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Apostila
Volume Teórico
GEOMETRIA GRÁFICA
TRIDIMENSIONAL
Autoras:
Profª Andiara Lopes
Prof ª Mariana Gusmão
2019
APRESENTAÇÃO e AGRADECIMENTOS
Caro(a) Estudante(a),
Essa apostila aborda três tipos de projeções bastante utilizadas em desenho técnico:
Cavaleira, Desenho Isométrico e Sistema Mongeano. Além disso, aborda temas como Vistas
Auxiliares, Verdadeira Grandeza e o estudo da Seção Plana nos sólidos básicos.
Atenciosamente,
4.1. Introdução 49
4.2. Caracterização da Perspectiva Cilíndrica
Ortográfica 50
4.3. Observador, Objeto e Planos de Projeção 52
4.3.1. Primeiro e Terceiro Diedros 53
4.3.2. Segundo e Quarto Diedros 54
4.3.3. Sistemas Alemão e Americano 54
4.4. As Seis Vistas 55
4.5. Os Eixos Coordenados 59
4.6. Visualização das Vistas Mongeanas e da Peça 60
4.7. A Escolha das Vistas 61
4.8. Desenhando as Primeiras Peças em Mongeano 62
4.8.1. Exercícios Passando de Vista para Perspectiva 65
4.9. Os Sólidos Básicos: Prismas, Pirâmides, Cilindros, Cones e Esferas 66
4.9.1. Prisma 67
4.9.2. Pirâmides 68
4.9.3. Cilindros 70
4.9.4. Cones 72
4.9.5. As Geratrizes de Limites de Visibilidade nos Cilindros e Cones 74
4.9.6. Esferas 80
4.9.7. Partes da Esfera 83
A disciplina será divida em três unidades: I) cavaleira e desenho isométrico; II) sistema
mongeano e; III) verdadeira grandeza e seção plana. Ao final de cada unidade será realizada uma
prova. O assunto é cumulativo. O calendário do curso é fixo, portanto as datas das provas são
definidas no início do semestre. As informações e materiais trocados entre professor e aluno deverão
ser feitas em sala de aula e através de e-mail.
É muito importante que os alunos das disciplinas de desenho tenham total domínio do uso dos
instrumentos básicos de desenho.
1. Lapiseira: recomenda-se o uso de lapiseira com grafite do tipo HB com espessura de 0,5 mm,
para evitar perda de tempo e imprecisão.
2. Borracha: recomenda-se o uso de borracha branca macia, se possível borracha específica para
desenho técnico.
3. Régua: recomenda-se o uso de régua transparente de plástico ou acrílico, com 15 ou 20 cm.
4. Compasso de Metal: recomenda-se o uso de compasso de metal. O compasso é um
instrumento utilizado para desenhar arcos e circunferências, mas ele também pode ser usado
para transportar medidas e ângulos.
5. Par de Esquadros: recomenda-se o uso de um par de esquadros que não tenham marcação
de escala. No par, um deve ter dois ângulos de 45ᵒ e o outro um ângulo de 60ᵒ e um de 30ᵒ.
Veja as figuras 1.1 e 1.2. O tamanho dos esquadros é medido pelo lado maior, a hipotenusa
do triângulo formado pelo esquadro de 45ᵒ e o lado de tamanho médio, cateto maior, do
esquadro de 60ᵒ.
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CAPÍTULO 1 – Noções Básicas
Fig. 1.1
Fig. 1.2
Os esquadros são vendidos em pares por duas razões: primeiro porque um serve de
apoio para o outro no traçado de linhas paralelas e perpendiculares e segundo, porque
quando usados em conjunto com a régua T ou a régua paralela, seus ângulos permitem a
formação de diversos outros ângulos. Ver figura 1.3.
Fig. 1.3
6. Papel: recomenda-se o uso de papel branco com formato A4. A quantidade a ser utilizada é
de aproximadamente meia resma. O formato básico de papel designado de A0 (A zero)
considera um retângulo de 841 mm (altura “a”) por 1.189 mm (largura “l”) correspondente a
1 m² de área. Deste formato derivam-se os demais formatos na relação l = a√ 2 , conforme
figura 1.4.
Fig. 1.4
http://blog.creativecopias.com.br/simplificando-o-tamanho-e-formato-dos-papeis/
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CAPÍTULO 1 – Noções Básicas
1.3. Elementos Básicos do Desenho
O desenho possui quatro elementos básicos por meio dos quais podemos expressar ideias.
São eles: o ponto, a linha, a superfície e o volume. Esses elementos são conceitos ou ideias, portanto
são abstratos. Quando desenhamos um ponto, uma linha, uma superfície ou um volume esses
conceitos deixam de ser conceitos e passam a ser formas ou representações.
1. O Ponto: É o elemento mais básico e mais fundamental do desenho. Ele indica uma posição,
não possui formato ou dimensão, não ocupa um lugar no espaço. É também o lugar do
cruzamento de duas ou mais linhas. O ponto marca o início e o fim de uma linha. É
representado por uma letra maiúscula do alfabeto latino (A, B, D, K). Observe as figuras 1.5,
1.6 e 1.7.
2. A linha: À medida que o ponto se move, a sua trajetória se torna uma linha. Assim, a linha é o
enfileiramento de pontos unidos. Possui apenas uma dimensão (comprimento); mas possui
posição e direção. Porém, a posição e a direção são sempre relativos a um referencial,
conforme veremos. É representada por uma letra minúscula do alfabeto latino (a, b, c, r, p, q,
v, x). A linha define os limites de uma superfície e podem ser classificadas de acordo com o
Formato e de acordo com o Traço.
Nessa disciplina utilizaremos, com relação ao formato, linhas retilíneas e linhas curvas.
Com relação ao tipo de traço, utilizaremos três tipos de linhas, conforme o quadro abaixo.
3. A superfície: Na medida em que a linha se desloca, a sua trajetória, que não seja a sua direção
intrínseca, se torna uma superfície. Assim, a superfície é o enfileiramento de linhas unidas. As
superfícies possuem apenas duas dimensões, profundidade e largura. A superfície define os
limites de um volume. Porém, a posição e a direção são sempre relativas a um referencial,
conforme veremos. É representada por uma letra do alfabeto grego (α, β, γ, δ, λ, π, φ).
4. O Volume: A trajetória de uma superfície em uma direção, que não seja a sua direção
intrínseca, se torna um volume. O volume tem uma posição no espaço e possui também três
dimensões: largura, altura e profundidade. No espaço o volume é limitado por planos. Ver
figura 1.8.
Fig. 1.8
Em um desenho artístico a representação é uma escolha do artista, este não tem compromisso
com o que é real, sua representação é livre e é feita de acordo com a interpretação do objeto no
contexto de sua visão do mundo. Nesse caso, cada artista possui uma linguagem própria, única e
quanto mais particular for essa linguagem mais marcante será seu estilo. Diferentemente do desenho
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CAPÍTULO 1 – Noções Básicas
artístico, o desenho técnico é comprometido com a representação da realidade. Essa sua
característica possibilita a comunicação entre as partes envolvidas no processo de produção de um
objeto através da linguagem universal. Observe as figuras abaixo e reflita um pouco sobre as
diferenças entre o desenho artístico, à esquerda, e o desenho técnico, à direita.
Para representar um objeto é importante perceber que todos os objetos que estão a nossa
volta possuem três dimensões: largura, altura e profundidade. Quando vamos fazer a representação
desse objeto, as dimensões precisam ser desenhadas em uma superfície com apenas duas
dimensões, como é o caso do papel ou da superfície da tela do computador. Como fazer essa
representação é exatamente o objetivo dessa disciplina.
É importante salientar, mais uma vez, que a representação para o desenho técnico, não pode
ser feita de maneira aleatória, ela deve obedecer a normas específicas para garantir a universalidade
da linguagem. Tanto quem desenha como quem lê o desenho precisa falar a mesma língua, ou seja,
dominem a representação na qual o desenho foi feito. Visando padronizar as possíveis
representações de um objeto foram criados sistemas de representação.
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CAPÍTULO 1 – Noções Básicas
A palavra perspectiva possui origem grega e deriva da palavra Perspicere, que significa “ver
através de”. A maneira mais simples de definir perspectiva é: Perspectiva é a representação de um
objeto ou paisagem – que possui três dimensões – em desenho, ou pintura, ou outra forma de
representação gráfica, em duas dimensões. Ou ainda, a representação de três dimensões em duas
dimensões.
PERSPECTIVA = 3D 2D
A utilização do ortoedro de referência é uma técnica muito útil quando se trabalha com
representações em geral. Ela consiste em imaginarmos o objeto que queremos desenhar dentro de
uma caixa, mas não de uma caixa qualquer. Essa caixa também pode ser chamada de ortoedro
auxiliar, ortoedro envolvente, ou ainda, de paralelepípedo de referência. Ver figura 1.15.
Fig. 1.15
As figuras 1.16 e 1.17 mostram um mesmo objeto inserido em dois ortoedros de referência
diferentes. Esse exemplo nos mostra como o mesmo objeto pode ter interpretações diferentes,
dependendo da colocação do ortoedro. Na figura 1.16 a face ABC está perpendicular ao chão, colada
com a face frontal do ortoedro. Já na figura 1.17 a face ABC está inclinada, ou oblíqua ao chão, como
uma rampa.
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CAPÍTULO 1 – Noções Básicas
As representações têm em seu arcabouço sistemas de projeção. Para entender como funciona
um sistema de projeção o exemplo mais comumente utilizado é o da sombra. Ver figura 1.20.
http://well31.comunidades.net/index.php?pagina=1305455344
Fig. 1.20
Na figura 1.18, da fonte de luz (F) saem os raios luminosos que iluminam o objeto e a parede
atrás do objeto. A sombra acontece porque os raios que iluminam o objeto não chegam até a parede,
deixando a projeção da imagem do objeto na superfície bidimensional da parede.
A cena funciona da seguinte maneira: o observador observa o objeto. Para perceber o objeto,
dos olhos do observador partem raios visuais, ou projetantes, que conectam os olhos do observador
aos limites do objeto, projetando o objeto no plano de projeção. Os pontos, onde as projetantes
“passam” ou “tocam” no plano de projeção definem o desenho da projeção do objeto, que consiste
em uma imagem bidimensional proporcional ao objeto tridimensional.
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CAPÍTULO 1 – Noções Básicas
Na figura 1.21 abaixo o centro de projeção está representado pela lanterna, os raios de luz
que saem da lanterna (projetantes) incidem sobre o objeto projetando-o no plano do quadro (plano
de projeção).
http://edificacacaomoderna.blogspot.com.br/2012/03/projecoes-conicas.html
Fig. 1.21
Na situação anterior o exemplo foi dado a partir de um objeto real, porém, podemos imaginar
uma situação na qual o objeto é virtual, ou seja, existente apenas como uma ideia. Sendo assim, é
necessário um grau de abstração relativamente maior para imaginar toda essa cena primeiramente
em nossa mente, para, só então, representar no papel a projeção final do processo.
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CAPÍTULO 1 – Noções Básicas
1 FUGA
PROJEÇÃO
2 FUGAS
CÔNICA
3 FUGAS
TIPOS DE
PROJEÇÃO
CAVALEIRA
ISOMETRIA
PROJEÇÃO
CILÍNDRICA AXONOMETRIA DIMETRIA
TRIMETRIA
SISTEMA
MONGEANO
O
Na projeção Cônica o centro de projeção é chamado de PRÓPRIO, isso porque ele está a uma
distância finita do objeto. Esse sistema é bem semelhante ao exemplo dado anteriormente, que
comparou o centro de projeção com uma lanterna. No exemplo da figura 1.22 é fácil perceber que as
projetantes que partem dos olhos do observador formam um feixe cônico. Por essa razão o sistema é
chamado de Cônico. Esse feixe projeta o objeto, a esfera, no plano de projeção, ficando a imagem
projetada em forma de circunferência.
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CAPÍTULO 1 – Noções Básicas
Na figura 1.23 temos um exemplo da uma projeção cônica de um objeto bidimensional, o
triângulo ABC, o qual projetado segundo um centro de projeção O, forma a imagem A’B’C’.
Projeção cônica
Fig. 1.22
http://det.ufc.br/desenho/?page_id=86
Projeção cônica
Fig. 1.23
Nesse curso nós não estudaremos esse tipo de projeção. Mas é importante sabermos que a
projeção cônica imita a visão humana. Por isso, seu desenho é mais facilmente percebido, mesmo
por pessoas que não conhecem o desenho.
Nas figuras 1.24 e 1.25 temos a mesma cena vista de ângulos diferentes. A cena mostra uma
projeção cônica com o plano de projeção localizado entre o observador e o objeto. Ao observarmos
as duas imagens, podemos perceber claramente a relação entre observador, projetantes, objeto e
sua imagem.
http://edificacacaomoderna.blogspot.com.br/2012/03/projecoes-conicas.html
Fig. 1.24
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CAPÍTULO 1 – Noções Básicas
http://edificacacaomoderna.blogspot.com.br/2012/03/projecoes-conicas.html
Fig. 1.25
Na projeção Cilíndrica o observador está uma distância infinita do objeto. Nesse caso o centro
çde projeção é IMPRÓPRIO, ver figura 1.26.
As projetantes ao invés de serem concorrentes (num ponto que é o centro de projeção), como
ocorre no sistema cônico de projeção, elas são paralelas. Isto é, as projetantes partem do centro de
projeção num feixe em forma de cilindro, é por essa razão que esse sistema de projeção é chamado
de cilíndrico. Um exemplo que ilustra bem a mecânica desse sistema de projeção é o dos raios
luminosos que partem do sol. O sol está a uma distância tão grande da terra que ao chegar à sua
superfície os raios luminosos estão quase paralelos entre si e aí projetam a sobra dos objetos sobre a
superfície terrestre de forma cilíndrica.
http://edificacacaomoderna.blogspot.com.br/2012/03/projecoes-
conicas.html
Fig. 1.26
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CAPÍTULO 1 – Noções Básicas
No sistema cilíndrico de projeção podemos ter as projeções cilíndricas oblíquas (figura 1.27) e
as projeções cilíndricas ortogonais (figura 1.28). O que diferencia uma da outra é exatamente o
ângulo de incidência das retas projetantes no plano de projeção. Nas projeções cilíndricas oblíquas o
ângulo é diferente de 90° e nas projeções cilíndricas ortogonais esse ângulo é igual a 90°. Reparem a
diferença:
http://det.ufc.br/desenho/?page_id=86 http://det.ufc.br/desenho/?page_id=86
Projeção Cilíndrica Oblíqua Projeção Cilíndrica Ortogonal
Fig. 1.27 Fig. 1.28
Uma coisa muito importante e motivadora para aprender um novo assunto é saber sobre a
aplicabilidade do que se está aprendendo. Uma pergunta sempre válida diante de um novo
conhecimento é “Que usos esse assunto possui?”. No caso dessa disciplina a pergunta seria? Que
usos a representação de objetos tridimensionais em duas dimensões pode ter para um futuro
engenheiro?
A primeira aplicação seria a representação de objetos que muitas vezes estão apenas no plano
das ideias. Quando é necessário comunicar uma ideia para outros, apenas palavras não explicam
tudo, especialmente quando as ideias tratam de formas.
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CAPÍTULO 1 – Noções Básicas
As Perspectivas Cilíndricas são indispensáveis para todas as áreas do conhecimento que
trabalham ou estudam a FORMA: Arquitetura, Engenharia, Arte, Design, Expressão Gráfica, entre
outras. Tal tipo de representação é a base do desenho técnico.
http://www.baixaki.com.br/download/lego-digital-designer.htm
Fig. 1.29
Uma terceira forma de aplicação das perspectivas está nos ambientes virtuais de jogos e
manuais. Nesse ambiente a visão isométrica é um recurso amplamente utilizado, como mostra a
figura 1.30.
http://www.tecmundo.com.br/1085-o-que-e-visao-isometrica-.htm
Fig. 1.30
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CAPÍTULO 1 – Noções Básicas
HTTP://WWW.NAVAL.COM.BR/BLOG/2012/03/09/AVISOS-HIDROCEANOGRAFICOS-FLUVIAIS-AVHOFLU-RIO-SOLIMOES-E-RIO-
NEGRO/
Fig. 1.31
Muitos acreditam que com o amplo uso do computador não será mais necessário aprender
certos conceitos, essas pessoas esquecem que o computador não realiza procedimentos sozinho.
Para que o desenho seja feito com softwares é preciso efetuar comandos, caso contrário, mesmo
com os mais avançados softwares disponíveis no mercado, o desenho pode findar incorreto ou
incompleto.
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
Fig. 2.1
Fonte: DUARTE, 2008. Fig. 2.2
A análise da figura 2.2, que traz a representação em Perspectiva Cilíndrica Cavaleira do objeto
da figura 2.1, mostra que os ângulos retos existentes na face frontal são mantidos em sua verdadeira
grandeza, ou seja, a Perspectiva Cilíndrica Cavaleira mantém a VG das medidas angulares, bem como
lineares na face frontal da peça. Lembrando que isso ocorre porque a face frontal encontra-se
paralela ao plano de projeção. Além disso, as arestas referentes às profundidades e às alturas são
paralelas entre si.
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
ATENÇÃO!
É muito comum confundir a denominação das faces laterais, esquerda e direita.
A face lateral esquerda fica do lado esquerdo de quem observa. Consequentemente, a face
lateral direita fica do lado direito.
Lembrem-se de que desenhos são inanimados, eles não possuem consciência e referência próprias.
O observador é quem denomina as partes, direções e demais elementos do desenho. Portanto, é o
referencial de quem observa que é levado em consideração.
Quando os eixos coordenados são desenhados, como na figura 2.3, é possível perceber alguns
aspectos particulares desse tipo de Perspectiva Cilíndrica Cavaleira. O primeiro deles é a manutenção
da ortogonalidade entre os eixos x e z. Se considerarmos o espaço tridimensional, é possível afirmar
que todos os eixos fazem 90ᵒ entre si. No entanto, se considerarmos a representação em Perspectiva
Cilíndrica Cavaleira só enxergamos 90ᵒ de fato entre os eixos x e z. Essa característica confere à
Perspectiva Cilíndrica Cavaleira um aspecto importante que é o fato dos ângulos e medidas contidas
na face frontal e posterior do ortoedro de referência manterem suas verdadeiras grandezas (VG), isto
é, as medidas do desenho são iguais às medidas do objeto real. É por essa razão que se diz que na
Perspectiva Cilíndrica Cavaleira as faces paralelas ao plano de projeção estão em VG. Já as outras
faces sofrem algum tipo de deformação, fato que será estudado com mais detalhes adiante. Dessa
maneira, quando se desenha uma Perspectiva Cilíndrica Cavaleira os eixos x e z SEMPRE fazem 90ᵒ
entre si, ou seja, eles ficam fixos nessa posição, já o eixo y não tem uma posição fixa. A variação da
direção do eixo y e as implicações dela serão estudadas no próximo item.
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
2.3. O Eixo y
As perspectivas sempre mostram três faces. No caso da Perspectiva Cilíndrica Cavaleira a
face frontal, que fica paralela ao plano de projeção, SEMPRE é mostrada. Esta é, em geral, a
principal face da peça. Usualmente, são mostradas as três faces que contêm mais detalhes ou as
três que melhor definem o objeto. Sendo assim, podemos ter apenas as seguintes combinações:
Frontal, lateral direita e superior;
Frontal, lateral esquerda e superior;
Frontal, lateral direita e inferior, e;
Frontal, lateral esquerda e inferior.
A representação de um ou de outro conjunto de faces, acima listados, depende da direção
escolhida para projetar o eixo coordenado y, pois, como foi mencionado, os eixos x e z ficam fixos,
fazendo 90° entre si. Assim, caso a direção escolhida para o eixo y seja como a que está na figura 2.5,
as faces mostradas são a FRONTAL, a LATERAL ESQUERDA e a SUPERIOR. Já se a direção de y for
como na figura 2.6 as faces mostradas são FRONTAL, LATERAL DIREITA e INFERIOR.
A figura 2.7 traz a síntese das quatro possíveis direções que o eixo y pode assumir, bem como
as faces que são mostradas em cada caso. Quando a direção escolhida para a projeção do eixo y é a
que está no quadrante 1, são mostradas as faces: FRONTAL, LATERAL ESQUERDA e INFERIOR. No
quadrante 2 são as faces: FRONTAL, LATERAL DIREITA e INFERIOR. No quadrante 3, as faces:
FRONTAL, LATERAL DIREITA e SUPERIOR; e, finalmente, no quadrante 4, as faces mostradas são:
FRONTAL, LATERAL ESQUERDA e SUPERIOR.
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Fig. 2.7 21
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
2.4. Parâmetros da Perspectiva Cilíndrica Cavaleira
Para que uma Perspectiva Cilíndrica Cavaleira possa ser elaborada dois parâmetros precisam
ser previamente definidos: a direção da Cavaleira (α) e o fator de deformação (k).
DEFINIÇÃO: O ângulo α pode ser definido como sendo o ângulo formado pela horizontal da projeção
(ex.: A’C’) e pela projeção da profundidade do objeto (ex.: A’B’), como podemos ver na figura 2.8.
Não existe uma medida definida para α, ou seja, uma Perspectiva Cilíndrica Cavaleira pode ser
desenhada com α medindo qualquer ângulo entre 0ᵒ e 90ᵒ. No entanto, a medida de α vai influir na
porção vista das faces. Na prática, os ângulos existentes nos esquadros (30ᵒ, 45ᵒ e 60ᵒ) acabam
sendo, pela praticidade, os ângulos mais utilizados na elaboração de Perspectivas Cilíndrica Cavaleira,
mas nada impede que outras medidas sejam adotadas. Veja nas três figuras abaixo uma comparação
mostrando o que acontece quando variamos os valores de α.
Fig. 2.12
Fonte: DUARTE, J., 2008.
DEFINIÇÃO: O fator de deformação (K) consiste na relação constante entre o comprimento real de
um segmento (ex.: AB, da figura 2.13) e o comprimento dele depois de projetado (ex.: A’B’).
Assim: K = A’B’
AB
A’B’ = K x AB
Fig. 2.13
Se K = 1; A’B’ = AB
Se K = 0,5; A’B’ = 0,5 x AB
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
ATENÇÃO!
O fator de deformação (K) atua apenas nas projeções das arestas que são paralelas ao eixo
coordenado Y, ou seja, aquelas que no espaço, são ortogonais ao plano de projeção. As projeções
das arestas paralelas ao plano de projeção permanecem com o tamanho real.
O fator de deformação (K) é utilizado nos casos em que se quer mostrar uma face em
detalhes. Muitas vezes o desenho da Perspectiva Cilíndrica Cavaleira sem deformação (K=1), ou seja,
com as medidas iguais às do objeto real faz com que porções de uma determinada face não
apareçam, ver figura 2.14. Se uma face não estiver sendo vista completamente é possível aplicar o
fator de deformação (K) de forma que essa face seja mostrada completamente, ver exemplo das
figuras 2.14 e 2.15. Na primeira figura K = 1 e na segunda k = 0,4.
Fig.2.14 Fig.2.15
Fonte: DUARTE, J., 2008 Fonte: DUARTE, J., 2008
ATENÇÃO!
A prática mostrou que se o fator de deformação (K) variar entre 0,5 e 1 a representação da
peça se assemelha bastante ao aspecto real da mesma. Portanto, para que a perspectiva se
assemelhe à peça real utilize esses valores.
Quando uma peça está representada em perspectiva cavaleira e não está indicado acima dela
qual é o seu fator de deformação K devemos assumir que o K=1.
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
2.5. Rotação da Peça
A rotação é uma operação gráfica utilizada
no aprendizado da visualização espacial. Uma
maneira de realizar essa rotação ainda no plano das
ideias é utilizar os eixos coordenados como
referência e imaginar o objeto sendo rotacionado
em torno de um dos eixos, ver figura 2.16.
Dessa forma, a rotação depende:
1. do eixo escolhido como referência: x, y ou z;
2. do sentido da rotação, se horário ou anti-
horário, e;
3. da extensão da rotação, ou seja, com
quantos graus deverá ser feito o giro.
Fig. 2.16
As figuras 2.17 e 2.18 mostram um exemplo de rotação. Na primeira figura tem-se a peça na
posição original, já a figura 2.18 mostra a representação da mesma peça após uma rotação de 90ᵒ,
em torno do eixo z, no sentido anti-horário.
É importante não confundir a ROTAÇÃO, discutida no item 2.5, com a VARIAÇÃO DA DIREÇÃO
DA PROJEÇÃO DO EIXO Y, discutido no item 2.3. Tais procedimentos podem ocorrer em comandos
distintos, ou num mesmo comando. Se esse for o caso, a rotação ocorrerá primeiro e somente no
plano das ideias (mentalmente), ou seja, o objeto será rotacionado em torno de um dos eixos e, em
seguida, serão escolhidas as faces que serão mostradas após a rotação. Essa escolha dependerá da
direção tomada pela projeção do eixo y.
A peça da figura 2.17 após rotacionada 90ᵒ, em torno do eixo z, no sentido anti-horário, pode
ser representada de quatro maneiras, conforme mostra a figura 2.19. É possível perceber na figura
abaixo que os quatro desenhos mostram a peça na mesma posição, porém as faces mostradas
variam.
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
Fig. 2.19
2.5.2. Diferença entre Faces e Vistas
2.6 Trabalhando com Arestas que não Estão Paralelas aos Eixos Coordenados
Em inúmeras situações precisaremos trabalhar com arestas e planos que não estão paralelas a
uns dos três eixos coordenados. O melhor exemplo desse tipo de arestas e planos são as rampas.
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
Fig. 2.21: prisma mostrando as vistas F, S e LD. Fig. 2.22: prisma mostrando as vistas F, I, e LD.
As figuras 2.21 e 2.22 acima nos mostram o mesmo prisma representado com vistas
diferentes. na primeira figura vemos as vistas F, S e LD. Já na segunda figura podemos ver as vistas F,
I, e LD. A única diferença é que escolhemos trocar a vista Superior pela Inferior. Observe que não
rotacionamos nem modificamos o alfa nem o “K” da peça.
Observando a Face ABCD na primeira figura podemos ver que as arestas AB e CD possuem
uma dimensão, esta dimensão não está paralela a nenhum dos eixos coordenados. Agora,
comparando a dimensão das arestas AB e CD em ambas as figuras podemos facilmente perceber que
as dimensões mudam de uma figura para a outra. No caso as arestas AB e CD ficam bem menores na
segunda figura.
Mas o que aconteceu? O que ocorre é que as arestas que não estão paralelas aos eixos
coordenados não têm dimensões confiáveis, porque elas podem variar devido ao efeito da
perspectiva. Foi o que acabamos de ver, apenas ao trocar a mostrada da vista superior pela vista
inferior causou uma mudança de dimensão na representação das arestas AB e CD.
Mas como trabalhar com esse tipo de aresta então? A resposta é: trabalhar com os
invariantes! Mas o que são invariantes? Nesse caso, os invariantes são as arestas que estão paralelas
aos eixos coordenados AP, PB, DQ e QC. Observe que essas arestas que acabamos de citar não têm
suas dimensões modificadas de uma figura para a outra. A aresta AP está paralela ao eixo z; a aresta
PB está paralela ao eixo y; a aresta DQ está paralela ao eixo z e a aresta QC está paralela ao eixo y.
Na prática podemos trabalhar com esse tipo de aresta? Para traçar a aresta AB, você deve
partir de um dos pontos. Por exemplo, se você localizou o vértice A, para chegar em B você vai
percorrer a aresta AP e depois PB, quando localizar o vértice B você terá segurança para traçar,
finalmente, a aresta AB.
Além disso, uma outra percepção que ajuda é ver que os vértices A e B possuem a mesma
coordenada x, assim como os vértices C e D também possuem a mesma coordenada x. em ambos os
casos devemos então trabalhar com as outras coordenadas variantes, em ambos os casos, y e z. É por
isso que é tão importante utilizar o Ortoedro de Referência (ou Ortoedro Envolvente) porque
podemos facilmente visualizar essas relações uma vez que temos o Ortoedro.
O que aprendemos sobre a representação de arestas que não estão paralelas aos eixos
coordenados será aplicado para as perspectivas cilíndricas isométricas, mais especificamente o
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
desenho isométrico (ver Capítulo 3) bem como para o Sistema de representação Mongeano (ver
Capítulo 4).
Fig. 2.21
Nesta disciplina trataremos apenas de Cilindros e de Cones de Revolução. Eles são casos
particulares dos cilindros e cones uma vez que possuem uma propriedade específica que diz que todo
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
plano perpendicular ao eixo desses sólidos cortará a superfície desse sólido segundo uma
circunferência. Na representação de objetos em forma de cilindros e cones de revolução em
Perspectiva Cilíndrica Cavaleira são utilizados segmentos curvos (circunferências e elipses) para
representar as faces planas, e segmentos retos para representar a superfície curva. Tais segmentos
retos são chamados de geratrizes de limite de visibilidade. Elas, em geral, estão paralelas a um dos
eixos coordenados. Na figura 2.23 as geratrizes de limite de visibilidade estão paralelas ao eixo z,
enquanto que na figura 2.24 elas estão paralelas ao eixo x, já na figura 2.25 elas estão paralelas ao
eixo y.
Fig. 2.26
2.7.1. Cilindros
No espaço, um objeto em forma de cilindro possui duas faces planas e uma superfície curva. O
desenho das faces planas em Perspectiva Cilíndrica Cavaleira é composto por circunferências e arcos
de circunferência. É preciso chamar a atenção para o fato de que as faces planas do cilindro possuem
forma de circunferência quando estão no espaço. No entanto, quando são representadas em duas
dimensões, elas podem permanecer com forma de circunferência ou tomar forma de elipse,
dependendo da posição dessas faces em relação aos eixos coordenados, como mostram as figuras
2.27 e 2.28.
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
A figura 2.29 traz a representação de um cilindro cujas faces planas são paralelas aos eixos x e
y. Nessa situação, as curvas assumem a forma de elipse. Situação semelhante ocorre com o cilindro
da figura 2.30, onde as curvas aparecem como elipses. Nessa figura, as faces planas são paralelas aos
eixos y e z. Já na figura 2.31, as faces planas aparecem como circunferências, nesse caso, elas estão
paralelas aos eixos x e z.
É importante destacar que as faces que aparecem como circunferências estão paralelas ao
plano de projeção, portanto em VG. Quando estão perpendiculares a este plano, elas aparecem
como elipse, uma vez que sofrem deformação causada pelo eixo y.
2.7.2. Cones
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
Na figura 2.32 a face plana do cone aparece como uma circunferência porque ela está paralela
ao plano de projeção, portanto em VG. Já os cones das figuras 2.33 e 2.34 têm suas faces planas
representadas em forma de elipses. Essas faces estão perpendiculares ao plano de projeção,
portanto sofrem deformação.
Existem alguns procedimentos para facilitar o traçado da elipse. A seguir serão apresentados
dois deles para a Perspectiva Cilíndrica Cavaleira: o procedimento dos 8 pontos, também chamado de
procedimento das diagonais, e o procedimento dos “n” pontos.
Para desenhar uma elipse parte-se de parâmetros que valem para uma circunferência inscrita
em um quadrilátero, ou seja: a circunferência tangencia o quadrado na qual está inscrita em quatro
pontos, os pontos 1, 2, 3 e 4 da figura 2.35. Esses quatro pontos são os pontos médios dos lados do
quadrado. As diagonais do quadrado interceptam a circunferência inscrita nele em outros quatro
pontos, que são os pontos 5, 6, 7 e 8 da figura 2.36.
Para determinar a elipse traçamos a mão livre uma linha curva que passe pelos oito pontos
encontrados anteriormente, ver figura 2.39. Para desenhar uma elipse na face lateral direita do
objeto procede-se de maneira análoga, como mostra a figura 2.40.
Um exercício muito interessante, que pode ser realizado tanto com o procedimento que
acabou de ser apresentado, quanto com o procedimento que será apresentado a seguir, consiste em
desenhar a elipse em todas as faces do ortoedro de referência.
DICA IMPORTANTE!
É possível determinar os pontos correspondentes aos pontos 5’, 6’, 7’ e 8’ do exemplo
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
anterior sem que seja necessário desenhar um quadrado com uma circunferência circunscrita
previamente.
Para isso encontra-se o segmento AB, da figura 2.41, através da fórmula: AB = r x 0,3.
A justificativa desse procedimento se baseia no fato de que:
AB = OB – OA = r – r cos (45o)
AB = r (1 - cos (45o)) = r (1 - 0,707)
AB = 0,293 x r, ou seja, AB = r x 0,3
O ponto D do paralelogramo corresponde ao ponto C do quadrado.
Fig. 2.41
Fonte: DUARTE, J. 2008.
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
número de partes. Depois, enumeram-se os segmentos destacados da mesma forma como aparece
na figura 2.44 e 2.45.
Para traçar a elipse nos outros quadrantes, inicia-se o traçado em um dos pontos de tangência
da elipse e procede-se analogamente, como mostra a figura 2.49. A elipse completa fica como na
figura 2.50.
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CAPÍTULO 2 - Cavaleira
Fig. 2.51
Fig. 2.52
O primeiro procedimento consiste na construção de uma linha auxiliar partindo de uma das
extremidades do segmento AB, formando um ângulo qualquer com o segmento AB, figura 2.52. Em
seguida, divide-se a linha auxiliar no número de partes que queremos dividir o segmento AB (nesse
exemplo dividiremos em três partes iguais). Essa divisão pode ser feita com escala ou utilizando uma
mesma abertura no compasso, como mostra a figura 2.52.
Em seguida, liga-se a extremidade da última divisão à extremidade do segmento, nesse caso
o ponto A, traçando assim o segmento 3A, como mostra a figura 2.53. Para finalizar deve-se traçar
segmentos paralelos ao segmento 3A passando pelos pontos 1 e 2. Dessa maneira, os segmentos
traçados irão interceptar o segmento AB dividindo-o em 3 partes iguais, como se vê na figura 2.54.
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
CAPÍTULO 3 – DESENHO ISOMÉTRICO
Fig. 3.2
Fig. 3.1
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
A’B’= 0,816 x AB
A’C’= 0,816 x AC
A’D’= 0,816 x AD
Fig. 3.6
Fonte: Duarte, J. 2008
Sendo assim, o desenho da projeção fica como a figura 3.6 Com todas as arestas reduzidas
com relação à peça real. Observe abaixo a diferença entre a perspectiva isométrica e o desenho
isométrico feito para a mesma peça. O DESENHO ISOMÉTRICO, figura 3.7 é maior porque não há
redução das arestas. O Desenho Isométrico é muito utilizado para o ensino de disciplinas
introdutórias de desenho e para o desenho em softwares.
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
Repetindo: No Desenho Isométrico as projeções das arestas não são reduzidas (A’B’= AB,
A’C’= AC e A’D’= AD). Os desenhos feitos com esquadros nessa disciplina serão executados
adotando o Desenho Isométrico.
Fig. 3.9
Para desenhar as linhas com 30° comece desenhando uma reta vertical e posicione os
esquadros como indicado na fig. 3.10 Desloque o esquadro de 30o na direção da seta e desenhe a
reta destacada. Em seguida posicione os esquadros como indicado na fig. 3.11 e desenhe a reta
destacada nessa figura.
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
Determine a altura, a largura e a espessura da peça de acordo com os eixos coordenados e
complete o ortoedro traçando as paralelas indicadas, conforme veremos no próximo item.
As figura 3.12 mostra como fica a posição dos eixos coordenados no desenho isométrico. Na
literatura o eixo z sempre aparece localizado verticalmente, porém, não há um consenso com relação
ao posicionamento dos eixos coordenados x e y. Algumas vezes é adotado o eixo x posicionado à
esquerda e o eixo y à direita. No entanto, muito autores da área (Duarte, M. 1996; Duarte, J., 2008 e
Bortolucci) adotam o eixo x posicionado à direita e o eixo y à esquerda. Nessadisciplina adotaremos
esse último posicionamento, conforme mostra a figura 3.12.
A representação padrão exibe o objeto como na figura 3.13, que mostra um dado desenhado
em isometria e referenciado pelos eixos coordenados. A face que contém o número um do dado
corresponde àvista superior do ortoedro de referência;a face que contém o número dois do dado
corresponde à vistafrontal do ortoedro de referência e, consequentemente, a face que contém o
número três do dado corresponde à vista lateral direita do ortoedro de referência.Todas as peças
desenhadas em desenho isométrico seguirão essa mesma convenção.
Fig. 3.12
3.13
A exemplo da Perspectiva Cavaleira, no Desenho Isométrico são sempre mostradas três faces
do ortoedroenvolvente. Na figura 3.13 foram mostradas as faces frontal, lateral direita e superior,
sendo esta a forma mais usual de apresentação na isometria. No entanto, é possível, embora não
seja muito usual para isometria, mostrar as outras faces do objeto, podemos ter as seguintes
combinações:
• Frontal, lateral direita e superior (default);
• Frontal, lateral esquerda e superior;
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
• Frontal, lateral direita e inferior, e;
• Frontal, lateral esquerda e inferior.
Dada a peça da figura 3.14, desenhada em Desenho Isométrico, que mostra as vistas: frontal,
superior e lateral direita do ortoedro de referência, podemos representá-la de forma a mostrar as
outras faces da peça, conforme mostram as peças da figura 3.15. Nesse caso, tem-se que
rotacionar a peça em torno de algum dos eixos coordenados ou variar a posição do eixo y, como foi
visto para a Perspectiva Cavaleira.
z z
z z
x
y
x
y x x y
Fig. 3.14 y Fig. 3.15
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
Na representação do cilindro e do coneem
Desenho Isométrico as faces que têm forma de
circunferência, quando são representadas em
duas dimensões sempre irão tomar forma de
elipse, porque no caso do Desenho Isométrico
nenhuma das faces do ortoedro de referência
está paralela ao plano de projeção.
Fig. 3.17 Fig. 3.18
O cilindro pode assumir três posições básicas no desenho isométrico, com relação aos eixos
coordenados.
Na figura 3.19, a face plana do cilíndro, que possui forma de circunferência quando está no
espaço, está representada paralela aos eixos y e x, tomando forma de uma elipse. Atenção ao
ortoedro envolvente para facilitar a visualização. Na figura 3.20 quando a face plana do cilíndrofica,
na representação, paralela aos eixos x e z toma a forma de uma elipse. Nesse caso, diferentemente
da cavaleira, na qual a face em forma de circunferência do cilindro fica na forma de
circunferência.Por último, na figura 3.21a face plana do cilíndro, está representada paralela aos eixos
y e z e, também, toma forma de elipse.
Pode-seaplicar para o caso do cone o mesmo que foi visto para o cilindro, uma vez que as
situações são semelhantes.
Na primeira figura, 3.22, a face plana do cone está paralela aos eixos x e y. Vai acontecer o
mesmo que aconteceu com o cilindro, ou seja, a face em forma de circunferência vai aparecer na
perspectiva como uma elipse.
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
No segundo caso, figura 3.23, a face plana do cone está paralela aos eixos y e z e, a exemplo
do cilindro, também se torna uma elipse.No último caso, figura 3.24, a face curva do cone agora está
paralela aos eixos x e z, nesse caso a circunferência também tomará a forma de elipse.
Na figura 3.25:
1) a circunferência tangencia o quadrado na
qual está inscrita em 4 pontos: 1, 2, 3 e 4.
Esses 4 pontos são os pontos médios dos lados
do quadrado, e;
2) as diagonais do quadrado cruzam com a
circunferência inscrita em mais 4 pontos: 5, 6,
7 e 8. Fig.3.25
Esse mesmos parâmetros são transpostos para realizar o desenho da elipse em Desenho
Isométrico. O primeiro procedimento é o do desenho do quadrilátero em desenho isométrico, que
será um paralelogramo paralelo aos eixos x e y.No paralelogramo são desenhados os mesmos
parâmetros do quadrado. Assim encontram-se os primeiros 4 pontos, que são os pontos de tangência
da elipse no quadrilátero, pontos M1, M2, M3 e M4, como na figura 3.26. Esses pontos estão
localizados nos pontos médios de cada lado do quadrilátero e equivalem aos pontos 1, 2, 3 e 4.
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
O segundo procedimento, figura 3.27, é encontrar os equivalente dos pontos 5, 6, 7 e 8 para a
elipse, através do traçado das diagonais. Observe que no desenho isométrico as diagonais ficam na
vertical e na horizontal.
Fig.3.26 Fig.3.27
AB
AB
Fig.3.28 Fig.3.29
Fig. 3.30
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
Procedimento dos “n” pontos
O outro procedimento, demonstrado para a Perspectiva Cavaleira, também pode ser utilizado
na Isometria. Ele permite determinar não apenas 8, mas sim inúmeros pontos da elipse. Essa é a
vantagem da utilização desse procedimento, pois quanto mais pontos forem utilizados para dar
suporte ao traçado da curva à mão livre, mais preciso fica o desenho da curva.
Fig.3.32
Fig.3.33
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
Desenho da Oval
No caso daIsometriae do Desenho Isométrico, o desenho da elipse pode ser realizado
utilizando uma curva chamada de ovalregular de quatro centros. Como a oval é muito semelhante a
elipse, ela também é conhecida como falsa elipse.
Muitas pessoas preferem desenhar a oval a desenhar elipse, porque a oval pode ser
desenhada totalmente com instrumentos (esquadros e compasso), eliminando assim a parte do
traçado à mão livre que precisa ser feita quando se desenha uma elipse.
Para desenhar a oval parte-se da mesma ideia
inicial dos procedimentos anteriores, ou seja, da divisão
do quadrilátero em 4 quadrantes. Sendo os pontos M1,
M2, M3 e M4 os pontos médios de cada lado, como
mostra a figura 3.34. Ao final do procedimento serão
desenhados com o compasso quatro arcos de
circunferências com quatro centros diferentes, um em
cada quadrante. Fig. 3.34
Fig.3.35
O procedimento descrito acima é repetido no vértice oposto nomeando-o de C2. De C2 são
traçados mais dois segmentos de reta ligando-o aos pontos médios dos lados opostos M3 e M4,
como mostra a figura 3.36.
O cruzamento de C1M1 com C2M4 gera o ponto C3, que será o centro de um dos arcos que
compõe a oval. Da mesma forma, o cruzamento de C1M2 com C2M3 gera o ponto C4, que será o
centro de um dos arcos que compõe a oval, ver figura 3.36.Agora já é possível a traçar a oval.
Resumindo:
1. C1 e C2 são centros de dois arcos maiores de mesmo raio;
2. C3 eC4 são centros de dois arcos menores de mesmo raio;
3. Todos os arcos começam e terminam nos pontos médios do quadrilátero.
Para traçar a oval regular de quatro centros basta colocar a ponta seca do compasso em C1 e
fazer uma abertura (raio) até M1, em seguida, traçar um arco até M2. De forma semelhante,
mantendo a mesma abertura (raio), centrar a ponta seca do compasso em C2 e traçar um arco de M3
até M4, conforme a figura 3.37.
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
Fig.3.36
Fig.3.37
Fig.3.39
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
3.6 Furo Cilíndrico
A ideia de realizar um furo em uma peça é muito útil e importante. Em todas as engenharias a
ideia de perfurar um objeto é essencial. Por exemplo, na engenharia mecânica essa ideia é
fundamental quando pensamos em encaixes.
Furar uma peça é retirar dela uma parte. Essa parte retirada pode vazar toda a peça ou apenas
parte desta. Para furar, cavar, vazar devemos pensar em uma primeira peça, a qual queremos furar, e
em uma segunda peça, que terá a forma da parte que queremos retirar da primeira. Dessa maneira,
introduzimos a segunda peça na primeira de forma a cavar nesta um determinado volume.
Quando furamos uma peça, na verdade estamos criando um vazio na peça furada e esse vazio é
representado por novas arestas. Os furos também podem ter diferentes formatos. Por exemplo,
cilíndrico (ver figura 3.40)
Para representarmos um furo em uma peça devemos proceder o entendimento dessa interseção plano a
plano. Veja o exemplo da inserção de um furo cilíndrico em uma peça nas figuras abaixo (3.41, 3.42, 3.43 e
3.44).
Fig. 3.41: peça inicial antes do furo Fig. 3.42: peça inicial com linhas de construção,
preparação para o furo
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CAPÍTULO 3 – Desenho Isométrico
Fig.3.43: peça com o furo Fig.3.44: peça com o furo, mostrando o furo
perfurando toda a peça
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UFPE – Departamento de Expressão Gráfica
CAPÍTULO 5 – Verdadeira Grandeza
Verdadeira Grandeza (VG) são as medidas angulares e lineares reais de uma das arestas ou
faces de um objeto - como altura, largura e profundidade. Na área de conhecimento das Engenharias
é imprescindível o conhecimento das medidas reais, ou verdadeiras grandezas, de um objeto, seja ele
um parafuso ou um telhado. Geralmente, o uso das verdadeiras grandezas de um objeto está
atrelado ao cálculo de áreas, e realmente, sem o conhecimento da real medida do perímetro de uma
superfície, por exemplo, é impossível realizar o cálculo de sua área com precisão. No entanto, saber
“ler” ou, mais ainda, saber extrair as verdadeiras grandezas de um objeto que está representado no
Sistema Mongeano é importante não somente no cálculo de áreas, mas também em diversas
atividades da prática profissional da engenharia, como, por exemplo, análise de projetos e pareceres
técnicos.
No capítulo 4, onde estudou-se o Sistema Mongeano, essas três posições foram trabalhadas,
no entanto, o que será feito agora é compreender como cada uma dessas posições pode interferir na
visualização da VG de arestas e superfícies.
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UFPE – Departamento de Expressão Gráfica
CAPÍTULO 5 – Verdadeira Grandeza
Tomando como exemplo a situação da casa da figura 5.1, observa-se a superfície ABCD que
compõe a coberta. Atenção para a aresta AD e suas projeções nas vistas frontal, superior e nas
laterais. Na vista superior, a aresta AD está sendo representada por um segmento de reta. Na vista
frontal, AD está representada por um único ponto e, finalmente, nas vistas laterais, AD aparece
novamente sendo representada por um segmento de reta. Analisando as quatro vistas
conjuntamente percebe-se que a aresta AD está perpendicular ao plano de projeção da vista frontal
e por isso aparece representada por um ponto nessa vista. Todas as vezes que um elemento está
perpendicular ao plano de projeção, diz-se que ele está em vista básica (VB) nesse plano. Dessa
maneira, a aresta AD está em VB. Já com relação aos outros três planos de projeção, a aresta AD está
paralela a esses planos, aparecendo com as mesmas dimensões, que são exatamente as suas
dimensões reais. Portanto, na vista superior e nas laterais a aresta AD está em verdadeira grandeza.
É importante ressaltar que a única posição que um objeto pode tomar para que ele esteja em VG é
quando ele está paralelo a um plano no qual se fará a projeção ortogonal.
Na mesma figura, a 5.1, a aresta AB está representada por um segmento de reta em todas as
vistas. No entanto, ela não está na mesma posição com relação a todos os planos de projeção. Na
vista frontal a aresta AB está em VG, porque está paralela ao plano vertical. Já nas outras três vistas,
a aresta AB aparece com dimensões reduzidas em relação à suas medidas reais. Isso ocorre porque
ela está oblíqua aos planos de projeção horizontal e verticais.
Portanto, podemos concluir que dependendo da posição da aresta com relação aos planos de
projeção, podemos ter essa aresta em verdadeira grandeza (VG), em vista básica (VB) ou com
dimensões reduzidas. Veja o quadro síntese abaixo:
O mesmo raciocínio utilizado para compreender as posições relativas de uma aresta com
relação aos planos de projeção deve ser aplicado para as faces do objeto. Como será visto no
próximo item.
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UFPE – Departamento de Expressão Gráfica
CAPÍTULO 5 – Verdadeira Grandeza
Na figura 5.3 é possível notar que a superfície ABCD (que corresponde à metade da superfície
da coberta) aparece nas projeções, porém com medidas deformadas. Na vista superior, e nas duas
laterais, a face aparece com suas medidas reduzidas, já na vista frontal, ela aparece em VB. Dessa
forma, nenhuma das quatro vistas ortográficas fornece as medidas reais da face ABCD. Isso ocorre
porque o plano em que a superfície da coberta se apoia é oblíquo tanto ao plano de projeção
horizontal (π1), quanto aos planos verticais - principal (π2) e auxiliares (π3, π4). Para que o plano
ABCD fosse mostrado em VG seria necessário que estivesse representado paralelo a um dos planos
mongeanos. No entanto, embora o plano ABCD não apareça em VG em nenhuma das projeções
mongeanas, algumas arestas do plano estão representadas em VG em algumas das vistas. E é
exatamente a noção da união das partes que estão em VG que irá nos auxiliar na aplicação do
método da Mudança de Plano para a extração da VG de ABCD.
Observe que na vista frontal a coberta ABCD está representada em VB. Lembrando que a VB
ocorre quando o objeto representado está perpendicular ao plano de projeção. Consequentemente,
se o objeto for um segmento de reta, sua representação em VB será um ponto, e se o objeto for um
plano, sua representação em VB será uma reta, como é o caso do plano ABCD.
plano. Contudo, esse raciocínio, embora útil, é difícil de ser aplicado para o caso de uma face com
muitas arestas, ou aresta com medidas diferentes por exemplo. Para isso existe a operação da
Mudança de Plano, com ela podemos reunir as partes da face, da qual se quer a VG, que estão com
suas medidas reais representadas em planos mongeanos diferentes.
Para que se conheçam as medidas reais da coberta é necessário se produzir mais uma
projeção. Vale ressaltar que a condição essencial para se trabalhar no Sistema Mongeano é operar
dentro de diedros. Portanto, o primeiro passo de uma operação de mudança de plano é criar um
novo diedro. Um novo diedro terá que ser criado porque nenhum dos diedros já conhecidos (os que
fornecem as seis vistas mongeanas) colocam o plano que apoia a face da qual se quer a VG na posião
necessária para se obter suas VGs. Em outras palavras, é preciso criar um diedro, no qual o novo
plano seja perpendicular a um dos planos mongeanos e ao mesmo tempo seja paralelo à face ABCD,
como mostra a figura 5.4, visto que somente essa posição fornecerá a VG da face ABCD. No caso do
exemplo da figura, o novo diedro é composto pelo plano π2 e por um novo plano, também chamado
de Plano Auxiliar (PA). Por isso é que se dá o nome de “Mudança de Plano” para essa operação
descritiva. Criado o novo diedro, projeta-se a face ABCD ortogonalmente no PA.
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CAPÍTULO 5 – Verdadeira Grandeza
No caso 1, a face da qual se quer a VG aparece em VB em pelo menos uma das seis vistas
mongeanas. No caso 2, a face da qual se quer a VG não está em VB em nenhuma das seis vistas
mongeanas, mas pelo menos uma de suas arestas aparece em VG em pelo menos uma das seis vistas
mongeanas. Finalmente, no Caso 3, a face da qual se quer a VG não está em VB em nenhuma das seis
vistas mongeanas, e também nenhuma de suas arestas aparece representada em VG em nenhuma
das seis vistas mongeanas.
5.4. Caso 1
Identificamos que a situação está no Caso 1, quando a face da qual se quer a VG já aparece
em vista básica, ou seja, ela aparece reduzida a um segmento de reta em pelo menos um dos seis
planos mongeanos. Nas situações do caso 1 é necessário apenas um único procedimento para extrair
a VG da face.
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CAPÍTULO 5 – Verdadeira Grandeza
Procedimento 1: determinar a VG da
face 122’1’
1. A face 122’1 está em vista básica no
plano π2. Pois está reduzida a um
segmento de reta.
2. Inserimos o plano auxiliar, π4, em VB
com relação ao plano π2 e paralelo a VB
da face 122’1’, que também está em VB.
3. Cria-se o diedro entre π2 e π4.
4. As arestas 12 e 1’2’ que estavam em VG
em π2 têm suas medidas projetadas em
π4, isso é feito através das linhas de
chamada.
5. Rebatemos π4 para que ele apareça na
representação.
6. Transportamos as medidas com o
compasso a partir da linha de terra π1 π2
até os pontos 1’, 1, 2 e 2’ para o PA.
Com o cuidado de, no momento do
transporte, centrar na linha de terra
Determinando a VG da face 121’2’ com um procedimento π2π4 (ver quadro síntese na próxima
Figura 5.6 página).
7. Após o transporte das medidas
fechamos a linha poligonal unindo os
vértices.
Se houver dúvidas no fechamento da linha poligonal, podemos observar a face da qual estamos
extraindo a VG em alguma das projeções mongeanas.
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CAPÍTULO 5 – Verdadeira Grandeza
IMPORTANTE:
Um aspecto relevante sobre as linhas de chamada é o fato de que estas estabelecem uma
relação de ortogonalidade dentro do diedro. As linhas de chamada transportam medidas de um plano
a outro dentro do diedro formado por ambos. Portanto, as linhas de chamada sempre estão
perpendiculares à linha de terra do diedro ao qual pertence.
Outro aspecto que merece atenção é o transporte das medidas para o PA. Há uma dúvida
recorrente com relação ao transporte de medidas no momento de rebater o Plano Auxiliar. Existem
duas maneiras de visualizar de que lugar devemos extrair as medidas para o transporte:
1) Observar os eixos coordenados. Se por exemplo o PA foi inserido em π2, estamos
trabalhando com larguras (x) e alturas (z), portanto quando rebatermos o PA as medidas
que aparecerão serão as profundidades (y).
2) Observar a relação do diedro. Se fecharmos os diedros do desenho, voltando a relação em
3D, podemos, facilmente, observar de onde deveremos extrair as medidas que queremos.
É importante lembrar que esse transporte deve ser feito com o compasso e utilizando as
distâncias de plano a ponto, para evitar erros.
5.5. Caso 2
Identificamos que a situação está no Caso 2, quando a face da qual se quer a VG não aparece
em vista básica. No entanto, existe pelo menos uma aresta, pertencente à face, em VG. Esse será
nosso ponto de partida.
Nas situações do Caso 2 são necessários dois procedimentos para extrair a VG da face. Isso
ocorre porque para extrair a VG da face precisamos que ela esteja em VB, só assim podemos inserir o
PA, também em VB, paralelo a face da qual se quer a VG. Como a face não está em VB, precisamos
realizar um procedimento anterior ao que realizamos para o Caso 1. Esse procedimento anterior
consiste em fazer uma vista auxiliar (utilizando um plano auxiliar) para reduzir a face para a VB. Após
esse procedimento inicial teremos a face em VB, voltando assim para uma situação de Caso 1.
Observe a figura.
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CAPÍTULO 5 – Verdadeira Grandeza
Procedimento 1: determinar a VB da
face 122’1’
1. Para o PA visualizar a face 122’1’ em VB
ele precisa estar perpendicular a VG de
uma aresta dessa face.
2. Em π2, identificamos que as arestas 1’2’
e 12 estão paralelas à π1, portanto, em
π1 essas arestas estão em VG.
3. Inserimos o PA perpendicular à VG da
aresta 1’2’ (nesse caso, também
poderia ser a aresta 12).
4. Projetamos a face no PA.
5. Rebatemos o PA, transportando de
compasso as medidas a partir da linha
de terra π1PA até os pontos 1’, 1, 2 e 2’
para o PA. Com o cuidado de, no
momento do transportar, centrar na
linha de terra π1PA. (observar o texto
relativo ao transporte de medidas).
6. A face 122’1’ aparece projetada em VB
no PA.
7. Voltamos a ter a condição do Caso 1, na Determinando a VB da face 121’2’ com o primeiro procedimento
qual temos a face da qual queremos a Figura 5.8
VG em VB.
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CAPÍTULO 5 – Verdadeira Grandeza
Procedimento 2: determinar a VG da
face 122’1’
1. A face 122’1’ está em VB no plano
auxiliar π4, pois está reduzida a um
segmento de reta.
2. Inserimos um plano auxiliar, π5, em VB
com relação a π4 e paralelo à VB da face
122’1’.
3. Cria-se o diedro entre π4 e π5.
4. Projeta-se a face 122’1’ em π5.
5. Rebatemos π5, transportando as
medidas com o compasso a partir da
linha de terra π1 π4 até os pontos 1’, 1, 2
e 2’ para π5. Com o cuidado de, no
momento do transporte, centrar na
linha de terra π4π5 (para esse
transporte, perdemos a referência dos
eixos coordenados, devemos utilizar a
relação do diedro).
6. Após o transporte das medidas
fechamos a linha poligonal unindo os
vértices 1, 2, 1’ e 2’.
5.6. Caso 3
Identificamos que a situação está no Caso 3, quando a face da qual se quer a VG não aparece
em vista básica e nenhuma aresta pertencente à face está em VG em nenhum dos seis planos
mongeanos.
Nas situações do Caso 3, a exemplo do que ocorreu nas situações do Caso 2, também são
necessários dois procedimentos para extrair a VG da face. Isso ocorre porque para extrair a VG da
face precisamos que ela esteja em VB, só assim podemos inserir o PA, também em VB, paralelo à face
da qual se quer a VG. Como a face não está em VB, precisamos realizar um procedimento anterior ao
que realizamos para o Caso 1. Esse procedimento anterior consiste em fazer uma vista auxiliar
(utilizando um plano auxiliar) para reduzir a face para a VB. Após esse procedimento inicial teremos a
face em VB, voltando assim para uma situação de Caso 1. Observe a figura.
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CAPÍTULO 5 – Verdadeira Grandeza
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CAPÍTULO 5 – Verdadeira Grandeza
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CAPÍTULO 6 – Seção Plana
Superfície é uma região que possui dois comprimentos. Segundo Rangel (1979) a definição
mais básica e abrangente para qualquer superfície é a definição de Gaspar Monge: “Superfície é o
limite da extensão a três dimensões”. Porém, no intuito de ampliar o entendimento de superfícies
Rangel apresenta mais três definições: “a) Superfície é a película sem espessura que separa duas
regiões no espaço tridimensional; b) É o lugar geométrico dos pontos comuns a duas regiões
tridimensionais e; c) É todo lugar bidimensional” (Rangel, 1979, p. 97).
As figuras 6.4 e 6.5 trazem exemplos de superfícies não geométricas, porque possuem uma
forma irregular que não estãosubmetida a nenhuma lei de geração. A figura 6.6 é um caso particular
de superfície, pois trata-se de uma superfície plana. A superfície plana também é um exemplo de
superfície geométrica.
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CAPÍTULO 6 – Seção Plana
Esfera Poliedros
Figura 6.7 Figura 6.8
http://geometriaespacial-3g.blogspot.com.br/
3g.blogspot.com.br/ http://www.reidaverdade.net/o-que--sao-poliedros.html
Nessa
sa apostila serão trabalhados sólidos geométricos básicos, são eles:
eles prisma, cone,
pirâmide e cilindro,, como mostra a figura 6.9
6.9.
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CAPÍTULO 6 – Seção Plana
A interseção mais simples e mais facilmente percebida é da figura 6.11, que ilustra a
interseção entre duas retas, marcada por um ponto comum às duas retas. A interseção entre uma
reta é uma superfície também pode ser marcada por um ponto (figura 6.12) ou por mais pontos
(figura 6.13).
A interseção entre um plano e uma reta, não pertencente a este, é marcada por um ponto (A),
como ilustra a figura 6.14. A interseção entre dois planos é marcada por um reta. No caso da figura
6.15, onde os planos são perpendiculares entre si, a interseção entre é chamada de Linha de Terra,
ou, simplesmente, LT, como vimos no estudo do sistema mongeano.
Interseção entre duas retas Interseção entre superfície e reta Interseção entre superfície e reta
Figura 6.11 (um ponto) (vários pontos)
Figura 6.12 Figura 6.13
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CAPÍTULO 6 – Seção Plana
Foram vistos alguns exemplos de interseções, porém não foram esgotadas todas as
possibilidades, podem existir interseções entre superfícies, entre superfícies e sólidos ou ainda entre
sólidos.
A definição de seção em Geometria também pode ser encontrada nos dicionários:
“Seção: 1 Ato ou efeito de seccionar. 2 Lugar onde uma coisa está cortada. 3 Cada uma das
partes em que um todo foi seccionado ou separado; segmento. (...) 6 Desenho da figura que
resultaria do corte de qualquer coisa por um plano, geralmente vertical. (...) 8 Geom Figura
proveniente da interseção de um sólido ou superfície por um plano. (...).”
(http://michaelis.uol.com.br/)
O conceito de seção está incluso no conceito de interseção porque para realizar o estudo da
seção, por exemplo, entre um plano de seção, também chamado de plano setor, e um objeto, temos
que determinar pontos e arestas em comum entre ambos, ou seja, temos que determinar as
interseções entre o plano da seção e os elementos do objeto que está sendo seccionado. Dessa
forma, podemos afirmar que toda seção é uma interseção.
As possibilidades de posição de plano setor são infinitas. Nessa apostila, por uma opção
didática, o plano setor será sempre fornecido em vista básica em uma das vistas mongeanas. Além
disso, serão exploradas algumas posições que melhor representam essa variedade de possibilidades e
que, consequentemente, ilustram grande parte das situações encontradas na atividade profissional
de um engenheiro. Dessa forma, serão exemplifica das várias posições de plano setor para cada
sólido geométrico. Para facilitar o entendimento, o plano horizontal (também chamado de plano do
chão, ou ainda π1) sempre será a referência para a posição do plano setor.
Para trabalhar com a seção de prismas, será usado como exemplo um prisma reto de base
retangular. Estudaremos as seções de prismas em três situações, que são:
1) Plano de Seção Paralelo ao Plano Horizontal (PH): no caso do prisma de base retangular da
figura 6.16, a seção produzida é um polígono igual ao polígono da base, como mostra a figura
6.17.
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CAPÍTULO 6 – Seção Plana
A figura 6.18(a) mostra como fica a representação, em vistas mongeanas, da seção de um plano
paralelo ao PH em um prisma de base retangular e a figura 6.18(b) mostra o resultado dessa seção (o
Sistema Mongeano de representação foi estudado no capítulo 4).
Observe que plano setor α está dado na vista frontal, e nela ele aparece em vista básica. A
seção propriamente dita também aparece em vista básica nessa vista. O mesmo ocorre na vista
lateral, onde a área seccionada está reduzida a um segmento de reta. Na vista superior a área
seccionada, representada por uma hachura, é uma região igual a da base.
Vistas mongeanas de um prisma a ser seccionado Vistas mongeanas do resultado um prisma seccionado
por um plano paralelo ao PH. por um plano paralelo ao PH.
Figura 6.18(a) Figura 6.18(b)
2) Plano de Seção Oblíquo ao Plano Horizontal (PH): no caso da figura 6.19, a seção produzida é
um polígono diferente do polígono da base, conforme mostra a figura 6.20.
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CAPÍTULO 6 – Seção Plana
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CAPÍTULO 6 – Seção Plana
Para trabalhar com a seção de pirâmides, será usada como exemplo uma pirâmide reta de
base quadrangular. Serão estudadas quatro posições básicas para o plano de seção, são elas:
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CAPÍTULO 6 – Seção Plana
1) Plano Paralelo ao PH: no caso da pirâmide de base quadrangular da figura 6.25, a seção
produzida é um polígono semelhante ao polígono da base, como mostra a figura 6.26. Nas
pirâmides, a seção resultante de um plano setor paralelo ao chão é diferente da do prisma
porque nas pirâmides as faces laterais concorrem no vértice, ou seja, as arestas laterais não
são paralelas entre si, como nos prismas, e por isso, não mantêm as distâncias entre si.
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CAPÍTULO 6 – Seção Plana
2) Plano de Seção Oblíquo ao PH: no caso da figura 6.28, a seção produzida é um polígono
diferente do polígono da base, conforme mostra a figura 6.29.
A figura 6.30(a) mostra como fica a representação, em vistas mongeanas, da seção de um plano
oblíquo ao PH em uma pirâmide de base quadrangular e a figura 6.30(b) mostra o resultado dessa
seção.
Observe que plano setor α está dado na vista frontal em vista básica, portanto a área
seccionada nesta vista coincide com a representação do plano, ou seja, também está em vista básica.
Nas vistas superior e lateral as áreas seccionadas estão representadas por hachuras, ambas são
regiões quadrangulares de dimensões diferentes das da base, observe que a base é um quadrado e as
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CAPÍTULO 6 – Seção Plana
seções das vistas superior e lateral são trapézios, isso ocorre por conta da obliquidade do plano setor
α.
Vistas mongeanas de uma pirâmide seccionada Vistas mongeanas do resultado de uma pirâmide
por um plano oblíquo ao PH seccionada por um plano oblíquo ao PH
Figura 6.30(a) Figura 6.30(b)
3) Plano de Seção Perpendicular ao PH: no caso da pirâmide, como mostra a figura 6.31, a seção
produzida é um polígono diferente do polígono da face frontal, conforme mostra a figura 6.32.
Observe que plano setor α está dado na vista superior, portanto, nessa vista, tanto o plano
de seção quanto a área seccionada aparecem em vista básica. Na vista lateral, a área seccionada
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CAPÍTULO 6 – Seção Plana
também está em vista básica, portanto, reduzida a um segmento de reta. Já na vista frontal, área
seccionada representada por uma hachura, é um polígono diferente do polígono da face frontal.
fronta
A figura 6.36(a) mostra como fica a representação, em vistas mongeanas, da seção dde um
plano perpendicular ao PH que passa pelo vértice de uma pirâmide de base quadrangular e a figura
6.36(b) mostra o resultado dessa seção
seção.
Observe que plano setor α está dado na vista superior, portanto, nessa vista, tanto p plano
de seção quanto a seção propriamente dita aparecem em vista básica. Na vista lateral a área
seccionada também está reduzida a um segmento de reta, portanto em vista vista básica. Já na vista
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CAPÍTULO 6 – Seção Plana
frontal área seccionada, representada por uma hachura, é um triângulo semelhante ao da face
frontal, observe que as medidas do triângulo da seção são um pouco menores do que as medidas
das arestas da face.
As geratrizes retas e curvas de um cilindro reto As geratrizes retas e curvas de um cone reto
Figura 6.37 Figura 6.38
Fonte: http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/i
geometrica/php/i Fonte: http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/i
http://www.uel.br/cce/mat
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1) Plano de Seção Paralelo ao PH:: no caso do cilindro reto da figura 6.39,, a seção produzida é um
uma
circunferência igual à circunferência da base
base, como mostra a figura 6.40.
Vistas mongeanas de um cilindro reto seccionado Vistas mongeanas do resultado de um cilindro reto
por um plano paralelo ao PH seccionadopor um plano paralelo ao PH
Figura 6.41(a) Figura 6.36(b)
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A figura 6.44(a) mostra como fica a representação, em vistas mongeanas, da seção de um plano
oblíquo ao PH em um cilindro reto e a figura 6.44(b) mostra o resultado dessa seção.
Observe que plano setor α está dado na vista frontal, portanto tanto o próprio plano de seção
quanto a seção aparecem em vista básica. Na vista superior a área seccionada, que está hachurada,
tem sua representação igual a da circunferência da base
base,, no entanto a curva da seção é u
uma elipse.
Isso ocorre porque quando a elipse é projetada na vista superior ela fica aparentemente com as
mesmas dimensões da base.
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Na vista lateral direita a área seccionada, que está representada por hachura, corresponde a
uma elipse com dimensões reduzidas no sentido do eixo menor por conta do plano setor que está
oblíquo à vista lateral.
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Na vista lateral a área seccionada, que está representada por hachura, corresponde a um arco
de elipse somado a um segmento de reta. O arco de elipse apresenta um tamanho reduzido no
sentido do eixo maior.
Para determinar os pontos da seção que “cortam” o cilindro deve-se trabalhar com as
geratrizes de limite de visibilidade. Na vista frontal, as geratrizes são g1 e g2, porém a seção não
passa pela geratriz g1. A partir de g2 determinamos o ponto 2 em todas as vistas. Tal ponto pertence
tanto à seção como a face curva do cilindro. Ainda na vista frontal, determinamos os pontos 1 e 1’
que estão no topo do cilindro, que é a face plana do cilindro em forma de circunferência. Na vista
lateral direita, os limites de visibilidade são as geratrizes g3 e g4, a partir delas foram determinados
os pontos 3 e 4, em todas as vistas
4) Plano de Seção Perpendicular ao PH: no caso da figura 6.48, o plano setor está perpendicular
“cortando” as geratrizes curvas da face curva. A seção produzida é um quadrilátero (nesse caso um
retângulo), sendo dois dos lados iguais às geratrizes retas e os outros dois lados secantes às
circunferências da base e do topo do cilindro, conforme mostra a figura 6.49.
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O estudo de seções planas nos cones poderia ser um capítulo à parte. Isso porque elas geram
as quatro curvas cônicas, conforme mostra a figura 6.51: circunferência(a), parábola(b), elipse(c) e
hipérbole (d). Cada curva cônica possui propriedades geométricas específicas. O tipo de curva cônica
depende da posição que o plano de seção toma em relação ao PH quando está cortando a superfície
cônica.
As quatro curvas cônicas: circunferência (a), parábola (b), elipse (c) e hipérbole (d)
Figura 6.51
Conforme foi dito anteriormente, para trabalhar com a seção de sólidos redondos, como o
cone e o cilindro, é necessário utilizar os conceitos de lei de geração e de geratrizes de limite de
visibilidade. Para realizar qualquer seção emcones serão utilizadas suas geratrizes curvas e suas
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geratrizes retas, as quais são mostradas nas figuras 6.52 e 6.53. O cone esquemático da figura 6.54
será tomado como referência.
Para o estudo da seção plana do cone será utilizado como exemplo um cilindro reto.
Diferentemente dos outros sólidos estudados, estudaremos cinco posições básicas para o plano de
seção, são elas:
1) Plano de Seção Paralelo ao PH - circunferência: caso do cone reto da figura 6.55, a seção
produzida é uma circunferência semelhante à circunferência da base, como mostra a figura 6.56.
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limites de visibilidade são as geratrizes g3 e g4, a partir delas foram determinados os pontos 3 e 4 em
todas as vistas.
2) Plano de Seção Oblíquo ao PH - elipse: no caso da figura 6.59, o plano setor está oblíquo ao PH, ou
seja, “cortando” as geratrizes retas e curvas da face curva do cone. A seção produzida é uma elipse,
conforme mostra a figura 6.60.
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3) Plano de Seção Oblíquo ao PH e Paralelo à Geratriz do Cone - parábola: no caso da figura 6.63, o
plano setor está “cortando” as geratrizes retas e curvas da face curva do cone. A seção produzida é
umaparábola, conforme mostra a figura 6.64.
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4) Plano oblíquo ao PH – hipérbole qualquer: quando o plano setor está oblíquo ao plano do chão.
No caso da figura 6.67, o plano setor está oblíquo “cortando” as geratrizes retas e curvas da face
curva do cone. A seção produzida é uma hipérbole qualquer, conforme mostra a figura 6.68.
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5) Plano de Seção Perpendicular ao PH – hipérbole equilátera: no caso da figura 6.71, o plano setor
está perpendicular ao PH, “cortando” as geratrizes curvas e passando pelas geratrizes retas da face
curva do cone. A seção produzida é uma hipérboleequilátera, conforme mostra a figura 6.72. Uma
hipérbole dessa natureza possui seus dois ramos com iguais características geométricas.
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