UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ - UNIFAP

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO - PROGRAD

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – DCET
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
GEOLOGIA DE ENGENHARIA - CIV0114

GEOLOGIA DE ENGENHARIA - CIV0114

Mapas e

perfis geológicos
 Mapas e Perfis Geológicos


Os mapas geológicos possuem uma tradição e, por isso, uma técnica
consensual no mundo inteiro;

Representam, normalmente, as formações e estruturas geológicas;

Podem representar no lugar de formações representar, às vezes, membros ou
grupos (unidades litoestatigráficas) ou até unidade cronoestatigráficas;

São o melhor modo de representar a distribuição espacial de rochas na crosta
terrestre, especialmente quando associados à sessões geológicas;
 Mapas e Perfis Geológicos

As sessões geológicas são a representação teórica de um corte na crosta
terrestre segundo um plano vertical, representando a distribuição espacial das
rochas neste plano;

Um mapa geológico é sempre acompanhado de uma coluna estatigráfica que
representa de forma ordenada a idade, as formações geológicas, da mais nova
para a mais antiga, de cima para baixo;

É importante se ter em mente que um mapa geológico não representa a
distribuição dos materiais (formações) seccionadas pela superfície topográfica
e não o ESTADO DE ALTERAÇÃO DO MATERIAL;

Também não representam a existência ou não de camadas de solo sobre estas
formações;
 Mapas e Perfis Geológicos


Em termos de trabalho de engenharia civil há a necessidade de informações
acerca também dos solos possivelmente existentes em uma determinada
região MAPAS GEOTÉCNICOS
Mapas e Perfis Geológicos
Mapas e Perfis Geológicos
Mapas e Perfis Geológicos
 Unidades Estatigráficas


Há as seguintes unidades estatigráficas: litoestatigráfica, bioestatigráfica,
cronoestatigráfica, geocronológica,

UNIDADE LITOESTATIGRÁFICA:

É uma subdivisão das rochas da crosta da terra, o que a delimita e
distingue são características litológicas;

Quando o mapeamento de uma unidade litoestatigráfica é possível se
chamará esta de formação, pode ser constituída por um tipo de rocha
ou conjunto de rochas com algumas semelhanças entre si, geralmente
é representada numa escala de 1:25000, deve ter sido formalmente
proposta em artigo científico e formalizada para poder ser adotada
como unidade para mapeamento;
Exemplos: Formação Botucatu, Formação Santa Maria;
 Unidades Estatigráficas


OBS. 1º) Grupo é um conjunto de formações com alguma semelhança entre si;
2º) Membro é uma subdivisão de grupo;
3º) Camada é a menor unidade de descrição reconhecível em campo.

UNIDADE BIOESTATIGRÁFICA:

É um pacote de camadas caracterizadas pela presença de fósseis e
contemporâneos à sua acumulação;

OBS. 1º) Zona é a unidade fundamental do mapeamento bioestatigráfico;

UNIDADE CRONOESTATIGRÁFICA:

É uma subdivisão das rochas consideradas como registro de um
intervalo de tempo geológico específico;

OBS. 1º) A unidade fundamental cronoestatigráfica é chamada de Sistema;
2º) Dá-se o nome de Série a subdivisão do Sistema;
3 º) Um Andar é uma subdivisão de uma Série;
 Unidades Estatigráficas


UNIDADE GEOCRONOLÓGICA:

É uma divisão do tempo, baseada no registro litológico, expresso
pelas unidades cronoestatigráficas;

OBS. 1º) Período é a unidade fundamental;
2º) Época é uma subdivisão de um Período;
3º) Idade é uma subdivisão de uma Época;

CRONO ESTATIGRÁFICAS GEOCRONOLÓGICAS

SISTEMA PERÍODO

SÉRIE ÉPOCA

ANDAR IDADE
 Escala do Tempo Geológico


O conhecimento do período de formação de uma rocha ou unidade. Para
formações quartenárias é também importante sua época;
 Mapas Geotécnicos


O conhecimento do espaço físico que habitamos é importante para que que
seja melhor utilizado, têm maior importância em meios urbanos
(principalmente aqueles com acelerada expansão, intensa industrialização,
localizadas em áreas ambientalmente sensíveis etc);

As primeiras tentativas de mapeamento geotécnico data da década de 10 (1913)
em Leipzig, Alemanha;

Na década de 1950 Gwinner realizou uma das primeiras tentativas de integrar
informações do meio físico a informações do comportamento mecânico dos
solos em um contexto geológico;
 Mapas Geotécnicos


Os ensaios geotécnicos para reconhecimento do meio físico a receber uma
construção, juntamente com ensaios geológicos são instrumentos de análise
poderosos;

A possível representação destes resultados em forma cartográfica melhora o
acesso e interpretações destas informações o possível acréscimo de
informações e sugestões ao longo do tempo facilitam seu uso e potencializam
seus usos;

O mapeamento geotécnico tem sido utilizado em diversos países como uma
ferramenta para orientar, definir e fiscalizar as ocupações diversas nos
territórios das mais diferentes regiões;
 Mapas Geotécnicos


Os mapas geotécnicos são adequados então para o planejamento de uso e
ocupação do solo, fundamentais em planos diretores, loteamentos e até
mesmo para ocupação rural;

São utilizadas geralmente escalas de 1:25.000 a 1:100.000;

A existência de um mapeamento geotécnico, mesmo que pormenorizado, em
hipótese alguma torna dispensável as investigações específicas para cada
obra;

Em obras que ocupam grandes áreas como barragens, estradas, centrais
energéticas nucleares também necessitam do mapeamento geotécnico para
subsidiar os diversos projetos, valem-se de mapeamentos em escalas maiores
de 1:5.000 a 1:500;
 Mapas Geotécnicos


MAPA GEOTÉCNICO: Mapa geológico que fornece informações e representa
todos os componentes geológicos que têm importância para o planejamento
de uso do solo, crescimento urbano e rural, obras de todos os tipos e
manutenções com aplicação à engenharia civil e de minas (UNESCO, 1976);

A UNESCO define também os princípios para a elaboração do mapeamento
geotécnico: tipo geotécnico, tipo litológico, complexo litológico e sequência
litológica;
 Mapas Geotécnicos


TIPO GEOTÉCNICO (ET, ENGINEERING GEOLOGICAL TYPE):

Apresenta o maior grau de homogeneidade física, é uniforme em termos de
características litológicas fisicamente;

Podem ser caracterizadas por valores determinados estatisticamente e
derivadas de determinações individuais de características mecânicas e
físicas (mostrados geralmente em escalas de 1:10.000 ou maiores)
 Mapas Geotécnicos


TIPO LITOLÓGICO (LT, LITHOLOGICAL TYPE):

Sua composição é homogênea, sua textura e estrutura também. Contudo é
usual sua composição física não ser;

Valores médios de propriedades mecânicas, que sejam confiáveis, não
podem ser atribuídos para toda a unidade. Tem-se quando muito uma ideia
geral e superficial das propriedades de interesse para a engenharia (faixa
de valores);

Usadas geralmente em mapas de grandes dimensões e, se possível, média
escala;
 Mapas Geotécnicos


COMPLEXO LITOLÓGICO (LC, LITHOLOGICAL COMPLEX):

Conjunto de tipos litológicos que se relacionam e se desenvolveram sob
condições específicas geotectônicas e paleogeográficas;

Em um complexo litológico o arranjo espacial dos diversos tipos
litológicos é uniforme e distintivo para aquele complexo. Todavia o
complexo litológico não é necessariamente uniforme no carácter físico ou
estado físico;

Não é possível se definir as propriedades mecânicas e físicas de todo o
complexo litológico, apenas dos tipos litológicos individuais componentes
do complexo;

É utilizado como unidade de mapeamento em mapas de escala média,
1:10.000 a 1:100.000;
 Mapas Geotécnicos


SEQUÊNCIA LITOLÓGICA (LS, LITHOLOGICAL SUITE):

Uma sequência litológica compreende muitos complexos litológicos e é
desenvolvido, geralmente, sob condições tectônicas e paleogeográficas
similares;

Usados apenas em mapas de pequenas escalas, menores do que
1:100.000;

TIPO GEOTÉCNICO CAMADA

TIPO LITOLÓGICO MEMBRO

COMPLEXO LITOLÓGICO FORMAÇÃO

SEQUÊNCIA LITOLÓGICA GRUPO

 Tipos de Mapas Geotécnicos

CARTAS DE APTIDÃO E CARTAS DE FATORES:

As cartas de fatores tem carácter analítico e representam um ou mais
fatores significativos de um determinado tipo de estudo;

As cartas de aptidão tem carácter sintético e representam de forma mais
geral os diversos fatores que influenciam na utilização;

Geralmente ambas acabam sendo tratadas como cartas de aptidão;
Tipos de Mapas Geotécnicos

CARTA LITOLÓGICA CARTA DE

ZONEAMENTO ESTUDOS
PORMENORIZADOS
GEOTÉCNICO
CARTA DE
DECLIVIDADE

CARTA DE APTIDÃO
CARTA PROJETOS
HIDROGEOLÓGICA

FASE ANALÍTICA FASE DE SÍNTESE

 Tipos de Mapas Geotécnicos


Como produto final do mapeamento geotécnico pode-se ter um conjunto de
mapas diferentes com diversos fatores e aptidões que devem estar associados
a uma carta de documentação;

Nesta carta de documentação estão listadas todas as informações utilizadas na
elaboração dos trabalhos para que possam ser conferidos, corrigidos e
utilizados futuramente;

A carta geotécnica reflete o grau de informação geológico-geotécnica sobre
uma área em questão e é de fundamental importância no planejamento
territorial urbano;
 Tipos de Mapas Geotécnicos


Exemplos de mapas geotécnicos:

Cartas de risco a sismos;

Cartas de risco de movimentos de massas;

Cartas de jazidas de materiais de construção;

Carta para disposição de rejeitos sólidos e líquidos;

Carta de fundações;
 Tipos de Mapas Geotécnicos

Costa, A. N. (2009) Elaborou estudos geológico-ambientais visando o
planejamento territorial do município de Campos dos Goytacazes,
confeccionou:

Cartas de unidades geológico-geotécnicas;

Cartas de vulnerabilidade de águas subterrâneas;

Carta de favorabilidade à escavação;

Carta de favorabilidade de suporte de cargas;

Carta de materiais de construção;

Carta de favorabilidade a fundações rasas e profundas;

Carta de favorabilidade a redes subterrâneas;

Carta de favorabilidade a obras viárias;

Carta de favorabilidade a captação de água;

Carta de favorabilidade a implantação de aterros sanitários e muitas outras
cartas;
Tipos de Mapas Geotécnicos
 Tipos de Mapas Geotécnicos

Carta de favorabilidade para Urbanização:
 Tipos de Mapas Geotécnicos

Carta de favorabilidade de suporte de cargas: