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ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Física
2024
Aula 02 – Óptica Geométrica
Exasi
u
Prof. Henrique Goulart

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 1


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ESTRATÉGIA VESTIBULARES

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4

1) ÓPTICA GEOMÉTRICA 5

1.1. Princípios da Óptica Geométrica 5


1.1.1 Propagação Retilínea 5
1.1.2 Reversibilidade 5
1.1.3 Independência 6

1.2. Conceitos Básicos 7


1.2.1 Tipos de Fontes de Luz 7
1.2.2 Tipos de Meios 7
1.2.3 Tipos de Superfícies Refletoras 8

1.3. Características de Imagens 9

1.4. Imagens em Câmaras Escuras 10

2) IMAGENS CONJUGADAS POR ESPELHOS 16

2.1. Leis da Reflexão 16

2.2. Espelhos Planos 17


2.2.1 Campo Visual de um Espelho Plano 21
2.2.2 Translação de um Espelho Plano 27
2.2.3 Rotação de um Espelho Plano 29
2.2.4 Associação de Espelhos Planos 30

2.3. Espelhos Esféricos 32


2.3.1 Definições e Referências 32
2.3.2 Regras para a Construção Gráfica de Imagens 34
2.3.3 Casos de Imagens em Espelhos Côncavos 39
2.3.4 Casos de Imagens em Espelhos Convexos 44

2.4. Equações para Espelhos Esféricos 49


2.4.1 Convenção de Sinais 49
2.4.2 Equação dos Pontos Conjugados – Equação de Gauss 50
2.4.3 Equação do Aumento Linear 50

3) IMAGENS CONJUGADAS POR LENTES 53

3.1. Leis da Refração - Lei de Snell-Descartes 53


3.1.1 Índice de Refração 54
3.1.2 Relação Completa para a Refração 56
3.1.3 Reflexão Interna Total 60
3.1.4 Lâmina de Faces Paralelas 64
3.1.5 Dioptro Plano 66
3.1.6 Prismas Ópticos e a Dispersão da Luz 66

3.2. Lentes Esféricas 70


3.2.1 Definições e Referências 71
3.2.2 Regras para a Construção Gráfica de Imagens 74
3.2.3 Casos de Imagens em Lentes Convergentes 78
3.2.4 Casos de Imagens em Lentes Divergentes 85

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3.3. Equações para Lentes Esféricas 89


3.3.1 Equação dos Pontos Conjugados – Equação de Gauss 90
3.3.2 Equação do Aumento Linear 91
3.3.3 Grau de Vergência 91
3.3.4 Equação dos Fabricantes de Lentes 92

4) OLHO HUMANO E A VISÃO 97

4.1. Problemas de Visão 98


4.1.1 Hipermetropia 99
4.1.2 Miopia 99

4.2. Cores e Percepções 103


4.2.1 Teoria das Cores de Young e Helmholtz 103
4.2.2 Cores dos Objetos 104

5) RESUMO DA AULA 108

6) LISTA DE EXERCÍCIOS 123

Gabarito 149

7) LISTA DE EXERCÍCIOS RESOLVIDA E COMENTADA 150

CONSIDERAÇÕES FINAIS 195

VERSÕES DA AULA 196

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 196

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INTRODUÇÃO

Faaaaala, guerreira! Faaaaala, guerreiro! Tudo bem contigo?!

Eu sou o Professor Henrique Goulart, um dos professores de Física aqui do


Estratégia Vestibulares.

Seja muito bem-vindo à nossa Aula 02 do Curso de Física!

Estou muito feliz em ver que você conseguiu vencer todos os tópicos da aula anterior com
sucesso!

Nesta aula, vamos falar especificamente sobre a Luz Visível. Vamos estudar os princípios
da Óptica Geométrica, os fenômenos da Reflexão e da Refração da Luz, além dos processos de
formações de imagens devidos a esses fenômenos.

Minha guerreira, meu guerreiro, não esqueça que ao mesmo tempo que você tem este
livro digital, em PDF, você também pode conferir a videoaula!

Ah, também não esqueça que qualquer dúvida pode ser tirada diretamente pelo fórum de
dúvidas!

Ao finalizar esta aula, é esperado que você tenha desenvolvido e adquirido todas as
ferramentas teóricas e práticas e seja capaz de resolver os exercícios específicos da banca da
sua prova de vestibular.

Prepara o café e o chocolate e vem comigo!

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1) ÓPTICA GEOMÉTRICA

Na nossa primeira aula, quando falamos sobre o que é Física, vimos que a Física não é a
descrição fiel do mundo real. A Física é a descrição fiel de um mundo ideal, esse mundo que o
intelecto humano foi capaz de conceber com sua capacidade de imaginação e abstração, onde
a natureza passa por um processo de simplificação, de idealização.

Aqui na Óptica Geométrica, temos três princípios simplificadores para a Luz. A Luz Visível
é uma Onda Eletromagnética, composta por campos elétricos e magnéticos oscilantes,
perpendiculares entre si, que vibram transversalmente à direção de propagação da Energia. Ou
seja, a Luz é algo extremamente complexo na natureza.

Os três princípios que estudaremos agora fazem justamente este papel de simplificação
e idealização da Luz para que possamos descrever os fenômenos de Reflexão e Refração, além
dos processos de formações de imagens e suas características.

1.1. Princípios da Óptica Geométrica

1.1.1 Propagação Retilínea


A Luz, no contexto da Óptica Geométrica, é considerada com sendo composta por raios
de luz que se propagam em linha reta.

Para descrever e explicar satisfatoriamente todos os fenômenos ópticos e processos de


formações de imagens em espelhos e lentes, é suficiente que imaginemos a luz como sendo
apenas um raiozinho que se propaga em linha reta. Veja a Figura 1.

1.1.2 Reversibilidade
O princípio da reversibilidade consiste em se imaginar que a trajetória de um raio de luz
independe do seu sentido de propagação.

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Quando um raio de luz que sai de um objeto, incide sobre um espelho, sendo refletido, e
atinge o teto de uma sala, por exemplo, temos que este trajeto seria exatamente o mesmo caso
se revertesse o sentido do raio. Ou seja, um raio que saia da parede, bate no espelho e reflete,
atingiria o objeto exatamente no mesmo ponto no objeto.

Figura 1: Raios de luz se propagam em linha reta.

1.1.3 Independência
O princípio da independência dos raios luminosos enuncia que a propagação de um feixe
de raios de luz não é perturbada pela propagação de outros feixes na mesma região. Isso
significa que quando ocorre o cruzamento entre dois ou mais raios de luz, cada um deles segue
a sua trajetória de forma independente. Veja a Figura 2.

Figura 2: Cada raio de luz se propaga independentemente dos demais.

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1.2. Conceitos Básicos

1.2.1 Tipos de Fontes de Luz


Existem diversos corpos que são considerados fontes luminosas, como o Sol, lâmpadas
e a chama de uma vela. Quando um corpo emite luz própria, ele é chamado de fonte primária,
enquanto os que refletem a luz proveniente de outros corpos são chamados de fontes
secundárias. As fontes de luz podem ser classificadas em pontuais (ou puntiformes) ou extensas,
dependendo das dimensões da fonte luminosa e do corpo a ser irradiado, além da distância entre
os dois.

Por exemplo, a lanterna de um celular é uma fonte pontual de luz para um teclado de
computador, enquanto uma lâmpada fluorescente tubular seria considerada uma fonte extensa.
A principal diferença prática entre os dois tipos de fonte está na formação de sombras simples
ou com penumbras.

Quando uma fonte de luz pontual projeta luz em um corpo opaco, é criada uma região de
sombra. Já uma fonte de luz extensa projeta uma região de penumbra além de uma sombra. Na
sombra, ocorre a ausência total de incidência de raios luminosos, enquanto que em uma região
de penumbra ocorre a incidência parcial de raios luminosos. A Figura 3 ilustra esses conceitos.

Figura 3: A sombra projetada pela luz de uma fonte pontual incidente em um corpo opaco. A sombra e a penumbra projetadas
pela luz de uma fonte extensa incidente em um corpo opaco.

1.2.2 Tipos de Meios


Quando a luz passa de um meio para outro, ela pode mudar de direção e velocidade. Ao
atingir um meio opaco, ela não consegue se propagar através dele, sendo parcialmente
absorvida e refletida pelo material. Isso significa que materiais como madeira, metais, alguns
tipos de plástico e papelão são exemplos de meios opacos à luz visível.

Quando a luz atinge um meio translúcido, como gelo, nevoeiro ou fumaça, a luz é difundida
de forma intensa e segue trajetórias irregulares. Isso acontece porque as partículas presentes
nesses meios são capazes de espalhar a luz em diferentes direções, criando um efeito de
difusão.

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Em meios transparentes, como o ar, a água ou o vidro, a luz é capaz de passar de forma
bem definida, seguindo trajetórias previsíveis. No entanto, quando a luz passa de um meio para
outro, a mudança de índice de refração do meio pode fazer com que a luz mude de direção e
velocidade.

Então, resumindo: materiais opacos não deixam a luz passar, materiais translúcidos
espalham a luz em diferentes direções, e materiais transparentes permitem que a luz passe de
forma bem definida, mas a mudança de meio pode alterar a trajetória da luz.

Figura 4: Incidência de luz em um meio opaco (esquerda), translúcido (centro) e um transparente (direita).

1.2.3 Tipos de Superfícies Refletoras


A reflexão difusa ocorre em superfícies irregulares. Uma superfície plana refletora é
considerada difusa quando raios de luz incidentes que chegam paralelos entre si acabam sendo
refletidos em direções diversas. Este tipo de superfície não é capaz de produzir imagens nítidas
de objetos em sua frente. Veja a Figura 5.

Em geral, todos os objetos que vemos, como predes, roupas, etc., assim como nossa pele
e cabelo, são refletores difusos.

Figura 5: Reflexão em superfície difusa.

A reflexão regular ocorre em superfícies bem lisas e polidas. Uma superfície plana
refletora é considerada regular quando raios de luz incidentes que chegam paralelos entre si
acabam sendo refletidos também em direções paralelas. Este tipo de superfície é capaz de
produzir imagens nítidas de objetos em sua frente. Todas as superfícies de espelhos são
superfícies regulares de reflexão. Veja a Figura 6.

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Figura 6: Reflexão em superfície regular.

A reflexão regular da luz pode resultar em um processo de formação de imagens pela


superfície, como ocorre em espelhos, em vidros de janelas, em superfícies líquidas, como em
lagos ou em poças de água, por exemplo. Veja a Figura 7.

Figura 7: Superfície da água refletindo a luz de maneira regular, produzindo imagens.

1.3. Características de Imagens


As imagens são classificadas quanto a três características técnicas: Real ou Virtual,
Invertida ou Direita (ou Direta), Maior, Menor ou Igual.

Imagem Real é aquela formada pela própria luz que saiu do objeto. É aquela que pode
ser projetada em um anteparo (uma parede, por exemplo). Já uma imagem Virtual é aquela que
não pode ser projetada, sendo percebida somente através do instrumento óptico que a conjugou.

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Em muitos casos, temos que as imagens formadas ficam viradas de cabeça para baixo
em relação aos seus respectivos objetos. Uma imagem Invertida é aquela que está virada de
cabeça para baixo em relação ao seu objeto. É aquela que está com a orientação invertida com
o seu objeto. Uma imagem Direita, ou Direta (tanto faz), é aquela que se forma com a mesma
orientação que o objeto.

A terceira e última classificação é quanto ao tamanho da imagem quando comparada ao


seu objeto. Neste caso, a imagem pode ser Maior, Menor ou de Igual tamanho que o objeto.

1.4. Imagens em Câmaras Escuras


Uma câmara escura consiste em uma caixa formada por paredes de material opaco. Uma
dessas paredes deve possuir um orifício por onde raios de luz podem entrar. Estes raios acabam
projetando uma imagem Real e Invertida na parede oposta ao furo, no fundo da caixa. Isso se
deve ao fato da luz que sai do objeto entra pelo orifício e, seguindo em linha reta, atinge a parede
oposta, ao fundo da câmara.

Figura 8: Imagem formada por uma câmara escura.

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Pode-se dizer que a câmara escura é um modelo rudimentar de câmera fotográfica,


formando uma imagem Real e Invertida, produzida a partir do princípio da propagação retilínea
da luz. É possível relacionarmos o tamanho da imagem formada com o tamanho do objeto, as
dimensões da câmara e a distância do objeto até o orifício da câmara. Veja o esquema que
segue.

Se a distância do orifício até a parede onde a imagem é projetada for igual à distância do
objeto ao mesmo orifício, a imagem será de igual tamanho que o objeto. Se a distância do objeto
for maior, a imagem será menor. De forma semelhante, se o fundo da caixa for mais distante do
orifício que o objeto, a imagem será maior.

Chamando de 𝒐 o tamanho do objeto, 𝒊 o tamanho da imagem, 𝒑 ou 𝒅𝒐 a distância do


objeto até a câmara, e 𝒑′ ou 𝒅𝒊 a distância do orifício até a parede na qual a imagem é projetada,
a partir da semelhança entre triângulos, temos a seguinte relação:

𝒊 𝒑′ 𝒅𝒊
= =
𝒐 𝒑 𝒅𝒐
Veja que a razão entre o tamanho da imagem e o tamanho do objeto é igual à razão entre
as respectivas distâncias da imagem e do objeto ao orifício da câmara escura.

Exemplo: IFBA 2018

Um objeto luminoso e linear é colocado a 20 cm do orifício de uma câmara escura, obtendo-se


em sua parede do fundo, uma figura projetada de 8 cm de comprimento. O objeto é, então,
afastado, sendo colocado a 80 cm do orifício da câmara. O comprimento da nova figura projetada
na parede do fundo da câmara é:

a) 32cm

b) 16cm

c) 2cm

d)4cm

e)10cm

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Comentários

Uma representação da situação descrita é:

Por semelhança de triângulos, podemos escrever:

𝒊 𝒑′ 𝒅𝒊
= =
𝒐 𝒑 𝒅𝒐

Para a primeira situação, temos:

8 𝑝′
=
𝑜 20
8 𝑝′
=
𝑜 20
𝑜 ⋅ 𝑝′ = 20 ⋅ 8

O tamanho do objeto, 𝑜, assim como a o comprimento da câmara escura 𝑝′ não variam.


Com isso, para a segunda situação, podemos escrever:

𝑖2 𝑝 ′
=
𝑜 80
𝑜 ⋅ 𝑝′
𝑖2 =
80
Substituindo-se o produto, que é constante e foi obtido a partir da primeira relação:

20 ⋅ 8 20 ⋅ 8 20 ⋅ 1
𝑖2 = = =
80 80 10
𝑖2 = 2 𝑐𝑚

Gabarito: “C”

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Exemplo: UFRGS 2014

Uma câmera fotográfica caseira pode ser construída a partir de uma caixa escura, com um
minúsculo orifício (O, na figura) em um dos lados, e uma folha de papel fotográfico no lado interno
oposto ao orifício. A imagem de um objeto é formada, segundo o diagrama abaixo.

O fenômeno ilustrado ocorre porque

A) a luz apresenta ângulos de incidência e de reflexão iguais.

B) a direção da luz é variada quando passa através de uma pequena abertura.

C) a luz produz uma imagem virtual.

D) a luz viaja em linha reta.

E) a luz contorna obstáculos.

Comentários

A luz, quando incidida em um espelho plano, apresenta ângulo de incidência e reflexão


iguais. Entretanto, não é o caso apresentado na figura.

Desde que a luz não mude de meio, a sua direção não varia. Assim, como a luz continua
a se propagar no mesmo meio (ar), ela se mantém se propagando na mesma direção sem sofrer
nenhum desvio.

Como o fenômeno apresentado mostra que a imagem é formada diretamente pela luz
incidida e não pelo seu prolongamento, a imagem formada é real.

Portanto, a imagem que se formou invertida na folha de papel fotográfico é devido a


propagação retilínea da luz, que sai de cada ponto do objeto, passa pelo orifício e se projeta
sobre o fundo da câmara escura.

A luz é capaz de contornar obstáculos, mas não é este o fenômeno que explica

Gabarito: “D”

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As primeiras câmeras fotográficas foram de câmara escura. Elas eram caixas de


madeira ou de metal com um pequeno orifício. O fotógrafo posicionava manualmente
o filme fotográfico no local onde a imagem se projetava ao fundo da câmara para
registrar a imagem.

Em dias ensolarados, abaixo de copas de árvores, temos a formação de inúmeras


imagens do Sol sobre o chão. Isso se deve pelo fato da luz do Sol passar por orifícios
ou frestas entre as folhas e galhos, projetando pequenas imagens do disco solar sobre
o solo. Cada uma das “rodelinhas” de luz sobre o chão é resultado de um processo
de formação de imagem idêntico ao que ocorre no interior de câmaras escuras!

Outro fato interessante é o de que, durante eclipses solares, quando a Lua se


posiciona em frente ao Sol, pode-se perceber que as “rodelinhas” projetadas no chão
viram “meias-luas”, devido ao fato do disco solar estar parcialmente eclipsado pela
Lua!

Veja a sequência de imagens que segue. As duas primeiras mostram um esquema da


formação da imagem e uma foto do chão abaixo da copa de uma árvore na mesma
situação. Observe que todos as regiões iluminadas são imagens do Sol, bem
redondinhas, independentemente do formato do orifício.

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As duas próximas figuras mostram o esquema e uma foto, semelhante à situação


cima, porém, durante um eclipse parcial do Sol, quando o disco solar fica parcialmente
encoberto pela Lua.

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2) IMAGENS CONJUGADAS POR ESPELHOS

As imagens conjugadas por espelhos são resultado da reflexão regular da luz pela
superfície espelhada.

2.1. Leis da Reflexão


1ª Lei: O raio incidente, a normal à superfície e o raio refletido estão no mesmo
plano.

2ª Lei: O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.

𝜽𝒊 = 𝜽𝒓

O raio de luz que chega à superfície refletora rente à página acaba sendo refletido também
rente à página. A direção normal também está neste mesmo plano. Essa direção normal é
utilizada como parâmetro de referência para todos os ângulos de incidência e reflexão. A partir
deste parâmetro normal de referência, os ângulos dos raios incidente e refletido são sempre
iguais.

O que é uma Lei na Física?


Uma Lei da física é um termo que pode descrever um padrão na natureza, como
uma proposição fundamental, como um princípio, ou uma proposição
demonstrável, desenvolvida a partir de um princípio, como um teorema, por
exemplo. Uma Lei também pode apresentar uma equação, criando e definindo
uma ou mais grandezas e possibilitando o cálculo e a análise de
proporcionalidade entre grandezas físicas.

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2.2. Espelhos Planos


Um espelho plano consiste em uma superfície refletora plana capaz de criar uma imagem
nítida, de mesma orientação e de mesmo tamanho que o objeto. A luz emitida (ou refletida) por
um objeto que esteja à frente de um espelho, atinge a superfície refletora e, conforme as leis da
reflexão, é refletida. As imagens produzidas por espelhos planos são simétricas em relação ao
espelho com seus objetos.

A técnica utilizada para encontrar a posição e as características de uma


imagem é a seguinte:
1) Escolher um ponto-objeto para a origem dos raios de luz.
2) Fazer com que dois (ou mais) raios de luz, originados no ponto-objeto,
sejam refletidos no espelho, seguindo as leis da reflexão.
3) A posição do ponto-imagem se dá no cruzamento dos raios de luz
refletidos, formando uma imagem Real, ou no cruzamento da direção
dos raios refletidos, formando uma imagem Virtual.

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Se a luz advinda de um ponto definido como objeto, após interagir com uma interface
refratora ou um dispositivo refletor, convergir para um ponto, então teremos uma imagem real.

Por outro lado, se a luz advinda de um ponto definido como objeto, após interagir com
uma interface refratora ou um dispositivo refletor, divergir para um ponto, então teremos uma
imagem virtual.

No caso dos espelhos planos, os raios de luz que saem de um ponto-objeto e atingem a
superfície refletora acabam não se cruzando. Entretanto, as direções dos raios refletidos se
cruzam, formando um ponto-imagem “atrás” do espelho. Se pegarmos mais raios de luz
originados no mesmo ponto-objeto, todas as respectivas direções dos raios refletidos vão acabar
se cruzando nesse mesmo ponto-imagem.

Portanto, um espelho plano conjuga uma imagem que se forma à mesma distância que o
objeto ao espelho. Objeto e imagem são simétricos ao plano definido pela superfície do espelho.
Essa imagem tem o mesmo tamanho e orientação do objeto original.

Portanto, a imagem formada por um espelho plano é virtual, direita e de igual tamanho
do objeto.

Se o objeto for um corpo extenso, podemos pegar mais de um ponto para verificarmos
como a respetiva imagem ficará, de forma que cada ponto objeto terá seu respectivo ponto
imagem.

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Veja o caso da letra F abaixo. O objeto e imagem são simétricos em relação ao plano do
espelho. A imagem acaba ficando rebatida.

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Assim, veja como a palavra Física fica quando visualizada através de um espelho. Cada
letra fica simétrica ao plano do espelho.

Alguns veículos usados em emergências, como os do Corpo de Bombeiros Militares,


ou ambulâncias, têm o seu nome grifado ou adesivado com a escrita rebatida, de
forma que os condutores em outros veículos consigam ler corretamente a palavra
quando observarem através do espelho retrovisor.

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2.2.1 Campo Visual de um Espelho Plano


Quando olhamos para um espelho, tudo o que vemos através da luz refletida nele é o que
chamamos de campo visual desse espelho em relação a nós. A partir do observador, a região
do campo visual é delimitada pelas extremidades do espelho, como se ele fosse uma janela para
um “mundo virtual de imagens”.

Figura 9: Campo de visão para um espelho curvo (superior) e um espelho plano (inferior).

Este campo de visão depende do tamanho do espelho e da posição do observador em


relação ao espelho. Veja a sequência que segue.

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As imagens de objetos em frente ao espelho que se formarem na região delimitada pelo


campo de visão do observador podem ser vistas por ele “através” do espelho, como se o espelho
fosse uma janela.

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A sequência abaixo apresenta diferentes pontos-objetos com seus respectivos pontos-


imagens vistos por dois observadores.

Figura 10: Ambos observadores são capazes de visualizar a imagem do objeto conjugada pelo espelho.

Figura 11: Somente o Observador 1 consegue visualizar a imagem do objeto conjugada pelo espelho.

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Perceba que um objeto não precisa estar em frente ao espelho para ter sua imagem
conjugada por ele. Basta que ele esteja à frente do plano definido pela superfície do espelho
para que tenha sua imagem conjugada. Se um raio de luz for capaz de sair de um ponto do
objeto e atingir o espelho, então este ponto terá um respectivo ponto imagem.

Figura 12: Somente o Observador 2 consegue visualizar a imagem do porquinho conjugada pelo espelho.

Figura 13: Nesta nova posição, ambos observadores conseguem visualizar a imagem do porquinho.

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Figura 14: Nesta posição, somente o Observador 1 consegue visualizar a imagem do porquinho conjugada pelo espelho.

Para se verificar se imagens estão dentro do campo de visão de um


observador, podemos utilizar de três diferentes métodos:
1) Utilizar as linhas que saem do olho do observador e passam pelas
extremidades do espelho. Todas as imagens que se formarem entre
estas duas linhas estarão no campo de visão desse observador.
2) Utilizar as linhas que saem do olho do observador, atingem as
extremidades do espelho e, sendo refletidas, formam uma região à
frente do espelho. Todos os objetos que estiverem entre estas duas
linhas estarão no campo de visão do observador.
3) Formar o campo de visão do observador a partir de linhas que saem
da sua respectiva imagem e passam pelas extremidades do espelho.
Todos os objetos que estiverem entre estas duas linhas estarão no
campo de visão do observador.

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Exemplo: UNICAMP 2012

A figura abaixo mostra um espelho retrovisor plano na lateral esquerda de um carro. O espelho
está disposto verticalmente e a altura do seu centro coincide com a altura dos olhos do motorista.

Os pontos da figura pertencem a um plano horizontal que passa pelo centro do espelho. Nesse
caso, os pontos que podem ser vistos pelo motorista são:

a) 1, 4, 5 e 9.

b) 4, 7, 8 e 9.

c) 1, 2, 5 e 9.

d) 2, 5, 6 e 9.

Comentários

Por simetria, podemos encontrar o ponto imagem dos olhos do observador. A partir desse
ponto devemos traçar duas semirretas, que interceptam as extremidades do espelho. A região
no interior dessas semirretas será o campo visual do motorista.

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Gabarito: “C”

2.2.2 Translação de um Espelho Plano


Quando movimentamos um espelho plano, estamos realizando uma translação, que
consiste em movê-lo ao longo de um eixo que passa pelo objeto e pelo próprio espelho. Quando
aproximamos ou afastamos um objeto em relação a um espelho por uma distância 𝑑, a imagem
refletida se desloca uma distância igual ao dobro da distância 𝑑.

Isso ocorre porque a imagem conjugada por um espelho plano é sempre simétrica com o
objeto em relação ao espelho, de forma que se a distância entre o objeto e o espelho aumenta
um valor 𝑥, a distância da imagem ao espelho também aumenta 𝑥, de forma que a distância entre
o objeto e sua imagem acaba por aumentar 2𝑥.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 27


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Ao movimentarmos o espelho em uma unidade para a direita, não tendo o objeto sido
movimentado, teremos a imagem a uma distância de três unidades do espelho, visto que a
distância do objeto ao espelho foi acrescida de uma unidade. Nessa nova situação, a imagem
terá se movido duas unidades para a direita, exatamente o dobro do quanto o espelho foi
movimentado.

Assim, de forma semelhante, se um espelho se move com uma velocidade de 5,0 𝑚/𝑠,
em relação ao chão, com sentido de afastamento de um observador, então a sua imagem se
afastará com velocidade de 10 𝑚/𝑠.

Veja este exemplo!

Exemplo: CPS 2018

Quando você fica à frente de um espelho plano, você e a sua respectiva imagem têm sempre
naturezas opostas, ou seja, quando um é real o outro deve ser virtual. Dessa maneira, para se
obter geometricamente a imagem de um objeto pontual, basta traçar por ele uma reta
perpendicular ao espelho plano, atravessando a superfície espelhada, e marcar simetricamente
o ponto imagem, como mostrado na figura.

Imagine que você esteja em frente a um espelho plano, a uma distância de 0,5 m. Suponha que
esse espelho seja deslocado no mesmo plano em 0,4 m, se distanciando de você, conforme a
figura.

A distância, representada no esquema pela letra y, entre você e a sua imagem, será, em metros,
de:

a) 0,4.

b) 0,8.

c) 1,0.

d) 1,8.

e) 2,0.

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Comentários

A distância do objeto ao espelho é a mesma distância do espelho a imagem. Com isso,


temos que 𝑑1 = 0,5 𝑚. Se o espelho foi afastado 0,4 𝑚 da sua posição original, a nova distância
do objeto ao espelho deverá valer 𝑑2 = 0,5 + 0,4 = 0,9 𝑚. A distância 𝑦 equivale ao dobro de 𝑑2 ,
logo 𝑦 = 1,8 𝑚.

Podemos pensar de outra maneira: se o espelho anda 𝑥, a imagem anda 2𝑥. Com isso,
se o espelho andou 0,4 𝑚, a imagem deverá andar 0,8 𝑚. Se a distância do objeto à imagem era
de 1,0 𝑚 e a imagem andou 0,8 𝑚, então a nova distância do objeto até a imagem será de 1,8 𝑚.

Gabarito: “D”

2.2.3 Rotação de um Espelho Plano


Quando um espelho plano sofre uma rotação de um ângulo 𝛼 em torno de um eixo normal
ao plano de incidência de um raio de luz fixo, o raio refletido correspondente sofrerá uma rotação
de um ângulo duas vezes maior, no mesmo sentido.

Isto se deve à aplicação das leis da reflexão, de forma que, se a direção normal ao plano
rotaciona um ângulo 𝜶, acompanhando o plano, o ângulo de incidência irá aumentar. Este
aumento no ângulo de incidência será repetido no ângulo do raio refletido, resultando em uma
mudança de 𝟐𝜶 na direção do raio refletido quando comparado à situação inicial, antes do plano
refletor do espelho rotacionar.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 29


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

2.2.4 Associação de Espelhos Planos


Quando acoplamos dois espelhos planos um em frente ao outro formando um ângulo, a
luz refletida por um espelho pode ser refletida também no outro espelho, podendo produzir
múltiplas imagens. Considere dois espelhos, 𝐸1 e 𝐸2 , separados por um ângulo 𝜶 e com um
objeto 𝑃 entre eles.

Nessas condições, serão conjugadas 𝒏 imagens, que podem ser determinadas a partir de
𝜶, conforme a seguinte relação:

𝟑𝟔𝟎°
𝒏= −𝟏
𝜶
Veja que, quando o ângulo 𝜶 entre os espelhos diminui, o número de imagens aumenta,
𝟏
pois o número de imagens é inversamente proporcional ao ângulo: 𝒏 ∝ 𝜶 . No caso extremo do
ângulo 𝜶 tendendo a zero, situação em que os espelhos ficam um de frente para o outro, com
seus planos refletores paralelos, teremos um número incontável de imagens, que tende ao
infinito.
𝟑𝟔𝟎°
Esta equação possui uma representação geométrica bastante evidente. O termo 𝜶
significa uma circunferência completa, com 360°, dividida pelo ângulo entre os espelhos. É
exatamente uma pizza dividida em fatias.

Por exemplo, se temos dois espelhos planos com um ângulo de 90° entre si, teremos a
configuração apresentada na Figura 15.

O resultado da divisão 360°/90° = 4. Isso significa uma circunferência dividida em quatro


partes, ou uma pizza dividida em quatro fatias iguais. Este esquema nos possibilita encontrar o
número de imagens formadas ao se descontar uma dessas fatias, que é a parte onde está o
objeto.

Portanto, o número de imagens, neste caso, é igual a 3: 4 fatias, menos uma do objeto.
Todo o conjunto de imagens conjugadas por espelhos acoplados em ângulos maiores que 0° até
180° forma uma circunferência dividida em partes iguais, onde uma das fatias não é uma
imagem, é o próprio objeto colocado entre os espelhos. Por isso o “-1” na equação.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 30


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 15: Objeto e imagens conjugadas por dois espelhos planos acoplados com um ângulo de 90°.

Exemplo: EEAR 2018

Um dado, comumente utilizado em jogos, cujos números nas faces são representados pela
quantidade de pontos pretos é colocado frente a dois espelhos planos que formam entre si um
ângulo de 60°. Nesses espelhos é possível observar nitidamente as imagens de apenas uma das
faces do dado, sendo que a soma de todos os pontos pretos observados nos espelhos, referentes
a essa face, totalizam 20 pontos. Portanto, a face voltada para os espelhos que gera as imagens
nítidas é a do número ____.

a) 1

b) 2

c) 4

d) 5

Comentários

Podemos determinar o número de imagens formadas a partir da associação de dois


espelhos planos com um ângulo de 60°:

360°
𝑛= −1
𝛼
360° 360°
𝑛= −1= −1= 6−1= 5
60° 60°
Se temos 5 imagens, e o total de pontos é de 20, temos 4 pontos por cada imagem, logo,
a face voltada para os espelhos é a de número 4.

Gabarito: “C”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 31


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

2.3. Espelhos Esféricos


Os espelhos esféricos são superfícies refletoras moldadas em uma esfera. A geometria
do espelho é esférica, de forma que o espelho tem uma curvatura que se encaixa em uma parte
de uma esfera, semelhantemente a um pedaço de uma casca de ovo. Ou seja, um espelho
esférico é uma casca esférica refletora.

Enquanto espelhos planos não deformam as imagens, produzindo imagens muito


similares aos objetos, mantendo as noções de tamanhos e perspectivas, os espelhos curvos
geralmente deformam as imagens em tamanhos, modificando as noções e perspectivas de
distâncias.

Existem dois tipos de espelhos esféricos: os côncavos e os convexos. Os espelhos


esféricos côncavos têm superfície espelhada na parte interna da esfera, enquanto os espelhos
esféricos convexos são espelhados pela parte de fora.

Para o entendimento completo dos processos de formação de imagens em espelhos


esféricos, precisamos definir alguns pontos e algumas posições e eixos de referência.

2.3.1 Definições e Referências


Geralmente, as provas de vestibular exploram questões sobre como raios de luz são
refletidos, posições e características de imagens e aplicações de diversos instrumentos ópticos.

As direções para onde raios de luz que incidem em um espelho, seja ele plano ou esférico,
são refletidos, deve seguir sempre as leis da reflexão. As posições onde se formam as imagens,
assim como suas respectivas características, vão ser obtidas a partir da mesma técnica que
utilizamos para espelhos planos, traçando pelo menos dois raios de luz de um ponto objeto e
localizar o cruzamento das direções dos raios refletidos.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 32


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Os contextos para diversas questões giram em torno de aplicações de diversos


instrumentos ópticos, como óculos, microscópios, telescópios, máquinas fotográficas, lupas,
binóculos, etc., além do próprio olho humano.

No contexto dos espelhos esféricos, temos algumas definições, pontos, posições e eixos
de referência para o estudo e análise de como e para onde raios de luz serão refletidos. Temos
o Eixo Principal, o Raio de Curvatura, o Vértice, o Foco e o Centro de Curvatura.

• Centro de curvatura (C) – é o centro geométrico da esfera molde do espelho.

• Raio de curvatura (R) – é a distância do centro de curvatura do espelho até a borda


da casca esférica espelhada.

• Vértice (V) – é o ponto onde o eixo principal de referência cruza o centro do espelho.

• Foco Principal (F) – ponto médio entre o Centro de Curvatura e o Vértice.

• Eixo principal – linha de referência que passa pelo centro de curvatura e o vértice
do espelho.

Todas as distâncias são medidas em relação ao Vértice do espelho: distância focal fo,
centro de curvatura, distância do objeto do e distância da imagem di.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 33


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Como o Foco Principal do espelho fica no ponto médio entre o Centro de Curvatura e o
Vértice, podemos escrever a seguinte relação, que representa que a distância focal é igual à
metade do raio de curvatura.

𝑅
𝑓𝑜 =
2

2.3.2 Regras para a Construção Gráfica de Imagens


Para localizar um ponto imagem a partir de um ponto objeto, seguiremos a mesma ideia
que utilizamos para espelhos planos:

1) Escolher um ponto-objeto para a origem dos raios de luz.

2) Fazer com que dois (ou mais) raios de luz, originados no ponto-objeto, sejam
refletidos no espelho, seguindo as leis da reflexão.

3) A posição do ponto-imagem se dá no cruzamento dos raios de luz refletidos,


formando uma imagem Real, ou no cruzamento da direção dos raios refletidos, formando uma
imagem Virtual.

No caso dos espelhos planos, como a superfície refletora era plana, ficava relativamente
fácil encontrar a direção normal de referência, no ponto de incidência de um raio de luz, para
repetir o ângulo de incidência de um lado da normal para o outro, formando o ângulo de reflexão,
possibilitando o encontro da direção do raio refletido.

A direção normal à superfície é perpendicular à superfície do espelho no ponto de


incidência do raio de luz. Ou seja, é uma linha cuja direção faz um ângulo de 90° com a superfície.

Nos espelhos esféricos, esta direção não é simples de ser encontrada, pois a superfície é
curva. Porém, devido à geometria de uma esfera, a direção perpendicular a qualquer ponto de
sua borda passa pelo centro da esfera. Assim, com a posição do Centro de Curvatura
identificado, todas as direções normais de referência para os ângulos de incidência e reflexão,
em qualquer ponto da superfície do espelho, é uma linha que passa pelo ponto C. Veja a Figura
16.

Nesse momento você pode estar se perguntando se não existe alguma forma mais fácil
de se fazer isso! Então vamos lá: existe sim!

Por uma boa coincidência, existem alguns raios de luz que, se incidirem por determinadas
direções, podemos utilizar os pontos e eixos de referência para saber a direção de saída deles,
o que torna o processo de formação de imagens mais fácil e rápido, pois evita a necessidade de
se desenhar a direção normal de referência e medir ângulos de incidência e reflexão.

Então, temos três regras básicas para direções de raios refletidos quando eles incidem
um espelho esférico, seja ele côncavo ou convexo.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 34


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 16: Raio de luz sendo refletido por um espelho esférico côncavo.

1) Regra do Foco: se um raio de luz incidir numa direção paralela ao eixo principal, o raio
será refletido numa direção que cruza o foco principal. Da mesma forma, ao incidir pelo foco, é
refletido paralelamente ao eixo principal, conforme o princípio da reversibilidade. Veja a Figura
17.

Figura 17: Espelho côncavo (esquerda) e espelho convexo (direita). Regra do Foco - se um raio de luz incidir numa direção
paralela ao eixo principal, o raio será refletido numa direção que cruza o foco principal. Da mesma forma, ao incidir pelo foco, é
refletido paralelamente ao eixo principal, conforme o princípio da reversibilidade.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 35


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

2) Regra do Vértice: se um raio de luz incidir numa direção que passa pelo vértice, o raio
será refletido com mesmo ângulo em relação ao eixo principal. Figura 18.

Figura 18: Espelho côncavo (esquerda) e espelho convexo (direita). Regra do Vértice - se um raio de luz incidir numa direção
que passa pelo vértice, o raio será refletido com mesmo ângulo em relação ao eixo principal.

3) Regra do Centro de Curvatura: se um raio de luz incidir numa direção que passa pelo
centro de curvatura, o raio será refletido na mesma direção, retornando por cima do raio
incidente. Figura 19.

Figura 19: Espelho côncavo (esquerda) e espelho convexo (direita). Regra do Centro de Curvatura - se um raio de luz incidir
numa direção que passa pelo centro de curvatura, o raio será refletido na mesma direção, retornando por cima do raio
incidente.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 36


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Regras para Raios Notáveis


1) Regra do Foco: se um raio de luz incidir numa direção paralela ao eixo
principal, o raio será refletido numa direção que cruza o foco principal. Da
mesma forma, se incidir pelo foco, será refletido paralelamente ao eixo
principal, conforme o princípio da reversibilidade.
2) Regra do Vértice: se um raio de luz incidir numa direção que passa
pelo vértice, o raio será refletido com mesmo ângulo em relação ao eixo
principal.
3) Regra do Centro de Curvatura: se um raio de luz incidir numa direção
que passa pelo centro de curvatura, o raio será refletido na mesma
direção, retornando por cima do raio incidente.

Exemplo: UFRGS 2003

Na figura abaixo estão representados cinco raios luminosos, refletidos por um espelho esférico
convexo, e um raio incidente, indicado pela linha de traçado mais espesso. As letras f e C
designam, respectivamente, o foco e o centro de curvatura do espelho.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 37


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Dentre as cinco linhas mais finas numeradas na figura, a que melhor representa o raio refletido
pelo espelho é identificada pelo número

A) 1.

B) 2.

C) 3.

D) 4.

E) 5.

Comentários

O raio incidente está numa direção que, se a prolongarmos, podemos perceber que ela
passa pelo centro de curvatura do espelho.

Veja o esquema a seguir.

Conforme a regra do centro de curvatura, se um raio de luz incidir numa direção que passa
pelo centro de curvatura, o raio será refletido na mesma direção, retornando por cima do raio
incidente.

Como a superfície refletora é convexa, temos o seguinte:

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 38


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Portanto, o feixe luminoso que melhor representa a reflexão do raio incidente é o indicado
pelo número 2.

Gabarito: “B”.

2.3.3 Casos de Imagens em Espelhos Côncavos


Espelhos esféricos côncavos produzem imagens de objetos reais que, dependendo da
posição do objeto em relação ao espelho, terão características diferentes.

Temos cinco casos distintos de imagens conjugadas por espelhos côncavos, pois um
objeto pode estar mais distante que o centro de curvatura, sobre o centro de curvatura, entre o
centro e o foco, sobre o foco, ou entre o foco e o vértice. Em cada uma destas cinco posições,
teremos um caso diferente de imagem.

Caso 1) Objeto além do centro de curvatura, em uma distância maior que o raio do
espelho.

Nesta situação, com o objeto além do centro de curvatura do espelho, a imagem se forma
entre o centro e o foco, sendo Real, Invertida e Menor que o objeto. Ao escolher a ponta da seta
1 como ponto objeto, acima do eixo principal, dois ou mais raios de luz que incidem o espelho
acabam cruzando suas direções em um ponto abaixo do eixo principal.

Como o ponto imagem se forma no próprio cruzamento dos raios de luz, temos que a
imagem é Real, projetável, formada pela própria luz que saiu do objeto. Pelo fato do ponto
imagem se formar abaixo do eixo principal, configura o fato da imagem se inverter em relação
ao objeto. E, finalmente, como o ponto imagem se formou mais próximo do eixo principal que o
ponto objeto, temos que a imagem ficou reduzida de tamanho.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 39


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Neste primeiro caso, conforme o objeto se afasta do espelho, a imagem acaba se


formando cada vez mais próxima do foco principal, mantendo suas características e ficando cada
vez menor.

Se extrapolarmos a situação para um caso que o objeto esteja muito, muito, muito distante,
a imagem permanecerá sendo Real, Invertida e Menor, mas se formará muito, muito, muito
próxima do ponto focal do espelho. Na Física, quando extrapolamos situações como estas,
podemos dizer, neste caso, que se o objeto estiver infinitamente distante ao espelho, a imagem
estará infinitamente próxima ao foco do espelho. Este caso extremo é o que ocorre no caso de
telescópios do tipo newtonianos.

Telescópios Newtonianos
Telescópios newtonianos são dispositivos ópticos capazes de ampliar imagens de objetos
muito distantes com o uso de um espelho principal côncavo. O primeiro projeto de um
telescópio de espelhos foi publicado por Isaac Newton, o mesmo das famosas 3 leis da
Mecânica.
Os corpos celestes, como estão muito distantes, têm suas respectivas imagens formadas
praticamente no foco do espelho côncavo principal.
Com o auxílio de um pequeno conjunto de lentes convergentes, funcionando como lupa
(chamada de ocular), podemos ampliar esta imagem, possibilitando a visualização do astro
em maiores detalhes.
Com pequenos telescópios podemos enxergar diversos detalhes de nossa Lua, bem como
visualizar as faixas coloridas de Júpiter, os gigantes anéis de Saturno, além de aglomerados
de estrelas e nebulosas, como a famosa nebulosa de Órion.

Espelhos côncavos também podem ser utilizados como concentradores de luz. Objetos
distantes, como nosso Sol, tem seus raios de luz chegando ao espelho quase que paralelos entre
si, o que faz com que todos esses raios de luz sejam refletidos e acabem se concentrando no
ponto focal. Este caso é utilizado em concentradores solares, como fornos e usinas
termoelétricas solares.

Caso 2) Objeto sobre o centro de curvatura.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 40


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Se o objeto no Caso 1 se aproxima do espelho, ao se posicionar sobre o centro de


curvatura, a imagem conjugada muda de característica, mantendo-se Real e Invertida, porém
ficando com igual tamanho que o objeto.

Caso 3) Objeto entre o centro de curvatura e o foco principal.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 41


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Quando o objeto se encontra entre o centro de curvatura e o foco principal, a imagem se


mantém Real e Invertida, mas assume um tamanho Maior que o objeto, se formando além do
centro.

Além disso, quanto mais o objeto se desloca para próximo do foco, mais a imagem cresce
e se afasta. Isto ocorre até que o objeto se posicione sobre o foco.

Caso 4) Objeto sobre o foco principal.

Neste caso, temos que os raios de luz originados em um ponto objeto, após serem
refletidos pelo espelho, saem em direções paralelas, não se cruzando. Dessa forma, não há
formação de uma imagem nítida.

Mesmo assim, esta situação possui diversas aplicações, como a dos faróis e faroletes em
automóveis e motos, lanternas, canhões de luz, etc. Estas aplicações são possíveis pelo fato de
a luz originada em uma lâmpada posicionada no foco de um espelho côncavo acabar sendo
refletida para a frente do espelho. Assim, o espelho acaba funcionando como um direcionador
de luz. Veja a Figura 20.

Não temos a formação de uma imagem nítida, nesta situação. Somente um “borrão” de
luz sendo direcionado para frente do espelho.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 42


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 20: Espelhos côncavos utilizados em faróis de motocicletas.

Caso 5) Objeto entre o foco principal e o vértice.

Neste último caso, temos o objeto posicionado entre o foco e o vértice do espelho. Os
raios de luz originados em um ponto objeto são refletidos no espelho e não se cruzam, não
formando um ponto imagem real. Temos que a imagem se forma na intersecção do
prolongamento das direções dos raios refletidos, formando um ponto imagem virtual.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 43


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A imagem virtual pode ser percebida ao se olhar para o espelho, que conjuga uma imagem
direita e ampliada.

Podemos perceber que a imagem é direita pelo fato de o ponto imagem se formar no
mesmo lado do seu respectivo ponto objeto. Ou seja, todos os pontos objetos que estiverem
acima do eixo principal terão seus pontos imagens também acima do eixo, da mesma forma que
pontos abaixo do eixo principal terão suas imagens também abaixo do eixo.

O fato de a imagem ficar maior que o objeto se verifica pelo fato de o ponto imagem se
formar mais distante do eixo principal que seu respectivo ponto objeto. Portanto, temos que a
imagem será Virtual, Direita e Maior.

Este caso tem diversas aplicações, principalmente em espelhos utilizados para


maquiagem, que geralmente são encontrados em lojas que vendem artigos para maquiagem.
Também são encontrados em lojas que vendem óculos. Muitas pessoas têm estes espelhos
instalados em seus banheiros, pois, como eles ampliam a imagem, detalhes do rosto da pessoa
podem ser mais facilmente visualizados.

Todos estes casos podem ser representados em um mesmo esquema, como o


apresentado a seguir, concentrando todas as principais informações e características das
respectivas imagens.

2.3.4 Casos de Imagens em Espelhos Convexos


Espelhos esféricos convexos produzem imagens de objetos reais que não muda de
característica, independentemente da posição do objeto em relação ao espelho, terão sempre
as mesmas características: Virtual, Direita e Menor.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 44


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Este tipo de espelho tem diversas aplicações devido ao fato de fornecer um amplo campo
visual quando comparado com o campo de um espelho plano de mesmo tamanho. Como as
imagens se formam pequenas e próximas do espelho, um observador acaba tendo seu campo
de visão ampliado por espelhos convexos.

Podemos encontrar estes espelhos em diversas situações cotidianas, como em lojas,


ônibus, trens, corredores de prédios, saídas de garagens e estacionamentos, além de espelhos
retrovisores em carros e caminhões, por exemplo.

Exemplo: UEMG 2019

Ao posicionar a mão à frente de um espelho esférico, Alice verificou a imagem da sua mão
conforme a figura a seguir:

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 45


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

O tipo de imagem formada da mão e o espelho utilizado são, respectivamente:

A) Virtual e côncavo.

B) Virtual e convexo.

C) Real e convexo.

D) Real e côncavo.

Comentários

Temos dois casos aqui: uma imagem virtual, direita e maior da mão da pessoa e uma
imagem invertida da paisagem ao fundo.

Pelo fato da imagem da mão da Alice estar ampliada, temos o caso 5 de formação de
imagem em um espelho esférico côncavo, nos levando à alternativa A.

Gabarito: “A”.

Exemplo: PUC-RJ

Um objeto é colocado em frente a um espelho, e a imagem formada é virtual. Considere as


afirmações abaixo.

I. O espelho é necessariamente plano ou convexo.

II. A imagem formada é de tamanho maior que o objeto, caso o espelho seja convexo.

III. A imagem não pode estar invertida, independentemente do tipo de espelho.

É correto SOMENTE o que se afirma em:

a) II

b) III

c) I e II

d) I e III

e) II e III

Comentários

I – Incorreto. O espelho côncavo também é capaz de formar imagens virtuais (caso 5).

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 46


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

II – Incorreto. O espelho convexo sempre fornece uma imagem virtual, direita e menor.

III – Correta. Se a imagem é virtual, ela será direita. Isso é válido para espelhos planos e
esféricos.

Gabarito: “B”.

Exemplo: UNICAMP 2017

Em uma animação do Tom e Jerry, o camundongo Jerry se assusta ao ver sua imagem em uma
bola de Natal cuja superfície é refletora, como mostra a reprodução abaixo.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 47


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

É correto afirmar que o efeito mostrado na ilustração não ocorre na realidade, pois a bola de
Natal formaria uma imagem

a) virtual ampliada. c) real ampliada.

b) virtual reduzida. d) real reduzida.

Comentários

A superfície do enfeite de natal se comparta como a parte externa de uma casca esférica,
ou seja, como um espelho convexo. A bola de Natal caracteriza um espelho esférico convexo,
que produz imagens virtuais, direitas e menores.

Gabarito: “B”.

Exemplo: UNESP 2016

Quando entrou em uma ótica para comprar novos óculos, um rapaz deparou-se com três
espelhos sobre o balcão: um plano, um esférico côncavo e um esférico convexo, todos capazes
de formar imagens nítidas de objetos reais colocados à sua frente. Notou ainda que, ao se
posicionar sempre a mesma distância desses espelhos, via três diferentes imagens de seu rosto,
representadas na figura a seguir

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 48


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Em seguida, associou cada imagem vista por ele a um tipo de espelho e classificou-as quanto
às suas naturezas.

Uma associação correta feita pelo rapaz está indicada na alternativa:

a) o espelho A é o côncavo e a imagem conjugada por ele é real.

b) o espelho B é o plano e a imagem conjugada por ele é real.

c) o espelho C é o côncavo e a imagem conjugada por ele é virtual.

d) o espelho A é o plano e a imagem conjugada por ele é virtual.

e) o espelho C é o convexo e a imagem conjugada por ele é virtual.

Comentários

A imagem de um objeto real é virtual e direita ou real e invertida quando posicionado à


frente de um espelho plano ou esférico.

Imagem A: Espelho convexo, imagem virtual direita e menor.

Imagem B: Espelho plano, imagem virtual direita e de mesmo tamanho.

Imagem C: Espelho côncavo, imagem virtual, direita e maior.

Gabarito: “C”.

2.4. Equações para Espelhos Esféricos


Temos duas relações matemáticas que podem ser exigidas em nossas provas: a equação
dos pontos conjugados, também conhecida como a equação de Gauss, e a equação do aumento
linear.

Estas equações são válidas para espelhos esféricos que cumpram as duas condições
aproximadas de Gauss: espelhos com pequenos ângulos de abertura (espelhos pequenos) e
para raios incidentes com pequenos ângulos com o eixo principal (raios paraxiais). Ou seja, as
equações são aproximações, de forma que, quanto mais um espelho real se aproxima destas
condições, mais próxima da realidade estarão seus resultados.

Além disso, temos uma convenção de sinais para a utilização destas equações.

2.4.1 Convenção de Sinais


A convenção de sinais é necessária para a correta adequação dos cálculos e resultados
obtidos pelas equações de Gauss e do aumento linear.

O sinal + ou – para cada grandeza da equação guarda uma informação referente à


característica do espelho, do objeto e da imagem. Veja a Tabela 1.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 49


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Tabela 1: Convenção de Sinais da Óptica Geométrica para espelhos esféricos.

Grandeza Símbolo Característica Sinal


Espelho
Distância Focal fo ou f Côncavo +
Espelho
Distância Focal fo ou f Convexo -
Distância da Imagem di ou p’ Imagem Real +
Distância da Imagem di ou p’ Imagem Virtual -
Distância do Objeto do ou p Objeto Real +
Distância do Objeto do ou p Objeto Virtual -
Imagem Direita
Aumento Linear A (de Objeto Real) +
Imagem
Aumento Linear A Invertida
(de Objeto Real)
-
Tamanho da Imagem i Imagem Direita +
Imagem
Tamanho da Imagem i Invertida -
Tamanho do Objeto o -------- +

2.4.2 Equação dos Pontos Conjugados – Equação de Gauss


A Equação de Gauss apresenta uma relação entre a distância focal de um espelho
esférico com as respectivas distâncias do objeto e da imagem, de modo que fo representa a
distância focal do espelho, di a distância da imagem ao vértice, e do a distância do objeto até o
vértice do espelho.

𝟏 𝟏 𝟏
= +
𝒇𝒐 𝒅𝒊 𝒅𝒐
Só não podemos esquecer da convenção de sinais e de que a distância focal e as
distâncias do objeto e da imagem devem estar nas mesmas unidades.

2.4.3 Equação do Aumento Linear


A equação do aumento linear indica a razão entre o tamanho da imagem pelo tamanho
do objeto. Esta razão é igual à razão entre a distância da imagem pela distância do objeto.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 50


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

𝒊 𝒅𝒊
𝑨= =−
𝒐 𝒅𝒐
Assim como na equação dos pontos conjugados, não podemos esquecer da convenção
de sinais e de que as distâncias do objeto e da imagem devem estar nas mesmas unidades.

O fato de a razão entre os tamanhos ser igual à razão entre as distâncias se dá por
semelhança de triângulos. Assim, quando a imagem estiver mais distante ao espelho que o
objeto, a imagem será maior que o objeto. Quando a imagem estiver mais próxima ao espelho
que o objeto, a imagem será menor. Da mesma forma, quando imagem e objeto estiverem à
mesma distância até o vértice do espelho, a imagem será de igual tamanho que o objeto.

Exemplo: ESTRATÉGIA VESTIBULARES 2019

Um espelho esférico que respeita a aproximação de Gauss forma uma imagem não invertida de
5 𝑐𝑚 de altura de um objeto real de 10 𝑐𝑚 de comprimento vertical. Se a distância horizontal
entre o objeto e o vértice do espelho é de 80 𝑐𝑚, a distância focal e o tipo de espelho serão

a) 40 cm, espelho côncavo.

b) 40 cm, espelho convexo.

c) 80 cm, espelho côncavo.

d) 80 cm, espelho convexo.

Comentários

Pela equação do aumento linear transversal, podemos determinar a distância do espelho


até a imagem formada.

𝑖 −𝑑𝑖
𝐴= =
𝑜 𝑑𝑜

5 −di
=
10 80
−80 ⋅ 5
𝑑𝑖 = = −8 ⋅ 5 = −40 𝑐𝑚
10
Com este resultado, podemos determinar a distância focal usando a equação de Gauss:

1 1 1
= +
𝑓𝑜 𝑑𝑖 𝑑𝑜

Esta equação também pode ser escrita da seguinte forma:

𝑑𝑜 ⋅ 𝑑𝑖
𝑓𝑜 =
𝑑𝑜 + 𝑑𝑖

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 51


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

80 ⋅ (−40) −80 ⋅ 40
𝑓𝑜 = = = −80 𝑐𝑚
80 + (−40) 40

O sinal negativo na resposta indica, conforme a convenção de sinais, que o instrumento


óptico se trata de um espelho convexo.

Gabarito: “D”.

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ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3) IMAGENS CONJUGADAS POR LENTES

As imagens conjugadas por lentes são resultado da refração da luz ao atravessar um meio
com diferentes propriedades ópticas.

3.1. Leis da Refração - Lei de Snell-Descartes


1ª Lei: O raio incidente, a normal à superfície e o raio refratado estão no mesmo
plano.

2ª Lei: A razão entre os índices de refração dos meios é igual à razão inversa dos
senos dos respectivos ângulos com a normal.

𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟏 𝒏𝟐
=
𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 𝒏𝟏

Esta segunda lei é conhecida como a Lei de Snell-Descartes, que apresenta uma relação
geométrica entre os senos dos ângulos dos raios incidente e refratado com a normal, e a razão
entre os índices de refração dos respectivos meios. Ela geralmente é escrita na seguinte forma:

𝒏𝟏 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟏 = 𝒏𝟐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐
Para entender esta lei, precisamos entender o conceito de Índice de Refração.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 53


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3.1.1 Índice de Refração


A Refração é um fenômeno que ocorre quando uma onda troca de meio de propagação
e, consequentemente, modifica sua velocidade de propagação e seu comprimento de onda.

O índice de refração de uma substância depende de características eletromagnéticas da


substância e essas estão relacionadas com a estrutura microscópica da substância. Ele é
definido pela razão entre a velocidade de propagação da luz em um meio de referência e a
velocidade da luz na respectiva substância.

O Índice de Refração Absoluto para uma substância é igual à razão entre a velocidade de
propagação da luz no vácuo e a velocidade de propagação da luz dentro dessa substância.

𝑉 𝐿𝑢𝑧
𝑉á𝑐𝑢𝑜
𝑛𝑚𝑒𝑖𝑜 =
𝑉 𝐿𝑢𝑧
𝑀𝑒𝑖𝑜
A Velocidade de propagação da luz no vácuo é uma constante na Física, assumindo o
valor de:

𝑽 𝑳𝒖𝒛 = 𝒄 = 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟖 𝒎/𝒔


𝑽á𝒄𝒖𝒐

Assim, podemos escrever a seguinte relação:

𝒄 = 𝒏𝒎𝒆𝒊𝒐 ⋅ 𝑽𝑴𝒆𝒊𝒐
O Índice de Refração Absoluto utiliza o vácuo como meio de referência. Quando se utiliza
outro meio de referência, chamamos esse índice de Índice de Refração Relativo, definido pela
razão entre a velocidade de propagação da luz no meio de referência e a velocidade da luz na
respectiva substância.

𝑉 𝐿𝑢𝑧
𝑛𝑚𝑒𝑖𝑜 2
𝑛𝑅𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = = 𝑀𝑒𝑖𝑜 1
2−1 𝑛𝑚𝑒𝑖𝑜 1 𝑉 𝐿𝑢𝑧
𝑀𝑒𝑖𝑜 2

Então, quando a luz passa de um meio 1 para um meio 2, a relação entre os respectivos
índices de refração dos meios pode ser escrita da seguinte maneira, conforme a definição do
Índice de Refração Relativo do meio 2 para o meio 1:

𝒏𝟐
𝒏𝟐𝟏 =
𝒏𝟏
Como o Índice de Refração é definido pela razão entre duas velocidades, então ele é
adimensional, não apresentando unidade de medida. Além disso, é importante se observar que,
quanto maior o Índice de Refração de um meio, menor é a velocidade de propagação da luz
nesse meio.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 54


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A tabela a seguir apresenta alguns valores de índices de refração absolutos de alguns


meios. Observe que o índice do vácuo é 1 e que o índice para o ar atmosférico é
aproximadamente igual a um.
Tabela 2: Índices de Refração para diferentes substâncias.

Meio Índice de Refração


Vácuo 1,000
Ar 1,002
Água 1,3 a 1,5
Vidro 1,3 a 1,5
Acrílico 1,3 a 1,5
Glicerina 1,5 a 1,9
Diamante 2,4

Índice de Refração

𝒄 = 𝒏𝒎𝒆𝒊𝒐 ⋅ 𝑽𝑴𝒆𝒊𝒐
𝑽 𝑳𝒖𝒛 = 𝒄 = 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟖 𝒎/𝒔
𝑽á𝒄𝒖𝒐
Quanto maior o índice de refração de um meio, menor será a velocidade
de propagação da luz nesse meio.

Um meio é mais refringente que outro quando seu índice de refração é


maior que do outro, por exemplo, o diamante é mais refringente que o ar.

O índice de refração do ar pode ser arredondado para 1.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 55


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3.1.2 Relação Completa para a Refração


A partir da Lei de Snell-Descartes e as relações que já vimos para o fenômeno da
Refração, podemos escrever uma relação completa para os índices de refração, os senos dos
ângulos de incidência e refração, velocidades de propagação, comprimentos de onda e
distâncias percorridas em um mesmo intervalo de tempo, para quando um raio de luz passa de
um meio 1 para um meio 2:

𝒏𝟏 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 𝑽𝟐 𝝀𝟐 𝒅𝟐
= = = =
𝒏𝟐 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟏 𝑽𝟏 𝝀𝟏 𝒅𝟏
A partir desta relação completa, podemos escrever:

𝑛1 ⋅ sen 𝜃1 = 𝑛2 ⋅ sen 𝜃2
𝑛1 ⋅ 𝑉1 = 𝑛2 ⋅ 𝑉2
𝑛1 ⋅ 𝜆1 = 𝑛2 ⋅ 𝜆2
𝑛1 ⋅ 𝑑1 = 𝑛2 ⋅ 𝑑2
O esquema que segue compara os índices de refração, os ângulos, as velocidades e os
comprimentos de onda quando um feixe luminoso refrata entre os meios 1 e 2. O meio menos
refringente, com menor índice de refração (meio 1), tem maior ângulo em relação à normal, maior
velocidade de propagação e maior comprimento de onda quando comparado com outro meio de
maior índice de refração (meio 2).

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 56


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Lembre-se que na Refração, ao trocar de meio, a Frequência da luz não sofre qualquer
alteração.

Se um feixe de luz incide a partir de um meio mais refringente, como a partir da água e
sai para o ar, conforme o esquema abaixo, a direção do feixe refratado irá se afastar da normal,
com um ângulo maior no ar que dentro da água.

Este efeito explica o fato de objetos parcialmente submersos parecerem quebrados ou


desconexos, como ocorre, por exemplo, com canudos em copos de água.

Figura 21: Objeto parece quebrado quando parcialmente submerso.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 57


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A luz que sai da parte do objeto que está fora da água, segue diretamente até o
observador. Porém, a luz que sai da parte submersa acaba sofrendo refração ao sair da água,
mudando sua direção de propagação antes de chegar ao observador. Desta forma, o observado
percebe a formação de uma imagem virtual ligeiramente deslocada da posição real do objeto.

O mesmo ocorre quando observamos algo de fora para dentro da água. Como a luz que
os objetos que estão dentro da água refrata ao sair da água antes de entrar em nossos olhos,
percebemos as respectivas imagens desses objetos deslocadas em relação à posição real deles.
A impressão que temos é a de que as imagens estão mais próximas da superfície da água que
os objetos realmente estão. Veja a figura abaixo.

Para reduzir esta diferença entre as posições, temos que observar os objetos, de fora para
dentro da água, bem acima deles. Assim, a imagem fica levemente deslocada acima do objeto,
mais próxima da superfície.

OBS: Se um raio de luz incidir a interface de dois meios perpendicularmente, ou seja,


sobre a direção normal de referência, o raio sofrerá Refração, atravessando para o
meio seguinte. Porém, como o ângulo de incidência é zero, o ângulo do raio refratado
também será zero, com o raio refratando sem sofrer mudança de direção.
Nesta situação, a Lei de Snell com a razão dos senos dos ângulos não se aplica. As
outras relações continuam válidas.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 58


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: UEFS 2018

Dois meios transparentes, 𝐴 e 𝐵, de índices de refração absolutos 𝑛𝐴 e 𝑛𝐵 ≠ 𝑛𝐴 , são separados


por uma superfície plana 𝑆, e três raios monocromáticos, 𝑅1 , 𝑅2 e 𝑅3 , se propagam do meio 𝐴
para o meio 𝐵, conforme a figura.

É correto afirmar que

a) o raio 𝑅3 não sofreu refração.

b) o raio 𝑅1 é mais rápido no meio 𝐵 do que no meio 𝐴.

c) para o raio 𝑅3 , o meio 𝐵 é mais refringente do que o meio 𝐴.

d) para o raio 𝑅2 , (𝑛𝐵 /𝑛𝐴 ) < 1

e) para o raio 𝑅1 , (𝑛𝐵 ∙ 𝑛𝐴 ) < 0.

Comentários

O raio 𝑅3 sofreu refração, visto que foi capaz de cruzar a interface 𝑆, embora não tenha
sofrido mudança em sua direção pelo fato de ter incidido sobre a normal.

Como o ângulo de incidência é maior que o de refração para o raio 𝑅1 no meio A, então o
índice de refração neste meio é menor que o do meio B. Assim, a velocidade de propagação
deste raio no meio B é menor que no meio A.

Nada podemos afirmar quanto à refringência para o raio 𝑅3 , pois ele incide sobre a normal,
perpendicularmente à interface que separa os meios, o que impossibilita a aplicação da Lei de
Snell. Precisaríamos de mais informações para poder comparar as propriedades ópticas dos
meios A e B.

A alternativa D é a correta: se o raio 𝑅2 se afastou da normal, então o meio 𝐵 é menos


refringente, com menor índice de refração. Então, como 𝑛𝐵 < 𝑛𝐴 , então a razão (𝑛𝐵 /𝑛𝐴 ) < 1.

Para o raio R1, o produto (𝑛𝐵 ∙ 𝑛𝐴 ) é maior que zero.

Gabarito: “D”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 59


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3.1.3 Reflexão Interna Total


Quando um raio de luz se incide a partir de um meio mais refringente (maior índice de
refração e menor velocidade) para um meio menos refringente (menor índice de refração e maior
velocidade), pode ocorrer o a reflexão total do feixe se o ângulo de incidência for maior que um
ângulo limite, conforme apresentado na sequência abaixo.

Este ângulo limite, ou ângulo crítico, de incidência é tal que o raio refratado atinge um
ângulo de 90° com a normal. Assim, podemos escrever a seguinte relação:

𝑛1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃1 = 𝑛2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃2

𝑛1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 90° = 𝑛2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒


𝑛1 ⋅ 1 = 𝑛2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒
𝑛1
= 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒
𝑛2

𝒏𝒎𝒆𝒏𝒐𝒓
𝒔𝒆𝒏 𝜽𝑳 =
𝒏𝑴𝑨𝑰𝑶𝑹

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 60


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Na figura abaixo, temos feixes luminosos originados de dentro para fora da água. Três
dos quatro feixes refratam e saem da água para o ar. Um dor feixes acaba incidindo a interface
que separa os dois meios com ângulo de incidência maior ou igual ao ângulo crítico, sofrendo
reflexão interna total. Veja que o feixe que sofre reflexão interna total não apresenta sua parte
refratada, sendo totalmente refletido de volta para dentro da água.

Figura 22: Três dos quatro feixes sofrem refração e saem da água para o ar. Um dos feixes sofre Reflexão Interna Total.

Fibras Ópticas
Uma das maiores aplicações tecnológicas da reflexão interna total é o das fibras
ópticas.
Veja a figura que segue.

Em uma fibra óptica, qualquer feixe de luz que entra em uma de suas extremidades irá sofrer
inúmeras reflexões internas até sair pela outra extremidade, mesmo que a fibra faça curvas.
Este tipo de dispositivo é utilizado para a transferência de dados eletrônicos, como os de
internet de alta velocidade. Inclusive, são cabos de fibra óptica que conectam a rede de
internet de alta velocidade no mundo todo, atravessando, inclusive, oceanos, conectando um
continente a outro!

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 61


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Miragens
Uma miragem consiste de uma região próxima a uma superfície que fica com uma
aparência espelhada. São resultado do fenômeno da Reflexão Interna Total. Veja a
imagem!

Raios de luz originados próximos ao horizonte acabam sofrendo refração nas


camadas de ar próximas à superfície aquecida do solo até sofrerem reflexão interna
total. A região em que esses raios sofrem reflexão total fica com aspecto espelhado.
Quando essas regiões são cobertas por asfalto ou areia, elas acabam refletindo a luz
do céu próximo ao horizonte, causando a impressão de que a superfície está molhada.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 62


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: UFJF 2018

Em um experimento realizado em um laboratório, Maria Meitner colocou uma caneta laser


adequadamente protegida no fundo de um aquário e depois o encheu com um líquido
desconhecido. Ao instalar o laser, ela mediu o ângulo limite, 𝜃𝐿 , para que ocorra a reflexão total
na interface com o ar, encontrando o valor de 42°. A figura a seguir representa o experimento,
sendo que a seta no fundo do aquário representa a caneta laser e as outras, por sua vez, indicam
a direção de propagação do feixe. Dados: 𝑐𝑜𝑠 42° = 0,74; 𝑠𝑒𝑛 42° = 0,67; 𝑛𝐴𝑟 = 1,0 (índice de
refração do ar). Os índices de refração de cinco líquidos diferentes estão indicados na tabela
abaixo. O índice de refração de qual líquido se aproxima mais do obtido pelo experimento de
Maria Meitner?

a) Do líquido 5.

b) Do líquido 4.

c) Do líquido 3.

d) Do líquido 2.

e) Do líquido 1.

Comentários

Na condição de ângulo limite, o ângulo de refração vale 90°. Aplicando a lei de Snell,
temos:

𝑛1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃1 = 𝑛2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃2

𝒏𝒎𝒆𝒏𝒐𝒓
𝒔𝒆𝒏 𝜽𝑳 =
𝒏𝑴𝑨𝑰𝑶𝑹

O índice de refração do líquido é maior que o do ar. Portanto, o índice de refração menor
é o do ar, que vale 1.
𝑛𝑎𝑟
𝑠𝑒𝑛 𝜃𝐿 =
𝑛𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 63


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

1
𝑠𝑒𝑛 42° =
𝑛𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜

1
0,67 =
𝑛𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜

1
𝑛𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = ≅ 1,5
0,67

Com os dados fornecidos na tabela, ficamos com o líquido 3.

Gabarito: “C”.

3.1.4 Lâmina de Faces Paralelas


Quando um raio de luz passa através de uma lâmina com duas superfícies paralelas, ele
é desviado ligeiramente de sua trajetória original. Ao sair da lâmina, ele retorna à sua velocidade
original e continua a se mover em uma trajetória paralela àquela em que estava inicialmente.
Isso ocorre porque o raio de luz somente desvia sua direção de propagação dentro da lâmina.
Como resultado, o raio de luz parece ter sido desviado, mas na verdade está seguindo uma
trajetória paralela.

Exemplo: FMP 2014

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 64


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A Figura acima ilustra um raio monocromático que se propaga no ar e incide sobre uma lâmina
de faces paralelas, delgada e de espessura 𝑑 com ângulo de incidência igual a 60°. O raio sofre
refração, se propaga no interior da lâmina e, em seguida, volta a se propagar no ar. Se o índice
de refração do ar é 1, então o índice de refração do material da lâmina é:

a) √3

b) √2/2

c) √6

d) √6/2

e) √6/3

Comentários

Podemos determinar o ângulo de refração e usar a lei de Snell para encontrar o índice de
refração do material da lâmina.

Pelo triângulo destacado, temos:

𝑑
tg(𝑟) = =1
𝑑
O ângulo cuja tangente vale 1 é o de 45°. Agora que conhecemos o ângulo de refração,
podemos usar a lei de Snell:

𝑛1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃𝑖 ) = 𝑛2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃𝑟 )

𝑛𝑎𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(60°) = 𝑛lâmina ⋅ 𝑠𝑒𝑛(45°)

√3 √2
1⋅ = 𝑛lâmina ⋅
2 2

√3 2 √3
𝑛lâmina = ⋅ =
2 √2 √2

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 65


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

√3 √2 √6 √6
𝑛lâmina = ⋅ = =
√2 √2 √4 2

Gabarito: “D”.

3.1.5 Dioptro Plano


Um dioptro plano é um sistema que separa dois meios transparentes com índices de
refração diferentes, como a superfície da água em um lago ou uma janela de vidro. Quando
olhamos para um objeto parcialmente submerso em um meio com índice de refração diferente,
como um lápis em uma vasilha com água, a imagem que vemos parece que o lápis está
quebrado. Isso acontece porque a luz é desviada ao passar do meio para outro e nossa visão
interpreta essa mudança de direção como uma mudança na posição do objeto.

Essa diferença de percepção também acontece quando olhamos de fora para dentro de
uma piscina cheia d'água. Parece que a piscina é mais rasa do que realmente é porque a luz é
desviada ao passar da água para o ar e nossa visão interpreta isso como uma mudança na
posição da superfície da água.

Da mesma forma, quando um observador está em um meio com índice de refração menor,
como o ar, e olha para um objeto em um meio com índice de refração maior, a imagem parece
estar mais elevada do que a posição real do objeto. A diferença na posição aparente é
determinada pelas relações entre os índices de refração e as distâncias entre o objeto e a
imagem até a interface entre os meios.

Esta diferença é dada pela relação entre os índices de refração e as distâncias da imagem
e do objeto até a interface:

𝑛1 ⋅ 𝑑1 = 𝑛2 ⋅ 𝑑2

3.1.6 Prismas Ópticos e a Dispersão da Luz


O fenômeno da Dispersão da luz consiste na divisão de um feixe de luz multicomposta em
feixes monocromáticos (de cores únicas).

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 66


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A Dispersão é causada pela Refração. Quando um feixe de luz branca, por exemplo,
composto por todo o espectro visível, sofre Refração ao trocar de meio de propagação, acaba
sendo decomposto em suas sete faixas monocromáticas coloridas.

Isto ocorre devido ao fato de que o índice de refração de um meio é diferente para cada
luz com diferente frequência, exceto no vácuo. Assim, quando um feixe multicomposto troca de
meio, cada uma de suas componentes monocromáticas terá um ângulo diferente com a normal.

Figura 23: Dispersão da luz branca em suas componentes coloridas.

O Índice de Refração de um meio material para um feixe luminoso é crescente com a


frequência de cada componente. Ou seja, quanto maior a frequência do raio de luz, maior o
respectivo índice de refração e menor será seu ângulo em relação à normal de referência, o que
acaba dividindo o feixe inicial em feixes coloridos.

Quanto maior o Índice de Refração, menor é o ângulo do feixe refratado em relação ao


parâmetro normal de referência, fazendo com que o feixe tenha maior desvio em relação ao feixe
incidente.

Como a frequência do violeta é maior, seu respectivo índice de refração também é maior.
Então, o violeta tem menor ângulo com a normal. Da mesma forma, como o vermelho é o de
menor frequência, seu índice de refração também é menor, fazendo com que seu ângulo em
relação à normal seja maior.

Assim, o feixe vermelho acaba sendo o que menos desvia sua direção com relação ao
raio incidente.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 67


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: ENEM 2018

A figura representa um prisma óptico, constituído de um material transparente, cujo índice de


refração é crescente com a frequência da luz que sobre ele incide. Um feixe luminoso, composto
por luzes vermelha, azul e verde, incide na face A, emerge na face B e, após ser refletido por um
espelho, incide num filme para fotografia colorida, revelando três pontos.

Observando os pontos luminosos revelados no filme, de baixo para cima, constatam-se as


seguintes cores:

A) Vermelha, verde, azul.

B) Verde, vermelha, azul.

C) Azul, verde, vermelha.

D) Verde, azul, vermelha.

E) Azul, vermelha, verde.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 68


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Comentários

Quando um feixe de luz branca, multicromática, sofre Refração ao trocar de meio, acaba
sendo decomposto devido à Dispersão dos seus raios componentes.

O Índice de Refração é crescente com a frequência de cada componente, fazendo com


que cada feixe monocromático tenha um ângulo levemente diferente do outro, dividindo o feixe
inicial em feixes coloridos. Este fenômeno é chamado de Dispersão, causado pela Refração.

Quanto maior o Índice de Refração, menor é o ângulo do feixe refratado em relação ao


parâmetro normal de referência, fazendo com que o feixe tenha menor desvio em relação ao
feixe incidente. Assim, o feixe vermelho, de menor frequência, o vermelho, sai por cima do verde
e do azul, conforme a figura abaixo.

Ao seguir seus percursos até o perfil do filme, após serem refletidos no espelho, de baixo
para cima, ficamos com a sequência Vermelho, Verde e Azul.

Gabarito: “A”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 69


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Arco-íris
O arco-íris consiste em um arco composto por faixas coloridas, com as sete faixas do
visível: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta.
Ele resulta da dispersão da luz branca do Sol ao refratar em gotículas de água
suspensas na atmosfera.

3.2. Lentes Esféricas


As lentes esféricas são dioptros com perfis esféricos. Ou seja, suas faces são moldadas
a partir de uma esfera. Elas podem ser convergentes ou divergentes, dependendo do seu perfil
e de seu índice de refração em relação ao meio externo.

Quando a luz atravessa uma lente, ela sofre duas refrações: uma ao entrar na lente e
outra ao sair. Estas duas refrações acabam por causar uma mudança de direção nos raios de
luz, podendo conjugar imagens com características diversas, semelhantemente aos casos de
imagens produzidas por espelhos esféricos.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 70


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Para o entendimento completo dos processos de formação de imagens em lentes


esféricas, precisamos definir alguns pontos e algumas posições e eixos de referência.

3.2.1 Definições e Referências


As direções para onde raios de luz que incidem e atravessam uma lente esférica segue
as leis da Refração. As posições onde se formam as imagens, assim como suas respectivas
características, vão ser obtidas a partir da mesma técnica que utilizamos para espelhos planos
e esféricos. Traçando pelo menos dois raios de luz de um ponto objeto e localizar o cruzamento
das direções dos raios refratados que atravessarem a lente.

Os contextos para diversas questões giram em torno de aplicações de diversos


instrumentos ópticos, como óculos, microscópios, telescópios, máquinas fotográficas, lupas,
binóculos, etc., além do próprio olho humano.

Lentes convergentes são aquelas que, além de serem mais refringentes (terem maior
índice de refração) que o meio externo, possuem perfis com bordas mais finas que seus centros.
São lentes com perfis “barrigudinhos”, como as biconvexas, plano-convexas e os meniscos
convergentes. Veja a imagem que segue.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 71


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Raios de luz paralelos que incidem e atravessam lentes desse tipo acabam se
concentrando, convergindo para um ponto chamado de ponto focal.

Veja que agora temos identificados, além do eixo principal e o vértice V, dois pontos focais
e dois pontos de centro. Para as lentes convergentes, os pontos F e C do lado dos raios
incidentes são chamados de Centro Objeto e Foco Objeto. Já F’ e C’ correspondem aos pontos
Foco Imagem e Centro Imagem.

Lentes divergentes são aquelas que, além de serem, também, mais refringentes (terem
maior índice de refração) que o meio externo, possuem perfis com bordas mais grossas que seus
centros, como bicôncavas, plano-côncavas e os meniscos divergentes. Veja a imagem que
segue.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 72


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Raios de luz paralelos que incidem e atravessam lentes desse tipo acabam se separando
e se afastando, com direções que divergem a partir de um ponto chamado de ponto focal.

Nas lentes divergentes, temos identificados, além do eixo principal e o vértice V (também
chamado de centro óptico), dois pontos focais e dois pontos de centro. Os pontos F’ e C’ do lado
dos raios incidentes são chamados, agora, de Centro Imagem e Foco Imagem, assim como F e
C correspondem aos pontos Foco Objeto e Centro Objeto.

Sim, é isso mesmo: as lentes divergentes tem os pontos focais e centros invertidos em
relação às lentes convergentes. Da mesma forma que ocorre com os espelhos esféricos, os
pontos focais ficam, respectivamente, no ponto médio entre o vértice e os centros.

OBS: Se o meio for mais refringente que o material da lente, os perfis convergentes se
tornam divergentes, assim como os perfis divergentes se tornam convergentes. Ou seja, uma
lente com perfil biconvexo é convergente se ela for de material com maior índice de refração que
o meio. Se uma lente com este perfil for colocada em um meio que tenha maior índice de refração
que o de seu material, ela se torna divergente!

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 73


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3.2.2 Regras para a Construção Gráfica de Imagens


Para localizar um ponto imagem a partir de um ponto objeto, seguiremos a mesma ideia
que utilizamos para espelhos:

1) Escolher um ponto-objeto para a origem dos raios de luz.

2) Fazer com que dois (ou mais) raios de luz, originados no ponto-objeto, sejam
refratados e atravessam a lente, seguindo as leis da refração.

3) A posição do ponto-imagem se dá no cruzamento dos raios de luz refratados,


formando uma imagem Real, ou no cruzamento da direção dos raios refratados, formando uma
imagem Virtual.

Assim como vimos para os espelhos esféricos, temos algumas regras básicas para as
direções de raios que refratam e atravessam as lentes esféricas, sejam elas convergentes ou
divergentes: a regra do Foco Imagem e do Foco Objeto, a regra do vértice e as regras do Centro
Imagem e do Centro Objeto. Veja o quadro abaixo.

1) Regra do Foco Imagem: Quando um raio de luz incide em uma lente esférica paralelo
ao eixo principal, ele refrata e atravessa a lente sendo transmitido em uma direção dada pelo
Foco Imagem. Veja a Figura 24.

2) Regra do Foco Objeto: Quando um raio de luz incide em uma lente esférica por uma
direção que cruza o Foco Objeto, ele refrata e atravessa a lente sendo transmitido paralelamente
ao eixo principal. Veja a Figura 25.

3) Regra do Vértice: Quando um raio de luz incide em uma lente esférica pelo Vértice,
ele refrata e atravessa a lente sendo transmitido sem sofrer desvio, com mesmo ângulo em
relação ao eixo principal. Veja a Figura 26.

4) Regra do Centro: Quando um raio de luz incide em uma lente esférica em uma direção
que cruza o Centro Objeto, ele refrata e atravessa a lente sendo transmitido em uma direção que
passa pelo Centro Imagem. Veja a Figura 27.

Figura 24: Lente convergente (esquerda) e lente divergente (direita). Regra do Foco Imagem.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 74


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 25: Lente convergente (esquerda) e lente divergente (direita). Regra do Foco Objeto.

Figura 26: Lente convergente (esquerda) e lente divergente (direita). Regra do Vértice.

Figura 27: Lente convergente (esquerda) e lente divergente (direita). Regra do Centro.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 75


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Regras para Raios Notáveis em Lentes


1) Regra do Foco Imagem: Quando um raio de luz incide em uma lente
esférica paralelo ao eixo principal, ele refrata e atravessa a lente sendo
transmitido em uma direção dada pelo Foco Imagem.
2) Regra do Foco Objeto: Quando um raio de luz incide em uma lente
esférica por uma direção que cruza o Foco Objeto, ele refrata e atravessa
a lente sendo transmitido paralelamente ao eixo principal.
3) Regra do Vértice: Quando um raio de luz incide em uma lente esférica
pelo Vértice, ele refrata e atravessa a lente sendo transmitido sem sofrer
desvio, com mesmo ângulo em relação ao eixo principal.
4) Regra do Centro: Quando um raio de luz incide em uma lente esférica
em uma direção que cruza o Centro Objeto, ele refrata e atravessa a lente
sendo transmitido em uma direção que passa pelo Centro Imagem.

Exemplo: UFRGS 2003

Na figura abaixo, L representa uma lente convergente de vidro, imersa no ar, e O representa um
objeto luminoso colocado diante dela. Dentre os infinitos raios de luz que atingem a lente,
provenientes do objeto, estão representados apenas dois. Os números na figura identificam
pontos sobre o eixo ótico da lente.

Analisando a figura, conclui-se que apenas um, dentre os cinco pontos, está situado no plano
focal da lente. O número que identifica esse ponto é

A) 1.

B) 2.

C) 3.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 76


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

D) 4.

E) 5.

Comentários

Como a lente é convergente, temos a seguinte configuração:

Conforme a regra do Foco Imagem, quando um raio de luz incide em uma lente esférica
paralelo ao eixo principal, ele refrata e atravessa a lente sendo transmitido em uma direção dada
pelo Foco Imagem. Então, o ponto situado no plano focal da lente é o de número 3.

O ponto indicado pelo número 2 é o Vértice.

Veja que os pontos 1 e 5 correspondem, respectivamente, aos Centro Objeto e ao Centro


Imagem, pois, conforme a regra do Centro, quando um raio de luz incide em uma lente esférica
em uma direção que cruza o Centro Objeto, ele refrata e atravessa a lente sendo transmitido em
uma direção que passa pelo Centro Imagem.

O ponto 4 não tem classificação, não sendo utilizado como referência.

Gabarito: “C”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 77


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3.2.3 Casos de Imagens em Lentes Convergentes


Lentes esféricas convergentes produzem imagens de objetos reais que, dependendo da
posição do objeto em relação à lente, terão características diferentes.

Semelhantemente aos espelhos esféricos côncavos, teremos cinco casos distintos de


imagens conjugadas por lentes convergentes, pois um objeto pode estar mais distante que o
centro objeto, sobre o centro objeto, entre o centro objeto e o foco objeto, sobre o foco objeto,
ou entre o foco objeto e o vértice. Em cada uma destas cinco posições, teremos um caso
diferente de imagem.

Caso 1) Objeto além do centro objeto.

Nesta situação, com o objeto mais distante que o centro objeto da lente, a imagem se
forma entre o foco imagem e centro imagem, do outro lado da lente, sendo Real, Invertida e
Menor que o objeto. Ao escolher a ponta da seta como ponto objeto, acima do eixo principal, dois
ou mais raios de luz que refrata e atravessam a lente, acabam sendo transmitidos cruzando suas
direções em um ponto abaixo do eixo principal.

Como o ponto imagem se forma no próprio cruzamento dos raios de luz, temos que a
imagem é Real, projetável, formada pela própria luz que saiu do objeto. Pelo fato do ponto
imagem se formar abaixo do eixo principal, configura o fato da imagem se inverter em relação
ao objeto. E, finalmente, como o ponto imagem se formou mais próximo do eixo principal que o
ponto objeto, temos que a imagem ficou reduzida de tamanho.

Esta situação é a que a natureza encontrou para um órgão que parece ser essencial para
a vida e sobrevivência de diversos animais: o olho! Qualquer olho, na natureza, possui um
conjunto óptico composto por uma ou mais lentes convergentes combinadas para formar uma
imagem nítida e projetável no fundo do olho pelo lado de dentro, como veremos no capítulo 4.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 78


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

As câmeras fotográficas também são aplicações deste caso 1, pois utilizam uma ou mais
lentes convergentes para projetar uma imagem nítida sobre um filme fotográfico ou um sensor
digital de captura, possibilitando o registro físico, no filme, ou o registro digital da imagem.

Conforme o objeto se afasta mais ainda da lente, a imagem acaba se formando cada vez
mais próxima do foco imagem, mantendo suas características e ficando cada vez menor.

Se extrapolarmos a situação para um caso que o objeto esteja muito, muito, muito distante,
a imagem permanecerá sendo Real, Invertida e Menor, mas se formará muito, muito, muito
próxima do foco imagem da lente. Se o objeto estiver infinitamente distante ao espelho, a imagem
estará infinitamente próxima ao foco imagem da lente.

Este caso extremo é o que ocorre no caso de telescópios refratores, do tipo lunetas, que
utilizam lentes convergentes e possibilitam o aumento da imagem de objetos muito distantes.

Este também é o caso da utilização de lentes como concentradores solares. Veja a Figura
28.

Figura 28: Uma lente convergente concentra a luz do Sol sobre uma tora de madeira.

Se o objeto deste caso se aproximar da lente e se posicionar sobre o centro objeto, a


imagem conjugada mudará de característica, mantendo-se Real e Invertida, porém ficando com
igual tamanho que o objeto. Este é o caso 2.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 79


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Caso 2) Objeto sobre o centro objeto.

Com o objeto sobre o centro objeto, a imagem conjugada é Real, Invertida e de igual
tamanho que o objeto.

Caso 3) Objeto entre o centro objeto e o foco objeto.

Quando o objeto se encontra entre o centro objeto e o foco objeto, a imagem se mantém
Real e Invertida, como nos casos anteriores, mas assume um tamanho Maior que o objeto, se
formando além do centro imagem, do outro lado da lente.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 80


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A principal aplicação para este caso é o dos retroprojetores, projetores de slides e


projetores em salas de cinema. A tela, slide ou filme a ser projetado é posicionado entre o centro
e o foco objeto do conjunto óptico formado por uma ou mais lentes convergentes. de forma que
a luz que atravessa esse conjunto conjuga uma imagem nítida maior que o objeto.

Como a imagem é invertida, para que a imagem fique de cabeça para cima, na projeção,
o objeto é colocado de cabeça para baixo. A inversão horizontal, que também ocorre, pode ser
corrigida com o uso de um espelho plano. Assim, se consegue projetar grandes imagens em
salas de cinema ou grandes projeções de slides para apresentações.

Quanto mais o objeto se desloca para próximo do foco objeto da lente, mais a imagem
cresce e se afasta da lente. Isto ocorre até que o objeto se posicione sobre o foco, que nos leva
ao próximo caso.

Caso 4) Objeto sobre o foco objeto.

De forma semelhante ao caso dos espelhos esféricos côncavos, este caso também é o
de imagem imprópria.

Veja que os raios refratados, originados em um ponto objeto, acabam sendo transmitidos
em direções paralelas entre si, não se cruzando. Dessa forma, não há formação de uma imagem
nítida, temos somente um “borrão” de luz sendo direcionado para o outro lado da lente. frente do
espelho

Este caso também tem aplicações semelhantes ao caso dos espelhos esféricos côncavos,
como a dos faróis e faroletes em automóveis e motos, lanternas, canhões de luz, etc. Estas
aplicações são possíveis pelo fato de a luz originada em uma lâmpada posicionada no foco objeto
acabar sendo transmitida para o outro lado da lente. Assim, a lente acaba funcionando como um
direcionador de luz. Veja a figura 29.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 81


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 29: Par de faroletes auxiliares utilizados em carros e motos. Utilizam lâmpadas de LED e lentes convergentes.

Caso 5) Objeto entre o foco objeto e o vértice.

Neste último caso, temos o objeto posicionado entre o foco objeto e o vértice da lente. Os
raios de luz originados em um ponto objeto são refratados ao atravessar a lente e não se cruzam,
não formando um ponto imagem real. Temos que a imagem se forma na intersecção do
prolongamento das direções dos raios refletidos, formando um ponto imagem virtual.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 82


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Assim como vimos para os espelhos côncavos, a imagem é direita pelo fato de o ponto
imagem se formar no mesmo lado do seu respectivo ponto objeto. Ou seja, todos os pontos
objetos que estiverem acima do eixo principal terão seus pontos imagens também acima do eixo,
da mesma forma que pontos abaixo do eixo principal terão suas imagens também abaixo do
eixo.

A imagem ser maior que o objeto se verifica pelo fato de o ponto imagem se formar mais
distante do eixo principal que seu respectivo ponto objeto. Portanto, temos que a imagem será
Virtual, Direita e Maior.

Esse caso de imagem virtual pode ser percebido ao se olhar para através da lente, que
conjuga, então, uma imagem direita e ampliada.

Figura 30: Observador utilizando uma lente convergente para aumento.

Este caso tem uma aplicação bastante utilizada: a do aumento. Basta utilizar a lente em
frente ao rosto e próxima de um objeto, conforme apresentado na figura 30. Ao se observar
através da lente, o observador percebe uma imagem ampliada do objeto.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 83


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Todos estes casos podem ser representados em um mesmo esquema, como o


apresentado a seguir, concentrando todas as principais informações e características das
respectivas imagens.

Minha guerreira, meu guerreiro, se você percebeu alguma semelhança com os casos de
imagens produzidas pelos espelhos esféricos côncavos, você não está louca ou louco! Hehe! É
isso mesmo! Os casos de imagens conjugadas por lentes esféricas convergentes têm as
mesmas características dos casos para espelhos esféricos côncavos!

Os casos de imagens conjugadas por lentes esféricas convergentes


têm as mesmas características dos casos para espelhos esféricos
côncavos!
O mesmo ocorre para o caso único de formação de imagem por
lentes esféricas divergentes e espelhos esféricos convexos.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 84


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3.2.4 Casos de Imagens em Lentes Divergentes


Lentes esféricas divergentes produzem imagens de objetos reais que não muda de
característica de modo que, independentemente da posição do objeto em relação à lente, terão
sempre as mesmas características: Virtual, Direita e Menor.

A principal aplicação de lentes divergentes, como veremos no próximo capítulo, é para a


correção da miopia, defeito de visão bastante comum.

Outra aplicação bastante conhecida é a dos “olhos mágicos” utilizados em portas de


residências, que possibilitam a visualização com amplo campo de visão de dentro para fora de
casa, para ver quem está chamando à porta, devido ao fato de fornecer um amplo campo visual
ao se olhar através da lente. Como as imagens se formam pequenas e próximas da lente, um
observador acaba tendo seu campo de visão ampliado por lentes divergentes.

As lentes “olho-de-peixe”, muito utilizadas para fotografias com grande abertura, muito
utilizadas para paisagens, também é uma aplicação para lentes divergentes.

Prepara o café e o chocolate e vem comigo!

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 85


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: UECE 2019

Dentre muitas aplicações, a energia solar pode ser aproveitada para aquecimento de água.
Suponha que para isso seja utilizada uma lente delgada para concentrar os raios solares em um
dado ponto que se pretende aquecer. Assuma que os raios incidentes sejam paralelos ao eixo
principal.

Um tipo de lente que pode ser usada para essa finalidade é a lente

a) divergente e o ponto de aquecimento fica no foco.

b) convergente e o ponto de aquecimento fica no vértice.

c) convergente e o ponto de aquecimento fica no foco.

d) divergente e o ponto de aquecimento fica no vértice.

Comentários

As lentes esféricas que podem ser usadas como concentradores de luz são as
convergentes, como apresentado no esquema abaixo.

Raios paralelos entre si e paralelos ao eixo principal acabam por convergir passando pelo
foco imagem, onde se cruzam.

Gabarito: “C”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 86


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: UPF 2019

Muitos instrumentos se utilizam de lentes esféricas delgadas para seu funcionamento. Tais lentes
podem ser do tipo convergente ou divergente e formam imagens com características específicas.

Sobre as imagens formadas por essas lentes, é correto afirmar que

a) quando um objeto é posicionado no foco de uma lente convergente, se forma uma imagem
real, maior e direita.

b) quando um objeto é posicionado entre o foco e o centro ótico de uma lente convergente, se
forma uma imagem real, maior e direita.

c) quando um objeto é posicionado entre o foco e o centro ótico de uma lente convergente, não
se forma nenhuma imagem.

d) uma lente divergente só pode formar uma imagem virtual, menor e direita de um objeto.

e) uma lente divergente só pode formar uma imagem real, maior e direita de um objeto.

Comentários

Todos os casos de imagens conjugadas por lentes esféricas convergentes podem ser
representados em um mesmo esquema, como o apresentado a seguir, concentrando todas as
principais informações e características das respectivas imagens.

Quando um objeto é posicionado no foco de uma lente convergente, caso 4, não temos a
formação de uma imagem nítida.

Quando um objeto é posicionado entre o foco e o centro ótico de uma lente convergente,
temos a formação de uma imagem virtual, maior e direita, caso 5.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 87


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Uma lente divergente só pode formar uma imagem virtual, menor e direita de um objeto.
SIM! Lentes esféricas divergentes produzem imagens de objetos reais que não muda de
característica de modo que, independentemente da posição do objeto em relação à lente, terão
sempre as mesmas características: Virtual, Direita e Menor.

Gabarito: “D”.

Exemplo: PUC – Campinas 2018

As imagens projetadas nas telas dos cinemas são reais e maiores que o objeto. Se o sistema
óptico do projetor de um cinema fosse constituído apenas por uma lente de distância focal 𝑓,
esta seria

a) divergente, e o objeto deveria ser colocado a uma distância da lente menor que 𝑓.

b) divergente, e o objeto deveria ser colocado a uma distância da lente maior que 𝑓 e menor que
2𝑓.

c) convergente, e o objeto deveria ser colocado a uma distância da lente menor que 𝑓.

d) convergente, e o objeto deveria ser colocado a uma distância da lente maior que 𝑓 e menor
que 2𝑓.

e) convergente, e o objeto deveria ser colocado a uma distância da lente maior que 2𝑓.

Comentários

Quando um objeto se encontra entre o centro objeto e o foco objeto, a imagem se mantém
Real e Invertida, como nos casos anteriores, mas assume um tamanho Maior que o objeto, se
formando além do centro imagem, do outro lado da lente.

A principal aplicação para este caso é o dos retroprojetores, projetores de slides e


projetores em salas de cinema. A tela, slide ou filme a ser projetado é posicionado entre o centro

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 88


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

e o foco objeto do conjunto óptico formado por uma ou mais lentes convergentes. de forma que
a luz que atravessa esse conjunto conjuga uma imagem nítida maior que o objeto.

Como a imagem é invertida, para que a imagem fique de cabeça para cima, na projeção,
o objeto é colocado de cabeça para baixo. A inversão horizontal, que também ocorre, pode ser
corrigida com o uso de um espelho plano. Assim, se consegue projetar grandes imagens em
salas de cinema ou grandes projeções de slides para apresentações.

Gabarito: “D”.

3.3. Equações para Lentes Esféricas


Temos quatro relações matemáticas que podem ser exigidas em nossas provas: a
equação dos pontos conjugados, também conhecida como a equação de Gauss, a equação do
aumento linear, a equação do grau de vergência e a equação do fabricante de lentes.

Todas estas equações são válidas para lentes esféricas que cumpram as duas condições
aproximadas de Gauss: lentes finas, delgadas, com pequenos ângulos de abertura (lentes finas
e pequenas) e para raios incidentes com pequenos ângulos com o eixo principal (raios paraxiais).
Ou seja, as equações são aproximações, de forma que, quanto mais uma lente real se aproxima
destas condições, mais próxima da realidade estarão seus resultados.

Assim como vimos no capítulo de espelhos esféricos, temos uma convenção de sinais
para a utilização destas equações. Esta convenção é a mesma aqui para lentes esféricas. Veja
a Tabela 3.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 89


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Tabela 3: Convenção de Sinais da Óptica Geométrica.

Grandeza Símbolo Característica Sinal


Espelho Côncavo
ou
Distância Focal fo ou f Lente +
Convergente

Espelho Convexo
Distância Focal fo ou f ou
Lente Divergente
-
Distância da Imagem di ou p’ Imagem Real +
Distância da Imagem di ou p’ Imagem Virtual -
Distância do Objeto do ou p Objeto Real +
Distância do Objeto do ou p Objeto Virtual -
Imagem Direita
Aumento Linear A (de Objeto Real) +
Imagem Invertida
Aumento Linear A (de Objeto Real) -
Tamanho da Imagem i Imagem Direita +
Tamanho da Imagem i Imagem Invertida -
Tamanho do Objeto o -------- +

3.3.1 Equação dos Pontos Conjugados – Equação de Gauss


A Equação de Gauss apresenta uma relação entre a distância focal de uma lente esféricas
com as respectivas distâncias do objeto e da imagem, de modo que fo representa a distância
focal da lente, di a distância da imagem ao vértice, e do a distância do objeto até o vértice da
lente.

𝟏 𝟏 𝟏
= +
𝒇𝒐 𝒅𝒊 𝒅𝒐
Só não podemos esquecer da convenção de sinais e de que a distância focal e as
distâncias do objeto e da imagem devem estar nas mesmas unidades.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 90


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3.3.2 Equação do Aumento Linear


A equação do aumento linear indica a razão entre o tamanho da imagem pelo tamanho
do objeto. Esta razão é igual à razão entre a distância da imagem pela distância do objeto.

𝒊 𝒅𝒊
𝑨= =−
𝒐 𝒅𝒐
Assim como na equação dos pontos conjugados, não podemos esquecer da convenção
de sinais e de que as distâncias do objeto e da imagem devem estar nas mesmas unidades.

O fato de a razão entre os tamanhos ser igual à razão entre as distâncias se dá por
semelhança de triângulos. Assim, quando a imagem estiver mais distante ao espelho que o
objeto, a imagem será maior que o objeto. Quando a imagem estiver mais próxima ao espelho
que o objeto, a imagem será menor. Da mesma forma, quando imagem e objeto estiverem à
mesma distância até o vértice do espelho, a imagem será de igual tamanho que o objeto.

3.3.3 Grau de Vergência


A Vergência, ou grau de Vergência de uma lente está relacionada ao que popularmente é
conhecido como uma lente ser “forte” ou “fraca”, ou seja, ao quanto uma lente é capaz de alterar
a trajetória da luz.

Quanto maior o grau de Vergência, menor é a distância focal de uma lente. A grandeza
física que quantifica o quanto as lentes são capazes de desviar os raios luminosos é conhecida
como vergência, cujo símbolo pode ser o “Ve”, ou o “D” ou, ainda o “C”, e ela é definida como o
inverso da distância focal:

𝟏
𝑽𝒆 =
𝒇𝒐
1
[𝑉𝑒 ] =
[𝑓𝑜 ]
1
[𝑉𝑒 ] = = 𝑚−1 = 𝑑𝑖
𝑚
1
Perceba que a unidade de medida do grau de Vergência é o 𝑚 = 𝑚−1 , que é chamado de
dioptria, cujo símbolo é o “di”.
Por exemplo, o olho humano tem uma distância focal de aproximadamente
20mm=2,0cm=0,02m, com um grau de vergência igual a 1/0,02 = 50 di.
Lentes convergentes possuem grau de vergência positivos, pois suas distâncias focais
são positivas, conforme a convenção de sinais. Assim, lentes divergentes têm dioptrias
negativas.
Quando um sistema óptico é formado por mais de uma lente, o grau de vergência
equivalente é igual à soma dos graus de cada lente.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 91


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3.3.4 Equação dos Fabricantes de Lentes


Essa equação permite calcular a vergência de uma lente a partir dos índices de refração
do material da lente e do meio, e dos raios de curvatura das faces.

𝟏 𝒏𝒍𝒆𝒏𝒕𝒆 𝟏 𝟏
𝑽𝒆 = =( − 𝟏) ⋅ ( + )
𝒇𝒐 𝒏𝒎𝒆𝒊𝒐 𝑹𝒇𝒂𝒄𝒆 𝟏 𝑹𝒇𝒂𝒄𝒆 𝟐
Para a aplicação desta equação, além da convenção de sinais da tabela 3, também temos
uma convenção para os raios de curvatura. Se a face 1 for convexa, o raio R 1 será positivo. Se
for côncava, R1 será negativo. Para a face 2 é o contrário: se a face 2 for côncava, R 2 será
positivo, enquanto que, se for convexa, R2 será negativo.

A face 1 é a superfície que o raio de luz incide sobre a lente. A face 2 é a superfície que
1
o raio de luz sai da lente. Além disso, se alguma face for plana, o termo (𝑅 ) = 0.
𝑓𝑎𝑐𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎

Exemplo: ESTRATÉGIA VESTIBULARES 2019

A dioptria é uma unidade de medida que afere o poder refrativo, ou de vergência, de um sistema
óptico. Em outras palavras, diz o quanto um meio transparente é capaz de alterar a trajetória da
luz que o atravessa, o “grau”, no dialeto popular.

Um médico oftalmologista receitou um par de óculos para correção de miopia para uma pessoa,
com lentes divergentes de 4,0 dioptrias. Numa outra consulta, após alguns anos, uma nova
receita foi feita com 5,0 dioptrias. A distância focal das lentes desses óculos foi

a) reduzida em 5 𝑐𝑚.

b) aumentada em 5 𝑐𝑚.

c) reduzida em 1 𝑐𝑚.

d) aumentada em 1 𝑐𝑚.

e) mantida constante.

Comentários

A vergência de uma lente esférica, em dioptrias, é dada pelo inverso da distância focal da
lente, usando-se o sinal negativo para as lentes divergentes e positivo para as convergentes. As
lentes usadas para tratar a miopia são divergentes.

Pela relação entre vergência e distância focal, podemos escrever:

𝟏
𝑽𝒆 =
𝒇𝒐

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 92


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

1
𝑓𝑜 =
𝑉𝑒

A distância focal na primeira consulta era de:

1
𝑓1 = − = −0,25 𝑚 = −25 𝑐𝑚
4,0

E a atual é de:

1
𝑓2 = − = −0,20 𝑚 = −20 𝑐𝑚
5,0

Como a distância focal passou de 25cm para 20cm, tivemos uma redução de 5cm na
distância focal das lentes receitadas pelo médico.

Gabarito: “A”.

Exemplo: IFSUL 2019

Diante de uma lente convergente, cuja distância focal é de 15 𝑐𝑚, coloca-se um objeto linear de
altura desconhecida. Sabe-se que o objeto se encontra a 60 𝑐𝑚 da lente. Após, o mesmo objeto
é colocado a 60 𝑐𝑚 de uma lente divergente, cuja distância focal também é de 15 𝑐𝑚.

A razão entre o tamanho da imagem conjugada pela lente convergente e o tamanho da imagem
conjugada pela lente divergente é igual a

a) 1/3

b) 1/5

c) 3/5

d) 5/3

Comentários

Pela equação do aumento linear, podemos ter a razão entre os tamanhos das imagens:

𝒊 𝒅𝒊
𝑨= =−
𝒐 𝒅𝒐

A razão entre o tamanho da imagem conjugada pela lente convergente pelo tamanho da
conjugada pela divergente pode ser escrita como:

𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣 𝑑𝑖
= − 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒
𝑖𝑑𝑖𝑣 𝑑𝑜𝑑𝑖𝑣

Para encontrar a distância da imagem em cada um dos casos, podemos aplicar a equação
da Gauss dos pontos conjugados:

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 93


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

𝟏 𝟏 𝟏
= +
𝒇𝒐 𝒅𝒊 𝒅𝒐

Para a lente convergente:

1 1 1
= +
15 𝑑𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣 60

1 1 1
− =
15 60 𝑑𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣

4−1 1
=
60 𝑑𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣

3 1
=
60 𝑑𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣

60
𝑑𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣 = = 20 𝑐𝑚
3
Para a lente divergente:

1 1 1
= +
−15 𝑑𝑖𝑑𝑖𝑣 60

1 1 1
− − =
15 60 𝑑𝑖𝑑𝑖𝑣

−4 − 1 1
=
60 𝑑𝑖𝑑𝑖𝑣

5 1
− =
60 𝑑𝑖𝑑𝑖𝑣

60
𝑑𝑖𝑑𝑖𝑣 = − = −12 𝑐𝑚
5
O sinal negativo da distância da imagem até a lente é condizente com a imagem virtual
formada por lentes divergentes. Devemos usar o módulo dessa distância no próximo passo.

𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣 𝑑𝑖 20 5
= − 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒 = − =
𝑖𝑑𝑖𝑣 𝑑𝑜𝑑𝑖𝑣 (−12) 3

Gabarito: “D”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 94


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: UFC - CE

Uma lente esférica delgada, constituída de material de índice de refração n, está imersa no ar
(nar=1,00). A lente tem distância focal f e suas superfícies esféricas tem raios de curvatura R1 e
R2. Esses parâmetros obedecem a uma relação, conhecida como “equação dos fabricantes”,
mostrada abaixo.

Suponha uma lente biconvexa de raios de curvatura iguais (R 1=R2=R), distância focal f e índice
de refração n=1,8 (figura 1). Essa lente é partida dando origem a duas lentes plano-convexas
iguais (figura 2).

O valor da distância focal de cada uma das novas lentes é:

a) f/2

b) 4f/5

c) f

d) 9f/5

e) 2f

Comentários

Temos que aplicar a equação dos fabricantes de lentes para o caso da figura 1 e para um
dos casos da figura 2.

Essa equação permite calcular a vergência de uma lente a partir dos índices de refração
do material da lente e do meio, e dos raios de curvatura das faces.

𝟏 𝒏𝒍𝒆𝒏𝒕𝒆 𝟏 𝟏
𝑽𝒆 = =( − 𝟏) ⋅ ( + )
𝒇𝒐 𝒏𝒎𝒆𝒊𝒐 𝑹𝒇𝒂𝒄𝒆 𝟏 𝑹𝒇𝒂𝒄𝒆 𝟐

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 95


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Para a aplicação desta equação, além da convenção de sinais da tabela 3, também temos
uma convenção para os raios de curvatura. Se a face 1 for convexa, o raio R 1 será positivo. Se
for côncava, R1 será negativo. Para a face 2 é o contrário: se a face 2 for côncava, R2 será
positivo, enquanto que, se for convexa, R2 será negativo.

A face 1 é a superfície que o raio de luz incide sobre a lente. A face 2 é a superfície que
1
o raio de luz sai da lente. Além disso, se alguma face for plana, o termo (𝑅 ) = 0.
𝑓𝑎𝑐𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎

Para o caso da figura 1, da lente com as duas faces convexas, temos:

1 𝑛𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 1 1
=( − 1) ⋅ ( + )
𝑓 𝑛𝑎𝑟 𝑅𝑓𝑎𝑐𝑒 1 𝑅𝑓𝑎𝑐𝑒 2

1 1,8 1 1
=( − 1) ⋅ ( + )
𝑓 1,0 𝑅 𝑅

1 2
= (0,8) ⋅ ( )
𝑓 𝑅

1 1,6
=
𝑓 𝑅

𝑅 = 1,6 ⋅ 𝑓

Para o caso da figura 2, da metade da lente com uma face convexa e outra plana, temos:

1 𝑛𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 1 1
=( − 1) ⋅ ( + )
𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑟 𝑅𝑓𝑎𝑐𝑒 1 𝑅𝑓𝑎𝑐𝑒 2

1 1,8 1
=( − 1) ⋅ ( + 0)
𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 1,0 𝑅

1 1
= (0,8) ⋅ ( )
𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑅

1 0,8
=
𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑅

𝑅 = 0,8 ⋅ 𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒

Assim, como o raio de curvatura R é o mesmo nas duas situações, podemos escrever:

0,8 ⋅ 𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 = 1,6 ⋅ 𝑓

𝑓𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 = 2 ⋅ 𝑓

Portanto, cada meia lente acaba ficando com uma distância focal igual ao dobro da
distância focal da lente completa.

Gabarito: “E”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 96


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

4) OLHO HUMANO E A VISÃO

O olho humano é formado por um conjunto de estruturas que funcionam como lentes que
projetam imagens sobre a retina.

O olho humano tem duas lentes convergentes: uma fixa, a córnea, com cerca de +40di de
vergência, e uma lente variável, o cristalino, controlado pelos músculos do corpo ciliar, que é
capaz de modificar sua vergência de +5di a +15di.

Assim, a capacidade óptica equivalente do olho humano vale, aproximadamente, 50di de


vergência.

Figura 31: Principais partes do olho humano.

A pupila é uma região circular (o “pretinho” do olho) por onde entra a luz, que passará pelo
cristalino até atingir a retina. Ela tem tamanho variável, ficando maior quando o ambiente tem
pouca luminosidade, e ficando menor quando o ambiente tem muita luminosidade. Esta abertura
é preenchida por uma membrana colorida, chamada de íris.

O globo ocular, que tem cerca de 25mm de diâmetro, é preenchido por uma substância
transparente, gelatinosa, chamada de humor aquoso.

Quase toda a parte interna do olho é recoberta por camadas de células sensíveis à luz,
chamada de retina. Nela se encontram estruturas celulares chamadas de bastonetes, sensíveis
à intensidade luminosa, e os cones, sensíveis às faixas vermelha, verde e azul do espectro
visível. Estas células convertem a energia luminosa em pulsos elétricos que são transmitidos
para a região do cérebro responsável pela visão através do nervo óptico.

O olho é um instrumento óptico sensacional! Ele é capaz de controlar a quantidade de


luminosidade que entra ao ajustar a íris e modificar o tamanho da pupila, além de possuir uma
lente convergente variável, o cristalino, que pode se ajustar conforme a necessidade para
focalizar objetos em diferentes distâncias e produzir imagens sempre nítidas sobre a retina.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 97


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

4.1. Problemas de Visão


Um olho humano padrão, saudável, emétrope, é capaz de projetar sobre a retina imagens
nítidas de objetos que estejam dentro do campo de visão. Estas imagens são reais, invertidas e
menores, como as produzidas no caso 1 das lentes convergentes.

Figura 32: Olho humano emétrope, saudável.

Contudo, pode acontecer, por fatores diversos, que o conjunto óptico, formado por córnea
e cristalino, não consiga projetar uma imagem nítida sobre a retina. Os principais problemas de
visão, que podem ser corrigidos com o uso de lentes esféricas, são a Hipermetropia e a Miopia.

Estes problemas de visão fazem com que as imagens formadas sobre a retina fiquem
desfocadas, embaças, de forma que, quanto mais acentuado for a Miopia ou a Hipermetropia,
menos nítida fica a imagem. Veja a figura 33.

Figura 33: Imagem nítida seguida de imagens percebidas por quem tem Miopia ou Hipermetropia com grau cada vez maior.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 98


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

4.1.1 Hipermetropia
A Hipermetropia decorre de um achatamento do olho ou por uma Vergência MENOR
que a de um olho normal. Para corrigir esse problema, são usadas lentes convergentes.

Pessoas com Hipermetropia não conseguem enxergar muito bem “de perto”. Ou seja,
objetos próximos, mesmo com o máximo de ajuste do cristalino, não ficam com suas imagens
nítidas sobre a retina, pois, com uma vergência insuficiente em relação ao tamanho do olho, a
imagem nítida acaba se formando depois da retina. Veja a figura 34.

Figura 34: Olho saudável e olho hipermétrope.

Para corrigir este problema, o conjunto óptico necessita aumentar sua vergência. Uma
das maneiras de se fazer isso é a de adicionar uma lente convergente ao olho, fazendo com que
a luz já seja convergida antes de chegar na córnea e no cristalino, possibilitando ao olho
conseguir formar, finalmente, a imagem nítida sobre a retina.

Portanto, a Hipermetropia é corrigida com o uso de uma lente convergente.

4.1.2 Miopia
A Miopia decorre de um alongamento do olho ou por um por uma Vergência MAIOR
que a de um olho normal. Para corrigir esse problema, são usadas lentes divergentes.

Pessoas com Miopia não conseguem enxergar muito bem “de longe”. Ou seja, objetos
distantes, mesmo com o máximo de ajuste do cristalino, não ficam com suas imagens nítidas
sobre a retina, pois, com um excesso de vergência em relação ao tamanho do olho, a imagem
nítida acaba se formando antes da retina. Veja a figura 35.

Para corrigir este problema, o conjunto óptico necessita reduzir sua vergência. Uma das
maneiras de se fazer isso é a de adicionar uma lente divergente ao olho, fazendo com que a luz
seja divergida antes de chegar na córnea e no cristalino, possibilitando ao olho conseguir formar,
finalmente, a imagem nítida sobre a retina.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 99


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 35: Olho saudável e olho míope.

Portanto, a Miopia é corrigida com o uso de uma lente divergente.

Principais Problemas da Visão

A Hipermetropia decorre de um achatamento do olho ou por uma


Vergência MENOR que a de um olho normal. Para corrigir esse
problema, são usadas lentes convergentes.

A Miopia decorre de um alongamento do olho ou por um por uma


Vergência MAIOR que a de um olho normal. Para corrigir esse problema,
são usadas lentes divergentes.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 100


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: UFRGS 2018

Muitas pessoas não enxergam nitidamente objetos em decorrência de deformação no globo


ocular ou de acomodação defeituosa do cristalino.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas dos enunciados a seguir, na ordem
em que aparecem.

Para algumas pessoas a imagem de um objeto forma-se à frente da retina, conforme ilustrado
na figura I abaixo. Esse defeito de visão é chamado de _______________________, e sua
correção é feita com lentes ________________________ .

Em outras pessoas, os raios luminosos são interceptados pela retina antes de se formar
a imagem, conforme representado na figura II abaixo. Esse defeito de visão é chamado de
________________________ , e sua correção é feita com lentes
__________________________ .

(A) presbiopia – divergentes – hipermetropia – convergentes

(B) presbiopia – divergentes – miopia – convergentes

(C) hipermetropia – convergentes – presbiopia – divergentes

(D) miopia – convergentes – hipermetropia – divergentes

(E) miopia – divergentes – hipermetropia – convergentes

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 101


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Comentários

A Figura I corresponde a um olho míope.

A Miopia decorre de um alongamento do olho ou por um por uma Vergência MAIOR que
a de um olho normal. Para corrigir esse problema, são usadas lentes divergentes.

Pessoas com Miopia não conseguem enxergar muito bem “de longe”. Ou seja, objetos
distantes, mesmo com o máximo de ajuste do cristalino, não ficam com suas imagens nítidas
sobre a retina, pois, com um excesso de vergência em relação ao tamanho do olho, a imagem
nítida acaba se formando antes da retina.

Para corrigir este problema, o conjunto óptico necessita reduzir sua vergência. Uma das
maneiras de se fazer isso é a de adicionar uma lente divergente ao olho, fazendo com que a luz
seja divergida antes de chegar na córnea e no cristalino, possibilitando ao olho conseguir formar,
finalmente, a imagem nítida sobre a retina.

A Figura II corresponde a um olho hipermétrope.

A Hipermetropia decorre de um achatamento do olho ou por uma Vergência MENOR que


a de um olho normal. Para corrigir esse problema, são usadas lentes convergentes.

Pessoas com Hipermetropia não conseguem enxergar muito bem “de perto”. Ou seja,
objetos próximos, mesmo com o máximo de ajuste do cristalino, não ficam com suas imagens
nítidas sobre a retina, pois, com uma vergência insuficiente em relação ao tamanho do olho, a
imagem nítida acaba se formando depois da retina.

Para corrigir este problema, o conjunto óptico necessita aumentar sua vergência. Uma
das maneiras de se fazer isso é a de adicionar uma lente convergente ao olho, fazendo com que
a luz já seja convergida antes de chegar na córnea e no cristalino, possibilitando ao olho
conseguir formar, finalmente, a imagem nítida sobre a retina.

A presbiopia é um defeito ocular associado ao envelhecimento do olho humano, ocorrendo


a diminuição da capacidade de focar nitidamente quando há objetos próximos, causando ou
agravando a Miopia.

Gabarito: “E”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 102


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

4.2. Cores e Percepções


A percepção de uma cor é uma qualidade subjetiva relacionada à luz que depende de
nossos mecanismos sensoriais da visão.

Esta percepção é explicada por uma teoria psicofísica das cores. A Psicofísica é a ciência
que estuda as relações entre as percepções (subjetivas) e os estímulos (objetivos).

A teoria mais utilizada para explicar essa nossa percepção é a Teoria das Cores de Young
e Helmholtz.

4.2.1 Teoria das Cores de Young e Helmholtz


Nosso olho possui um conjunto de células na retina em formas cônicas, sensíveis às faixas
vermelha, verde e azul do espectro visível. Nossa percepção de cor vai depender das
intensidades e das respectivas frequências captadas.

A Teoria Tricromática das Cores de Thomas Young e Hermann von Helmholtz foi
desenvolvida e aperfeiçoada durante o século XIX. Ela consiste, basicamente, da afirmação de
que (quase) todas as nossas sensações coloridas podem ser obtidas apenas pela adição
de três cores fundamentais (primárias) com específicas intensidades.

Assim, são definidas as cores primárias: Vermelho, Verde e Azul. Estas cores não se
formam pela combinação de outras cores. As cores secundárias são as formadas por iguais
intensidades de duas cores primárias: Ciano, Magenta e Amarelo. Ciano = Verde + Azul.
Magenta = Vermelho + Azul. Amarelo = Vermelho + Verde.

Se combinarmos as três cores primárias em igual intensidade, teremos o Branco (figura


36). Todas as outras tonalidades podem ser obtidas ao se combinar diferentes intensidades das
cores primárias.

Figura 36: Cores primárias, secundárias e o branco, conforme o sistema RGB.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 103


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Cores, Frequências e as Telas de Computadores


“NEM TODAS AS CORES PODEM SER ASSOCIADAS UNIVOCAMENTE A UMA
ÚNICA FREQUÊNCIA (ou comprimento de onda) DA RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA
(LUZ). Desta forma, NEM TODAS AS CORES SE ENCONTRAM NO ESPECTRO DA LUZ
BRANCA. É o caso, por exemplo, do magenta, do cinza, do marrom, do branco e de tantas
outras cores EXTRA ESPECTRAIS. Ou seja, não se pode confundir COR com FREQUÊNCIA
da luz.
O caso da cor branca é interessante, pois podemos enxergar branco quando a nossa
retina é atingida por todas as ondas luminosas provenientes do Sol ou quando apenas luz
vermelha, luz verde e luz azul chega à retina com intensidades convenientes. Quando lês esta
mensagem na tela do computador, o fundo branco que percebes é efetivamente produzido da
segunda maneira: a tela do computador ou da televisão SOMENTE EMITE AS TRÊS LUZES
(CORES) FUNDAMENTAIS (ou PRIMÁRIAS) POR ADIÇÃO (a tela opera com o sistema RGB
– Red, Green, Blue).”
Fonte: https://www.if.ufrgs.br/novocref/?contact-pergunta=nem-toda-a-cor-esta-no-espectro-visivel-como-pode-
ser-isso

Por exemplo, a cor amarela pode ser obtida pela recepção de um feixe luminoso (amarelo
monocromático) de frequência pura da faixa do amarelo do espectro visível, ou pela combinação
de dois feixes (amarelo bicromático), um vermelho e outro verde, de iguais intensidades.

Todas as cores do arco-íris, destacadas a partir da Dispersão da luz branca em suas


componentes, podem ser percebidas monocromaticamente, ou seja, com um feixe de frequência
única, de cor pura. Outras cores, como o marrom e o magenta, bem como as outras cores
secundárias, são obtidas a partir da mistura de dois ou mais feixes multicromáticos com
diferentes intensidades.

4.2.2 Cores dos Objetos


A cor de um objeto vai depender da composição da luz incidente e da composição da luz
por ele refletida, que dependerá da sua pigmentação. Cada pigmentação absorve uma parte da
radiação incidente e “rejeita” outra parte.

Quando a luz branca incide sobre um objeto de pigmento azul, o material acaba
absorvendo a radiação eletromagnética de todas as frequências, exceto a da radiação azul, que
é refletida, que chega até os nossos olhos, destacando a cor azul do objeto.

Um objeto de pigmentação amarela pode tanto refletir o amarelo monocromático, de


frequência única, como, também, reflete os feixes vermelho e verde, que compõem o amarelo
bicromático. Ou seja, se incidirmos luz vermelha sobre um objeto de pigmentação amarela, ele
ficará vermelho. Assim como este mesmo objeto parecerá verde se for incidido por luz
monocromática verde.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 104


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Você certamente conhece a bandeira do Brasil, né! Ela é composta por um retângulo
verde, um losango amarelo, uma circunferência azul com estrelas brancas e uma faixa, também
branca, com a frase “ORDEM E PROGRESSO” em verde. Veja a figura 37.

Figura 37: Bandeira oficial da República Federativa do Brasil.

Se incidida com luz branca, as cores permanecerão as mesmas. Mas, se incidirmos a


bandeira com luz monocromática azul, o círculo central aparecerá inalterado, visto que a radiação
azul será por ele refletida e estimulará a nossa visão. A listra central e as estrelas, por serem
brancas, parecerão azuis, pois são capazes de refletir qualquer radiação eletromagnética. A
região com pigmentação verde e a região amarela não são capazes de refletir a radiação azul,
pois não possuem azul em sua composição, conforme a Teoria das Cores. Logo, o retângulo
verde e o losango amarelo, por absorver praticamente toda a radiação azul incidente, ficarão
escuras. Veja a figura 38.

Figura 38: Bandeira do Brasil incidida por luz monocromática azul.

Veja que uma superfície com pigmentação branca é capaz de refletir todas as cores,
ficando com a aparência da luz incidente.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 105


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: PUC – SP 2017

Observe atentamente a imagem abaixo. Temos uma placa metálica de fundo preto sobre a qual
foram escritas palavras com cores diferentes. Supondo que as cores utilizadas sejam
constituídas por pigmentos puros, ao levarmos essa placa para um ambiente absolutamente
escuro e a iluminarmos com luz monocromática azul, as únicas palavras e cores resultantes,
respectivamente, que serão percebidas por um observador de visão normal, são:

a) (PRETO, AZUL e VERMELHO) e (azul)

b) (PRETO, VERDE e VERMELHO) e (preto e azul)

c) (PRETO e VERMELHO) e (preto, azul e verde)

d) (VERDE) e (preto e azul)

Comentários

Quando a placa for iluminada com luz monocromática azul, somente as palavras pintadas
de cor branca ou azul serão visíveis. Isso porque o pigmento branco é capaz de refletir todas as
cores, o azul inclusive, e o pigmento azul tem essa cor por refletir essa luz e absorver todas as
outras.

Com isso, enxergaremos as palavras “PRETO”, “VERDE” e “VERMELHO”. Sendo que


todas se apresentarão de cor azul. O fundo da placa, assim como as outras palavras não serão
capazes de refletir cor alguma, visto que absorvem a luz monocromática azul, logo, aparecerão
pretas.

Gabarito: “B”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 106


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: ENEM 2019

Os olhos humanos normalmente têm três tipos de cones responsáveis pela percepção das cores:
um tipo para tons vermelhos, um para tons azuis e outro para tons verdes. As diversas cores que
enxergamos são o resultado da percepção das cores básicas, como indica a figura.

A protanopia é um tipo de daltonismo em que há diminuição ou ausência de receptores da cor


vermelha. Considere um teste com dois voluntários: uma pessoa com visão normal e outra com
caso severo de protanopia. Nesse teste, eles devem escrever a cor dos cartões que lhes são
mostrados. São utilizadas as cores indicadas na figura.

Para qual cartão os dois voluntários identificarão a mesma cor?

a) Vermelho.

b) Magenta.

c) Amarelo.

d) Branco.

e) Azul.

Comentários

Observando a figura da questão, podemos ver os três cones responsáveis pela percepção
de cores, e as cores percebidas pela união desses cones. Por exemplo, o amarelo é percebido
com a união dos cones verdes e vermelhos.

Como uma pessoa com protanopia não consegue perceber as cores formadas com o
vermelho, pode-se excluir qualquer que seja a cor que seja formada por esse cone. O que leva
ao caso de os dois voluntários só identificarem a mesma cor nos cartões Azul, Ciano e Verde.

Portanto, o gabarito só pode ser a alternativa “E”.

Gabarito: “E”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 107


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

5) RESUMO DA AULA

Uma fonte de luz pontual que projeta luz em um corpo opaco cria uma região de sombra.
Se a fonte de luz for extensa, serão projetadas uma região de penumbra e uma de sombra. Na
sombra ocorre a ausência total de incidência de raios luminosos, enquanto que, em uma região
de penumbra, ocorre a incidência parcial de raios luminosos.

Incidência de luz em um meio opaco (esquerda), translúcido (centro) e um transparente


(direita).

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 108


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Reflexão em superfície difusa.

Reflexão em superfície regular. A reflexão regular da luz pode resultar em um processo


de formação de imagens pela superfície, como ocorre em espelhos, em vidros de janelas, em
superfícies líquidas, como em lagos ou em poças de água.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 109


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Uma câmara escura consiste em uma caixa formada por paredes de material opaco. Uma
dessas paredes deve possuir um orifício por onde raios de luz podem entrar. Estes raios acabam
projetando uma imagem Real e Invertida na parede oposta ao furo, no fundo da caixa.

Leis da Reflexão
1ª Lei: O raio incidente, a normal à superfície e o raio refletido estão no mesmo
plano.

2ª Lei: O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 110


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Espelhos Planos

O campo visual de um espelho plano representa a região do espaço que pode ser por ele
observada em função da reflexão da luz no espelho. A partir do observador, a região do campo
visual é delimitada pelas extremidades do espelho, como se ele fosse uma janela para esse
“mundo virtual de imagens”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 111


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Quando dois espelhos planos são posicionados frente a frente, separados por um ângulo
𝜶, a luz emanada de um objeto 𝑃 sofrerá múltiplas reflexões, até emergir do sistema.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 112


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 113


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Casos de Imagens em Espelhos Esféricos Côncavos

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 114


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Casos de Imagens em Espelhos Esféricos Convexos

Leis da Refração
1ª Lei: O raio incidente, a normal à superfície e o raio refratado estão no mesmo
plano.

2ª Lei: A razão entre os índices de refração dos meios é igual à razão inversa dos
senos dos respectivos ângulos com a normal.

𝒏𝟏 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟏 = 𝒏𝟐 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐
𝒏𝟏 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 𝑽𝟐 𝝀𝟐 𝒅𝟐
= = = =
𝒏𝟐 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟏 𝑽𝟏 𝝀𝟏 𝒅𝟏

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 115


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 116


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Reflexão Interna Total

𝒏𝒎𝒆𝒏𝒐𝒓
𝒔𝒆𝒏 𝜽𝑳 =
𝒏𝑴𝑨𝑰𝑶𝑹

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 117


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Lentes convergentes são aquelas que, além de serem mais refringentes (terem maior
índice de refração) que o meio externo, possuem perfis com bordas mais finas que seus centros.

Lentes divergentes são aquelas que, além de serem, também, mais refringentes (terem
maior índice de refração) que o meio externo, possuem perfis com bordas mais grossas que seus
centros.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 118


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Casos de Imagens em Lentes Esféricas Convergentes

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 119


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Casos de Imagens em Lentes Esféricas Divergentes

Convenção de Sinais

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 120


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Equação dos Pontos Conjugados – Equação de Gauss: para espelhos e lentes esféricas.

𝟏 𝟏 𝟏
= +
𝒇𝒐 𝒅𝒊 𝒅𝒐
Equação do Aumento Linear: para espelhos e lentes esféricas.

𝒊 𝒅𝒊
𝑨= =−
𝒐 𝒅𝒐
Grau de Vergência

𝟏
𝑽𝒆 =
𝒇𝒐
Equação dos Fabricantes de Lentes

𝟏 𝒏𝒍𝒆𝒏𝒕𝒆 𝟏 𝟏
𝑽𝒆 = =( − 𝟏) ⋅ ( + )
𝒇𝒐 𝒏𝒎𝒆𝒊𝒐 𝑹𝒇𝒂𝒄𝒆 𝟏 𝑹𝒇𝒂𝒄𝒆 𝟐

Olho Humano Emétrope


Um olho humano padrão, saudável, emétrope, é capaz de projetar sobre a retina imagens
nítidas de objetos que estejam dentro do campo de visão. Estas imagens são reais, invertidas e
menores, como as produzidas no caso 1 das lentes convergentes.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 121


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Teoria das Cores de Young e Helmholtz


- Primárias: Vermelho, Verde e Azul.

(Não se Formam Pela Combinação de Outras


Cores)

- Secundárias: Ciano, Magenta e Amarelo.

Formadas Pela Adição das Primárias:

Ciano = Verde + Azul

Magenta = Vermelho + Azul

Amarelo = Vermelho + Verde

- A Soma das Três = Branco

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 122


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

6) LISTA DE EXERCÍCIOS

1. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) O arco-íris é um dos


fenômenos mais interessantes e bonitos na natureza. Ele ocorre quando a luz branca
policromática do Sol incide gotículas de água suspensas na atmosfera, causando a
dispersão da luz branca em suas componentes coloridas.
A figura abaixo mostra o caminho de um feixe de luz branca entrando (1), refletindo (2)
e saindo (3) de uma gota de chuva.

1
2

Fonte: Shutterstock.
Qual a alternativa que apresenta corretamente os fenômenos ondulatórios envolvidos
em cada um dos três pontos indicados na figura?
a) 1: Refração e Reflexão. 2: Refração e Reflexão. 3: Refração e Reflexão.
b) 1: Difração. 2: Reflexão. 3: Interferência.
c) 1: Refração e Dispersão. 2: Interferência e Reflexão. 3: Refração e Difração.
d) 1: Difração e Reflexão. 2: Refração e Difração. 3: Difração e Reflexão.
e) 1: Refração e Difração. 2: Reflexão. 3: Refração e Interferência.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 123


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

2. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real,


retangular, de espessura desprezível, está posicionado em frente a uma lente esférica
gaussiana conforme a figura abaixo.

Assinale a alternativa abaixo que a presenta a configuração mais próxima da imagem


conjugada pela lente com suas características.

A)

B)

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 124


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

C)

D)

E)

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 125


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Cada pixel numa tela de


computador ou televisão de LED (diodo emissor de luz) é composto por três LEDs: um
vermelho (R), um verde (G) e um azul (B), seguindo o sistema RGB – red/green/blue.
Com esta disposição, cada ponto numa tela pode ter qualquer aparência de cor
conforme a adequada combinação das intensidades emitidas em cada um desses
LEDs.
Por exemplo, se um pixel em determinada posição numa tela precisa brilhar amarelo,
bastam que os LEDs vermelho e verde tenham mesma intensidade e o azul fique
desativado.
Com base na Teoria Tricromática de Young-Helmholtz, qual das alternativas abaixo
apresenta corretamente uma combinação adequada de trios de LEDs em cada um
desses pixels para se obter um pixel branco e outro azul?
a) Branco: LEDs R e G ativados com mesmas intensidades. Azul: LEDs R, G e B
ativados.
b) Branco: LEDs R, G e B desativados. Azul: LEDs R e G ativados e LED B desativado.
c) Branco: LEDs R, G e B ativados com mesmas intensidades. Azul: LEDs R e G
desativados e LED B ativado.
d) Branco: LEDs R, G e B ativados com diferentes intensidades. Azul: LEDs R e G
ativados com diferentes intensidades e LED B desativado.
e) Não há combinação possível para produzir pixels brancos ou azuis numa tela de
LED.

4. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz


monocromática incide, a partir do ar, na superfície de um lago de águas cristalinas e é
parcialmente refletido.
Assinale a alternativa correta.
A) O feixe difratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo seu comprimento
de onda ao entrar na água.
B) O feixe difratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo sua frequência ao
entrar na água.
C) O feixe refletido não sofre qualquer alteração de cor, mantendo sua velocidade de
propagação ao entrar na água.
D) O feixe refratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo sua frequência ao
entrar na água.
E) O feixe refratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo seu comprimento
de onda ao entrar na água.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 126


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

5. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz branca


incide, a partir do ar, sobre a face A de um prisma triangular de material transparente.
Ao sair pela face B, o feixe, já decomposto e destacado por três raios, vermelho, verde
e azul, é refletido por um espelho plano, posicionado horizontalmente, e incide sobre
um filme fotossensível, conforme apresentado na figura abaixo.

A partir dos dados contidos na figura, pode-se afirmar que


A) O índice de refração absoluto do prisma é crescente com a frequência de cada
componente do feixe.
B) O índice de refração absoluto do prisma é decrescente com a frequência de cada
componente do feixe.
C) O índice de refração absoluto do prisma é crescente com o comprimento de onda
de cada componente do feixe.
D) O índice de refração absoluto do prisma é crescente com o período de cada
componente do feixe.
E) O índice de refração absoluto do prisma é crescente com a velocidade de
propagação de cada componente do feixe.

6. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo apresenta


uma lente que converge os raios de luz do Sol para uma região muito pequena, sendo
capaz de fazer a superfície da madeira entrar em combustão.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 127


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

O fenômeno ondulatório que ocorre quando a luz do Sol passa pela lente e a converge
é o da
A) Difração.
B) Refração.
C) Reflexão.
D) Dispersão.
E) Polarização.

7. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Se um objeto real é


posicionado sobre o eixo principal de um espelho esférico côncavo, a imagem
conjugada se forma entre o centro de curvatura e o foco, sendo real, invertida e menor
que o objeto, conforme a Figura 1 abaixo.

Foi colocado, então, um anteparo opaco em frente ao espelho, conforme apresentado


na Figura 2. Selecione a alternativa que apresenta corretamente o esquema após ter
sido colocado o anteparo.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 128


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A)

B)

C)

D)

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 129


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

E)

8. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um olho emétrope é capaz


e formar imagens nítidas de objetos na região da retina conforme apresentado no
esquema abaixo.

A partir dos dados apresentados no esquema acima, selecione a alternativa correta.


A) Esse olho tem distância focal igual a 24mm e tem aproximadamente +42di, sendo
capaz de produzir uma imagem nítida real, invertida e menor.
B) Esse olho tem distância focal igual a 24cm e tem aproximadamente +42di, sendo
capaz de produzir uma imagem nítida real, invertida e menor.
C) Esse olho tem distância focal igual a 25mm e tem aproximadamente +30di, sendo
capaz de produzir uma imagem nítida virtual, invertida e menor.
D) Esse olho tem distância focal igual a 25cm e tem aproximadamente +30di, sendo
capaz de produzir uma imagem nítida virtual, invertida e menor.
E) Esse olho tem distância focal igual a 3,4cm e tem aproximadamente -30di, sendo
capaz de produzir uma imagem nítida real, invertida e menor.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 130


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

9. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo apresenta


um lápis dentro de um copo com água.

Selecione a alternativa que explica corretamente o motivo pelo qual o lápis parece estar
quebrado.
A) A luz refletida pelo lápis sofre difração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem real do lápis que
não coincide com sua real posição.
B) A luz refratada pelo lápis sofre refração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem real do lápis que
não coincide com sua real posição.
C) A luz difratada pelo lápis sofre refração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem real do lápis que
não coincide com sua real posição.
D) A luz refratada pelo lápis sofre difração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem virtual do lápis
que não coincide com sua real posição.
E) A luz refletida pelo lápis sofre refração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem virtual do lápis
que não coincide com sua real posição.

10. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) As fibras ópticas tem


cada vez mais substituído fios de cobre e cabos devido ao fato de serem um meio de
transmissão de informação mais eficiente e com maior velocidade de transferência de
dados. Fibras ópticas são compostas de uma estrutura cilíndrica, transparente e
flexível, de material dielétrico (em geral, sílica ou plástico), chamada de núcleo, cujo
diâmetro é comparável ao de um fio de cabelo. Essa estrutura é envolta por uma
segunda camada, também de material dielétrico, chamada casca, como mostra a figura.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 131


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Um raio de luz incidente em uma fibra óptica sofre inúmeras reflexões internas totais
ao atravessar o núcleo da estrutura cilíndrica. Qual o ângulo mínimo de incidência de
um raio para que haja reflexão interna total na fibra óptica?
A) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒔𝒆𝒏𝒐(𝟎, 𝟗𝟗)
B) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒏𝒐(𝟎, 𝟗𝟗)
𝟏
C) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐𝒔𝒆𝒏𝒐 (𝟎,𝟗𝟗)
𝟏
D) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒏𝒐 (𝟎,𝟗𝟗)

E) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒕𝒂𝒏𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 (𝟎, 𝟗𝟗)

11. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um dispositivo óptico


conjuga uma imagem menor de um objeto real. Este dispositivo pode ser
a) um espelho convexo, onde a imagem será, também, virtual invertida e estará mais
afastada ao espelho que o objeto.
b) um espelho côncavo, onde a imagem será, também, virtual invertida e estará mais
afastada ao espelho que o objeto.
c) um espelho convergente, onde a imagem será, também, real invertida e estará mais
próxima ao espelho que o objeto.
d) um espelho convexo, onde a imagem será, também, real invertida e estará mais
próxima ao espelho que o objeto.
e) um espelho côncavo, onde a imagem será, também, real invertida e estará mais
próxima ao espelho que o objeto.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 132


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

12. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um ponto objeto está


posicionado a 60cm de um espelho esférico. O ponto imagem virtual conjugado pelo
espelho está 4 vezes mais distante do eixo principal que o objeto. Pode-se afirmar que
esse espelho deve ser _________________ e seu raio de curvatura deve valer
_____________ .
Qual das alternativas abaixo completa as lacunas do enunciado acima na ordem que
aparecem?
a) côncavo – 80cm
b) convexo – 40cm
c) convergente – 80cm
d) convexo – 80cm
e) côncavo – 160cm

13. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um espelho conjuga uma


imagem 25% menor de um objeto real. Pode-se afirmar que
A) este espelho é plano e o objeto está à mesma distância ao espelho que sua imagem.
B) este espelho é côncavo, o objeto está 25% mais distante ao espelho que sua
imagem, que é real e invertida.
C) este espelho é côncavo, o objeto está 33% mais distante ao espelho que sua
imagem, que é real e invertida.
D) este espelho é côncavo, o objeto está 33% mais distante ao espelho que sua
imagem, que é virtual e direita.
E) este espelho é convexo, o objeto está 25% mais distante ao espelho que sua
imagem, que é virtual e direita.

14. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo mostra um


objeto real posicionado em frente a um instrumento óptico e sua respectiva imagem
conjugada.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 133


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

O instrumento óptico escondido atrás da caixa cinza é ________________ e a imagem


conjugada é _________________.
Qual das alternativas abaixo completa corretamente as lacunas do enunciado na ordem
que aparecem?
a) uma lente convergente – real, invertida e menor.
b) uma lente convergente – virtual, invertida e menor.
c) um espelho côncavo – real, invertida e menor.
d) uma lente divergente – virtual, direita e menor.
e) um espelho convexo – virtual, invertida e menor.

15. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um astrônomo amador,


ao apontar seu telescópio para a lua, conseguiu observar uma imagem nítida com um
aumento de 200 vezes.
Sabe-se que o aumento da imagem fornecida por um telescópio é igual à razão entre a
distância focal da lente objetiva ou do espelho principal pela distância focal da ocular
utilizada.
Se a objetiva do telescópio utilizado tem um diâmetro de 160mm e 0,625 dioptria, pode-
se afirmar que
a) o telescópio é um refrator e a ocular utilizada tem distância focal de 4mm.
b) o telescópio é um refletor e a ocular utilizada tem distância focal de 4mm.
c) o telescópio é um refrator e a ocular utilizada tem distância focal de 8mm.
d) o telescópio é um refletor e a ocular utilizada tem distância focal de 8mm.
e) o telescópio é um refletor e a ocular utilizada tem distância focal de 8cm.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 134


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

16. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um condutor num veículo


que trafega à frente de uma ambulância a observa através de seu espelho retrovisor e
a enxerga conforme a figura abaixo.

O adesivo impresso colocado na parte frontal dessa ambulância está grafado como na
alternativa

A)

B)

C)

D)

E)

17. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo apresenta


um par de raios de luz monocromáticos que atravessam um componente óptico após
incidirem paralelamente ao eixo principal, a partir da esquerda.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 135


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Um objeto real, posicionado entre o centro-imagem e o foco-imagem, terá sua imagem


conjugada
A) pela lente convergente, entre o foco-imagem e o vértice, sendo real, invertida e
menor.
B) pelo espelho convergente, entre o foco e o vértice, sendo real, invertida e menor.
C) pela lente convexa, entre o centro-imagem e o vértice, sendo virtual, direita e maior.
D) pelo espelho divergente, entre o centro e o vértice, sendo real, invertida e maior.
E) pela lente divergente, entre o foco-imagem e o vértice, sendo virtual, direita e menor.

18. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz


monocromática de frequência f atravessa três meios, entrando pelo meio 1 e saindo
pelo meio 3, conforme a figura abaixo.

Pode-se afirmar que


A) a frequência do feixe no meio 2 é maior que nos outros dois meios.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 136


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

B) a frequência do feixe no meio 1 é maior que nos outros dois meios.


C) o índice de refração do meio 1 é maior que os índices dos outros dois meios.
D) o índice de refração do meio 2 é maior que os índices dos outros dois meios.
E) o índice de refração do meio 3 é maior que os índices dos outros dois meios.

19. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real é colocado


a 60cm diante de um espelho esférico convexo de raio de curvatura igual a 40cm. A
imagem conjugada por esse espelho é _________________ e está a _______________
do vértice.
Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado acima na
ordem em que aparecem.
A) real, direita e menor – 15cm
B) real, invertida e menor – 20cm
C) real, invertida e maior – 30cm
D) virtual, direita e menor – 15cm
E) virtual, direita e menor – 20cm

20. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma lente gaussiana


convergente conjuga uma imagem invertida e 10 vezes maior que um objeto que está
a 20cm dela. É correto afirmar que
A) a lente possui distância focal de 𝟐 𝒎 e a imagem é real.
𝟐
B) a lente possui distância focal de 𝟏𝟏 𝒎 e a imagem é virtual.

C) a lente possui distância focal de 𝟐𝟎𝟎 𝒎 e a imagem é real.


D) a lente possui distância focal de 𝟐 𝒎 e a imagem é virtual.
𝟐
E) a lente possui distância focal de 𝟏𝟏 𝒎 e a imagem é real.

21. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real é


posicionado em frente a um instrumento óptico que conjuga uma imagem conforme o
esquema abaixo.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 137


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

O instrumento óptico que está escondido é


A) um espelho convexo, que acabou formando uma imagem real, direita e menor.
B) um espelho convexo, que acabou formando uma imagem virtual, direita e menor.
C) um espelho côncavo, que acabou formando uma imagem virtual, direita e menor.
D) um espelho côncavo, que acabou formando uma imagem real, direita e menor.
E) uma lente divergente, que acabou formando uma imagem virtual, direita e menor.

22. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real está diante


de um espelho esférico côncavo, gaussiano, numa distância maior que seu centro de
curvatura. Este espelho conjuga uma imagem que, se este objeto se afastar lentamente
do espelho
A) não sofrerá alterações de características, mantendo-se virtual, direita e menor que
o objeto, mas irá ficar cada vez menor, aproximando-se do plano focal do espelho.
B) sofrerá alterações de características, passando de real, invertida e menor que o
objeto, para virtual direita e maior.
C) não sofrerá alterações de características, mantendo-se virtual, direita e maior que o
objeto, mas irá ficar cada vez maior, aproximando-se do plano focal do espelho.
D) sofrerá alterações de características, passando de virtual, direita e maior que o
objeto, para real, invertida e menor.
E) não sofrerá alterações de características, mantendo-se real, invertida e menor que
o objeto, mas irá ficar cada vez menor, aproximando-se do plano focal do espelho.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 138


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

23. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Existem dois tipos


básicos de telescópios: os refratores e os refletores. Sobre esses instrumentos
ópticos, podemos afirmar que
A) enquanto os refratores utilizam uma lente principal côncava, os refletores utilizam
um espelho convergente.
B) enquanto os refratores utilizam uma lente principal divergente, os refletores utilizam
um espelho convexo.
C) enquanto os refratores utilizam uma lente principal convergente, os refletores
utilizam um espelho côncavo.
D) enquanto os refletores utilizam uma lente principal convergente, os refratores
utilizam um espelho côncavo.

24. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma onda


eletromagnética de frequência f se propaga no vácuo com velocidade igual a 3.10 8m/s.
Essa onda entra na atmosfera terrestre e sua velocidade sofre uma pequena redução.
Ao entrar na água de um lago, cuja água tem índice de refração absoluto igual a 1,5,
A) a velocidade de propagação se reduz ainda mais, passando a valer 2.10 8m/s, o
comprimento de onda também diminui, mas a frequência permanece sendo f.
B) a velocidade de propagação aumenta, passando a valer 4,5.10 8m/s, o comprimento
de onda também aumenta, mas a frequência permanece sendo f.
C) a velocidade de propagação aumenta, passando a valer 4,5.10 8m/s, o comprimento
de onda diminui, mas a frequência aumenta, sendo maior que f.
D) a velocidade de propagação se reduz ainda mais, passando a valer 2.10 8m/s, o
comprimento de onda também diminui e a frequência aumenta, sendo maior que f.

25. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real está sobre


o eixo principal de uma lente esférica convergente, gaussiana, numa distância maior
que seu centro objeto. Esta lente conjuga uma imagem que, se este objeto ir se
aproximando até encostar na lente
A) sofrerá alterações de características, passando de real e invertida para virtual e
direita assim que o objeto estiver entre o foco objeto e o vértice.
B) não sofrerá alterações de características, mantendo-se virtual, direita e maior que o
objeto, mas irá ficar cada vez maior, aproximando-se do plano focal.
C) sofrerá alterações de características, passando de virtual, direita e maior que o
objeto, para real, invertida e menor.
D) não sofrerá alterações de características, mantendo-se virtual, direita e maior que o
objeto, mas irá ficar cada vez menor, aproximando-se do plano focal.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 139


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

E) sofrerá alterações de características, passando de real, invertida e maior, para


virtual, invertida e maior que o objeto.

26. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz


monocromático incide do meio 1 e atravessa para o meio 2 conforme apresentado na
figura abaixo.

Se θ1 é igual a 45° e θ2 é igual a 30°, então o índice de refração relativo do meio 2 em


relação ao meio 1 vale
[Dados: sen30°=1/2, cos30°=√3/2, sen45°=cos45°=√2/2.]
A) √2
B) √3
C) √2/2
D) √3/2
E) 1/2

27. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real é colocado


a 60cm de uma lente gaussiana simétrica biconvexa, imersa no ar, que forma uma
imagem invertida e com o dobro do tamanho do objeto. O índice de refração da lente
vale 1,5 e considere o índice de refração do ar igual a 1,0. O grau de vergência dessa
lente vale
A) 0,025 dioptria.
B) 0,25 dioptria.
C) 2,5 dioptria.
D) 25 dioptria.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 140


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

28. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo apresenta


um objeto real e um espelho plano.

Pode-se afirmar que a imagem do objeto conjugada pelo espelho será formada na
posição indicada pelo número
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) Nenhuma das posições indicadas.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 141


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

29. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) As imagens abaixo


apresentam um tipo de espelho bastante utilizado em situações cotidianas.

Fonte: Shutterstock.
Sobre esses espelhos, é correto afirmar que
a) são côncavos, conjugam imagens reais, invertidas e menores de objetos reais e
reduzem o campo de visão de observadores, não distorcendo suas noções de
perspectiva.
b) são côncavos, conjugam imagens reais, diretas e maiores de objetos reais e ampliam
o campo de visão de observadores, distorcendo suas noções de perspectiva.
c) são convexos, conjugam imagens virtuais, diretas e menores de objetos reais e
ampliam o campo de visão de observadores, distorcendo suas noções de perspectiva.
d) são convexos, conjugam imagens reais, invertidas e maiores de objetos reais e
reduzem o campo de visão de observadores, não distorcendo suas noções de
perspectiva.
e) são convergentes, conjugam imagens virtuais, diretas e menores de objetos reais e
ampliam o campo de visão de observadores, embora distorçam suas noções de
perspectiva.

30. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz


monocromática originada num laser, no interior de uma câmara de vácuo, incide sobre
um cristal e sofre refração. Se o ângulo de incidência do feixe foi de 45° e o ângulo da
parte do feixe refratado foi de 30°, pode-se afirmar que o índice de refração do material
e as razões entre as frequências e os comprimentos de onda do feixe fora e dentro do
cristal valem, respectivamente
Dados: sen (45°) = cos (45°) = √2/2, sen (30°) = 1/2, cos (30°) = √3/2.
a) √2/2, √2 e 1.
b) √2, 1 e √2.
c) √3/2, √2 e 1/2.
d) √3, 1 e √3.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 142


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

31. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Espelhos convexos são


amplamente utilizados cotidianamente. É comum o uso desse tipo de espelho em lojas,
garagens, supermercados, ônibus e em retrovisores de veículos. Escolha a alternativa
abaixo que apresenta corretamente um esquema para esse tipo de espelho.
a)

b)

c)

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 143


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

d)

32. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real, um


espelho plano e um observador estão dispostos conforme a figura abaixo.

A partir da figura, pode-se afirmar que


a) o objeto não terá uma imagem conjugada pelo espelho, pois espelhos planos
somente formam imagens de objetos que estejam a frente deles.
b) o espelho irá conjugar as imagens do objeto e do observador, que serão reais e
invertidas.
c) o observador será capaz de enxergar sua própria imagem e a imagem do objeto
através do espelho, que serão virtuais.
d) o observador somente conseguirá ver sua própria imagem através do espelho, que
será virtual direita e igual, pois a imagem do objeto estará fora do seu campo de visão.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 144


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

33. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Os nossos olhos fazem parte


do sistema visual humano e funcionam segundo princípios da óptica. Possuem, dentre
outros elementos, lentes convergentes chamadas de cristalino e uma região onde se
forma a imagem chamada de retina.
Algumas condições como a miopia e a hipermetropia afetam nossa visão e fazem com
que a imagem seja formada em uma região diferente daquela que deveria ser. Para
corrigir esses defeitos, podemos usar lentes corretivas, ou nos submeter a
intervenções cirúrgicas.
Certa pessoa com severa condição míope não consegue enxergar nitidamente objetos
reais posicionados a mais de 70 cm de distância em um eixo horizontal a partir de seus
olhos. A vergência, em dioptrias, das lentes esféricas mais indicadas para a correção
desse problema é de
a) − 𝟏,0
b) + 𝟐, 𝟖
c) + 𝟏, 𝟒
d) − 𝟐,0
e) − 𝟏, 𝟒

34. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Após uma partida de futebol,


os jogadores foram comemorar na sede do clube ainda uniformizados. As cores do
time, estampadas em suas camisas, são o verde, o azul e o branco. Em função de uma
falha na iluminação nos salões da agremiação, as únicas fontes de luz eram
monocromáticas de cor verde ou de cor vermelha.
Sob essa iluminação, uma pessoa sem nenhum defeito no conjunto de visão enxergará
as camisas dos jogadores com as cores
a) verde, azul e branca, independentemente da cor da iluminação.
b) verde e azul sob luz verde, e azul, branca e preta sob luz vermelha.
c) verde e preta sob luz verde, e vermelha e preta sob luz vermelha.
d) verde e azul sob luz verde, e azul e vermelha sob luz vermelha.
e) azul e preta sob luz verde, e vermelha, branca e preta sob luz vermelha.
Note e Adote
1” = 2,5cm
Tamanho total da escala do violão: 65cm.
Densidade do aço: 8g/cm³
A corda tem geometria cilíndrica.
Assuma π=3.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 145


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

35. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) O Natal é uma das datas mais
especiais do ano para muitos de nós. Estar perto dos familiares, fazer uma bela refeição
na ceia, jogar conversa fora até tarde e abrir os presentes na manhã seguinte, são só
algumas das coisas que amamos fazer. E claro, não podemos esquecer do verdadeiro
significado desta data tão magnífica: o nascimento de Jesus Cristo e tudo o que ele
representa.
As crianças, claro, também amam o Natal, mas, às vezes, é complicado explicar a elas
o que esta data representa de modo que a mesma não fique limitada, em suas
cabecinhas, somente aos presentes e quitutes. A melhor forma de tornar uma criança
interessada em algo é fazê-la participar ativamente de todo o processo.
Disponível em: https://www.tudointeressante.com.br/2014/12/29-incriveis-ideias-de-decoracao-natalina-
para-fazer-junto-com-as-criancas.html Acesso em: 05 jun. 2020.

Durante a decoração de uma árvore-de-natal uma criança ficou fascinada com a


imagem formada pela superfície espelhada de um enfeite em formato esférico. E
perguntou a mãe sobre a imagem formada, que deve ser
a) Imagem real, invertida e menor.
b) Imagem virtual, direita e menor.
c) Imagem real, invertida e maior.
d) Imagem virtual, direita e maior.
e) Imagem imprópria.

36. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Em um experimento, luz


monocromática violeta é emitida a partir de uma fonte, localizada no ponto A, em
direção a um receptor no ponto B.

O número comprimentos de onda completos que essa radiação é capaz de realizar ao


partir de A, no vácuo, atravessar a placa de vidro e atingir o ponto B é próximo de
a) 𝟐, 𝟕 ⋅ 𝟏𝟎𝟑
b) 𝟑, 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟑

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 146


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

c) 𝟐, 𝟕 ⋅ 𝟏𝟎𝟓
d) 𝟑, 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟓
e) 𝟖, 𝟖 ⋅ 𝟏𝟎𝟕
Note e adote:
O índice de refração do vidro é 𝒏 = 𝟏, 𝟓.
Assuma que a luz se propaga no ar com a mesma velocidade com a qual se propaga
no vácuo.
O comprimento de onda da luz violeta é próximo a 𝟒𝟎𝟎 𝒏𝒎.
A figura não está em escala.

37. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Interessado em determinar o


índice de refração da água de seu aquário, Thiago posicionou uma caneta laser,
adequadamente protegida, no fundo de seu criadouro de vida aquática.

Ao instalar o equipamento, ele mediu o ângulo que o equipamento fazia com a vertical,
encontrando o valor de 𝟓𝟑°. A partir dessa inclinação, o feixe de radiação
eletromagnética sofria reflexão total ao chegar à interface que separava a água e o ar.
Qual o valor do índice de refração encontrado por Thiago?
a) 1,05.
b) 1,10.
c) 1,15.
d) 1,20.
e) 1,25.
Note e adote: O índice de refração do ar é 𝒏𝒂𝒓 = 𝟏, 𝟎𝟎. 𝒔𝒆𝒏(𝟓𝟑°) = 𝟎, 𝟖𝟎. 𝒄𝒐𝒔(𝟓𝟑°) = 𝟎, 𝟔𝟎.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 147


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

38. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Um vestibulando percebeu


que estava com dificuldades de enxergar objetos distantes. Em uma consulta com um
oftalmologista, lhe foi prescrito o uso de uma lente com vergência de −𝟐, 𝟎 dioptrias.
Sabendo que o índice de refração dessa lente é de 𝟏, 𝟒, e a do ar de 𝟏, 𝟎, o fabricante da
lente deve produzir uma lente:
a) Biconvexa. Com raios externo e interno iguais a 𝟎, 𝟐 𝒎 e 𝟎, 𝟏 𝒎, respectivamente.
b) Bicôncava. Com raios externo e interno iguais a −𝟎, 𝟔 𝒎 e −𝟎, 𝟑 𝒎, respectivamente.
c) Plano-convexa. Com raios externo e interno iguais a −𝟎, 𝟐 𝒎 e 𝟎, 𝟏 𝒎,
respectivamente
d) Bicôncava. Com raios externo e interno iguais a −𝟎, 𝟐 𝒎 e −𝟎, 𝟏 𝒎, respectivamente.
e) Biconvexa. Com raios externo e interno iguais a 𝟎, 𝟔 𝒎 e 𝟎, 𝟑 𝒎, respectivamente.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 148


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Gabarito

1) A 2) E 3) C

4) D 5) A 6) B

7) C 8) A 9) E

10) A 11) E 12) E

13) C 14) D 15) C

16) E 17) E 18) D

19) D 20) E 21) B

22) E 23) C 24) A

25) A 26) A 27) C

28) A 29) C 30) B

31) C 32) C 33) E

34) C 35) B 36) D

37) E 38) B

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 149


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

7) LISTA DE EXERCÍCIOS RESOLVIDA E COMENTADA


1. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) O arco-íris é um dos
fenômenos mais interessantes e bonitos na natureza. Ele ocorre quando a luz branca
policromática do Sol incide gotículas de água suspensas na atmosfera, causando a
dispersão da luz branca em suas componentes coloridas.
A figura abaixo mostra o caminho de um feixe de luz branca entrando (1), refletindo (2)
e saindo (3) de uma gota de chuva.

1
2

3
Fonte: Shutterstock.
Qual a alternativa que apresenta corretamente os fenômenos ondulatórios envolvidos
em cada um dos três pontos indicados na figura?
a) 1: Refração e Reflexão. 2: Refração e Reflexão. 3: Refração e Reflexão.
b) 1: Difração. 2: Reflexão. 3: Interferência.
c) 1: Refração e Dispersão. 2: Interferência e Reflexão. 3: Refração e Difração.
d) 1: Difração e Reflexão. 2: Refração e Difração. 3: Difração e Reflexão.
e) 1: Refração e Difração. 2: Reflexão. 3: Refração e Interferência.
Comentários
No ponto 1, quando o feixe entra na gota na interface ar-água, a luz sofre Refração ao
trocar de meio. Sempre que ocorre Refração uma parte da luz é refletida. Então, neste mesmo
ponto, também ocorreu Reflexão.
No ponto 2, o feixe sofre, também, Refração e Reflexão, podendo sofrer, inclusive,
Reflexão Interna Total.
No ponto 3 a luz sai da gota de água, configurando novamente o fenômeno da Refração,
juntamente com Reflexão.
Gabarito: “A”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 150


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

2. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real,


retangular, de espessura desprezível, está posicionado em frente a uma lente esférica
gaussiana conforme a figura abaixo.

Assinale a alternativa abaixo que a presenta a configuração mais próxima da imagem


conjugada pela lente com suas características.

A)

B)

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 151


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

C)

D)

E)
Comentários
Como temos um corpo extenso, podemos pegar pontos de referência e localizar as suas
respectivas posições de imagem para resolver a questão.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 152


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Um Ponto Objeto real, localizado entre o Centro Objeto e o Foco Objeto de uma Lente
Convergente, tem seu Ponto Imagem também real, porém invertido, localizado entre o Centro
Imagem e o Foco Imagem, conforme apresentado abaixo.

Com a imagem do primeiro vértice localizado, a do segundo vértice fica:

Gabarito: “E”

3. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Cada pixel numa tela de


computador ou televisão de LED (diodo emissor de luz) é composto por três LEDs: um
vermelho (R), um verde (G) e um azul (B), seguindo o sistema RGB – red/green/blue.
Com esta disposição, cada ponto numa tela pode ter qualquer aparência de cor
conforme a adequada combinação das intensidades emitidas em cada um desses
LEDs.
Por exemplo, se um pixel em determinada posição numa tela precisa brilhar amarelo,
bastam que os LEDs vermelho e verde tenham mesma intensidade e o azul fique
desativado.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 153


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Com base na Teoria Tricromática de Young-Helmholtz, qual das alternativas abaixo


apresenta corretamente uma combinação adequada de trios de LEDs em cada um
desses pixels para se obter um pixel branco e outro azul?
a) Branco: LEDs R e G ativados com mesmas intensidades. Azul: LEDs R, G e B
ativados.
b) Branco: LEDs R, G e B desativados. Azul: LEDs R e G ativados e LED B desativado.
c) Branco: LEDs R, G e B ativados com mesmas intensidades. Azul: LEDs R e G
desativados e LED B ativado.
d) Branco: LEDs R, G e B ativados com diferentes intensidades. Azul: LEDs R e G
ativados com diferentes intensidades e LED B desativado.
e) Não há combinação possível para produzir pixels brancos ou azuis numa tela de
LED.
Comentários
Para se obter um pixel branco, basta que os três LEDs RGB estejam ativados com
mesmas intensidades.
Já para se obter um pixel azul, basta que o vermelho R e o verde G estejam desativados
e somente o azul B brilhe.
Gabarito: “C”.

4. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz


monocromática incide, a partir do ar, na superfície de um lago de águas cristalinas e é
parcialmente refletido.
Assinale a alternativa correta.
A) O feixe difratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo seu comprimento
de onda ao entrar na água.
B) O feixe difratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo sua frequência ao
entrar na água.
C) O feixe refletido não sofre qualquer alteração de cor, mantendo sua velocidade de
propagação ao entrar na água.
D) O feixe refratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo sua frequência ao
entrar na água.
E) O feixe refratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo seu comprimento
de onda ao entrar na água.
Comentários
A Refração é um fenômeno ondulatório que ocorre quando uma onda sofre uma mudança
de meio. Esta mudança de meio modifica a velocidade de propagação e, consequentemente, o
comprimento de onda, não alterando a frequência.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 154


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Sempre que uma onda sofre Refração, uma parte também é refletida. A parte refletida
volta para o meio incidente.
Portanto, o feixe de luz monocromática que refrata e passa a se propagar no interior da
água do lago mantém sua cor, pois mantém sua frequência inalterada.
Gabarito: “D”

5. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz branca


incide, a partir do ar, sobre a face A de um prisma triangular de material transparente.
Ao sair pela face B, o feixe, já decomposto e destacado por três raios, vermelho, verde
e azul, é refletido por um espelho plano, posicionado horizontalmente, e incide sobre
um filme fotossensível, conforme apresentado na figura abaixo.

A partir dos dados contidos na figura, pode-se afirmar que


A) O índice de refração absoluto do prisma é crescente com a frequência de cada
componente do feixe.
B) O índice de refração absoluto do prisma é decrescente com a frequência de cada
componente do feixe.
C) O índice de refração absoluto do prisma é crescente com o comprimento de onda
de cada componente do feixe.
D) O índice de refração absoluto do prisma é crescente com o período de cada
componente do feixe.
E) O índice de refração absoluto do prisma é crescente com a velocidade de
propagação de cada componente do feixe.
Comentários
Quanto maior o índice de refração absoluto de um material para determinada onda, menor
é a velocidade de propagação e menor o comprimento de onda associado quando comparado
com esses valores no vácuo (ou ar).
O ar tem Índice de Refração aproximadamente igual ao índice do vácuo, igual a 1.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 155


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Na Refração, a frequência e, consequentemente, o período não sofrem qualquer


modificação.
Assim, o feixe vermelho, de menor frequência, tem menor índice de refração associado,
tendo maior ângulo de refração para dentro do prisma e, consequentemente, menor desvio de
direção em relação à direção do feixe incidente.
Enquanto o azul, de maior frequência, tem maior índice de refração, tendo menor ângulo
de refração para dentro do prisma e, consequentemente, maior desvio de direção em relação à
direção do feixe incidente.

Gabarito: “A”

6. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo apresenta


uma lente que converge os raios de luz do Sol para uma região muito pequena, sendo
capaz de fazer a superfície da madeira entrar em combustão.

Fonte: Shutterstock.
O fenômeno ondulatório que ocorre quando a luz do Sol passa pela lente e a converge
é o da
A) Difração.
B) Refração.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 156


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

C) Reflexão.
D) Dispersão.
E) Polarização.
Comentários
Quando uma onda, como a luz por exemplo, passa de um meio para outro, ela sofre o
fenômeno da Refração.
A Refração se caracteriza pela mudança de velocidade de propagação de uma onda ao
trocar de meio. Esta mudança de velocidade pode causar uma mudança de direção de
propagação, causando um consequente desvio de trajetória.
A figura abaixo apresenta um esquema para uma lente convergente sendo incidida por
dois raios de luz paralelos ao eixo principal.

Quando a luz atravessa uma lente que está no ar, ela sofre Refração ao entrar e ao sair
da lente. Esta é a resposta correta!
A Difração ocorre quando uma onda contorna um obstáculo, como quando uma onda
passa por uma fenda. A Reflexão ocorre quando uma onda é refletida por uma superfície, como
ocorre em espelhos, por exemplo.
A Dispersão é um fenômeno que ocorre quando um feixe de luz policromático (com mais
de uma frequência pura) é dividido em suas componentes ao sofrer Refração. Embora este efeito
ocorra com a luz do Sol ao passar pela lente, não é ele que converge os raios.
A Polarização é um fenômeno que seleciona uma direção de vibração de ondas
transversais.
Gabarito: “B”

7. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Se um objeto real é


posicionado sobre o eixo principal de um espelho esférico côncavo, a imagem
conjugada se forma entre o centro de curvatura e o foco, sendo real, invertida e menor
que o objeto, conforme a Figura 1 abaixo.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 157


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Foi colocado, então, um anteparo opaco em frente ao espelho, conforme apresentado


na Figura 2. Selecione a alternativa que apresenta corretamente o esquema após ter
sido colocado o anteparo.

A)

B)

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 158


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

C)

D)

E)
Comentários
Ao se colocar um anteparo opaco em frente ao espelho, a quantidade de luz que sai do
objeto real, reflete no espelho e forma a imagem diminui, fazendo com que a imagem fique mais
fraca, com menor intensidade luminosa, porém, mantendo sua posição e características,
conforme o esquema abaixo.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 159


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Gabarito: “C”

8. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um olho emétrope é capaz


e formar imagens nítidas de objetos na região da retina conforme apresentado no
esquema abaixo.

A partir dos dados apresentados no esquema acima, selecione a alternativa correta.


A) Esse olho tem distância focal igual a 24mm e tem aproximadamente +42di, sendo
capaz de produzir uma imagem nítida real, invertida e menor.
B) Esse olho tem distância focal igual a 24cm e tem aproximadamente +42di, sendo
capaz de produzir uma imagem nítida real, invertida e menor.
C) Esse olho tem distância focal igual a 25mm e tem aproximadamente +30di, sendo
capaz de produzir uma imagem nítida virtual, invertida e menor.
D) Esse olho tem distância focal igual a 25cm e tem aproximadamente +30di, sendo
capaz de produzir uma imagem nítida virtual, invertida e menor.
E) Esse olho tem distância focal igual a 3,4cm e tem aproximadamente -30di, sendo
capaz de produzir uma imagem nítida real, invertida e menor.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 160


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Comentários
Para o cálculo da distância focal do olho, podemos utilizar a Equação dos Pontos
Conjugados de Gauss:
1 1 1
= +
𝑓𝑜 𝑑𝑖 𝑑𝑜
Dados: di=25mm=2,5cm do=60cm
1 1 1
= +
𝑓𝑜 2,5 60
1 24 + 1 25
= =
𝑓𝑜 60 60
60
𝑓𝑜 = = 2,4𝑐𝑚 = 24𝑚𝑚 = 0,024𝑚
25
Com esta distância focal, podemos calcular o grau de Vergência do olho a partir da
equação do número de dioptria:
1
𝐷=
𝑓𝑜
1
𝐷= = 41,6 𝑚−1 ≅ 42 𝑑𝑖
0,024
Como o conjunto óptico ocular é convergente, tanto o foco quanto o grau de vergência
são positivos, conforme a convenção de sinais.
Como o olho se assemelha a uma lente convergente, objetos reais distantes terão suas
imagens nítidas conjugadas e projetadas sobre o plano da retina, sendo reais, invertidas e
menores.
Gabarito: “A”

9. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo apresenta


um lápis dentro de um copo com água.

Fonte: Shutterstock.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 161


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Selecione a alternativa que explica corretamente o motivo pelo qual o lápis parece estar
quebrado.
A) A luz refletida pelo lápis sofre difração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem real do lápis que
não coincide com sua real posição.
B) A luz refratada pelo lápis sofre refração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem real do lápis que
não coincide com sua real posição.
C) A luz difratada pelo lápis sofre refração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem real do lápis que
não coincide com sua real posição.
D) A luz refratada pelo lápis sofre difração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem virtual do lápis
que não coincide com sua real posição.
E) A luz refletida pelo lápis sofre refração ao sair da água para o ar, sofrendo uma
mudança de direção e, consequentemente, produzindo uma imagem virtual do lápis
que não coincide com sua real posição.
Comentários
A luz visível refletida pelo lápis atravessa a água, sofre refração ao entrar no vidro do copo
e refrata novamente ao sair do vidro para o ar. A Refração, conforme a Lei de Snell-Descartes,
pode causar uma mudança na direção de propagação da onda. Esta mudança de direção não é
corrigida pelo nosso sistema de visão.
Assim, essa refração da luz acaba formando uma imagem virtual que pode não coincidir
com a posição do objeto. Como a luz visível refletida pela parte do lápis que está fora da água
não sofre refração, a imagem é percebida no mesmo local do objeto.
Portanto, como a imagem das partes do lápis dentro e fora da água se formam
desconexas, o lápis parece quebrado.
A difração se caracteriza pelo contorno de obstáculo realizado por uma onda.
Gabarito: “E”

10. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) As fibras ópticas tem


cada vez mais substituído fios de cobre e cabos devido ao fato de serem um meio de
transmissão de informação mais eficiente e com maior velocidade de transferência de
dados. Fibras ópticas são compostas de uma estrutura cilíndrica, transparente e
flexível, de material dielétrico (em geral, sílica ou plástico), chamada de núcleo, cujo
diâmetro é comparável ao de um fio de cabelo. Essa estrutura é envolta por uma
segunda camada, também de material dielétrico, chamada casca, como mostra a figura.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 162


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Um raio de luz incidente em uma fibra óptica sofre inúmeras reflexões internas totais
ao atravessar o núcleo da estrutura cilíndrica. Qual o ângulo mínimo de incidência de
um raio para que haja reflexão interna total na fibra óptica?
A) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒔𝒆𝒏𝒐(𝟎, 𝟗𝟗)
B) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒏𝒐(𝟎, 𝟗𝟗)
𝟏
C) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐𝒔𝒆𝒏𝒐 (𝟎,𝟗𝟗)
𝟏
D) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒏𝒐 (𝟎,𝟗𝟗)

E) 𝜽𝒄𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒐 ≅ 𝒂𝒓𝒄𝒐 𝒕𝒂𝒏𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 (𝟎, 𝟗𝟗)


Comentários
O ângulo limite ou crítico para que ocorra a reflexão interna total é dado pelo arco seno
da razão entre os índices de refração no qual a luz está contida.
𝑛𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 =
𝑛𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
1,465
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 =
1,48
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 ≅ 0,99
𝜃𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 ≅ 𝑎𝑟𝑐𝑜𝑠𝑒𝑛𝑜(0,99)
𝜃𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 ≅ 0,017°
Gabarito: “A”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 163


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

11. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um dispositivo óptico


conjuga uma imagem menor de um objeto real. Este dispositivo pode ser
a) um espelho convexo, onde a imagem será, também, virtual invertida e estará mais
afastada ao espelho que o objeto.
b) um espelho côncavo, onde a imagem será, também, virtual invertida e estará mais
afastada ao espelho que o objeto.
c) um espelho convergente, onde a imagem será, também, real invertida e estará mais
próxima ao espelho que o objeto.
d) um espelho convexo, onde a imagem será, também, real invertida e estará mais
próxima ao espelho que o objeto.
e) um espelho côncavo, onde a imagem será, também, real invertida e estará mais
próxima ao espelho que o objeto.
Comentários:
Tanto espelhos esféricos côncavos quanto os convexos podem produzir imagens
menores que objetos reais.
Para o caso de espelhos côncavos, quando o objeto está além do centro de curvatura, a
imagem é real, invertida e menor, se formando entre o centro e o foco, como mostrado no caso
1 abaixo.

Já nos espelhos convexos, qualquer objeto real terá sua imagem conjugada entre o vértice
e o foco, sendo virtual, direita e menor, como no caso único apresentado acima.
Conforme a Equação do Aumento Linear, podemos concluir que, se a imagem é menor
que o objeto, ela também está mais próxima ao espelho que o objeto.
𝑖 𝑑𝑖
𝐴= =−
𝑜 𝑑𝑜
Gabarito: “E”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 164


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

12. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um ponto objeto está


posicionado a 60cm de um espelho esférico. O ponto imagem virtual conjugado pelo
espelho está 4 vezes mais distante do eixo principal que o objeto. Pode-se afirmar que
esse espelho deve ser _________________ e seu raio de curvatura deve valer
_____________ .
Qual das alternativas abaixo completa as lacunas do enunciado acima na ordem que
aparecem?
a) côncavo – 80cm
b) convexo – 40cm
c) convergente – 80cm
d) convexo – 80cm
e) côncavo – 160cm
Comentários
Como o Ponto Imagem é virtual e está 4 vezes mais distante do eixo principal que o Ponto
Objeto, o espelho só pode ser côncavo.
Para o cálculo do raio de curvatura, podemos utilizar a Equação de Gauss:
1 1 1
= +
𝑓𝑜 𝑑𝑖 𝑑𝑜
Pela equação do Aumento Linear:
𝑖 𝑑𝑖
𝐴= =−
𝑜 𝑑𝑜
Como i=4.o, podemos escrever a relação entre d i e do:
𝑑𝑖
4=−
𝑑𝑜
𝑑𝑖 = −4 ⋅ 𝑑𝑜 = −4 ⋅ 60 = −240𝑐𝑚
Assim, temos:
1 1 1
= −
𝑓𝑜 60 240
1 4−1 3
= =
𝑓𝑜 240 240
240
𝑓𝑜 = = 80𝑐𝑚
3
Como o raio de curvatura é o dobro da distância focal, temos que:
𝑅 = 2 ⋅ 𝑓𝑜 = 2 ⋅ 80 = 160𝑐𝑚
Gabarito: “E”.

13. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um espelho conjuga uma


imagem 25% menor de um objeto real. Pode-se afirmar que
A) este espelho é plano e o objeto está à mesma distância ao espelho que sua imagem.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 165


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

B) este espelho é côncavo, o objeto está 25% mais distante ao espelho que sua
imagem, que é real e invertida.
C) este espelho é côncavo, o objeto está 33% mais distante ao espelho que sua
imagem, que é real e invertida.
D) este espelho é côncavo, o objeto está 33% mais distante ao espelho que sua
imagem, que é virtual e direita.
E) este espelho é convexo, o objeto está 25% mais distante ao espelho que sua
imagem, que é virtual e direita.
Comentários
Espelhos esféricos côncavos e convexos podem produzir imagens menores que objetos
reais. Para o caso de espelhos côncavos, quando o objeto está além do centro de curvatura, a
imagem é real, invertida e menor, se formando entre o centro e o foco, como mostrado no caso
1 abaixo.

Já nos espelhos convexos, qualquer objeto real terá sua imagem conjugada entre o vértice
e o foco, sendo virtual, direita e menor, como no caso único apresentado acima.
Conforme a Equação do Aumento Linear, podemos concluir que, se a imagem é 25%
menor que o objeto, então ela também está 25% mais próxima ao vértice do espelho que seu
respectivo objeto.
𝑖 𝑑𝑖
𝐴= =−
𝑜 𝑑𝑜
Assim, se a imagem está 25% mais próxima ao espelho que o objeto, então o objeto está
33% mais distante ao espelho que sua respectiva imagem.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 166


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3 ⋅ 𝑑𝑜
𝑑𝑖 = 𝑑𝑜 − 0,25 ⋅ 𝑑𝑜 = = 0,75 ⋅ 𝑑𝑜
4
𝑑𝑖
𝑑𝑜 = = 1,33 ⋅ 𝑑𝑖
0,75
Espelhos planos não formam imagens menores que objetos, pois conjugam imagens
virtuais, direitas e de iguais tamanhos de objetos reais.
Gabarito: “C”.

14. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo mostra um


objeto real posicionado em frente a um instrumento óptico e sua respectiva imagem
conjugada.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 167


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

O instrumento óptico escondido atrás da caixa cinza é ________________ e a imagem


conjugada é _________________.
Qual das alternativas abaixo completa corretamente as lacunas do enunciado na ordem
que aparecem?
a) uma lente convergente – real, invertida e menor.
b) uma lente convergente – virtual, invertida e menor.
c) um espelho côncavo – real, invertida e menor.
d) uma lente divergente – virtual, direita e menor.
e) um espelho convexo – virtual, invertida e menor.
Comentários
Os raios de luz originados num ponto do objeto divergiram ao passar pelo instrumento
óptico, indicando que atrás da caixa cinza tem uma lente divergente.
A imagem se forma na posição de encontro do prolongamento das direções dos raios
transmitidos pela lente, caracterizando uma imagem virtual. A imagem é direita, pois está com
mesma orientação que o objeto (de cabeça para cima), e menor, devido ao seu tamanho quando
comparado com o objeto.
A imagem que segue apresenta um diagrama completo.

Gabarito: “D”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 168


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

15. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um astrônomo amador,


ao apontar seu telescópio para a lua, conseguiu observar uma imagem nítida com um
aumento de 200 vezes.
Sabe-se que o aumento da imagem fornecida por um telescópio é igual à razão entre a
distância focal da lente objetiva ou do espelho principal pela distância focal da ocular
utilizada.
Se a objetiva do telescópio utilizado tem um diâmetro de 160mm e 0,625 dioptria, pode-
se afirmar que
a) o telescópio é um refrator e a ocular utilizada tem distância focal de 4mm.
b) o telescópio é um refletor e a ocular utilizada tem distância focal de 4mm.
c) o telescópio é um refrator e a ocular utilizada tem distância focal de 8mm.
d) o telescópio é um refletor e a ocular utilizada tem distância focal de 8mm.
e) o telescópio é um refletor e a ocular utilizada tem distância focal de 8cm.
Comentários
Os telescópios com que utilizam lentes como instrumento óptico principal são chamados
de refratores, pois a luz sobre refração ao atravessar a lente. Esta lente principal é chamada de
objetiva.
Neste caso, a objetiva tem 0,625 dioptria. Com esta informação podemos determinar a
distância focal da lente:
1
𝐷=
𝑓𝐿𝑒𝑛𝑡𝑒
1 1
𝑓𝐿𝑒𝑛𝑡𝑒 = = = 1,6 𝑚 = 1600 𝑚𝑚
𝐷 0,625
Como o telescópio ofereceu um aumento de 200 vezes, a distância focal da lente ocular
pode ser obtida pela relação abaixo:
𝑓𝐿𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐴=
𝑓𝑂𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟
1600
200 =
𝑓𝑂𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟
1600
𝑓𝑂𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 = = 8 𝑚𝑚
200

Gabarito: “C”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 169


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

16. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um condutor num veículo


que trafega à frente de uma ambulância a observa através de seu espelho retrovisor e
a enxerga conforme a figura abaixo.

O adesivo impresso colocado na parte frontal dessa ambulância está grafado como na
alternativa

A)

B)

C)

D)

E)
Comentários
Como a imagem da parte frontal da ambulância é vista através de um espelho plano, a
imagem fica simétrica ao espelho, como mostrado abaixo.

Gabarito: “E”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 170


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

17. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo apresenta


um par de raios de luz monocromáticos que atravessam um componente óptico após
incidirem paralelamente ao eixo principal, a partir da esquerda.

Um objeto real, posicionado entre o centro-imagem e o foco-imagem, terá sua imagem


conjugada
A) pela lente convergente, entre o foco-imagem e o vértice, sendo real, invertida e
menor.
B) pelo espelho convergente, entre o foco e o vértice, sendo real, invertida e menor.
C) pela lente convexa, entre o centro-imagem e o vértice, sendo virtual, direita e maior.
D) pelo espelho divergente, entre o centro e o vértice, sendo real, invertida e maior.
E) pela lente divergente, entre o foco-imagem e o vértice, sendo virtual, direita e menor.
Comentários
A partir da imagem, podemos concluir que o componente óptico se trata de uma lente
divergente.
Lentes divergentes conjugam imagens virtuais, direitas e menores de objetos reais. O
esquema abaixo apresenta uma situação.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 171


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Independentemente de onde o objeto esteja, a imagem permanecerá com suas mesmas


características, formando-se entre o foco-imagem e o vértice.
Gabarito: “E”

18. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz


monocromática de frequência f atravessa três meios, entrando pelo meio 1 e saindo
pelo meio 3, conforme a figura abaixo.

Pode-se afirmar que


A) a frequência do feixe no meio 2 é maior que nos outros dois meios.
B) a frequência do feixe no meio 1 é maior que nos outros dois meios.
C) o índice de refração do meio 1 é maior que os índices dos outros dois meios.
D) o índice de refração do meio 2 é maior que os índices dos outros dois meios.
E) o índice de refração do meio 3 é maior que os índices dos outros dois meios.
Comentários
A partir da Lei de Snell, quando um raio de luz monocromática refrata de um meio A para
um meio B, os senos dos ângulos de incidência e de refração estão relacionados com os índices
de refração dos respectivos meios a partir da seguinte relação:
𝑛𝐴 𝑠𝑒𝑛𝜃𝐵
=
𝑛𝐵 𝑠𝑒𝑛𝜃𝐴
Assim, podemos concluir que o meio que tem maior índice de refração é aquele que
apresenta o menor ângulo com a normal.
No caso dessa questão, o menor ângulo ocorre no meio 2 que, então, tem maior índice de
refração.
As frequências de feixes não sofrem qualquer alteração ao refratarem, trocando de meio
de propagação.
Gabarito: “D”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 172


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

19. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real é colocado


a 60cm diante de um espelho esférico convexo de raio de curvatura igual a 40cm. A
imagem conjugada por esse espelho é _________________ e está a _______________
do vértice.
Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado acima na
ordem em que aparecem.
A) real, direita e menor – 15cm
B) real, invertida e menor – 20cm
C) real, invertida e maior – 30cm
D) virtual, direita e menor – 15cm
E) virtual, direita e menor – 20cm
Comentários
Espelhos convexos conjugam imagens virtuais, direitas e menores de objetos reais,
conforme o esquema abaixo.

Para saber a distância da imagem ao vértice do espelho, podemos utilizar a equação de


Gauss, que relaciona o inverso da distância focal f com os inversos da soma das distâncias da
imagem e do objeto ao vértice do espelho:
1 1 1
= +
𝑓 𝑑𝑖 𝑑𝑜
Como o raio de curvatura do espelho mede 40cm, então a distância focal vale 20cm. Além
disso, espelhos convexos possuem distâncias focais negativas, conforme a convenção de sinais
da óptica para espelhos esféricos.
Dados: f=-20cm do=60cm
1 1 1
= +
−20 𝑑𝑖 60
1 1 1
=− −
𝑑𝑖 60 20
1 −1 − 3
=
𝑑𝑖 60

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 173


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

1 −4
=
𝑑𝑖 60
60
𝑑𝑖 = − = −15𝑐𝑚
4
Então, a imagem se forma a 15cm do vértice. O valor negativo para a distância da imagem
indica que a imagem é virtual, conforme a convenção de sinais.
Gabarito: “D”

20. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma lente gaussiana


convergente conjuga uma imagem invertida e 10 vezes maior que um objeto que está
a 20cm dela. É correto afirmar que
A) a lente possui distância focal de 𝟐 𝒎 e a imagem é real.
𝟐
B) a lente possui distância focal de 𝒎 e a imagem é virtual.
𝟏𝟏

C) a lente possui distância focal de 𝟐𝟎𝟎 𝒎 e a imagem é real.


D) a lente possui distância focal de 𝟐 𝒎 e a imagem é virtual.
𝟐
E) a lente possui distância focal de 𝟏𝟏 𝒎 e a imagem é real.

Comentários
A distância focal pode ser obtida a partir da Equação de Gauss, que relaciona o inverso
da distância focal com a soma dos inversos das distâncias da imagem e do objeto ao vértice da
lente.
1 1 1
= +
𝑓𝑜 𝑑𝑖 𝑑𝑜
Como a imagem formada pela lente convergente é invertida e tem dez vezes o tamanho
que o objeto, podemos escrever, a partir da equação do aumento linear, que a razão entre os
tamanhos é igual à razão das distâncias:
𝑖 𝑑𝑖
𝐴= =−
𝑜 𝑑𝑜
Com i=10.o, teremos que di=10.do. Como a imagem é invertida, então o “i” entra negativo
na equação, conforme a convenção de sinais
10 𝑑𝑖
=
1 𝑑𝑜
𝑑𝑖 = 10 ⋅ 𝑑𝑜
Como do=20cm=0,2m, temos:
𝑑𝑖 = 10 ⋅ 𝑑𝑜 = 10 ⋅ 20 = 200 𝑐𝑚 = 2 𝑚
Assim, a distância focal fica:
1 1 1
= +
𝑓𝑜 𝑑𝑖 𝑑𝑜
1 1 1
= +
𝑓𝑜 0,2 2

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 174


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

1 10 + 1 11
= =
𝑓𝑜 2 2
2
𝑓𝑜 = 𝑚
11
Gabarito: “E”

21. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real é


posicionado em frente a um instrumento óptico que conjuga uma imagem conforme o
esquema abaixo.

O instrumento óptico que está escondido é


A) um espelho convexo, que acabou formando uma imagem real, direita e menor.
B) um espelho convexo, que acabou formando uma imagem virtual, direita e menor.
C) um espelho côncavo, que acabou formando uma imagem virtual, direita e menor.
D) um espelho côncavo, que acabou formando uma imagem real, direita e menor.
E) uma lente divergente, que acabou formando uma imagem virtual, direita e menor.
Comentários
Como a imagem é menor, direita e se forma do lado oposto ao instrumento óptico, então
temos o caso de um espelho convexo, que conjuga uma imagem virtual, direita e menor de um
objeto real, conforme o esquema completo abaixo.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 175


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Espelhos côncavos não conjugam imagens virtuais, direitas e menores. O único caso de
imagem virtual e direita em espelhos côncavos ocorre quando o objeto está próximo ao espelho,
em uma distância menor que a distância focal, onde ocorre a formação de uma imagem virtual
direita e maior.
Embora lentes divergentes possam produzir imagens virtuais, direitas e menores, essas
imagens se formam do mesmo lado que o objeto.
Gabarito: “B”

22. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real está diante


de um espelho esférico côncavo, gaussiano, numa distância maior que seu centro de
curvatura. Este espelho conjuga uma imagem que, se este objeto se afastar lentamente
do espelho
A) não sofrerá alterações de características, mantendo-se virtual, direita e menor que
o objeto, mas irá ficar cada vez menor, aproximando-se do plano focal do espelho.
B) sofrerá alterações de características, passando de real, invertida e menor que o
objeto, para virtual direita e maior.
C) não sofrerá alterações de características, mantendo-se virtual, direita e maior que o
objeto, mas irá ficar cada vez maior, aproximando-se do plano focal do espelho.
D) sofrerá alterações de características, passando de virtual, direita e maior que o
objeto, para real, invertida e menor.
E) não sofrerá alterações de características, mantendo-se real, invertida e menor que
o objeto, mas irá ficar cada vez menor, aproximando-se do plano focal do espelho.
Comentários
Um objeto real posicionado além do centro de curvatura de um espelho esférico côncavo,
tem sua imagem conjugada entre o centro e o foco, sendo real, invertida e menor, como
apresentado no diagrama abaixo.

Se o objeto se afastar mais do espelho, a imagem permanecerá entre o centro e o foco,


com as mesmas características, porém irá ficar menor ainda. Além disso, conforme o objeto se
afasta, a posição da imagem se aproxima do plano focal do espelho, como apresentado no
diagrama abaixo.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 176


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Gabarito: “E”

23. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Existem dois tipos


básicos de telescópios: os refratores e os refletores. Sobre esses instrumentos
ópticos, podemos afirmar que
A) enquanto os refratores utilizam uma lente principal côncava, os refletores utilizam
um espelho convergente.
B) enquanto os refratores utilizam uma lente principal divergente, os refletores utilizam
um espelho convexo.
C) enquanto os refratores utilizam uma lente principal convergente, os refletores
utilizam um espelho côncavo.
D) enquanto os refletores utilizam uma lente principal convergente, os refratores
utilizam um espelho côncavo.
Comentários
Os espelhos esféricos podem ser côncavos ou convexos. Já as lentes podem ser
convergentes ou divergentes.
Os telescópios refratores utilizam uma lente convergente como principal, enquanto os
telescópios refletores utilizam um espelho côncavo como primário.
Gabarito: “C”

24. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma onda


eletromagnética de frequência f se propaga no vácuo com velocidade igual a 3.10 8m/s.
Essa onda entra na atmosfera terrestre e sua velocidade sofre uma pequena redução.
Ao entrar na água de um lago, cuja água tem índice de refração absoluto igual a 1,5,
A) a velocidade de propagação se reduz ainda mais, passando a valer 2.10 8m/s, o
comprimento de onda também diminui, mas a frequência permanece sendo f.
B) a velocidade de propagação aumenta, passando a valer 4,5.10 8m/s, o comprimento
de onda também aumenta, mas a frequência permanece sendo f.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 177


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

C) a velocidade de propagação aumenta, passando a valer 4,5.10 8m/s, o comprimento


de onda diminui, mas a frequência aumenta, sendo maior que f.
D) a velocidade de propagação se reduz ainda mais, passando a valer 2.10 8m/s, o
comprimento de onda também diminui e a frequência aumenta, sendo maior que f.
Comentários
O índice de refração absoluto de um meio para uma determinada onda de frequência f é
igual à razão entre as velocidades de propagação da onda no vácuo e no respectivo meio,
conforme a relação abaixo.
𝑉𝑣á𝑐𝑢𝑜
𝑛𝑚𝑒𝑖𝑜 =
𝑉𝑚𝑒𝑖𝑜
Assim, como o índice de refração do meio vale 1,5 e a velocidade de propagação da onda
no vácuo vale 3.108m/s, a velocidade de propagação da onda no meio passa a valer:
3 ⋅ 108
1,5 =
𝑉𝑚𝑒𝑖𝑜
8
3 ⋅ 10
𝑉𝑚𝑒𝑖𝑜 = = 2 ⋅ 108 𝑚/𝑠
1,5
A troca de meio não altera de forma alguma a frequência de uma onda, que se mantém,
neste caso, no ar e na água, com a mesma frequência f que tinha quando se propagava no
vácuo.
Já o comprimento de onda acompanha a mudança da velocidade, na mesma proporção
direta, sofrendo uma redução, ao entra na água, para 2/3 de seu respectivo valor no vácuo.
Gabarito: “A”

25. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real está sobre


o eixo principal de uma lente esférica convergente, gaussiana, numa distância maior
que seu centro objeto. Esta lente conjuga uma imagem que, se este objeto ir se
aproximando até encostar na lente
A) sofrerá alterações de características, passando de real e invertida para virtual e
direita assim que o objeto estiver entre o foco objeto e o vértice.
B) não sofrerá alterações de características, mantendo-se virtual, direita e maior que o
objeto, mas irá ficar cada vez maior, aproximando-se do plano focal.
C) sofrerá alterações de características, passando de virtual, direita e maior que o
objeto, para real, invertida e menor.
D) não sofrerá alterações de características, mantendo-se virtual, direita e maior que o
objeto, mas irá ficar cada vez menor, aproximando-se do plano focal.
E) sofrerá alterações de características, passando de real, invertida e maior, para
virtual, invertida e maior que o objeto.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 178


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Comentários
Um objeto na posição 1 (veja a figura abaixo), terá sua imagem entre o centro imagem e
o foco imagem, sendo real, invertida e menor que o objeto.
Conforme o objeto se aproxima da lente convergente, ele passa pelas posições indicadas
pelos números 2, 3, 4 e 5.
Na posição 2, o objeto está sobre o centro objeto da lente, que conjuga uma imagem real,
invertida e de igual tamanho que o objeto.
Na posição 3, a imagem se mantém real e invertida, porém se torna maior que o objeto,
formando-se além do ponto de centro imagem da lente.
Ao passar pela posição 4, onde o objeto se encontra na posição focal, não ocorre
formação de imagem, sendo classificada como imprópria.
Além da posição 4, quando o objeto está entre o foco objeto e o vértice da lente, a imagem
se torna virtual, direita e maior que o objeto.

Gabarito: “A”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 179


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

26. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz


monocromático incide do meio 1 e atravessa para o meio 2 conforme apresentado na
figura abaixo.

Se θ1 é igual a 45° e θ2 é igual a 30°, então o índice de refração relativo do meio 2 em


relação ao meio 1 vale
[Dados: sen30°=1/2, cos30°=√3/2, sen45°=cos45°=√2/2.]
A) √2
B) √3
C) √2/2
D) √3/2
E) 1/2
Comentários
O índice de refração relativo do meio 2 em relação ao meio 1 é, conforme a Lei de Snell,
dada pela relação abaixo:
𝑛2 𝑠𝑒𝑛𝜃1
𝑛21 = =
𝑛1 𝑠𝑒𝑛𝜃2
Como senθ1=sen45°=√2/2 e senθ2=sen30°=1/2, temos que:
√2
𝑠𝑒𝑛45° √2
𝑛21 = = 2 = = √2
𝑠𝑒𝑛30° 1 1
2
Gabarito: “A”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 180


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

27. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real é colocado


a 60cm de uma lente gaussiana simétrica biconvexa, imersa no ar, que forma uma
imagem invertida e com o dobro do tamanho do objeto. O índice de refração da lente
vale 1,5 e considere o índice de refração do ar igual a 1,0. O grau de vergência dessa
lente vale
A) 0,025 dioptria.
B) 0,25 dioptria.
C) 2,5 dioptria.
D) 25 dioptria.
Comentários
O Grau de Vergência de uma lente é definido como o inverso da sua distância focal.
Ele pode ser obtido por
1
𝑉=
𝑓𝑜
A distância focal pode ser obtida a partir da Equação de Gauss, que relaciona o inverso
da distância focal com a soma dos inversos das distâncias da imagem e do objeto ao vértice da
lente.
1 1 1
= +
𝑓𝑜 𝑑𝑖 𝑑𝑜
Como a imagem formada pela lente convergente é invertida e tem o dobro do tamanho
que o objeto, podemos escrever, a partir da equação do aumento linear, que a razão entre os
tamanhos é igual à razão das distâncias:
𝑖 𝑑𝑖
𝐴= =−
𝑜 𝑑𝑜
Com i=2.o, teremos que di=2.do.
2 𝑑𝑖
=
1 𝑑𝑜
𝑑𝑖 = 2 ⋅ 𝑑𝑜
Como do=60cm=0,6m, temos:
𝑑𝑖 = 2 ⋅ 𝑑𝑜 = 2 ⋅ 60 = 120 𝑐𝑚 = 1,2 𝑚
Assim, o grau de vergência fica:
1 1 1
𝑉= = +
𝑓𝑜 𝑑𝑖 𝑑𝑜
1 1 1+2 3
𝑉= + = = = 2,5 𝑚−1 = 2,5 𝑑𝑖
1,2 0,6 1,2 1,2

Gabarito: “C”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 181


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

28. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo apresenta


um objeto real e um espelho plano.

Pode-se afirmar que a imagem do objeto conjugada pelo espelho será formada na
posição indicada pelo número
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) Nenhuma das posições indicadas.
Comentários
Toda imagem conjugada por um espelho plano é simétrica à sua direção, como
apresentado abaixo:

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 182


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Gabarito: “A”

29. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) As imagens abaixo


apresentam um tipo de espelho bastante utilizado em situações cotidianas.

Fonte: Shutterstock.
Sobre esses espelhos, é correto afirmar que
a) são côncavos, conjugam imagens reais, invertidas e menores de objetos reais e
reduzem o campo de visão de observadores, não distorcendo suas noções de
perspectiva.
b) são côncavos, conjugam imagens reais, diretas e maiores de objetos reais e ampliam
o campo de visão de observadores, distorcendo suas noções de perspectiva.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 183


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

c) são convexos, conjugam imagens virtuais, diretas e menores de objetos reais e


ampliam o campo de visão de observadores, distorcendo suas noções de perspectiva.
d) são convexos, conjugam imagens reais, invertidas e maiores de objetos reais e
reduzem o campo de visão de observadores, não distorcendo suas noções de
perspectiva.
e) são convergentes, conjugam imagens virtuais, diretas e menores de objetos reais e
ampliam o campo de visão de observadores, embora distorçam suas noções de
perspectiva.
Comentários
O espelho apresentado nas figuras é convexo. Este tipo de espelho forma imagens
virtuais, direitas e menores de objetos reais colocados à sua frente.
Com um espelho desses se pode observar uma região bem maior que seu tamanho,
ampliando o campo de visão de observadores, mas distorcendo suas noções de perspectiva,
distâncias e tamanhos.
Gabarito: “C”

30. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz


monocromática originada num laser, no interior de uma câmara de vácuo, incide sobre
um cristal e sofre refração. Se o ângulo de incidência do feixe foi de 45° e o ângulo da
parte do feixe refratado foi de 30°, pode-se afirmar que o índice de refração do material
e as razões entre as frequências e os comprimentos de onda do feixe fora e dentro do
cristal valem, respectivamente
Dados: sen (45°) = cos (45°) = √2/2, sen (30°) = 1/2, cos (30°) = √3/2.
a) √2/2, √2 e 1.
b) √2, 1 e √2.
c) √3/2, √2 e 1/2.
d) √3, 1 e √3.
Comentários
A partir da Lei de Snell-Descartes, podemos determinar o índice de refração do cristal:
𝑛1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃1 = 𝑛2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃2
Dados: n1=nvácuo=1 θ1=45° θ2=45° n2=ncristal
1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛45° = 𝑛2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛30°
√2 1
= 𝑛2 ⋅
2 2
𝑛2 = √2
A razão entre as frequências do feixe fora e dentro do cristal é igual a 1, pois a frequência
não se modifica ao sofrer refração na troca de meio.
Já, a razão entre os comprimentos de onda pode ser determinada pela relação abaixo:

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 184


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

𝑛2 𝑠𝑒𝑛𝜃1 𝑉1 𝜆1
= = =
𝑛1 𝑠𝑒𝑛𝜃2 𝑉2 𝜆2
Assim, temos que:
𝑛𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙 𝜆𝑣á𝑐𝑢𝑜
=
𝑛𝑣á𝑐𝑢𝑜 𝜆𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙
√2 𝜆𝑣á𝑐𝑢𝑜
=
1 𝜆𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙
𝜆𝑣á𝑐𝑢𝑜
= √2
𝜆𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙
Gabarito: “B”

31. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Espelhos convexos são


amplamente utilizados cotidianamente. É comum o uso desse tipo de espelho em lojas,
garagens, supermercados, ônibus e em retrovisores de veículos. Escolha a alternativa
abaixo que apresenta corretamente um esquema para esse tipo de espelho.
a)

b)

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 185


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

c)

d)

Comentários
a) INCORRETA: o esquema está correto, mas o espelho é o côncavo.
b) INCORRETA: a imagem de um objeto real sobre o centro de curvatura de um espelho
côncavo é real, invertida e igual.
c) CORRETA.
d) INCORRETA: a imagem de um objeto real conjugada por um espelho convexo é virtual,
direita e menor. Além disso, todo raio de luz que incidir o espelho paralelamente ao eixo principal
é refletido por uma direção que cruza o foco, não o centro de curvatura.
Gabarito: “C”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 186


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

32. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um objeto real, um


espelho plano e um observador estão dispostos conforme a figura abaixo.

A partir da figura, pode-se afirmar que


a) o objeto não terá uma imagem conjugada pelo espelho, pois espelhos planos
somente formam imagens de objetos que estejam a frente deles.
b) o espelho irá conjugar as imagens do objeto e do observador, que serão reais e
invertidas.
c) o observador será capaz de enxergar sua própria imagem e a imagem do objeto
através do espelho, que serão virtuais.
d) o observador somente conseguirá ver sua própria imagem através do espelho, que
será virtual direita e igual, pois a imagem do objeto estará fora do seu campo de visão.
Comentários
Espelhos planos conjugam imagens de quaisquer objetos reais que estejam à frende de
seu plano, mesmo que estes objetos estejam além de suas extremidades. Portanto, no caso
desta questão, o espelho irá conjugar imagens do observador e do objeto.
Estas imagens são virtuais, direitas e iguais. Assim, objetos e imagens são simétricos em
relação ao plano do espelho, tendo iguais tamanhos e iguais orientações que os objetos.
O campo de visão de um observador é delimitado pelas extremidades do espelho,
conforme a imagem abaixo

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 187


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Portanto, o observador será capaz de enxergar sua própria imagem e a imagem do objeto
através do espelho, que serão virtuais, direitas e iguais.

Gabarito: “C”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 188


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

33. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Os nossos olhos fazem parte


do sistema visual humano e funcionam segundo princípios da óptica. Possuem, dentre
outros elementos, lentes convergentes chamadas de cristalino e uma região onde se
forma a imagem chamada de retina.
Algumas condições como a miopia e a hipermetropia afetam nossa visão e fazem com
que a imagem seja formada em uma região diferente daquela que deveria ser. Para
corrigir esses defeitos, podemos usar lentes corretivas, ou nos submeter a
intervenções cirúrgicas.
Certa pessoa com severa condição míope não consegue enxergar nitidamente objetos
reais posicionados a mais de 70 cm de distância em um eixo horizontal a partir de seus
olhos. A vergência, em dioptrias, das lentes esféricas mais indicadas para a correção
desse problema é de
a) − 𝟏,0
b) + 𝟐, 𝟖
c) + 𝟏, 𝟒
d) − 𝟐,0
e) − 𝟏, 𝟒
Comentários
Míopes necessitam de lentes divergentes para correção do problema. Raios de luz
provenientes de objetos num ponto no infinito (𝑃 = ∞) que atravessam a lente corretiva precisam
ter sua imagem formada em uma distância 𝑃′ = 0,7 𝑚. Utilizando a equação de Gauss, podemos
calcular a distância focal da lente:
1 1 1 1 1 1
= + ′= + =
𝑓 𝑃 𝑃 ∞ 0,7 0,7
𝑓 = 70 𝑐𝑚
Uma vez que a lente é divergente, a distância focal deve ser negativa nos cálculos, logo,
𝑓 = −0,7 𝑚. Pela reação da vergência com o foco de uma lente, temos:
1 1
𝑉= = ≅ −1,4 𝑑𝑖
𝑓 −0,7
Gabarito: “E”

34. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Após uma partida de futebol,


os jogadores foram comemorar na sede do clube ainda uniformizados. As cores do
time, estampadas em suas camisas, são o verde, o azul e o branco. Em função de uma
falha na iluminação nos salões da agremiação, as únicas fontes de luz eram
monocromáticas de cor verde ou de cor vermelha.
Sob essa iluminação, uma pessoa sem nenhum defeito no conjunto de visão enxergará
as camisas dos jogadores com as cores
a) verde, azul e branca, independentemente da cor da iluminação.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 189


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

b) verde e azul sob luz verde, e azul, branca e preta sob luz vermelha.
c) verde e preta sob luz verde, e vermelha e preta sob luz vermelha.
d) verde e azul sob luz verde, e azul e vermelha sob luz vermelha.
e) azul e preta sob luz verde, e vermelha, branca e preta sob luz vermelha.
Comentários
As cores que enxergamos são reflexos da luz branca que atinge os objetos, e seguem
para nossos olhos. Podemos ver um corpo de determinada cor x, pois dentre todas as cores que
formam a cor banca, ela é a única que não é absorvida.
Ao iluminarmos um objeto de coloração verde com uma luz monocromática vermelha,
essa luz será completamente absorvida e não chegará reflexo em nossos olhos, portanto
veremos esse objeto preto.
Logo, sob luz verde, a camisa será parecerá verde (reflexo da cor verde e da cor branca,
que reflete todas as cores) e preta (ausência de reflexo da cor azul) enquanto sob a luz vermelha
a camisa será vista com as cores vermelho (do reflexo da cor branca) e preto (da ausência de
reflexo das cores verde e azul).
Gabarito: “C”

35. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) O Natal é uma das datas mais
especiais do ano para muitos de nós. Estar perto dos familiares, fazer uma bela refeição
na ceia, jogar conversa fora até tarde e abrir os presentes na manhã seguinte, são só
algumas das coisas que amamos fazer. E claro, não podemos esquecer do verdadeiro
significado desta data tão magnífica: o nascimento de Jesus Cristo e tudo o que ele
representa.
As crianças, claro, também amam o Natal, mas, às vezes, é complicado explicar a elas
o que esta data representa de modo que a mesma não fique limitada, em suas
cabecinhas, somente aos presentes e quitutes. A melhor forma de tornar uma criança
interessada em algo é fazê-la participar ativamente de todo o processo.
Disponível em: https://www.tudointeressante.com.br/2014/12/29-incriveis-ideias-de-decoracao-natalina-
para-fazer-junto-com-as-criancas.html Acesso em: 05 jun. 2020.

Durante a decoração de uma árvore-de-natal uma criança ficou fascinada com a


imagem formada pela superfície espelhada de um enfeite em formato esférico. E
perguntou a mãe sobre a imagem formada, que deve ser
a) Imagem real, invertida e menor.
b) Imagem virtual, direita e menor.
c) Imagem real, invertida e maior.
d) Imagem virtual, direita e maior.
e) Imagem imprópria.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 190


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Comentários
a) Alternativa incorreta. Essa é a imagem de um espelho côncavo com o objeto colocado
a uma distância do espelho maior que o dobro da distância focal. Como a esfera natalina tem
uma superfície convexa, não pode ter essa imagem.
b) Alternativa correta. Essa é a única imagem de um espelho convexo, como a superfície
externa de uma esfera espelhada.
c) Alternativa incorreta. Essa é a imagem de um espelho côncavo com o objeto colocado
a uma distância do espelho maior que a distância focal e menor do que o dobro da distância
focal. Como a esfera natalina tem uma superfície convexa, não pode ter essa imagem.
d) Alternativa incorreta. Essa é a imagem de um espelho côncavo com o objeto colocado
a uma distância do espelho menor que a distância focal. Como a esfera natalina tem uma
superfície convexa, não pode ter essa imagem.
e) Alternativa incorreta. Essa é a imagem de um espelho côncavo com o objeto colocado
a uma distância do espelho igual a distância focal. Como a esfera natalina tem uma superfície
convexa, não pode ter essa imagem.
Gabarito: “B”

36. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Em um experimento, luz


monocromática violeta é emitida a partir de uma fonte, localizada no ponto A, em
direção a um receptor no ponto B.

O número comprimentos de onda completos que essa radiação é capaz de realizar ao


partir de A, no vácuo, atravessar a placa de vidro e atingir o ponto B é próximo de
a) 𝟐, 𝟕 ⋅ 𝟏𝟎𝟑
b) 𝟑, 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟑
c) 𝟐, 𝟕 ⋅ 𝟏𝟎𝟓
d) 𝟑, 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟓
e) 𝟖, 𝟖 ⋅ 𝟏𝟎𝟕
Note e adote:

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 191


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

O índice de refração do vidro é 𝒏 = 𝟏, 𝟓.


Assuma que a luz se propaga no ar com a mesma velocidade com a qual se propaga
no vácuo.
O comprimento de onda da luz violeta é próximo a 𝟒𝟎𝟎 𝒏𝒎.
A figura não está em escala.
Comentários
Tem-se 10 𝑐𝑚 sendo percorrido pela luz no ar, cujo índice de refração será igual a 1, já
que adotamos que a velocidade de propagação da luz nele é a mesma que no vácuo, e 2,0 𝑐𝑚
sendo percorridos no vidro.
Sabemos que o índice de refração de um determinado meio é dado pela razão entre a
velocidade da luz no vácuo, 𝑐, e a velocidade de propagação da luz no meio em questão:
𝑐
𝑛=
𝑣𝑚𝑒𝑖𝑜
Em função da equação fundamental da ondulatória, podemos substituir a velocidade da
luz pelo produto entre a sua frequência e o seu comprimento de onda:
𝑓𝑣𝑖𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎 ⋅ 𝜆𝑣𝑖𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎,𝑣á𝑐𝑢𝑜
𝑛𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 =
𝑓𝑣𝑖𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎 ⋅ 𝜆𝑣𝑖𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎,𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜
Como a frequência da radiação se mantém inalterada, qualquer que seja o meio no qual
ela se propaga, podemos fazer a simplificação:
𝑓𝑣𝑖𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎 ⋅ 𝜆𝑣𝑖𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎,𝑣á𝑐𝑢𝑜 𝜆𝑣𝑖𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎,𝑣á𝑐𝑢𝑜
𝑛𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 = =
𝑓𝑣𝑖𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎 ⋅ 𝜆𝑣𝑖𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎,𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 𝜆𝑣𝑖𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎,𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜
Agora podemos calcular o comprimento de onda da luz violeta no vidro:
400 ⋅ 10−9 8
1,5 = ⇒ 𝜆𝑣𝑖𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎,𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 = ⋅ 10−7 𝑚
𝜆𝑣𝑖𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎,𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 3
Agora podemos calcular o total de comprimentos de onda:
𝐿𝑣á𝑐𝑢𝑜 𝐿𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜
𝜆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = +
𝜆𝑣á𝑐𝑢𝑜 𝜆𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜
10 ⋅ 10−2 2,0 ⋅ 10−2
𝜆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = +
400 ⋅ 10−9 8
⋅ 10−7
3
10 ⋅ 10−2 2,0 ⋅ 10−2
𝜆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = +
4,0 ⋅ 10−7 8 −7
3 ⋅ 10
𝜆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2,5 ⋅ 105 + 0,75 ⋅ 105
𝜆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ≅ 3,3 ⋅ 105 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎
Gabarito: “D”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 192


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

37. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Interessado em determinar o


índice de refração da água de seu aquário, Thiago posicionou uma caneta laser,
adequadamente protegida, no fundo de seu criadouro de vida aquática.

Ao instalar o equipamento, ele mediu o ângulo que o equipamento fazia com a vertical,
encontrando o valor de 𝟓𝟑°. A partir dessa inclinação, o feixe de radiação
eletromagnética sofria reflexão total ao chegar à interface que separava a água e o ar.
Qual o valor do índice de refração encontrado por Thiago?
a) 1,05.
b) 1,10.
c) 1,15.
d) 1,20.
e) 1,25.
Note e adote: O índice de refração do ar é 𝒏𝒂𝒓 = 𝟏, 𝟎𝟎. 𝒔𝒆𝒏(𝟓𝟑°) = 𝟎, 𝟖𝟎. 𝒄𝒐𝒔(𝟓𝟑°) = 𝟎, 𝟔𝟎.
Comentários
Na situação de ângulo limite, o ângulo de refração seria de 90°. Aplicando a lei de Snell
simplificada para a situação em questão, temos:
𝑛𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃𝐿 ) = 𝑛𝑎𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(90°)
𝑛𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(53°) = 𝑛𝑎𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(90°)
𝑛𝑎𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(90°)
𝑛𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 =
𝑠𝑒𝑛(53°)
1⋅1
𝑛𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = = 1,25
0,80
Gabarito: “E”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 193


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

38. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Um vestibulando percebeu que


estava com dificuldades de enxergar objetos distantes. Em uma consulta com um
oftalmologista, lhe foi prescrito o uso de uma lente com vergência de −𝟐, 𝟎 dioptrias.
Sabendo que o índice de refração dessa lente é de 𝟏, 𝟒, e a do ar de 𝟏, 𝟎, o fabricante da
lente deve produzir uma lente:
a) Biconvexa. Com raios externo e interno iguais a 𝟎, 𝟐 𝒎 e 𝟎, 𝟏 𝒎, respectivamente.
b) Bicôncava. Com raios externo e interno iguais a −𝟎, 𝟔 𝒎 e −𝟎, 𝟑 𝒎, respectivamente.
c) Plano-convexa. Com raios externo e interno iguais a −𝟎, 𝟐 𝒎 e 𝟎, 𝟏 𝒎,
respectivamente
d) Bicôncava. Com raios externo e interno iguais a −𝟎, 𝟐 𝒎 e −𝟎, 𝟏 𝒎, respectivamente.
e) Biconvexa. Com raios externo e interno iguais a 𝟎, 𝟔 𝒎 e 𝟎, 𝟑 𝒎, respectivamente.
Comentários
Como a dificuldade de enxergar é de longe e a vergência é negativa, conseguimos ver
que a lente deverá ser divergente. Aplicando a equação dos fabricantes de lentes temos que:
𝑛𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 1 1 1,4 1 1
𝑉=( − 1) ⋅ ( + ) ∴ −2,0 = ( − 1) ⋅ ( + )
𝑛𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑅1 𝑅2 1,0 𝑅1 𝑅2
1 1 −𝑅2
−5,0 = ( + ) ∴ 𝑅1 =
𝑅1 𝑅2 1 + 5𝑅2
a) Incorreta. A lente biconvexa é uma lente convergente.
b) Correta. A lente bicôncava é uma lente divergente. Os dois raios estão negativos,
respeitando corretamente o referencial gaussiano. Aplicando a relação acima, para confirmar os
raios, ficamos com:
−𝑅2 −(−0,3) 0,3
𝑅1 = ∴ 𝑅1 = = = −0,6𝑚
1 + 5𝑅2 1 + 5(−0,3) 1 − 1,5
Portanto, os raios calculados estão corretos.
c) Incorreta. A lente plano-convexa é uma lente convergente.
d) Incorreta. A lente bicôncava é uma lente divergente. Os dois raios estão negativos,
respeitando corretamente o referencial gaussiano. Aplicando a relação acima, para confirmar os
raios, ficamos com:
−𝑅2 −(−0,1) 0,1
𝑅1 = ∴ 𝑅1 = = = +0,2𝑚
1 + 5𝑅2 1 + 5(−0,1) 1 − 0,5
Portanto, o raio externo fica sendo positivo, caracterizando uma lente Convexo-côncava,
e não bicôncava. Além de no item o raio externo estar negativo.
e) Incorreta. A lente biconvexa é uma lente convergente.
Gabarito: “B”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 194


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Faaaaala, guerreira!

Faaaaala, guerreiro!

Você acabou de finalizar mais uma aula do nosso curso!

Lembre-se que, além desse Livro Digital em PDF, você tem disponíveis todos os outros
recursos oferecidos pelo Estratégia Vestibulares, como as Videoaulas, o Fórum de Dúvidas, as
Salas VIP, os Resumos Estratégicos, os Mapas Mentais, os conteúdos de Reta Final, além das
Aulas ao Vivo e Webinários. Tudo isso para proporcionar a melhor preparação para a aprovação
imediata!

Não esqueça que estarei sempre à disposição, principalmente via redes sociais, para
trilhar com você o caminho até a aprovação!

Prepara o café e o chocolate e até a próxima!

Super abraço do

Prof. Henrique Goulart.

Prepara o café e o chocolate e até a próxima!

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 195


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

VERSÕES DA AULA

Caro aluno! Para garantir que o curso esteja atualizado, sempre que alguma modificação ou
correção no conteúdo da aula for necessária, uma nova versão será disponibilizada.

• Versão 1: 30/03/2023.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 13.ed. Tradução de Trieste Ricci. Porto Alegre:
Bookman, 2002.

• HEWITT, Paul G. Fundamentos de Física Conceitual. 1.ed. Tradução de Trieste Ricci. Porto
Alegre: Bookman.

• GASPAR, Alberto. Física. 2.ed. São Paulo: Editora Ática, 2009, Todos os Volumes.

• MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Curso de Física. 5.ed. São Paulo: Scipione,
2000, Todos os Volumes.

• RESNICK, HALLIDAY, Jearl Walker. Fundamentos de Física. 10ª ed. LTC. Todos os
Volumes.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 196

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