑘
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EXERCÍCIOS:
1) A partir do tráfego estimado para uma via (obtido por contagem classificatória
em posto de pedágio), verificar se uma placa de concreto de 25 cm de espessura
atenderia às normativas vigentes para pavimento. Caso contrário, indicar o que
deverá ser feito para que possa atender às normas.
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FORMULÁRIO
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ANEXOS
97
ANEXO I
Estruturas típicas de pavimentos asfálticos (Fonte: Pavimentação Asfáltica: formação básica
para engenheiros - PROASFALTO):
98
99
ANEXO II
Comparativo entre métodos de classificação em obras viárias (Fonte: Pavimentação Asfáltica:
formação básica para engenheiros - PROASFALTO):
100
ANEXO III
Ex. de tabelas da ANP contendo especificações de ligantes asfálticos (Fonte: Pavimentação
Asfáltica: formação básica para engenheiros - PROASFALTO):
101
102