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Índice de Quadros
Quadro 1 ............................................................................................................................................................ 9
Quadro 2 .......................................................................................................................................................... 10
Quadro 3 .......................................................................................................................................................... 11
Quadro 4 .......................................................................................................................................................... 12
Quadro 5 .......................................................................................................................................................... 14
Quadro 6 .......................................................................................................................................................... 15
Quadro 7 .......................................................................................................................................................... 16
Quadro 8 .......................................................................................................................................................... 17
Quadro 9 .......................................................................................................................................................... 17
Quadro 10 ........................................................................................................................................................ 18
Quadro 11 ........................................................................................................................................................ 19
Quadro 12 ........................................................................................................................................................ 19
2021/2022 CONCEITOS BÁSICOS MULTIMÉDIA
Multimédia: utilização diversificada de meios, entre o emissor e o recetor, para a divulgação da mensagem.
Nesta definição são considerados como produtos multimédia os jornais, as revistas, os livros e as emissões
de televisão.
Tecnologia Multimédia
Plataforma Multimédia
2. Tipos de media
Os textos, os gráficos, as imagens, os Vídeos, as animações e o áudio são tipos de media que servem de
base à criação de sistemas e aplicações multimédia. Estes podem ser classificados através de várias
propriedades:
Imagem
As imagens e os gráficos estão para as aplicações multimédia como as fotografias e os desenhos estão
para as revistas, os jornais e os livros. As imagens e os gráficos podem ser considerados, respetivamente
do tipo bitmap e do tipo vetorial quando são utilizados em aplicações multimédia num sistema
informático. Estes podem ser obtidos por captura, através da utilização de um scanner ou de uma
câmara digital, ou, ainda, serem gerados no computador através da utilização de programas adequados.
Texto
O texto constitui a forma mais utilizada de divulgar informação em diversos meios e formas. O texto em
formato digital pode ser criado através de editores de texto, como, por exemplo, o bloco de notas do
Windows, dando origem a conteúdos não formatados denominados plain text. De outra forma, pode
ser criado através de processadores de texto, como, por exemplo, o MS Word dando origem a conteúdos
formatados denominados rich text.
2.1.2. Dinâmicos
Os tipos de media dinâmicos, contínuos ou temporais, agrupam elementos de informação dependentes
do tempo, tais como, por exemplo, o áudio, o vídeo e a animação. Nestes casos, uma alteração, no
tempo, da ordem de apresentação dos conteúdos conduz a alterações na informação associada ao
respetivo tipo de media dinâmico.
Áudio
O formato analógico corresponde ao áudio gravado nas cassetes ou discos de vinil. O digital corresponde
a um formato compatível com o processamento realizado pelos computadores.
O formato digital pode ser obtido por digitalização a partir de formas sonoras, resultando em ficheiros
que, mesmo compactados, ocupam um espaço considerável e apresentam perdas de qualidade do sinal
capturado. Esta digitalização é obtida através da conversão do sinal analógico em digital.
O formato digital pode, também, ser obtido diretamente, utilizando um sintetizador MIDI (Musical
Instrument Digital Interface) da placa de som. Desta forma, os ficheiros apenas guardam a informação
do áudio a ser reproduzido, resultando ficheiros mais pequenos e de qualidade superior. O MIDI é um
padrão internacional, que define as notas produzidas por diferentes sintetizadores de forma que estas
sejam iguais às dos respetivos instrumentos musicais. Permite também a ligação ao computador de
diversos equipamentos musicais concebidos para o efeito.
Vídeo
Tal como o áudio, também o vídeo pode ser representado no formato analógico ou digital. O formato
analógico corresponde, por exemplo, ao vídeo criado por uma câmara de vídeo analógica ou ao sinal de
emissão de um canal de televisão analógico. Por outro lado, o formato digital corresponde, por exemplo,
ao vídeo criado por uma câmara de vídeo digital ou ao sinal de emissão de um canal de televisão digital.
Animação
2.2.1. Capturados
Os tipos de media capturados são aqueles que resultam de uma recolha do exterior para o computador,
através da utilização de hardware específico, como, por exemplo, os scanners, as câmaras digitais e os
microfones, e de software específico.
2.2.2. Sintetizados
Os tipos de media sintetizados são aqueles que são produzidos pelo próprio computador através da
utilização de hardware e software específicos.
3.1.Online
A divulgação online significa a disponibilidade de uso imediato dos conteúdos multimédia. Esta pode ser
efetuada através da utilização de uma rede informática local ou de um conjunto de redes, tal como a World
Wide Web. Também a divulgação de conteúdos multimédia através de monitores ligados a computadores
que não estão ligados a redes informáticas, cujos dados são armazenados em disco, pode ser considerada
uma divulgação online.
3.2.Offline
Ao contrário da divulgação online, a divulgação offline de conteúdos multimédia é efetuada através da
utilização de suportes de armazenamento, na maioria das vezes do tipo digital. Neste caso, os suportes de
armazenamento mais utilizados na divulgação de conteúdos multimédia são do tipo CD e DVD.
Um telespectador de um programa de televisão de emissão analógica apenas pode alterar o volume do som
e o contraste, a cor e o brilho do ecrã. O desenrolar da ação classifica-se como linear porque o telespectador
não a pode alterar. Por exemplo, não pode alterar a ordem da programação ou a perspetiva dada por uma
determinada câmara de filmar.
Por outro lado, o utilizador de um CD ou DVD, ao selecionar as informações que pretende consultar de acordo
com os seus objetivos, está a interagir com o desenrolar da ação. Neste caso, esta classifica-se como não
linear.
Em alguns produtos multimédia, os utilizadores podem consultar as suas páginas utilizando hiperligações
existentes entre elas. Neste tipo de produtos, as componentes interativa e temporal podem estar presentes
através da utilização de botões, ícones e scripts. Os scripts vão permitir a criação de pequenos programas
para a execução de ações em determinadas situações como, por exemplo, a visualização de um vídeo ao fim
de um determinado intervalo de tempo ou após um botão ter sido pressionado.
5.2.Baseados no tempo
Os tipos de produtos baseados no tempo são desenvolvidos segundo uma estrutura organizacional assente
no tempo. Esta é uma organização com uma lógica semelhante à utilizada na criação de um filme de
animação. Durante o desenvolvimento deste tipo de produtos multimédia os conteúdos podem ser
sincronizados, permitindo, desta forma, definir o momento em que dois ou mais deles estão visíveis. A
interatividade neste tipo de produtos é adicionada através da utilização de scripts.
A componente da organização espacial é também, neste caso, utilizada durante a fase de desenvolvimento
deste tipo de produtos.
6. Tecnologias multimédia
6.1.Representação analógica
Um sinal analógico pode ser representado num gráfico bidimensional onde o eixo horizontal representa a
passagem do tempo e o vertical a variação de pressão.
Este género de gráfico pode fornecer várias informações sobre o som ou sobre a imagem.
6.2.Representação digital
Através da representação digital é possível a utilização de programas para armazenar, modificar, combinar e
apresentar todos os tipos de media. É também possível realizar a transmissão de dados por meio de redes
informáticas ou armazena-los em suportes, tais como CD e DVD.
A figura 2 mostra o exemplo de um sinal que assume uma gama de valores contínuos no tempo. Este tipo de
sinal é designado por sinal analógico, enquanto que os sinais que um computador processa são designados
por sinais digitais.
Os sinais digitais que circulam nos circuitos eletrónicos de um computador são constituídos apenas por dois
níveis de tensão elétrica. Ao nível mais baixo é associado o valor lógico zero (0) e ao nível mais alto o valor
lógico um (1).
Baseado no sistema de numeração binária, isto é, que utiliza apenas dois dígitos (0 e 1), é possível conceber
todo o funcionamento dos circuitos digitais. Nestes circuitos, o bit é a unidade mínima de informação de um
sinal, podendo assumir o valor 0 ou 1.
O sinal analógico propaga-se de modo contínuo no tempo e no espaço. Para que seja representado no meio
digital, o seu comportamento analógico (contínuo) tem que ser convertido numa série de valores discretos
(descontínuos). Esses valores são números (dígitos) que representam amostras (samples em inglês)
instantâneas. Isso é realizado por meio de um conversor analógico/digital (CAD). Se quisermos ouvir
novamente o som ou ver a imagem, torna-se necessário que os sinais digitais representados por números
binários sejam reconvertidos em sinais analógicos por meio de um conversor digital/analógico (CDA).
Se os sinais que circulam num computador ou os gerados por um teclado são digitais, o sinal que um
microfone produz é analógico. Assim, para obter este sinal no computador há necessidade de digitalizá-lo,
ou seja, convertê-lo para uma sequência de bits. A digitalização de um sinal analógico é composta por fases
de amostragem, quantificação e codificação.
Fig. 2 Representação digital de um sinal analógico Fig. 3 Representação gráfica de um impulso elétrico
Fig. 4 Representação gráfica de um sinal amostrado Fig. 5 Representação gráfica de um sinal quantizado
6.2.1. Amostragem
A amostragem é o processo que permite a retenção de um conjunto finito de valores discretos dos sinais
analógicos.
Como um sinal analógico é contínuo no tempo e em amplitude, contém um número infinito de valores,
dificultando o seu processamento pelo computador. Assim, há necessidade de inicialmente amostrar o sinal
analógico.
O sinal amostrado da figura 4 é um sinal obtido por uma modelação, denominada modulação PAM (Pulse –
Amplitude Modulation)
A conversão do sinal analógico para o digital é realizada por uma sequência de amostras da variação de
voltagem do sinal original. Como um sinal analógico é contínuo no tempo e em amplitude, contém um
número infinito de valores, dificultando o seu processamento pelo computador. Assim, há necessidade de
inicialmente amostrar o sinal analógico. Cada amostra é arredondada para o número mais próximo da escala
usada e depois convertida em um número digital binário (formado por "uns" e "zeros") para ser armazenado.
6.2.2. Quantização
Depois de amostrado o sinal analógico, sob a forma de amostras ou impulsos PAM, é preciso quantizar ou
quantificar a infinidade de valores que a amplitude do sinal apresentado (fig. 4). O circuito eletrónico que
efetua esta conversão designa-se por conversor analógico-digital (A/D ou do inglês ADC – Analogic to Digital
Converter).
Quantizar um sinal PAM significa atribuir-lhe um determinado valor numa gama de níveis que o conversor
A/D apresenta. Assim, um sinal com uma amplitude de 8,3 V poderia, por exemplo, ser quantizado para um
valor inteiro acima ou abaixo dele. Devido a este arredondamento, origina-se um erro de quantização
resultante da diferença de amplitude entre o valor quantizado e o valor real.
6.2.3. Codificação
Os valores das amplitudes dos impulsos PAM, depois de quantizados, precisam de ser codificados para
poderem ser representados por uma sequência de bits com valor de 0 ou 1.
Uma das formas de codificar o sinal é através da modulação PCM ( Pulse-Code Modulation), utilizando
impulsos de amplitude de duração constante e valores lógicos 0 ou 1.
6.3.1. Hardware
Dispositivos de entrada
Os dispositivos de entrada permitem a comunicação no sentido utilizador para o computador. No quadro 2
são apresentados os principais dispositivos de entrada através dos quais o utilizador pode controlar ou
mesmo interagir com a execução de aplicações multimédia.
Designação Descrição Imagem
Teclado Os teclados são dispositivos que permitem digitar dados ou
instruções para o computador. Existem vários tipos de
teclados com mais ou menos funções e com teclas
multimédia, permitindo o acesso mais fácil às aplicações.
Ratos Os ratos são dispositivos muito importantes pelas suas
potencialidades de utilização nos sistemas operativos
gráficos. Permitem deslocar no ecrã e ponteiro e realizar a
introdução de ordens para o computador.
Dispositivos de apontar
Dispositivos de saída
Os dispositivos de saída permitem a comunicação no sentido do computador para o utilizador. No quadro 3
são apresentados os principais dispositivos de saída relacionados com a reprodução de aplicações
multimédia.
Quadro 3
Dispositivos de entrada/saída
Os dispositivos de entrada/saída permitem a comunicação em ambos os sentidos, do computador para o
utilizador e vice-versa. No quadro 4 são apresentados os principais dispositivos de entrada/saída que
permitem ao utilizador interagir com as aplicações multimédia.
Dispositivos de armazenamento
Os dispositivos de armazenamento permitem guardar dados de forma permanente ou semipermanente.
Estes dispositivos, de acordo com a tecnologia utilizada na leitura e escrita dos seus dados, podem ser
classificados em magnéticos, semicondutores e óticos.
Magnéticos
Discos rígidos
Os discos rígidos (HD – Hard Disk), figura 7, assim designados por serem constituídos por material
metálico, utilizam a electromagnetização das partículas para a gravação e a leitura dos dados.
Estes dispositivos permitem armazenar grandes quantidades de informação, que depois é acedida
aleatoriamente. Os discos rígidos podem ser designados de internos ou externos, conforme estão Fig. 7 Disco rígido
instalados dentro ou fora do computador. A vantagem dos discos externos é permitir transportá-los de forma
mais fácil para outros computadores.
Bandas magnéticas
As bandas magnéticas (fig. 8) utilizam a electromagnetização das partículas de uma fita magnética para a
gravação e a leitura dos dados, realizadas de forma sequencial. As bandas magnéticas continuam a ser o
suporte mais económico de armazenagem de grandes
quantidades de dados e, por isso, as mais indicadas para fazer
cópias de segurança (backups) da informação existente num
computador.
Semicondutores
Cartões de memória
Os cartões de memória (fig. 9) servem para armazenar dados como texto, fotos,
vídeos e músicas. Estes são usados em diferentes tipos de dispositivos de hardware
como, por exemplo, câmaras fotográficas digitais, telemóveis e leitores de MP3 e
MP4.
Pen-drives
As pen drives (fig. 10) servem para armazenar dados e ligam-se ao computador através
de uma porta USB. Estas memórias constituem um meio prático para transporte de
dados entre computadores.
Os discos SSD – Solid State Drive (fig. 11) são dispositivos de armazenamento dos
dados constituídos por circuitos integrados semicondutores. Estes são mais leves,
compactos e rápidos que os discos rígidos magnéticos.
Óticos
Cd (Compact Disc)
Para gravação
No quadro 5 são apresentados os proncipais formatos de CD, de acordo com as várias possibilidades de
gravação.
Formato Descrição
CD-R (Compact Disk Os CD-R surgiram em 1990, procurando solucionar a necessidade de os
Recordable) utilizadores gravarem os seus próprios CD. Permitem gravar dados apenas uma
vez. Estes CD têm uma capacidade de gravação de 650 MB ou 700 MB.
CD-RW (Compact Disk Os CD – RW surgiram em 1995, permitindo a gravação e a regravação dos dados.
Rewritable) Estes CD têm uma capacidade de gravação de 650 MB ou 700 MB.
Mini - CD A designação de Mini-CD é devida à dimensão do seu diâmetro de 8 cm, ao
contrário dos CD cujo diâmetro é de 12 cm. Estes discos têm uma capacidade
de gravação de 180 MB e formato R ou RW.
Quadro 5
Ficha de trabalho nº 2
Formatos
No quadro 6 são apresentados os principais formatos de CD para a organização do tipo de informação áudio.
Formato Descrição
CD- Digital Audio Este formato CD Digital Audio (CD-DA) surgiu em 1982 e foi o primeiro formato
de CD indicado para a gravação de áudio com muita qualidade. Este quando
surgiu revolucionou a forma de gravação que a até à época era realizada no
formato analógico em discos de vinil e fitas magnéticas.
Os sinais analógicos, ao serem gravados nestes CD, eram convertidos em sinais
digitais. Para a divulgação deste formato de CD contribuíram, na época, de
forma determinante, as seguintes características; qualidade superior ao áudio
digital gravado, tamanho dos discos de 12 cm de diâmetro e capacidade para 74
minutos de música.
O formato CD- Digital Audio é um formato cujos ficheiros podem ser
reproduzidos em qualquer leitor de CD.
Quando os ficheiros de áudio estão num formato diferente do CD-DA, por
exemplo, MP3, MP3pro, WAV,VQF,WMA e AIF, estes são automaticamente
convertidos no formato CD-DA antes de serem gravados num CD de áudio
através da utilização de software adequado. A conversão do formato dos
ficheiros pode atrasar o processo de gravação.
CD-text É utilizado para armazenar nos CD texto e áudio. Este texto pode consistir em
informação relacionada com os títulos e os intérpretes das músicas.
Atualmente, a maior parte das unidades de leitura de CD-DA existentes no
mercado, não suportam o formato CD-Text. Estas unidades podem reproduzi-
los como se fossem CD de áudio, ignorando o texto. Para que isto não aconteça,
é necessário utilizar uma unidade de leitura de CD-DA modificada.
Para criar um CD-Text, o gravador de CD tem de suportar este formato e gravá-
lo no modo de gravação DAO (Disc At Once – dico de uma vez), gravando uma
ou várias pistas do CD numa só operação e fechando-o depois.
Enhanced Music CD Permite criar CD com áudio e dados segundo uma nova conceção. Neste
formato as pistas de áudio vão ser gravadas no início dos CD e as psitas de dados
no fim.
Estes discos são mais indicados como suporte multimédia do que os discos CD-
DA que apenas suportam áudio.
Neste formato, as unidades de leitura de CD-DA apenas leem o áudio e ignoram
os dados e as unidades de leitura CD-ROM XA leem o áudio e os dados.
Super Audio CD O formato Super Audio CD (SACD) reúne boas características de um padrão de
som digital, porque aperfeiçoa a frequência de amostragem e o nível de
quantização do sinal, melhorando a gravação e a reprodução dos sinais digitais.
Para além da qualidade sonora, também a quantidade de informação aumentou
em relação aos outros CD.
Quadro 6
Formato Descrição
CD- ROM XA O formato CD-ROM XA (Compact Disk – Read Only Memory Extended
Architecture) permite a intercalação de dados
Photo -CD O formato Photo-CD constitui a base para a criação de um suporte alternativo
às fotografias e aos slides convencionais, tornando possível o seu
armazenamento no formato digital em discos CD-R. Os CD, neste formato,
podem ser lidos em unidades de leitura Photo-CD e visualizados na televisão ou
em unidades de leitura CD-ROM, CD-ROM XA e visualizados no monitor do
computador.
Vídeo CD O formato Video CD (VCD) permite armazenar filmes que pudessem
posteriormente ser reproduzidos em computador. Este formato de CD é na
realidade do tipo CD-ROM XA e pode comportar 74 minutos de áudio e vídeo
digitais, utilizando a compressão MPEG-1.
Super Video CD O formato Super Video CD (SVCD) foi concebido para ser o sucessor tecnológico
do formato Vídeo‐CD, no entanto, ao nível técnico está mais próximo do DVD
do que do CD.
Os CD’s gravados no formato Super Vídeo‐CD contêm sequências de vídeo
MPEG‐2 e, utilizando a qualidade mais elevada, podem conter cerca de 35
minutos de filme num disco padrão com 74 minutos de capacidade e
armazenamento.
CD Multissessão O formato CD Multissessão tornou possível superar os inconvenientes do
formato Disc At Once utilizado inicialmente pelos CD‐R. Nestes, os dados eram
gravados de uma só vez e numa única pista. Para concluir a gravação, o CD era
fechado e não se podia acrescentar ou alterar dados ao seu conteúdo. Com o
formato CD Multissessão, os CD passaram a poder ser gravados em várias
sessões e em momentos definidos pelos utilizadores, até o disco ficar
preenchido. Em cada sessão de gravação, a tabela de conteúdo do CD (table of
contentes ou TOC) é atualizada para incluir as novas informações. Para que um
CD multissessão seja tratado pelo computador como uma unidade semelhante
a uma das unidades internas, é necessário que o leitor de CD seja do tipo
multissessão. Se o leitor de CD não for multissessão, somente os dados gravados
na primeira sessão serão vistos e todos os demais serão ignorados.
Quadro 7
Formato Descrição
DVD‐R, +R Permitem a gravação de dados apenas uma vez. Estes DVD podem ter as
capacidades de 4.7 GB (Single Layer) e 8,5 GB (Double Layer) no caso dos Single-
sided e as capacidades de 9,4 GB (Single Layer) e 17 GB (Double Layer) no caso
dos Dual‐sided.
DVD‐RW, +RW Permitem a gravação e regravação de dados e podem ser utilizados para fazer
cópias de segurança dos dados sem computadores pessoais.
Estes DVD podem ter capacidades idênticas às do formato DVD-R, +R.
Formatos
No quadro 9 é apresentado um formato de DVD para a organização do tipo de informação áudio.
Formato Descrição
DVD Audio O formato DVD Audio é semelhante ao CD Audio, mas em DVD. Este formato
proporcionou à indústria discográfica um novo impulso de desenvolvimento,
permitindo armazenar áudio com muito alta qualidade e, devido à sua grande
capacidade de armazenamento, incluir, além de música, informações adicionais,
tais como biografias dos artistas, letras das músicas e videoclips. Podem ser
reproduzidos num leitor de DVD Audio ou de DVD Video.
Quadro 9
No quadro 10, são apresentados os principais formatos de DVD para a organização do tipo de informação
vídeo e dados.
Formato Descrição
DVD Vídeo É o mais indicado para o armazenamento de filmes completos de longa-
metragem com alta qualidade de vídeo e áudio surround. Proporciona alguma
interatividade ao permitir que os utilizadores mudem entre cenas através de
menus, visualizem cenas de diferentes ângulos e selecionem diferentes
desfechos para o filme.
Este formato possibilita a utilização de DVD de duas camadas para filmes mais
longos «, permitindo a reprodução contínua de um filme ou o armazenamento
de um filme com duas versões.
As unidades de leitura/escrita de DVD Vídeo permitem a utilização de CD nos
formatos CD-DA, Vídeo CD, CD-R e CD-RW. Permitem também, a utilização de
DVD nos formatos DVD –R e DVD-RW e nos formatos DVD+RW e DVD+R quando
as unidades o possibilitam.
DVD‐ ROM Surgiu para substituir a formato CD-ROM, tendo mais capacidade de
armazenamento do que este e servindo de suporte aos formatos DVD Vídeo e
DVD Audio.
Sistemas de ficheiros
Conforme o que foi descrito atrás, os discos ótico assumem diversos formatos para o armazenamento de
diferentes tipos de informação digital.
Estes formatos dos CD e dos DVD são descritos em documentos denominados livros e constituem normas
internacionais.
Em relação aos CD, os livros são identificados pela cor da capa e designam-se por Red Book, Yellow Book,
Green Book, Orange Book, White Book, Blue Book, Scarlet Book e Purple Book (quadro 11).
Em relação aos DVD os livros são identificados por uma letra maiúscula e designam-se por A, B, C, D, E e F
(quadro 12). Para cada formato o livro descreve o processo físico de gravação, a organização lógica dos
ficheiros e outras especificações.
No quadro 13 são apresentados os principais sistemas de ficheiros que permitem organizar e disponibilizar
informação em CD e DVD.
Formato Descrição
ISO 9660 (CDFS) A norma ISO 9660 (CDFS – Compact Disk File Sustem) estabelece um conjunto
de especificações relacionadas com a organização lógica dos dados de um CD e
permite a criação de um sistema de ficheiros hierárquico capaz de proporcionar
a organização da informação contida num CD em ficheiros e diretórios. O
sistema de ficheiros concebido através das especificações desta norma visa
funcionar de uma forma mais compatível com todos os sistemas operativos.
Este sistema de ficheiros desenvolveu-se em três níveis:
- Nível 1, permite utilizar no máximo 8 caracteres para o nome dos ficheiros e
diretórios e três caracteres para a extensão dos ficheiros. Os caracteres
permitidos são de A-Z, 0-9 e o caracter de underscore (_). Os ficheiros não
podem ser fragmentados, ou seja, têm de ser gravados num conjunto contínuo
de bytes. A estrutura dos diretórios apenas se pode desenvolver ao longo de 8
níveis incluindo o diretório raiz.
- Nível 2 - permite utilizar no máximo 31 caracteres para o nome dos ficheiros e
diretórios. Os ficheiros não podem ser fragmentados Neste nível a leitura dos
nomes longos apresenta alguns problemas
- Nível 3 - não há restrições nos nomes dos ficheiros e dos diretórios.
Extensão Joliet A extensão Joliet foi desenvolvida pela Microsoft para ultrapassar as limitações
da norma ISO 9660 e dar resposta às especificações dos sistemas operativos
mais recentes, mantendo a compatibilidade com o sistema operativo MS-DOS.
Das limitações apresentadas pelos sistemas de ficheiros ISO 9660, as
especificações da extensão Joliet permitem, entre outras:
- A utilização de nomes longos, até 64 caracteres Unicode, incluindo o espaço;
- A expansão da árvore de diretórios acima dos 8 níveis.
Extensão Rock Ridge A extensão Rock Ridge estabelece um conjunto de especificações adicionais
relativas à norma ISO 9660, permitindo, desta forma, suportar as
Ficha de trabalho nº 3
Informação complementar
Imagem vectorial
Uma imagem vectorial é uma imagem digital formada por objectos geométricos
independentes (segmentos, polígonos, arcos, etc.), cada um definido por diferentes atributos
matemáticos de forma, posição, cor, etc. Por exemplo, um círculo vermelho será definido pela
posição do seu centro, raio, espessura de linha e cor. Este formato de imagem é
completamente diferente do formato de imagens de bitmap, que são formadas por pixéis. O
principal interesse dos gráficos vectoriais é ampliar o tamanho de uma imagem sem sofrer o
efeito de escala como nas imagens bitmap. Também permitem mover, esticar e torcer imagens
com uma grande facilidade. O seu uso está muito divulgado nas imagens 3D, quer nas estáticas
quer nas dinâmicas.
Imagem Bitmap
As imagens bitmaps (mapa de bits) são imagens que contêm a descrição de cada pixel, em oposição aos
gráficos vectoriais. O tratamento de imagens deste tipo requer ferramentas especializadas, geralmente
utilizadas em fotografia, pois envolvem cálculos muito complexos, como interpolação, álgebra matricial,
etc. Um bitmap pode ser preto‐e‐branco ou colorido. Há um padrão chamado RGB, do inglês Red, Green,
Blue, que utiliza três números inteiros para representar cada uma das cores primárias: vermelho, verde
e azul.
A cada ponto da imagem exibida na tela ou papel corresponde um pixel, de forma que a maioria das
imagens requer um número muito grande de pixéis para ser representada completamente. Por exemplo,
uma imagem comum de 800x600 pixéis necessita de 3 bytes para representar cada pixel (um para cada
cor primária RGB) e mais 54 bytes de cabeçalho. Isso totaliza 1.440.054 bytes. Embora a representação
de imagens na memória RAM seja feita geralmente em bitmaps, quando se fala num grande número de
imagens armazenadas em discos magnéticos e transmissão de dados via redes surge a necessidade de
compressão desses arquivos, para reduzir o espaço ocupado e o tempo de transmissão. A compactação
de dados pode ser com perda ou sem perda.