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Física
2024
Aula 02 – Óptica Geométrica
Exasi
u
Prof. Henrique Goulart
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
1) ÓPTICA GEOMÉTRICA 5
Gabarito 149
INTRODUÇÃO
Estou muito feliz em ver que você conseguiu vencer todos os tópicos da aula anterior com
sucesso!
Nesta aula, vamos falar especificamente sobre a Luz Visível. Vamos estudar os princípios
da Óptica Geométrica, os fenômenos da Reflexão e da Refração da Luz, além dos processos de
formações de imagens devidos a esses fenômenos.
Minha guerreira, meu guerreiro, não esqueça que ao mesmo tempo que você tem este
livro digital, em PDF, você também pode conferir a videoaula!
Ah, também não esqueça que qualquer dúvida pode ser tirada diretamente pelo fórum de
dúvidas!
Ao finalizar esta aula, é esperado que você tenha desenvolvido e adquirido todas as
ferramentas teóricas e práticas e seja capaz de resolver os exercícios específicos da banca da
sua prova de vestibular.
1) ÓPTICA GEOMÉTRICA
Na nossa primeira aula, quando falamos sobre o que é Física, vimos que a Física não é a
descrição fiel do mundo real. A Física é a descrição fiel de um mundo ideal, esse mundo que o
intelecto humano foi capaz de conceber com sua capacidade de imaginação e abstração, onde
a natureza passa por um processo de simplificação, de idealização.
Aqui na Óptica Geométrica, temos três princípios simplificadores para a Luz. A Luz Visível
é uma Onda Eletromagnética, composta por campos elétricos e magnéticos oscilantes,
perpendiculares entre si, que vibram transversalmente à direção de propagação da Energia. Ou
seja, a Luz é algo extremamente complexo na natureza.
Os três princípios que estudaremos agora fazem justamente este papel de simplificação
e idealização da Luz para que possamos descrever os fenômenos de Reflexão e Refração, além
dos processos de formações de imagens e suas características.
1.1.2 Reversibilidade
O princípio da reversibilidade consiste em se imaginar que a trajetória de um raio de luz
independe do seu sentido de propagação.
Quando um raio de luz que sai de um objeto, incide sobre um espelho, sendo refletido, e
atinge o teto de uma sala, por exemplo, temos que este trajeto seria exatamente o mesmo caso
se revertesse o sentido do raio. Ou seja, um raio que saia da parede, bate no espelho e reflete,
atingiria o objeto exatamente no mesmo ponto no objeto.
1.1.3 Independência
O princípio da independência dos raios luminosos enuncia que a propagação de um feixe
de raios de luz não é perturbada pela propagação de outros feixes na mesma região. Isso
significa que quando ocorre o cruzamento entre dois ou mais raios de luz, cada um deles segue
a sua trajetória de forma independente. Veja a Figura 2.
Por exemplo, a lanterna de um celular é uma fonte pontual de luz para um teclado de
computador, enquanto uma lâmpada fluorescente tubular seria considerada uma fonte extensa.
A principal diferença prática entre os dois tipos de fonte está na formação de sombras simples
ou com penumbras.
Quando uma fonte de luz pontual projeta luz em um corpo opaco, é criada uma região de
sombra. Já uma fonte de luz extensa projeta uma região de penumbra além de uma sombra. Na
sombra, ocorre a ausência total de incidência de raios luminosos, enquanto que em uma região
de penumbra ocorre a incidência parcial de raios luminosos. A Figura 3 ilustra esses conceitos.
Figura 3: A sombra projetada pela luz de uma fonte pontual incidente em um corpo opaco. A sombra e a penumbra projetadas
pela luz de uma fonte extensa incidente em um corpo opaco.
Quando a luz atinge um meio translúcido, como gelo, nevoeiro ou fumaça, a luz é difundida
de forma intensa e segue trajetórias irregulares. Isso acontece porque as partículas presentes
nesses meios são capazes de espalhar a luz em diferentes direções, criando um efeito de
difusão.
Em meios transparentes, como o ar, a água ou o vidro, a luz é capaz de passar de forma
bem definida, seguindo trajetórias previsíveis. No entanto, quando a luz passa de um meio para
outro, a mudança de índice de refração do meio pode fazer com que a luz mude de direção e
velocidade.
Então, resumindo: materiais opacos não deixam a luz passar, materiais translúcidos
espalham a luz em diferentes direções, e materiais transparentes permitem que a luz passe de
forma bem definida, mas a mudança de meio pode alterar a trajetória da luz.
Figura 4: Incidência de luz em um meio opaco (esquerda), translúcido (centro) e um transparente (direita).
Em geral, todos os objetos que vemos, como predes, roupas, etc., assim como nossa pele
e cabelo, são refletores difusos.
A reflexão regular ocorre em superfícies bem lisas e polidas. Uma superfície plana
refletora é considerada regular quando raios de luz incidentes que chegam paralelos entre si
acabam sendo refletidos também em direções paralelas. Este tipo de superfície é capaz de
produzir imagens nítidas de objetos em sua frente. Todas as superfícies de espelhos são
superfícies regulares de reflexão. Veja a Figura 6.
Imagem Real é aquela formada pela própria luz que saiu do objeto. É aquela que pode
ser projetada em um anteparo (uma parede, por exemplo). Já uma imagem Virtual é aquela que
não pode ser projetada, sendo percebida somente através do instrumento óptico que a conjugou.
Em muitos casos, temos que as imagens formadas ficam viradas de cabeça para baixo
em relação aos seus respectivos objetos. Uma imagem Invertida é aquela que está virada de
cabeça para baixo em relação ao seu objeto. É aquela que está com a orientação invertida com
o seu objeto. Uma imagem Direita, ou Direta (tanto faz), é aquela que se forma com a mesma
orientação que o objeto.
Se a distância do orifício até a parede onde a imagem é projetada for igual à distância do
objeto ao mesmo orifício, a imagem será de igual tamanho que o objeto. Se a distância do objeto
for maior, a imagem será menor. De forma semelhante, se o fundo da caixa for mais distante do
orifício que o objeto, a imagem será maior.
𝒊 𝒑′ 𝒅𝒊
= =
𝒐 𝒑 𝒅𝒐
Veja que a razão entre o tamanho da imagem e o tamanho do objeto é igual à razão entre
as respectivas distâncias da imagem e do objeto ao orifício da câmara escura.
a) 32cm
b) 16cm
c) 2cm
d)4cm
e)10cm
Comentários
𝒊 𝒑′ 𝒅𝒊
= =
𝒐 𝒑 𝒅𝒐
8 𝑝′
=
𝑜 20
8 𝑝′
=
𝑜 20
𝑜 ⋅ 𝑝′ = 20 ⋅ 8
𝑖2 𝑝 ′
=
𝑜 80
𝑜 ⋅ 𝑝′
𝑖2 =
80
Substituindo-se o produto, que é constante e foi obtido a partir da primeira relação:
20 ⋅ 8 20 ⋅ 8 20 ⋅ 1
𝑖2 = = =
80 80 10
𝑖2 = 2 𝑐𝑚
Gabarito: “C”
Uma câmera fotográfica caseira pode ser construída a partir de uma caixa escura, com um
minúsculo orifício (O, na figura) em um dos lados, e uma folha de papel fotográfico no lado interno
oposto ao orifício. A imagem de um objeto é formada, segundo o diagrama abaixo.
Comentários
Desde que a luz não mude de meio, a sua direção não varia. Assim, como a luz continua
a se propagar no mesmo meio (ar), ela se mantém se propagando na mesma direção sem sofrer
nenhum desvio.
Como o fenômeno apresentado mostra que a imagem é formada diretamente pela luz
incidida e não pelo seu prolongamento, a imagem formada é real.
A luz é capaz de contornar obstáculos, mas não é este o fenômeno que explica
Gabarito: “D”
As imagens conjugadas por espelhos são resultado da reflexão regular da luz pela
superfície espelhada.
𝜽𝒊 = 𝜽𝒓
O raio de luz que chega à superfície refletora rente à página acaba sendo refletido também
rente à página. A direção normal também está neste mesmo plano. Essa direção normal é
utilizada como parâmetro de referência para todos os ângulos de incidência e reflexão. A partir
deste parâmetro normal de referência, os ângulos dos raios incidente e refletido são sempre
iguais.
Se a luz advinda de um ponto definido como objeto, após interagir com uma interface
refratora ou um dispositivo refletor, convergir para um ponto, então teremos uma imagem real.
Por outro lado, se a luz advinda de um ponto definido como objeto, após interagir com
uma interface refratora ou um dispositivo refletor, divergir para um ponto, então teremos uma
imagem virtual.
No caso dos espelhos planos, os raios de luz que saem de um ponto-objeto e atingem a
superfície refletora acabam não se cruzando. Entretanto, as direções dos raios refletidos se
cruzam, formando um ponto-imagem “atrás” do espelho. Se pegarmos mais raios de luz
originados no mesmo ponto-objeto, todas as respectivas direções dos raios refletidos vão acabar
se cruzando nesse mesmo ponto-imagem.
Portanto, um espelho plano conjuga uma imagem que se forma à mesma distância que o
objeto ao espelho. Objeto e imagem são simétricos ao plano definido pela superfície do espelho.
Essa imagem tem o mesmo tamanho e orientação do objeto original.
Portanto, a imagem formada por um espelho plano é virtual, direita e de igual tamanho
do objeto.
Se o objeto for um corpo extenso, podemos pegar mais de um ponto para verificarmos
como a respetiva imagem ficará, de forma que cada ponto objeto terá seu respectivo ponto
imagem.
Veja o caso da letra F abaixo. O objeto e imagem são simétricos em relação ao plano do
espelho. A imagem acaba ficando rebatida.
Assim, veja como a palavra Física fica quando visualizada através de um espelho. Cada
letra fica simétrica ao plano do espelho.
Figura 9: Campo de visão para um espelho curvo (superior) e um espelho plano (inferior).
Figura 10: Ambos observadores são capazes de visualizar a imagem do objeto conjugada pelo espelho.
Figura 11: Somente o Observador 1 consegue visualizar a imagem do objeto conjugada pelo espelho.
Perceba que um objeto não precisa estar em frente ao espelho para ter sua imagem
conjugada por ele. Basta que ele esteja à frente do plano definido pela superfície do espelho
para que tenha sua imagem conjugada. Se um raio de luz for capaz de sair de um ponto do
objeto e atingir o espelho, então este ponto terá um respectivo ponto imagem.
Figura 12: Somente o Observador 2 consegue visualizar a imagem do porquinho conjugada pelo espelho.
Figura 13: Nesta nova posição, ambos observadores conseguem visualizar a imagem do porquinho.
Figura 14: Nesta posição, somente o Observador 1 consegue visualizar a imagem do porquinho conjugada pelo espelho.
A figura abaixo mostra um espelho retrovisor plano na lateral esquerda de um carro. O espelho
está disposto verticalmente e a altura do seu centro coincide com a altura dos olhos do motorista.
Os pontos da figura pertencem a um plano horizontal que passa pelo centro do espelho. Nesse
caso, os pontos que podem ser vistos pelo motorista são:
a) 1, 4, 5 e 9.
b) 4, 7, 8 e 9.
c) 1, 2, 5 e 9.
d) 2, 5, 6 e 9.
Comentários
Por simetria, podemos encontrar o ponto imagem dos olhos do observador. A partir desse
ponto devemos traçar duas semirretas, que interceptam as extremidades do espelho. A região
no interior dessas semirretas será o campo visual do motorista.
Gabarito: “C”
Isso ocorre porque a imagem conjugada por um espelho plano é sempre simétrica com o
objeto em relação ao espelho, de forma que se a distância entre o objeto e o espelho aumenta
um valor 𝑥, a distância da imagem ao espelho também aumenta 𝑥, de forma que a distância entre
o objeto e sua imagem acaba por aumentar 2𝑥.
Ao movimentarmos o espelho em uma unidade para a direita, não tendo o objeto sido
movimentado, teremos a imagem a uma distância de três unidades do espelho, visto que a
distância do objeto ao espelho foi acrescida de uma unidade. Nessa nova situação, a imagem
terá se movido duas unidades para a direita, exatamente o dobro do quanto o espelho foi
movimentado.
Assim, de forma semelhante, se um espelho se move com uma velocidade de 5,0 𝑚/𝑠,
em relação ao chão, com sentido de afastamento de um observador, então a sua imagem se
afastará com velocidade de 10 𝑚/𝑠.
Quando você fica à frente de um espelho plano, você e a sua respectiva imagem têm sempre
naturezas opostas, ou seja, quando um é real o outro deve ser virtual. Dessa maneira, para se
obter geometricamente a imagem de um objeto pontual, basta traçar por ele uma reta
perpendicular ao espelho plano, atravessando a superfície espelhada, e marcar simetricamente
o ponto imagem, como mostrado na figura.
Imagine que você esteja em frente a um espelho plano, a uma distância de 0,5 m. Suponha que
esse espelho seja deslocado no mesmo plano em 0,4 m, se distanciando de você, conforme a
figura.
A distância, representada no esquema pela letra y, entre você e a sua imagem, será, em metros,
de:
a) 0,4.
b) 0,8.
c) 1,0.
d) 1,8.
e) 2,0.
Comentários
Podemos pensar de outra maneira: se o espelho anda 𝑥, a imagem anda 2𝑥. Com isso,
se o espelho andou 0,4 𝑚, a imagem deverá andar 0,8 𝑚. Se a distância do objeto à imagem era
de 1,0 𝑚 e a imagem andou 0,8 𝑚, então a nova distância do objeto até a imagem será de 1,8 𝑚.
Gabarito: “D”
Isto se deve à aplicação das leis da reflexão, de forma que, se a direção normal ao plano
rotaciona um ângulo 𝜶, acompanhando o plano, o ângulo de incidência irá aumentar. Este
aumento no ângulo de incidência será repetido no ângulo do raio refletido, resultando em uma
mudança de 𝟐𝜶 na direção do raio refletido quando comparado à situação inicial, antes do plano
refletor do espelho rotacionar.
Nessas condições, serão conjugadas 𝒏 imagens, que podem ser determinadas a partir de
𝜶, conforme a seguinte relação:
𝟑𝟔𝟎°
𝒏= −𝟏
𝜶
Veja que, quando o ângulo 𝜶 entre os espelhos diminui, o número de imagens aumenta,
𝟏
pois o número de imagens é inversamente proporcional ao ângulo: 𝒏 ∝ 𝜶 . No caso extremo do
ângulo 𝜶 tendendo a zero, situação em que os espelhos ficam um de frente para o outro, com
seus planos refletores paralelos, teremos um número incontável de imagens, que tende ao
infinito.
𝟑𝟔𝟎°
Esta equação possui uma representação geométrica bastante evidente. O termo 𝜶
significa uma circunferência completa, com 360°, dividida pelo ângulo entre os espelhos. É
exatamente uma pizza dividida em fatias.
Por exemplo, se temos dois espelhos planos com um ângulo de 90° entre si, teremos a
configuração apresentada na Figura 15.
Portanto, o número de imagens, neste caso, é igual a 3: 4 fatias, menos uma do objeto.
Todo o conjunto de imagens conjugadas por espelhos acoplados em ângulos maiores que 0° até
180° forma uma circunferência dividida em partes iguais, onde uma das fatias não é uma
imagem, é o próprio objeto colocado entre os espelhos. Por isso o “-1” na equação.
Figura 15: Objeto e imagens conjugadas por dois espelhos planos acoplados com um ângulo de 90°.
Um dado, comumente utilizado em jogos, cujos números nas faces são representados pela
quantidade de pontos pretos é colocado frente a dois espelhos planos que formam entre si um
ângulo de 60°. Nesses espelhos é possível observar nitidamente as imagens de apenas uma das
faces do dado, sendo que a soma de todos os pontos pretos observados nos espelhos, referentes
a essa face, totalizam 20 pontos. Portanto, a face voltada para os espelhos que gera as imagens
nítidas é a do número ____.
a) 1
b) 2
c) 4
d) 5
Comentários
360°
𝑛= −1
𝛼
360° 360°
𝑛= −1= −1= 6−1= 5
60° 60°
Se temos 5 imagens, e o total de pontos é de 20, temos 4 pontos por cada imagem, logo,
a face voltada para os espelhos é a de número 4.
Gabarito: “C”.
As direções para onde raios de luz que incidem em um espelho, seja ele plano ou esférico,
são refletidos, deve seguir sempre as leis da reflexão. As posições onde se formam as imagens,
assim como suas respectivas características, vão ser obtidas a partir da mesma técnica que
utilizamos para espelhos planos, traçando pelo menos dois raios de luz de um ponto objeto e
localizar o cruzamento das direções dos raios refletidos.
No contexto dos espelhos esféricos, temos algumas definições, pontos, posições e eixos
de referência para o estudo e análise de como e para onde raios de luz serão refletidos. Temos
o Eixo Principal, o Raio de Curvatura, o Vértice, o Foco e o Centro de Curvatura.
• Vértice (V) – é o ponto onde o eixo principal de referência cruza o centro do espelho.
• Eixo principal – linha de referência que passa pelo centro de curvatura e o vértice
do espelho.
Todas as distâncias são medidas em relação ao Vértice do espelho: distância focal fo,
centro de curvatura, distância do objeto do e distância da imagem di.
Como o Foco Principal do espelho fica no ponto médio entre o Centro de Curvatura e o
Vértice, podemos escrever a seguinte relação, que representa que a distância focal é igual à
metade do raio de curvatura.
𝑅
𝑓𝑜 =
2
2) Fazer com que dois (ou mais) raios de luz, originados no ponto-objeto, sejam
refletidos no espelho, seguindo as leis da reflexão.
No caso dos espelhos planos, como a superfície refletora era plana, ficava relativamente
fácil encontrar a direção normal de referência, no ponto de incidência de um raio de luz, para
repetir o ângulo de incidência de um lado da normal para o outro, formando o ângulo de reflexão,
possibilitando o encontro da direção do raio refletido.
Nos espelhos esféricos, esta direção não é simples de ser encontrada, pois a superfície é
curva. Porém, devido à geometria de uma esfera, a direção perpendicular a qualquer ponto de
sua borda passa pelo centro da esfera. Assim, com a posição do Centro de Curvatura
identificado, todas as direções normais de referência para os ângulos de incidência e reflexão,
em qualquer ponto da superfície do espelho, é uma linha que passa pelo ponto C. Veja a Figura
16.
Nesse momento você pode estar se perguntando se não existe alguma forma mais fácil
de se fazer isso! Então vamos lá: existe sim!
Por uma boa coincidência, existem alguns raios de luz que, se incidirem por determinadas
direções, podemos utilizar os pontos e eixos de referência para saber a direção de saída deles,
o que torna o processo de formação de imagens mais fácil e rápido, pois evita a necessidade de
se desenhar a direção normal de referência e medir ângulos de incidência e reflexão.
Então, temos três regras básicas para direções de raios refletidos quando eles incidem
um espelho esférico, seja ele côncavo ou convexo.
Figura 16: Raio de luz sendo refletido por um espelho esférico côncavo.
1) Regra do Foco: se um raio de luz incidir numa direção paralela ao eixo principal, o raio
será refletido numa direção que cruza o foco principal. Da mesma forma, ao incidir pelo foco, é
refletido paralelamente ao eixo principal, conforme o princípio da reversibilidade. Veja a Figura
17.
Figura 17: Espelho côncavo (esquerda) e espelho convexo (direita). Regra do Foco - se um raio de luz incidir numa direção
paralela ao eixo principal, o raio será refletido numa direção que cruza o foco principal. Da mesma forma, ao incidir pelo foco, é
refletido paralelamente ao eixo principal, conforme o princípio da reversibilidade.
2) Regra do Vértice: se um raio de luz incidir numa direção que passa pelo vértice, o raio
será refletido com mesmo ângulo em relação ao eixo principal. Figura 18.
Figura 18: Espelho côncavo (esquerda) e espelho convexo (direita). Regra do Vértice - se um raio de luz incidir numa direção
que passa pelo vértice, o raio será refletido com mesmo ângulo em relação ao eixo principal.
3) Regra do Centro de Curvatura: se um raio de luz incidir numa direção que passa pelo
centro de curvatura, o raio será refletido na mesma direção, retornando por cima do raio
incidente. Figura 19.
Figura 19: Espelho côncavo (esquerda) e espelho convexo (direita). Regra do Centro de Curvatura - se um raio de luz incidir
numa direção que passa pelo centro de curvatura, o raio será refletido na mesma direção, retornando por cima do raio
incidente.
Na figura abaixo estão representados cinco raios luminosos, refletidos por um espelho esférico
convexo, e um raio incidente, indicado pela linha de traçado mais espesso. As letras f e C
designam, respectivamente, o foco e o centro de curvatura do espelho.
Dentre as cinco linhas mais finas numeradas na figura, a que melhor representa o raio refletido
pelo espelho é identificada pelo número
A) 1.
B) 2.
C) 3.
D) 4.
E) 5.
Comentários
O raio incidente está numa direção que, se a prolongarmos, podemos perceber que ela
passa pelo centro de curvatura do espelho.
Conforme a regra do centro de curvatura, se um raio de luz incidir numa direção que passa
pelo centro de curvatura, o raio será refletido na mesma direção, retornando por cima do raio
incidente.
Portanto, o feixe luminoso que melhor representa a reflexão do raio incidente é o indicado
pelo número 2.
Gabarito: “B”.
Temos cinco casos distintos de imagens conjugadas por espelhos côncavos, pois um
objeto pode estar mais distante que o centro de curvatura, sobre o centro de curvatura, entre o
centro e o foco, sobre o foco, ou entre o foco e o vértice. Em cada uma destas cinco posições,
teremos um caso diferente de imagem.
Caso 1) Objeto além do centro de curvatura, em uma distância maior que o raio do
espelho.
Nesta situação, com o objeto além do centro de curvatura do espelho, a imagem se forma
entre o centro e o foco, sendo Real, Invertida e Menor que o objeto. Ao escolher a ponta da seta
1 como ponto objeto, acima do eixo principal, dois ou mais raios de luz que incidem o espelho
acabam cruzando suas direções em um ponto abaixo do eixo principal.
Como o ponto imagem se forma no próprio cruzamento dos raios de luz, temos que a
imagem é Real, projetável, formada pela própria luz que saiu do objeto. Pelo fato do ponto
imagem se formar abaixo do eixo principal, configura o fato da imagem se inverter em relação
ao objeto. E, finalmente, como o ponto imagem se formou mais próximo do eixo principal que o
ponto objeto, temos que a imagem ficou reduzida de tamanho.
Se extrapolarmos a situação para um caso que o objeto esteja muito, muito, muito distante,
a imagem permanecerá sendo Real, Invertida e Menor, mas se formará muito, muito, muito
próxima do ponto focal do espelho. Na Física, quando extrapolamos situações como estas,
podemos dizer, neste caso, que se o objeto estiver infinitamente distante ao espelho, a imagem
estará infinitamente próxima ao foco do espelho. Este caso extremo é o que ocorre no caso de
telescópios do tipo newtonianos.
Telescópios Newtonianos
Telescópios newtonianos são dispositivos ópticos capazes de ampliar imagens de objetos
muito distantes com o uso de um espelho principal côncavo. O primeiro projeto de um
telescópio de espelhos foi publicado por Isaac Newton, o mesmo das famosas 3 leis da
Mecânica.
Os corpos celestes, como estão muito distantes, têm suas respectivas imagens formadas
praticamente no foco do espelho côncavo principal.
Com o auxílio de um pequeno conjunto de lentes convergentes, funcionando como lupa
(chamada de ocular), podemos ampliar esta imagem, possibilitando a visualização do astro
em maiores detalhes.
Com pequenos telescópios podemos enxergar diversos detalhes de nossa Lua, bem como
visualizar as faixas coloridas de Júpiter, os gigantes anéis de Saturno, além de aglomerados
de estrelas e nebulosas, como a famosa nebulosa de Órion.
Espelhos côncavos também podem ser utilizados como concentradores de luz. Objetos
distantes, como nosso Sol, tem seus raios de luz chegando ao espelho quase que paralelos entre
si, o que faz com que todos esses raios de luz sejam refletidos e acabem se concentrando no
ponto focal. Este caso é utilizado em concentradores solares, como fornos e usinas
termoelétricas solares.
Além disso, quanto mais o objeto se desloca para próximo do foco, mais a imagem cresce
e se afasta. Isto ocorre até que o objeto se posicione sobre o foco.
Neste caso, temos que os raios de luz originados em um ponto objeto, após serem
refletidos pelo espelho, saem em direções paralelas, não se cruzando. Dessa forma, não há
formação de uma imagem nítida.
Mesmo assim, esta situação possui diversas aplicações, como a dos faróis e faroletes em
automóveis e motos, lanternas, canhões de luz, etc. Estas aplicações são possíveis pelo fato de
a luz originada em uma lâmpada posicionada no foco de um espelho côncavo acabar sendo
refletida para a frente do espelho. Assim, o espelho acaba funcionando como um direcionador
de luz. Veja a Figura 20.
Não temos a formação de uma imagem nítida, nesta situação. Somente um “borrão” de
luz sendo direcionado para frente do espelho.
Neste último caso, temos o objeto posicionado entre o foco e o vértice do espelho. Os
raios de luz originados em um ponto objeto são refletidos no espelho e não se cruzam, não
formando um ponto imagem real. Temos que a imagem se forma na intersecção do
prolongamento das direções dos raios refletidos, formando um ponto imagem virtual.
A imagem virtual pode ser percebida ao se olhar para o espelho, que conjuga uma imagem
direita e ampliada.
Podemos perceber que a imagem é direita pelo fato de o ponto imagem se formar no
mesmo lado do seu respectivo ponto objeto. Ou seja, todos os pontos objetos que estiverem
acima do eixo principal terão seus pontos imagens também acima do eixo, da mesma forma que
pontos abaixo do eixo principal terão suas imagens também abaixo do eixo.
O fato de a imagem ficar maior que o objeto se verifica pelo fato de o ponto imagem se
formar mais distante do eixo principal que seu respectivo ponto objeto. Portanto, temos que a
imagem será Virtual, Direita e Maior.
Este tipo de espelho tem diversas aplicações devido ao fato de fornecer um amplo campo
visual quando comparado com o campo de um espelho plano de mesmo tamanho. Como as
imagens se formam pequenas e próximas do espelho, um observador acaba tendo seu campo
de visão ampliado por espelhos convexos.
Ao posicionar a mão à frente de um espelho esférico, Alice verificou a imagem da sua mão
conforme a figura a seguir:
A) Virtual e côncavo.
B) Virtual e convexo.
C) Real e convexo.
D) Real e côncavo.
Comentários
Temos dois casos aqui: uma imagem virtual, direita e maior da mão da pessoa e uma
imagem invertida da paisagem ao fundo.
Pelo fato da imagem da mão da Alice estar ampliada, temos o caso 5 de formação de
imagem em um espelho esférico côncavo, nos levando à alternativa A.
Gabarito: “A”.
Exemplo: PUC-RJ
II. A imagem formada é de tamanho maior que o objeto, caso o espelho seja convexo.
a) II
b) III
c) I e II
d) I e III
e) II e III
Comentários
I – Incorreto. O espelho côncavo também é capaz de formar imagens virtuais (caso 5).
II – Incorreto. O espelho convexo sempre fornece uma imagem virtual, direita e menor.
III – Correta. Se a imagem é virtual, ela será direita. Isso é válido para espelhos planos e
esféricos.
Gabarito: “B”.
Em uma animação do Tom e Jerry, o camundongo Jerry se assusta ao ver sua imagem em uma
bola de Natal cuja superfície é refletora, como mostra a reprodução abaixo.
É correto afirmar que o efeito mostrado na ilustração não ocorre na realidade, pois a bola de
Natal formaria uma imagem
Comentários
A superfície do enfeite de natal se comparta como a parte externa de uma casca esférica,
ou seja, como um espelho convexo. A bola de Natal caracteriza um espelho esférico convexo,
que produz imagens virtuais, direitas e menores.
Gabarito: “B”.
Quando entrou em uma ótica para comprar novos óculos, um rapaz deparou-se com três
espelhos sobre o balcão: um plano, um esférico côncavo e um esférico convexo, todos capazes
de formar imagens nítidas de objetos reais colocados à sua frente. Notou ainda que, ao se
posicionar sempre a mesma distância desses espelhos, via três diferentes imagens de seu rosto,
representadas na figura a seguir
Em seguida, associou cada imagem vista por ele a um tipo de espelho e classificou-as quanto
às suas naturezas.
Comentários
Gabarito: “C”.
Estas equações são válidas para espelhos esféricos que cumpram as duas condições
aproximadas de Gauss: espelhos com pequenos ângulos de abertura (espelhos pequenos) e
para raios incidentes com pequenos ângulos com o eixo principal (raios paraxiais). Ou seja, as
equações são aproximações, de forma que, quanto mais um espelho real se aproxima destas
condições, mais próxima da realidade estarão seus resultados.
Além disso, temos uma convenção de sinais para a utilização destas equações.
𝟏 𝟏 𝟏
= +
𝒇𝒐 𝒅𝒊 𝒅𝒐
Só não podemos esquecer da convenção de sinais e de que a distância focal e as
distâncias do objeto e da imagem devem estar nas mesmas unidades.
𝒊 𝒅𝒊
𝑨= =−
𝒐 𝒅𝒐
Assim como na equação dos pontos conjugados, não podemos esquecer da convenção
de sinais e de que as distâncias do objeto e da imagem devem estar nas mesmas unidades.
O fato de a razão entre os tamanhos ser igual à razão entre as distâncias se dá por
semelhança de triângulos. Assim, quando a imagem estiver mais distante ao espelho que o
objeto, a imagem será maior que o objeto. Quando a imagem estiver mais próxima ao espelho
que o objeto, a imagem será menor. Da mesma forma, quando imagem e objeto estiverem à
mesma distância até o vértice do espelho, a imagem será de igual tamanho que o objeto.
Um espelho esférico que respeita a aproximação de Gauss forma uma imagem não invertida de
5 𝑐𝑚 de altura de um objeto real de 10 𝑐𝑚 de comprimento vertical. Se a distância horizontal
entre o objeto e o vértice do espelho é de 80 𝑐𝑚, a distância focal e o tipo de espelho serão
Comentários
𝑖 −𝑑𝑖
𝐴= =
𝑜 𝑑𝑜
5 −di
=
10 80
−80 ⋅ 5
𝑑𝑖 = = −8 ⋅ 5 = −40 𝑐𝑚
10
Com este resultado, podemos determinar a distância focal usando a equação de Gauss:
1 1 1
= +
𝑓𝑜 𝑑𝑖 𝑑𝑜
𝑑𝑜 ⋅ 𝑑𝑖
𝑓𝑜 =
𝑑𝑜 + 𝑑𝑖
80 ⋅ (−40) −80 ⋅ 40
𝑓𝑜 = = = −80 𝑐𝑚
80 + (−40) 40
Gabarito: “D”.
As imagens conjugadas por lentes são resultado da refração da luz ao atravessar um meio
com diferentes propriedades ópticas.
2ª Lei: A razão entre os índices de refração dos meios é igual à razão inversa dos
senos dos respectivos ângulos com a normal.
𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟏 𝒏𝟐
=
𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 𝒏𝟏
Esta segunda lei é conhecida como a Lei de Snell-Descartes, que apresenta uma relação
geométrica entre os senos dos ângulos dos raios incidente e refratado com a normal, e a razão
entre os índices de refração dos respectivos meios. Ela geralmente é escrita na seguinte forma:
𝒏𝟏 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟏 = 𝒏𝟐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐
Para entender esta lei, precisamos entender o conceito de Índice de Refração.
O Índice de Refração Absoluto para uma substância é igual à razão entre a velocidade de
propagação da luz no vácuo e a velocidade de propagação da luz dentro dessa substância.
𝑉 𝐿𝑢𝑧
𝑉á𝑐𝑢𝑜
𝑛𝑚𝑒𝑖𝑜 =
𝑉 𝐿𝑢𝑧
𝑀𝑒𝑖𝑜
A Velocidade de propagação da luz no vácuo é uma constante na Física, assumindo o
valor de:
𝒄 = 𝒏𝒎𝒆𝒊𝒐 ⋅ 𝑽𝑴𝒆𝒊𝒐
O Índice de Refração Absoluto utiliza o vácuo como meio de referência. Quando se utiliza
outro meio de referência, chamamos esse índice de Índice de Refração Relativo, definido pela
razão entre a velocidade de propagação da luz no meio de referência e a velocidade da luz na
respectiva substância.
𝑉 𝐿𝑢𝑧
𝑛𝑚𝑒𝑖𝑜 2
𝑛𝑅𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = = 𝑀𝑒𝑖𝑜 1
2−1 𝑛𝑚𝑒𝑖𝑜 1 𝑉 𝐿𝑢𝑧
𝑀𝑒𝑖𝑜 2
Então, quando a luz passa de um meio 1 para um meio 2, a relação entre os respectivos
índices de refração dos meios pode ser escrita da seguinte maneira, conforme a definição do
Índice de Refração Relativo do meio 2 para o meio 1:
𝒏𝟐
𝒏𝟐𝟏 =
𝒏𝟏
Como o Índice de Refração é definido pela razão entre duas velocidades, então ele é
adimensional, não apresentando unidade de medida. Além disso, é importante se observar que,
quanto maior o Índice de Refração de um meio, menor é a velocidade de propagação da luz
nesse meio.
Índice de Refração
𝒄 = 𝒏𝒎𝒆𝒊𝒐 ⋅ 𝑽𝑴𝒆𝒊𝒐
𝑽 𝑳𝒖𝒛 = 𝒄 = 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟖 𝒎/𝒔
𝑽á𝒄𝒖𝒐
Quanto maior o índice de refração de um meio, menor será a velocidade
de propagação da luz nesse meio.
𝒏𝟏 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 𝑽𝟐 𝝀𝟐 𝒅𝟐
= = = =
𝒏𝟐 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟏 𝑽𝟏 𝝀𝟏 𝒅𝟏
A partir desta relação completa, podemos escrever:
𝑛1 ⋅ sen 𝜃1 = 𝑛2 ⋅ sen 𝜃2
𝑛1 ⋅ 𝑉1 = 𝑛2 ⋅ 𝑉2
𝑛1 ⋅ 𝜆1 = 𝑛2 ⋅ 𝜆2
𝑛1 ⋅ 𝑑1 = 𝑛2 ⋅ 𝑑2
O esquema que segue compara os índices de refração, os ângulos, as velocidades e os
comprimentos de onda quando um feixe luminoso refrata entre os meios 1 e 2. O meio menos
refringente, com menor índice de refração (meio 1), tem maior ângulo em relação à normal, maior
velocidade de propagação e maior comprimento de onda quando comparado com outro meio de
maior índice de refração (meio 2).
Lembre-se que na Refração, ao trocar de meio, a Frequência da luz não sofre qualquer
alteração.
Se um feixe de luz incide a partir de um meio mais refringente, como a partir da água e
sai para o ar, conforme o esquema abaixo, a direção do feixe refratado irá se afastar da normal,
com um ângulo maior no ar que dentro da água.
A luz que sai da parte do objeto que está fora da água, segue diretamente até o
observador. Porém, a luz que sai da parte submersa acaba sofrendo refração ao sair da água,
mudando sua direção de propagação antes de chegar ao observador. Desta forma, o observado
percebe a formação de uma imagem virtual ligeiramente deslocada da posição real do objeto.
O mesmo ocorre quando observamos algo de fora para dentro da água. Como a luz que
os objetos que estão dentro da água refrata ao sair da água antes de entrar em nossos olhos,
percebemos as respectivas imagens desses objetos deslocadas em relação à posição real deles.
A impressão que temos é a de que as imagens estão mais próximas da superfície da água que
os objetos realmente estão. Veja a figura abaixo.
Para reduzir esta diferença entre as posições, temos que observar os objetos, de fora para
dentro da água, bem acima deles. Assim, a imagem fica levemente deslocada acima do objeto,
mais próxima da superfície.
Comentários
O raio 𝑅3 sofreu refração, visto que foi capaz de cruzar a interface 𝑆, embora não tenha
sofrido mudança em sua direção pelo fato de ter incidido sobre a normal.
Como o ângulo de incidência é maior que o de refração para o raio 𝑅1 no meio A, então o
índice de refração neste meio é menor que o do meio B. Assim, a velocidade de propagação
deste raio no meio B é menor que no meio A.
Nada podemos afirmar quanto à refringência para o raio 𝑅3 , pois ele incide sobre a normal,
perpendicularmente à interface que separa os meios, o que impossibilita a aplicação da Lei de
Snell. Precisaríamos de mais informações para poder comparar as propriedades ópticas dos
meios A e B.
Gabarito: “D”.
Este ângulo limite, ou ângulo crítico, de incidência é tal que o raio refratado atinge um
ângulo de 90° com a normal. Assim, podemos escrever a seguinte relação:
𝑛1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃1 = 𝑛2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃2
𝒏𝒎𝒆𝒏𝒐𝒓
𝒔𝒆𝒏 𝜽𝑳 =
𝒏𝑴𝑨𝑰𝑶𝑹
Na figura abaixo, temos feixes luminosos originados de dentro para fora da água. Três
dos quatro feixes refratam e saem da água para o ar. Um dor feixes acaba incidindo a interface
que separa os dois meios com ângulo de incidência maior ou igual ao ângulo crítico, sofrendo
reflexão interna total. Veja que o feixe que sofre reflexão interna total não apresenta sua parte
refratada, sendo totalmente refletido de volta para dentro da água.
Figura 22: Três dos quatro feixes sofrem refração e saem da água para o ar. Um dos feixes sofre Reflexão Interna Total.
Fibras Ópticas
Uma das maiores aplicações tecnológicas da reflexão interna total é o das fibras
ópticas.
Veja a figura que segue.
Em uma fibra óptica, qualquer feixe de luz que entra em uma de suas extremidades irá sofrer
inúmeras reflexões internas até sair pela outra extremidade, mesmo que a fibra faça curvas.
Este tipo de dispositivo é utilizado para a transferência de dados eletrônicos, como os de
internet de alta velocidade. Inclusive, são cabos de fibra óptica que conectam a rede de
internet de alta velocidade no mundo todo, atravessando, inclusive, oceanos, conectando um
continente a outro!
Miragens
Uma miragem consiste de uma região próxima a uma superfície que fica com uma
aparência espelhada. São resultado do fenômeno da Reflexão Interna Total. Veja a
imagem!
a) Do líquido 5.
b) Do líquido 4.
c) Do líquido 3.
d) Do líquido 2.
e) Do líquido 1.
Comentários
Na condição de ângulo limite, o ângulo de refração vale 90°. Aplicando a lei de Snell,
temos:
𝑛1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃1 = 𝑛2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃2
𝒏𝒎𝒆𝒏𝒐𝒓
𝒔𝒆𝒏 𝜽𝑳 =
𝒏𝑴𝑨𝑰𝑶𝑹
O índice de refração do líquido é maior que o do ar. Portanto, o índice de refração menor
é o do ar, que vale 1.
𝑛𝑎𝑟
𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐿 =
𝑛𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
1
𝑠𝑒𝑛 42° =
𝑛𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
1
0,67 =
𝑛𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
1
𝑛𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = ≅ 1,5
0,67
Gabarito: “C”.
A Figura acima ilustra um raio monocromático que se propaga no ar e incide sobre uma lâmina
de faces paralelas, delgada e de espessura 𝑑 com ângulo de incidência igual a 60°. O raio sofre
refração, se propaga no interior da lâmina e, em seguida, volta a se propagar no ar. Se o índice
de refração do ar é 1, então o índice de refração do material da lâmina é:
a) √3
b) √2/2
c) √6
d) √6/2
e) √6/3
Comentários
Podemos determinar o ângulo de refração e usar a lei de Snell para encontrar o índice de
refração do material da lâmina.
𝑑
tg(𝑟) = =1
𝑑
O ângulo cuja tangente vale 1 é o de 45°. Agora que conhecemos o ângulo de refração,
podemos usar a lei de Snell:
𝑛1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃𝑖 ) = 𝑛2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃𝑟 )
√3 √2
1⋅ = 𝑛lâmina ⋅
2 2
√3 2 √3
𝑛lâmina = ⋅ =
2 √2 √2
√3 √2 √6 √6
𝑛lâmina = ⋅ = =
√2 √2 √4 2
Gabarito: “D”.
Essa diferença de percepção também acontece quando olhamos de fora para dentro de
uma piscina cheia d'água. Parece que a piscina é mais rasa do que realmente é porque a luz é
desviada ao passar da água para o ar e nossa visão interpreta isso como uma mudança na
posição da superfície da água.
Da mesma forma, quando um observador está em um meio com índice de refração menor,
como o ar, e olha para um objeto em um meio com índice de refração maior, a imagem parece
estar mais elevada do que a posição real do objeto. A diferença na posição aparente é
determinada pelas relações entre os índices de refração e as distâncias entre o objeto e a
imagem até a interface entre os meios.
Esta diferença é dada pela relação entre os índices de refração e as distâncias da imagem
e do objeto até a interface:
𝑛1 ⋅ 𝑑1 = 𝑛2 ⋅ 𝑑2
A Dispersão é causada pela Refração. Quando um feixe de luz branca, por exemplo,
composto por todo o espectro visível, sofre Refração ao trocar de meio de propagação, acaba
sendo decomposto em suas sete faixas monocromáticas coloridas.
Isto ocorre devido ao fato de que o índice de refração de um meio é diferente para cada
luz com diferente frequência, exceto no vácuo. Assim, quando um feixe multicomposto troca de
meio, cada uma de suas componentes monocromáticas terá um ângulo diferente com a normal.
Como a frequência do violeta é maior, seu respectivo índice de refração também é maior.
Então, o violeta tem menor ângulo com a normal. Da mesma forma, como o vermelho é o de
menor frequência, seu índice de refração também é menor, fazendo com que seu ângulo em
relação à normal seja maior.
Assim, o feixe vermelho acaba sendo o que menos desvia sua direção com relação ao
raio incidente.
Comentários
Quando um feixe de luz branca, multicromática, sofre Refração ao trocar de meio, acaba
sendo decomposto devido à Dispersão dos seus raios componentes.
Ao seguir seus percursos até o perfil do filme, após serem refletidos no espelho, de baixo
para cima, ficamos com a sequência Vermelho, Verde e Azul.
Gabarito: “A”.
Arco-íris
O arco-íris consiste em um arco composto por faixas coloridas, com as sete faixas do
visível: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta.
Ele resulta da dispersão da luz branca do Sol ao refratar em gotículas de água
suspensas na atmosfera.
Quando a luz atravessa uma lente, ela sofre duas refrações: uma ao entrar na lente e
outra ao sair. Estas duas refrações acabam por causar uma mudança de direção nos raios de
luz, podendo conjugar imagens com características diversas, semelhantemente aos casos de
imagens produzidas por espelhos esféricos.
Lentes convergentes são aquelas que, além de serem mais refringentes (terem maior
índice de refração) que o meio externo, possuem perfis com bordas mais finas que seus centros.
São lentes com perfis “barrigudinhos”, como as biconvexas, plano-convexas e os meniscos
convergentes. Veja a imagem que segue.
Raios de luz paralelos que incidem e atravessam lentes desse tipo acabam se
concentrando, convergindo para um ponto chamado de ponto focal.
Veja que agora temos identificados, além do eixo principal e o vértice V, dois pontos focais
e dois pontos de centro. Para as lentes convergentes, os pontos F e C do lado dos raios
incidentes são chamados de Centro Objeto e Foco Objeto. Já F’ e C’ correspondem aos pontos
Foco Imagem e Centro Imagem.
Lentes divergentes são aquelas que, além de serem, também, mais refringentes (terem
maior índice de refração) que o meio externo, possuem perfis com bordas mais grossas que seus
centros, como bicôncavas, plano-côncavas e os meniscos divergentes. Veja a imagem que
segue.
Raios de luz paralelos que incidem e atravessam lentes desse tipo acabam se separando
e se afastando, com direções que divergem a partir de um ponto chamado de ponto focal.
Nas lentes divergentes, temos identificados, além do eixo principal e o vértice V (também
chamado de centro óptico), dois pontos focais e dois pontos de centro. Os pontos F’ e C’ do lado
dos raios incidentes são chamados, agora, de Centro Imagem e Foco Imagem, assim como F e
C correspondem aos pontos Foco Objeto e Centro Objeto.
Sim, é isso mesmo: as lentes divergentes tem os pontos focais e centros invertidos em
relação às lentes convergentes. Da mesma forma que ocorre com os espelhos esféricos, os
pontos focais ficam, respectivamente, no ponto médio entre o vértice e os centros.
OBS: Se o meio for mais refringente que o material da lente, os perfis convergentes se
tornam divergentes, assim como os perfis divergentes se tornam convergentes. Ou seja, uma
lente com perfil biconvexo é convergente se ela for de material com maior índice de refração que
o meio. Se uma lente com este perfil for colocada em um meio que tenha maior índice de refração
que o de seu material, ela se torna divergente!
2) Fazer com que dois (ou mais) raios de luz, originados no ponto-objeto, sejam
refratados e atravessam a lente, seguindo as leis da refração.
Assim como vimos para os espelhos esféricos, temos algumas regras básicas para as
direções de raios que refratam e atravessam as lentes esféricas, sejam elas convergentes ou
divergentes: a regra do Foco Imagem e do Foco Objeto, a regra do vértice e as regras do Centro
Imagem e do Centro Objeto. Veja o quadro abaixo.
1) Regra do Foco Imagem: Quando um raio de luz incide em uma lente esférica paralelo
ao eixo principal, ele refrata e atravessa a lente sendo transmitido em uma direção dada pelo
Foco Imagem. Veja a Figura 24.
2) Regra do Foco Objeto: Quando um raio de luz incide em uma lente esférica por uma
direção que cruza o Foco Objeto, ele refrata e atravessa a lente sendo transmitido paralelamente
ao eixo principal. Veja a Figura 25.
3) Regra do Vértice: Quando um raio de luz incide em uma lente esférica pelo Vértice,
ele refrata e atravessa a lente sendo transmitido sem sofrer desvio, com mesmo ângulo em
relação ao eixo principal. Veja a Figura 26.
4) Regra do Centro: Quando um raio de luz incide em uma lente esférica em uma direção
que cruza o Centro Objeto, ele refrata e atravessa a lente sendo transmitido em uma direção que
passa pelo Centro Imagem. Veja a Figura 27.
Figura 24: Lente convergente (esquerda) e lente divergente (direita). Regra do Foco Imagem.
Figura 25: Lente convergente (esquerda) e lente divergente (direita). Regra do Foco Objeto.
Figura 26: Lente convergente (esquerda) e lente divergente (direita). Regra do Vértice.
Figura 27: Lente convergente (esquerda) e lente divergente (direita). Regra do Centro.
Na figura abaixo, L representa uma lente convergente de vidro, imersa no ar, e O representa um
objeto luminoso colocado diante dela. Dentre os infinitos raios de luz que atingem a lente,
provenientes do objeto, estão representados apenas dois. Os números na figura identificam
pontos sobre o eixo ótico da lente.
Analisando a figura, conclui-se que apenas um, dentre os cinco pontos, está situado no plano
focal da lente. O número que identifica esse ponto é
A) 1.
B) 2.
C) 3.
D) 4.
E) 5.
Comentários
Conforme a regra do Foco Imagem, quando um raio de luz incide em uma lente esférica
paralelo ao eixo principal, ele refrata e atravessa a lente sendo transmitido em uma direção dada
pelo Foco Imagem. Então, o ponto situado no plano focal da lente é o de número 3.
Gabarito: “C”.
Nesta situação, com o objeto mais distante que o centro objeto da lente, a imagem se
forma entre o foco imagem e centro imagem, do outro lado da lente, sendo Real, Invertida e
Menor que o objeto. Ao escolher a ponta da seta como ponto objeto, acima do eixo principal, dois
ou mais raios de luz que refrata e atravessam a lente, acabam sendo transmitidos cruzando suas
direções em um ponto abaixo do eixo principal.
Como o ponto imagem se forma no próprio cruzamento dos raios de luz, temos que a
imagem é Real, projetável, formada pela própria luz que saiu do objeto. Pelo fato do ponto
imagem se formar abaixo do eixo principal, configura o fato da imagem se inverter em relação
ao objeto. E, finalmente, como o ponto imagem se formou mais próximo do eixo principal que o
ponto objeto, temos que a imagem ficou reduzida de tamanho.
Esta situação é a que a natureza encontrou para um órgão que parece ser essencial para
a vida e sobrevivência de diversos animais: o olho! Qualquer olho, na natureza, possui um
conjunto óptico composto por uma ou mais lentes convergentes combinadas para formar uma
imagem nítida e projetável no fundo do olho pelo lado de dentro, como veremos no capítulo 4.
As câmeras fotográficas também são aplicações deste caso 1, pois utilizam uma ou mais
lentes convergentes para projetar uma imagem nítida sobre um filme fotográfico ou um sensor
digital de captura, possibilitando o registro físico, no filme, ou o registro digital da imagem.
Conforme o objeto se afasta mais ainda da lente, a imagem acaba se formando cada vez
mais próxima do foco imagem, mantendo suas características e ficando cada vez menor.
Se extrapolarmos a situação para um caso que o objeto esteja muito, muito, muito distante,
a imagem permanecerá sendo Real, Invertida e Menor, mas se formará muito, muito, muito
próxima do foco imagem da lente. Se o objeto estiver infinitamente distante ao espelho, a imagem
estará infinitamente próxima ao foco imagem da lente.
Este caso extremo é o que ocorre no caso de telescópios refratores, do tipo lunetas, que
utilizam lentes convergentes e possibilitam o aumento da imagem de objetos muito distantes.
Este também é o caso da utilização de lentes como concentradores solares. Veja a Figura
28.
Figura 28: Uma lente convergente concentra a luz do Sol sobre uma tora de madeira.
Com o objeto sobre o centro objeto, a imagem conjugada é Real, Invertida e de igual
tamanho que o objeto.
Quando o objeto se encontra entre o centro objeto e o foco objeto, a imagem se mantém
Real e Invertida, como nos casos anteriores, mas assume um tamanho Maior que o objeto, se
formando além do centro imagem, do outro lado da lente.
Como a imagem é invertida, para que a imagem fique de cabeça para cima, na projeção,
o objeto é colocado de cabeça para baixo. A inversão horizontal, que também ocorre, pode ser
corrigida com o uso de um espelho plano. Assim, se consegue projetar grandes imagens em
salas de cinema ou grandes projeções de slides para apresentações.
Quanto mais o objeto se desloca para próximo do foco objeto da lente, mais a imagem
cresce e se afasta da lente. Isto ocorre até que o objeto se posicione sobre o foco, que nos leva
ao próximo caso.
De forma semelhante ao caso dos espelhos esféricos côncavos, este caso também é o
de imagem imprópria.
Veja que os raios refratados, originados em um ponto objeto, acabam sendo transmitidos
em direções paralelas entre si, não se cruzando. Dessa forma, não há formação de uma imagem
nítida, temos somente um “borrão” de luz sendo direcionado para o outro lado da lente. frente do
espelho
Este caso também tem aplicações semelhantes ao caso dos espelhos esféricos côncavos,
como a dos faróis e faroletes em automóveis e motos, lanternas, canhões de luz, etc. Estas
aplicações são possíveis pelo fato de a luz originada em uma lâmpada posicionada no foco objeto
acabar sendo transmitida para o outro lado da lente. Assim, a lente acaba funcionando como um
direcionador de luz. Veja a figura 29.
Figura 29: Par de faroletes auxiliares utilizados em carros e motos. Utilizam lâmpadas de LED e lentes convergentes.
Neste último caso, temos o objeto posicionado entre o foco objeto e o vértice da lente. Os
raios de luz originados em um ponto objeto são refratados ao atravessar a lente e não se cruzam,
não formando um ponto imagem real. Temos que a imagem se forma na intersecção do
prolongamento das direções dos raios refletidos, formando um ponto imagem virtual.
Assim como vimos para os espelhos côncavos, a imagem é direita pelo fato de o ponto
imagem se formar no mesmo lado do seu respectivo ponto objeto. Ou seja, todos os pontos
objetos que estiverem acima do eixo principal terão seus pontos imagens também acima do eixo,
da mesma forma que pontos abaixo do eixo principal terão suas imagens também abaixo do
eixo.
A imagem ser maior que o objeto se verifica pelo fato de o ponto imagem se formar mais
distante do eixo principal que seu respectivo ponto objeto. Portanto, temos que a imagem será
Virtual, Direita e Maior.
Esse caso de imagem virtual pode ser percebido ao se olhar para através da lente, que
conjuga, então, uma imagem direita e ampliada.
Este caso tem uma aplicação bastante utilizada: a do aumento. Basta utilizar a lente em
frente ao rosto e próxima de um objeto, conforme apresentado na figura 30. Ao se observar
através da lente, o observador percebe uma imagem ampliada do objeto.
Minha guerreira, meu guerreiro, se você percebeu alguma semelhança com os casos de
imagens produzidas pelos espelhos esféricos côncavos, você não está louca ou louco! Hehe! É
isso mesmo! Os casos de imagens conjugadas por lentes esféricas convergentes têm as
mesmas características dos casos para espelhos esféricos côncavos!
As lentes “olho-de-peixe”, muito utilizadas para fotografias com grande abertura, muito
utilizadas para paisagens, também é uma aplicação para lentes divergentes.
Dentre muitas aplicações, a energia solar pode ser aproveitada para aquecimento de água.
Suponha que para isso seja utilizada uma lente delgada para concentrar os raios solares em um
dado ponto que se pretende aquecer. Assuma que os raios incidentes sejam paralelos ao eixo
principal.
Um tipo de lente que pode ser usada para essa finalidade é a lente
Comentários
As lentes esféricas que podem ser usadas como concentradores de luz são as
convergentes, como apresentado no esquema abaixo.
Raios paralelos entre si e paralelos ao eixo principal acabam por convergir passando pelo
foco imagem, onde se cruzam.
Gabarito: “C”.
Muitos instrumentos se utilizam de lentes esféricas delgadas para seu funcionamento. Tais lentes
podem ser do tipo convergente ou divergente e formam imagens com características específicas.
a) quando um objeto é posicionado no foco de uma lente convergente, se forma uma imagem
real, maior e direita.
b) quando um objeto é posicionado entre o foco e o centro ótico de uma lente convergente, se
forma uma imagem real, maior e direita.
c) quando um objeto é posicionado entre o foco e o centro ótico de uma lente convergente, não
se forma nenhuma imagem.
d) uma lente divergente só pode formar uma imagem virtual, menor e direita de um objeto.
e) uma lente divergente só pode formar uma imagem real, maior e direita de um objeto.
Comentários
Todos os casos de imagens conjugadas por lentes esféricas convergentes podem ser
representados em um mesmo esquema, como o apresentado a seguir, concentrando todas as
principais informações e características das respectivas imagens.
Quando um objeto é posicionado no foco de uma lente convergente, caso 4, não temos a
formação de uma imagem nítida.
Quando um objeto é posicionado entre o foco e o centro ótico de uma lente convergente,
temos a formação de uma imagem virtual, maior e direita, caso 5.
Uma lente divergente só pode formar uma imagem virtual, menor e direita de um objeto.
SIM! Lentes esféricas divergentes produzem imagens de objetos reais que não muda de
característica de modo que, independentemente da posição do objeto em relação à lente, terão
sempre as mesmas características: Virtual, Direita e Menor.
Gabarito: “D”.
As imagens projetadas nas telas dos cinemas são reais e maiores que o objeto. Se o sistema
óptico do projetor de um cinema fosse constituído apenas por uma lente de distância focal 𝑓,
esta seria
a) divergente, e o objeto deveria ser colocado a uma distância da lente menor que 𝑓.
b) divergente, e o objeto deveria ser colocado a uma distância da lente maior que 𝑓 e menor que
2𝑓.
c) convergente, e o objeto deveria ser colocado a uma distância da lente menor que 𝑓.
d) convergente, e o objeto deveria ser colocado a uma distância da lente maior que 𝑓 e menor
que 2𝑓.
e) convergente, e o objeto deveria ser colocado a uma distância da lente maior que 2𝑓.
Comentários
Quando um objeto se encontra entre o centro objeto e o foco objeto, a imagem se mantém
Real e Invertida, como nos casos anteriores, mas assume um tamanho Maior que o objeto, se
formando além do centro imagem, do outro lado da lente.
e o foco objeto do conjunto óptico formado por uma ou mais lentes convergentes. de forma que
a luz que atravessa esse conjunto conjuga uma imagem nítida maior que o objeto.
Como a imagem é invertida, para que a imagem fique de cabeça para cima, na projeção,
o objeto é colocado de cabeça para baixo. A inversão horizontal, que também ocorre, pode ser
corrigida com o uso de um espelho plano. Assim, se consegue projetar grandes imagens em
salas de cinema ou grandes projeções de slides para apresentações.
Gabarito: “D”.
Todas estas equações são válidas para lentes esféricas que cumpram as duas condições
aproximadas de Gauss: lentes finas, delgadas, com pequenos ângulos de abertura (lentes finas
e pequenas) e para raios incidentes com pequenos ângulos com o eixo principal (raios paraxiais).
Ou seja, as equações são aproximações, de forma que, quanto mais uma lente real se aproxima
destas condições, mais próxima da realidade estarão seus resultados.
Assim como vimos no capítulo de espelhos esféricos, temos uma convenção de sinais
para a utilização destas equações. Esta convenção é a mesma aqui para lentes esféricas. Veja
a Tabela 3.
Espelho Convexo
Distância Focal fo ou f ou
Lente Divergente
-
Distância da Imagem di ou p’ Imagem Real +
Distância da Imagem di ou p’ Imagem Virtual -
Distância do Objeto do ou p Objeto Real +
Distância do Objeto do ou p Objeto Virtual -
Imagem Direita
Aumento Linear A (de Objeto Real) +
Imagem Invertida
Aumento Linear A (de Objeto Real) -
Tamanho da Imagem i Imagem Direita +
Tamanho da Imagem i Imagem Invertida -
Tamanho do Objeto o -------- +
𝟏 𝟏 𝟏
= +
𝒇𝒐 𝒅𝒊 𝒅𝒐
Só não podemos esquecer da convenção de sinais e de que a distância focal e as
distâncias do objeto e da imagem devem estar nas mesmas unidades.
𝒊 𝒅𝒊
𝑨= =−
𝒐 𝒅𝒐
Assim como na equação dos pontos conjugados, não podemos esquecer da convenção
de sinais e de que as distâncias do objeto e da imagem devem estar nas mesmas unidades.
O fato de a razão entre os tamanhos ser igual à razão entre as distâncias se dá por
semelhança de triângulos. Assim, quando a imagem estiver mais distante ao espelho que o
objeto, a imagem será maior que o objeto. Quando a imagem estiver mais próxima ao espelho
que o objeto, a imagem será menor. Da mesma forma, quando imagem e objeto estiverem à
mesma distância até o vértice do espelho, a imagem será de igual tamanho que o objeto.
Quanto maior o grau de Vergência, menor é a distância focal de uma lente. A grandeza
física que quantifica o quanto as lentes são capazes de desviar os raios luminosos é conhecida
como vergência, cujo símbolo pode ser o “Ve”, ou o “D” ou, ainda o “C”, e ela é definida como o
inverso da distância focal:
𝟏
𝑽𝒆 =
𝒇𝒐
1
[𝑉𝑒 ] =
[𝑓𝑜 ]
1
[𝑉𝑒 ] = = 𝑚−1 = 𝑑𝑖
𝑚
1
Perceba que a unidade de medida do grau de Vergência é o 𝑚 = 𝑚−1 , que é chamado de
dioptria, cujo símbolo é o “di”.
Por exemplo, o olho humano tem uma distância focal de aproximadamente
20mm=2,0cm=0,02m, com um grau de vergência igual a 1/0,02 = 50 di.
Lentes convergentes possuem grau de vergência positivos, pois suas distâncias focais
são positivas, conforme a convenção de sinais. Assim, lentes divergentes têm dioptrias
negativas.
Quando um sistema óptico é formado por mais de uma lente, o grau de vergência
equivalente é igual à soma dos graus de cada lente.
𝟏 𝒏𝒍𝒆𝒏𝒕𝒆 𝟏 𝟏
𝑽𝒆 = =( − 𝟏) ⋅ ( + )
𝒇𝒐 𝒏𝒎𝒆𝒊𝒐 𝑹𝒇𝒂𝒄𝒆 𝟏 𝑹𝒇𝒂𝒄𝒆 𝟐
Para a aplicação desta equação, além da convenção de sinais da tabela 3, também temos
uma convenção para os raios de curvatura. Se a face 1 for convexa, o raio R 1 será positivo. Se
for côncava, R1 será negativo. Para a face 2 é o contrário: se a face 2 for côncava, R 2 será
positivo, enquanto que, se for convexa, R2 será negativo.
A face 1 é a superfície que o raio de luz incide sobre a lente. A face 2 é a superfície que
1
o raio de luz sai da lente. Além disso, se alguma face for plana, o termo (𝑅 ) = 0.
𝑓𝑎𝑐𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎
A dioptria é uma unidade de medida que afere o poder refrativo, ou de vergência, de um sistema
óptico. Em outras palavras, diz o quanto um meio transparente é capaz de alterar a trajetória da
luz que o atravessa, o “grau”, no dialeto popular.
Um médico oftalmologista receitou um par de óculos para correção de miopia para uma pessoa,
com lentes divergentes de 4,0 dioptrias. Numa outra consulta, após alguns anos, uma nova
receita foi feita com 5,0 dioptrias. A distância focal das lentes desses óculos foi
a) reduzida em 5 𝑐𝑚.
b) aumentada em 5 𝑐𝑚.
c) reduzida em 1 𝑐𝑚.
d) aumentada em 1 𝑐𝑚.
e) mantida constante.
Comentários
A vergência de uma lente esférica, em dioptrias, é dada pelo inverso da distância focal da
lente, usando-se o sinal negativo para as lentes divergentes e positivo para as convergentes. As
lentes usadas para tratar a miopia são divergentes.
𝟏
𝑽𝒆 =
𝒇𝒐
1
𝑓𝑜 =
𝑉𝑒
1
𝑓1 = − = −0,25 𝑚 = −25 𝑐𝑚
4,0
E a atual é de:
1
𝑓2 = − = −0,20 𝑚 = −20 𝑐𝑚
5,0
Como a distância focal passou de 25cm para 20cm, tivemos uma redução de 5cm na
distância focal das lentes receitadas pelo médico.
Gabarito: “A”.
Diante de uma lente convergente, cuja distância focal é de 15 𝑐𝑚, coloca-se um objeto linear de
altura desconhecida. Sabe-se que o objeto se encontra a 60 𝑐𝑚 da lente. Após, o mesmo objeto
é colocado a 60 𝑐𝑚 de uma lente divergente, cuja distância focal também é de 15 𝑐𝑚.
A razão entre o tamanho da imagem conjugada pela lente convergente e o tamanho da imagem
conjugada pela lente divergente é igual a
a) 1/3
b) 1/5
c) 3/5
d) 5/3
Comentários
Pela equação do aumento linear, podemos ter a razão entre os tamanhos das imagens:
𝒊 𝒅𝒊
𝑨= =−
𝒐 𝒅𝒐
A razão entre o tamanho da imagem conjugada pela lente convergente pelo tamanho da
conjugada pela divergente pode ser escrita como:
𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣 𝑑𝑖
= − 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒
𝑖𝑑𝑖𝑣 𝑑𝑜𝑑𝑖𝑣
Para encontrar a distância da imagem em cada um dos casos, podemos aplicar a equação
da Gauss dos pontos conjugados:
𝟏 𝟏 𝟏
= +
𝒇𝒐 𝒅𝒊 𝒅𝒐
1 1 1
= +
15 𝑑𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣 60
1 1 1
− =
15 60 𝑑𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣
4−1 1
=
60 𝑑𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣
3 1
=
60 𝑑𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣
60
𝑑𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣 = = 20 𝑐𝑚
3
Para a lente divergente:
1 1 1
= +
−15 𝑑𝑖𝑑𝑖𝑣 60
1 1 1
− − =
15 60 𝑑𝑖𝑑𝑖𝑣
−4 − 1 1
=
60 𝑑𝑖𝑑𝑖𝑣
5 1
− =
60 𝑑𝑖𝑑𝑖𝑣
60
𝑑𝑖𝑑𝑖𝑣 = − = −12 𝑐𝑚
5
O sinal negativo da distância da imagem até a lente é condizente com a imagem virtual
formada por lentes divergentes. Devemos usar o módulo dessa distância no próximo passo.
𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣 𝑑𝑖 20 5
= − 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒 = − =
𝑖𝑑𝑖𝑣 𝑑𝑜𝑑𝑖𝑣 (−12) 3
Gabarito: “D”.
Exemplo: UFC - CE
Uma lente esférica delgada, constituída de material de índice de refração n, está imersa no ar
(nar=1,00). A lente tem distância focal f e suas superfícies esféricas tem raios de curvatura R1 e
R2. Esses parâmetros obedecem a uma relação, conhecida como “equação dos fabricantes”,
mostrada abaixo.
Suponha uma lente biconvexa de raios de curvatura iguais (R 1=R2=R), distância focal f e índice
de refração n=1,8 (figura 1). Essa lente é partida dando origem a duas lentes plano-convexas
iguais (figura 2).
a) f/2
b) 4f/5
c) f
d) 9f/5
e) 2f
Comentários
Temos que aplicar a equação dos fabricantes de lentes para o caso da figura 1 e para um
dos casos da figura 2.
Essa equação permite calcular a vergência de uma lente a partir dos índices de refração
do material da lente e do meio, e dos raios de curvatura das faces.
𝟏 𝒏𝒍𝒆𝒏𝒕𝒆 𝟏 𝟏
𝑽𝒆 = =( − 𝟏) ⋅ ( + )
𝒇𝒐 𝒏𝒎𝒆𝒊𝒐 𝑹𝒇𝒂𝒄𝒆 𝟏 𝑹𝒇𝒂𝒄𝒆 𝟐
Para a aplicação desta equação, além da convenção de sinais da tabela 3, também temos
uma convenção para os raios de curvatura. Se a face 1 for convexa, o raio R 1 será positivo. Se
for côncava, R1 será negativo. Para a face 2 é o contrário: se a face 2 for côncava, R2 será
positivo, enquanto que, se for convexa, R2 será negativo.
A face 1 é a superfície que o raio de luz incide sobre a lente. A face 2 é a superfície que
1
o raio de luz sai da lente. Além disso, se alguma face for plana, o termo (𝑅 ) = 0.
𝑓𝑎𝑐𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎
1 𝑛𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 1 1
=( − 1) ⋅ ( + )
𝑓 𝑛𝑎𝑟 𝑅𝑓𝑎𝑐𝑒 1 𝑅𝑓𝑎𝑐𝑒 2
1 1,8 1 1
=( − 1) ⋅ ( + )
𝑓 1,0 𝑅 𝑅
1 2
= (0,8) ⋅ ( )
𝑓 𝑅
1 1,6
=
𝑓 𝑅
𝑅 = 1,6 ⋅ 𝑓
Para o caso da figura 2, da metade da lente com uma face convexa e outra plana, temos:
1 𝑛𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 1 1
=( − 1) ⋅ ( + )
𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑟 𝑅𝑓𝑎𝑐𝑒 1 𝑅𝑓𝑎𝑐𝑒 2
1 1,8 1
=( − 1) ⋅ ( + 0)
𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 1,0 𝑅
1 1
= (0,8) ⋅ ( )
𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑅
1 0,8
=
𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑅
𝑅 = 0,8 ⋅ 𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒
Assim, como o raio de curvatura R é o mesmo nas duas situações, podemos escrever:
𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 = 2 ⋅ 𝑓
Portanto, cada meia lente acaba ficando com uma distância focal igual ao dobro da
distância focal da lente completa.
Gabarito: “E”.
O olho humano é formado por um conjunto de estruturas que funcionam como lentes que
projetam imagens sobre a retina.
O olho humano tem duas lentes convergentes: uma fixa, a córnea, com cerca de +40di de
vergência, e uma lente variável, o cristalino, controlado pelos músculos do corpo ciliar, que é
capaz de modificar sua vergência de +5di a +15di.
A pupila é uma região circular (o “pretinho” do olho) por onde entra a luz, que passará pelo
cristalino até atingir a retina. Ela tem tamanho variável, ficando maior quando o ambiente tem
pouca luminosidade, e ficando menor quando o ambiente tem muita luminosidade. Esta abertura
é preenchida por uma membrana colorida, chamada de íris.
O globo ocular, que tem cerca de 25mm de diâmetro, é preenchido por uma substância
transparente, gelatinosa, chamada de humor aquoso.
Quase toda a parte interna do olho é recoberta por camadas de células sensíveis à luz,
chamada de retina. Nela se encontram estruturas celulares chamadas de bastonetes, sensíveis
à intensidade luminosa, e os cones, sensíveis às faixas vermelha, verde e azul do espectro
visível. Estas células convertem a energia luminosa em pulsos elétricos que são transmitidos
para a região do cérebro responsável pela visão através do nervo óptico.
Contudo, pode acontecer, por fatores diversos, que o conjunto óptico, formado por córnea
e cristalino, não consiga projetar uma imagem nítida sobre a retina. Os principais problemas de
visão, que podem ser corrigidos com o uso de lentes esféricas, são a Hipermetropia e a Miopia.
Estes problemas de visão fazem com que as imagens formadas sobre a retina fiquem
desfocadas, embaças, de forma que, quanto mais acentuado for a Miopia ou a Hipermetropia,
menos nítida fica a imagem. Veja a figura 33.
Figura 33: Imagem nítida seguida de imagens percebidas por quem tem Miopia ou Hipermetropia com grau cada vez maior.
4.1.1 Hipermetropia
A Hipermetropia decorre de um achatamento do olho ou por uma Vergência MENOR
que a de um olho normal. Para corrigir esse problema, são usadas lentes convergentes.
Pessoas com Hipermetropia não conseguem enxergar muito bem “de perto”. Ou seja,
objetos próximos, mesmo com o máximo de ajuste do cristalino, não ficam com suas imagens
nítidas sobre a retina, pois, com uma vergência insuficiente em relação ao tamanho do olho, a
imagem nítida acaba se formando depois da retina. Veja a figura 34.
Para corrigir este problema, o conjunto óptico necessita aumentar sua vergência. Uma
das maneiras de se fazer isso é a de adicionar uma lente convergente ao olho, fazendo com que
a luz já seja convergida antes de chegar na córnea e no cristalino, possibilitando ao olho
conseguir formar, finalmente, a imagem nítida sobre a retina.
4.1.2 Miopia
A Miopia decorre de um alongamento do olho ou por um por uma Vergência MAIOR
que a de um olho normal. Para corrigir esse problema, são usadas lentes divergentes.
Pessoas com Miopia não conseguem enxergar muito bem “de longe”. Ou seja, objetos
distantes, mesmo com o máximo de ajuste do cristalino, não ficam com suas imagens nítidas
sobre a retina, pois, com um excesso de vergência em relação ao tamanho do olho, a imagem
nítida acaba se formando antes da retina. Veja a figura 35.
Para corrigir este problema, o conjunto óptico necessita reduzir sua vergência. Uma das
maneiras de se fazer isso é a de adicionar uma lente divergente ao olho, fazendo com que a luz
seja divergida antes de chegar na córnea e no cristalino, possibilitando ao olho conseguir formar,
finalmente, a imagem nítida sobre a retina.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas dos enunciados a seguir, na ordem
em que aparecem.
Para algumas pessoas a imagem de um objeto forma-se à frente da retina, conforme ilustrado
na figura I abaixo. Esse defeito de visão é chamado de _______________________, e sua
correção é feita com lentes ________________________ .
Em outras pessoas, os raios luminosos são interceptados pela retina antes de se formar
a imagem, conforme representado na figura II abaixo. Esse defeito de visão é chamado de
________________________ , e sua correção é feita com lentes
__________________________ .
Comentários
A Miopia decorre de um alongamento do olho ou por um por uma Vergência MAIOR que
a de um olho normal. Para corrigir esse problema, são usadas lentes divergentes.
Pessoas com Miopia não conseguem enxergar muito bem “de longe”. Ou seja, objetos
distantes, mesmo com o máximo de ajuste do cristalino, não ficam com suas imagens nítidas
sobre a retina, pois, com um excesso de vergência em relação ao tamanho do olho, a imagem
nítida acaba se formando antes da retina.
Para corrigir este problema, o conjunto óptico necessita reduzir sua vergência. Uma das
maneiras de se fazer isso é a de adicionar uma lente divergente ao olho, fazendo com que a luz
seja divergida antes de chegar na córnea e no cristalino, possibilitando ao olho conseguir formar,
finalmente, a imagem nítida sobre a retina.
Pessoas com Hipermetropia não conseguem enxergar muito bem “de perto”. Ou seja,
objetos próximos, mesmo com o máximo de ajuste do cristalino, não ficam com suas imagens
nítidas sobre a retina, pois, com uma vergência insuficiente em relação ao tamanho do olho, a
imagem nítida acaba se formando depois da retina.
Para corrigir este problema, o conjunto óptico necessita aumentar sua vergência. Uma
das maneiras de se fazer isso é a de adicionar uma lente convergente ao olho, fazendo com que
a luz já seja convergida antes de chegar na córnea e no cristalino, possibilitando ao olho
conseguir formar, finalmente, a imagem nítida sobre a retina.
Gabarito: “E”.
Esta percepção é explicada por uma teoria psicofísica das cores. A Psicofísica é a ciência
que estuda as relações entre as percepções (subjetivas) e os estímulos (objetivos).
A teoria mais utilizada para explicar essa nossa percepção é a Teoria das Cores de Young
e Helmholtz.
A Teoria Tricromática das Cores de Thomas Young e Hermann von Helmholtz foi
desenvolvida e aperfeiçoada durante o século XIX. Ela consiste, basicamente, da afirmação de
que (quase) todas as nossas sensações coloridas podem ser obtidas apenas pela adição
de três cores fundamentais (primárias) com específicas intensidades.
Assim, são definidas as cores primárias: Vermelho, Verde e Azul. Estas cores não se
formam pela combinação de outras cores. As cores secundárias são as formadas por iguais
intensidades de duas cores primárias: Ciano, Magenta e Amarelo. Ciano = Verde + Azul.
Magenta = Vermelho + Azul. Amarelo = Vermelho + Verde.
Por exemplo, a cor amarela pode ser obtida pela recepção de um feixe luminoso (amarelo
monocromático) de frequência pura da faixa do amarelo do espectro visível, ou pela combinação
de dois feixes (amarelo bicromático), um vermelho e outro verde, de iguais intensidades.
Quando a luz branca incide sobre um objeto de pigmento azul, o material acaba
absorvendo a radiação eletromagnética de todas as frequências, exceto a da radiação azul, que
é refletida, que chega até os nossos olhos, destacando a cor azul do objeto.
Você certamente conhece a bandeira do Brasil, né! Ela é composta por um retângulo
verde, um losango amarelo, uma circunferência azul com estrelas brancas e uma faixa, também
branca, com a frase “ORDEM E PROGRESSO” em verde. Veja a figura 37.
Veja que uma superfície com pigmentação branca é capaz de refletir todas as cores,
ficando com a aparência da luz incidente.
Observe atentamente a imagem abaixo. Temos uma placa metálica de fundo preto sobre a qual
foram escritas palavras com cores diferentes. Supondo que as cores utilizadas sejam
constituídas por pigmentos puros, ao levarmos essa placa para um ambiente absolutamente
escuro e a iluminarmos com luz monocromática azul, as únicas palavras e cores resultantes,
respectivamente, que serão percebidas por um observador de visão normal, são:
Comentários
Quando a placa for iluminada com luz monocromática azul, somente as palavras pintadas
de cor branca ou azul serão visíveis. Isso porque o pigmento branco é capaz de refletir todas as
cores, o azul inclusive, e o pigmento azul tem essa cor por refletir essa luz e absorver todas as
outras.
Gabarito: “B”.
Os olhos humanos normalmente têm três tipos de cones responsáveis pela percepção das cores:
um tipo para tons vermelhos, um para tons azuis e outro para tons verdes. As diversas cores que
enxergamos são o resultado da percepção das cores básicas, como indica a figura.
a) Vermelho.
b) Magenta.
c) Amarelo.
d) Branco.
e) Azul.
Comentários
Observando a figura da questão, podemos ver os três cones responsáveis pela percepção
de cores, e as cores percebidas pela união desses cones. Por exemplo, o amarelo é percebido
com a união dos cones verdes e vermelhos.
Como uma pessoa com protanopia não consegue perceber as cores formadas com o
vermelho, pode-se excluir qualquer que seja a cor que seja formada por esse cone. O que leva
ao caso de os dois voluntários só identificarem a mesma cor nos cartões Azul, Ciano e Verde.
Gabarito: “E”.
5) RESUMO DA AULA
Uma fonte de luz pontual que projeta luz em um corpo opaco cria uma região de sombra.
Se a fonte de luz for extensa, serão projetadas uma região de penumbra e uma de sombra. Na
sombra ocorre a ausência total de incidência de raios luminosos, enquanto que, em uma região
de penumbra, ocorre a incidência parcial de raios luminosos.
Uma câmara escura consiste em uma caixa formada por paredes de material opaco. Uma
dessas paredes deve possuir um orifício por onde raios de luz podem entrar. Estes raios acabam
projetando uma imagem Real e Invertida na parede oposta ao furo, no fundo da caixa.
Leis da Reflexão
1ª Lei: O raio incidente, a normal à superfície e o raio refletido estão no mesmo
plano.
Espelhos Planos
O campo visual de um espelho plano representa a região do espaço que pode ser por ele
observada em função da reflexão da luz no espelho. A partir do observador, a região do campo
visual é delimitada pelas extremidades do espelho, como se ele fosse uma janela para esse
“mundo virtual de imagens”.
Quando dois espelhos planos são posicionados frente a frente, separados por um ângulo
𝜶, a luz emanada de um objeto 𝑃 sofrerá múltiplas reflexões, até emergir do sistema.
Leis da Refração
1ª Lei: O raio incidente, a normal à superfície e o raio refratado estão no mesmo
plano.
2ª Lei: A razão entre os índices de refração dos meios é igual à razão inversa dos
senos dos respectivos ângulos com a normal.
𝒏𝟏 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟏 = 𝒏𝟐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐
𝒏𝟏 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 𝑽𝟐 𝝀𝟐 𝒅𝟐
= = = =
𝒏𝟐 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟏 𝑽𝟏 𝝀𝟏 𝒅𝟏
𝒏𝒎𝒆𝒏𝒐𝒓
𝒔𝒆𝒏 𝜽𝑳 =
𝒏𝑴𝑨𝑰𝑶𝑹
Lentes convergentes são aquelas que, além de serem mais refringentes (terem maior
índice de refração) que o meio externo, possuem perfis com bordas mais finas que seus centros.
Lentes divergentes são aquelas que, além de serem, também, mais refringentes (terem
maior índice de refração) que o meio externo, possuem perfis com bordas mais grossas que seus
centros.
Convenção de Sinais
Equação dos Pontos Conjugados – Equação de Gauss: para espelhos e lentes esféricas.
𝟏 𝟏 𝟏
= +
𝒇𝒐 𝒅𝒊 𝒅𝒐
Equação do Aumento Linear: para espelhos e lentes esféricas.
𝒊 𝒅𝒊
𝑨= =−
𝒐 𝒅𝒐
Grau de Vergência
𝟏
𝑽𝒆 =
𝒇𝒐
Equação dos Fabricantes de Lentes
𝟏 𝒏𝒍𝒆𝒏𝒕𝒆 𝟏 𝟏
𝑽𝒆 = =( − 𝟏) ⋅ ( + )
𝒇𝒐 𝒏𝒎𝒆𝒊𝒐 𝑹𝒇𝒂𝒄𝒆 𝟏 𝑹𝒇𝒂𝒄𝒆 𝟐
6) LISTA DE EXERCÍCIOS
1
2
Fonte: Shutterstock.
Qual a alternativa que apresenta corretamente os fenômenos ondulatórios envolvidos
em cada um dos três pontos indicados na figura?
a) 1: Refração e Reflexão. 2: Refração e Reflexão. 3: Refração e Reflexão.
b) 1: Difração. 2: Reflexão. 3: Interferência.
c) 1: Refração e Dispersão. 2: Interferência e Reflexão. 3: Refração e Difração.
d) 1: Difração e Reflexão. 2: Refração e Difração. 3: Difração e Reflexão.
e) 1: Refração e Difração. 2: Reflexão. 3: Refração e Interferência.
A)
B)
C)
D)
E)
O fenômeno ondulatório que ocorre quando a luz do Sol passa pela lente e a converge
é o da
A) Difração.
B) Refração.
C) Reflexão.
D) Dispersão.
E) Polarização.
A)
B)
C)
D)
E)
Selecione a alternativa que explica corretamente o motivo pelo qual o lápis parece estar
quebrado.
A) A luz refletida pelo lápis sofre difração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem real do lápis que
não coincide com sua real posição.
B) A luz refratada pelo lápis sofre refração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem real do lápis que
não coincide com sua real posição.
C) A luz difratada pelo lápis sofre refração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem real do lápis que
não coincide com sua real posição.
D) A luz refratada pelo lápis sofre difração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem virtual do lápis
que não coincide com sua real posição.
E) A luz refletida pelo lápis sofre refração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem virtual do lápis
que não coincide com sua real posição.
Um raio de luz incidente em uma fibra óptica sofre inúmeras reflexões internas totais
ao atravessar o núcleo da estrutura cilíndrica. Qual o ângulo mínimo de incidência de
um raio para que haja reflexão interna total na fibra óptica?
A) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒔𝒆𝒏𝒐(𝟎, 𝟗𝟗)
B) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒏𝒐(𝟎, 𝟗𝟗)
𝟏
C) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐𝒔𝒆𝒏𝒐 (𝟎,𝟗𝟗)
𝟏
D) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒏𝒐 (𝟎,𝟗𝟗)
O adesivo impresso colocado na parte frontal dessa ambulância está grafado como na
alternativa
A)
B)
C)
D)
E)
Pode-se afirmar que a imagem do objeto conjugada pelo espelho será formada na
posição indicada pelo número
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) Nenhuma das posições indicadas.
Fonte: Shutterstock.
Sobre esses espelhos, é correto afirmar que
a) são côncavos, conjugam imagens reais, invertidas e menores de objetos reais e
reduzem o campo de visão de observadores, não distorcendo suas noções de
perspectiva.
b) são côncavos, conjugam imagens reais, diretas e maiores de objetos reais e ampliam
o campo de visão de observadores, distorcendo suas noções de perspectiva.
c) são convexos, conjugam imagens virtuais, diretas e menores de objetos reais e
ampliam o campo de visão de observadores, distorcendo suas noções de perspectiva.
d) são convexos, conjugam imagens reais, invertidas e maiores de objetos reais e
reduzem o campo de visão de observadores, não distorcendo suas noções de
perspectiva.
e) são convergentes, conjugam imagens virtuais, diretas e menores de objetos reais e
ampliam o campo de visão de observadores, embora distorçam suas noções de
perspectiva.
b)
c)
d)
35. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) O Natal é uma das datas mais
especiais do ano para muitos de nós. Estar perto dos familiares, fazer uma bela refeição
na ceia, jogar conversa fora até tarde e abrir os presentes na manhã seguinte, são só
algumas das coisas que amamos fazer. E claro, não podemos esquecer do verdadeiro
significado desta data tão magnífica: o nascimento de Jesus Cristo e tudo o que ele
representa.
As crianças, claro, também amam o Natal, mas, às vezes, é complicado explicar a elas
o que esta data representa de modo que a mesma não fique limitada, em suas
cabecinhas, somente aos presentes e quitutes. A melhor forma de tornar uma criança
interessada em algo é fazê-la participar ativamente de todo o processo.
Disponível em: https://www.tudointeressante.com.br/2014/12/29-incriveis-ideias-de-decoracao-natalina-
para-fazer-junto-com-as-criancas.html Acesso em: 05 jun. 2020.
c) 𝟐, 𝟕 ⋅ 𝟏𝟎𝟓
d) 𝟑, 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟓
e) 𝟖, 𝟖 ⋅ 𝟏𝟎𝟕
Note e adote:
O índice de refração do vidro é 𝒏 = 𝟏, 𝟓.
Assuma que a luz se propaga no ar com a mesma velocidade com a qual se propaga
no vácuo.
O comprimento de onda da luz violeta é próximo a 𝟒𝟎𝟎 𝒏𝒎.
A figura não está em escala.
Ao instalar o equipamento, ele mediu o ângulo que o equipamento fazia com a vertical,
encontrando o valor de 𝟓𝟑°. A partir dessa inclinação, o feixe de radiação
eletromagnética sofria reflexão total ao chegar à interface que separava a água e o ar.
Qual o valor do índice de refração encontrado por Thiago?
a) 1,05.
b) 1,10.
c) 1,15.
d) 1,20.
e) 1,25.
Note e adote: O índice de refração do ar é 𝒏𝒂𝒓 = 𝟏, 𝟎𝟎. 𝒔𝒆𝒏(𝟓𝟑°) = 𝟎, 𝟖𝟎. 𝒄𝒐𝒔(𝟓𝟑°) = 𝟎, 𝟔𝟎.
Gabarito
1) A 2) E 3) C
4) D 5) A 6) B
7) C 8) A 9) E
37) E 38) B
1
2
3
Fonte: Shutterstock.
Qual a alternativa que apresenta corretamente os fenômenos ondulatórios envolvidos
em cada um dos três pontos indicados na figura?
a) 1: Refração e Reflexão. 2: Refração e Reflexão. 3: Refração e Reflexão.
b) 1: Difração. 2: Reflexão. 3: Interferência.
c) 1: Refração e Dispersão. 2: Interferência e Reflexão. 3: Refração e Difração.
d) 1: Difração e Reflexão. 2: Refração e Difração. 3: Difração e Reflexão.
e) 1: Refração e Difração. 2: Reflexão. 3: Refração e Interferência.
Comentários
No ponto 1, quando o feixe entra na gota na interface ar-água, a luz sofre Refração ao
trocar de meio. Sempre que ocorre Refração uma parte da luz é refletida. Então, neste mesmo
ponto, também ocorreu Reflexão.
No ponto 2, o feixe sofre, também, Refração e Reflexão, podendo sofrer, inclusive,
Reflexão Interna Total.
No ponto 3 a luz sai da gota de água, configurando novamente o fenômeno da Refração,
juntamente com Reflexão.
Gabarito: “A”
A)
B)
C)
D)
E)
Comentários
Como temos um corpo extenso, podemos pegar pontos de referência e localizar as suas
respectivas posições de imagem para resolver a questão.
Um Ponto Objeto real, localizado entre o Centro Objeto e o Foco Objeto de uma Lente
Convergente, tem seu Ponto Imagem também real, porém invertido, localizado entre o Centro
Imagem e o Foco Imagem, conforme apresentado abaixo.
Gabarito: “E”
Sempre que uma onda sofre Refração, uma parte também é refletida. A parte refletida
volta para o meio incidente.
Portanto, o feixe de luz monocromática que refrata e passa a se propagar no interior da
água do lago mantém sua cor, pois mantém sua frequência inalterada.
Gabarito: “D”
Gabarito: “A”
Fonte: Shutterstock.
O fenômeno ondulatório que ocorre quando a luz do Sol passa pela lente e a converge
é o da
A) Difração.
B) Refração.
C) Reflexão.
D) Dispersão.
E) Polarização.
Comentários
Quando uma onda, como a luz por exemplo, passa de um meio para outro, ela sofre o
fenômeno da Refração.
A Refração se caracteriza pela mudança de velocidade de propagação de uma onda ao
trocar de meio. Esta mudança de velocidade pode causar uma mudança de direção de
propagação, causando um consequente desvio de trajetória.
A figura abaixo apresenta um esquema para uma lente convergente sendo incidida por
dois raios de luz paralelos ao eixo principal.
Quando a luz atravessa uma lente que está no ar, ela sofre Refração ao entrar e ao sair
da lente. Esta é a resposta correta!
A Difração ocorre quando uma onda contorna um obstáculo, como quando uma onda
passa por uma fenda. A Reflexão ocorre quando uma onda é refletida por uma superfície, como
ocorre em espelhos, por exemplo.
A Dispersão é um fenômeno que ocorre quando um feixe de luz policromático (com mais
de uma frequência pura) é dividido em suas componentes ao sofrer Refração. Embora este efeito
ocorra com a luz do Sol ao passar pela lente, não é ele que converge os raios.
A Polarização é um fenômeno que seleciona uma direção de vibração de ondas
transversais.
Gabarito: “B”
A)
B)
C)
D)
E)
Comentários
Ao se colocar um anteparo opaco em frente ao espelho, a quantidade de luz que sai do
objeto real, reflete no espelho e forma a imagem diminui, fazendo com que a imagem fique mais
fraca, com menor intensidade luminosa, porém, mantendo sua posição e características,
conforme o esquema abaixo.
Gabarito: “C”
Comentários
Para o cálculo da distância focal do olho, podemos utilizar a Equação dos Pontos
Conjugados de Gauss:
1 1 1
= +
𝑓𝑜 𝑑𝑖 𝑑𝑜
Dados: di=25mm=2,5cm do=60cm
1 1 1
= +
𝑓𝑜 2,5 60
1 24 + 1 25
= =
𝑓𝑜 60 60
60
𝑓𝑜 = = 2,4𝑐𝑚 = 24𝑚𝑚 = 0,024𝑚
25
Com esta distância focal, podemos calcular o grau de Vergência do olho a partir da
equação do número de dioptria:
1
𝐷=
𝑓𝑜
1
𝐷= = 41,6 𝑚−1 ≅ 42 𝑑𝑖
0,024
Como o conjunto óptico ocular é convergente, tanto o foco quanto o grau de vergência
são positivos, conforme a convenção de sinais.
Como o olho se assemelha a uma lente convergente, objetos reais distantes terão suas
imagens nítidas conjugadas e projetadas sobre o plano da retina, sendo reais, invertidas e
menores.
Gabarito: “A”
Fonte: Shutterstock.
Selecione a alternativa que explica corretamente o motivo pelo qual o lápis parece estar
quebrado.
A) A luz refletida pelo lápis sofre difração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem real do lápis que
não coincide com sua real posição.
B) A luz refratada pelo lápis sofre refração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem real do lápis que
não coincide com sua real posição.
C) A luz difratada pelo lápis sofre refração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem real do lápis que
não coincide com sua real posição.
D) A luz refratada pelo lápis sofre difração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem virtual do lápis
que não coincide com sua real posição.
E) A luz refletida pelo lápis sofre refração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem virtual do lápis
que não coincide com sua real posição.
Comentários
A luz visível refletida pelo lápis atravessa a água, sofre refração ao entrar no vidro do copo
e refrata novamente ao sair do vidro para o ar. A Refração, conforme a Lei de Snell-Descartes,
pode causar uma mudança na direção de propagação da onda. Esta mudança de direção não é
corrigida pelo nosso sistema de visão.
Assim, essa refração da luz acaba formando uma imagem virtual que pode não coincidir
com a posição do objeto. Como a luz visível refletida pela parte do lápis que está fora da água
não sofre refração, a imagem é percebida no mesmo local do objeto.
Portanto, como a imagem das partes do lápis dentro e fora da água se formam
desconexas, o lápis parece quebrado.
A difração se caracteriza pelo contorno de obstáculo realizado por uma onda.
Gabarito: “E”
Um raio de luz incidente em uma fibra óptica sofre inúmeras reflexões internas totais
ao atravessar o núcleo da estrutura cilíndrica. Qual o ângulo mínimo de incidência de
um raio para que haja reflexão interna total na fibra óptica?
A) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒔𝒆𝒏𝒐(𝟎, 𝟗𝟗)
B) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒏𝒐(𝟎, 𝟗𝟗)
𝟏
C) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐𝒔𝒆𝒏𝒐 (𝟎,𝟗𝟗)
𝟏
D) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒏𝒐 (𝟎,𝟗𝟗)
Já nos espelhos convexos, qualquer objeto real terá sua imagem conjugada entre o vértice
e o foco, sendo virtual, direita e menor, como no caso único apresentado acima.
Conforme a Equação do Aumento Linear, podemos concluir que, se a imagem é menor
que o objeto, ela também está mais próxima ao espelho que o objeto.
𝑖 𝑑𝑖
𝐴= =−
𝑜 𝑑𝑜
Gabarito: “E”
B) este espelho é côncavo, o objeto está 25% mais distante ao espelho que sua
imagem, que é real e invertida.
C) este espelho é côncavo, o objeto está 33% mais distante ao espelho que sua
imagem, que é real e invertida.
D) este espelho é côncavo, o objeto está 33% mais distante ao espelho que sua
imagem, que é virtual e direita.
E) este espelho é convexo, o objeto está 25% mais distante ao espelho que sua
imagem, que é virtual e direita.
Comentários
Espelhos esféricos côncavos e convexos podem produzir imagens menores que objetos
reais. Para o caso de espelhos côncavos, quando o objeto está além do centro de curvatura, a
imagem é real, invertida e menor, se formando entre o centro e o foco, como mostrado no caso
1 abaixo.
Já nos espelhos convexos, qualquer objeto real terá sua imagem conjugada entre o vértice
e o foco, sendo virtual, direita e menor, como no caso único apresentado acima.
Conforme a Equação do Aumento Linear, podemos concluir que, se a imagem é 25%
menor que o objeto, então ela também está 25% mais próxima ao vértice do espelho que seu
respectivo objeto.
𝑖 𝑑𝑖
𝐴= =−
𝑜 𝑑𝑜
Assim, se a imagem está 25% mais próxima ao espelho que o objeto, então o objeto está
33% mais distante ao espelho que sua respectiva imagem.
3 ⋅ 𝑑𝑜
𝑑𝑖 = 𝑑𝑜 − 0,25 ⋅ 𝑑𝑜 = = 0,75 ⋅ 𝑑𝑜
4
𝑑𝑖
𝑑𝑜 = = 1,33 ⋅ 𝑑𝑖
0,75
Espelhos planos não formam imagens menores que objetos, pois conjugam imagens
virtuais, direitas e de iguais tamanhos de objetos reais.
Gabarito: “C”.
Gabarito: “D”
Gabarito: “C”
O adesivo impresso colocado na parte frontal dessa ambulância está grafado como na
alternativa
A)
B)
C)
D)
E)
Comentários
Como a imagem da parte frontal da ambulância é vista através de um espelho plano, a
imagem fica simétrica ao espelho, como mostrado abaixo.
Gabarito: “E”.
1 −4
=
𝑑𝑖 60
60
𝑑𝑖 = − = −15𝑐𝑚
4
Então, a imagem se forma a 15cm do vértice. O valor negativo para a distância da imagem
indica que a imagem é virtual, conforme a convenção de sinais.
Gabarito: “D”
Comentários
A distância focal pode ser obtida a partir da Equação de Gauss, que relaciona o inverso
da distância focal com a soma dos inversos das distâncias da imagem e do objeto ao vértice da
lente.
1 1 1
= +
𝑓𝑜 𝑑𝑖 𝑑𝑜
Como a imagem formada pela lente convergente é invertida e tem dez vezes o tamanho
que o objeto, podemos escrever, a partir da equação do aumento linear, que a razão entre os
tamanhos é igual à razão das distâncias:
𝑖 𝑑𝑖
𝐴= =−
𝑜 𝑑𝑜
Com i=10.o, teremos que di=10.do. Como a imagem é invertida, então o “i” entra negativo
na equação, conforme a convenção de sinais
10 𝑑𝑖
=
1 𝑑𝑜
𝑑𝑖 = 10 ⋅ 𝑑𝑜
Como do=20cm=0,2m, temos:
𝑑𝑖 = 10 ⋅ 𝑑𝑜 = 10 ⋅ 20 = 200 𝑐𝑚 = 2 𝑚
Assim, a distância focal fica:
1 1 1
= +
𝑓𝑜 𝑑𝑖 𝑑𝑜
1 1 1
= +
𝑓𝑜 0,2 2
1 10 + 1 11
= =
𝑓𝑜 2 2
2
𝑓𝑜 = 𝑚
11
Gabarito: “E”
Espelhos côncavos não conjugam imagens virtuais, direitas e menores. O único caso de
imagem virtual e direita em espelhos côncavos ocorre quando o objeto está próximo ao espelho,
em uma distância menor que a distância focal, onde ocorre a formação de uma imagem virtual
direita e maior.
Embora lentes divergentes possam produzir imagens virtuais, direitas e menores, essas
imagens se formam do mesmo lado que o objeto.
Gabarito: “B”
Gabarito: “E”
Comentários
Um objeto na posição 1 (veja a figura abaixo), terá sua imagem entre o centro imagem e
o foco imagem, sendo real, invertida e menor que o objeto.
Conforme o objeto se aproxima da lente convergente, ele passa pelas posições indicadas
pelos números 2, 3, 4 e 5.
Na posição 2, o objeto está sobre o centro objeto da lente, que conjuga uma imagem real,
invertida e de igual tamanho que o objeto.
Na posição 3, a imagem se mantém real e invertida, porém se torna maior que o objeto,
formando-se além do ponto de centro imagem da lente.
Ao passar pela posição 4, onde o objeto se encontra na posição focal, não ocorre
formação de imagem, sendo classificada como imprópria.
Além da posição 4, quando o objeto está entre o foco objeto e o vértice da lente, a imagem
se torna virtual, direita e maior que o objeto.
Gabarito: “A”
Gabarito: “C”
Pode-se afirmar que a imagem do objeto conjugada pelo espelho será formada na
posição indicada pelo número
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) Nenhuma das posições indicadas.
Comentários
Toda imagem conjugada por um espelho plano é simétrica à sua direção, como
apresentado abaixo:
Gabarito: “A”
Fonte: Shutterstock.
Sobre esses espelhos, é correto afirmar que
a) são côncavos, conjugam imagens reais, invertidas e menores de objetos reais e
reduzem o campo de visão de observadores, não distorcendo suas noções de
perspectiva.
b) são côncavos, conjugam imagens reais, diretas e maiores de objetos reais e ampliam
o campo de visão de observadores, distorcendo suas noções de perspectiva.
𝑛2 𝑠𝑒𝑛𝜃1 𝑉1 𝜆1
= = =
𝑛1 𝑠𝑒𝑛𝜃2 𝑉2 𝜆2
Assim, temos que:
𝑛𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙 𝜆𝑣á𝑐𝑢𝑜
=
𝑛𝑣á𝑐𝑢𝑜 𝜆𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙
√2 𝜆𝑣á𝑐𝑢𝑜
=
1 𝜆𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙
𝜆𝑣á𝑐𝑢𝑜
= √2
𝜆𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙
Gabarito: “B”
b)
c)
d)
Comentários
a) INCORRETA: o esquema está correto, mas o espelho é o côncavo.
b) INCORRETA: a imagem de um objeto real sobre o centro de curvatura de um espelho
côncavo é real, invertida e igual.
c) CORRETA.
d) INCORRETA: a imagem de um objeto real conjugada por um espelho convexo é virtual,
direita e menor. Além disso, todo raio de luz que incidir o espelho paralelamente ao eixo principal
é refletido por uma direção que cruza o foco, não o centro de curvatura.
Gabarito: “C”
Portanto, o observador será capaz de enxergar sua própria imagem e a imagem do objeto
através do espelho, que serão virtuais, direitas e iguais.
Gabarito: “C”
b) verde e azul sob luz verde, e azul, branca e preta sob luz vermelha.
c) verde e preta sob luz verde, e vermelha e preta sob luz vermelha.
d) verde e azul sob luz verde, e azul e vermelha sob luz vermelha.
e) azul e preta sob luz verde, e vermelha, branca e preta sob luz vermelha.
Comentários
As cores que enxergamos são reflexos da luz branca que atinge os objetos, e seguem
para nossos olhos. Podemos ver um corpo de determinada cor x, pois dentre todas as cores que
formam a cor banca, ela é a única que não é absorvida.
Ao iluminarmos um objeto de coloração verde com uma luz monocromática vermelha,
essa luz será completamente absorvida e não chegará reflexo em nossos olhos, portanto
veremos esse objeto preto.
Logo, sob luz verde, a camisa será parecerá verde (reflexo da cor verde e da cor branca,
que reflete todas as cores) e preta (ausência de reflexo da cor azul) enquanto sob a luz vermelha
a camisa será vista com as cores vermelho (do reflexo da cor branca) e preto (da ausência de
reflexo das cores verde e azul).
Gabarito: “C”
35. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) O Natal é uma das datas mais
especiais do ano para muitos de nós. Estar perto dos familiares, fazer uma bela refeição
na ceia, jogar conversa fora até tarde e abrir os presentes na manhã seguinte, são só
algumas das coisas que amamos fazer. E claro, não podemos esquecer do verdadeiro
significado desta data tão magnífica: o nascimento de Jesus Cristo e tudo o que ele
representa.
As crianças, claro, também amam o Natal, mas, às vezes, é complicado explicar a elas
o que esta data representa de modo que a mesma não fique limitada, em suas
cabecinhas, somente aos presentes e quitutes. A melhor forma de tornar uma criança
interessada em algo é fazê-la participar ativamente de todo o processo.
Disponível em: https://www.tudointeressante.com.br/2014/12/29-incriveis-ideias-de-decoracao-natalina-
para-fazer-junto-com-as-criancas.html Acesso em: 05 jun. 2020.
Comentários
a) Alternativa incorreta. Essa é a imagem de um espelho côncavo com o objeto colocado
a uma distância do espelho maior que o dobro da distância focal. Como a esfera natalina tem
uma superfície convexa, não pode ter essa imagem.
b) Alternativa correta. Essa é a única imagem de um espelho convexo, como a superfície
externa de uma esfera espelhada.
c) Alternativa incorreta. Essa é a imagem de um espelho côncavo com o objeto colocado
a uma distância do espelho maior que a distância focal e menor do que o dobro da distância
focal. Como a esfera natalina tem uma superfície convexa, não pode ter essa imagem.
d) Alternativa incorreta. Essa é a imagem de um espelho côncavo com o objeto colocado
a uma distância do espelho menor que a distância focal. Como a esfera natalina tem uma
superfície convexa, não pode ter essa imagem.
e) Alternativa incorreta. Essa é a imagem de um espelho côncavo com o objeto colocado
a uma distância do espelho igual a distância focal. Como a esfera natalina tem uma superfície
convexa, não pode ter essa imagem.
Gabarito: “B”
Ao instalar o equipamento, ele mediu o ângulo que o equipamento fazia com a vertical,
encontrando o valor de 𝟓𝟑°. A partir dessa inclinação, o feixe de radiação
eletromagnética sofria reflexão total ao chegar à interface que separava a água e o ar.
Qual o valor do índice de refração encontrado por Thiago?
a) 1,05.
b) 1,10.
c) 1,15.
d) 1,20.
e) 1,25.
Note e adote: O índice de refração do ar é 𝒏𝒂𝒓 = 𝟏, 𝟎𝟎. 𝒔𝒆𝒏(𝟓𝟑°) = 𝟎, 𝟖𝟎. 𝒄𝒐𝒔(𝟓𝟑°) = 𝟎, 𝟔𝟎.
Comentários
Na situação de ângulo limite, o ângulo de refração seria de 90°. Aplicando a lei de Snell
simplificada para a situação em questão, temos:
𝑛𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃𝐿 ) = 𝑛𝑎𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(90°)
𝑛𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(53°) = 𝑛𝑎𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(90°)
𝑛𝑎𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(90°)
𝑛𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 =
𝑠𝑒𝑛(53°)
1⋅1
𝑛𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = = 1,25
0,80
Gabarito: “E”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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recursos oferecidos pelo Estratégia Vestibulares, como as Videoaulas, o Fórum de Dúvidas, as
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imediata!
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trilhar com você o caminho até a aprovação!
Super abraço do
VERSÕES DA AULA
Caro aluno! Para garantir que o curso esteja atualizado, sempre que alguma modificação ou
correção no conteúdo da aula for necessária, uma nova versão será disponibilizada.
• Versão 1: 30/03/2023.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 13.ed. Tradução de Trieste Ricci. Porto Alegre:
Bookman, 2002.
• HEWITT, Paul G. Fundamentos de Física Conceitual. 1.ed. Tradução de Trieste Ricci. Porto
Alegre: Bookman.
• GASPAR, Alberto. Física. 2.ed. São Paulo: Editora Ática, 2009, Todos os Volumes.
• MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Curso de Física. 5.ed. São Paulo: Scipione,
2000, Todos os Volumes.
• RESNICK, HALLIDAY, Jearl Walker. Fundamentos de Física. 10ª ed. LTC. Todos os
Volumes.