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Geotécnica

Fernando Eduardo Rodrigues Marques

Geotécnica - 2016 – UERJ

 PROGRAMA
1. Introdução à Geologia Engenharia
(Engenharia Geológica)
2. A Terra
3. Minerais
4. Geodinâmica
5. Intemperismo
6. Solos
7. Rochas
8. Prospecção geotécnica e ensaios de campo
9. Cartografia (Mapas)
10. Obras de Engenharia
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 BIBLIOGRAFIA
1. Ingeniería Geológica --- Luis Vallejo, Mercedes Ferrer,
Luis Ortuno e Carlos Oteo. Pearson Educación, 2002.
2. Geologia de Engenharia - 3ª ed. --- Nivaldo José
Chiossi. Oficina de Textos.
3. Geologia Geral - 4ª ed. --- José Henrique Popp. Livros
Técnicos e Científicos Editora, 1995.
4. Ensaios de campo e suas aplicações à Engenharia de
Fundações - 2ª ed. --- Fernando Schnaid, Edgar
Odebrecht. Oficina de Textos.
5. Introdução à Geologia de Engenharia - 2ª ed. ---
Carlos Leite Maciel Filho. Universidade Federal de
Santa Maria, 1997.

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 AVALIAÇÃO
• Duas provas (P1 e P2) durante o período de aulas

• A média das duas provas comporá a MF1 (média final provas)

MF1 = (NP1 + NP2)/2

Se MF1 ≥ 7,0 ⇒ Aprovado direto

Se MF1 ≤ 4,0 ⇒ Reprovado por nota

Se 4,0 ≤ MF1 ≤ 7,0 ⇒ Exame Final e ⇒ MF = (MF1 + PF)/2

Se MF ≥ 5,0 ⇒ Aprovado

• Freqüência mínima para aprovação: 75%


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1. INTRODUÇÃO À GEOLOGIA DE ENGENHARIA
1.1. Disciplinas da Geologia
1.2. Denominação e Objetivos
1.3. O caso específico da Geologia de Engenharia
(Engenharia Geológica)
1.4. A importância da Geologia de Engenharia
(Engenharia Geológica)
1.5. O meio geológico e a sua relação com a engenharia
1.6. Engenharia Geológica: formação e profissão
1.7. Fatores geológicos e problemas geotécnicos
1.8. Métodos e aplicações em Engenharia Geológica

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 1.1. Disciplinas da Geologia


Ramificações da Geologia:
 Geologia Geral ou Física
 Geologia Histórica
 Petrologia
 Paleontologia
 Estratigrafia
 Geologia de Engenharia
 Geomorfologia

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 1.2. Denominação e Objetivos

GEOTECNIA
 Geologia de Engenharia (Engenharia Geológica)
(representa a visão mais geológica para a solução
dos problemas construtivos)
 Mecânica dos Solos
 Mecânica das Rochas

 Técnicas de engenharia aplicadas a fundações,


reforço, sustimento, melhoria e escavação de
maciços.

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 1.2. Denominação e Objetivos


GEOLOGIA DE ENGENHARIA
 É a ciência aplicada ao estudo e à solução dos
problemas de engenharia e do meio ambiente
produzidos como consequência da interação
entre as atividades humanas e o meio
geológico.

 Tem como objetivo assegurar que os fatores


geológicos condicionantes para as obras de
engenharia sejam levados em consideração e
interpretados adequadamente.

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 1.3. O caso específico da Geologia de
Engenharia

Temas abordados na Geologia de Engenharia:


 A utilização de materiais terrosos e rochosos
 Os fenómenos que ocorrem na superfície da Terra
 Os maciços terrosos e rochosos
 Definições
 Caracterização de materiais
 Comportamento mecânico
 Previsão da evolução das propriedades
 Medidas apropriadas de manutenção e melhoramento

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 1.4. A importância da Geologia de Engenharia

Campos de atuação:
1. Projetos e obras de engenharia onde o terreno
constitui o material de suporte, o material de
escavação, de armazenamento ou de construção
(ex: aterros). Dentro deste âmbito incluem-se as principais
obras de infraestrutura, edificações, obras hidráulicas, marítimas,
fábricas, exploração de minério, centrais de energia, etc.

2. Prevenção, mitigação, e controle dos riscos


geológicos, assim como dos impactos ambientais
das obras públicas, actividades industriais,
mineração ou urbanas.
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 1.4. A importância da Geologia de Engenharia

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 1.4. A importância da Geologia de Engenharia

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 1.4. A importância da Geologia de Engenharia
GEOLOGIA DE ENGENHARIA: UMA VISÃO DESDE A GEOLOGIA ATÉ À ENGENHARIA

GEOLOGIA
DE
GEOLOGIA ENGENHARIA ENGENHARIA

PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA


MATERIAIS E PROCESSOS

SOLUÇÕES
GEOTÉCNICAS
Elevação de uma praia por processos Construção de um viaduto
tectónicos (sul da Grécia)

MITIGAÇÃO DE
RISCOS E
IMPACTOS
AMBIENTAIS

Deslizamentos em penhascos basálticos


Construção de uma barragem
(Madeira) (cortesia de D. Rodrigues)

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 1.4. A importância da Geologia de Engenharia

 Ambos os campos de atuação tem um peso


importante no produto interno bruto de um
país, ao estarem diretamente relacionados com
os setores de infraestrutura, construção,
mineração e edificação.

 No segundo campo de atuação, a importância


económica e as repercussões sociais e
ambientais são difícies de quantificar e podem
ser muito altas ou incalculáveis.

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 1.4. A importância da Geologia de Engenharia
Nova Friburgo, 2011

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 1.4. A importância da Geologia de Engenharia

Tinguá, 2009

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 1.4. A importância da Geologia de Engenharia
Mariana, 2015

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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a


engenharia

 O meio geológico está em contínua evolução e os


processos afetam tanto os materiais rochosos e os
solos, bem como o meio natural no seu conjunto.

 O meio antrópico, representado pelas cidades,


infraestruturas, obras públicas, etc., irrompe com
frequência por regiões geológicamente instáveis
modificando e inclusive desencadeando os
processos geológicos.

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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a
engenharia
 A busca de soluções armónicas entre o meio
geológico e o antrópico necessita da consideração
prévia de certos fatores diferenciadores entre
ambos, cujo desconhecimento é causa de
interpretações erróneas.

 Entre esses fatores podemos destacar:


 A escala geológica e a da engenharia;
 O tempo geológico e o antrópico;
 A linguagem geológica e a da engenharia.

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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a


engenharia
 A Geologia parte de uma visão espacial dos
fenómenos físicos da Terra, com escalas que vão
desde o cósmico até ao microscópico e o tempo se
mede em centos de milhões de anos.

 Grande parte dos processos geológicos, como as


orogeneses, litogeneses, etc., ocorrem ao longo de
milhões de anos e condicionam fatores tão
diferentes como as propriedades e características
dos materiais e a ocorrência de processos sísmicos
e vulcânicos.
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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a
engenharia
 Na Engenharia as escalas espaciais e temporais se
adaptam à medida das atividades humanas.

 O homem como espécie irrompe no Quaternário,


com uma antiguidade da ordem de 2 milhões de
anos, frente aos 4.600 milhões de anos da vida do
planeta.

 No entanto, a ação antrópica intervem de forma


extraordinária em determinados processos naturais
como a erosão, a sedimentação e inclusive no
clima.
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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a


engenharia
 A possibilidade de acelerar ou modificar os
processos naturais é um dos aspectos
fundamentais a considerar na Geologia de
Engenharia.

 Muitas propriedades dos materiais geológicos de


interesse geotécnico como a permeabilidade,
alterabilidade, resistência, deformabilidade,
disolução, subsidência, expansibilidade, etc.,
podem ser substancialmente modificados pela
ação humana.
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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a
engenharia
 A comparação entre o tempo geológico e o
humano é fundamental para apreciar as possíveis
consequências dos fatores e riscos geológicos.
 Pode considerar-se que a maioria das obras se
projetam para uma vida útil de 50 a 100 anos. No
entanto é habitual exigir garantias de segurança
geológica e ambiental para períodos de 500 e 1000
anos, como acontece frente ao risco de inundações
e de terramotos.
 No caso de armazenamento de resíduos
radioativos são exigidos períodos maiores,
superiores a 10.000 anos.
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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a


engenharia
 Considerando a escala humana, muitos processos
geológicos, como os riscos naturais de grande
magnitude, tem em geral uma probabilidade de
ocorrência muito baixa.

 O grande expectro de velocidades com que se


desenvolvem os processos geológicos, desde
quase instantâneos como os terramotos, até os
muito lentos como a dissolução e a erosão é um
outro fator que deve ser considerado.

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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a
engenharia
 As escalas cartográficas, como meio de
representação espacial, são outro dos aspectos
diferenciais e considerar.
 Em geologia as escalas são condicionadas pela
dimensão dos fenómenos ou das unidades
geológicas, formações, estruturas, etc., a
representar.
 A maioria dos mapas geológicos tem escalas
compreendidas entre 1/1.000.000 e 1/50.000,
enquanto as escalas mais frequentes na
engenharia se encontram entre 1/10.000 e 1/500.
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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a


engenharia
 Os mapas geológicos regionais permitem identificar
fatores que, não estando dentro da área específica
do projeto, podem ser importantes para apreciar
aspectos geológicos regionais ou a presença de
riscos cujo alcance pode afetar a área de estudo.
 Os mapas geológicos a escala de detalhe
constituem a prática habitual nas cartografias
geotécnicas, litológicas ou temáticas, onde se
representam descontinuidades, dados
hidrogeológicos, materiais, etc., a escalas iguais às
do projeto.
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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a
engenharia
 Outro problema que ocorre com frequência ao
integrar dados geológicos em projetos de
engenharia é a falta de comunicação entre ambos
os campos.

 Além da terminologia própria de cada um, é comum


existirem diferenças nos enfoques e na valorização
dos resultados, segundo se trate um determinado
problema com uma ou outra ótica (geológica ou
engenharia).

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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a


engenharia
 Em engenharia se trabalha com materiais cujas
propriedades que variam dentro de intervalos
estreitos e podem ser ensaiados em laboratório,
como o concreto, o aço, etc., não variando as suas
propriedades substancialmente com o tempo.
 No entanto, em geologia os materiais são
anisotrópicos e heterogéneos, apresentam
propriedades muito variáveis e sofrem alterações
com o tempo.

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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a
engenharia

 Num projeto de engenharia são necessários dados


quantificáveis e susceptíveis de ser modelados.

 Na geologia a quantificação numérica e a


simplificação dos amplos intervalos de variação das
propriedades a valores compreendidos dentro de
margens estreitas é difícil e por vezes impossível
ao nível requerido por um projeto.

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 1.5. O meio geológico e a sua relação com a


engenharia
 Por outro lado, é habitual dispor em engenharia de
um grau de conhecimento muito preciso sobre os
materiais de construção, enquanto que a
informação geológico-geotécnico é habitualmente
baseada em um número limitado de investigações,
ocasionando um nível de incerteza nos estudos
geotécnicos.

 A estatística é uma ferramenta importante para


analisar dados muito variáveis e inclusive
aleatórios.
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 1.6. Engenharia Geológica: formação e
profissão
 A formação em Engenharia Geológica baseia-se
num sólido conhecimento da geologia e do
comportamento mecânico dos solos e rochas e na
sua resposta às modificações impostas pelas obras
de engenharia.
 A investigação do terreno mediante métodos e
técnicas de reconhecimento e ensaios, assim como
a análise e a modelação, tanto dos materiais como
dos processos geológicos formam parte essencial
desta disciplina.

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 1.6. Engenharia Geológica: formação e


profissão
 O profissional da engenharia geológica tem
formação científica e técnica aplicada à solução
dos problemas geológicos e ambientais que afetam
a engenharia, dando resposta às seguintes
questões:
 Onde localizar uma obra pública ou indústria para que a
sua localização seja geologicamente segura e
construtivamente económica;

 Definir o traçado mais adequado para uma via de


comunicação de modo a que as condições geológicas
sejam favoráveis;
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 1.6. Engenharia Geológica: formação e
profissão

 Em que condições geológico-geotécnicas se deve fundar


um edifício;

 Como escavar um talude para que seja estável e


economicamente viável;

 Como escavar um túnel ou instalações subterrâneas para


que sejam estáveis;

 Com que tipo de materiais geológicos se pode construir


uma barragem, um aterro, uma rodovia, etc.;

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 1.6. Engenharia Geológica: formação e


profissão
 Que tratamentos do terreno deverão ser realizadas de
modo a corrigir infiltrações, inundações, assentamentos,
deslizamentos, etc.;

 Em que tipo de materiais geológicos se podem


armazenar resíduos tóxicos, urbanos ou radioativos;

 Como evitar ou reduzir os riscos geológicos (terramotos,


deslizamentos, etc.);

 Que critérios geológico-geotécnicos devem ser


considerados no ordenamento do território e na mitigação
dos impactos ambientais.
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 1.7. Fatores geológicos e problemas
geotécnicos
 A diversidade do meio geológico e a complexidade
dos seus processos fazem com que nas obras de
engenharia se devam resolver situações onde os
fatores geológicos são os condicionantes de um
projeto.
 Em primeiro lugar, pela sua maior importância,
estariam os riscos geológicos, cuja incidência pode
afetar a segurança ou a viabilidade de um projeto.
 Em segundo lugar estão todos aqueles fatores
geológicos cuja presença condiciona técnica ou
economicamente a obra.
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 1.7. Fatores geológicos e problemas


geotécnicos
Influência da litologia no comportamento geotécnico do maciço
Litologia Fatores Problemas geotécnicos
característicos
Rochas duras Minerais duros e abrasivos Abrasividade
Dificuldade de arranque
Rochas brandas Resistência média a baixa Rupturas em taludes
Minerais alteráveis Deformabilidade em túneis
Mudança das propriedades com o
tempo
Solos rijos Resistência média a alta Problemas em fundações em argilas
expansivas e estruturas colapsíveis
Solos brandos Resistência média a baixa Recalques de fundações
Rupturas em taludes
Solos orgânicos Alta compressibilidade Subsidência e colapsos

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 1.7. Fatores geológicos e problemas
geotécnicos Recalques de fundações
Rupturas em taludes

Geotécnica - 2016 – UERJ Subsidência

 1.7. Fatores geológicos e problemas


geotécnicos
Estruturas geológicas e problemas geotécnicos

Estruturas Fatores característicos Problemas geotécnicos


geológicas
Falhas e fraturas Superfícies muito contínuas; Rupturas, instabilidades, acumulação
espessura variável de tensões, infiltrações e alterações
Planos de Superfícies contínuas; pouca Rupturas, instabilidades e infiltrações
estratificação separação
Descontinuidades Superfícies pouco contínuas, Rupturas, instabilidades, infiltrações e
fechadas ou pouco separadas alterações
Dobras Superfícies de grande Instabilidades, infiltrações e tensões
continuidade condicionadas à orientação
Foliação; Superfícies pouco contínuas e Anisotropia em função da orientação
xistosidade fechadas

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 1.7. Fatores geológicos e problemas
geotécnicos
Falhas e fraturas

Planos de estratificação;
descontinuidades

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 1.7. Fatores geológicos e problemas


geotécnicos
Dobras

Foliação; xistosidade

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 1.7. Fatores geológicos e problemas
geotécnicos
Efeitos dos processos geológicos relacionados com
a água e sua incidência geotécnica
Processo Efeitos sobre os Problemas geotécnicos
geológico em materiais
relação à água
Dissolução Perda de material em rochas e Cavidades; afundamentos; colapsos
solos solúveis; carsificação
Erosão - arraste Perda de material; erosão Afundamentos e colapsos; recalques
interna; cavernamento
Reações químicas Mudanças na composição Ataque a cimentos, metais e rochas
química
Alterações químicas Mudança de propriedades Perda de resistência; aumento da
físicas e químicas deformabilidade e permeabilidade

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 1.7. Fatores geológicos e problemas


geotécnicos

Dissolução

Erosão

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 1.7. Fatores geológicos e problemas
geotécnicos
Ataque ao concreto por sulfatos

Alteração de materias

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 1.7. Fatores geológicos e problemas


geotécnicos
Influência dos processos geológicos na engenharia
e no meio ambiente

Processo Efeitos sobre o meio Problemas geoambientais e


geológico físico atuações

Sismicidade Terramotos; tsunamis Danos a populações e infraestruturas;


Movimentos do solo; rupturas; projeto antisísmico; medidas de
deslizamentos; liquefação prevenção; planos de emergência

Vulcanismo Erupções vulcânicas; mudanças Danos a populações e infraestruturas;


no relevo; tsunamis e terramotos; sistemas de vigilância; medidas de
colapsos e grandes movimentos prevenção; planos de emergência
em encostas

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 1.7. Fatores geológicos e problemas
geotécnicos
Terramoto no México (1985)

Lava da erupção de Teneguia,


La Palma(1971)

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 1.7. Fatores geológicos e problemas


geotécnicos
Influência dos processos geológicos na engenharia
e no meio ambiente

Processo Efeitos sobre o meio Problemas geoambientais e


geológico físico atuações

Levantamentos; Alterações geomorgológicas a Medidas de controle e vigilância


subsidências grande prazo; alterações na
dinâmica litoral e no nível do mar
a longo prazo
Erosão - Alterações geomorgológicas a Aumento do risco de inundações e
sedimentação médio prazo; arrastes e aumento deslizamentos; medidas de proteção
da correnteza; colmatação em canais e costas

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 1.7. Fatores geológicos e problemas
geotécnicos
Subsidência do Palácio de
Belas Artes (México D.F.)

Colmatação de canal que excede


a rodovia e obriga a abrir
um canal artificial

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 1.7. Fatores geológicos e problemas


geotécnicos
Influência dos processos geológicos na engenharia
e no meio ambiente

Processo Efeitos sobre o meio Problemas geoambientais e


geológico físico atuações

Movimentos de Deslizamentos e Danos a populações e infraestruturas;


encostas desprendimentos; mudanças obstrução de canais; medidas de
morfológicas a curto e médio estabilização, controle e prevenção
prazo; desvio de canais
Variações do Mudanças nos aquíferos; Problemas em fundações; afectação a
nível de água mudanças nas propriedades dos cultivos e regadios; medidas de
solos; dessecação e drenagem
encharcamento; subsidências e
deslizamentos de encostas

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 1.7. Fatores geológicos e problemas
geotécnicos
Danos em estradas por deslizamentos

Subsidência por extração de água


em poços

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 1.7. Fatores geológicos e problemas


geotécnicos
Influência dos processos geológicos na engenharia
e no meio ambiente

Processo Efeitos sobre o meio Problemas geoambientais e


geológico físico atuações

Processos Tensões naturais; sismicidade; Explosões de rocha em minas e túneis


tectónicos instabilidades profundos; deformações a longo prazo
em obras subterrâneas; medidas de
projeto em túneis e minas

Processos Altas temperaturas; anomalias Risco de explosão; dificuldade de


geoquímicos térmicas; presença de gases execução em obras subterrâneas

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 1.8. Métodos e aplicações em Engenharia
Geológica
 A Engenharia Geológica tem os seus fundamentos
na geologia e no comportamento mecânico dos
solos e rochas.
 Inclui o conhecimento das técnicas de investigação
dos maciços, tanto instrumentais como geofísicas,
assim como os métodos de análise e modelação
do terreno.
 A metodologia de estudo deve assentar de um
modo geral na seguinte sequência.

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 1.8. Métodos e aplicações em Engenharia


Geológica
1. Identificação de materiais e processos. Definição
da geomorfologia, estrutura, litologia e condições
de água subterrânea.
2. Investigação geológica-geotécnica do subsolo.
3. Distribuição espacial de materiais, estruturas e
descontinuidades.
4. Condições hidrogeológicas, tensões e ambientais.
5. Caracterização das propriedades geomecânicas,
hidrogeológicas e químicas.

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 1.8. Métodos e aplicações em Engenharia
Geológica
6. Caracterização dos materiais geológicos
utilizados na construção, extração de recursos
naturais e trabalhos de proteção ambiental.
7. Comportamento geológico-geotécnico face às
condições do projeto.
8. Evolução do comportamento mecânico e
hidráulico dos solos e maciços rochosos. Previsão
das alterações das propriedades com o tempo.
9. Determinação dos parâmetros que devem ser
usados nas análises de estabilidade para
escavações, estruturas de terra e fundações.
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 1.8. Métodos e aplicações em Engenharia


Geológica

10. Definição dos tratamentos do terreno para


melhoria face a infiltrações, assentamentos,
estabilidade de taludes, desprendimentos, etc.
11. Considerações frente a riscos geológicos e
impactos ambientais.
12. Verificação e adaptação dos resultados do projeto
às condições geológico-geotécnicas encontradas
em obra. Instrumentação e observação.

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 1.8. Métodos e aplicações em Engenharia
Geológica
Para o desenvolvimento completo dessa sequência
devem definir-se três tipos de modelos:
 Modelo geológico;

 Modelo geomecânico;

 Modelo geotécnico de comportamento.

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 1.8. Métodos e aplicações em Engenharia


Geológica
Modelo geológico: representa a distribuição
espacial dos materiais, estruturas tectónicas, dados
geomorfológicos e hidrogeológicos, entre outros,
presentes na área de estudo e no seu entorno de
influência.

MODELO GEOLÓGICO
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 1.8. Métodos e aplicações em Engenharia
Geológica
Modelo geomecânico: representa a caracterização
geotécnica e hidrogeológica dos materiais e a sua
classificação geomecânica.

MODELO GEOMECÂNICO

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 1.8. Métodos e aplicações em Engenharia


Geológica
Modelo geotécnico de comportamento: representa
a resposta do terreno durante a construção e depois
da mesma.

Durante a construção Depois da construção


MODELOS GEOTÉCNICOS DE COMPORTAMENTO

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