Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONHECIMENTOS BÁSICOS
LÍNGUA PORTUGUESA:
1. Compreensão e interpretação de textos. ....................................................................................................................... 1
2. Ortografia oficial. ............................................................................................................................................................ 9
3. Acentuação gráfica. ...................................................................................................................................................... 12
4. Emprego das classes de palavras. .............................................................................................................................. 20
5. Emprego do sinal indicativo de crase. .......................................................................................................................... 17
6. Sintaxe da oração e do período. .................................................................................................................................. 36
7. Pontuação. .................................................................................................................................................................... 16
8. Concordância nominal e verbal. ................................................................................................................................... 28
9. Regência nominal e verbal. .......................................................................................................................................... 40
10. Significação das palavras. .......................................................................................................................................... 18
11. Redação Oficial: Manual de Redação da Presidência da República. ........................................................................ 47
12. Redação de correspondências oficiais: documentos oficiais utilizados pelas instituições públicas brasileiras. ......... 47
MATEMÁTICA:
Numeração; Números naturais: múltiplos, divisores, divisibilidade e restos; M.D.C. e M.M.C.; Números fracionários e
Operações com frações; Números Decimais e Dízimas Periódicas; ................................................................................. 5
Sistemas de Unidade, Notação Científica e Bases não Decimais; .................................................................................. 24
Razões e Proporções; Escalas; Divisão Proporcional; Regra de Três Simples ou Composta;. Porcentagem; ................ 32
Teoria dos Conjuntos: Conjuntos Numéricos; .................................................................................................................... 1
Relações, Funções de Primeiro e Segundo Grau; ........................................................................................................... 41
Noções de Probabilidade e Estatística Descritiva; ........................................................................................................... 90
Aplicações e Operações com Inequações; ...................................................................................................................... 50
Sequências e Progressões Aritméticas e Geométricas; ................................................................................................... 77
Operações com Matrizes, Logaritmos, Raízes e Radicais, Fatoração Algébrica; ............................................................ 94
RACIOCÍNIO LÓGICO:
Estruturas lógicas, Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões, Lógica sentencial (ou pro-
posicional), Proposições simples e compostas, Tabelas-verdade, Equivalências, Diagramas lógicos, Lógica de primeira
ordem, Princípios de contagem e probabilidade, Operações com conjuntos, Raciocínio lógico envolvendo problemas
aritméticos, geométricos e matriciais. ................................................................................................................... pp 1 a 53
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA:
1. Conhecimentos básicos de linguagens de programação relativos a Lógica e Estrutura de programação. .................... 6
2. Conceitos básicos de Datamining e Datawarehouse. .................................................................................................... 7
3. Conceitos básicos de armazenamento de dados. Banco de Dados Relacional. ............................................................ 8
4. Conceitos básicos sobre a arquitetura e administração de Banco de Dados. .............................................................. 16
5. Conhecimentos básicos de ambiente de servidores: Estrutura de servidores físicos e virtualizados. ......................... 16
6. Conceito de Computação em Nuvem (Cloud Computing). ........................................................................................... 19
7. Conceitos e modos de utilização de aplicativos para edição de textos, planilhas e apresentações. ........................... 41
8. Conceitos e modos de utilização de ferramentas e aplicativos de navegação na Internet, correio eletrônico, redes
sociais, grupos de discussão e de busca. ........................................................................................................................ 72
9. Conceitos básicos sobre ameaças e segurança da informação.
ATUALIDADES: .................................................................................................................................................... pp 1 a 58
1. Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade.
1.1. Movimentos culturais no mundo ocidental e seus impactos na vida política e social.
1.2 O debate sobre a legalização das drogas e seu impacto sobre as políticas públicas e sobre a sociedade.
1.3 Tecnologia e educação.
2. Formas de organização social, movimentos sociais, pensamento político e ação do Estado.
2.1. Movimentos sociais na era da internet.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
APOSTILAS OPÇÃO
LÍNGUA PORTUGUESA No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto
com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da
época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen-
1. Compreensão e interpretação de textos.
tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui
2. Ortografia oficial.
não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica
3. Acentuação gráfica.
da fonte e na identificação do autor.
4. Emprego das classes de palavras.
5. Emprego do sinal indicativo de crase.
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de
6. Sintaxe da oração e do período.
resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exce-
7. Pontuação.
to, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequa-
8. Concordância nominal e verbal.
da. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
9. Regência nominal e verbal.
adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por
10. Significação das palavras.
isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não
11. Redação Oficial: Manual de Redação da Presidência da
ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra
República.
alternativa mais completa.
12. Redação de correspondências oficiais: documentos ofici-
ais utilizados pelas instituições públicas brasileiras.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento
do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontex-
tualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso
Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali- para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para
dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta
compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de será mais consciente e segura.
necessitar de um bom léxico internalizado.
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um
confronto entre todas as partes que compõem o texto.
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá
trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica- até o fim, ininterruptamente;
se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos
diante de uma temática qualquer. umas três vezes ou mais;
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
Denotação e Conotação 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expres- 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
são gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma con- 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compre-
venção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + signi- ensão;
ficado) que se constroem as noções de denotação e conotação. 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto cor-
respondente;
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta,
atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que
depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se
construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
Os textos literários exploram bastante as construções de base conota- exata ou a mais completa;
tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
diferenciadas em seus leitores. lógica objetiva;
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis- 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste resposta;
caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,
ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e definindo o tema e a mensagem;
esclareçam o sentido. 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantís-
Como Ler e Entender Bem um Texto simos na interpretação do texto.
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e Ex.: Ele morreu de fome.
de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extra- do fato (= morte de "ele").
em-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo Ex.: Ele morreu faminto.
nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava
palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para quando morreu.;
resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idei-
a memória visual, favorecendo o entendimento. as estão coordenadas entre si;
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo
há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim Cunegundes
‘ Quanto a Lei Geral da Copa, aprovou-se um texto que não é o ideal, 3º parágrafo: A conclusão é desenvolvida com uma proposta de
mas sustenta os requisitos da Fifa para o evento. intervenção relacionada à tese.
O aspecto mais polêmico era a venda de bebidas alcoólicas nos es- “O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os
tádios. A lei eliminou o veto federal, mas não exclui que os organizadores transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnoló-
precisem negociar a permissão em alguns Estados, como São Paulo.’’ gica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais
do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não
• Proposta: Revela autonomia critica do produtor do texto e ga- existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se
rante mais credibilidade ao processo argumentativo. transformar na salvação do mundo.
‘ Recolher de forma digna e justa os usuários de crack que buscam Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral preci-
ajuda, oferecer tratamento humano é dever do Estado. Não faz sentido sam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a
isolar para fora dos olhos da sociedade uma chaga que pertence a to- combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada
dos.’’ Mundograduado.org melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a
“ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul.” Profª Francinete
Modelo de Dissertação-Argumentativa
A ideia principal e as secundárias
Meio-ambiente e tecnologia: não há contraste, há solução
Para treinarmos a redação de pequenos parágrafos narrativos, vamos
Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambi-
nos colocar no papel de narradores, isto é, vamos contar fatos com base na
ental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobre-
organização das ideias.
vivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quan-
do analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia. Leia o trecho abaixo:
O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço a Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro
se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas ao quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte. Com
progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsá- isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas, demons-
veis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, pro- trando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as mãos,
blemas ambientais que afetam a população. um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos Como você deve ter observado, nesse parágrafo, o narrador conta-nos
contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar um fato acontecido com seu primo. É, pois, um parágrafo narrativo. Anali-
os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de semos, agora, o parágrafo quanto à estrutura.
continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente
nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma, As ideias foram organizadas da seguinte maneira:
podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemáti- Ideia principal:
ca.
Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro
O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte.
transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnoló-
gica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais Ideias secundárias:
do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não Com isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas,
existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se demonstrando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as
transformar na salvação do mundo. mãos, um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral preci- A ideia principal, como você pode observar, refere-se a uma ação peri-
sam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a gosa, agravada pelo aparecimento de um trem. As ideias secundárias
combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada complementam a ideia principal, mostrando como o primo do narrador
melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a conseguiu sair-se da perigosa situação em que se encontrava.
“ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul.
Os parágrafos devem conter apenas uma ideia principal acompanhado
Nesse modelo, didaticamente, podemos perceber a estrutura textual de ideias secundárias. Entretanto, é muito comum encontrarmos, em pará-
dissertativa assim organizada: grafos pequenos, apenas a ideia principal. Veja o exemplo:
1º parágrafo: Introdução com apresentação da tese a ser defendi- O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio.
da;
Observe que a ideia mais importante está contida na frase: “Logo per- A autora também apresenta diversas formas de classificação do discur-
cebi que se tratava de um terremoto”, que aparece no final do parágrafo. so e do texto, porém, detenhamo-nos na divisão de texto informativo e de
As outras frases (ou ideias) apenas explicam ou comprovam a afirmação: um texto literário ou ficcional.
“as estacas tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo estremeceu
violentamente sob meus pés” e estas estão localizadas no início do pará- Analisando um texto, é possível percebermos que a repetição de um
grafo. nome/lexema, nos induz à lembrar de fatos já abordados, estimula a nossa
biblioteca mental e a informa da importância de tal nome, que dentro de um
Então, a respeito da estrutura do parágrafo, concluímos que as ideias
contexto qualquer, ou seja que não fosse de um texto informacional, seria
podem organizar-se da seguinte maneira:
apenas caracterizado como uma redundância desnecessária. Essa repeti-
Ideia principal + ideias secundárias ção é normalmente dada através de sinônimos ou “sinônimos perfeitos”
(p.30) que permitem a permutação destes nomes durante o texto sem que o
ou sentido original e desejado seja modificado.
Ideias secundárias + ideia principal
Esta relação semântica presente nos textos ocorre devido às interpre-
É importante frisar, também, que a ideia principal e as ideias se- tações feitas da realidade pelo interlocutor, que utiliza a chamada “semânti-
cundárias não são ideias diferentes e, por isso, não podem ser separadas ca referencial” (p.31) para causar esta busca mental no receptor através de
em parágrafos diferentes. Ao selecionarmos as ideias secundárias deve- palavras semanticamente semelhantes à que fora enunciada, porém, existe
mos verificar as que realmente interessam ao desenvolvimento da ideia ainda o que a autora denominou de “inexistência de sinônimo perfeito”
principal e mantê-las juntas no mesmo parágrafo. Com isso, estaremos (p.30) que são sinônimos porém quando posto em substituição um ao outro
evitando e repetição de palavras e assegurando a sua clareza. É importan- não geram uma coerência adequada ao entendimento.
te, ao termos várias ideias secundárias, que sejam identificadas aquelas
que realmente se relacionam à ideia principal. Esse cuidado é de grande Nesta relação de substituição por sinônimos, devemos ter cautela
valia ao se redigir parágrafos sobre qualquer assunto. quando formos usar os “hiperônimos” (p.32), ou até mesmo a “hiponímia”
(p.32) onde substitui-se a parte pelo todo, pois neste emaranhado de subs-
tituições pode-se causar desajustes e o resultado final não fazer com que a
Maria da Graça Costa Val lembra que “esses recursos expressam rela- Passei no vestibular porque estudei muito
ções não só entre os elementos no interior de uma frase, mas também visto que
entre frases e sequências de frases dentro de um texto”. já que
uma vez que
Não só a coesão explícita possibilita a compreensão de um texto. Mui- _________________ _____________________
tas vezes a comunicação se faz por meio de uma coesão implícita, apoia- consequência causa
da no conhecimento mútuo anterior que os participantes do processo
comunicativo têm da língua.
Estudei tanto que passei no vestibular.
A ligação lógica das ideias Estudei muito por isso passei no vestibular
Uma das características do texto é a organização sequencial dos ele- _________________ ____________________
mentos linguísticos que o compõem, isto é, as relações de sentido que se causa consequência
estabelecem entre as frases e os parágrafos que compõem um texto,
fazendo com que a interpretação de um elemento linguístico qualquer seja
dependente da de outro(s). Os principais fatores que determinam esse Como estudei passei no vestibular
encadeamento lógico são: a articulação, a referência, a substituição voca- Por ter estudado muito passei no vestibular
bular e a elipse. ___________________ ___________________
causa consequência
ARTICULAÇÃO
finalidade: uma das proposições do período explicita o(s) meio(s) para
Os articuladores (também chamados nexos ou conectores) são conjun-
se atingir determinado fim expresso na outra. Os articuladores principais
ções, advérbios e preposições responsáveis pela ligação entre si dos fatos
são: para, afim de, para que.
denotados num texto, Eles exprimem os diferentes tipos de interdependên-
cia de sentido das frases no processo de sequencialização textual. As
Língua Portuguesa 7 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Utilizo o automóvel a fim de facilitar minha vida. redução lexical.
conformidade: essa relação expressa-se por meio de duas proposi- Interpretar e produzir textos de qualidade são tarefas muito importantes
ções, em que se mostra a conformidade de conteúdo de uma delas em na formação do aluno. Para realizá-las de modo satisfatório, é essencial
relação a algo afirmado na outra. saber identificar e utilizar os operadores sequenciais e argumentativos do
discurso. A linguagem é um ato intencional, o indivíduo faz escolhas quan-
O aluno realizou a prova conforme o professor solicitara. do se pronuncia oralmente ou quando escreve. Para dar suporte a essas
segundo escolhas, de modo a fazer com que suas opiniões sejam aceitas ou respei-
consoante tadas, é fundamental lançar mão dos operadores que estabelecem ligações
como (espécies de costuras) entre os diferentes elementos do discurso.
de acordo com a solicitação...
FONÉTICA E FONOLOGIA
temporalidade: é a relação por meio da qual se localizam no tempo
ações, eventos ou estados de coisas do mundo real, expressas por meio de
duas proposições. Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fo-
Quando nemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os
Mal quais caracterizam a oposição entre os vocábulos.
Logo que terminei o colégio, matriculei-me aqui.
Assim que Ex.: em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre
Depois que si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de FONEMA.
No momento em que
Nem bem Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três sílabas e
seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa sílaba pode haver um ou mais
a) concomitância de fatos: Enquanto todos se divertiam, ele estu- fonemas.
dava com afinco. No sistema fonética do português do Brasil há, aproximadamente, 33 fo-
Existe aqui uma simultaneidade entre os fatos descritos em cada nemas.
uma das proposições.
b) um tempo progressivo: É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o
À proporção que os alunos terminavam a prova, iam se retirando. sinal gráfico que representa o som.
• bar enchia de frequentadores à medida que a noite caía. Vejamos alguns exemplos:
Manhã – 5 letras e quatro fonemas: m / a / nh / ã
Conclusão: um enunciado introduzido por articuladores como portan- Táxi – 4 letras e 5 fonemas: t / a / k / s / i
to, logo, pois, então, por conseguinte, estabelece uma conclusão em Corre – letras: 5: fonemas: 4
relação a algo dito no enunciado anterior: Hora – letras: 4: fonemas: 3
Aquela – letras: 6: fonemas: 5
Assistiu a todas as aulas e realizou com êxito todos os exercícios. Por- Guerra – letras: 6: fonemas: 4
tanto tem condições de se sair bem na prova. Fixo – letras: 4: fonemas: 5
Hoje – 4 letras e 3 fonemas
É importante salientar que os articuladores conclusivos não se limitam Canto – 5 letras e 4 fonemas
a articular frases. Eles podem articular parágrafos, capítulos. Tempo – 5 letras e 4 fonemas
Campo – 5 letras e 4 fonemas
Comparação: é estabelecida por articuladores : tanto (tão)...como, Chuva – 5 letras e 4 fonemas
tanto (tal)...como, tão ...quanto, mais ....(do) que, menos ....(do) que,
assim como. LETRA - é a representação gráfica, a representação escrita, de um
Ele é tão competente quanto Alberto. determinado som.
Explicação ou justificativa: os articuladores do tipo pois, que, por-
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
que introduzem uma justificativa ou explicação a algo já anteriormente
referido.
VOGAIS
Não se preocupe que eu voltarei a, e, i, o, u
pois A E I O U
porque
SEMIVOGAIS
As pausas Só há duas semivogais: i e u, quando se incorporam à vogal numa
Os articuladores são, muitas vezes, substituídos por “pausas” (marca- mesma sílaba da palavra, formando um ditongo ou tritongo. Exs.: cai-ça-ra, te-
das por dois pontos, vírgula, ponto final na escrita). Que podem assinalar sou-ro, Pa-ra-guai.
tipos de relações diferentes.
CONSOANTES
Compramos tudo pela manhã: à tarde pretendemos viajar. (causalida-
de) B Cb,
D c,
F Gd,Hf,J g,K h,
L j,
M l,N m,
K Pn,Rp,Sq,T r,
V s,
X t,
Z v,
Y x,
Wz
Não fique triste. As coisas se resolverão. (justificativa)
Ela estava bastante tranquila eu tinha os nervos à flor da pele. ( oposi- ENCONTROS VOCÁLICOS
ção) A sequência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de
Não estive presente à cerimônia. Não posso descrevê-la. (conclusão) encontro vocálico.
http://www.seaac.com.br/ Ex.: cooperativa
A análise de expressões referenciais é fundamental na interpretação do Três são os encontros vocálicos: ditongo, tritongo, hiato
discurso. A identificação de expressões correferentes é importante em
diversas aplicações de Processamento da Linguagem Natural. Expressões DITONGO
referenciais podem ser usadas para introduzir entidades em um discurso ou É a combinação de uma vogal + uma semivogal ou vice-versa.
podem fazer referência a entidades já mencionadas,podendo fazer uso de Dividem-se em:
1. Pela, pelo (verbo pelar) de pela, pelo (preposição + artigo) e pelo (subs- Uso do Hífen
tantivo) Novo Acordo Ortográfico Descomplicado (Parte V) – Uso do Hífen
2. Polo (substantivo) de polo (combinação antiga e popular de por e lo).
3. pera (fruta) de pera (preposição arcaica). Tem se discutido muito a respeito do Novo Acordo Ortográfico e a grande
queixa entre os que usam a Língua Portuguesa em sua modalidade escrita
tem gerado em torno do seguinte questionamento: “por que mudar uma
A pronúncia ou categoria gramatical dessas palavras dar-se-á mediante o
coisa que a gente demorou um tempão para aprender?” Bom, para quem já
contexto.
dominava a antiga ortografia, realmente essa mudança foi uma chateação.
Acento agudo
Quem saiu se beneficiando foram os que estão começando agora a adquirir
Ditongos abertos “ei”, “oi”
o código escrito, como os alunos do Ensino Fundamental I.
Não se usa mais acento nos ditongos ABERTOS “ei”, “oi” quando estiverem
Se você tem dificuldades em memorizar regras, é inútil estudar o Novo
na penúltima sílaba.
Acordo comparando “o antes e o depois”, feito revista de propaganda de
He-roi-co ji-boi-a
cosméticos. O ideal é que as mudanças sejam compreendidas e gravadas
As-sem-blei-a i-dei-a
na memória: para isso, é preciso colocá-las em prática.
Pa-ra-noi-co joi-a
Não precisa mais quebrar a cabeça: “uso hífen ou não”?
OBS. Só vamos acentuar essas letras quando vierem na última sílaba e se
o som delas estiverem aberto. Regra Geral
Céu véu A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não
Dói herói tem som; em “Hollywood”, tem som de “R”. Portanto, não deve aparecer
Chapéu beleléu encostado em prefixos:
Rei, dei, comeu, foi (som fechado – sem acento)
Não se recebem mais acento agudo as vogais tônicas “I” e “U” quando • pré-história
forem paroxítonas (penúltima sílaba forte) e precedidas de ditongo. • anti-higiênico
feiura baiuca • sub-hepático
cheiinho saiinha • super-homem
boiuno
Não devemos mais acentuar o “U” tônico os verbos dos grupos “GUE/GUI”
Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.
e “QUE/QUI”. Por isso, esses verbos serão grafados da seguinte maneira:
Anti-inflamatório neoliberalismo
Averiguo (leia-se a-ve-ri-gu-o, pois o “U” tem som forte)
Supra-auricular extraoficial
Arguo apazigue
Arqui-inimigo semicírculo
Enxague arguem
sub-bibliotecário superintendente
Delinguo
Quanto ao “R” e o “S”, se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá
Acento Circunflexo
ser dobrada:
Não se acentuam mais as vogais dobradas “EE” e “OO”.
suprarrenal (supra+renal) ultrassonografia (ultra+sonografia)
Creem veem
minissaia antisséptico
Deem releem
contrarregra megassaia
Leem descreem
Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito
Voo perdoo
nenhum.
enjoo
Outras dicas
Há muito tempo a palavra “coco” – fruto do coqueiro – deixou de ser acen-
• Sub-reino
tuada. Entretanto, muitos alunos insistem em colocar o acento: “Quero • ab-rogar
beber água de côco”.
• sob-roda
Quem recebe acento é “cocô” – palavra popularmente usada para se referir
a excremento. ATENÇÃO!
Então, a menos se que queira beber água de fezes, é melhor parar de Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras
colocar acento em coco. iguais, SEPARA.
Para verificar praticamente a necessidade de acentuação gráfica, utilize o super-requintado super-realista
critério das oposições: inter-resistente
Imagem armazém
1. Com o novo acordo, quantas letras passa a ter o alfabeto da língua Respostas:
portuguesa? 1. b
a) 23 2. d
b) 26 3. d
c) 28 4. d
d) 20 5. a
e) 21 6. a
7. c
2. A regra atual para acentuação no português do Brasil manda acentuar
todos os ditongos abertos “éu”, “éi”, “ói” (como ‘assembléia’, ‘céu’ ou ‘dói’). DIVISÃO SILÁBICA
Pelo novo acordo, palavras desse tipo passam a ser escritas:
a) Assembléia, dói, céu
b) Assembléia, doi, ceu Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU,
c) Assembléia, dói, ceu GU.
d) Assembleia, dói, céu 1- chave: cha-ve
e) Assembleia, doi, céu aquele: a-que-le
palha: pa-lha
3. Pela nova regra, apenas uma dessas palavras pode ser assinalada com manhã: ma-nhã
acento circunflexo. Qual delas? guizo: gui-zo
a) Vôo
Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC. PONTO DE EXCLAMAÇÃO
3- correr: cor-rer desçam: des-çam É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas.
passar: pas-sar exceto: ex-ce-to Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória!
fascinar: fas-ci-nar Ó jovens! Lutemos!
SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS E PARÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais
E FIGURADO DAS PALAVRAS. palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na
pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro -
cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação
decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar) - discriminar
(diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas
Semântica de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir
(soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor
(que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar,
assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição /
onicolor - unicolor.
Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de
apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na
empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de
graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.
Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e
origem completamente distintos. Exemplos: São(Presente do verbo ser) -
São (santo)
Conotação e Denotação:
Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do
Semântica (do grego σηµαντικός, sēmantiká, plural neutro original, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra.
de sēmantikós, derivado de sema, sinal), é o estudo do significado. Incide
sobre a relação entre significantes, tais Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original.
como palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas.
sua denotação.
Sinônimo
A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos
para se expressar através da linguagem. Outras formas de semântica Sinônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado idêntico
incluem a semântica nas linguagens de programação, lógica formal, ou muito semelhante à outra. Exemplos: carro e automóvel, cão e cachorro.
e semiótica. O conhecimento e o uso dos sinônimos é importante para que se evitem
repetições desnecessárias na construção de textos, evitando que se tornem
A semântica contrapõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a
enfadonhos.
primeira se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se debruça
sobre as estruturas ou padrões formais do modo como esse algo
Eufemismo
é expresso(por exemplo, escritos ou falados). Dependendo da concepção Alguns sinônimos são também utilizados para minimizar o impacto,
de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas. A semântica normalmente negativo, de algumas palavras (figura de linguagem
formal, a semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica conhecida como eufemismo).
cognitiva, fenômeno, mas com conceitos e enfoques diferentes. Exemplos:
Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em • gordo - obeso
consideração: • morrer - falecer
Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais
que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Sinônimos Perfeitos e Imperfeitos
Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, Os sinônimos podem ser perfeitos ou imperfeitos.
remoto. Sinônimos Perfeitos
Se o significado é idêntico.
Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais Exemplos:
que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: • avaro – avarento,
Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim. • léxico – vocabulário,
• falecer – morrer,
• escarradeira – cuspideira,
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá no-
língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocá- me aos seres em geral.
bulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologis-
mos) e outros mudam de significado com o passar do tempo. São, portanto, substantivos.
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das pala- a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra,
vras encontramos a seguinte divisão: Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado.
b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: traba-
• palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor) lho, corrida, tristeza beleza altura.
CRER REQUERER
Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem
Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste,
Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam requereram
Conjugam-se como crer, ler e descrer Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos,
requerereis, requereram
DIZER Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis,
Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem requererão
Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere-
Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, ríeis, requereriam
disseram Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram
Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais,
Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam requeiram
Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,
Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, requerêsseis, requeressem,
dissesse Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem requerem
Particípio dito Gerúndio requerendo
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer Particípio requerido
O verbo REQUERER não se conjuga como querer.
FAZER
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem REAVER
Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Presente do indicativo reavemos, reaveis
Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve-
Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão ram
Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis,
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam reouveram
Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou-
Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, vésseis, reouvessem
fizessem Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem reouverem
Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen-
ta a letra v
PERDER
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem SABER
Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem
Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam
Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos,
PODER soubéreis, souberam
Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam
Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,
Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam soubessem
Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem
puderam
Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam VALER
Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem
pudessem Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham
Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham
Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem
Gerúndio podendo TRAZER
Particípio podido Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem
O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam
imperativo negativo Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram
Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos,
PROVER trouxéreis, trouxeram
Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão
Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam
Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam
Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provê- Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam
reis, proveram Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis,
Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão trouxessem
Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, prove- Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe-
riam rem
Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem
Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam Gerúndio trazendo
Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, Particípio trazido
provessem
Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem VER
Gerúndio provendo Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem
Particípio provido Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram
Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram
ABOLIR OUVIR
Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem
Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam
Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis, Particípio ouvido
aboliram
Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão PEDIR
Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Presente do subjuntivo não há Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram
Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis, Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam
abolissem Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam
Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir
Imperativo afirmativo abole, aboli
Imperativo negativo não há POLIR
Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem
Infinitivo impessoal abolir Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Gerúndio abolindo Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam
Particípio abolido
O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I. REMIR
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem
AGREDIR Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam
Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem
Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam RIR
Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I. Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam
Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram
COBRIR Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão
Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam
Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam
Particípio coberto Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
FALIR Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Presente do indicativo falimos, falis Gerúndio rindo
Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam Particípio rido
Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram Conjuga-se como rir: sorrir
Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram
Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão VIR
Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm
Presente do subjuntivo não há Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham
Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram
Imperativo afirmativo fali (vós) Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão
Imperativo negativo não há Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam
Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham
Gerúndio falindo Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham
Particípio falido Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem
Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem
FERIR Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem Gerúndio vindo
Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam Particípio vindo
Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados. Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir
MENTIR SUMIR
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam
Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam
Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir
FUGIR ADVÉRBIO
Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam
Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-
vérbio, exprimindo uma circunstância.
IR
Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão
Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam Os advérbios dividem-se em:
Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram 1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures,
Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan-
Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão te, através, defronte, aonde, etc.
Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam 2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre,
Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve,
Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.
Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão
3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior,
16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos, 14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na
sofrem variação normalmente. terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a
Esses pneus custam caro. este sua impessoalidade.
Conversei bastante com eles. Chove a cântaros. Ventou muito ontem.
Conversei com bastantes pessoas. Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.
Estas crianças moram longe.
Conheci longes terras. CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER
CONCORDÂNCIA VERBAL 1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA-
CASOS GERAIS RECER concordam com o predicativo.
Tudo são esperanças.
Aquilo parecem ilusões.
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Aquilo é ilusão.
O menino chegou. Os meninos chegaram.
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular. 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con-
O pessoal ainda não chegou. corda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
A turma não gostou disso. Que são florestas equatoriais?
Um bando de pássaros pousou na árvore. Quem eram aqueles homens?
3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao
plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural. 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
Os Estados Unidos são um grande país. a expressão numérica.
Os Lusíadas imortalizaram Camões. São oito horas.
Os Alpes vivem cobertos de neve. Hoje são 19 de setembro.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular. De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
Flores já não leva acento.
O Amazonas deságua no Atlântico. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica. fica no singular.
4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome Três batalhões é muito pouco.
no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen- Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
temente.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). Maria era as flores da casa.
O homem é cinzas.
Língua Portuguesa 39 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O artilheiro visou a meta quando fez o gol.
6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER • pör o sinal de visto - objeto direto
concorda com o predicativo. O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia.
Dançar e cantar é a sua atividade.
Estudar e trabalhar são as minhas atividades. 11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto
Devemos obedecer aos superiores.
7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER Desobedeceram às leis do trânsito.
concorda com o pronome.
A ciência, mestres, sois vós. 12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE
Em minha turma, o líder sou eu. • exigem na sua regência a preposição EM
O armazém está situado na Farrapos.
8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo, Ele estabeleceu-se na Avenida São João.
apenas um deles deve ser flexionado.
Os meninos parecem gostar dos brinquedos. 13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo.
Os meninos parece gostarem dos brinquedos. Essas tuas justificativas não procedem.
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL com a preposição DE.
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani
• no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A.
Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati- O secretário procedeu à leitura da carta.
calmente do outro.
14. ESQUECER E LEMBRAR
A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e • quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto:
adjetivos). Esqueci o nome desta aluna.
Lembrei o recado, assim que o vi.
Exemplos: • quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto:
Esqueceram-se da reunião de hoje.
- acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM Lembrei-me da sua fisionomia.
EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR
PARA = passagem 15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa.
• perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos.
A regência verbal trata dos complementos do verbo. • pagar - Pago o 13° aos professores.
• dar - Daremos esmolas ao pobre.
• emprestar - Emprestei dinheiro ao colega.
ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA
• ensinar - Ensino a tabuada aos alunos.
1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto)
• agradecer - Agradeço as graças a Deus.
• pretender (transitivo indireto)
• pedir - Pedi um favor ao colega.
No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto:
2. OBEDECER - transitivo indireto
O amor implica renúncia.
Devemos obedecer aos sinais de trânsito.
• no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição
3. PAGAR - transitivo direto e indireto
COM:
Já paguei um jantar a você.
O professor implicava com os alunos
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto.
• no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposi-
Já perdoei aos meus inimigos as ofensas.
ção EM:
5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto
Implicou-se na briga e saiu ferido
Prefiro Comunicação à Matemática.
17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A:
6. INFORMAR - transitivo direto e indireto.
Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
Informei-lhe o problema.
quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA:
Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso.
7. ASSISTIR - morar, residir:
Assisto em Porto Alegre.
18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa
• amparar, socorrer, objeto direto
como sujeito:
O médico assistiu o doente.
O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª
• PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto
pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente di-
Assistimos a um belo espetáculo.
ficuldade, será objeto indireto.
• SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto
Custou-me confiar nele novamente.
Assiste-lhe o direito.
Custar-te-á aceitá-la como nora.
8. ATENDER - dar atenção
Atendi ao pedido do aluno. REDAÇÃO OFICIAL
• CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto
Atenderam o freguês com simpatia.
MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto 2a edição, revista e atualizada
A moça queria um vestido novo. Brasília, 2002
• GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto
O professor queria muito a seus alunos. Apresentação
Com a edição do Decreto no 100.000, em 11 de janeiro de 1991, o Pre-
10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto sidente da República autorizou a criação de comissão para rever, atualizar,
Todos visamos a um futuro melhor. uniformizar e simplificar as normas de redação de atos e comunicações
• APONTAR, MIRAR - objeto direto
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que a) do Poder Executivo;
são elaboradas certas comunicações quase sempre compromete sua Presidente da República;
clareza. Não se deve proceder à redação de um texto que não seja seguida Vice-Presidente da República;
por sua revisão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a Ministros de Estado;
máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
redigir. Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Por fim, como exemplo de texto obscuro, que deve ser evitado em to- Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos
das as comunicações oficiais, transcrevemos a seguir um pitoresco quadro, de natureza especial;
constante de obra de Adriano da Gama Kury, a partir do qual podem ser Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
feitas inúmeras frases, combinando-se as expressões das várias colunas Prefeitos Municipais.
em qualquer ordem, com uma característica comum: nenhuma delas tem
sentido! b) do Poder Legislativo:
CAPÍTULO II Deputados Federais e Senadores;
AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS Ministros do Tribunal de Contas da União;
2. Introdução Deputados Estaduais e Distritais;
A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais da Redação Oficial. Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
Além disso, há características específicas de cada tipo de expediente, que
serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de passarmos à sua análi- c) do Poder Judiciário:
se, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de Ministros dos Tribunais Superiores;
comunicação oficial: o emprego dos pronomes de tratamento, a forma dos Membros de Tribunais;
fechos e a identificação do signatário. Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
2.1. Pronomes de Tratamento
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:
do cargo respectivo: Atenciosamente,
Senhor Senador,
Senhor Juiz, Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autorida-
Senhor Ministro, des estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente
Senhor Governador, disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores.
3.2. Forma de diagramação Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por deter-
apresentação: minado setor do serviço público.
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no
texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé; Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando
b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder- em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de
se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings; procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da pági- de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no
na; próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação.
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado,
em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que
direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem se historie o andamento da matéria tratada no memorando.
espelho”);
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da 3.4.2. Forma e Estrutura
margem esquerda; Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício,
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo
cm de largura; que ocupa.
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pon- Exemplos:
tos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
comportar tal recurso, de uma linha em branco; Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras
maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra 4. Exposição de Motivos
forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do do- 4.1. Definição e Finalidade
cumento; Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da Repú-
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel bran- blica ou ao Vice-Presidente para:
co. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e i- a) informá-lo de determinado assunto;
lustrações; b) propor alguma medida; ou
l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impres- c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
sos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;
m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da Repúbli-
Text nos documentos de texto; ca por um Ministro de Estado.
n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a
arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveita- exposição de motivos deverá ser assinada por todos os Ministros envolvi-
mento de trechos para casos análogos; dos, sendo, por essa razão, chamada de interministerial.
o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser for-
mados da seguinte maneira: 4.2. Forma e Estrutura
tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do padrão
conteúdo ofício (v. 3. O Padrão Ofício). O anexo que acompanha a exposição de
Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002” motivos que proponha alguma medida ou apresente projeto de ato normati-
vo, segue o modelo descrito adiante.
3.3. Aviso e Ofício
3.3.1. Definição e Finalidade A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente i- formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter exclusiva-
dênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusiva- mente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeta
mente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao projeto de ato normativo.
passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
Tais exames materializam-se em pareceres dos diversos órgãos inte- i) comunicação de veto.
ressados no assunto das proposições, entre eles o da Advocacia-Geral da Dirigida ao Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 66, § 1o), a
União. Mas, na origem das propostas, as análises necessárias constam da mensagem informa sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais as
exposição de motivos do órgão onde se geraram (v. 3.1. Exposição de disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto vai publicado na ínte-
- Utilizada para levar ao conhecimento de autoridades compe- 05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema
tentes ocorrências de fatos ou irregularidades detectadas na execu- para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em que
ção de serviços prestados por órgãos públicos. ele está empregado conforme o padrão culto.
(A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem.
28- REQUERIMENTO (B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje.
- Documento em que se faz pedido à autoridade competente. (C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha.
(D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro.
29- RESOLUÇÃO (E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa.
- Utilizado por órgãos colegiados para o estabelecimento de
06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está
normas sobre assuntos de sua competência. correta em:
30- TELEGRAMA (A) As características do solo são as mais variadas possível.
(B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente.
- Utilizado para a transmissão, pela ECT, de mensagem urgente (C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada.
e sucinta, em caráter oficial. (D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações.
(E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo.
31- TELEX
- Utilizado para a transmissão de mensagem direta, de equipa- 07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de
mento a equipamento, de assunto urgente e sucinto, em caráter flexão de grau.
oficial. (A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo.
(B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran-
32- TERMO ADITIVO te as férias.
(C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos.
- Utilizado para alterar ou complementar, com base em disposi-
(D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim.
ção legal, as cláusulas de contratos ou convênios firmados pelos (E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade.
órgãos/entidades públicas.
O Assistente em Administração deverá realizar atividades da rotina Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala-
administrativa na secretaria como a classificação, codificação, catalogação, vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas.
digitação e arquivamento de papéis e documentos, além disso prestará
assistência ao gerenciamento de informações e atendimento ao público. 08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
estatal ciência e tecnologia.
(A) à ... sobre o ... do ... para
(B) a ... ao ... do ... para
PROVA SIMULADA I (C) à ... do ... sobre o ... a
(D) à ... ao ... sobre o ... à
01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras. (E) a ... do ... sobre o ... à
(A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer.
(B) O chefe deferia da opinião dos subordinados. 09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a
(C) O processo foi julgado em segunda estância. franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois
(D) O problema passou despercebido na votação. eles devem estar aptos comercializar seus produtos.
(E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio. (A) ao ... a ... à
(B) àquele ... à ... à
02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é: (C) àquele...à ... a
(A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz. (D) ao ... à ... à
(B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido. (E) àquele ... a ... a
(C) A colega não se contera diante da situação.
(D) Se ele ver você na rua, não ficará contente. 10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a
(E) Quando você vir estudar, traga seus livros. norma culta.
(A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso
03. O particípio verbal está corretamente empregado em: trarão grandes benefícios às pesquisas.
(A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos. (B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando
(B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas. com o meio ambiente.
(C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime. (C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol-
(D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos. vendo projetos na área médica.
(E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda. (D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre-
sentadas pelos economistas.
04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em (E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no
conformidade com a norma culta. litoral ou aproveitam férias ali.
Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do
interior da concha de moluscos reúne outras características interes- 11. A frase correta de acordo com o padrão culto é:
santes, como resistência e flexibilidade. (A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às
(A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de chuvas.
componentes para a indústria. (B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla-
(B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de mações.
componentes para a indústria. (C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à
(C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de com- cultura.
ponentes para a indústria. (D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da
(D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de culpa.
componentes para a indústria. (E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria.
(E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo 19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem
com o padrão culto. a
(A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações. (A) processo e livro.
(B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente. (B) livro do processo.
(C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido. (C) processos e processo.
(D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada. (D) livro de registro.
(E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris. (E) registro e processo.
14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto 20. Analise as proposições de números I a IV com base no período
direto e indireto em: acima:
(A) Apresentou-se agora uma boa ocasião. I. há, no período, duas orações;
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo. II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
(C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa. III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais;
(D) A conta, deixamo-la para ser revisada. IV. de registro é um adjunto adnominal de livro.
(E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder. Está correto o contido apenas em
(A) II e IV.
15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo. (B) III e IV.
Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos (C) I, II e III.
respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é: (D) I, II e IV.
(A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção. (E) I, III e IV.
(B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
(C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção. 21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do
(D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção. acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho:
(E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas;
II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura
16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação pelo Juiz;
do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen-
de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo te ao da palavra mas;
Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-
urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex- dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar.
celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve- Está correto o contido apenas em
rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das (A) II e IV.
Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se (B) III e IV.
programar e participar do referido evento. (C) I, II e III.
Atenciosamente, (D) I, III e IV.
ZZZ (E) II, III e IV.
Assistente de Gabinete.
De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais.
são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por Ao transformar os dois períodos simples num único período compos-
(A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos to, a alternativa correta é:
(B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais.
(E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos (D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais.
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis.
17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
respeitam as regras de pontuação. 23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci-
(A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou, dos galhos da velha árvore.
que temos uma arrecadação bem maior que a prevista. Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre
(B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar.
sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada. (A) Quem podou? e Quando podou?
(C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade (B) Qual jardineiro? e Galhos de quê?
Policial, confessou sua participação no referido furto. (C) Que jardineiro? e Podou o quê?
(D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste (D) Que vizinho? e Que galhos?
funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia. (E) Quando podou? e Podou o quê?
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
38. ''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que é uma em- 41 Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como melhor
preitada complexa; o item em que essa equivalência é feita de forma definição:
INCORRETA é: A) registro de fatos históricos em ordem cronológica;
A) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial; B) pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidiano;
B) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica; C) seção ou coluna de jornal sobre tema especializado;
C) não é uma questão vital = é uma questão desimportante; D) texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e estrutura bas-
D) não é um problema universal = é um problema particular; tante variados;
E) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida. E) pequeno conto com comentários, sobre temas atuais.
39. ''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o verbo desse 42 O texto começa com os tempos verbais no pretérito imperfeito -
segmento do texto no futuro do subjuntivo, a forma correta seria: vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudança para o pretérito perfei-
A) mantiver; B) manter; C)manterá; D)manteria; to - olhei, vi etc.; essa mudança marca a passagem:
E) mantenha. A) do passado para o presente;
B) da descrição para a narração;
40. A forma de infinitivo que aparece substantivada nos segmentos C) do impessoal para o pessoal;
abaixo é: D) do geral para o específico;
A) ''Como entender a resistência da miséria...''; E) do positivo para o negativo.
B) ''No decorrer das últimas décadas...'';
C) ''...desde que se passou a registrá-las...''; 43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO que
D) ''...começa a exercitar seus músculos.''; me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado se
E) ''...por ter se tornado um forte oponente...''. deve a que:
A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa;
PROTESTO TÍMIDO B) o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste
Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e faltavam inútil;
dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei para o C) a situação do fato não permite a perfeita identificação do menino;
lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma D) esse pronome indefinido tem valor pejorativo;
trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era E) o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas ou a pesso-
um menino. as.
Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, bra- 44 ''Ainda há pouco eu vinha para casa a pé,...''; veja as quatro frases a
ços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os seguir:
gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esbura- I- Daqui há pouco vou sair.
cada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia I- Está no Rio há duas semanas.
estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento de III - Não almoço há cerca de três dias.
sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo IV - Estamos há cerca de três dias de nosso destino.
mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor abando- As frases que apresentam corretamente o emprego do verbo haver
nado. são:
A) I - II
Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de B) I - III
sucos de frutas, vários casais de jovens tomavam sucos de frutas, alguns C) II - IV
mastigavam sanduíches. Além, na esquina da praça, o carro da radiopatru- D) I - IV
lha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. Ninguém E) II - III
tomava conhecimento da existência do menino.
45 O comentário correto sobre os elementos do primeiro parágrafo do
Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 milhões texto é:
no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a reação do menino se eu o acor- A) o cronista situa no tempo e no espaço os acontecimentos abordados
46 Boinas-pretas é um substantivo composto que faz o plural da mesma 2. Todas as alternativas contêm predicado nominal, EXCETO em:
forma que: a) a casa, de longe, parecia um monstro;
A) salvo-conduto; b) aquele amor deixava-o insensível:
B) abaixo-assinado; c) ultimamente andava muito nervoso;
C) salário-família; d) fique certo: eu não sou você;
D) banana-prata; e) o tempo está chuvoso, sombrio.
E) alto-falante.
3. Assinale a única frase com predicado nominal:
47 A descrição do menino abandonado é feita no segundo parágrafo do a) os alunos permaneceram em sala;
texto; o que NÃO se pode dizer do processo empregado para isso é b) estavam todos na praça assistindo ao concerto;
que o autor: c) o tempo parece que vai melhorar;
A) se utiliza de comparações depreciativas; d) o menino continuou a leitura;
B) lança mão de vocábulo animalizador; e) infelizmente, o professor continua doente.
C) centraliza sua atenção nos aspectos físicos do menino;
D) mostra precisão em todos os dados fornecidos; 4. Assinale a frase com predicado verbal:
E) usa grande número de termos adjetivadores. a) o colega acusou-o de covarde;
b) gostei do passeio marítimo;
48 ''Estava dormindo, como podia estar morto''; esse segmento do texto c) o professor entrou preocupado em sala;
significa que: d) os amigos ficaram surpresos com sua reação;
A) a aparência do menino não permitia saber se dormia ou estava e) estavas com saudades de teus irmãos.
morto;
B) a posição do menino era idêntica à de um morto; 5. Assinale a opção com predicado verbo-nominal:
C) para os transeuntes, não fazia diferença estar o menino dormindo ou a) os alunos estudiosos normalmente são aprovados;
morto; b) todos ficaram estáticos diante da paisagem;
D) não havia diferença, para a descrição feita, se o menino estava c) o espetáculo está anunciado há cerca de dois meses;
dormindo ou morto; d) nunca o julgamos de tal atitude;
E) o cronista não sabia sobre a real situação do menino. e) a ciência não é moral nem imoral; é amoral.
49 Alguns textos, como este, trazem referências de outros momentos 6. Assinale a frase com sujeito indeterminado:
históricos de nosso país; o segmento do texto em que isso ocorre é: a) consertam-se relógios;
A) ''Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e vi...''; b) falaram na sessão todos os oradores inscritos;
B) ''...ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte''; c) disseram que o Concurso não será fácil;
C) ''...escreveríamos toda a obra de Dickens''; d) os beija-flores pairam no ar e sugam o pólen das flores;
D) ''...isto é problema para o juizado de menores''; e) construíram-se muitas estradas no interior do Brasil.
E) ''Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais''.
7. Assinale a única frase com verbo de ligação:
50 ''... era um bicho...''; a figura de linguagem presente neste segmento a) continuamos em silêncio durante muito tempo;
do texto é uma: b) apesar da chuva, fiquei no meu posto;
A) metonímia; c) vivi em Itabira alguns anos;
B) comparação ou símile; d) andei longes terras à procura de solução;
C) metáfora; e) permanecemos no colégio a manhã inteira.
D) prosopopeia;
E) personificação. 8. Assinale a opção em que o termo grifado NÃO apresenta o valor circuns-
tancial indicado entre parênteses:
a) “ia pelo corredor que o velho José Paulino fizera” (lugar);
b) “no outro dia não voltou mais para trabalhar” (tempo) ;
RESPOSTAS – PROVA I c) “o mestre estremeceu com a palavra do homem” (instrumento) ;
01. D 11. B 21. B 31. D 41. D d) “faria alpercatas fortes para romper a terra dura das caatingas” (fim);
02. A 12. A 22. A 32. B 42. B e) “lá para fora José Passarinho cantava baixinho” (modo).
03. C 13. C 23. C 33. A 43. C
04. E 14. E 24. E 34. A 44. E 9. Assinale a opção em que a preposição de manifesta o mesmo valor que
05. A 15. C 25. D 35. B 45. A apresenta em “ (....) e corou da alusão que havia em suas palavras.”
06. B 16. A 26. E 36. C 46. A a) as crianças sorriam de frio;
07. D 17. B 27. B 37. C 47. D b) vieram hoje de Recife;
08. E 18. E 28. C 38. A 48. C c) tinha no dedo um anel de ouro;
09. C 19. D 29. D 39. A 49. B d) sempre trabalhei de noite;
10. D 20. A 30. B 40. B 50. C e) alimentava-se apenas de pão e água.
Conjuntos são um dos conceitos básicos da • os conjuntos são indicados por letras maiúsculas:
matemática. Um conjunto é apenas uma coleção de A, B, C, ... ;
entidades, chamadas de elementos. A notação padrão • os elementos são indicados por letras
lista os elementos separados por vírgulas entre chaves minúsculas: a, b, c, x, y, ... ;
(o uso de "parênteses" ou "colchetes" é incomum) • o fato de um elemento x pertencer a um conjunto
como os seguintes exemplos: C é indicado com x ∈ C;
• o fato de um elemento y não pertencer a um
{1, 2, 3}
conjunto C é indicado y ∉ C.
{1, 2, 2, 1, 3, 2}
3. Representação dos conjuntos
{x : x é um número inteiro tal que 0<x<4}
Um conjunto pode ser representado de três
maneiras:
Os três exemplos acima são maneiras diferentes de
representar o mesmo conjunto.
• por enumeração de seus elementos;
É possível descrever o mesmo conjunto de • por descrição de uma propriedade
diferentes maneiras: listando os seus elementos (ideal característica do conjunto;
para conjuntos pequenos e finitos) ou definindo uma • através de uma representação gráfica.
propriedade de seus elementos. Dizemos que dois Um conjunto é representado por enumeração
conjuntos são iguais se e somente se cada elemento quando todos os seus elementos são indicados e
de um é também elemento do outro, não importando a colocados dentro de um par de chaves.
quantidade e nem a ordem das ocorrências dos
elementos. Exemplo:
a) n(A) = 4 Observações:
b) n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de
possuir dote letras, possui apenas seis letras distintas • Quando A não é subconjunto de B, indicamos
entre si. com A ⊄ B ou B A.
c) n(C) = 2, pois há dois elementos que • Admitiremos que o conjunto vazio está contido
pertencem a C: c e C e d e C em qualquer conjunto.
d) observe que:
2 = 2 . 1 é o 1º par positivo 8 Número de subconjuntos de um conjunto dado
4 = 2 . 2 é o 2° par positivo Pode-se mostrar que, se um conjunto possui n
6 = 2 . 3 é o 3º par positivo n
elementos, então este conjunto terá 2 subconjuntos.
8 = 2 . 4 é o 4º par positivo Exemplo
. .
. . O conjunto C = {1; 2 } possui dois elementos; logo,
. . 2
ele terá 2 = 4 subconjuntos.
98 = 2 . 49 é o 49º par positivo
Exercício resolvido:
logo: n(D) = 49
1. Determine o número de subconjuntos do conjunto
e) As duas retas, esquematizadas na C = (a; e; i; o; u ) .
figura, possuem apenas um ponto comum.
Logo, n( E ) = 1, e o conjunto E é, portanto, unitário. Resolução: Como o conjunto C possui cinco
5
elementos, o número dos seus subconjuntos será 2 =
6 igualdade de conjuntos 32.
2 Intersecção de conjuntos
Exemplos
a) {a;b;c} ∩ {d;e} = ∅
b) {a;b;c} ∩ {b;c,d} = {b;c}
c) {a;b;c} ∩ {a;c} = {a;c}
Exercícios resolvidos
4 Conjunto complementar
Estes números foram suficientes para a sociedade Conjunto dos Números Naturais
durante algum tempo. Com o passar dos anos, e o São todos os números inteiros positivos, incluindo o
aumento das "trocas" de mercadorias entre os homens, zero. É representado pela letra maiúscula N.
foi necessário criar uma representação numérica para Caso queira representar o conjunto dos números natu-
as dívidas. rais não-nulos (excluindo o zero), deve-se colocar um *
ao lado do N:
Com isso inventou-se os chamados "números nega- N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...}
tivos", e junto com estes números, um novo conjunto: o N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...}
conjunto dos números inteiros, representado pela letra
. Conjunto dos Números Inteiros
São todos os números que pertencem ao conjunto
O conjunto dos números inteiros é formado por to- dos Naturais mais os seus respectivos opostos (negati-
dos os números NATURAIS mais todos os seus repre- vos).
sentantes negativos.
São representados pela letra Z:
Note que este conjunto não possui início nem fim Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
(ao contrário dos naturais, que possui um início e não
possui fim). O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos,
eles são:
Assim como no conjunto dos naturais, podemos re-
presentar todos os inteiros sem o ZERO com a mesma - Inteiros não negativos
notação usada para os NATURAIS. São todos os números inteiros que não são negati-
Z* = {..., -2, -1, 1, 2, ...} vos. Logo percebemos que este conjunto é igual ao
conjunto dos números naturais.
Em algumas situações, teremos a necessidade de
representar o conjunto dos números inteiros que NÃO É representado por Z+:
SÃO NEGATIVOS. Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...}
Para isso emprega-se o sinal "+" ao lado do símbolo - Inteiros não positivos
do conjunto (vale a pena lembrar que esta simbologia São todos os números inteiros que não são positi-
representa os números NÃO NEGATIVOS, e não os vos. É representado por Z-:
números POSITIVOS, como muita gente diz). Veja o Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
exemplo abaixo:
Z+ = {0,1, 2, 3, 4, 5, ...} - Inteiros não negativos e não-nulos
É o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se es-
Obs.1: Note que agora sim este conjunto possui um se subconjunto por Z*+:
início. E você pode estar pensando "mas o zero não é Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
positivo". O zero não é positivo nem negativo, zero é Z*+ = N*
NULO.
- Inteiros não positivos e não nulos
Ele está contido neste conjunto, pois a simbologia São todos os números do conjunto Z- excluindo o
do sinalzinho positivo representa todos os números zero. Representa-se por Z*-.
NÃO NEGATIVOS, e o zero se enquadra nisto. Z*- = {... -4, -3, -2, -1}
Os números 2 e 3 são chamados parcelas. 0 núme- Quando pretendemos determinar um número natu-
ro 5, resultado da operação, é chamado soma. ral em certos tipos de problemas, procedemos do se-
2 → parcela guinte modo:
+ 3 → parcela - chamamos o número (desconhecido) de x ou
5 → soma qualquer outra incógnita ( letra )
- escrevemos a igualdade correspondente
- calculamos o seu valor
A adição de três ou mais parcelas pode ser efetua-
da adicionando-se o terceiro número à soma dos dois
Exemplos:
primeiros ; o quarto número à soma dos três primeiros
1) Qual o número que, adicionado a 15, é igual a 31?
e assim por diante.
3+2+6 = Solução:
5 + 6 = 11 Seja x o número desconhecido. A igualdade cor-
respondente será:
Veja agora outra operação: 7 – 3 = 4 x + 15 = 31
Por convenção, dizemos que a multiplicação de Essa divisão é exata e é considerada a operação
qualquer número por 1 é igual ao próprio número. inversa da multiplicação.
SE 30 : 6 = 5, ENTÃO 5 x 6 = 30
A multiplicação de qualquer número por 0 é igual a 0.
observe agora esta outra divisão:
A multiplicação de três ou mais fatores pode ser efe-
tuada multiplicando-se o terceiro número pelo produto 32 6
dos dois primeiros; o quarto numero pelo produto dos 2 5
três primeiros; e assim por diante. 32 = dividendo
3 x 4 x 2 x 5 = 6 = divisor
5 = quociente
12 x 2 x 5
2 = resto
24 x 5 = 120
Essa divisão não é exata e é chamada divisão apro-
EXPRESSÕES NUMÉRICAS ximada.
7) Adicionando 1 ao dobro de certo número ob- 14) Pedro e Marcelo possuem juntos 30 bolinhas.
temos 7. Qual é esse numero? Marcelo tem 6 bolinhas a mais que Pedro.
2 . x +1 = 7 Quantas bolinhas tem cada um?
2x = 7 – 1 Pedro: x
2x = 6 Marcelo: x + 6
x =6:2 x + x + 6 = 30 ( Marcelo e Pedro)
x =3 2 x + 6 = 30
O número procurado é 3. 2 x = 30 – 6
Prova: 2. 3 +1 = 7 2 x = 24
x = 24 : 2
8) Subtraindo 12 do triplo de certo número obte- x = 12 (Pedro)
mos 18. Determinar esse número. Marcelo: x + 6 =12 + 6 =18
3 . x -12 = 18
POTENCIAÇÃO RADICIAÇÃO
Observando a figura anterior, vemos que cada pon- Exemplos: (+5) + ( -5) = 0 ( -5) + (+5) = 0
to é a representação geométrica de um número inteiro.
5ª) COMUTATIVA
Exemplos: Se a e b são números inteiros, então:
ponto C é a representação geométrica do núme- a+b=b+a
ro +3
ponto B' é a representação geométrica do núme- Exemplo: (+4) + (-6) = (-6) + (+4)
ro -2 -2 = -2
ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS Na prática, efetuamos diretamente a subtração, eli-
Matemática 13 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
minando os parênteses gual a 0: (+5) . 0 = 0
- (+4 ) = -4
- ( -4 ) = +4 PRODUTO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS IN-
TEIROS
Observação: Exemplos: 1) (+5 ) . ( -4 ) . (-2 ) . (+3 ) =
Permitindo a eliminação dos parênteses, os sinais (-20) . (-2 ) . (+3 ) =
podem ser resumidos do seguinte modo: (+40) . (+3 ) = +120
(+)=+ +(-)=- 2) (-2 ) . ( -1 ) . (+3 ) . (-2 ) =
- (+)=- - (- )=+ (+2 ) . (+3 ) . (-2 ) =
(+6 ) . (-2 ) = -12
Exemplos: - ( -2) = +2 +(-6 ) = -6
- (+3) = -3 +(+1) = +1 Podemos concluir que:
- Quando o número de fatores negativos é par, o
PROPRIEDADE DA SUBTRAÇÃO produto sempre é positivo.
A subtração possui uma propriedade. - Quando o número de fatores negativos é ímpar,
o produto sempre é negativo.
FECHAMENTO: A diferença de dois números intei-
ros é sempre um número inteiro. PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO
No conjunto Z dos números inteiros são válidas as
MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS seguintes propriedades:
1º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS
INTEIROS POSITIVOS 1ª) FECHAMENTO
Exemplo: (+4 ) . (-2 ) = - 8 ∈ Z
Lembremos que: 3 . 2 = 2 + 2 + 2 = 6 Então o produto de dois números inteiros é inteiro.
Exemplo:
(+3) . (+2) = 3 . (+2) = (+2) + (+2) + (+2) = +6 2ª) ASSOCIATIVA
Logo: (+3) . (+2) = +6 Exemplo: (+2 ) . (-3 ) . (+4 )
Este cálculo pode ser feito diretamente, mas tam-
Observando essa igualdade, concluímos: na multi- bém podemos fazê-lo, agrupando os fatores de duas
plicação de números inteiros, temos: maneiras:
(+) . (+) =+ (+2 ) . [(-3 ) . (+4 )] = [(+2 ) . ( -3 )]. (+4 )
(+2 ) . (-12) = (-6 ) . (+4 )
2º CASO: UM FATOR É POSITIVO E O OUTRO É -24 = -24
NEGATIVO
Exemplos: De modo geral, temos o seguinte:
1) (+3) . (-4) = 3 . (-4) = (-4) + (-4) + (-4) = -12 Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,
ou seja: (+3) . (-4) = -12 então: a . (b . c) = (a . b) . c
Conclusão: na multiplicação de números inteiros, Qualquer que seja o número inteiro a, temos:
temos: ( + ) . ( - ) = - (-).(+)=- a . (+1 ) = a e (+1 ) . a = a
Exemplos :
(+5) . (-10) = -50 O número inteiro +1 chama-se neutro para a multi-
(+1) . (-8) = -8 plicação.
(-2 ) . (+6 ) = -12
(-7) . (+1) = -7 4ª) COMUTATIVA
Observemos que: (+2). (-4 ) = - 8
3º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS IN- e (-4 ) . (+2 ) = - 8
TEIROS NEGATIVOS Portanto: (+2 ) . (-4 ) = (-4 ) . (+2 )
Exemplo: (-3) . (-6) = -(+3) . (-6) = -(-18) = +18
isto é: (-3) . (-6) = +18 Se a e b são números inteiros quaisquer, então: a .
b = b . a, isto é, a ordem dos fatores não altera o pro-
Conclusão: na multiplicação de números inteiros, duto.
temos: ( - ) . ( - ) = +
Exemplos: (-4) . (-2) = +8 (-5) . (-4) = +20 5ª) DISTRIBUTIVA EM RELAÇÃO À ADIÇÃO E À
SUBTRAÇÃO
As regras dos sinais anteriormente vistas podem ser Observe os exemplos:
resumidas na seguinte: (+3 ) . [( -5 ) + (+2 )] = (+3 ) . ( -5 ) + (+3 ) . (+2 )
(+).(+)=+ (+).(-)=- (+4 ) . [( -2 ) - (+8 )] = (+4 ) . ( -2 ) - (+4 ) . (+8 )
(- ).( -)=+ (-).(+)=-
Conclusão:
Quando um dos fatores é o 0 (zero), o produto é i- Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,
Matemática 14 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
temos:
a) a . [b + c] = a . b + a . c Portanto potência é um produto de fatores iguais.
A igualdade acima é conhecida como proprieda-
2
de distributiva da multiplicação em relação à adi- Na potência (+5 ) = +25, temos:
ção. +5 ---------- base
b) a . [b – c] = a . b - a . c 2 ---------- expoente
A igualdade acima é conhecida como proprieda- +25 ---------- potência
de distributiva da multiplicação em relação à sub-
tração. Observacões :
1 1
(+2 ) significa +2, isto é, (+2 ) = +2
1 1
DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS ( -3 ) significa -3, isto é, ( -3 ) = -3
CONCEITO CÁLCULOS
Dividir (+16) por 2 é achar um número que, multipli-
cado por 2, dê 16. O EXPOENTE É PAR
16 : 2 = ? ⇔ 2 . ( ? ) = 16 Calcular as potências
4
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto é,
4
O número procurado é 8. Analogamente, temos: (+2) = +16
4
1) (+12) : (+3 ) = +4 porque (+4 ) . (+3 ) = +12 2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto é,
4
2) (+12) : ( -3 ) = - 4 porque (- 4 ) . ( -3 ) = +12 (-2 ) = +16
3) ( -12) : (+3 ) = - 4 porque (- 4 ) . (+3 ) = -12
4 4
4) ( -12) : ( -3 ) = +4 porque (+4 ) . ( -3 ) = -12 Observamos que: (+2) = +16 e (-2) = +16
A divisão de números inteiros só pode ser realizada Então, de modo geral, temos a regra:
quando o quociente é um número inteiro, ou seja,
quando o dividendo é múltiplo do divisor. Quando o expoente é par, a potência é sempre um
número positivo.
Portanto, o quociente deve ser um número inteiro.
6 2
Outros exemplos: (-1) = +1 (+3) = +9
Exemplos:
( -8 ) : (+2 ) = -4 O EXPOENTE É ÍMPAR
( -4 ) : (+3 ) = não é um número inteiro Calcular as potências:
3
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
3
Lembramos que a regra dos sinais para a divisão é isto é, (+2) = + 8
3
a mesma que vimos para a multiplicação: 2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
3
(+):(+)=+ (+):( -)=- ou seja, (-2) = -8
(- ):( -)=+ ( -):(+)=-
3 3
Observamos que: (+2 ) = +8 e ( -2 ) = -8
Exemplos:
( +8 ) : ( -2 ) = -4 (-10) : ( -5 ) = +2 Daí, a regra:
(+1 ) : ( -1 ) = -1 (-12) : (+3 ) = -4 Quando o expoente é ímpar, a potência tem o
mesmo sinal da base.
PROPRIEDADE
3 4
Como vimos: (+4 ) : (+3 ) ∉ Z Outros exemplos: (- 3) = - 27 (+2) = +16
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valo- Na prática, costuma-se traçar uma barra vertical à di-
res absolutos dos seus algarismos é um número divisível reita do número e, à direita dessa barra, escrever os divi-
por 3. Ex.: 123 é divisível por 3, pois 1+2+3 = 6 e 6 é divi- sores primos; abaixo do número escrevem-se os quocien-
sível por 3 tes obtidos. A decomposição em fatores primos estará
terminada quando o último quociente for igual a 1.
Um número é divisível por 5 quando o algarismo das
unidades é 0 ou 5 (ou quando termina em o ou 5). Ex.: O Exemplo:
número 320 é divisível por 5, pois termina em 0. 60 2
30 2
Um número é divisível por 10 quando o algarismo das 15 3
unidades é 0 (ou quando termina em 0). Ex.: O número 5 5
500 é divisível por 10, pois termina em 0. 1
Logo: 60 = 2 . 2 . 3 . 5
NÚMEROS PRIMOS
DIVISORES DE UM NÚMERO
Um número natural é primo quando é divisível apenas
por dois números distintos: ele próprio e o 1. Consideremos o número 12 e vamos determinar todos
os seus divisores Uma maneira de obter esse resultado é
Exemplos: escrever os números naturais de 1 a 12 e verificar se
• O número 2 é primo, pois é divisível apenas por dois cada um é ou não divisor de 12, assinalando os divisores.
números diferentes: ele próprio e o 1. 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12
• O número 5 é primo, pois é divisível apenas por dois = = = = = ==
números distintos: ele próprio e o 1. Indicando por D(12) (lê-se: "D de 12”) o conjunto dos
• O número natural que é divisível por mais de dois divisores do número 12, temos:
números diferentes é chamado composto. D (12) = { 1, 2, 3, 4, 6, 12}
• O número 4 é composto, pois é divisível por 1, 2, 4.
• O número 1 não é primo nem composto, pois é divi- Na prática, a maneira mais usada é a seguinte:
sível apenas por um número (ele mesmo). 1º) Decompomos em fatores primos o número consi-
• O número 2 é o único número par primo. derado.
12 2
6 2
DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS (FATORA-
3 3
ÇÃO)
1
Um número composto pode ser escrito sob a forma de
um produto de fatores primos. 2º) Colocamos um traço vertical ao lado os fatores
primos e, à sua direita e acima, escrevemos o nume-
Por exemplo, o número 60 pode ser escrito na forma: ro 1 que é divisor de todos os números.
2
60 = 2 . 2 . 3 . 5 = 2 . 3 . 5 que é chamada de forma fato- 1
12 2
rada.
6 2
Para escrever um número na forma fatorada, devemos 3 3
decompor esse número em fatores primos, procedendo 1
do seguinte modo:
3º) Multiplicamos o fator primo 2 pelo divisor 1 e es-
Dividimos o número considerado pelo menor número crevemos o produto obtido na linha correspondente.
primo possível de modo que a divisão seja exata. x1
Dividimos o quociente obtido pelo menor número pri- 12 2 2
mo possível. 6 2
3 3
1
Dividimos, sucessivamente, cada novo quociente pelo
menor número primo possível, até que se obtenha o quo-
ciente 1. 4º) Multiplicamos, a seguir, cada fator primo pelos
divisores já obtidos, escrevendo os produtos nas
Exemplo: linhas correspondentes, sem repeti-los.
x1
Os números obtidos à direita dos fatores primos são Exemplos: Calcular o M.M.C (12, 18)
os divisores do número considerado. Portanto:
D(12) = { 1, 2, 4, 3, 6, 12} Decompondo em fatores primos esses números, te-
mos:
Exemplos: 12 2 18 2
1) 6 2 9 3
1 3 3 3 3
18 2 2 1 1
9 3 3, 6 D(18) = {1, 2 , 3, 6, 9, 18}
2 2
3 3 9, 18 12 = 2 . 3 18 = 2 . 3
2 2
1 Resposta: M.M.C (12, 18) = 2 . 3 = 36
Outros exemplos : 3
8 = 2 pois 2 3 = 8 6) (-10 - 8) : (+6 ) - (-25) : (-2 + 7 ) =
(-18) : (+6 ) - (-25) : (+5 ) =
3
− 8 = - 2 pois ( -2 )3 = -8 -3 - (- 5) =
- 3 + 5 = +2
PROPRIEDADES (para a ≥ 0, b ≥ 0)
2 2 4 2
m m: p 7) –5 : (+25) - (-4 ) : 2 - 1 =
1ª) a n = a n: p 15
310 = 3 3 2 -25 : (+25) - (+16) : 16 - 1 =
2ª) n
a⋅b = n a ⋅n b 6 = 2⋅ 3 -1 - (+1) –1 = -1 -1 –1 = -3
2 3 2
8) 2 . ( -3 ) + (-40) : (+2) - 2 =
4
n 5 5
3ª) a:b = n a :n b 4 =
16 4
16 2 . (+9 ) + (-40) : (+8 ) - 4 =
n
+18 + (-5) - 4 =
4ª) ( a)
m
= m an ( x)
3
5
= 3 x5 + 18 - 9 = +9
m n
5ª) a = m⋅n a 6
3 = 12 3 CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS (Q)
EXPRESSÕES NUMÉRICAS COM NÚMEROS IN- Os números racionais são representados por um
TEIROS ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES a
Para calcular o valor de uma expressão numérica com numeral em forma de fração ou razão, , sendo a e b
números inteiros, procedemos por etapas. b
números naturais, com a condição de b ser diferente de
1ª ETAPA: zero.
a) efetuamos o que está entre parênteses ( ) 1. NÚMERO FRACIONARIO. A todo par ordenado
b) eliminamos os parênteses (a, b) de números naturais, sendo b ≠ 0, corresponde
a
um número fracionário .O termo a chama-se nume-
2ª ETAPA: b
a) efetuamos o que está entre colchetes [ ] rador e o termo b denominador.
2. TODO NÚMERO NATURAL pode ser represen- c) impróprias: as que indicam quantidades iguais ou
tado por uma fração de denominador 1. Logo, é possí- maiores que 1.
vel reunir tanto os números naturais como os fracioná- 5 8 9
rios num único conjunto, denominado conjunto dos , , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
números racionais absolutos, ou simplesmente conjun- 5 1 5
to dos números racionais Q.
d) aparentes: todas as que simbolizam um número
Qual seria a definição de um número racional abso- natural.
luto ou simplesmente racional? A definição depende 20 8
= 5, = 4 , etc.
das seguintes considerações: 4 2
a) O número representado por uma fração não mu-
da de valor quando multiplicamos ou dividimos e) ordinárias: é o nome geral dado a todas as fra-
tanto o numerador como o denominador por um ções, com exceção daquelas que possuem como de-
mesmo número natural, diferente de zero. 2 3
nominador 10, 10 , 10 ...
Exemplos: usando um novo símbolo: ≈
≈ é o símbolo de equivalência para frações f) frações iguais: são as que possuem os termos i-
2 2 × 5 10 10 × 2 20 3 3 8 8
≈ ≈ ≈ ≈ ≈ ⋅⋅⋅ guais = , = , etc.
3 3 × 5 15 15 × 2 30 4 4 5 5
b) Classe de equivalência. É o conjunto de todas as
frações equivalentes a uma fração dada. g) forma mista de uma fração: é o nome dado ao
3 6 9 12 numeral formado por uma parte natural e uma parte
, , , ,⋅ ⋅ ⋅ (classe de equivalência da fra-
4
1 2 3 4 fracionária; 2 A parte natural é 2 e a parte fracio-
3 7
ção: )
4
nária .
1
Agora já podemos definir número racional : número
7
racional é aquele definido por uma classe de equiva-
h) irredutível: é aquela que não pode ser mais sim-
lência da qual cada fração é um representante.
plificada, por ter seus termos primos entre si.
NÚMERO RACIONAL NATURAL ou NÚMERO 3 5 3
, , , etc.
NATURAL: 4 12 7
0 0
0= = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equiva- 4. PARA SIMPLIFICAR UMA FRAÇÃO, desde que
1 2 não possua termos primos entre si, basta dividir os dois
lência que representa o mesmo ternos pelo seu divisor comum.
número racional 0)
8 8:4 2
1 2 = =
1 = = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equiva- 12 12 : 4 3
1 2
lência que representa o mesmo 5. COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES.
número racional 1) Para comparar duas ou mais frações quaisquer pri-
e assim por diante. meiramente convertemos em frações equivalentes de
mesmo denominador. De duas frações que têm o
NÚMERO RACIONAL FRACIONÁRIO ou NÚME- mesmo denominador, a maior é a que tem maior nume-
RO FRACIONÁRIO: rador. Logo:
1 2 3
= = = ⋅ ⋅ ⋅ (definido pela classe de equivalên-
6 8 9 1 2 3
< < ⇔ < <
2 4 6 12 12 12 2 3 4
cia que representa o mesmo (ordem crescente)
número racional 1/2).
De duas frações que têm o mesmo numerador, a
NOMES DADOS ÀS FRAÇÕES DIVERSAS maior é a que tem menor denominador.
Decimais: quando têm como denominador 10 ou 7 7
uma potência de 10 Exemplo: >
5 7 2 5
, ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
10 100 OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
Exemplos.
2 2 7 3
a) + + =
3 5 1 1
b) + + + =
6 15 15 15 4 6 8 2
2+7+3 18 20 3 12
= = = + + + =
5 15 24 24 24 24
6 12 4
= = =
18+ 20+ 3 +12
=
15 5 24
3 53
=
6 24
5 2 3 Havendo número misto, devemos transformá-lo em
Indicamos por: − = fração imprópria:
6 6 6
Exemplo:
Assim, para adicionar ou subtrair frações de mesmo
1 5 1
denominador, procedemos do seguinte modo: 2 + +3 =
adicionamos ou subtraímos os numeradores e 3 12 6
mantemos o denominador comum. 7 5 19
+ + =
simplificamos o resultado, sempre que possível. 3 12 6
28 5 38
Exemplos: +
12 12 12
+ =
3 1 3 +1 4 28 + 5 + 38 71
+ = = =
5 5 5 5 12 12
4 8 4 + 8 12 4
+ = = = Se a expressão apresenta os sinais de parênteses (
9 9 9 9 3 ), colchetes [ ] e chaves { }, observamos a mesma
7 3 7−3 4 2 ordem :
− = = = 1º) efetuamos as operações no interior dos parênte-
6 6 6 6 3
ses;
2 2 2−2 0 2º) as operações no interior dos colchetes;
− = = =0
7 7 7 7 3º) as operações no interior das chaves.
3 1 2 3
2)5 − − − 1 + =
2 3 3 4
9 2 5 3
= 5 − − − + =
6 6 3 4
7 20 9
= 5 − − + =
6 12 12
30 7 29
= − − =
6 6 12
23 29 1 2 3
= − = Dizemos que: = =
6 12 2 4 6
46 29
= − = - Para obter frações equivalentes, devemos multi-
12 12 plicar ou dividir o numerador por mesmo número dife-
17 rente de zero.
=
12 1 2 2 1 3 3
Ex: ⋅ = ou . =
2 2 4 2 3 6
NÚMEROS RACIONAIS
Para simplificar frações devemos dividir o numera-
dor e o denominador, por um mesmo número diferente
de zero.
1 3
Exemplo: e
3 4
Exercícios:
1) Achar três frações equivalentes às seguintes fra-
ções:
1 2
1) 2)
4 3
2 3 4 4 6 8
Respostas: 1) , , 2) , ,
Quando o numerador é maior que o denominador 8 12 16 6 9 12
temos uma fração imprópria.
COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES
FRAÇÕES EQUIVALENTES
a) Frações de denominadores iguais.
Duas ou mais frações são equivalentes, quando re- Se duas frações tem denominadores iguais a maior
presentam a mesma quantidade. será aquela: que tiver maior numerador.
Exercícios. Efetuar:
2 4 2 3
3 1 4 1
1) 2) 3) −
4 2 3 2
9 1 119
Respostas: 1) 2) 3)
16 16 72
RADICIAÇÃO DE FRAÇÕES
1 4 10 + 0,453 + 2,832
Respostas: 1) 2) 3) 1
3 5 10,000
+ 0,453
2,832
NÚMEROS DECIMAIS _______
13,285
Toda fração com denominador 10, 100, 1000,...etc,
chama-se fração decimal. Exemplo 2:
3 4 7 47,3 - 9,35
Ex: , , , etc
10 100 100 47,30
9,35
Escrevendo estas frações na forma decimal temos: ______
3 37,95
= três décimos,
10
Exercícios. Efetuar as operações:
4 1) 0,357 + 4,321 + 31,45
= quatro centésimos
100 2) 114,37 - 93,4
7 3) 83,7 + 0,53 - 15, 3
= sete milésimos
1000
Respostas: 1) 36,128 2) 20,97 3) 68,93
Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
MULTIPLICAÇÃO COM NÚMEROS DECIMAIS
3 4 7
=0,3 = 0,04 = 0,007
10 100 1000 Multiplicam-se dois números decimais como se fos-
sem inteiros e separam-se os resultados a partir da
Respostas: 1) 15,183 2) 629,9 Dividindo 785 por 500 obtém-se quociente 1 e resto
3) 23,4936 285
DIVISÃO DE NÚMEROS DECIMAIS Como 285 é menor que 500, acrescenta-se uma
vírgula ao quociente e zeros ao resto
Igualamos as casas decimais entre o dividendo e o ♦ 2 : 4 0,5
divisor e quando o dividendo for menor que o divisor
acrescentamos um zero antes da vírgula no quociente. Como 2 não é divisível por 4, coloca-se zero e vír-
gula no quociente e zero no dividendo
Ex.: ♦ 0,35 : 7 = 0,350 7,00 350 : 700 =
a) 3:4 0,05
3 |_4_
30 0,75 Como 35 não divisível por 700, coloca-se zero e vír-
20 gula no quociente e um zero no dividendo. Como 350
0 não é divisível por 700, acrescenta-se outro zero ao
b) 4,6:2 quociente e outro ao dividendo
4,6 |2,0 = 46 | 20
60 2,3 Divisão de um número decimal por 10, 100, 1000
0
Obs.: Para transformar qualquer fração em número
Para tornar um número decimal 10, 100, 1000, ....
decimal basta dividir o numerador pelo denominador.
vezes menor, desloca-se a vírgula para a esquerda,
Ex.: 2/5 = 2 |5 , então 2/5=0,4
respectivamente, uma, duas, três, ... casas decimais.
20 0,4
Exemplos:
Exercícios
25,6 : 10 = 2,56
1) Transformar as frações em números decimais.
04 : 10 = 0,4
1 4 1 315,2 : 100 = 3,152
1) 2) 3)
5 5 4 018 : 100 = 0,18
Respostas: 1) 0,2 2) 0,8 3) 0,25 0042,5 : 1.000 = 0,0425
0015 : 1.000 = 0,015
2) Efetuar as operações:
1) 1,6 : 0,4 2) 25,8 : 0,2 milhar centena dezena Unidade décimo centésimo milésimo
simples
3) 45,6 : 1,23 4) 178 : 4,5-3,4.1/2
5) 235,6 : 1,2 + 5 . 3/4 1 000 100 10 1 0,1 0,01 0,001
2) 12,75 Lê-se: "doze inteiros Usaremos o símbolo estrela (*) quando quisermos
e setenta e cinco indicar que o número zero foi excluído de um conjunto.
centésimos".
Exemplo: N* = { 1; 2; 3; 4; ... }; o zero foi excluído de
3) 8,309 Lê-se: "oito inteiros e N.
trezentos e nove
milésimos''. Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos
indicar que os números negativos foram excluídos de
Observações: um conjunto.
1) Quando a parte inteira é zero, apenas a parte de-
cimal é lida. Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram
Exemplos: excluídos de Z.
a) 0,5 - Lê-se: "cinco Usaremos o símbolo menos (-) quando quisermos
décimos". indicar que os números positivos foram excluídos de
um conjunto.
b) 0,38 - Lê-se: "trinta e oito
centésimos".
Exemplo: Z − = { . .. ; - 2; - 1; 0 } ; os positivos foram
c) 0,421 - Lê-se: "quatrocentos excluídos de Z.
e vinte e um
milésimos". Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o
símbolo (+) ou com o símbolo (-).
2) Um número decimal não muda o seu valor se a-
crescentarmos ou suprimirmos zeros â direita do Exemplos
último algarismo.
Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500 = 0,5000 " ....... a) Z *− = ( 1; 2; 3; ... ) ; o zero e os negativos foram
excluídos de Z.
3) Todo número natural pode ser escrito na forma b) Z *+ = { ... ; - 3; - 2; - 1 } ; o zero e os positivos
de número decimal, colocando-se a vírgula após
o último algarismo e zero (ou zeros) a sua direita. foram excluídos de Z.
Exemplos: 34 = 34,00... 176 = 176,00...
Exercícios resolvidos
1. Completar com ∈ ou ∉ :
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS (R)
a) 5 Z g) 3 Q*
b) 5 *
Z−
CORRESPONDÊNCIA ENTRE NÚMEROS E h) 4 Q
PONTOS DA RETA, ORDEM, VALOR ABSOLUTO *
c) 3,2 Z+
Há números que não admitem representação i) ( − 2)2 Q-
decimal finita nem representação decimal infinita e 1
periódico, como, por exemplo: d) Z j) 2 R
4
π = 3,14159265...
4 k) 4 R-
2 = 1,4142135... e) Z
1
3 = 1,7320508... f) 2 Q
5 = 2,2360679... Resolução
a) ∈ , pois 5 é positivo.
b) ∉ , pois 5 é positivo e os positivos foram
Estes números não são racionais: π ∈ Q, 2
*
excluídos de Z −
∈ Q, 3 ∈ Q, 5 ∈ Q; e, por isso mesmo, são
chamados de irracionais. c) ∉ 3,2 não é inteiro.
1
Podemos então definir os irracionais como sendo d) ∉ , poisnão é inteiro.
4
aqueles números que possuem uma representação
decimal infinita e não periódico.
4
e) ∈ , pois = 4 é inteiro.
1
Chamamos então de conjunto dos números reais, e f) ∉ , pois 2 não é racional.
indicamos com R, o seguinte conjunto:
g) ∉ , pois 3 não é racional
R= { x | x é racional ou x é irracional} h) ∈ , pois 4 = 2 é racional
Como vemos, o conjunto R é a união do conjunto i) ∉ , pois ( − 2)2 = 4 = 2 é positivo, e os
dos números racionais com o conjunto dos números
2. Completar com ⊂ ou ⊄ :
a) N Z* d) Q Z
* * Reta numérica
b) N Z+ e) Q + R+ Uma maneira prática de representar os números re-
c) N Q ais é através da reta real. Para construí-la, desenha-
mos uma reta e, sobre ela, escolhemos, a nosso gosto,
Resolução: um ponto origem que representará o número zero; a
seguir escolhemos, também a nosso gosto, porém à
a) ⊄ , pois 0 ∈ N e 0 ∉ Z * . direita da origem, um ponto para representar a unidade,
b) ⊂, pois N = Z + ou seja, o número um. Então, a distância entre os pon-
c) ⊂ , pois todo número natural é também tos mencionados será a unidade de medida e, com
racional. base nela, marcamos, ordenadamente, os números
d) ⊄ , pois há números racionais que não são positivos à direita da origem e os números negativos à
2 sua esquerda.
inteiros como por exemplo, .
3
e) ⊂ , pois todo racional positivo é também real
positivo.
2. Completar com ∈ ou ∉
a) 3 Q d) π Q 2) Se 5 é irracional, então:
b) 3,1 Q e) 3,141414... Q m
a) 5 escreve-se na forma , com n ≠0 e m, n ∈ N.
c) 3,14 Q n
b) 5 pode ser racional
3. Completar com ⊂ ou ⊄ :
m
*
a) Z + N* *
d) Z − R c) 5 jamais se escreve sob a forma , com n ≠0 e
n
b) Z − N e) Z − R+ m, n ∈ N.
c) R+ Q d) 2 5 é racional
A) Unidades de Comprimento
B) Unidades de ÁREA
Permitido de um polígono: o perímetro de um polígono
C) Áreas Planas
é a soma do comprimento de seus lados.
D) Unidades de Volume e de Capacidade
E) Volumes dos principais sólidos geométricos
F) Unidades de Massa
A) UNIDADES DE COMPRIMENTO
Medidas de comprimento:
Podemos medir a página deste livro utilizando um Perímetro de uma circunferência: Como a abertura do
lápis; nesse caso o lápis foi tomado como unidade de medida compasso não se modifica durante o traçado vê-se logo que
ou seja, ao utilizarmos o lápis para medirmos o comprimento os pontos da circunferência distam igualmente do ponto zero
do livro, estamos verificando quantas vezes o lápis (tomado (0).
como medida padrão) caberá nesta página.
1km = 1.000m 1 m = 10 dm
1hm = 100m e 1 m = 100 cm
1dam = 10m 1 m = 1000 mm
Regras Práticas:
Medidas Agrárias:
2
centiare (ca) — é o m
2 2
are (a) —é o dam (100 m )
2 2
hectare (ha) — é o hm (10000 m ).
Perímetro – á a soma dos quatro lados.
C) ÁREAS PLANAS
Área de polígono regular: a área do polígono regular é
Retângulo: a área do retângulo é dada pelo produto da
igual ao produto da medida do perímetro (p) pela medida do
medida de comprimento pela medida da largura, ou, medida
apotema (a) sobre 2.
da base pela medida da altura.
Perímetro: a + a + b + b
Como se vê:
3
1 km3 = 1 000 000 000 (1000x1000x1000)m
3 3
1 hm = 1000000 (100 x 100 x 100) m O volume do cubo é dado pelo produto das medidas
3 3
1dam = 1000 (10x10x10)m de suas três arestas que são iguais.
3 3 3
1m =1000 (= 10 x 10 x 10) dm V = a. a . a = a cubo
3 3
1m =1000 000 (=100 x 100 x 100) cm
3 3
1m = 1000000000 ( 1000x 1000x 1000) mm Volume do prisma reto: o volume do prisma reto é
dado pelo produto da área da base pela medida da altura.
Múltiplos Submúltiplos
hl ( 100 l) dl (0,1 l)
dal ( 10 l) litro l cl (0,01 l)
ml (0,001 l)
Como se vê:
Volume do cilindro: o volume do cilindro é dado pelo
1 hl = 100 l 1 l = 10 dl produto da área da base pela altura.
1 dal = 10 l 1 l = 100 cl
1 l = 1000 ml
4 . 16 x . x RAZÕES E PROPORÇÕES
2
x = 64 x 1. INTRODUÇÃO
64 =8 Se a sua mensalidade escolar sofresse hoje um rea-
juste de R$ 80,00, como você reagiria? Acharia caro,
4.º proporcional: é o nome dado ao quarto termo de normal, ou abaixo da expectativa? Esse mesmo valor,
uma proporção não continua. Ex.: que pode parecer caro no reajuste da mensalidade,
seria considerado insignificante, se tratasse de um
4 12 acréscimo no seu salário.
= , 4 . x = 8 . 12
8 F
Naturalmente, você já percebeu que os R$ 80,00
96
x= =24. nada representam, se não forem comparados com um
4 valor base e se não forem avaliados de acordo com a
natureza da comparação. Por exemplo, se a mensali-
Nota: Esse cálculo é idêntico ao cálculo do elemento
dade escolar fosse de R$ 90,00, o reajuste poderia ser
desconhecido de uma proporção).
considerado alto; afinal, o valor da mensalidade teria
Média Aritmética Simples: (ma) quase dobrado. Já no caso do salário, mesmo conside-
rando o salário mínimo, R$ 80,00 seriam uma parte
A média aritmética simples de dois números é dada mínima. .
pelo quociente da soma de seus valores e pela quantidade
das parcelas consideradas. A fim de esclarecer melhor este tipo de problema,
Ex.: determinar a ma de: 4, 8, 12, 20 vamos estabelecer regras para comparação entre
Dividir um número em partes inversamente propor- Para dividir um número em partes de tal forma que
cionais a outros números dados é encontrar partes uma delas seja proporcional a m e n e a outra a p
desse número que sejam diretamente proporcio- e q, basta divida esse número em partes
nais aos inversos dos números dados e cuja soma proporcionais a m . n e p . q.
reproduza o próprio número.
Convém lembrar que efetuar uma divisão em partes
No nosso problema, temos de dividir 160 em partes inversamente proporcionais a certos números é o
inversamente proporcionais a 3 e a 5, que são os nú- mesmo que fazer a divisão em partes diretamente pro-
meros de atraso de A e B. Vamos formalizar a divisão, porcionais ao inverso dos números dados.
chamando de x o que A tem a receber e de y o que B
tem a receber. Resolvendo nosso problema, temos:
x + y = 160 Chamamos de x: a quantia que deve receber a
primeira turma; y: a quantia que deve receber a
segunda turma. Assim:
x y
Teremos: = x y x y
1 1 = ou =
10 ⋅ 5 12 ⋅ 4 50 48
3 5 x + y x
⇒ =
Resolvendo o sistema, temos: 50 + 48 50
Observe que colocamos na mesma linha valores Regra de três simples é um processo prático utilizado
que se correspondem: 6 horas e 900 km; 8 horas e o para resolver problemas que envolvam pares de
valor desconhecido. grandezas direta ou inversamente proporcionais.
Essas grandezas formam uma proporção em que se
conhece três termos e o quarto termo é procurado.
Vamos usar setas indicativas, como fizemos antes,
para indicar a natureza da proporção. Se elas estive-
rem no mesmo sentido, as grandezas são diretamente REGRA DE TRÊS COMPOSTA
proporcionais; se em sentidos contrários, são inversa- Vamos agora utilizar a regra de três para resolver
mente proporcionais. problemas em que estão envolvidas mais de duas
grandezas proporcionais. Como exemplo, vamos anali-
Nesse problema, para estabelecer se as setas têm sar o seguinte problema.
o mesmo sentido, foi necessário responder à pergunta:
"Considerando a mesma velocidade, se aumentarmos Numa fábrica, 10 máquinas trabalhando 20 dias
o tempo, aumentará a distância percorrida?" Como a produzem 2 000 peças. Quantas máquinas serão ne-
resposta a essa questão é afirmativa, as grandezas são cessárias para se produzir 1 680 peças em 6 dias?
diretamente proporcionais.
Como nos problemas anteriores, você deve verificar
Já que a proporção é direta, podemos escrever: a natureza da proporção entre as grandezas e escrever
6 900 essa proporção. Vamos usar o mesmo modo de dispor
= as grandezas e os valores envolvidos.
8 x
Grandeza 1: Grandeza 2: Grandeza 3:
7200
Então: 6 . x = 8 . 900 ⇒ x = = 1 200
número de máquinas dias número de peças
6
Temos, portanto:
Principal: número sobre o qual se vai calcular a
porcentagem.
PORCENTAGEM Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100
partes do principal.
1. INTRODUÇÃO Porcentagem: número que se obtém somando
Quando você abre o jornal, liga a televisão ou olha cada uma das 100 partes do principal até
vitrinas, frequentemente se vê às voltas com conseguir a taxa.
expressões do tipo:
"O índice de reajuste salarial de março é de A partir dessas definições, deve ficar claro que, ao
16,19%." calcularmos uma porcentagem de um principal conhe-
"O rendimento da caderneta de poupança em cido, não é necessário utilizar a montagem de uma
fevereiro foi de 18,55%." regra de três. Basta dividir o principal por 100 e to-
"A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi marmos tantas destas partes quanto for a taxa. Veja-
de 381,1351%. mos outro exemplo.
"Os preços foram reduzidos em até 0,5%."
Exemplo:
Mesmo supondo que essas expressões não sejam Calcular 32% de 4.000.
completamente desconhecidas para uma pessoa, é Primeiro dividimos 4 000 por 100 e obtemos 40, que
importante fazermos um estudo organizado do assunto é a centésima parte de 4 000. Agora, somando 32 par-
Matemática 37 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tes iguais a 40, obtemos 32 . 40 ou 1 280 que é a res- De acordo com os dados do problema, temos:
posta para o problema. 25% em 1ano ⇒ 125% (25 . 5) em 5 anos
125
Observe que dividir o principal por 100 e multiplicar 125% = = 1,25
100
o resultado dessa divisão por 32 é o mesmo que multi-
32 Nessas condições, devemos resolver o seguinte
plicar o principal por ou 0,32. Vamos usar esse
100 problema:
raciocínio de agora em diante: Calcular 125% de R$ 720 000,00. Dai:
x = 125% de 720 000 =
Porcentagem = taxa X principal 1,25 . 720 000 = 900 000.
900.000 – 720.000 = 180.000
Resposta: Os juros produzidos são de R$
JUROS SIMPLES 180.000,00
Consideremos os seguintes fatos:
• Emprestei R$ 100 000,00 para um amigo pelo 2.° exemplo: Apliquei um capital de R$ 10.000,00 a
prazo de 6 meses e recebi, ao fim desse tempo, uma taxa de 1,8% ao mês, durante 6 meses. Quan-
R$ 24 000,00 de juros. to esse capital me renderá de juros?
• O preço de uma televisão, a vista, é R$ 4.000,00. 1,8% em 1 mês ⇒ 6 . 1,8% = 10,8% em 6 meses
Se eu comprar essa mesma televisão em 10 10,8
10,8% = = 0,108
prestações, vou pagar por ela R$ 4.750,00. Por- 100
tanto, vou pagar R$750,00 de juros. Dai:
No 1.° fato, R$ 24 000,00 é uma compensação em x = 0,108 . 10 000 = 1080
dinheiro que se recebe por emprestar uma quantia por Resposta: Renderá juros de R$ 1 080,00.
determinado tempo.
3.° exemplo: Tomei emprestada certa quantia du-
No 2.° fato, R$ 750,00 é uma compensação em di- rante 6 meses, a uma taxa de 1,2% ao mês, e devo
nheiro que se paga quando se compra uma mercadoria pagar R$ 3 600,00 de juros. Qual foi a quantia em-
a prazo. prestada?
De acordo com os dados do problema:
Assim: 1,2% em 1 mês ⇒ 6 . 1,2% = 7,2% em 6 meses
Quando depositamos ou emprestamos certa 7,2
quantia por determinado tempo, recebemos uma 7,2% = = 0,072
compensação em dinheiro. 100
Quando pedimos emprestada certa quantia por Nessas condições, devemos resolver o seguinte
determinado tempo, pagamos uma compensa- problema:
ção em dinheiro. 3 600 representam 7,2% de uma quantia x. Calcule
Quando compramos uma mercadoria a prazo, x.
pagamos uma compensação em dinheiro.
Dai:
Pelas considerações feitas na introdução, podemos 3600 = 0,072 . x ⇒ 0,072x = 3 600 ⇒
dizer que : 3600
x=
0,072
Juro é uma compensação em dinheiro que se
recebe ou que se paga. x = 50 000
Resposta: A quantia emprestada foi de R$
50.000,00.
Nos problemas de juros simples, usaremos a se-
guinte nomenclatura: dinheiro depositado ou empresta- 4.° exemplo: Um capital de R$ 80 000,00, aplicado
do denomina-se capital. durante 6 meses, rendeu juros de R$ 4 800,00.
Qual foi a taxa (em %) ao mês?
O porcentual denomina-se taxa e representa o juro De acordo com os dados do problema:
recebido ou pago a cada R$100,00, em 1 ano. x% em 1 mês ⇒ (6x)% em 6 meses
Devemos, então, resolver o seguinte problema:
O período de depósito ou de empréstimo denomina- 4 800 representam quantos % de 80 000?
se tempo. Dai:
4 800 = 6x . 80 000 ⇒ 480 000 x = 4 800
A compensação em dinheiro denomina-se juro.
4 800 48
x= ⇒ x= ⇒ x = 0,01
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE JUROS SIMPLES 480 000 4 800
1
0,01 = =1%
Vejamos alguns exemplos: 100
Resposta: A taxa foi de 1% ao mês.
1.° exemplo: Calcular os juros produzidos por um
capital de R$ 720 000,00, empregado a 25% ao a- Resolva os problemas:
no, durante 5 anos. - Emprestando R$ 50 000,00 à taxa de 1,1% ao
Matemática 38 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mês, durante 8 meses, quanto deverei receber está na presença de uma operação de juros
de juros? compostos.
- Uma pessoa aplica certa quantia durante 2 anos,
à taxa de 15% ao ano, e recebe R$ 21 000,00 de Nestas operações, o capital não é constante através
juros. Qual foi a quantia aplicada? do tempo; pois aumenta ao final de cada período pela
- Um capital de R$ 200 000,00 foi aplicado durante adição dos juros ganhos de acordo com a taxa
1 ano e 4 meses à taxa de 18% ao ano. No final acordada.
desse tempo, quanto receberei de juros e qual o
capital acumulado (capital aplicado + juros)? Esta diferença pode ser observada através do
- Um aparelho de televisão custa R$ 4 500,00. seguinte exemplo:
Como vou comprá-lo no prazo de 10 meses, a lo-
ja cobrará juros simples de 1,6% ao mês. Quanto Exemplo 1: Suponha um capital inicial de R$
vou pagar por esse aparelho. 1.000,00 aplicado à taxa de 30.0 % a.a. por um período
- A quantia de R$ 500 000,00, aplicada durante 6 de 3 anos a juros simples e compostos. Qual será o
meses, rendeu juros de R$ 33 000,00. Qual foi total de juros ao final dos 3 anos sob cada um dos
a taxa (%) mensal da aplicação rearmes de juros?
- Uma geladeira custa R$ 1 000,00. Como vou
compra-la no prazo de 5 meses, a loja vendedo- Pelo regime de juros simples:
ra cobrara juros simples de 1,5% ao mês. Quan- J = c . i . t = R$ 1.000,00 (0,3) (3) = R$ 900,00
to pagarei por essa geladeira e qual o valor de
cada prestação mensal, se todas elas são iguais. Pelo regime de juros compostos:
- Comprei um aparelho de som no prazo de 8 me- n
J = Co 1 + i − 1 =
ses. O preço original do aparelho era de R$ ( )
800,00 e os juros simples cobrados pela firma fo-
ram de R$ 160,00. Qual foi a taxa (%) mensal [ ]
J = R$1.000,00 (1,3) − 1 = R$1.197,00
3
D − D ⋅ d ⋅ n = VP ⋅ d ⋅ n Resolução:
VP ⋅ d ⋅ n VP = 166.677, i = 0,60 n = 1/3
D(1 − d ⋅ n) = VP ⋅ d ⋅ n ∴ Df = Fórmula: VF = VP(1 + i . n)
(1 − d ⋅ n) VF = 166.677(1 +(0,6) (1/3) = $200.000
166.667(0,6 )(1 3) 33.333
Df = = = Comparando este exemplo com o exemplo 1.9.2., obser-
1 − ( 0,6)(1 3) 0,8 vamos a diferença, no valor dos juros, entre a modalidade de
Df =$41.667,00 desconto comercial e o desconto racional:
2 4 2
Exemplo: 5a x – 3a x y + 2xy EQUAÇÕES DO 1.º GRAU
Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o
Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica
maior grau, logo o grau do polinômio é 7.
que exprime uma relação de igualdade.
Exercícios
Ou ainda: É uma igualdade algébrica que se verifica
1) Dar os graus e os coeficientes dos monômios:
2 somente para determinado valor numérico atribuído à
a)–3x y z grau coefciente__________
7 2 2 variável. Logo, equação é uma igualdade condicional.
b)–a x z grau coeficiente__________
c) xyz grau coeficiente__________
Exemplo: 5 + x = 11
2) Dar o grau dos polinômios: ↓ ↓
0 0
4 2
a) 2x y – 3xy + 2x grau __________ 1 .membro 2 .membro
5 2
b) –2+xyz+2x y grau __________
onde x é a incógnita, variável ou oculta.
Respostas:
1) a) grau 4, coeficiente –3 Resolução de equações
b) grau 11, coeficiente –1
c) grau 3, coeficiente 1 Para resolver uma equação (achar a raiz) seguire-
2) a) grau 5 b) grau 7 mos os princípios gerais que podem ser aplicados numa
igualdade.
CÁLCULO COM EXPRESSÕES LITERAIS Ao transportar um termo de um membro de uma i-
gualdade para outro, sua operação deverá ser invertida.
Adição e Subtração de monômios e expressões poli- Exemplo: 2x + 3 = 8 + x
nômios: eliminam-se os sinais de associações, e redu- fica assim: 2x – x = 8 – 3 = 5 ⇒ x = 5
zem os termos semelhantes.
Note que o x foi para o 1.º membro e o 3 foi para o
Exemplo: 2.º membro com as operações invertidas.
2 2
3x + (2x – 1) – (–3a) + (x – 2x + 2) – (4a) Dizemos que 5 é a solução ou a raiz da equação, di-
zemos ainda que é o conjunto verdade (V).
Note que temos apenas a operação +, portanto de- Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo
vemos multiplicar qualquer uma ( I ou II) por –1, esco- que 4 + 2x ≤ 5x + 13
lhendo a II, temos: 4+2x ≤ 5x + 13
2x + y = 11 2x + y = 11 2x – 5x ≤ 13 – 4
→
–3x ≤ 9 . (–1) ⇒ 3x ≥ – 9, quando multiplicamos por
x + y = 8 . ( - 1) - x − y = − 8
(-1), invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica:
soma-se membro a membro 3x ≥ – 9, onde x ≥
−9
ou x ≥ – 3
2x + y = 11 3
+
- x- y =-8 Exercícios. Resolva:
x+0 = 3 1) x – 3 ≥ 1 – x,
x=3 2) 2x + 1 ≤ 6 x –2
3) 3 – x ≤ –1 + x
Agora, substituindo x = 3 na equação II: x + y = 8, fica Respostas: 1) x ≥ 2 2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2
3 + y = 8, portanto y = 5 PRODUTOS NOTÁVEIS
Exemplo 3:
5x + 2y = 18 -Ι 1.º Caso: Quadrado da Soma
2 2
(a + b) = (a+b). (a+b)= a + ab + ab + b
2
3x - y = 2 - ΙΙ
↓ ↓
2 2
neste exemplo, devemos multiplicar a equação II por 1.º 2.º ⇒ a + 2ab +b
2 (para “desaparecer” a variável y).
Resumindo: “O quadrado da soma é igual ao qua-
5x + 2y = 18 5 x + 2 y = 18
⇒ drado do primeiro mais duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o
3x - y = 2 .(2) 6 x − 2 y = 4 quadrado do 2.º.
2.º Caso : Quadrado da diferença 2.º Caso: Trinômio quadrado perfeito (É a “ope-
2 2 2
(a – b) = (a – b). (a – b) = a – ab – ab - b ração inversa” dos produtos notáveis caso 1)
↓ ↓
2 2 Exemplo 1
1.º 2.º ⇒ a – 2ab + b
2 2
a + 2ab + b ⇒ extrair as raízes quadradas do ex-
Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao
quadrado do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o tremo a2 + 2ab + b2 ⇒ a 2 = a e b2 = b e o
2 2 2
quadrado do 2.º. termo do meio é 2.a.b, então a + 2ab + b = (a + b)
(quadrado da soma).
Exercícios. Resolver os produtos notáveis:
2 2 2 2
1) (a – 2) 2) (4 – 3a) 3) (y – 2b) Exemplo 2:
2
4a + 4a + 1 ⇒ extrair as raízes dos extremos
Respostas: 2.º caso
2
1) a – 4a +4 2) 16 – 24a + 9a
2 4a2 + 4a + 1 ⇒ 4a2 = 2a , 1 = 1 e o termo cen-
2 2
4 2
3) y – 4y b + 4b
2 tral é 2.2a.1 = 4a, então 4a + 4a + 1 = (2a + 1)
Exercícios. Efetuar os produtos da soma pela dife- Fazendo com trinômio (quadrado da diferença)
2 2
rença: x – 2xy + y , extrair as raízes dos extremos
1) (a – 2) (a + 2) 2) (2a – 3) (2a + 3) x2 = x e y 2 = y, o termo central é –2.x.y, então:
2 2
3) (a – 1) (a + 1) 2 2 2
x – 2xy + y = (x – y)
Respostas: 3.º caso
2 2 Exemplo 3:
1) a – 4 2) 4a – 9 2
4
3) a – 1 16 – 8a + a , extrair as raízes dos extremos
16 = 4 e a2 = a, termo central –2.4.a = –8a,
FATORAÇÃO ALGÉBRICA 2
então: 16 – 8a + a = (4 – a)
2
Exemplo 2:
2 Exemplo 2:
3a + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3,
a2
2
porque MDC (3, 6) = 3. 4 – a , extrair as raízes dos extremos 4 = 2,
2
2
= a, fica: (4 – a ) = (2 – a). (2+ a)
O m.d.c. entre: “a e a é “a” (menor expoente), então
2
o fator comum da expressão 3a + 6a é 3a. Dividindo Exercícios. Fatorar:
Nomes: n a = b : n = índice; a = radicando = sinal Podemos simplificar radicais, extraindo parte de raí-
da raiz e b = raiz. Dois radicais são semelhantes se o n n
zes exatas usando a propriedade a simplificar índice
índice e o radicando forem iguais. com expoente do radicando.
Exemplos:
Exemplos:
1)Simplificar 12
1) 2, 3 2 , - 2 são semelhantes observe o n = 2
decompor 12 em fatores primos:
“raiz quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 2 5 = 5 12 2
2) 53 7 , 3 7 , 23 7 são semelhantes 6 2
2
12 = 22 ⋅ 3 = 22 ⋅ 3 = 2 3
3 3
Matemática 45 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1 3
33 2 3
Respostas: 1) 2) 3)
16 18
2) Simplificar 32 , decompondo 32 fica: 4 2 3
32 2
16 2 EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
8 2
4 2 Definição: Denomina-se equação de 2.º grau com
2 2 variável toda equação de forma:
2
32 = 22 ⋅ 22 ⋅ 2 = 2 2 2 ⋅ 2 22 ⋅ 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 4 2 ax + bx + c = 0
onde : x é variável e a,b, c ∈ R, com a ≠ 0.
3) Simplificar 3 128 , decompondo fica: Exemplos:
128 2 2
3x - 6x + 8 = 0
64 2 2
2x + 8x + 1 = 0
32 2 2
x + 0x – 16 = 0
2
y -y+9 =0
16 2 2
- 3y - 9y+0 = 0
2
5x + 7x - 9 = 0
8 2
4 2 COEFICIENTE DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
2 2 Os números a, b, c são chamados de coeficientes da
1 equação do 2.º grau, sendo que:
fica 2
• a representa sempre o coeficiente do termo x .
3 3 3
3
128 = 23 ⋅ 23 ⋅ 2 = 23 ⋅ 23 ⋅ 3 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 3 2 = 43 2 • b representa sempre o coeficiente do termo x.
• c é chamado de termo independente ou termo
Exercícios constante.
Simplificar os radicais:
Exemplos:
1) 20 2) 50 3) 3 40 2
a)3x + 4x + 1= 0
2
b) y + 0y + 3 = 0
3 a =3,b = 4,c = 1 a = 1,b = 0, c = 3
Respostas: 1) 2 5 2) 5 2 3) 2. 5 2 2
c) – 2x –3x +1 = 0 d) 7y + 3y + 0 = 0
Racionalização de Radiciação a = –2, b = –3, c = 1 a = 7, b = 3, c = 0
Em uma fração quando o denominador for um radical
2 Exercícios
devemos racionalizá-lo. Exemplo: devemos multipli- Destaque os coeficientes:
3 2
1)3y + 5y + 0 = 0
2
2)2x – 2x + 1 = 0
2 2
car o numerador e o denominador pelo mesmo radical 3)5y –2y + 3 = 0 4) 6x + 0x +3 = 0
do denominador.
2 3 2 3 2 3 2 3 Respostas:
⋅ = = =
3 1) a =3, b = 5 e c = 0
3 3 3⋅3 9
2)a = 2, b = –2 e c = 1
2 2 3 3) a = 5, b = –2 e c =3
e são frações equivalentes. Dizemos que
3 3 4) a = 6, b = 0 e c =3
REPRESENTAÇÃO Exemplo:
Representando a soma x’ + x” = S Qual é o número cuja soma de seu quadrado com
Representando o produto x’ . x” = P seu dobro é igual a 15?
2
E TEMOS A EQUAÇÃO: x – Sx + P = 0 número procurado : x
2
equação: x + 2x = 15
Exemplos:
a) raízes 3 e – 4 Resolução:
2
S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1 x + 2x –15 = 0
2 2
P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12 ∆ =b – 4ac ∆ = (2) – 4 .1.(–15) ∆ = 4 + 60
x – Sx + P = 0 ∆ = 64
2
x + x – 12 = 0 − 2 ± 64 −2 ± 8
x= x=
2 ⋅1 2
b) 0,2 e 0,3
−2 + 8 6
S = x’+ x” =0,2 + 0,3 = 0,5 x'= = =3
P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06 2 2
2
x – Sx + P = 0 −2 − 8 −10
2 x"= = = −5
x – 0,5x + 0,06 = 0 2 2
5 3 Os números são 3 e – 5.
c) e
2 4
5 3 10 + 3 13 Verificação:
2 2
S = x’+ x” = + = = x + 2x –15 = 0 x + 2x –15 = 0
2 4 4 4 2
(3) + 2 (3) – 15 = 0
2
(–5) + 2 (–5) – 15 = 0
5 3 15 9 + 6 – 15 = 0 25 – 10 – 15 = 0
P=x.x= . =
2 4 8 0=0 0=0
2
x – Sx + P = 0 (V) (V)
2 13 15 S = { 3 , –5 }
x – x+ =0
4 8
RESOLVA OS PROBLEMAS DO 2.º GRAU:
d) 4 e – 4
S = x’ +x” = 4 + (–4) = 4 – 4 = 0 1) O quadrado de um número adicionado com o quá-
P = x’ . x” = 4 . (–4) = –16 druplo do mesmo número é igual a 32.
2
x – Sx + P = 0 2) A soma entre o quadrado e o triplo de um mesmo
2
x –16 = 0 número é igual a 10. Determine esse número.
3) O triplo do quadrado de um número mais o próprio
Exercícios número é igual a 30. Determine esse numero.
Componha a equação do 2.º grau cujas raízes são: 4) A soma do quadrado de um número com seu quín-
−4 tuplo é igual a 8 vezes esse número, determine-o.
1) 3 e 2 2) 6 e –5 3) 2 e
5 Respostas:
4) 3 + 5e3– 5 5) 6 e 0 1) 4 e – 8 2) – 5 e 2
3) −10 3 e 3 4) 0 e 3
Respostas:
2 2
1) x – 5x+6= 0 2) x – x – 30 = 0
2 −6 x
3)x – – =0
8
5 5
2 2
4) x – 6x + 4 = 0 5) x – 6x = 0
Equacionando:
Outro exemplo
Encontre dois números cuja diferença seja 5 e a soma
dos quadrados seja 13.
Usando a fórmula:
De Produtos notáveis:
Logo
Dividindo por 2:
y² – 6y + 8 = 0
Logo: ∆ = b² – 4ac
∆ = (–6)² – 4 * 1 * 8
∆ = 36 – 32
∆=4
a = 1, b = –6 e c = 8
Substituindo em II:
Para y = 4, temos:
x=6–y
x=6–4
x=2
Para y = 2, temos:
x=6–y
Os sistemas a seguir envolverão equações do 1º e do x=6–2
2º grau, lembrando de que suas representações gráfi- x=4
cas constituem uma reta e uma parábola, respectiva-
mente. Resolver um sistema envolvendo equações Par ordenado (4; 2)
desse modelo requer conhecimentos do método da
substituição de termos. Observe as resoluções comen- S = {(2: 4) e (4; 2)}
tadas a seguir:
Exemplo 1 Exemplo 2
Isolando x ou y na 2ª equação:
x – y = –3
Isolando x ou y na 2ª equação do sistema: x=y–3
x+y=6
x=6–y Substituindo o valor de x na 1ª equação:
y² – 2y – 3 = 0
Esta relação é uma função de A em B, pois associa a
∆ = b² – 4ac
todo elemento de A um único elemento de B.
∆ = (–2)² – 4 * 1 * (–3)
∆ = 4 + 12
b)
∆ = 16
a = 1, b = –2 e c = –3
Exemplos:
Consideremos algumas relações, esquematizadas Esta relação é uma função de A em B, pois associa
com diagramas de Euler-Venn, e vejamos quais são todo elemento de A um único elemento de B.
funções:
Observações:
a) a) Notemos que a definição de função não permite
Exemplo:
FUNÇÃO INVERSA
O conjunto A denomina-se DOMINIO de f e pode ser
Seja f uma função bijetora definida de A em B, com
indicado com a notação D ( f ).
x Є A e y Є B, sendo (x, y) Є f. Chamaremos de fun-
-1
ção inversa de f, e indicaremos por f , o conjunto dos pa-
O conjunto B denomina-se CONTRADOMINIO de f e -1
res ordenados (y, x) Є f com y Є B e x Є A.
Solução:
a) Troquemos x por y e y por x ; teremos: x = 2y
GRÁFICOS
Exemplo:
Construa o gráfico de f( x ) = 2x – 1 onde
D = { –1, 0, 1, 2 , 3 }
x y ponto
f ( –1 ) = 2 . ( –1 ) –1 = –3 –1 –3 ( –1, –3)
f ( 0 ) = 2 . 0 – 1 = –1 0 –1 ( 0, –1)
f(1)=2. 1 –1=1 1 1 ( 1, 1)
f(2)=2. 2 –1=3 2 3 ( 2, 3)
f(3)=2. 3 –1=5 3 5 ( 3, 5)
FUNÇÂO CRESCENTE
Consideremos a função y = 2x definida de IR em IR.
Atribuindo-se valores para x, obtemos valores
correspondentes para y e os representamos no plano
cartesiano:
• ZERO DA FUNÇÃO:
3x 1 1
f(x)= 0 ⇒ + =0 ⇒ x = −
5 5 3
Exemplos: Exemplos:
a) f(x) = 5 b) f(x) = –2
c) f(x) = 3 d) f(x) = ½
Exemplos:
2
a) f(x) = 3x + 5x + 2
2
b) f(x) = x – 2x
2
c) f(x) = –2x + 3
2
d) f(x) = x
FUNÇÃO AFIM
É toda função f de IR em IR definida por
f (x) = ax + b (a, b reais e a ≠ 0)
2
Exemplos: f ( x ) = – x + 6x – 8 (a = –1 < 0) concavidade p/ baixo
a) f(x) = 2x –1 b) f(x) = 2 – x
c) f(x) = 5x
Observações
1) quando b = 0 a função recebe o nome de função
linear.
2) o domínio de uma função afim é IR: D(f) = IR
3) seu conjunto imagem é IR: lm(f) = IR
4) seu gráfico é uma reta do plano cartesiano.
FUNÇÃO COMPOSTA
Dadas as funções f e g de IR em IR definidas por
2
f ( x ) = 3x e g(x)=x temos que: FUNÇÃO MODULAR
f(1)=3.1=3 Consideremos uma função f de IR em IR tal que, para
f(2)=3.2=6 todo x Є lR, tenhamos f ( x ) = | x | onde o símbolo | x |
f ( a ) = 3 . a = 3 a (a Є lR) que se lê módulo de x, significa:
f ( g ) = 3 . g = 3 g (g Є lR) x, se x ≥0
x =
f [ g( x ) ] = 3.g( x ) - x, se x<0
⇒ f [ g ( x ) ] = 3x 2 esta função será chamada de função modular.
2
g( x )= x
Gráfico da função modular:
função composta de f e g
Esquematicamente:
Símbolo:
f o g lê-se "f composto g" - (f o g) ( x ) = f [ g ( x)]
FUNÇÃO PAR E FUNÇÃO ÍMPAR
Uma função f de A em B diz-se função par se, para
FUNÇÃO QUADRÁTICA
todo x Є A, tivermos f (x ) = f ( –x ).
É toda função f de IR em IR definida por
2
f(x) = ax + bx + c
Uma função f de A em B diz-se uma função ímpar se,
(a, b ,c reais e a ≠ 0 )
para todo x Є R, tivermos f( –x ) = – f (x).
Matemática 56 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
EXERCICIOS
01) Das funções de A em B seguintes, esquematiza-
das com diagramas de Euler-Venn, dizer se elas
são ou não sobrejetoras, injetoras, bijetoras.
a) b)
Respostas:
1) D ( f ) = ] –3, 3 ] e lm ( f ) = ] –1, 2 ]
2) D ( f ) = [ –4, 3 [ e lm ( f ) = [ –2, 3 [
3) D ( f ) = ] –3, 3 [ e lm ( f ) = ] 1, 3 [
4) D ( f ) = [ –5, 5 [ e lm ( f ) = [ –3, 4 [
5) D ( f ) = [ –4, 5 ] e lm ( f ) = [ –2, 3 ]
c) d) 6) D ( f ) = [ 0, 6 [ e lm ( f ) = [ 0, 4[
RESPOSTAS
a) Não é sobrejetora, pois y1, y3, y4 Є B não estão
associados a elemento algum do domínio: não é
injetora, pois y2 Є B é imagem de x1, x2, x3, x4 Є A:
logo, por dupla razão, não é bijetora.
b) É sobrejetora, pois todos os elementos de B (no
caso há apenas y1) são imagens de elementos de
A; não é injetora, pois y1 Є B é imagem de x1, x2,
x3, x4 Є A, logo, por não ser injetora, embora seja
sobrejetora, não é bijetora.
c) Não é sobrejetora, pois y1, y2, y4 Є B não estão
associados a elemento algum do domínio; é
injetora, pois nenhum elemento de B é imagem do
que mais de um elemento de A; logo, por não ser
sobrejetora, embora seja injetora, não é bijetora.
d) É sobrejetora, pois todos os elementos de B (no
caso há apenas y1) são imagens de elementos de
A; é injetora, pois o único elemento de B é imagem
de um único elemento de A; logo, por ser
simultaneamente sobrejetora e injetora, é bijetora.
RESPOSTAS
1) crescente: [ –3, 2] decrescente: [ 2, 5 ] crescente:
[ 5, 8 ]
2) crescente: [ 0, 3] decrescente: [ 3, 5 ] crescente:
[5, 8 ]
3) decrescente
Matemática 57 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4) crescente 2 3 2 3
5) decrescente: ] – ∞ , 1] crescente: [ 1, + ∞ [ • f ( x ) é decrescente em ] – , [
3 3
6) crescente: ] – ∞ , 1] decrescente: [ 1, + ∞ [
7) crescente • Domínio → D(f) = lR
8) decrescente • Imagem → Im(f) = lR
• Sinais: x Є ] – ∞ , –2 [ ⇒ f ( x ) < 0
04) Determine a função inversa das seguintes x Є ] – 2, 0 [ ⇒ f ( x ) > 0
funções: x Є ] 0, 2 [ ⇒ f ( x ) < 0
a) y = 3x b) y = x – 2 x Є ] 2, + ∞ [ ⇒ f ( x ) > 0
3 x −5
c) y = x d) y =
3 FUNÇÃO DO 1º GRAU
RESPOSTAS
FUNCÃO LINEAR
x
a) y = b) y = x + 2 Uma função f de lR em lR chama-se linear quando é
3 definida pela equação do 1º grau com duas variáveis y =
c) y = 3 x d) y = 3x + 5 ax , com a Є lR e a ≠ 0.
2
05) Analise a função f ( x ) = x – 2x – 3 ou y = x –2x
2 Exemplos:
– 3 cujo gráfico é dado por: f definida pela equação y = 2x onde f : x → 2x
f definida pela equação y = –3x onde f : x → –3x
GRÁFICO
Num sistema de coordenadas cartesianas podemos
construir o gráfico de uma função linear.
RESPOSTAS
• Zero da função: x = – 2; x = 0; x = 2
2 3 2 3 O conjunto dos infinitos pontos A, B, C, D, ..:... chama-
• f (x) é crescente em ]– ∞ ,– [ e em ] , +∞ [ se gráfico da função linear y = 2x.
3 3
Outro exemplo:
O conjunto dos infinitos pontos A, B, C, D , ...... Construir o gráfico da função y = –2x + 1.
chama-se gráfico da função linear y = –3x.
Solução:
Conclusão: x=0 → y = –2. (0) + 1 = 0 + 1 = 1
O gráfico de uma função linear é a reta suporte dos x=1 → y = –2. (1) + 1 = –2 + 1 = –1
infinitos pontos A, B, C, D, .... e que passa pelo ponto x = –1 → y = –2. (–1) +1 = 2 + 1 = 3
origem O.
x=2 → y = –2. (2) + 1 = –4 + 1 = –3
Observação x = –2 → y = –2. (–2)+ 1 = 4 + 1 = 5
Como uma reta é sempre determinada por dois
pontos, basta representarmos dois pontos A e B para x y → pontos ( x , y)
obtermos o gráfico de uma função linear num sistema de 0 1 → A ( 0, 1)
coordenadas cartesianas. 1 –1 → B ( 1, –1)
–1 3 → C ( –1, 3)
FUNÇÃO AFIM 2 –3 → D ( 2, –3)
Uma função f de lR em lR chama-se afim quando é –2 5 → E ( –2, 5)
definida pela equação do 1º grau com duas variáveis
y = ax + b com a,b Є IR e a ≠ 0. Gráfico
Exemplos:
f definida pela equação y = x +2 onde f : x → x + 2
f definida pela equação y = 3x –1onde f : x → 3x – 1
GRÁFICO
Para construirmos o gráfico de uma função afim, num
sistema de coordenadas cartesianas, vamos proceder do
mesmo modo como fizemos na função linear.
Esquematizando:
FUNÇÃO IDENTIDADE
Consideremos a função f de IR em IR tal que, para to-
do x Є R, tenhamos f(x) = x; esta função será chamada 2º CASO: a < 0
função identidade. Consideremos a função y = –2x + 6, onde a = – 2 e
b = 6.
Observemos algumas determinações de imagens na
função identidade.
x = 0 ⇒ f ( 0 ) = 0 ⇒ y = 0; logo, (0, 0) é um ponto
Solução:
a) Para todo x real as operações indicadas na
fórmula são possíveis e geram como resultado 04) Estudar o sinal da fundão y = –3x + 5
um número real dai: D ( f ) = IR Solução:
b) Para que as operações indicadas na fórmula se- a = –3 (sinal de a) b=+5
jam possíveis, deve-se ter: x – 4 ≠ 0, isto é, x
≠ 4. D ( f ) = { x Є lR | x ≠ 4} a) Determinação da raiz:
c) Devemos ter: 5
y = –3x + 5 = 0 ⇒ –3x = – 5 ⇒ x=
x –1 ≥ 0 e x–2 ≠0 3
x ≥ 1 x ≠2
e daí: D ( f ) = { x Є lR | x ≥ 1 e x ≠ 2 }
b) Determinação do sinal de y:
5
se x > , então y < 0 (mesmo sinal de a)
3
5
se x < , então y > 0 (sinal contrário de a)
3
Solução:
Solução:
Desenhamos o gráfico de f e o projetamos sobre o
eixo 0x
GRÁFICO
FUNÇÃO QUADRÁTICA Façamos o gráfico de f : IR → IR definida por
2
f ( x ) = x – 4x + 3
EQUACÃO DO SEGUNDO GRAU
Toda equação que pode ser reduzida à equação do
2 A tabela nos mostra alguns pontos do gráfico, que é
tipo: ax + bx + c = 0 onde a, b e c são números reais e
uma curva aberta denominada parábola. Basta marcar
a ≠ 0, é uma equação do 2º grau em x.
estes pontos e traçar a curva.
Exemplos: 2
x y = x - 4x + 3 ponto
São equações do 2º grau:
2
-1 y = ( -1 ) - 4 ( -1 ) + 3 = 8 (-1, 8)
2 2
x – 7x + 10 = 0 ( a = 1, b = –7, c = 10) 0 y =0 -4.0+3=3 ( 0, 3)
2 2
3x +5 x + 2 = 0 ( a = 3, b = 5, c = 2) 1 y =1 -4 .1+3=0 ( 1, 0)
2 2
x – 3x + 1 = 0 ( a = 1, b = –3, c = 1) 2 y = 2 - 4 . 2 + 3 = -1 ( 2,-1)
2 2
x – 2x = 0 ( a = 1, b = –2, c = 0) 3 y =3 -4. 3+3=0 ( 3, 0)
2 2
–x +3=0 ( a = –1, b = 0, c = 3) 4 y =4 -4. 4+3=3 ( 4, 3)
2 2
x =0 ( a = 1, b = 0, c = 0) 5 y =5 -4. 5+3=8 ( 5, 8)
2
2) Determine x real, tal que 3x – 2x + 6 = 0 Gráfico:
temos: a = 3, b = –2 e c = 6
2
∆ = (–2 ) – 4 . 3 . 6 = –68
VÉRTICE E CONCAVIDADE
O ponto V indicado nos gráficos seguintes é
denominado vértice da parábola. Em ( I ) temos uma Note que a abscissa do vértice é obtida pela semi-
parábola de concavidade voltada para cima (côncava soma dos zeros da função. No esboço ( a ) temos:
para cima), enquanto que em (II) temos uma parábola de x + x2 2 + 4 6
xv = 1 = = =3
concavidade voltada para baixo (côncava para baixo) 2 2 2
2
I) gráfico de f(x) = x – 4x + 3 No esboço (b) temos:
x + x 2 −1 + 3 2
xv = 1 = = =1
2 2 2
COORDENADA DO VÉRTICE
Lembre-se que, como a > 0, a parábola tem a Como a = 4 > 0, a parábola tem a concavidade voltada
concavidade voltada para cima. para cima.
Gráfico:
2
d) y = –3x + 2x – 1
Solução:
2
–3x + 2x – 1= 0
2
∆ = b – 4ac
2
∆ = ( 2 ) – 4( –3 ) ( –1 )
∆ = 4 – 12 = – 8
CONSTRUÇÃO DO GRÁFICO
Para construir uma parábola começamos fazendo uma
tabela de pontos da curva. O vértice é um ponto
importante e por isso é conveniente que ele esteja na
tabela.
Eis como procedemos: Vamos percorrer o eixo dos x da esquerda para a
−b direita.
a) determinemos xv, aplicando a fórmula xV =
2a Antes de chegar em x = 1, todos os pontos da
b) atribuímos a x o valor xv e mais alguns valores, parábola estão acima do eixo x, tendo ordenada y
menores e maiores que xv . positiva. Isto significa que para todos os valores de x
c) Calculamos os valores de y menores que 1 temos f ( x ) > 0.
d) marcamos os pontos no gráfico
e) traçamos a curva Para x = 1 temos f ( x ) = 0 (1 é uma das raízes de f )
Exemplo: Depois de x = 1 e antes de x = 3, os pontos da
2
Construir o gráfico de f(x) = x – 2x + 2 parábola estão abaixo do eixo x, tendo ordenada y
Solução: temos: a = 1, b = –2 e c = 2 negativa. Isto significa que para os valores de x
−b −( −2) compreendidos entre 1 e 3 temos f ( x ) < 0.
xv = = =1
2a 2 ⋅ 1
Fazemos a tabela dando a x os valores -1, 0, 2 e 3.
x y = x² – 2x + 2 ponto
2
-1 y = ( -1 ) – 2( -1) + 2 = 5 ( -1, 5)
2
0 y=0 –2. 0+2=2 ( 0, 2)
2
1 y= 1 –2. 1+2=1 ( 1, 1)
2
2 y=2 –2. 2+2=2 ( 2, 2) Para x = 3 temos f ( x ) = 0 (3 é raiz de f ).
2
3 y=3 –2. 3+2=5 ( 3, 5)
Matemática 66 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
x=0 ⇒ f(x)=0
Depois de x = 3, todos os pontos da parábola estão x>0 ⇒ f(x)<0
acima do eixo x, tendo ordenada y positiva. Isto significa
2
que para todos os valores de x maiores do que 3 temos 2) f ( x ) = 2x – 8x +8
f(x) > 0. Solução:
Raízes:
2 8 ± 64 − 4 ⋅ 2 ⋅ 8
2x – 8x + 8 = 0 ⇒ x=
4
8± 0
Este estudo de sinais pode ser sintetizado num = =2
esquema gráfico como o da figura abaixo, onde 4
representamos apenas o eixo x e a parábola.
A parábola tangência o eixo x no ponto de abscissa 2.
Esquema gráfico
Marcamos no esquema as raízes 1 e 3, e os sinais da
função em cada trecho. Estes são os sinais das ordena-
das y dos pontos da curva (deixamos o eixo y fora da
jogada mas devemos ter em mente que os pontos que
estão acima do eixo x têm ordenada y positiva e os que
estão abaixo do eixo x têm ordenada negativa). Conclusões:
x< 2 ⇒ f(x)>0
Fica claro que percorrendo o eixo x da esquerda para x= 2 ⇒ f(x)=0
a direita tiramos as seguintes conclusões: x> 2 ⇒ f(x)>0
x<1 ⇒ f(x)>0
x=1 ⇒ f(x)=0 2
3) f ( x ) = x + 7x +13
1<x<3 ⇒ f(x)<0 Solução:
x=3 ⇒ f(x)=0 Raízes:
x >3 ⇒ f(x)>0 − 7 ± 49 − 4 ⋅ 1 ⋅ 13 − 7 ± − 3
x= = ∉ lR
2 2
De maneira geral, para dar os sinais da função poli-
2
nomial do 2º grau f ( x ) = ax + bx + c cumprimos as se-
Esquema gráfico
guintes etapas:
a) calculamos as raízes reais de f (se existirem)
b) verificamos qual é a concavidade da parábola
c) esquematizamos o gráfico com o eixo x e a
parábola
d) escrevemos as conclusões tiradas do esquema
Esboço gráfico:
Conclusões:
x < –3 ⇒ f(x)<o Estudo do sinal:
x = –3 ⇒ f(x)=0 para x < 2 ou x > 4 ⇒ y>0
–3 < x < 0 ⇒ f(x)>0 para x = 2 ou x = 4 ⇒ y=0
Esboço do gráfico:
Portanto:
f(x)>0 para [ x Є R / x < 2 ou x > 3 ]
f(x)<0 para [ x Є R / 2 < x < 3 ]
2
04) Dada a função y = x – x – 6, determine os valores
de x para que se tenha y > 0.
Resposta : S = x ∈ lR | x < - 2 ou x > 3
{ }
2
05) Dada a função y = x – 8x + 12, determine os O gráfico de uma função impar é simétrico em relação
valores de x para que se tenha y < 0. a origem do sistema cartesiano.
Resposta : S = x ∈ lR | 2 < x < 6
{ } EXERCÍCIOS
01) Dizer se as funções seguintes são pares, ímpares
FUNÇÃO PAR ou nenhuma das duas.
FUNÇÃO ÍMPAR a) f(x) = x
2
b) f(x) = x
3
c) f(x) = x
FUNÇAO PAR
d) f(x) = | x |
Dizemos que uma função de D em A é uma função
e) f(x) = x +1
Respostas
a) f(-x) = -x = -f(x); é função ímpar
2 2
b) f(-x) = (-x) = x = f(x); é função par
3 3
c) f(-x) = (-x) = -x = -f ( x ); é função ímpar
d) f(-x) = | -x | = | x | = f ( x ); é função par
e) f(-x) = -x + 1
≠x+1=f(x)
≠ - ( x + 1)= - f ( x )
não é função par nem função ímpar
Como y = | x |, vem:
| x | = 3 ⇒ x = –3 ou x = 3
| x | = –1 não tem solução pois | x | ≥ 0
z =h( x )
⇒ h( x ) = g[h( x )]
z = g [f(x)]
EXERCICIOS
x3
01) Sendo f ( x ) = 2x e g (x ) = funções reais,
2
calcule g [ f ( –2) ].
g(x) x+2
V = { 1}
EQUAÇÕES EXPONENCIAIS
Exercícios:
20. Resolva a equação:
Vamos resolver equações exponenciais, isto é,
1
equações onde a variável pode aparecer no expoente. a) 3 x = 3 81 c) 27 2 + x =
81
São equações exponenciais: x 2 1
b) 10 = 0,001 d) 2 x +1 =
X X2 − X 2X X 2
1] 2 = 32 2] 5 = 25 3] 3 – 3 –6=0
21. Determine x em :
x -2 x-2 2x+1
Resolução: Para resolver uma equação a) 3 . 3 = 27 c) (0,001) =10
2 x
exponencial, devemos lembrar que: b) ( 7 ) = 343
x1 x2
a < a ⇔ x1 < x 2 a < a x 2 ⇔ x1 > x 2
x1
2x 3 3
3 = 3 ou 2x = 3 e x =
“conservamos” a “invertemos” a desigual- 2
desigualdade dade 3
Resposta: log927 =
2
1
FUNÇÃO LOGARÍTMICA e) log8
2
1 x 1
Definição: Solução: Se log8 = x, então 8 = .
3
Podemos dizer que em : 5 = 125 2 2
3 é o logaritmo de 125 na base 5. isso pode ser 3 1 –1
Como 8 = 2 e = 2 temos:
escrito da seguinte forma: log5 = 125 = 3 2
3 x –1
(2 ) =2
Veja outros casos: 3x –1 −1
5
2 = 32 ⇔ log232 = 5 2 =2 ou 3x = -1 e x =
4 3
3 = 81 ⇔ log381 = 4
0.3010 1 −1
10 = 2 ⇔ log10 2 = 0,3010 Resposta: log8 =
2 3
De um modo geral, dados dois números reais a e b, f) log100,1
x
positivos, com b ≠ 1, chama-se logaritmo de a na base Solução: log100,1= x, então 10 = 0,1
C
b, ao número c, tal que b = a. Ou seja: 1 –1
C
logb a = c ⇔ b = a Como 0,1 = = 10 , temos:
10
O número a recebe o nome de logaritimando e b é a x –1
10 = 10 ou x = -1
base.
Resposta: log100,1= -1
Alguns logaritmos são fáceis de serem encontrados.
Outros são achados nas tabelas. g) log2 3 2
x
Solução: Se log2 3 2 =x, então 2 = 3 2
Vamos, agora, achar alguns logaritmos fáceis. 1 1
3 3 x 3 1
1. Calcular: Como 2= 2 , temos: 2 = 2 ou x =
3
a) log416 1
Solução: Se log416 = x,
x
então 4 = 16. Resposta: log2 3 2 =
2 3
Como 16 = 4 , temos :
x 2 h) log125 3 25
4 =4
x
Comparando, vem que: x = 2 Solução: Se log125 3 25 =x, então 125 = 3 25
Resposta: log416 = 2 2
3 3 3 2
Como 125 = 5 e 25 = 5 = 53 , temos:
b) log25 5 3 x 3 2
x (5 ) = 5
Solução: Se log25 5 = x, então 25 =5 2
3x 2 2
2 2 x 5 = 53 ou 3x=
ex=
Como 25 = 5 , temos: (5 ) = 5 3 9
2x 1 2
5 =5 ou 2x = 1 ex= Resposta: log125 3 25 =
2 9
1
Resposta: log25 5 =
2 2. O logaritmo de 243 numa certa base é 5. Qual é
c) log3 1 a base?
x
Solução: Se log3 1 = x, então 3 = 1. Solução
5
0
Como 3 = 1, temos: Se logx243 = 5, então x = 243.
5 5
x 0
3 = 3 ou x = 0 Como 243 =3 x =3 ou x =3
Resposta: A base é 3.
Resposta: log3 1 = 0
3. Qual é o logaritmo de - 9 na base 3?
Obs.: De modo geral, para um número a qualquer
Exercícios Propostos
4. Aplicar as propriedades dos logaritmos para
desenvolver as expressões:
Gráfico 2 y = log 1 x
ab
a) log c a2b ( ) f) log c 2
d
x log 1 x
3 4 n
b) log c (a b ) ( )
g) log c ab 2
3 8 -3
a a 4 -2
c) log c h) log c
b2 3 b2 2 1
1 0
1 1
d) log c a i) log c
abc 2 -1
a 1
e) log c -2
b2d3 4
a2 e a7 são equidistantes dos extremos 1) Determinar o 20º termo (a20) da PA (2, 5, 8, ...)
a3 e a6 são equidistantes dos extremos Resolução:
a1 = 2 an = a1 + (n – 1) . r
E temos a seguinte propriedade para os termos r=5–2=8–5=3 a20 = 2 + (20 – 1) . 3
equidistantes: A soma de dois termos equidistantes dos
Matemática 78 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
n = 20 a20 = 2 + 19 . 3 a2 6
= = 3
a20 = ? a20 = 2 + 57 a1 2
a20 = 59 a3 18
= = 3
a2 6
2) Escrever a PA tal que a1 = 2 e r = 5, com sete
a4 54
termos. = = 3
Solução: a2 = a1 + r = 2 + 5= 7 a3 18
a3 = a2 + r = 7 + 5 = 12 a5 162
= = 3
a4 = a3 + r = 12 + 5 = 17 a4 54
a5 = a4 + r = 17 + 5 = 22
a6 = a5 + r = 22 + 5 = 27 Sequências onde o quociente entre dois termos
consecutivos é uma constante também possuem
a7 = a6 + r = 27 + 5 = 32
propriedades interessantes. São também úteis para a
Matemática recebem um nome próprio:
Logo, a PA solicitada no problema é: (2, 7, 12, 17, PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS.
22, 27, 32).
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS é toda sequência
3) Obter a razão da PA em que o primeiro termo é em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao
– 8 e o vigésimo é 30. produto do seu termo precedente por uma constante.
Solução: Esta constante é chamada razão da progressão
a20 = a1 + 19 r = ⇒ 30 = – 8 + 19r ⇒ geométrica.
⇒ 30 + 8 = 19r ⇒ 38 = 19r ⇒ r = 38 = 2
19 Em símbolos:
AN = A N - 1 . Q N = 1, 2, 3, . . .
4) Calcular r e a5 na PA (8, 13, 18, 23, ....) a 2 a3 a 4
Solução: ou seja: = = =. . .= q
a1 a2 a3
r = 23 – 18 = 13 – 8 = 5
Esquema:
Percurso Percurso
AB BC
4 . 5 = 20
6) Quantos números de 3 algarismos distintos po-
3) Quantos números de três algarismos podemos demos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6,
escrever com os algarismos ímpares? 7, 8 e 9?
Solução: Solução:
Os números devem ser formados com os algaris- Existem 9 possibilidades para o primeiro algarismo,
mos: 1, 3, 5, 7, 9. Existem 5 possibilidades para a esco- apenas 8 para o segundo e apenas 7 para o terceiro.
lha do algarismo das centenas, 5 possibilidades para o Assim, o número total de possibilidades é: 9 . 8 . 7 =
das dezenas e 5 para o das unidades. 504
5) Quantos números de 2 algarismos distintos po- 8) Quantos números entre 2000 e 5000 podemos
demos formar com os algarismos 1, 2, 3 e 4? formar com os algarismos pares, sem os
repetir?
Solução:
Observe que temos 4 possibilidades para o primeiro Solução:
algarismo e, para cada uma delas, 3 possibilidades Os candidatos a formar os números são : 0, 2, 4, 6 e
para o segundo, visto que não é permitida a repetição. 8. Como os números devem estar compreendidos entre
2000 e 5000, o primeiro algarismo só pode ser 2 ou 4.
Assim, o número total de possibilidades é: 4 . 3 =12
Assim, temos apenas duas possibilidades para o
primeiro algarismo e 4 para o segundo, três para o
Esquema:
terceiro e duas paia o quarto.
(n + 2) ! + (n + 1) !
8) Obtenha n, que verifique 8n! =
n +1
Introdução:
Consideremos os números de três algarismos
distintos formados com os algarismos 1, 2 e 3. Esses
números são : 123 132 213 231 312 321
e) Devemos permutar entre si 6 elementos, tendo
A quantidade desses números é dada por A3,3= 6. considerado as letras T, R, E como um único elemento:
Aplicações
1) Obter a quantidade de números de 4 algarismos
formados pelos algarismos 2 e 3 de maneira
Para cada agrupamento formado, as letras T, R, E que cada um apareça duas vezes na formação
podem ser dispostas de P3 maneiras. Assim, para P6 do número.
agrupamentos, temos
P6 . P3 anagramas. Então: Solução:
P6 . P3 = 6! . 3! = 720 . 6 = 4 320 anagramas 2233 2323 2332
os números são
f) A palavra ATREVIDO possui 4 vogais e 4 3322 3232 3223
consoantes. Assim:
A quantidade desses números pode ser obtida por:
4! 4 ⋅ 3 ⋅ 2!
P4(2,2 ) = = = 6 números
2! 2! 2! ⋅ 2 ⋅ 1
{
{
n=6 convém
Só temos 6 retas distintas ( AB, BC, CD,
AC, BD e AD) porque AB e BA, . . . , CD e DC represen- 4) Obter n, tal que Cn,2 = 28.
tam retas coincidentes. Solução:
Os agrupamentos {A, B}, {A, C} etc. constituem
n ( n -1 ) ( n - 2 ) !
= 28 ⇒
n!
= 56 ∴
subconjuntos do conjunto formado por A, B, C e D. 2 ! ( n - 2 )! (n − 2) !
Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se combi-
nação simples dos n elementos de /, tomados p a p, a n=8
2
qualquer subconjunto de p elementos do conjunto l. n – n – 56 = 0
n = -7 (não convém)
Diferem entre si apenas pelos elementos
componentes, e são chamados combinações simples 5) Numa circunferência marcam-se 8 pontos, 2 a 2
dos 4 elementos tomados 2 a 2. distintos. Obter o número de triângulos que po-
demos formar com vértice nos pontos indicados:
O número de combinações simples dos n elementos
n
tomados p a p é indicado por Cn,p ou .
p
Fórmula:
n!
C n ,p = , p≤n e { p, n } ⊂ lN Solução:
p! ( n - p )! Um triângulo fica identificado quando escolhemos 3
desses pontos, não importando a ordem. Assim, o nú-
Aplicações mero de triângulos é dado por:
1) calcular: 8! 8 ⋅ 7 ⋅ 6 . 5!
a) C7,1 b) C7,2 c) C7,3 d) C7,4 C 8,3 = = = 56
3!5 ! 3 ⋅ 2 . 5!
Solução:
6) Em uma reunião estão presentes 6 rapazes e 5
7! 7 ⋅ 6!
a) C7,1 = = =7 moças. Quantas comissões de 5 pessoas, 3 ra-
1! 6 ! 6! pazes e 2 moças, podem ser formadas?
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 !
b) C7,2 = = = 21
2! 5! 2 ⋅ 1 ⋅ 5 ! Solução:
Na escolha de elementos para formar uma
7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4!
comissão, não importa a ordem. Sendo assim :
7!
c) C7,3 = = = 35
3!4! 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 4 ! 6!
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4! • escolher 3 rapazes: C6,3 = = 20 modos
d) C7,4= = = 35 3!3!
4!3! 4! ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 5!
• escolher 2 moças: C5,2= = 10 modos
2! 3!
2) Quantos subconjuntos de 3 elementos tem um
conjunto de 5 elementos?
Como para cada uma das 20 triplas de rapazes te-
b) C10,3 – C6,3 – C4,3 = 96 triângulos onde 10) A diretoria de uma firma é constituída por 7 dire-
tores brasileiros e 4 japoneses. Quantas comis-
C6,3 é o total de combinações determinadas por três sões de 3 brasileiros e 3 japoneses podem ser
pontos alinhados em uma das retas, pois pontos formadas?
colineares não determinam triângulo.
C4,3 é o total de combinações determinadas por três 11) Uma urna contém 10 bolas brancas e 4 bolas
pontos alinhados da outra reta. pretas. De quantos modos é possível tirar 5 bo-
las, das quais duas sejam brancas e 3 sejam
pretas?
Arranjos simples
1) a) 8 c) 336
b) 56 d) 1680
Cinco são favoráveis á extração da bola vermelha.
2) a) 9 b) 89,6 Dizemos que a probabilidade da extração de uma bola
5 1
3) a) s = {3} b) S = {4} c) S = {5} vermelha é e a da bola branca, .
6 6
Fatorial
Se as bolas da urna fossem todas vermelhas, a ex-
1) e 2) e
tração de uma vermelha seria certa e de probabilidade
3) a) 132 b) 43 c) 35 d) 330
igual a 1. Consequentemente, a extração de uma bola
n+2 5M − 2 branca seria impossível e de probabilidade igual a zero.
4) a) n b) c) n + 2 d) 1 e)
n +1 M
5) n = 9 b) n = 5 c) n = 3 d) n = 6 Espaço amostral:
Dado um fenômeno aleatório, isto é, sujeito ás leis do
6) a acaso, chamamos espaço amostral ao conjunto de todos
os resultados possíveis de ocorrerem. Vamos indica-lo
7) a) S = {10} b) S = {3} pela letra E.
8) n = 5 EXEMPLOS:
Lançamento de um dado e observação da face
9) n = 17 voltada para cima:
E = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Permutações simples
1) a) 40 320 d) 720 2) 144 Lançamento de uma moeda e observação da face
b) 5 040 e) 4 320 3) 72 voltada para cima :
c) 120 f) 11 520 4) 288 E = {C, R}, onde C indica cara e R coroa.
5) 120
Lançamento de duas moedas diferentes e
Permutações simples com elementos repetidos observação das faces voltadas para cima:
1) d 2) c 3) a 4) d 5) b E = { (C, C), (C, R), (R, C), (R, R) }
Exercícios
1) Dois dados são lançados. O número de
elementos do evento "produto ímpar dos pontos
Se A ∩ B = φ , dizemos que os eventos A e B são mu- obtidos nas faces voltadas para cima" é:
a) 6 b) 9 c) 18 d) 27 e) 30
tuamente exclusivos, isto é, a ocorrência de um deles eli-
mina a possibilidade de ocorrência do outro. 2) Num grupo de 10 pessoas, seja o evento ''esco-
lher 3 pessoas sendo que uma determinada este-
ja sempre presente na comissão". Qual o número
de elementos desse evento?
a) 120 b) 90 c) 45 d) 36 e) 28
Solução: Aplicações
O evento pode ser tomado por pares ordenados com 4) No lançamento de duas moedas, qual a
soma 10, soma 11 ou soma 12. Indicando o evento pela probabilidade de obtermos cara em ambas?
letra S, temos:
S = { (4,6), (5, 5), (6, 4), (5, 6), (6, 5), (6, 6)} ⇒ Solução:
⇒ n(S) = 6 elementos Espaço amostral:
E = {(C, C), (C, R), (R, C), (R,R)} ⇒ n(E).= 4
4) Lançando-se um dado duas vezes, obter o nú-
mero de elementos do evento "número par no Evento A : A = {(C, C)} ⇒ n(A) =1
primeiro lançamento e soma dos pontos igual a n( A ) 1
7". Assim: P ( A ) = =
n(E ) 4
Solução:
2
P( A ) =
3
n ( A ∩ B)
P(B / A ) =
n (A)
Multiplicação de probabilidades:
A probabilidade da intersecção de dois eventos A e B
é igual ao produto da probabilidade de um deles pela
probabilidade do outro em relação ao primeiro. 2) Jogam-se um dado e uma moeda. Dê a
probabilidade de obtermos cara na moeda e o
Em símbolos: número 5 no dado.
Justificativa: Solução:
n ( A ∩ B) Evento A : A = {C} ⇒ n(A) = 1
n ( A ∩ B) n(E) Evento B : B = { 5 } ⇒ n ( B ) = 1
P(B / A ) = ⇒ P(B / A ) = ∴
n (A) n (A)
n(E) Sendo A e B eventos independentes, temos:
1 1
P ( A ∩ B) P(A ∩ B) = P(A) . P(B) ⇒ P(A ∩ B) = ⋅ ∴
∴ P(B / A ) = 2 6
P (A)
1
P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A) P(A ∩ B) =
12
Analogamente:
3) (Cesgranrio) Um juiz de futebol possui três cartões
P(A ∩ B) = P(B) . P(A/B) no bolso. Um é todo amarelo, outro é todo vermelho,
e o terceiro é vermelho de um lado e amarelo do
Eventos independentes: outro. Num determinado lance, o juiz retira, ao
Dois eventos A e B são independentes se, e somente acaso, um cartão do bolso e mostra a um jogador. A
se: P(A/B) = P(A) ou P(B/A) = P(B) probabilidade de a face que o juiz vê ser vermelha e
de a outra face, mostrada ao jogador, ser amarela é:
Da relação P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A), e se A e B
1 2 1 2 1
forem independentes, temos: a) b) c) d) e)
2 5 5 3 6
P(A ∩ B) = P(A) . P(B)
Solução:
Evento A : cartão com as duas cores
Aplicações: Evento B: face para o juiz vermelha e face para o
1) Escolhida uma carta de baralho de 52 cartas e jogador amarela, tendo saído o cartão de duas cores
sabendo-se que esta carta é de ouros, qual a
probabilidade de ser dama? Temos:
1 1
Solução: P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A), isto é, P(A ∩ B) = ⋅
3 2
Um baralho com 52 cartas tem 13 cartas de ouro, 13
de copas, 13 de paus e 13 de espadas, tendo uma dama 1
P(A ∩ B) = (alternativa e)
de cada naipe. 6
Respostas:
Observe que queremos a probabilidade de a carta
ser uma dama de ouros num novo espaço amostral mo- Espaço amostral e evento
dificado, que é o das cartas de ouros. Chamando de: 1) b 2) d 3) b 4) a
• evento A: cartas de ouros
• evento B: dama Probabilidade
• evento A ∩ B : dama de ouros 1) c 2) b
MATRIZES
Conceito
Portanto, para a matriz da Figura 02, de 2 linhas e 3 Matrizes nulas, quadradas, unitárias, diagonais e si-
colunas, métricas
a11 = 4 a12 = 0 a13 = 9 Uma matriz m×n é dita matriz nula se todos os elementos
são iguais a zero. Geralmente simbolizada por Om×n.
a21 = 1 a22 = 7 a23 = 3
Assim, Oij = 0
4 0 9
A 2x3 = 0 0 0
1 7 3 Exemplo: O 3x2 =
0 0 0
Rigorosamente, uma matriz Am×n é definida como
uma função cujo domínio é o conjunto de todos Matriz quadrada é a matriz cujo número de linhas é igual
os pares de números inteiros (i, j) tais que 1 ≤ i ≤ ao de colunas. Portanto, se Am×n é quadrada, m = n. Pode-
m e 1 ≤ j ≤ n. E os valores que a função pode as- se então dizer que A é uma matriz m×m ou n×n.
sumir são dados pelos elementos aij.
Matriz unitária In (ou matriz identidade) é uma matriz
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO quadrada n×n tal que
Essa operação só pode ser feita com matrizes de mesmo Iij = 1 se i = j e Iij = 0 se i ≠ j.
número de linhas e mesmo número de colunas.
Exemplo:
Sejam duas matrizes Am×n e Bm×n. Então a matriz R = A
± B é uma matriz m×n tal que cada elemento de R é dado
por:
1 0 0
I 3 = 0 1 0
rij = aij ± bij . 0 0 1
Exemplo:
Uma matriz quadrada An×n é dita matriz diagonal se
4 0 8 2 4 1 6 4 9 aij = 0 para i ≠ j
1 3 3 + 2 5 4 = 3 8 7
Exemplo:
MULTIPLICAÇÃO POR UM ESCALAR
- 3 0 0
= 0 5 0
NESSA OPERAÇÃO, TODOS OS ELEMENTOS DA MATRIZ
SÃO MULTIPLICADOS PELO ESCALAR. SE AM×N É UMA A 3x3
MATRIZ QUALQUER E C É UM ESCALAR QUALQUER, 0 0 8
P = c A é uma matriz m×n tal que
A matriz unitária é, portanto, uma matriz diagonal com os
pij = c aij elementos não nulos iguais a 1.
cij = ∑k=1,p aik bkj 4) Se Ip é a matriz unitária p×p conforme visto em página
anterior, então valem as relações:
1 2 Ip Ap×n = Ap×n
4 0 5 9 8 Bm×p Ip = Bm×p
A= B = 2 5 C = AB =
1 1 3 6 7 Potências de matrizes
1 0
Seja A uma matriz quadrada e n um inteiro n≥1. As rela-
No exemplo acima,os cálculos são: ções básicas de potências são:
0
c11 = 4.1 + 0.2 + 5.1 = 9 A =I
2 2 1 1 4 8
1 1 A = 1 2 BA = 2 3
T = AT + BT
B= (A + B)
(kA)
T = k AT
Seja A uma matriz quadrada. A matriz inversa de A, usu- Os elementos 12 e 13 tornaram-se nulos, mas é apenas
−1 uma coincidência. Em geral isso não ocorre logo na primeira
almente simbolizada por A , é uma matriz também quadrada
operação.
tal que
2ª linha = 2ª linha + 1ª linha multiplicada por −1.
A A
− 1 = A− 1 A = I
− 1)− 1 = A
(A Com as operações acima, os elementos 21 e 22 torna-
ram-se nulos, formando a primeira coluna da matriz unitária.
(AB)
− 1 = B − 1 A− 1
3ª linha = 3ª linha + 2ª linha multiplicada por −3.
(A )
T − 1 = (A− 1)T
1 0 0 1 -1 0
0 1 1 - 1 2 0
Matriz ortogonal é uma matriz quadrada cuja transpos-
ta é igual á sua inversa. Portanto,
0 0 - 1 1 - 4 1
A AT = AT A = I
Essa operação formou a segunda coluna da matriz identi-
dade.
Determinando a matriz inversa
3ª linha = 3ª linha multiplicada por −1.
Neste tópico são dados os passos para a determinação
da matriz inversa pelo método de Gauss-Jordan.
Multiplicação executada para fazer 1 no elemento 33 da
matriz esquerda.
Seja a matriz da abaixo, cuja inversa se deseja saber.
2 1 1 0 0 1 -1 0
0 1 1 - 1 2 0
1
1 1
1
2 0 0 1 - 1 4 - 1
3 2
2ª linha = 2ª linha + 3ª linha multiplicada por −1.
O primeiro passo é acrescentar uma matriz unitária no la-
do direito conforme abaixo:
Essa operação forma a terceira e última coluna da dese-
jada matriz identidade no lado esquerdo.
2 1 1 1 0 0
1 1 1 0 1 0 1 0 0 0
1 -1
2 3 2 0 1 0 0 - 2 1
0 0 1
0 0 1 - 1 4 - 1
O objetivo é somar ou subtrair linhas multiplicadas por es-
calares de forma a obter a matriz unitária no lado esquerdo.
Notar que esses escalares não são elementos da matriz. E a matriz inversa é a parte da direita.
Devem ser escolhidos de acordo com o resultado desejado.
1 - 1 0 a b
0 - 2 1 A= , o determinante de A é indicado por:
c d
- 1 4 - 1
a b a b
detA = det =
É claro que há outros métodos para a finalidade. Para ma- c d c d
trizes 2x2, uma fórmula rápida é dada na Figura 08A (det =
O cálculo de um determinante é efetuado através de regras
determinante.
específicas que estudaremos mais adiante. É importante
ressaltarmos alguns pontos:
a b
Se A= , Somente às matrizes quadradas é que associamos de-
c d terminantes.
x − 2y + z = 5 Exemplo
x − 4y + 6z = 10 M = [5] ⇒ detM = 5 ou | 5 |= 5
2 - 5 4 -3 a a
1 - 2 Dada a matriz M = 11 12 ,
1 5 a 21 a 22
1 - 4 6 10
de ordem 2, por definição o determinante associado a
Usando procedimento similar ao anterior, obtém-se a ma- M , determinante de 2ª ordem, é dado por:
triz unitária:
a11 a12
1 0 0 124 = a11 a 22 − a12 a 21
a21 a22
0 1 0 75
0 0 1 31 DETERMINANTE DE 3ª ORDEM
Assim, se
2ª passo:
Devemos encontrar a soma do produto dos elementos da Para um determinante de ordem 3, o processo de obten-
diagonal principal com os dois produtos obtidos pela multipli- ção do menor complementar é o mesmo utilizado anterior-
cação dos elementos das paralelas a essa diagonal: mente, por exemplo, sendo
de ordem 3, temos:
multiplicar e somar
3º passo:
i+ j
Ai j = (− 1) ⋅ MC i j
Exemplo
multiplicar e somar
de ordem 2, para determinar o menor complementar rela- O determinante de uma matriz quadrada
tivo ao elemento a11 (MC11 ) , eliminamos a linha 1 e a colu- [ ]mXn (m ≥ 2) pode ser obtido pela soma dos produtos
M = a ij
na 2: dos elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) da ma-
triz M pelos respectivos cofatores.
∑ i=1
m
em que é o somatório de todos os termos de ín-
Para A e B matrizes quadradas de mesma ordem n ,
dice i , variando de 1 até m , m ∈ N .
det ( AB ) = detA ⋅ detB . Como A ⋅ A −1 = I ,
Exemplo: det A -1 = 1/det A .
2 3 -4
D = -2 1 2 Fonte: http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
0 5 6
SISTEMAS LINEARES
Aplicando o Teorema de Laplace na coluna 1, temos:
Resolvendo sistemas
1+1
D = 2 (− 1)
1 2
+ (− 2 )(− 1) 2 +1 3 -4 3+1
+ 0(− 1)
3 -4 Introdução
5 6 5 6 1 2 Nas equações de 1º grau, cada equação tem uma
incógnita, em geral representada pela letra x.
D = 2 (+1)(−4) + (−2)(−1)38 + 0 = -8 + 76 = 68 Qualquer equação com duas incógnitas (x e y) não
pode ser resolvida porque, para cada valor de x, pode-
mos calcular um valor diferente para y. Por exemplo, na
Observação
equação 2x + y = 20, se fizermos x = 3 e x = 6 então
Se calcularmos o determinante utilizando a Regra de Sar-
teremos, respectivamente:
rus, obteremos o mesmo número real. 2 · 3 + y = 20 → y = 20 - 6 = 14
2 · 6 + y = 20 → y = 20 - 12 = 8
PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES e assim por diante. Vemos então que, para saber os
valores corretos de x e y precisamos de uma outra
Quando todos os elementos de uma fila (linha ou coluna) são informação a respeito das nossas incógnitas.
nulos, o determinante dessa matriz é nulo. Se conseguimos obter duas equações a respeito
das mesmas incógnitas, temos um sistema.
Se duas filas de uma matriz são iguais, então seu determi- Por exemplo:
nante é nulo. 2x + y = 20
Se duas filas paralelas de uma matriz são proporcionais, 3x - y = 10
então seu determinante é nulo. é um sistema de duas equações nas incógnitas x e
y. É possivel resolver esse sistema, ou seja, é possivel
Se os elementos de uma matriz são combinações lineares descobrir quais são os valores de x e y que satisfazem
dos elementos correspondentes de filas paralelas, então às duas equações simultaneamente.
seu determinante é nulo. Você pode verificar que x = 6 e y = 8 é a solução do
nosso sistema, substituindo esses valores nas duas
Teorema de Jacobi: o determinante de uma matriz não se equações, temos:
altera quando somamos aos elementos de uma fila, uma
combinação linear dos elementos correspondentes de fi- 2 · 6 + 8 = 20
las paralelas. 3 · 6 - 8 = 10
Vamos aprender a resolver sistemas de duas equa-
O determinante de uma matriz e o de sua transposta são ções com duas incógnitas.
iguais.
Mas, antes, vamos perceber que, para serem resol-
vidos, muitos problemas dependem dos sistemas.
Multiplicando-se por um número real todos os elementos de
Sistemas aparecem em problemas
uma fila em uma matriz, o determinante dessa matriz fica
multiplicado por esse número. Para que você perceba que os sistemas aparecem
em problemas simples, imagine a situação a seguir.
Quando trocamos as posições de duas filas paralelas, o de- Pedro e Paulo conversam despreocupadamente
terminante de uma matriz muda de sinal. quando chega José, um amigo comum, que está para
se aposentar. José fala sobre as idades das pessoas
Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da que se aposentam e percebe que os dois amigos ain-
diagonal principal são todos nulos, o determinante é igual dam estão longe da aposentadoria. Então, ele pergun-
ao produto dos elementos dessa diagonal. ta:
- Que idade vocês têm?
Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da Pedro, o mais velho, percebendo um pequeno erro
diagonal secundária são todos nulos, o determinante é na pergunta, responde:
- Nós temos 72 anos.
Matemática 100 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A conversa, então, segue assim: Para começar, devemos isolar uma das letra em
José - Como? Você está brincando comigo. Esse aí qualquer uma das equações.
não passa de um garoto e você certamente não chegou Observando o sistema, vemos que o mais fácil é
aos 50. isolar a incógnita y na segunda equação; assim:
Pedro - Da maneira que você perguntou, eu res- 4x - y =11
pondi. Nós, eu e Paulo, temos juntos 72 anos. - y =11 - 4x
José - Está bem, eu errei. Eu devia ter perguntado - y = -11 + 4x
que idades vocês têm. Mas, pela sua resposta, eu não Isso mostra que o valor de y é igual a 4x - 11. As-
consigo saber as idades de cada um. sim, podemos trocar um pelo outro, pois são iguais.
Pedro - É claro que não. Você tem duas coisas Vamos então substituir y por 4x - 11 na primeira equa-
desconhecidas e apenas uma informação sobre elas. É ção.
preciso que eu lhe diga mais alguma coisa e, aí sim, 3x + 2y = 22
você determina nossas idades. 3x + 2(4x - 11) = 22
José - Diga. Temos agora uma equação com uma só incógnita, e
Pedro - Vou lhe dizer o seguinte. A minha idade é o sabemos o que temos de
dobro da de Paulo. Agora, José, você tem duas coisas fazer para resolvê-la:
desconhecidas, mas tem também duas informações 3x + 2(4x - 11) = 22
sobre elas. Com a ajuda da matemática, você poderá 3x + 2 · 4x - 2 · 11 = 22
saber nossas idades. 3x + 8x = 22 + 22
Vamos pensar um pouco na situação apresentada. 11x = 44
José tem duas coisas a descobrir: a idade de Pedro e a 11x 44
idade de Paulo. Essas são suas incógnitas. =
11 11
Podemos então dar nomes a essas incógnitas: x =4
idade de Pedro = x Já temos o valor de x. Repare que logo no inicio da
idade de Paulo = y solução tínhamos concluido que y = - 11 + 4x. Então,
A primeira informação que temos é que os dois jun- para obter y, basta substituir x por 4.
tos possuem 72 anos. y = - 11 + 4x
Então, nossa primeira equação é: y = - 11 + 4 · 4
x + y = 72 y = - 11 + 16
A outra informação que temos é que a idade de Pe- y =5
dro é o dobro da idade de A solução do nosso sistema é, portanto, x = 4 e y =
Paulo. Com isso, podemos escrever a nossa 5.
segunda equação: Observações - Ao resolver um sistema, é sempre
x = 2y aconselhável conferir a resposta encontrada para ver
Essas duas equações formam o nosso sistema: se não erramos na solução. Os valores de x e de y
x + y = 72 encontrados estarão certos se eles transformarem as
x = 2y duas equações em igualdades verdadeiras.
Esse sistema, por simplicidade, pode ser resolvido 3x + 2y = 22
x = 4, y = 5
sem necessidade de nenhuma técnica especial. Se a 4x - 0y = 11
segunda equação nos diz que x é igual a 2y, então 3 · 4 + 2 · 5 = 22 → certo
substituiremos a letra x da primeira equação por 2y.
4 · 4 - 5 = 11 → certo
Veja.
Tudo confere. Os valores encontrados estão corre-
x+y = 72
tos.
2y+y = 72
Outra coisa que desejamos esclarecer é que isola-
3y = 72
mos a incógnita y na segunda equação porque isso nos
3y 72 pareceu mais simples.
=
3 3 No método da substituição, você pode isolar
y = 24 qualquer uma das duas incógnitas em qual-
Como x = 2y, então x = 2 · 24 = 48. Assim, conclui- quer das equações e, depois, substituir a
mos que Pedro tem 48 anos e que Paulo tem 24. expressão encontrada na outra equação.
Nem sempre os sistemas são tão simples assim. O método da adição
Nesta aula, vamos aprender dois métodos que você Para compreender o método da adição, vamos re-
pode usar na solução dos sistemas. cordar inicialmente o que significa somar duas igualda-
O método da substituição des membro a membro. Se temos:
O sistema do problema que vimos foi resolvido pelo A=B
método da substituição. e
Vamos nos deter um pouco mais no estudo desse C=D
método prestando atenção na técnica de resolução. podemos somar os dois lados esquerdos e os dois
Agora, vamos apresentar um sistema já pronto, sem lados direitos, para concluir:
a preocupação de saber de onde ele veio. Vamos, en-
tão, resolver o sistema:
A+C=B+D
Considere agora o seguinte problema.
3x + 2y = 22
“Encontrar 2 números, sabendo que sua soma é 27
4x - y = 11 e que sua diferença é 3.”
- x - y = - 105
x + 2y = 120 +
2y - y = 120 - 105
y = 15
Concluímos, então, que a estrada de terra tem
15 km.
Nesta aula você viu a força da álgebra na solução
de problemas. Entretanto, para adquirir segurança é
preciso praticar. Para cada um dos exercícios, procure
“matematizar” as situações descritas usando o método
algébrico. Escolha suas incógnitas e arme as equa-
Temos aqui um argumento, cuja conclusão é: "preciso de "De um ponto de vista imparcial, cada pessoa é um
um aumento da 'mesada'". E como justificas esta conclusão? fim em si. Mas se cada pessoa é um fim em si, a felicida-
Com a subida dos preços no bar da escola e com o facto de de de cada pessoa tem valor de um ponto de vista impar-
lanchares no bar. Então, estas são as premissas do teu ar- cial e não apenas do ponto de vista de cada pessoa. Da-
É claro que nem sempre as premissas e a conclusão são Uma proposição é uma entidade abstracta, é o pensa-
precedidas por indicadores. Por exemplo, no argumento: mento que uma frase declarativa exprime literalmente. Ora,
um mesmo pensamento pode ser expresso por diferentes
O Mourinho é treinador de futebol e ganha mais de 100000 frases. Por isso, a mesma proposição pode ser expressa por
euros por mês. Portanto, há treinadores de futebol que ga- diferentes frases. Por exemplo, as frases "O governo demitiu
nham mais de 100000 euros por mês. o presidente da TAP" e "O presidente da TAP foi demitido
pelo governo" exprimem a mesma proposição. As frases
A conclusão é precedida do indicador "Portanto", mas as seguintes também exprimem a mesma proposição: "A neve é
premissas não têm nenhum indicador. branca" e "Snow is white".
Ambiguidade e vagueza
Por outro lado, aqueles indicadores (palavras e expres-
sões) podem aparecer em frases sem que essas frases se- Para além de podermos ter a mesma proposição expres-
jam premissas ou conclusões de argumentos. Por exemplo, sa por diferentes frases, também pode acontecer que a
se eu disser: mesma frase exprima mais do que uma proposição. Neste
caso dizemos que a frase é ambígua. A frase "Em cada dez
Depois de se separar do dono, o cão nunca mais foi o minutos, um homem português pega numa mulher ao colo" é
mesmo. Então, um dia ele partiu e nunca mais foi visto. ambígua, porque exprime mais do que uma proposição: tanto
Admitindo que não morreu, onde estará? pode querer dizer que existe um homem português (sempre
o mesmo) que, em cada dez minutos, pega numa mulher ao
O que se segue à palavra "Então" não é conclusão de colo, como pode querer dizer que, em cada dez minutos, um
nenhum argumento, e o que segue a "Admitindo que" não é homem português (diferente) pega numa mulher ao colo (a
premissa, pois nem sequer tenho aqui um argumento. Por sua).
isso, embora seja útil, deves usar a informação do quadro de
indicadores de premissa e de conclusão criticamente e não Por vezes, deparamo-nos com frases que não sabemos
de forma automática. com exactidão o que significam. São as frases vagas. Uma
frase vaga é uma frase que dá origem a casos de fronteira
Proposições e frases indecidíveis. Por exemplo, "O professor de Filosofia é calvo"
Um argumento é um conjunto de proposições. Quer as é uma frase vaga, porque não sabemos a partir de quantos
premissas quer a conclusão de um argumento são proposi- cabelos é que podemos considerar que alguém é calvo.
ções. Mas o que é uma proposição? Quinhentos? Cem? Dez? Outro exemplo de frase vaga é o
seguinte: "Muitos alunos tiveram negativa no teste de Filoso-
fia". Muitos, mas quantos? Dez? Vinte? Em filosofia devemos
Uma proposição é o pensamento que uma frase evitar as frases vagas, pois, se não comunicarmos com exac-
declarativa exprime literalmente. tidão o nosso pensamento, como é que podemos esperar
que os outros nos compreendam?
Raciocínio Lógico 2 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Validade e verdade argumentos) e a validade é uma propriedade dos argumen-
tos (mas não das proposições).
A verdade é uma propriedade das proposições. A valida-
de é uma propriedade dos argumentos. É incorrecto falar em
proposições válidas. As proposições não são válidas nem Então, repara que podemos ter:
inválidas. As proposições só podem ser verdadeiras ou fal-
sas. Também é incorrecto dizer que os argumentos são ver- Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
dadeiros ou que são falsos. Os argumentos não são verda- são verdadeira;
deiros nem falsos. Os argumentos dizem-se válidos ou invá-
lidos. Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão
falsa;
Quando é que um argumento é válido? Por agora, referi-
rei apenas a validade dedutiva. Diz-se que um argumento Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão
dedutivo é válido quando é impossível que as suas premis- verdadeira;
sas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Repara que, para
um argumento ser válido, não basta que as premissas e a Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
conclusão sejam verdadeiras. É preciso que seja impossível clusão verdadeira;
que sendo as premissas verdadeiras, a conclusão seja falsa.
Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
Considera o seguinte argumento: clusão falsa;
Premissa 1: Alguns treinadores de futebol ganham mais Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
de 100000 euros por mês. falsa; e
Premissa 2: O Mourinho é um treinador de futebol.
Conclusão: Logo, o Mourinho ganha mais de 100000 Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
euros por mês. verdadeira.
Neste momento (Julho de 2004), em que o Mourinho é Mas não podemos ter:
treinador do Chelsea e os jornais nos informam que ganha
muito acima de 100000 euros por mês, este argumento tem Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
premissas verdadeiras e conclusão verdadeira e, contudo, são falsa.
não é válido. Não é válido, porque não é impossível que as
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Podemos
Como podes determinar se um argumento dedutivo é vá-
perfeitamente imaginar uma circunstância em que o Mouri-
lido? Podes seguir esta regra:
nho ganhasse menos de 100000 euros por mês (por exem-
plo, o Mourinho como treinador de um clube do campeonato
regional de futebol, a ganhar 1000 euros por mês), e, neste Mesmo que as premissas do argumento não sejam verda-
caso, a conclusão já seria falsa, apesar de as premissas deiras, imagina que são verdadeiras. Consegues imaginar
serem verdadeiras. Portanto, o argumento é inválido. alguma circunstância em que, considerando as premissas
verdadeiras, a conclusão é falsa? Se sim, então o argumento
não é válido. Se não, então o argumento é válido.
Considera, agora, o seguinte argumento, anteriormente
apresentado:
Lembra-te: num argumento válido, se as premissas forem
verdadeiras, a conclusão não pode ser falsa.
Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.
Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano. Argumentos sólidos e argumentos bons
Em filosofia não é suficiente termos argumentos válidos,
Este argumento é válido, pois é impossível que a
pois, como viste, podemos ter argumentos válidos com con-
premissa seja verdadeira e a conclusão falsa. Ao contrá-
clusão falsa (se pelo menos uma das premissas for falsa).
rio do argumento que envolve o Mourinho, neste não po-
Em filosofia pretendemos chegar a conclusões verdadeiras.
demos imaginar nenhuma circunstância em que a premis-
Por isso, precisamos de argumentos sólidos.
sa seja verdadeira e a conclusão falsa. Podes imaginar o
caso em que o João não é aluno do 11.º ano. Bem, isto
significa que a conclusão é falsa, mas a premissa também Um argumento sólido é um argumento válido
é falsa. com premissas verdadeiras.
Repara, agora, no seguinte argumento: Um argumento sólido não pode ter conclusão falsa, pois,
por definição, é válido e tem premissas verdadeiras; ora, a
validade exclui a possibilidade de se ter premissas verdadei-
Premissa 1: Todos os números primos são pares.
ras e conclusão falsa.
Premissa 2: Nove é um número primo.
Conclusão: Logo, nove é um número par.
O seguinte argumento é válido, mas não é sólido:
Este argumento é válido, apesar de quer as premissas
quer a conclusão serem falsas. Continua a aplicar-se a no- Todos os minhotos são alentejanos.
ção de validade dedutiva anteriormente apresentada: é im- Todos os bracarenses são minhotos.
possível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão Logo, todos os bracarenses são alenteja-
falsa. A validade de um argumento dedutivo depende da nos.
conexão lógica entre as premissas e a conclusão do argu-
mento e não do valor de verdade das proposições que cons- Este argumento não é sólido, porque a primeira premissa
tituem o argumento. Como vês, a validade é uma proprieda- é falsa (os minhotos não são alentejanos). E é porque tem
de diferente da verdade. A verdade é uma propriedade das uma premissa falsa que a conclusão é falsa, apesar de o
proposições que constituem os argumentos (mas não dos argumento ser válido.
Fica agora claro por que é que o argumento "Sócrates era As proposições simples ou atômicas são assim caracteri-
grego; logo, Sócrates era grego", apesar de sólido, não é um zadas por apresentarem apenas uma idéia. São indicadas
bom argumento: a razão que apresentamos a favor da con- pelas letras minúsculas: p, q, r, s, t...
clusão não é mais plausível do que a conclusão e, por isso, o
argumento não é persuasivo. As proposições compostas ou moleculares são assim ca-
racterizadas por apresentarem mais de uma proposição
Talvez recorras a argumentos deste tipo, isto é, argumen- conectadas pelos conectivos lógicos. São indicadas pelas
tos que não são bons (apesar de sólidos), mais vezes do que letras maiúsculas: P, Q, R, S, T...
imaginas. Com certeza, já viveste situações semelhantes a
esta: Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando
que a proposição composta Q é formada pelas proposições
— Pai, preciso de um aumento da "mesa- simples r, s e t.
da".
Exemplo:
— Porquê?
— Porque sim. Proposições simples:
p: O número 24 é múltiplo de 3.
q: Brasília é a capital do Brasil.
O que temos aqui? O seguinte argumento: r: 8 + 1 = 3 . 3
s: O número 7 é ímpar
Preciso de um aumento da "mesada". t: O número 17 é primo
Logo, preciso de um aumento da "mesa- Proposições compostas
da". P: O número 24 é divisível por 3 e 12 é o dobro de 24.
Q: A raiz quadrada de 16 é 4 e 24 é múltiplo de 3.
Afinal, querias justificar o aumento da "mesada" (conclu- R(s, t): O número 7 é ímpar e o número 17 é primo.
são) e não conseguiste dar nenhuma razão plausível para
esse aumento. Limitaste-te a dizer "Porque sim", ou seja, Noções de Lógica
"Preciso de um aumento da 'mesada', porque preciso de um Sérgio Biagi Gregório
aumento da 'mesada'". Como vês, trata-se de um argumento
muito mau, pois com um argumento deste tipo não conse- 1. CONCEITO DE LÓGICA
gues persuadir ninguém.
Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte
Mas não penses que só os argumentos em que a conclu- de aplicá-los à pesquisa e à demonstração da verdade.
são repete a premissa é que são maus. Um argumento é
mau (ou fraco) se as premissas não forem mais plausíveis do Diz-se que a lógica é uma ciência porque constitui um
que a conclusão. É o que acontece com o seguinte argumen- sistema de conhecimentos certos, baseados em princípios
to: universais. Formulando as leis ideais do bem pensar, a lógica
se apresenta como ciência normativa, uma vez que seu obje-
Se a vida não faz sentido, então Deus não to não é definir o que é, mas o que deve ser, isto é,
existe. as normas do pensamento correto.
Mas Deus existe.
Logo, a vida faz sentido. A lógica é também uma arte porque, ao mesmo tempo
que define os princípios universais do pensamento, estabele-
Este argumento é válido, mas não é um bom argumento, ce as regras práticas para o conhecimento da verdade (1).
porque as premissas não são menos discutíveis do que a
conclusão. 2. EXTENSÃO E COMPREENSÃO DOS CONCEITOS
Exemplo de sofisma intelectual: tomar por essencial o A lógica formal preocupa-se com a correção formal do
que é apenas acidental; tomar por causa um simples ante- pensamento. Para esse campo de estudos da lógica, o con-
cedente ou mera circunstância acidental (3). teúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relati-
va. A preocupação sempre será com a sua forma. A forma é
respeitada quando se preenchem as exigências de coerência
(3) logo, não é crime matar ET’s. b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é,
não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo
tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora,
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu-
não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se,
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à
embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são; c)
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes
Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o falso e o
permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda
verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verdadeiro. Ou
sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase
está chovendo ou não está, não é possível um terceiro ter-
inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis-
mo: está meio chovendo ou coisa parecida.
sas) deve levar a conclusões óbvias.
A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três
1.4. Termo e Conceito
princípios como suas pedras angulares, no entanto, mais
recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolve-
Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é ram sistemas lógicos sem o princípio do terceiro excluído,
fundamental que se respeite uma exigência básica: as pala- admitindo valor lógico não somente ao falso e ao verdadeiro,
vras empregadas na sua construção não podem sofrer modi- como também ao indeterminado.
ficações de significado. Observe-se o exemplo:
2. Argumentação e Tipos de Raciocínio
Os jaguares são quadrúpedes;
Conforme vimos, a argumentação é o modo como é ex-
Meu carro é um Jaguar posto um raciocínio, na tentativa de convencer alguém de
alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso
logo, meu carro é um quadrúpede. de diversos tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados
raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico, já, em outras
O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos
longo do raciocínio, por isso, não tem validade. sob o mesmo ponto de vista. É bastante comum que raciocí-
nios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o
Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamen- efeito desejado, explorando a incapacidade momentânea ou
tos aos outros, empregamos palavras tais como “animal”, persistente de quem está sendo persuadido de avaliar o valor
“lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de lógico do raciocínio empregado na argumentação.
vista da lógica, tais palavras são classificadas como termos,
que são palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo, Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa ser
o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um dotado de duas características fundamentais: ter premissas
conceito, que é o ato mental correspondente ao signo. aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apropria-
das. Dos raciocínios mais empregados na argumentação,
Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo merecem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos
“mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas-
quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado
nota característica comum a todos os elementos do conjunto, pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental. discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em-
Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por
como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio
cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica
aquela cuja trajetória existencial destaca-se pela bondade, formal.
virtude, afetividade e equilíbrio.
A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de
Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre- raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo
ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
manifestação de quem emite o juízo, o significado dos ter- abordagem da natureza e do alcance do conhecimento.
mos empregados no discurso.
Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade-
1.5. Princípios lógicos quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou
Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua como argumento contra a existência da alma o fato de esta
non para que a coerência do raciocínio, em absoluto, possa nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do cor-
ocorrer. Podem ser entendidos como princípios que se refe- po humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou
rem tanto à realidade das coisas (plano ontológico), quanto que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon-
ao pensamento (plano lógico), ou seja, se as coisas em geral trou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti-
devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequa-
deve respeitá-los. São eles: do para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de
ordem metafísica, não física.
No raciocínio analógico, comparam-se duas situações, ca- O esquema básico do raciocínio analógico é:
sos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões
adequadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a mo- A é N, L, Y, X;
tor é um meio de transporte que necessita de um condutor. B, tal como A, é N, L, Y, X;
Este, tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de A é, também, Z
bom senso e de boa técnica para desempenhar adequada- logo, B, tal como A, é também Z.
mente seu papel.
Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analó-
gico é precário, ele é muito importante na formulação de
Aplicação das regras acima a exemplos: hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas. Con-
tudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio ana-
a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re- lógico necessitam de uma avaliação posterior, mediante
levantes, não imaginários ou insignificantes.tc procedimentos indutivos ou dedutivos.
"a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, físico e
relevantes, não imaginários ou insignificantes." professor de ciência da computação da Universidade de
Michigan, lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo
Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao da computação, uma situação semelhante à que ocorre no
comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as da genética. Assim como na natureza espécies diferentes
roupas de sua filha. podem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento
genético - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na
Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per- informática, também o cruzamento de programas pode con-
fume francês e é um bom advogado; tribuir para montar um programa mais adequado para resol-
ver um determinado problema. “Se quisermos obter uma rosa
Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês; lo- mais bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies:
go, deve ser um bom advogado. uma com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland.
“Para resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos
um programa que dê conta de uma parte do problema e
b) O número de aspectos semelhantes entre uma situação
cruzamos com outro programa que solucione outra parte.
e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspectos
Entre as várias soluções possíveis, selecionam-se aquelas
semelhantes entre uma situação e outra deve ser significati-
que parecem mais adequadas. Esse processo se repete por
vo."
várias gerações - sempre selecionando o melhor programa -
até obter o descendente que mais se adapta à questão. É,
O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte: a. Indução por enumeração incompleta suficiente
B é A e é X;
C é A e também é X; Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos
D é A e também é X; como suficientes para serem tiradas determinadas conclu-
E é A e também é X; sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
logo, todos os A são X não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em
No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos particular, os que foram enumerados são representativos do
particulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral. todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”)
Aplicando o modelo:
A jararaca é uma cobra e não voa; b. Indução por enumeração completa
A caninana é uma cobra e também não voa;
A urutu é uma cobra e também não voa; Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio
A cascavel é uma cobra e também não voa; baseado na enumeração completa.
logo, as cobras não voam.
Contudo, Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela ocor-
re quando:
Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir,
caiu e quebrou o braço. Maria viu o mesmo gato e, alguns b.a. todos os casos são verificados e contabilizados;
minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo
gato e, ao sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo, b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.
ver um gato preto traz azar.
Exemplos correspondentes às duas formas de indução por
Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do va- enumeração completa:
lor lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução
forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e
caso particular discorde da generalização obtida das premis- em cada uma delas foi constatada uma característica própria
sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probali- desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve-
dade de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de
haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera cabeça é um dos sintomas da dengue.
coincidência, tratando-se de uma indução fraca. Além disso,
há casos em que b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças.
uma simples análise das premissas é suficiente para de-
tectar a sua fraqueza. Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, po-
dendo-se classificá-los como formas de indução forte, mes-
Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem ser mo que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa
aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros de científica.
um grupo ou de uma classe tendo como modelo o compor-
tamento de alguns de seus componentes: O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado nos
1. Adriana é mulher e dirige mal; moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso pela
Ana Maria é mulher e dirige mal;
Depois da série de protestos realizados pela população, 2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa, O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos es-
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval tudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as defici-
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de ências da analogia e da indução.
moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se
novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir
nação. do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral,
para se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a
- Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo, premissa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de
pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo raciocínio:
respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquan-
to alguns insinuavam a suaculpa, eu continuava seguro de Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. univer-
sua inocência. sal
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sen- Premissa menor: Pedro é homem.
do empregando o método indutivo porque o argumento prin-
cipal está sustentado pela observação de muitos casos ou Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular
fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a conclu-
são. No primeiro caso, a constatação de que diversas tentati-
No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral
vas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas con-
podem-se tirar conclusões de cunho particular.
duzem à conclusão da impossibilidade de sua superação,
enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com-
portamento do amigo infere-se sua inocência. Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na
qual, colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue
necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas”.
Analogia, indução e probabilidade
Uma vez posto que todos os homens são mamíferos e que
Pedro é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pe-
Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas dro é um mamífero. De certo modo, a conclusão já está pre-
chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso sente nas premissas, basta observar algumas regras e inferir
ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas a conclusão.
não são sinônimas de certezas.
2.3.1. Construção do Silogismo
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática, a
moral e a natural.
A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão)
consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin- partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma
do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras
de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o de- palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride
nominador representa os casos possíveis e o numerador o através da premissa menor e infere, necessariamente, uma
número de casos favoráveis. Por exemplo, no caso de um conclusão adequada.
sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de
50% e a de dar coroa também é de 50%.
Eis um exemplo de silogismo:
b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos
Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa Mai-
destituídos de caráter matemático. É o caso da possibilidade
or
de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação
alegre ou triste etc.
A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor
Exemplos: considerando seu comportamento pregresso, é
provável que Pedro não tenha cometido o crime, contudo... Logo, a concussão é punível Conclusão
Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o
receba bem, mas... O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da ló-
gica, as premissas são chamadas de proposições que, por
c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos natu- sua vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas
rais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas. ou juízos. O termo é uma palavra ou um conjunto de palavras
A previsão meteorológica é um exemplo particular de proba- que exprime um conceito. Os termos de um silogismo são
lidade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da impre- necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior
visibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns é aquele cuja extensão é maior (normalmente, é o predicado
eventos naturais. da conclusão); o termo médio é o que serve de intermediário
ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na
conclusão) e o termo menor é o de menor extensão (nor-
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia
malmente, é o sujeito da conclusão). No exemplo acima,
são passíveis de conclusões inexatas.
punível é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e
concussão é o menor.
Raciocínio Lógico 10 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2.3.1.1. As Regras do Silogismo Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser deseja-
dos.
Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral.
perfeitamente lógico. As quatro primeiras dizem respeito às Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado.
relações entre os termos e as demais dizem respeito às 7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A
relações entre as premissas. São elas: premissa mais fraca é sempre a de caráter negativo.
Exemplo de formulação incorreta:
2.3.1.1.1. Regras dos Termos Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior, Conclusão: Alguns animais não voam.
médio e menor. Exemplo de formulação incorreta:
Exemplo de formulação correta: Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos. Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Termo Médio: Mimi é um gato. Conclusão: Alguns animais voam.
Termo Menor: Mimi é um mamífero. 8) De duas premissas particulares nada se conclui.
Exemplo de formulação incorreta: Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede. Premissa Maior: Mimi é um gato.
Termo Médio: Maria é uma gata(2). Premissa Menor: Um gato foi covarde.
Termo Menor: Maria é quadrúpede. Conclusão: (?)
O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro http://www.guiadoconcursopublico.com.br/apostilas/24_12
termos ao invés de três. 0.pdf
2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais exten-
sos que os termos das premissas.
Exemplo de formulação correta: LÓGICA SENTENCIAL E DE PRIMEIRA ORDEM
Termo Maior: Todas as onças são ferozes.
Termo Médio: Nikita é uma onça. Elementos de Lógica sentencial
Termo Menor: Nikita é feroz. 1. A diferença entre a lógica sentencial e a lógica de pre-
Exemplo de formulação incorreta: dicados
Termo Maior: Antônio e José são poetas.
Termo Médio: Antônio e José são surfistas. A lógica divide-se em lógica sentencial e lógica de predi-
Termo Menor: Todos os surfistas são poetas. cados. A lógica sentencial estuda argumentos que não de-
“Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos os pendem da estrutura interna das sentenças. Por exemplo:
surfistas”.
(1)
3) O predicado do termo médio não pode entrar na con- Se Deus existe, então a felicidade eterna é possível.
clusão. Deus existe.
Exemplo de formulação correta: Logo, a felicidade eterna é possível.
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Médio: Pedro é homem. A validade do argumento (1) depende do modo pelo qual
Termo Menor: Pedro pode infringir a lei. as sentenças são conectadas, mas não depende da estrutura
Exemplo de formulação incorreta: interna das sentenças. A forma lógica de (1) deixa isso claro:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei. (1a)
Termo Médio: Pedro é homem. Se A, então B.
Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a A.
lei. Logo, B.
A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é i-
noportuna. Diferentemente, a lógica de predicados estuda argumen-
tos cuja validade depende da estrutura interna das senten-
4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez em ças. Por exemplo:
sua extensão universal. (2)
Exemplo de formulação correta: Todos os cariocas são brasileiros.
Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilida- Alguns cariocas são flamenguistas.
des. Logo, alguns brasileiros são flamenguistas.
Termo Médio: Pedro é homem. A forma lógica de (2) é a seguinte:
Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades. (2a)
Exemplo de formulação incorreta: Todo A é B.
Termo Maior: Alguns homens são sábios. Algum A é C.
Termo Médio: Ora os ignorantes são homens Logo, algum B é A.
Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios
O predicado “homens” do termo médio não é universal, A primeira premissa do argumento (2) diz que o conjunto
mas particular. dos indivíduos que são cariocas está contido no conjunto dos
brasileiros. A segunda, diz que ‘dentro’ do conjunto dos cari-
2.3.1.1.2. Regras das Premissas ocas, há alguns indivíduos que são flamenguistas. É fácil
5) De duas premissas negativas, nada se conclui. concluir então que existem alguns brasileiros que são fla-
Exemplo de formulação incorreta: menguistas, pois esses flamenguistas que são cariocas se-
Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero rão também brasileiros. Essa conclusão se segue das pre-
Premissa Menor: Lulu não é um gato. missas.
Conclusão: (?).
6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma conclu- Note, entretanto, que as sentenças ‘todos os cariocas são
são negativa. brasileiros’ e ‘alguns cariocas são flamenguistas’ têm uma
Exemplo de formulação incorreta: estrutura diferente da sentença ‘se Deus existe, a felicidade
É importante observar que a interpretação vero-funcional Assim como ocorre com a conjunção, sentenças A ou B e
da conjunção não expressa todos os usos da partícula e em B ou A são equivalentes. Isso vale tanto para o ou inclusivo
português. A sentença quanto para o exclusivo.
(15) Maria e Pedro tiveram um filho e casaram não é e-
quivalente a 7. A condicional
(16) Maria e Pedro casaram e tiveram um filho. Uma condicional é uma sentença da forma se A, então B.
A é denominado o antecedente e B o conseqüente da condi-
Em outras palavras, o e que ocorre em (15) e (16) não é cional.
uma função de verdade.
Em primeiro lugar, é importante deixar clara a diferença
6. A disjunção entre um argumento (23) A, logo B e uma condicional (24) se
Uma sentença do tipo A ou B é denominada uma disjun- A, então B.
ção. Há dois tipos de disjunção, a inclusiva e a exclusiva.
Ambas tomam dois valores de verdade como argumentos e Em (23) a verdade tanto de A quanto de B é afirmada.
produzem um valor de verdade como resultado. Começarei Note que o que vem depois do ‘logo’ é afirmado como verda-
pela disjunção inclusiva. Considere-se a sentença deiro e é a conclusão do argumento. Já em (24), nada se diz
(17) Ou João vai à praia ou João vai ao clube, que é for- acerca da verdade de A, nem de B. (24) diz apenas que se A
mada pela sentenças é verdadeira, B também será verdadeira. Note que apesar de
(18) João vai à praia uma condicional e um argumento serem coisas diferentes
e usamos uma terminologia similar para falar de ambos. Em
(19) João vai ao clube combinadas pelo operador ou. A (23) dizemos que A é o antecedente do argumento, e B é o
sentença (17) é verdadeira em três situações: conseqüente do argumento. Em (24), dizemos que A é o
(i) João vai à praia e também vai ao clube; antecedente da condicional, e B é o conseqüente da condi-
(ii) João vai à praia mas não vai ao clube e cional.
(iii) João não vai à praia mas vai ao clube.
Da mesma forma que analisamos o e e o ou como fun-
A tabela de verdade da disjunção inclusiva é a seguinte: ções de verdade, faremos o mesmo com a condicional. Ana-
A B A ou B lisada vero-funcionalmente, a condicional é denominada
VVV condicional material.
VFV
FVV Quando analisamos a conjunção, vimos que a interpreta-
FFF ção vero-funcional do operador sentencial e não corresponde
exatamente ao uso que dela fazemos na linguagem natural.
No sentido inclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver- Isso ocorre de modo até mais acentuado com o operador
dadeira quando uma das sentenças A e B é verdadeira ou se...então. Na linguagem natural, geralmente usamos
quando são ambas verdadeiras, isto é, a disjunção inclusiva se...então para expressar uma relação entre os conteúdos de
admite a possibilidade de A e B serem simultaneamente A e B, isto é, queremos dizer que A é uma causa ou uma
verdadeiras. explicação de B. Isso não ocorre na interpretação do
se...então como uma função de verdade. A tabela de verda-
No sentido exclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver- de da condicional material é a seguinte:
dadeira apenas em duas situações: A B se A, então B
(i) A é verdadeira e B é falsa; VVV
(ii) B é verdadeira e A e falsa. VFF
FVV
Não há, na disjunção exclusiva, a possibilidade de serem FFV
ambas as sentenças verdadeiras. A tabela de verdade da
disjunção exclusiva é Uma condicional material é falsa apenas em um caso:
A B A ou B quando o antecedente é verdadeiro e o conseqüente falso.
VVF
VFV A terceira e a quarta linhas da tabela de verdade da con-
FVV dicional material costumam causar problemas para estudan-
FFF tes iniciantes de lógica. Parece estranho que uma condicio-
nal seja verdadeira sempre que o antecedente é falso, mas
Um exemplo de disjunção exnclusiva é veremos que isso é menos estranho do que parece.
(20) Ou o PMDB ou o PP receberá o ministério da saúde,
que é formada a partir das sentenças: Suponha que você não conhece Victor, mas sabe que
Em (30), o ponto é que Lula fará um bom governo porque 9a. Negação da disjunção
Exemplo 1: João anda de bicicleta. Se uma proposição é verdadeira, quando usamos a ne-
gação vira falsa.
Exemplo 2: Maria não gosta de banana.
Se uma proposição é falsa, quando usamos a negação vi-
Tanto o exemplo 1 quanto o 2 caracterizam uma afirma- ra verdadeira.
ção/proposição.
Regrinha para o conectivo de negação (~):
A base das estruturas lógicas é saber o que é verda-
de ou mentira (verdadeiro/falso).
P Q PΛQ F V F
V V V F F V
V F F
Fonte: http://www.concursospublicosonline.com/
F V F
F F F
TABELA VERDADE
V F
Ex5.: P ↔ Q. (O Pão é barato se e somente se o Queijo
não é bom.) ↔ = “se e somente se” F V
Regrinha para o conectivo bicondicional (↔): A negação da proposição "A" é a proposição "~A", de
maneira que se "A" é verdade então "~A" é falsa, e vice-
versa.
No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam a-
conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se quilo que querem, de acordo com as circunstâncias da vida e
costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria as decisões pessoais (subjetividade), um argumento conse-
dos casos, processa formalmente informações nele previa- guirá atingir mais facilmente a meta da persuasão caso as
mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o idéias propostas se assentem em boas razões, capazes de
valor empírico de tais informações. mexer com as convicções daquele a quem se tenta conven-
cer. Muitas vezes, julga-se que estão sendo usadas como
Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das bom argumento opiniões que, na verdade, não passam de
operações do pensamento à realidade, de acordo com a preconceitos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de
natureza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso, outras formas de desconhecimento. Mesmo assim, a habili-
interessa que o raciocínio não só seja formalmente correto, dade no argumentar, associada à desatenção ou à ignorân-
mas que também respeite a matéria, ou seja, que o seu con- cia de quem ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persua-
teúdo corresponda à natureza do objeto a que se refere. são.
Neste caso, trata-se da correspondência entre pensamento e
realidade. Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa
ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou
Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou
de dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade mate- forte etc.
rial. A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à
forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria-
forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o mente, manter-se num plano distante da existência humana,
conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri- desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se
meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo, argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo-
tem-se a verdade. ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos
estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En-
Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o
à produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten-
à consecução da verdade, seja ela formal ou material. Rela- tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização
cionando a lógica com a prática, pode-se dizer que é impor- do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático.
tante que se obtenha não somente uma verdade formal, mas,
também, uma verdade que corresponda à experiência. Que 1.3. Inferência Lógica
seja, portanto, materialmente válida. A conexão entre os
princípios formais da lógica e o conteúdo de seus raciocínios
Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um
pode ser denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma
raciocínio válido, visando à verdade.
lógica aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana.
Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade
1.2. Raciocínio e Argumentação
quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo,
emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos
Três são as principais operações do intelecto humano: a de frases: as assertivas e as não assertivas, que também
simples apreensão, os juízos e o raciocínio. podem ser chamadas de proposições ou juízos.
A simples apreensão consiste na captação direta (atra- Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exem-
vés dos sentidos, da intuição racional, da imaginação etc) de plos: “a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já,
uma realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito nas frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o
(p. ex., de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que, verdadeiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o
por sua vez, recebe uma denominação (as palavras ou ter- caso das interrogações ou das frases que expressam esta-
mos, p. ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”). dos emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente
ou ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa
O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas nem verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo).
ou separadas dando origem à emissão de um “julgamento”
(falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposi- As frases declaratórias ou assertivas podem ser combi-
ções orais ou escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre nadas de modo a levarem a conclusões conseqüentes, cons-
a mesa da sala” tituindo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo:
O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos (1) Não há crime sem uma lei que o defina;
juízos ou proposições, ordenando adequadamente os conte-
údos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas
Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo Dos raciocínios mais empregados na argumentação, me-
“mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às recem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos
quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas-
nota característica comum a todos os elementos do conjunto, tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado
de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental. pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em-
como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por
cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio
aquela cuja trajetóriaexistencial destaca-se pela bondade, autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica
virtude, afetividade e equilíbrio. formal.
Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre- A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de
ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo
manifestação de quem emite o juízo, o significado dos ter- como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
mos empregados no discurso. abordagem da natureza e do alcance do conhecimento.
Ainda que alguns autores considerem a analogia como 1. Adriana é mulher e dirige mal;
uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma
base mais ampla de sustentação. A indução consiste em Ana Maria é mulher e dirige mal;
partir de uma série de casos particulares e chegar a uma
conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibi- Mônica é mulher e dirige mal;
lidade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos
e, na maioria dos casos, também da verificação experimen- Carla é mulher e dirige mal;
tal. Como dificilmente são investigados todos os casos pos-
síveis, acaba-se aplicando o princípio das probabilidades.
logo, todas as mulheres dirigem mal.
Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo depen-
2. Antônio Carlos é político e é corrupto;
dem das probabilidades sugeridas pelo número de casos
observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enu-
meração de casos deve ser realizada com rigor e a conexão Fernando é político e é corrupto;
entre estes deve ser feita com critérios rigorosos para que
sejam indicadores da validade das generalizações contidas Paulo é político e é corrupto;
nas conclusões.
Estevão é político e é corrupto;
O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte:
logo, todos os políticos são corruptos.
B é A e é X;
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é
C é A e também é X; tarefa simples, havendo muitos exemplos na história do co-
nhecimento indicadores dos riscos das conclusões por indu-
D é A e também é X; ção. Basta que um caso contrarie os exemplos até então
colhidos para que caia por terra uma “verdade” por ela sus-
tentada. Um exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da
E é A e também é X;
descoberta da Austrália, onde foram encontrados cisnes
pretos, acreditava-se que todos os cisnes fossem brancos
logo, todos os A são X porque todos os até então observados eram brancos. Ao ser
visto o primeiro cisne preto, uma certeza de séculos caiu por
No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos terra.
particulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral.
2.2.1. Procedimentos indutivos
Aplicando o modelo:
Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio
A jararaca é uma cobra e não voa; indutivo, este é um dos recursos mais empregados pelas
ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimen-
A caninana é uma cobra e também não voa; tos principais de desenvolvimento e aplicação desse tipo de
raciocínio: o da indução por enumeração incompleta suficien-
A urutu é uma cobra e também não voa; te e o da indução por enumeração completa.
A cascavel é uma cobra e também não voa; a. Indução por enumeração incompleta suficiente
logo, as cobras não voam. Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos
como suficientes para serem tiradas determinadas conclu-
Contudo, sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em
particular, os que foram enumerados são representativos do
Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir,
todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”)
caiu e quebrou o braço. Maria viu o mesmo gato e, alguns
minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo
gato e, ao sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo, b. Indução por enumeração completa
ver um gato preto traz azar.
Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio
Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do va- baseado na enumeração completa.
lor lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução
forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela o-
caso particular discorde da generalização obtida das premis- corre quando:
sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probali-
dade de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece b.a. todos os casos são verificados e contabilizados;
haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera
b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e Exemplos: considerando seu comportamento pregresso,
em cada uma delas foi constatada uma característica própria é provável que Pedro não tenha cometido o crime, contudo...
desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve- Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o
se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de receba bem, mas...
cabeça é um dos sintomas da dengue.
c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos na-
b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de turais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas.
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças. A previsão meteorológica é um exemplo particular de proba-
lidade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da impre-
Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, po- visibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns
dendo-se classificá-los como formas de indução forte, mes- eventos naturais.
mo que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa
científica. Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia
são passíveis de conclusões inexatas.
O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado
nos moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as su-
pela maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou as conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade
ordenada. Observem-se os exemplos: humana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas,
contudo, também revelam as limitações humanas no que diz
- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar respeito à construção do conhecimento.
a corrupção do cenário político brasileiro.
2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular
Depois da série de protestos realizados pela população,
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa- O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa, estudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval deficiências da analogia e da indução.
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer, No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se
apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir
novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral,
nação. para se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a
premissa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de
- Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo, raciocínio:
pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquan- Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. uni-
to alguns insinuavam a sua culpa, eu continuava seguro de versal
sua inocência.
Premissa menor: Pedro é homem.
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está
sendo empregando o método indutivo porque o argumento Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular
principal está sustentado pela observação de muitos casos
ou fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a con- No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral
clusão. No primeiro caso, a constatação de que diversas podem-se tirar conclusões de cunho particular.
tentativas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas
conduzem à conclusão da impossibilidade de sua superação,
Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na
enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com-
qual, colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue
portamento do amigo infere-se sua inocência.
necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas”.
Uma vez posto que todos os homens são mamíferos e que
Analogia, indução e probabilidade Pedro é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pe-
dro é um mamífero. De certo modo, a conclusão já está pre-
Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas sente nas premissas, basta observar algumas regras e inferir
chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso a conclusão.
ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas
não são sinônimas de certezas. 2.3.1. Construção do Silogismo
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática, A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão)
a moral e a natural. consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de
partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin- conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras
do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride
de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o de- através da premissa menor e infere, necessariamente, uma
nominador representa os casos possíveis e o numerador o conclusão adequada.
número de casos favoráveis. Por exemplo, no caso de um
sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de Eis um exemplo de silogismo:
50% e a de dar coroa também é de 50%.
Começaremos marcando quantos elementos tem a intersec- Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo
ção e depois completaremos os outros espaços. que indicará o conjunto universo da pesquisa.
EXERCÍCIOS DE CONCURSOS
Diagramas Lógicos
RESPOSTAS
1.B 11.C
2.C 12.E
3.D 13.A
4.E 14.C
5.B 15.C (certo)
6.A 16.C,E,C,C,E
7.B 17.E,C,E,C
8.E
9.E
10.D
A região sombreada corresponde à seguinte operação:
a) A ∪ B ∪ C
b) (A ∪ B) ∩ C
c) A ∩ B∩ C PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM
d) (A ∩ B) ∪ C
Por meio do princípio fundamental da contagem,
QUESTÕES CERTO / ERRADO (CESPE / UNB) podemos determinar quantas vezes, de modo diferente, um
acontecimento pode ocorrer.
15. (UNB) Numa entrevista realizada pelo Departamento de
Ciências Econômicas da UCG com 50 pessoas, da classe Se um evento (ou fato) ocorre em n etapas consecutivas
média de Goiânia, acerca de suas preferências por aplica- e independentes, de maneira que o número de
ções de seus excedentes financeiros, obteve-se o seguinte possibilidades:
resultado: 21 pessoas disseram que aplicam em fundos de Na 1a etapa é k1,
renda fixa; 34 em cadernetas de poupança e 50 não aplicam Na 2a etapa é k2,
em nenhuma dasmodalidades. Deste modo, 10 pessoas Na 33 etapa é k3,
aplicam nas duas modalidades (obs.: uma mesma pessoa ..........................
pode aplicar em mais de uma modalidade).
Na enésima etapa é kn, então o número total de
16. (MPU_99UNB) Em exames de sangue realizados em 500 possibilidades de ocorrer o referido evento é o produto k1,
moradores de uma região com péssimas condições sanitá- k2, k3 ... kn.
rias foi constatada a presença de três tipos de vírus: A, B, C .
O resultado dos exames revelou que o vírus A estava pre- O princípio fundamental da contagem nos diz que sempre
sente em 210 moradores; o vírus B, em 230; os vírus A e B, devemos multiplicar os números de opções entre as escolhas
em 80; os vírus A e C, em 90; e os vírus B e C, em 70. Além que podemos fazer. Por exemplo, para montar um computa-
disso, em 5 moradores não foi detectado nenhum dos três dor, temos 3 diferentes tipos de monitores, 4 tipos de tecla-
vírus e o numero de moradores infectados pelo vírus C era dos, 2 tipos de impressora e 3 tipos de "CPU". Para saber o
igual ao dobro dos infectados apenas pelo vírus B. numero de diferentes possibilidades de computadores que
Com base nessa situação, julgues os itens abaixo: podem ser montados com essas peças, somente multiplica-
I. O número de pessoas contaminadas pelo três vírus simul- mos as opções:
taneamente representa 9% do total de 3 x 4 x 2 x 3 = 72
pessoas examinadas.
II. O número de moradores que apresentam o vírus C é igual Então, têm-se 72 possibilidades de configurações diferen-
a 230. tes.
III. 345 moradores apresentam somente um dos vírus.
IV. Mais de 140 moradores apresentaram pelo menos, dois Um problema que ocorre é quando aparece a palavra
vírus. "ou", como na questão:
Quantos pratos diferentes podem ser solicitados por um
Primeiro, temos de saber que existem 26 letras. Segundo, Sem fixar o zero, temos:
para que o numero formado seja par, teremos de limitar o 3º algarismo: 4 possibilidades (2,4,6,8)
ultimo algarismo à um numero par. Depois, basta multiplicar. 1º algarismo: 8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9),
26 x 26 x 26 = 17.567 -> parte das letras excluindo a escolha feita para o último algarismo;
10 x 10 x 10 x 5 = 5.000 -> parte dos algarismos, note 2º algarismo: 8 possibilidades (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9) ,
que na última casa temos apenas 5 possibilidades, pois que- porém excluindo as escolhas feitas para o primeiro e
remos um número par (0, 2 , 4 , 6 , 8). último algarismos.
Agora é só multiplicar as partes: 17.567 x 5.000 = Portanto, temos 8 x 8 x 4 = 256 maneiras de escrever um
87.835.000 número de três algarismos distintos sem zero no último
algarismo.
Resposta para a questão: existem 87.835.000 placas on-
de a parte dos algarismos formem um número par. Ao todo, temos 72 + 256 = 328 formas de escrever o
número.
PRINCÍPIO DA ADIÇÃO
Suponhamos um procedimento executado em k fases. A TEORIA DOS CONJUNTOS
fase 1 tem n1 maneiras de ser executada, a fase 2 possui n2
maneiras de ser executada e a fase k tem nk modos de ser
executada. As fases são excludentes entre si, ou seja, não é CONJUNTO
possível que duas ou mais das fases sejam realizadas em
conjunto. Logo, todo o procedimento tem n1 + n2 + ... + nk
Em matemática, um conjunto é uma coleção de
maneiras de ser realizado.
elementos. Não interessa a ordem e quantas vezes os
elementos estão listados na coleção. Em contraste, uma
Exemplo
coleção de elementos na qual a multiplicidade, mas não a
Deseja-se fazer uma viagem para a cidade A ou para a
ordem, é relevante, é chamada multiconjunto.
cidade B. Existem 5 caminhos possíveis para a cidade A e 3
possíveis caminhos para a cidade B. Logo, para esta viagem,
existem no total 5 + 3 = 8 caminhos possíveis. Conjuntos são um dos conceitos básicos da matemática.
Um conjunto é apenas uma coleção de entidades, chamadas
PRINCÍPIO DA MULTIPLICAÇÃO de elementos. A notação padrão lista os elementos
Suponhamos um procedimento executado em k fases, separados por vírgulas entre chaves (o uso de "parênteses"
concomitantes entre si. A fase 1 tem n1 maneiras de ser ou "colchetes" é incomum) como os seguintes exemplos:
executada, a fase 2 possui n2 maneiras de ser executada e a
fase k tem nk modos de ser executada. A fase 1 poderá ser {1, 2, 3}
seguida da fase 2 até a fase k, uma vez que são
concomitantes. Logo, há n1 . n2 . ... . nk maneiras de {1, 2, 2, 1, 3, 2}
executar o procedimento.
{x : x é um número inteiro tal que 0<x<4}
Exemplo
Supondo uma viagem para a cidade C, mas para chegar Os três exemplos acima são maneiras diferentes de
até lá você deve passar pelas cidades A e B. Da sua cidade representar o mesmo conjunto.
até a cidade A existem 2 caminhos possíveis; da cidade A
até a B existem 4 caminhos disponíveis e da cidade B até a É possível descrever o mesmo conjunto de diferentes
C há 3 rotas possíveis. Portanto, há 2 x 4 x 3 = 24 diferentes maneiras: listando os seus elementos (ideal para conjuntos
caminhos possíveis de ida da sua cidade até a cidade C. pequenos e finitos) ou definindo uma propriedade de seus
elementos. Dizemos que dois conjuntos são iguais se e
Os princípios enunciados acima são bastante intuitivos. somente se cada elemento de um é também elemento do
Contudo, apresentaremos ainda alguns exemplos um pouco outro, não importando a quantidade e nem a ordem das
mais complexos de aplicação. ocorrências dos elementos.
Raciocínio Lógico 29 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Conceitos essenciais podemos representa-lo, por enumeração, indicando os
primeiros e os últimos elementos, intercalados por
Conjunto: representa uma coleção de objetos, reticências. Assim: C = ( 2; 4; 6;... ; 98 ) indica o conjunto
geralmente representado por letras maiúsculas; dos números pares positivos, menores do que100.
d) Ainda usando reticências, podemos representar, por
Elemento: qualquer um dos componentes de um enumeração, conjuntos com infinitas elementos que tenham
conjunto, geralmente representado por letras minúsculas; uma lei de formação bem clara, como os seguintes:
Observações:
Exemplos
.Resolução
a) {a;b;c} U {d;e}= {a;b;c;d;e}
b) {a;b;c} U {b;c;d}={a;b;c;d}
c) {a;b;c} U {a;c}={a;b;c}
2 Intersecção de conjuntos
Exemplos
a) {a;b;c} ∩ {d;e} = ∅
3. No diagrama seguinte temos:
b) {a;b;c} ∩ {b;c,d} = {b;c}
n(A) = 20
c) {a;b;c} ∩ {a;c} = {a;c}
n(B) = 30
n(A ∩ B) = 5
Quando a intersecção de dois conjuntos é vazia, como no
exemplo a, dizemos que os conjuntos são disjuntos.
Determine n(A ∪ B).
Resolução
Exercícios resolvidos
1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t ),
determinar os seguintes conjuntos:
a) A ∪ B f) B ∩ C
b) A ∩ B g) A ∪ B ∪ C
c) A ∪ C h) A ∩ B ∩ C
d) A ∩ C i) (A ∩ B) U (A ∩ C) Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30 elementos
e) B ∪ C de B, estaremos considerando os 5 elementos de A n B duas
vezes; o que, evidentemente, é incorreto; e, para corrigir este
Resolução erro, devemos subtrair uma vez os 5 elementos de A n B;
a) A ∪ B = {x; y; z; w; v } teremos então:
b) A ∩ B = {x }
c) A ∪ C = {x; y;z; u; t } n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) ou seja:
d) A ∩ C = {y }
e) B ∪ C={x;w;v;y;u;t} n(A ∪ B) = 20 + 30 – 5 e então:
f) B ∩ C= ∅
g) A ∪ B ∪ C= {x;y;z;w;v;u;t} n(A ∪ B) = 45.
h) A ∩ B ∩ C= ∅
4 Conjunto complementar
i) (A ∩ B) ∪ u (A ∩ C)={x} ∪ {y}={x;y}
Solução:
Ouvimos falar desse assunto em situações como: a pro- No lançamento de um dado, qual a probabilidade de o re-
babilidade de ser sorteado, de acertar numa aposta, de um sultado ser um número par?
candidato vencer uma eleição, de acertar o resultado de um
jogo etc. Portanto, usamos probabilidades em situações em Solução:
que dois ou mais resultados diferentes podem ocorrer e não
é possível saber, prever, qual deles realmente vai ocorrer em Para que o resultado seja par devemos conseguir:
cada situação.
Por meio dos exemplos desta aula, você aprenderá o cál- Assim, temos 3 resultados favoráveis (2, 4 ou 6) em um
culo de probabilidades. total de 6 resultados possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6).
Já sabemos que a probabilidade de escolher os mais ca- b) um grupo onde haja pelo menos uma mulher.
ros será:
Solução:
nº de cardápios mais
p(mais caro) caros
= nº de cardápios possí- 6
a) p (não mulher) = = 0,05 = 5%
veis 126
Se temos 6 opções econômicas num total de 24, temos
24 - 6 = 18 opções mais caras. Como o número de cardápios 120
b) p (pelo menos 1 mulher) = = 0,95 = 95%
possíveis é 24, então: 126
b) Como qualquer dos algarismos 1, 3 e 5 colocados no Na Aula 48 vimos que na SENA existem 11.441.304.000
final do número formado gera um número ímpar, não forma- maneiras de escolher 6 números de 01 a 50. Se você apostar
remos nenhum número par. em 6 números, qual a probabilidade de sua aposta ser a
sorteada?
Assim, como a quantidade de casos favoráveis é zero,
temos: Exercício 5
Os primeiros estudos envolvendo probabilidades foram Suponha que sejam iguais as chances de qualquer uma
motivados pela análise de jogos de azar. Sabe-se que um das placas novas para automóveis (3 letras e 4 números) ser
dos primeiros matemáticos que se ocupou com o cálculo das escolhida para o seu automóvel.
probabilidades foi Cardano (1501-1576). Data dessa época a
expressão que utilizamos até hoje para o cálculo da probabi- Qual a probabilidade de você receber uma placa com as
lidade de um evento (número de casos favoráveis dividido iniciais de seu nome em qualquer ordem?
pelo número de casos possíveis).
Respostas:
Com Fermat (1601-1665) e Pascal (1623-1662), a teoria
das probabilidades começou a evoluir e ganhar mais consis-
4 1
tência, passando a ser utilizada em outros aspectos da vida 1. a) = = 7,69%
social, como, por exemplo, auxiliando na descoberta da vaci- 52 13
na contra a varíola no século XVIII.
12 2
Atualmente, a teoria das probabilidades é muito utilizada b) = = 23%
em outros ramos da Matemática (como o Cálculo e a Estatís-
52 3
tica), da Biologia (especialmente nos estudos da Genética),
da Física (como na Física Nuclear), da Economia, da Socio- 4 1
logia etc. 2. = = 67%
6 13
Note que isso vale porque uma falta não pode ser come-
250 1
tida pelos dois jogadores ao mesmo tempo, ou seja, o evento P(A) = =
A e B é impossível. 500 2
EXEMPLO 6 300 3
P(B) = =
500 5
Uma empresa que fabrica suco de laranja fez uma pes-
quisa para saber como está a preferência do consumidor em
relação ao seu suco e ao fabricado por seu principal concor- 100 1
P(A e B) = =
rente. Essa empresa é chamada SOSUMO, e seu concorren- 500 5
te SUMOBOM. A pesquisa concluiu que dos 500 entrevista-
dos, 300 preferiam o SUMOBOM, 100 consumiam os dois,
250 preferiam SOSUMO e 50 1 3 1 1 2 5+4 9
P(A ou B) = + - = + = =
2 5 5 2 5 10 10
nenhum dos dois. Um dos entrevistados foi escolhido ao
acaso. Qual a probabilidade de que ele seja: A probabilidade de que o escolhido consuma um suco ou
9
a) consumidor de SOSUMO e SUMOBOM; outro é .
10
b) consumidor de SOSUMO ou SUMOBOM.
Observação
Solução:
Em exemplos como o que acabamos de ver há outras so-
a) De acordo com a pesquisa dos 500 entrevistados, 100 luções possíveis.
consomem os dois sucos. Logo, a probabilidade de que um
entrevistado, escolhido ao acaso, consuma os dois sucos é: Observe que o evento A ou B (consumir um suco ou ou-
100 1 tro) deve incluir como casos favoráveis todas as pessoas que
= . não fazem parte do grupo dos que não consomem esses
500 5 dois sucos.
b) Usando o raciocínio do Exemplo 5, para saber a pro- Sabíamos que dos 500 entrevistados, 50 pessoas con-
babilidade da ocorrência de um evento ou outro, somamos sumiam nenhum dos dois e a probabilidade de escolhermos
as probabilidades de os dois eventos ocorrerem separada- 50 1
mente. Mas, neste exemplo, devemos tomar cuidado com o uma dessas pessoas ao acaso era , ou seja, .
seguinte: existem pessoas que consomem os dois sucos 500 10
indiferentemente, compram o que estiver mais barato, por Assim, podíamos concluir que a probabilidade de não fazer
exemplo. Assim, não podemos contar essas pessoas (que 1 9
consomem um e outro) duas vezes. parte desse grupo era 1 - = , raciocinando por exclu-
10 10
Observe que a soma dos resultados é maior que o são.
número de entrevistados (300 + 100 + 200 + 50
= 650), ou seja, há pessoas que, apesar de pre- Exercícios propostos.
Alguns professores estão prestando concurso para dar 300 100 400 4
3. + = =
aulas em uma escola. 500 500 500 5
Exercício 3
a21 = 1 a22 = 7 a23 = 3 Uma matriz m×n é dita matriz nula se todos os elemen-
tos são iguais a zero. Geralmente simbolizada por Om×n.
4 0 9 Assim, Oij = 0
A 2x3 =
1 7 3
0 0 0
Exemplo: O 3x2 =
Rigorosamente, uma matriz Am×n é definida como
uma função cujo domínio é o conjunto de todos 0 0 0
os pares de números inteiros (i, j) tais que 1 ≤ i ≤
m e 1 ≤ j ≤ n. E os valores que a função pode Matriz quadrada é a matriz cujo número de linhas é igual
assumir são dados pelos elementos aij. ao de colunas. Portanto, se Am×n é quadrada, m = n. Pode-
se então dizer que A é uma matriz m×m ou n×n.
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
Matriz unitária In (ou matriz identidade) é uma matriz
Essa operação só pode ser feita com matrizes de mesmo quadrada n×n tal que
número de linhas e mesmo número de colunas.
Iij = 1 se i = j e Iij = 0 se i ≠ j.
Sejam duas matrizes Am×n e Bm×n. Então a matriz R = A
± B é uma matriz m×n tal que cada elemento de R é dado Exemplo:
por:
1 0 0
I 3 = 0 1 0
rij = aij ± bij .
Exemplo: 0 0 1
Exemplo:
cij = ∑k=1,p aik bkj 4) Se Ip é a matriz unitária p×p conforme visto em página
anterior, então valem as relações:
1 2 Ip Ap×n = Ap×n
4 0 5 9 8 Bm×p Ip = Bm×p
A= B = 2 5 C = AB =
1 1 3 6 7 Potências de matrizes
1 0
Seja A uma matriz quadrada e n um inteiro n≥1. As rela-
No exemplo acima,os cálculos são: ções básicas de potências são:
0
c11 = 4.1 + 0.2 + 5.1 = 9 A =I
2 2 1 1 4 8
1 1 A = 1 2 BA = 2 3
T = AT + BT
B= (A + B)
(kA)
T = k AT
Seja A uma matriz quadrada. A matriz inversa de A, u- Os elementos 12 e 13 tornaram-se nulos, mas é apenas
−1 uma coincidência. Em geral isso não ocorre logo na primeira
sualmente simbolizada por A , é uma matriz também qua-
operação.
drada tal que
2ª linha = 2ª linha + 1ª linha multiplicada por −1.
A A
− 1 = A− 1 A = I
− 1)− 1 = A
(A Com as operações acima, os elementos 21 e 22 torna-
ram-se nulos, formando a primeira coluna da matriz unitária.
(AB)
− 1 = B − 1 A− 1
3ª linha = 3ª linha + 2ª linha multiplicada por −3.
(A )
T − 1 = (A− 1)T
1 0 0 1 -1 0
0 1 1 - 1 2 0
Matriz ortogonal é uma matriz quadrada cuja transpos-
ta é igual á sua inversa. Portanto,
0 0 - 1 1 - 4 1
A AT = AT A = I
Essa operação formou a segunda coluna da matriz iden-
tidade.
Determinando a matriz inversa
3ª linha = 3ª linha multiplicada por −1.
Neste tópico são dados os passos para a determinação
da matriz inversa pelo método de Gauss-Jordan.
Multiplicação executada para fazer 1 no elemento 33 da
matriz esquerda.
Seja a matriz da abaixo, cuja inversa se deseja saber.
2 1 1 0 0 1 -1 0
0 1 1 - 1 2 0
1
1 1
1
2 0 0 1 - 1 4 - 1
3 2
2ª linha = 2ª linha + 3ª linha multiplicada por −1.
O primeiro passo é acrescentar uma matriz unitária no la-
do direito conforme abaixo:
Essa operação forma a terceira e última coluna da dese-
jada matriz identidade no lado esquerdo.
2 1 1 1 0 0
1 1 1 0 1 0 1 0 0 0
1 -1
2 3 2 0 1 0 0 - 2 1
0 0 1
0 0 1 - 1 4 - 1
O objetivo é somar ou subtrair linhas multiplicadas por
escalares de forma a obter a matriz unitária no lado esquer-
do. Notar que esses escalares não são elementos da matriz. E a matriz inversa é a parte da direita.
Devem ser escolhidos de acordo com o resultado desejado.
2x − 5y + 4z = −3
x − 4y + 6z = 10
2 - 5 4 -3
1 - 2 1 5
1 - 4 6 10
1 0 0 124
0 1 0 75
0 0 1 31
E a solução do sistema é:
Fonte: http://www.mspc.eng.br
GEOMETRIA PLANA
Áreas
ÂNGULOS NA CIRCUNFERÊNCIA S = a²
Paralelogramo
S=a.h
Losango
Arco: qualquer uma das duas partes em que uma circun-
ferência fica dividida por dois quaisquer de seus pontos .
Ângulo central
Um ângulo é central em relação a uma circunferên-
cia se o seu vértice coincide com o centro da mesma.
- Quando um arco é interceptado por um ângulo central,
Trapézio
ele é chamado de arco correspondente ao ângulo.
Triângulo
Ângulo inscrito
É inscrito numa circun-
ferência somente se o seu
vértice é um ponto da cir-
cunferência e cada um de
seus lados contém uma
corda dessa circunferência.
S=a.b
Para que um polígono seja regular ele tem que assumir AB e CD são as bases do trapézio
ser: eqüilátero, ter todos os lados congruentes e ser ao
mesmo tempo eqüiângulo, ter os ângulos congruentes. AC e BD são os lados transversa is
Classificação dos Trapézios
Na construção de um polígono é preciso utilizar um trans-
feridor para medir os ângulos corretamente e uma régua para Trapézio escaleno
medir os lados corretamente. Os lados transversos
têm medidas diferentes
POLÍGONOS
AD ≠ BC
É convexo somente se, quaisquer que sejam os pontos x
e y do seu interior, o segmento de reta xy está inteiramente
contido em seu interior.
Trapézio retângulo
Um dos lados transver-
sos é perpendicular as
bases.
Paralelogramos
É todo quadrilátero que possui os lados opostos respecti-
vamente paralelos.
O emprego da congruência de triângulos em demonstra-
ção
Com o auxilio da congruência de triângulos é que se de-
monstra grande parte dos teoremas fundamentais da geome-
tria.
Semelhança de triângulos
Dois triângulos são semelhantes somente se, existe uma
correspondência biunívoca que associa os três vértices de
um dos triângulos aos três vértices do outro, de forma que:
I) lados opostos a vértices correspondentes são propor-
cionais.
II) Ângulos com vértices correspondentes são congruen-
Paralelogramos Notáveis tes.
RETÂNGULO
É todo paralelogramo
que possui seu ângulos
retos.
QUADRADO
c² = a . n
b.c=a.h.
Triângulo Equilátero
M a medida de HC, projeção ortogonal de AC sobre BC Num quadrado, cujo lado tem medida a, a medida d de
uma diagonal é dada por:
N a medida de BH, projeção ortogonal de AB sobre BC.
d = a √2
Teorema de Tales
A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da Se um feixe de paralelas determina segmentos congru-
hipotenusa, ou seja, entes sobre uma transversal, então esse feixe determina
segmentos congruentes sobre qualquer outra transversal.
b² + c² = a² (teorema de Pitágoras).
29. Continuando a seqüência 4, 10, 28, 82, ..., temos 35- Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam
sentar-se, os cinco, lado a lado, na mesma fila. O número de
(A) 236. maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos
(B) 244. de modo que as duas moças fiquem juntas, uma ao lado da
(C) 246. outra, é igual a
(D) 254. a) 2
(E) 256. b) 4
c) 24
30. Assinale a alternativa em que ocorre uma conclu- d) 48
são verdadeira (que corresponde à realidade) e o e) 120
argumento inválido (do ponto de vista lógico).
36- De um grupo de 200 estudantes, 80 estão matriculados
(A) Sócrates é homem, e todo homem é mortal, por- em Francês, 110 em Inglês e 40 não estão matriculados nem
tanto Sócrates é mortal. em Inglês nem em Francês. Seleciona-se, ao acaso, um dos
(B) Toda pedra é um homem, pois alguma pedra é 200 estudantes. A probabilidade de que o estudante selecio-
um ser, e todo ser é homem. nado esteja matriculado em pelo menos uma dessas discipli-
(C) Todo cachorro mia, e nenhum gato mia, portanto nas (isto é, em Inglês ou em Francês) é igual a
cachorros não são gatos. a) 30/200
(D) Todo pensamento é um raciocínio, portanto, todo b) 130/200
pensamento é um movimento, visto que todos os c) 150/200
raciocínios são movimentos. d) 160/200
(E) Toda cadeira é um objeto, e todo objeto tem cinco e) 190/200
pés, portanto algumas cadeiras tem quatro pés.
37- Uma herança constituída de barras de ouro foi totalmente
31 - Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se, dividida entre três irmãs: Ana, Beatriz e Camile. Ana, por ser
também, que todo B é C. Segue-se, portanto, necessaria- a mais velha, recebeu a metade das barras de ouro, e mais
mente que meia barra. Após Ana ter recebido sua parte, Beatriz recebeu
a) todo C é B a metade do que sobrou, e mais meia barra. Coube a Camile
b) todo C é A o restante da herança, igual a uma barra e meia. Assim, o
c) algum A é C número de barras de ouro que Ana recebeu foi:
d) nada que não seja C é A a) 1
e) algum A não é C b) 2
c) 3
32- Considere as seguintes premissas (onde X, Y, Z e P são d) 4
conjuntos não vazios): e) 5
Premissa 1: "X está contido em Y e em Z, ou X está contido
em P" 38- Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre
Premissa 2: "X não está contido em P" verdadeira, independentemente da verdade dos termos que
Pode-se, então, concluir que, necessariamente a compõem. Um exemplo de tautologia é:
a) Y está contido em Z a) se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo
b) X está contido em Z b) se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo
c) Y está contido em Z ou em P c) se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme é
d) X não está contido nem em P nem em Y gordo
e) X não está contido nem em Y e nem em Z d) se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é alto e
Guilherme é gordo
e) se João é alto ou não é alto, então Guilherme é gordo
42- Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se o jardim é 49- Maria tem três carros: um Gol, um Corsa e um Fiesta.
florido, então o passarinho não canta. Ora, o passarinho Um dos carros é branco, o outro é preto, e o outro é azul.
canta. Logo: Sabe-se que: 1) ou o Gol é branco, ou o Fiesta é branco, 2)
a) o jardim é florido e o gato mia ou o Gol é preto, ou o Corsa é azul, 3) ou o Fiesta é azul, ou
b) o jardim é florido e o gato não mia o Corsa é azul, 4) ou o Corsa é preto, ou o Fiesta é preto.
c) o jardim não é florido e o gato mia Portanto, as cores do Gol, do Corsa e do Fiesta são, respec-
d) o jardim não é florido e o gato não mia tivamente,
e) se o passarinho canta, então o gato não mia a) branco, preto, azul
b) preto, azul, branco
43- Três amigos – Luís, Marcos e Nestor – são casados com c) azul, branco, preto
Teresa, Regina e Sandra (não necessariamente nesta or- d) preto, branco, azul
dem). Perguntados sobre os nomes das respectivas espo- e) branco, azul, preto
sas, os três fizeram as seguintes declarações:
Nestor: "Marcos é casado com Teresa" 50- Um rei diz a um jovem sábio: "dizei-me uma frase e se
Luís: "Nestor está mentindo, pois a esposa de Marcos é ela for verdadeira prometo que vos darei ou um cavalo veloz,
Regina" ou uma linda espada, ou a mão da princesa; se ela for falsa,
Marcos: "Nestor e Luís mentiram, pois a minha esposa é não vos darei nada". O jovem sábio disse, então: "Vossa
Sandra" Majestade não me dará nem o cavalo veloz, nem a linda
Sabendo-se que o marido de Sandra mentiu e que o marido espada".
de Teresa disse a verdade, segue-se que as esposas de Para manter a promessa feita, o rei:
Luís, Marcos e Nestor são, respectivamente: a) deve dar o cavalo veloz e a linda espada
a) Sandra, Teresa, Regina b) deve dar a mão da princesa, mas não o cavalo veloz nem
b) Sandra, Regina, Teresa a linda espada
c) Regina, Sandra, Teresa c) deve dar a mão da princesa e o cavalo veloz ou a linda
d) Teresa, Regina, Sandra espada
e) Teresa, Sandra, Regina d) deve dar o cavalo veloz ou a linda espada, mas não a mão
da princesa
44- A negação da afirmação condicional "se estiver choven- e) não deve dar nem o cavalo veloz, nem a linda espada,
do, eu levo o guarda-chuva" é: nem a mão da princesa
a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva
b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva RESPOSTAS
c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva 01. B 11. C 21. B 31. C 41. B
d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva 02. A 12. C 22. E 32. B 42. C
e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva 03. C 13. D 23. C 33. C 43. D
04. E 14. A 24. B 34. E 44. E
45- Dizer que "Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista" é, 05. E 15. A 25. C 35. D 45. A
do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que: 06. B 16. D 26. E 36. D 46. B
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista 07. B 17. C 27. A 37. E 47. A
b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro 08. D 18. A 28. D 38. A 48. C
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista 09. C 19. D 29. B 39. C 49. E
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista 10. B 20. D 30. E 40. A 50. B
e) se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista
Tipos De Computadores
Emerson Rezende
Podemos dizer com tranquilidade que vivemos atualmente um verda-
deiro “boom” no que se refere à diversidade de formas, preços, tamanhos e
cores de computadores pessoais. A variedade é tão grande que o consu-
midor pode se sentir perdido em meio a tantas opções ou, na pior das
hipóteses, até mesmo enganado ou prejudicado. Afinal, já pensou adquirir
determinado equipamento e descobrir que poderia ter comprado outro? E
que ele só não fez isso porque não hava sido informado, seja pela impren-
sa especializada, pelos “amigos que manjam de informática” ou, pior, pelo
vendedor da loja?
Quem detém a informação, detém o poder, caro leitor internauta. Va-
mos mostrar aqui alguns exemplos do quanto o formato dos computadores
pessoais (PCs) podem variar. E detalhe: com exceção do tablet, todos os
1. Conhecimentos básicos de linguagens de programação modelos estão à venda por aí.
relativos a Lógica e Estrutura de programação.
2. Conceitos básicos de Datamining e Datawarehouse. Desktops e notebooks
3. Conceitos básicos de armazenamento de dados. Banco de Vamos dar uma repassada nos tipos básicos de computador. Os desk-
Dados Relacional. tops são os computadores de mesas. Compostos por monitor, mouse,
4. Conceitos básicos sobre a arquitetura e administração de teclado e a Unidade de Processamento Central (CPU), aquele módulo
Banco de Dados. onde ficam o drive óptico, disco rígido e demais componentes, é o formato
5. Conhecimentos básicos de ambiente de servidores: Estru- mais tradicional dos PCs. A maior vantagem dos desktops é maior possibi-
tura de servidores físicos e virtualizados. lidade de se fazer upgrade no hardware. Trocar o disco rígido por um mais
6. Conceito de Computação em Nuvem (Cloud Computing). espaçoso, instalar mais memória RAM ou mesmo uma placa de vídeo mais
7. Conceitos e modos de utilização de aplicativos para edição robusta são tarefas bem mais fáceis do que em outros tipos de computa-
de textos, planilhas e apresentações. dor. Os notebooks (termo cuja tradução literal é cadernos), são a versão
8. Conceitos e modos de utilização de ferramentas e aplicati- móvel dos desktops. E este é o seu grande trunfo: poder ser levado para
vos de navegação na Internet, correio eletrônico, redes soci- tudo quanto é lado. E com o aprimoramento dos processadores voltados
ais, grupos de discussão e de busca. para esse tipo de equipamento, muitos notebooks – também conhecidos
9. Conceitos básicos sobre ameaças e segurança da infor- como laptops ou computadores de colo – não perdem em nada para os
mação. desktops quando o assunto é desempenho. Aliás, há modelos portáteis tão
poderosos e grandes que até foram classificados em outra categoria de
Definição computador: a dos desknotes, notebooks com telas de 17 polegadas ou
A informática é a ciência que tem como objetivo estudar o tratamento mais, que mais servem para ficar na mesa do que na mochila. O lado ruim
da informação através do computador. Este conceito ou esta definição é dos notes tradicionais é que são mais limitados em termos de upgrade, já
ampla devido a que o termo informática é um campo de estudo igualmente que além de não contarem com a mesma diversidade de componentes que
amplo. os seus irmãos de mesa, uma expansão de funções em um notebook é
A informática ajuda ao ser humano na tarefa de potencializar as capa- bem mais cara.
cidades de comunicação, pensamento e memória. A informática é aplica-
da em várias áreas da atividade social, e podemos perfeitamente usar All-in-one ou Tudo-em-um
como exemplo as aplicações multimídia, arte, desenho computadorizado, Como o próprio nome diz, esse computador de mesa – ou desktop –
ciência, vídeo jogos, investigação, transporte público e privado, telecomu- traz tudo dentro de uma única peça. Nada de monitor de um lado e CPU do
nicações, robótica de fabricação, controle e monitores de processos indus- outro: tudo o que vai neste último foi incorporado ao gabinete do monitor, o
triais, consulta e armazenamento de informação, e até mesmo gestão de que inclui placa-mãe, disco rígido, drive óptico, portas USB e por aí vai. Já
negócios. A informática se popularizou no final do século XX, quando teclado e mouse continuam de fora. Mas o bom é que diversos modelos de
somente era usada para processos industriais e de uso muito limitado, e computador AIO vêm com modelos sem fios desse acessório. Ou seja, se
passou a ser usada de forma doméstica estendendo seu uso a todo aquele você for o felizardo comprador de um PC do tipo com uma tela de 20
que pudesse possuir um computador. A informática, à partir de essa época polegadas ou superior, mais placa sintonizadora de TV (digital, de prefe-
começou a substituir os costumes antigos de fazer quase tudo a mão e rência) poderá usá-lo com um televisor turbinado. Imagina poder assistir
potencializou o uso de equipamentos de música, televisores, e serviços tão TV, gravar a programação, dar stop na transmissão de TV ao vivo e, ainda
essenciais nos dias atuais como a telecomunicação e os serviços de um por cima, dar uma “internetada” na hora do intervalo? E, pra completar,
modo geral. sem ver a bagunça de cabos típica dos desktops convencionais e ainda
O termo informática provém das palavras de origem francesa “informa- contar com tela touschscreen – como o modelo ao lado, o HP TouchS-
tique” (união das palavras “information”, Informática e “Automatique”, mart? Os pontos negativos desse equipamento são o custo, bem mais alto
automática. Se trata de um ramo da engenharia que tem relação ao trata- do que o de um desktop convencional.
mento da informação automatizada mediante o uso de máquinas. Este
campo de estudo, investigação e trabalho compreende o uso da computa- Tablet PC
ção para solucionar problemas vários mediante programas, desenhos, Há anos que a indústria aposta nos tablets PCs, computadores portá-
fundamentos teóricos científicos e diversas técnicas. teis que contam com tela sensível ao toque rotacionável. A possibilidade de
A informática produziu um custo mais baixo nos setores de produção e torcer a tela e dobrá-la sobre o teclado faz com que seja possível segurá-lo
o incremento da produção de mercadorias nas grandes indústrias graças a com uma mão (o que pode ser um pouco penoso por causa do peso) e
automatização dos processos de desenho e fabricação. escrever ou desenhar na tela com a outra por meio de uma canetinha
Com aparecimento de redes mundiais, entre elas, a mais famosa e co- conhecida como stylus. Os ancestrais diretos dos tablets atuais já viveram
nhecida por todos hoje em dia, a internet, também conhecida como a rede dias melhores no mercado. No entanto, ainda são lançados modelos do
das redes, a informação é vista cada vez mais como um elemento de tipo todos os anos, como o netbook conversível Asus EeePC Touch
criação e de intercambio cultural altamente participativo. T101MT quetestamos há alguns dias. Voltados principalmente para o
Software
Software, logiciário ou suporte lógico é uma sequência de
instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação,
redirecionamento ou modificação de um dado/informação ou
acontecimento. Software também é o nome dado ao comportamento
exibido por essa sequência de instruções quando executada em um
computador ou máquina semelhante além de um produto desenvolvido
pela Engenharia de software, e inclui não só o programa de computador
propriamente dito, mas também manuais e especificações. Para fins
Algumas características do processador em geral: contábeis e financeiros, o Software é considerado um bem de capital.
Este produto passa por várias etapas como: análise
• Frequência de Processador (Velocidade, clock). Medido em hertz, econômica, análise de
define a capacidade do processador em processar informações ao mesmo
requisitos, especificação, codificação,teste, documentação, Treinamento, m
tempo.
anutenção e implantação nos ambientes.
• Cores: O core é o núcleo do processador. Existem processadores- Software como programa de computador
core e multicore, ou seja, processadores com um núcleo e com vários Um programa de computador é composto por uma sequência de
núcleos na mesma peça. instruções, que é interpretada e executada por um processador ou por
uma máquina virtual. Em um programa correto e funcional, essa sequência
• Cache: A memória Cache é um tipo de memória auxiliar, que faz segue padrões específicos que resultam em um comportamento desejado.
diminuir o tempo de transmissão de informações entre o processador e
O termo "software" foi criado na década de 1940, e é um trocadilho
outros componentes
com o termo hardware. Hardware, em inglês, significa ferramenta
• Potência: Medida em Watts é a quantia de energia que é consumi- física. Software seria tudo o que faz o computador funcionar excetuando-se
da por segundo. 1W = 1 J/s (Joule por segundo) a parte física dele.
Um programa pode ser executado por qualquer dispositivo capaz de
A Evolução dos processadores é surpreendente. A primeira marca no interpretar e executar as instruções de que é formado.
mercado foi a INTEL, com o a CPU 4004, lançado em 1970. Este CPU era
para uma calculadora. Por isto, muitos dizem que os processadores come- Quando um software está representado como instruções que podem
çaram em 1978, com a CPU 8086, também da Intel. ser executadas diretamente por um processador dizemos que está escrito
em linguagem de máquina. A execução de um software também pode ser
Alguns anos mais tarde, já em 2006, é lançado o CORE 2 DUO, um intermediada por um programa interpretador, responsável por interpretar e
super salto na tecnologia dos processadores. executar cada uma de suas instruções. Uma categoria especial e o notável
Manipulação de Tabelas
Abrir uma tabela
Consultas
Você tem perguntas às quais deseja responder com os seus pró- Cada tipo específico de informação sobre uma pessoa ou um item,
prios dados? como sobrenome, endereço ou telefone, corresponde a um campo. Por
Por exemplo: exemplo, Telefone é um campo na tabela Transportadoras.
Quais dos seus funcionários residem no Reino Unido? Cada campo e cada registro devem ser exclusivos. Por exemplo, os
Quantas regiões apresentaram mais de R$250.000,00 em vendas no dados para Speedy Express não devem ser repetidos em outros registro;
último mês? "Nome da Empresa" deve ser exibido apenas uma vez como um nome de
Quais escolas apresentam o maior índice de faltas? campo.
Consultas podem responder a essas perguntas reunindo os dados ar- Todas as entradas em uma única tabela devem ser do mesmo tipo. A
mazenados no banco de dados ou realizando cálculos com esses dados tabela Transportadoras deve conter apenas os nomes das transportadoras
para fornecer informações adicionais. e os seus dados associados. Nenhum dado, com exceção de números de
telefone, deve ser colocado no campo Telefone.
Para responder a perguntas, as consultas recuperam, filtram, classifi- Antes de criar o seu banco de dados, você deve analisar os dados e
cam e reúnem dados em um comando. Outra vantagem das consultas é determinar como eles podem ser divididos em tabelas separadas e bem
combinar os dados de várias tabelas em uma única exibição. estruturadas.
Quando uma consulta encontra dados e os exibe ao usuário, também
pode processar esses dados de acordo com as suas instruções. Criação de uma chave primária
Uma consulta pode realizar cálculos utilizando dados: Qual é o total de 1. Código do Funcionário é a chave primária da tabela
vendas menos os custos de transporte? Funcionários.
Uma consulta também pode remover dados: excluir nomes de mem- 1. O Código do Funcionário na tabela Pedidos apon-
bros com dívidas não pagas durante 24 meses. É necessário ter cautela ta para o registro do funcionário na tabela Funcionários
durante a execução de consultas que alteram dados e também considerar
a realização de um backup desses dados em primeiro lugar. Estruturar tabelas para evitar duplicação
Produtos: Tabela
Desenvolvendo tabelas
Produtos: Tabela
Produtos: Tabela
Produtos Tabela
ID do Produto Nome ID do Fornecedor 3. Repita esse processo para mais quatro nomes de campos, e-
1 Chai 1 xaminando uma ou duas propriedades de campo para cada um desses
nomes; feche a tabela quando terminar.
2 Chang 1
Adicionar um campo e definir as suas propriedades
3 Ikura 2
Suponha que você deseje adicionar um campo a uma tabela para
especificar se uma empresa fornece ou não remessas internacionais.
Figura 3 Eficiente — a tabela Produtos faz referência à tabela Forne- 1 . A não ser que a Janela Banco de Dados já esteja exibida, pres-
cedores, mas não contém mais os detalhes dos fornecedores. sione F11 para alternar para essa janela. A não ser que a opção Tabe-
las já esteja selecionada em Objetos, clique em Tabelas.
Definir tipos de dados para campos 2. Clique na tabela Fornecedores e, em seguida, clique no botão De-
sign na barra de ferramentas para abrir a tabela no modo Design.
Tipos de dados Descrição Exemplo 1. Na coluna Nome do Campo, clique na célula em branco em Fax
e digite a palavra Internacional.
Texto Um campo Texto Um nome de produto, 4. Acesse a coluna Tipo de Dados, pressione a seta para abrir a lista
pode armazenar como Access suspensa e selecione Sim/Não. Essa configuração controla os tipos de
qualquer tipo de dados que serão armazenados no campo.
caractere ou número 5. Acesse o campo Descrição e digite Especifica se a empresa contro-
e possui um limite de la remessas internacionais. Essa descrição registra a função do campo no
255 caracteres. banco de dados.
6. Em Propriedades do Campo, clique na caixa Legenda e digite Re-
Número Um campo Número Uma contagem de messa Internacional. Essa propriedade fornece um rótulo que será exibido
pode armazenar unidades, como 200 sempre que o campo for utilizado em um formulário ou relatório. Em segui-
apenas números e da, feche a tabela, salvando as alterações quando solicitado se você quer
esses números exibi-las mais tarde.
podem ser utilizados
para cálculos.
Data/Hora Um campo Data/Hora A data de um pedido, Definir relações
armazena uma data e como 10/10/2008
uma hora. 5:21 P.M.
Moeda Um campo Moeda armazena O preço de um item,
valores monetários, números como $41,99
e formatações de casas
decimais, que podem ser
utilizados em cálculos.
Objeto OLE Um campo Objeto OLE arma- Um anexo, como uma
zena objetos criados por planilha do Excel, um
programas diferentes do documento do Word,
Access e que estão vincula- um gráfico ou um som
dos ou incorporados a uma
tabela do Access.
Configurar campos
Criar um formulário
No modo Design
O painel Pesquisa e Referência foi removido do Windows Internet 1. Clique com o botão direito do mouse no objeto inserido.
Explorer 7. Portanto, o atalho ALT+clique no Microsoft Word 2010 não 2. Aponte para Objeto do Documento e clique em Converter.
levam mais os usuários a esse painel. O recurso Pesquisa e Referência
deu origem a um painel de pesquisa para busca em todos os sites e portais 3. Na caixa de diálogo Converter, clique em Converter em.
da Intranet.
4. Na lista Tipo de objeto, selecione Documento do Microsoft
Mala Direta usando um banco de dados do Works Word 97-2003.
Os usuários não podem fazer mala direta no Microsoft Word 2010 ou Equações
no Microsoft Publisher 2010 usando um banco de dados do Microsoft
Se você salvar um documento no formato do Word 97-2003, as equa-
Works, por causa de uma alteração no modelo do objetos. Isso afeta
ções serão convertidas em imagens não editáveis. No entanto, se você
principalmente os usuários que configuraram uma mala direta recorrente
converter posteriormente o documento em um formato de arquivo do Word
que lê o conteúdo de um banco de dados do Works. Recomendamos usar
2010 e nenhuma alteração tiver sido feita nas imagens de equação em
o Works para exportar os dados e, em seguida, criar uma nova fonte de
uma versão anterior, as equações se transformarão em texto, e você
dados para executar a operação de mala direta.
poderá alterá-las.
Botão Pesquisar Bibliotecas
Gráficos SmartArt
O botão Pesquisar Bibliotecas foi removido do menu Inserir Cita-
Quando você salvar um documento que contém um gráfico SmartArt
ções (na guia Referências).
no formato do Word 97-2003, os gráficos serão convertidos em imagens
WLL (Bibliotecas de Suplementos do Word) estáticas. Você não conseguirá alterar o texto dentro de um gráfico, alterar
seu layout ou alterar sua aparência geral. Se você converter posteriormen-
Os arquivos WLL estão preteridos para a versão do Office 2010 de 32 te o documento no formato do Word 2010 e nenhuma alteração tiver sido
bits e não têm suporte na versão do Office 2010 de 64 bits. Uma WLL é um feita nas imagens em uma versão anterior, o gráfico se transformará no-
complemento para o Microsoft Word que pode ser compilado em qualquer vamente em um objeto SmartArt.
compilador com suporte para a compilação de DLLs.
Considerações sobre migração do Office 97-2003 para o Office
Considerações sobre migração 2010
Esta seção descreve as alterações a serem consideradas quando você Muitas das alterações do Office 97-2003 para o Office 2010 não são
migra do Office Word 2007 para o Word 2010. diferentes do Office 97-2003 para o 2007 Office System.
Migrando arquivos do Word As seguintes alterações no Word 2010 podem afetar a migração:
O formato de arquivo padrão não foi alterado no Microsoft Office 2010.
• O AutoTexto está sendo movido novamente para Nor-
O formato de arquivo baseado em XML foi introduzido no 2007 Microsoft mal.dotm para facilitar o preenchimento automático. Para usuá-
Office System e continua sendo usado. rios que mudarem do Office Word 2003 para o Word 2010, re-
Quando você abrir um documento no Word 2010, ele será aberto em comendamos mover o documento para %AppDa-
um dos três modos: ta%\Word\Startup e seguir as etapas para atualizar um docu-
mento. Os usuários do Office Word 2007 encontrarão o autotex-
• Word 2010 to movido automaticamente.
• Modo de compatibilidade do Word 2007 • A galeria do AutoTexto agora está disponível na galeria
de Partes Rápidas. Portanto, os usuários não precisam mais
• Modo de compatibilidade do Word 97-2003
lembrar de mover seu autotexto para a galeria de Partes Rápi-
Para determinar em que modo o documento se encontra, consulte a das.
barra de título do documento. Se (Modo de Compatibilidade) aparecer
após o nome do arquivo, significa que o documento está no modo de • O Word migrará automaticamente os blocos de constru-
compatibilidade do Word 2007 ou do Word 97-2003. Você pode continuar ção para o Word 2010 quando você iniciar pela primeira vez o
trabalhando no modo de compatibilidade ou converter seu documento no aplicativo. Isso é feito criando uma cópia do arquivo de blocos
formato de arquivo do Word 2010. de construção existente e colocando-a em um novo diretório,
%AppData%\Document Building Block\{||cc}\14, e dividindo os
1. Clique na guia Arquivo.
-o0o-
Diferentemente da versão 2007, o Word 2010 não sofreu modificações
significativas em seu visual e na disposição dos ícones que realizam as
tarefas. Este é um fator positivo, pois evita um incômodo semelhante ao
ocorrido durante a transição dos menus convencionais para o polêmico
Ribbon, que ocorreu entre as versões 2003 e 2007.
Com este recurso é possível criar os modernos efeitos de reflexo que Conclusões
encontramos facilmente na Internet, sem termos de utilizar editores de Felizmente foi mantido no Word o layout de componentes de sua ver-
imagem complexos ou exigir horas de treinamento para o aprendizado. são anterior, a 2007. Desta forma, evitou-se o impacto de uma possível
EXCEL 2010
O Excel ganhou, ao longo dos anos, recursos cada vez mais avança-
dos, como a obtenção e filtragem de dados diretamente de bancos de
dados corporativos e o prático recurso de formatação condicional, que se
tornou ainda melhor na versão 2007. Na versão 2010, lançada com o
Microsoft Office 2010 , a ferramenta adquire funções ainda mais
avançadas mantendo o visual de seu antecessor.
Porquê utilizar?
Filtre dados rapidamente utilizando o recurso de Análise Segmentada do Excel 2010
Os dados apresentados numa linha ou coluna são úteis, mas os pa-
O recurso de análise segmentada surgiu principalmente para suprir as drões podem ser, à primeira vista, difíceis de encontrar. O contexto destes
necessidades referentes à inteligência de negócios, fornecendo e filtrando números pode ser fornecido ao inserir gráficos sparkline junto dos dados.
informações com base no em dados atuais. Para utilizar este recurso é Ocupando uma pequena quantidade de espaço, um gráfico sparkline pode
necessário configurar uma conexão com o banco de dados do negócio, apresentar uma tendência baseada em dados adjacentes numa represen-
tarefa normalmente realizada pelo administrador de tecnologia. tação gráfica clara e compacta. Apesar de não ser obrigatório, recomenda-
se que a célula de um gráfico sparkline esteja directamente junto dos
respectivos dados subjacentes.
Conclusões
Pode ver rapidamente a relação entre um gráfico sparkline e os dados
A versão 2010 do Excel se manteve praticamente idêntica à 2007, com subjacentes, e quando os dados são alterados pode ver imediatamente a
exceção da adição dos minigráficos e de melhorias na filtragem e exibição alteração no gráfico sparkline. Para além de criar um único gráfico sparkli-
de dados dinâmicos, utilizando a análise segmentada. O ponto positivo ne para uma linha ou coluna de dados, pode criar vários gráficos sparkline
com relação à interface é que os botões dos menus que possuem várias ao mesmo tempo, seleccionando várias células que correspondem a dados
opções exibem uma quantidade maior de visualizações. subjacentes, conforme é mostrado na seguinte imagem.
Infelizmente ambos os recursos citados não serão corretamente exibi- Também pode criar gráficos sparkline para linhas de dados que adi-
dos caso a planilha criada seja aberta em versões anteriores do Excel, um cione posteriormente utilizando a alça de preenchimento numa célula
importante fator quando pensamos em um ambiente corporativo com adjacente que contenha um gráfico sparkline.
diferentes versões sendo usadas, uma vez que nem todos poderão ver os
avanços, mesmo na versão 2007.
Fonte: http://www.superdownloads.com.br/
Luiz - http://tecnologiaegestao.wordpress.com/
Valor atual: representa o capital ou valor inicial de um investimento Combinações com a tecla Ctrl como atalhos do Excel
ou de um empréstimo. Num depósito a prazo, este valor representa o valor
inicial do depósito. No caso de um empréstimo, o valor actual representa o Abaixo coloco uma lista de combinações com a tecla Ctrl que ativam
valor contratualizado com a instituição de crédito. atalhos de teclado no Excel:
Valor futuro: representa o valor final de um investimento ou emprés-
timo depois de terem sido efectuados pagamentos. No caso de um depósi- Ctrl + 1 -> Formatar conteúdo da célula atual;
to a prazo o valor futuro será igual, no final do prazo, ao capital inicial mais
os juros entretanto capitalizados. No caso de um empréstimo, o valor futuro Ctrl + 2 -> Ativar Negrito na célula atual;
corresponde ao valor em dívida ao fim de um determinado período, no Ctrl + 3 -> Ativar Itálico na célula atual;
limite este valor será 0 (zero). Ctrl + 4 -> Ativar Sublinhado na célula atual;
Ctrl + 8 -> Mostra os símbolos de tópicos da planilha, caso haja algum.
Prazo: representa o tempo total que durará determinado investimento
Se não houver, sugere criação
ou empréstimo.
deles;
Períodos: representam a unidade de tempo na qual o prazo de um Ctrl + 9 -> Ocultar linha atual;
investimento ou empréstimo poderá ser dividido. Por exemplo, no caso dos Ctrl + 0 -> Ocultar coluna atual;
empréstimos é comum a periodicidade dos pagamentos ser mensal. Nos Ctrl + - -> Abre janela para excluir conteúdo;
depósitos a prazo poderemos ter, por exemplo, uma periodicidade mensal, Ctrl + W -> Fecha a pasta de trabalho atual, dando a opção de salvar
trimestral, semestral ou anual. Os períodos poderão ser definidos em as alterações;
termos de dias, semanas, meses, trimestres, semestres, anos ou outro Ctrl + R -> (Rght) Copia o conteúdo da célula da esquerda, atualizan-
período de tempo especificado pelo utilizador. do as colunas, se for uma fórmula;
Ctrl + T -> (Table) Seleciona todo o conjunto de células contínuas à
Pagamento: representa o montante pago em cada um dos períodos atual, ou a alguma que seja contínua a ela ou a outra já selecionada. Em
estabelecidos para um investimento ou empréstimo. resumo, tenta identificar e selecionar uma tabela;
Taxa: representa a taxa de juros de um empréstimo ou investimento. Ctrl + U -> Abre janela para substituir uma expressão por outra;
Ctrl + I -> O mesmo que Ctrl + 3;
Para além destes conceitos, aquando da utilização das funções finan- Ctrl + O -> (Open) Abre uma pasta de trabalho nova;
ceiras é necessário considerar e respeitar duas regras básicas: Ctrl + P -> (Print) Abre a janela para impressão;
Manter a consistência das unidades de tempo utilizadas, principal- Ctrl + A -> Abre janela para abrir arquivo;
mente na especificação das taxas e do número de períodos. Ctrl + S -> O mesmo que Ctrl + 4;
Ctrl + D -> (Down) Copia conteúdo da célula de cima, atualizando as
Utilizar valores negativos para pagamentos e depósitos e valores po- linhas, se for uma fórmula;
sitivos para receitas e levantamentos. Ctrl + F -> Copia a fórmula da célula acima, mas não atualiza dados,
se for uma fórmula;
Em relação à primeira regra, considere, por exemplo, que pretende Ctrl + G -> (Go) Abre a janela Ir para..., possibilitando o deslocamento
calcular o valor mensal a receber por um investimento a N anos a uma a outra posição na planilha;
determinada taxa de juro anual. Independentemente da função financeira a Ctrl + H -> Insere conteúdo da célula acima e permite seguir adicio-
aplicar neste caso, para que o Excel calcule correctamente o valor mensal nando mais dados. Equivale a copiar o conteúdo e mandar editá-lo;
é imprescindível que a taxa anual seja convertida para uma taxa mensal, Ctrl + K -> Abre janela para inserir hiperlink;
dividindo a taxa anual por 12 meses, e o número de períodos sejam defini- Ctrl + L -> Abre janela para localizar expressão na planilha;
dos em meses, multiplicando os N anos por 12 meses. Se esta regra não Ctrl + Z -> Desfaz a última ação realizada;
for cumprida, as funções financeiras acabarão por devolver valores incorre- Ctrl + X -> Recorta o conteúdo da célula atual e o coloca na área de
tos. transferência;
No que diz respeito à utilização de valores negativos e valores positi- Ctrl + C -> Copia o conteúdo da célula atual para a área de transfe-
vos, tal como para a regra anterior, as funções financeiras poderão devol- rência;
ver valores incorrectos que, por sua vez, poderão conduzir a interpretações Ctrl + V -> Cola o conteúdo da área de transferência na célula atual;
erradas. Em qualquer função financeira, sempre que se pretende referir o Ctrl + B -> Abre a janela Salvar como...;
valor de um depósito ou pagamento, o valor introduzido deverá ser negati- Ctrl + N -> O mesmo que Ctrl + 2;
5 – Faixa de Opções
A Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os comandos
necessários para executar uma tarefa. Os comandos são organizados em
grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo
de atividade como gravação ou disposição de uma página. Para diminuir a
desorganização, algumas guias são exibidas somente quando necessário.
SELECIONAR SLIDE
Por exemplo, a guia Ferramentas de Imagem somente é exibida quando
Para selecionar um slide, basta clicar na guia Slide no painel à esquerda.
uma imagem é selecionada.
LAYOUT
1) Guias
2) Os grupos em cada guia dividem a tarefa em subtarefas.
3) Os botões de comando em cada grupo executam um comando ou
exibem um menu de comandos. Para alterar o Layout do slide selecionado, basta clicar na Guia Início e
depois no botão Layout, escolha o layout desejado clicando sobre ele.
6 – Painel de Anotações
Nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em um slide.
7 – Barra de Status
Exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre elas: o
número de
slides; tema e idioma.
8 – Nivel de Zoom
Clicar para ajustar o nível de zoom.
CRIAR APRESENTACOES
Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint engloba: iniciar com um
design básico; adicionar novos slides e conteúdo; escolher layouts; modifi-
car o design do slide, se desejar, alterando o esquema de cores ou apli-
cando diferentes modelos de estrutura e criar efeitos, como transições de
slides animados. INSERIR TEXTO
Antes de inserir o primeiro texto é necessário conhecer a aplicação de
Para iniciar uma nova apresentação basta clicar no Botão do Microsoft algumas
Office, e em seguida clicar em Novo. teclas:
Então escolher um modelo para a apresentação (Em Branco, Modelos
Instalados, Meus modelos, Novo com base em documento existente ou
Modelos do Microsoft Office Online).
BARRA DE Permite a inserção de espaços em branco.
ESPACOS
Depois de escolhido o modelo clicar em Criar.
3 – Negrito
Aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do
comando Ctrl+N.
4 – Italico
Aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do
Formatando o texto comando Ctrl+I.
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para selecionar
um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo sobre o ponto em 5 – Sublinhado
que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o Sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado através do
mouse até o ponto desejado e soltar o botão esquerdo. comando Ctrl+S.
Com o texto selecionado basta clicar nos botões para fazer as alterações 6 – Tachado
desejadas Desenha uma linha no meio do texto selecionado.
7 – Sombra de Texto
Adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para destacá-lo no slide.
10 – Cor da Fonte
Altera a cor da fonte.
12 – Centralizar
Centraliza o texto. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+E.
Informática 31 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
14 – Justificar
Alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando espaço extra
entre as palavras conforme o necessário, promovendo uma aparência
organizada nas laterais esquerda e direita da página.
15 – Colunas
Divide o texto em duas ou mais colunas.
Inserindo símbolos
Selecionar o símbolo.
EXCLUIR SLIDE
Para excluir um slide basta selecioná-lo e depois clicar no botão excluir, ou
clique no botão delete do teclado.
Escolha o símbolo desejado depois clique em inserir e fechar.
Para salvar um arquivo
MARCADORES E NUMERCAO SALVAR ARQUIVO
Com a guia Início acionada, clicar no botão marcadores e numeração, para Após criar uma apresentação, é necessário efetuar a gravação do arquivo,
criar parágrafos com marcadores. Para escolher o tipo de marcador clicar essa operação é chamada de “Salvar”. Se o arquivo não for salvo, corre-se
na seta. o risco de perdê-lo por uma eventual falta de energia, ou por outro motivo
que cause a saída brusca do programa.
SAIR DO POWERPOINT
Para sair do Microsoft Office PowerPoint, utilizar as seguintes opções:
• Acionar o Botão do Microsoft Office e clicar em Sair do PowerPoint. Clicar
no Botão Fechar. Ou pressionar as teclas ALT+F4.
Inserindo figuras
Cabeçalho e Rodapé
INSERIR TABELA
Para executar uma macro (uma ação ou um conjunto de ações que você
pode usar para automatizar tarefas. As macros são gravadas na linguagem
de programação Visual Basic for Applications), clicar em Executar macro e
selecionar a macro que você deseja executar.
TRANSICAO DE SLIDES
As transições de slide são os efeitos semelhantes à animação que ocorrem
no modo de exibição Apresentação de Slides quando você move de um
slide para o próximo. É possível controlar a velocidade de cada efeito de
transição de slides e também adicionar som.
Legenda
1. Sem transição
2. Persiana Horizontal
3. Persiana Vertical
4. Quadro Fechar
INSERIR BOTAO DE ACAO 5. Quadro Abrir
Um botão de ação consiste em um botão já existente que pode ser inserido 6. Quadriculado na Horizontal
na apresentação e para o qual pode definir hiperlinks. Os botões de ação 7. Quadriculado na Vertical
contêm formas, como setas para direita e para esquerda e símbolos de 8. Pente Horizontal
fácil compreensão referentes às ações de ir para o próximo, anterior, 2. Pente Vertical
primeiro e último slide, além de executarem filmes ou sons. Eles são mais
O PowerPoint 2010 tem um recurso de apresentação de slides remota, Você não verá Tamanho Máximo do Arquivo de Som (KB) na faixa
permitindo que você faça uma apresentação de slides pela Web ou por de opções nem Vincular sons a arquivos com mais de em Opções do
uma conexão de rede para participantes virtuais e/ou ao vivo. Alguns PowerPoint. Em vez disso, o recurso para vincular e inserir áudio/vídeo
cenários de transmissão comuns são os seguintes: substituirá essa funcionalidade. Você poderá executar o mesmo procedi-
mento, mas com menos limitações, e também poderá fazê-lo diretamente
• Transmissão ad hoc um a um. quando um arquivo de mídia for inserido.
Grupo Organizar
O formato de arquivo padrão para apresentações criadas no PowerPo-
int 2010 não foi alterado do PowerPoint 2007, que é um formato de arquivo
O grupo Organizar agora é o menu Organizar. habilitado para XML. Não há suporte no PowerPoint 2010 para salvar em
formatos de arquivo do PowerPoint 95 (ou anterior) nem em arquivos do
Inserir uma forma Assistente para Viagem (.ppz).
Anteriormente, as Ferramentas de Desenho (na guia Formatar) eram Para garantir que uma apresentação do PowerPoint 2010 possa ser
automaticamente exibidas quando você inseria uma forma em um slide. exibida no PowerPoint 2003 ou em versões anteriores, execute o Verifica-
Isso não acontece mais. A guia é exibida, mas não é aberta automatica- dor de Compatibilidade no PowerPoint 2010. O Verificador de Compatibili-
mente. Você pode clicar duas vezes na forma para acionar as ferramentas. dade localiza possíveis problemas de compatibilidade entre o PowerPoint
2010 e versões anteriores do PowerPoint e cria um relatório para ajudar
você a resolvê-los.
Painel de seleção
• Impedir alterações acidentais em uma versão final de documen- A interface do Microsoft PowerPoint continua a mesma. Se você utiliza
to usando o comando Marcar como Final. o programa normalmente não vai se perder com as novas ferramentas. O
visual do Microsoft PowerPoint pode ser personalizado para ter um acesso
• Fornecer garantia de autenticidade, integridade e origem da a- mais fácil aos comandos que você utiliza mais frequentemente.
presentação adicionando uma assinatura digital.
• Atribuir permissões que impeçam outros usuários de copiar, im- O Microsoft PowerPoint 2010 traz um editor que permite aprimorar as
primir ou editar a apresentação selecionando o nível de acesso específico imagens e vídeos incluídos na apresentação. Há novos efeitos de anima-
às necessidades dos usuários. ção e transições 3D que podem deixar seus slides com um ar mais profis-
sional.
• Gerenciar as propriedades do documento por meio do modo de
exibição Backstage.
A preparação de projetos em conjunto é outra das novidades importan-
Visualizador do PowerPoint tes do Microsoft PowerPoint 2010. A função SharePoint permite que várias
pessoas em lugares diferentes trabalhem numa mesma apresentação. Da
O Visualizador não é incluído em uma instalação do Office. Portanto, mesma forma, é possível transmitir o seu projeto simultaneamente em
para os usuários que precisam exibir uma apresentação PPT/PPTX em vários computadores. David Moya
modo offline, um novo Visualizador do PowerPoint está disponível online.
Esse Visualizador permite exibir apresentações criadas no Microsoft Po- Dificilmente assistimos a apresentações realizadas com o auxílio de
werPoint 2000, no PowerPoint 2002, no PowerPoint 2003, no PowerPoint um projetor que não tenham sido construídas com o PowerPoint, da Micro-
2007 e no PowerPoint 2010. Além disso, ele também oferece suporte para soft. Em sua versão 2010, lançada com o Microsoft Office 2010, o aplicati-
a abertura de apresentações do PowerPoint protegidas por senha. vo para apresentações permite adicionar molduras a vídeos e cortá-los,
assim como aplicar efeitos artísticos em imagens.
O Visualizador não pode ser instalado lado a lado com o Microsoft Of-
fice de 64 bits e não pode abrir arquivos criados no PowerPoint 95 ou em
versões anteriores. O suporte está limitado ao Windows XP, ai Windows
Server 2003, ao Windows Vista e ao Windows 7. Não há suporte para o
Windows 2000 e o Windows 98. Diferentemente dos visualizadores anterio-
res, os usuários têm a opção de usar o modo Leitura ou o modo Apresen-
tação de Slides em Tela Inteira.
Gravador de macro
Se quiser acessar controles do desenvolvedor, escrever código ou cri- Não foram realizadas alterações significativas no PowerPoint 2010 em relação ao 2007
ar macros, execute o procedimento a seguir para exibir a guia Desenvol-
vedor:
Aplique efeitos em suas i magens
Conclusões
São 23 efeitos artísticos diferentes para aplicar nas imagens
A versão 2010 do PowerPoint trouxe modificações principalmente na
manipulação e na edição de imagens e vídeos, tornando-se uma boa
Atenção para os vídeos opção para pessoas que utilizam este tipo de conteúdo para a confecção
de apresentações, principalmente no mundo corporativo. Com o visual do
Em sua versão 2010, foi adicionada a possibilidade de recortar trechos 2007 mantido, não existem dificuldades para usuários que já utilizam a
dos vídeos adicionados na apresentação, bem como utilizar molduras e versão anterior. Fonte: http://www.superdownloads.com.br/
efeitos que os afetam de forma dinâmica durante a reprodução. Tais op-
ções nos permitem remover trechos indesejados e criar apresentações Na versão 2010 o aplicativo aposta em um recurso cada vez mais po-
com visual mais atraente. pular para evitar apresentações monótonas: o vídeo. É nesta área que
estão as maiores novidades do programa.
Reprodução
Apresentações ao vivo
Esse recurso pode ser integrado com função de voz, permitindo que o Para mais informações sobre como encontrar e aplicar modelos, con-
autor comente o slide como se estivesse na mesma sala dos outros partici- sulte Aplicar um modelo à apresentação.
pantes da reunião. Quando a apresentação é encerrada, o link é desativa-
do. André Cardozo
Criar uma apresentação
O PowerPoint 2010 é uma aplicação visual e gráfica, essencialmente 1. Clique no separador Ficheiro e, em seguida, clique em Novo.
utilizada para criar apresentações. Com o PowerPoint, pode criar, ver e
apresentar apresentações de diapositivos que combinem texto, formas, 2. Efetue um dos seguintes procedimentos:
imagens, gráficos, animações, vídeos e muito mais. • Clique em Apresentação em Branco e, em seguida, clique
em Criar.
Localizar e aplicar um modelo
• Aplique um modelo ou tema dos incorporados no PowerPoint
2010 ou dos transferidos a partir do Office.com. Consulte Localizar e
O PowerPoint 2010 permite aplicar modelos incorporados, aplicar mo- aplicar um modelo neste artigo.
delos personalizados e pesquisar entre diversos modelos disponíveis em
Office.com. Office.com fornece uma vasta seleção de modelos populares Abrir uma apresentação
do PowerPoint, incluindo apresentações e design slides.
1. Clique no separador Ficheiro e, em seguida, clique em Abrir.
Para localizar um modelo no PowerPoint 2010, efetue o seguinte pro- 2. No painel esquerdo da caixa de diálogo Abrir, clique na unidade
cedimento: ou pasta que contém a apresentação pretendida.
3. No painel direito da caixa de diálogo Abrir, abra a pasta que
1. No separador Ficheiro, clique em Novo. contém a apresentação.
2. Em Modelos e Temas Disponíveis, efetue um dos seguintes 4. Clique na apresentação e, em seguida, clique em Abrir.
procedimentos:
NOTA Por predefinição, o PowerPoint 2010 só mostra apresenta-
• Para reutilizar um modelo utilizado recentemente, clique ções do PowerPoint na caixa de diálogo Abrir. Para ver outros tipos de
em Modelos Recentes, clique no modelo pretendido e, em se- ficheiro, clique em Todas as Apresentações do PowerPoint e selecione o
guida, clique em Criar. tipo de ficheiro que pretender ver.
Para obter mais informações sobre como criar uma nova apresenta-
ção, consulte Atribuir um nome e guardar a apresentação.
Imprimir uma apresentação Utilizar efeitos visuais para ajudar a expressar a sua mensagem
1. Clique no separador Ficheiro e, em seguida, clique
em Imprimir. As imagens, os gráficos e os gráficos SmartArt fornecem ajudas visu-
ais que a sua audiência irá memorizar. Adicione gráficos adequados para
2. Em Imprimir, efetue o seguinte procedimento: complementar o texto e as mensagens dos seus diapositivos.
• Para imprimir todos os diapositivos, clique em Todos os Diapo-
sitivos. Contudo, tal como acontece com o texto, evite incluir demasiadas aju-
das visuais nos seus diapositivos.
• Para imprimir apenas o diapositivo atualmente apresentado, cli-
que em Diapositivo Atual. Tornar as etiquetas dos gráficos compreensíveis
• Para imprimir diapositivos específicos por número, clique
em Intervalo Personalizado e, em seguida, introduza uma lista de diaposi- Utilize apenas o texto suficiente para tornar os elementos de etiqueta
tivos individuais, um intervalo ou ambos. num gráfico compreensíveis.
NOTA Utilize vírgulas para separar os números, sem espaços. Por
exemplo: 1,3,5-12. Aplicar fundos de diapositivo subtis e consistentes
3. Em Outras Definições, clique na lista Cor e selecione a defini- Escolha um modelo ou tema apelativo e consistente que não seja de-
ção pretendida. masiado impressionante. Não pretende que o fundo ou desenho deprecie a
4. Quando concluir as suas seleções, clique em Imprimir. mensagem.
Radix RadarUol
Opera
www.opera.com
free
possui programa de e-mail
free
disponível em português
Opera
Bastante rápido para carregar as páginas e não tão pesado quanto o
Netscape. O programa de instalação é o menor com 3.2 Mb. Possui recur-
so de navegação por abas - novas páginas são abertas na mesma janela
do Opera, não havendo necessidade de abrir outras instâncias do browser.
Admite mouse gestures que são atalhos chamados através de um movi-
mento de mouse, como a atualização e o fechamento de uma janela.
Possui teclas de atalho para os principais sites de busca. Digitar, por
Histórico
O botão histórico exibe na parte esquerda do navegador quais foram
Clicando na setinha você verá o seguinte menu os sites visitados nas últimas semanas, ou dias com isso você pode manter
um controle dos sites que você passou nas últimas semanas e dias.
Bastante útil para usuários que esqueceram o nome do site e desejam
acessar novamente.
Página
O botão tem várias funções: Recortar
Copiar – Colar - Salvar Página - Enviar esta página através de e-mail
- Zoom Esta ferramenta aumenta o zoom da página fazendo com que ela
possa ficar ilegíve.Esta outra ferramenta só precisa ser utilizada se você
Note que os que estão em cima do que está marcado são as “próxi- não conseguir enxergar direito a letras ou imagens de um site - Tamanho
mas páginas”(isso ocorre quando você volta várias páginas), e os que do texto, configura o tamanho da fonte da página - Ver código fonte,
estão em baixo são as páginas acessadas. E o Histórico é para ver o visualiza o código fonte da página - Relatório Da Segurança, verifica se a
histórico, últimos sites acessados. página contem diretivas de segurança ou certificadas digitais - Privacidade
Barra de endereço e botões atualizar e parar da página, verifica se a página esta configurada de acordo com a sua
política de privacidade.
BOTÕES DE NAVEGAÇÕES
Impressão
Botão utilizado para imprimir a página da internet .
Voltar
Abaixo as funções de cada botão de seu navegador Internet Explorer
7.0 da Microsoft. Alternar entre as abas
O botão acima possibilita voltar na página em que você acabou de sair Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas
ou seja se você estava na página da Microsoft e agora foi para a da aposti- Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e
lasopcao, este botão lhe possibilita voltar para a da Microsoft sem Ter que suas respectivas páginas
digitar o endereço (URL) novamente na barra de endereços. Alternar entre as abas
Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas
Avançar Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e
O botão avançar tem a função invertida ao botão voltar citado acima. suas respectivas páginas
Parar
O botão parar tem como função obvia parar o download da página em
execução, ou seja, se você está baixando uma página que está demorando
muito utilize o botão parar para finalizar o download.
37. Considere os dados da planilha eletrônica exemplificada no §5º. Está Em seguida solicitou ao funcionário que selecionasse as 6 células (de A1
correta a fórmula inserida em B3 e pronta para ser propagada para B4 e B5 até C2) e propagasse o conteúdo selecionado para as 6 células seguintes
se for igual a (de A3 até C4), arrastando a alça de preenchimento habilitada na borda
(A) =B3+A2. inferior direita de C2. Após essa operação, o respectivo resultado contido
(B) =B$2+A3. nas células C3 e C4 ficou
(C) =B2+A3. (A) 11 e 13.
(D) =B2+A2. (B) 13 e 15.
(E) =B2+A$3. (C) 15 e 19.
(D) 17 e 19.
(E) 17 e 21.
50. A exibição de tela inteira do computador para mostrar da mesma ma- 57. Para iniciar uma nova apresentação em branco no PowerPoint, é
neira que o público verá a aparência, os elementos e os efeitos nos slides possível usar a opção "Apresentação em branco", do "Painel de Tarefas",
é utilizada pelo PowerPoint no modo de exibição ou ainda o botão "Novo", que fica no início da barra de ferramentas padrão.
(A) normal. Ao fazer isso, o "Painel de Tarefas" será modificado para
(B) de estrutura de tópicos. (A) "Mostrar formatação".
(C) de guia de slides. (B) "Barra de títulos".
(D) de classificação de slides. (C) "Apresentação".
(E) de apresentação de slides. (D) "Layout do slide".
(E) "Barra de desenho".
51. Uma apresentação em PowerPoint pode conter efeitos nas exibições
dos slides, entre outros, do tipo esquema de transição 58. Ao fazer uma pesquisa envolvendo três termos no Google, foi escolhida
(A) mostrar em ordem inversa. uma determinada opção em um dos sites constantes da lista apresentada.
(B) aplicar zoom gradativamente. Ao abrir o site, tal opção faz com que os três termos sejam apresentados
(C) máquina de escrever colorida. em destaque com cores diferentes ao longo dos textos da página aberta.
(D) persiana horizontal. Tal opção é
(E) lâmpada de flash. (A) "Em cache".
92. O cabeçalho ou rodapé pode conter, além de número da página, a 100. Quando um arquivo não pode ser alterado ou excluído acidentalmente
quantidade total de páginas do documento MS Word, escolhendo o modelo deve-se assinalar em Propriedades do arquivo o atributo
Página X de Y inserido por meio da aba (A) Criptografar o conteúdo.
(A) Inserir, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Número da página. (B) Somente leitura.
(B) Inserir, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Cabeçalho ou botão (C) Gravar senha de proteção.
Rodapé. (D) Proteger o conteúdo.
(C) Layout da página, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Número da (E) Oculto.
página.
(D) Layout da página, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Cabeçalho
ou botão Rodapé.
(E) Layout da página, do grupo Número de página e do botão Cabeçalho
ou botão Rodapé.
Sentidos de cultura. Assim, dentro do conceito geral de cultura, é possí- Constituída de diferentes valores, a cultura forma os complexos que, u-
vel falar de culturas e, por isso, se identificam sentidos específicos segundo nidos e inter-relacionados, dão o padrão cultural. A organização social, a
os quais a cultura é antropologicamente considerada. São quatro, a saber: língua usada, a organização política, a estética, as idéias religiosas, as
(1) a cultura entendida como modos de vida comuns a toda a humanidade; técnicas, o sistema de ensino são alguns dos elementos existentes em uma
(2) a cultura entendida como modos de vida peculiares a um grupo de sociedade. Esses elementos dão forma à cultura e a representam, em
sociedades com maior ou menor grau de interação; (3) a cultura entendida conjunto, de maneira a caracterizar a sociedade em que se manifestam. Não
como padrões de comportamento peculiares a uma dada sociedade; (4) a são iguais, porém, em todas as sociedades; daí a cultura ser variável. A
cultura entendida como modos especiais de comportamento de segmentos cultura é também cumulativa; vão-se acumulando nela, em face da respecti-
de uma sociedade complexa. va sociedade, os elementos vindos de gerações anteriores, sem prejuízo
das mudanças que se podem verificar no decorrer do tempo.
O primeiro sentido apresenta aqueles elementos de cultura comuns a
todos os seres humanos, como a linguagem (todos os homens falam, embo- Cada geração humana, em determinada sociedade, recebe os elemen-
ra se diversifiquem os idiomas ou línguas faladas). São aqueles hábitos -- o tos vindos de seus antepassados, e ao mesmo tempo vai acolhendo novos
de dormir, o de comer, o de ter uma atividade econômica -- que se tornam elementos que se juntam àqueles. Por isso mesmo, a cultura é também
comuns a toda a humanidade. contínua: vai além do indivíduo ou de uma geração, pois continua, mesmo
modificada, mas sem interromper sua permanência na sociedade a que
No segundo sentido, encontram-se os elementos comuns a um grupo pertence. É o continuum cultural que liga cada sociedade a suas raízes mais
de sociedades, como o vestuário chamado ocidental, que é comum a fran- antigas. Se alguns valores se alteram, desaparecem e são substituídos por
ceses, a portugueses, a ingleses. São diversas sociedades que têm o mes- novos, outros se mantêm constantes, vivos, geração após geração. Essa
mo elemento cultural; um exemplo é o uso do inglês por habitantes da continuidade cultural dá à sociedade sua estabilidade, pois apesar das
Inglaterra, da Austrália, da África do Sul, dos Estados Unidos, que, entre si, revoluções, invasões, novos contatos com grupos diferentes, o fato é que a
entretanto, têm valores culturais diferentes. cultura permanece, e a sociedade prossegue em sua existência.
O terceiro sentido é formado pelo conjunto de padrões de determinada
sociedade, por exemplo, aqueles padrões culturais que caracterizam o Por fim, a cultura é um instrumento de adaptação do homem ao ambien-
comportamento da sociedade do Rio de Janeiro; ou as peculiaridades que te. É pelos valores culturais que o homem se integra a seu meio. Primeiro,
assinalam os habitantes dos Estados Unidos. como indivíduo. Ao transformar-se em personalidade que se incorpora a seu
grupo, vai adquirindo os hábitos, os usos e os costumes da sociedade a que
O quarto sentido de cultura refere-se a de modos especiais de compor- pertence, de forma a adaptar-se inteiramente a ela. Aprende a língua que
tamento de um segmento de sociedade mais complexa. Uma dada socieda- deve ser falada; adquire as noções de relações com os companheiros;
de possui valores culturais comuns a todos os seus integrantes. Dentro, aprende os mesmos jogos infantis e as mesmas atividades juvenis; adquire
porém, dessa sociedade encontram-se elementos culturais restritos ou uma profissão que atende aos interesses da sociedade. Em segundo lugar,
específicos de determinados grupos que a integram. São certos costumes cria instrumentos ou concebe novas idéias, que o capacitam a melhor adap-
que, dentro da sociedade multíplice do Rio de Janeiro, apresentam os tar-se ao ambiente.
habitantes de Copacabana, os de uma favela ou de um subúrbio distante. A
esses segmentos culturais de uma sociedade complexa, dá-se também o Classificações da cultura. Apesar de formar uma unidade devidamente
nome de subcultura. estruturada, cumulativa e contínua, a cultura pode ser dividida. É o que se
chama de classificação de cultura, isto é, a divisão dos valores culturais
São esses sentidos que permitem verificar a diferenciação de cultura exclusivamente por necessidade metodológica, ou para fins pedagógicos ou
entre os diversos grupos humanos. Tal diferenciação resulta de processos didáticos. Os elementos que integram uma cultura não dominam uns aos
internos ou externos, uns e outros atuando de maneira diversa sobre o outros; unem-se e ajudam a compreender a cultura e seu funcionamento. A
fenômeno cultural. Entre os processos internos, encontram-se as inovações, classificação ou divisão da cultura é apenas uma necessidade que têm os
traduzidas em descobertas e invenções, que, às vezes, surgem em determi- estudiosos para melhor apreciar os diferentes aspectos dessa cultura. Daí a
nado grupo e depois se transmitem a outros grupos, não raro sofrendo própria variação dessas classificações ou divisões, em geral conforme as
modificações ao serem aceitas pela nova sociedade. Os processos externos preferências ou pontos de vista em que se coloca cada autor.
explicam-se pela difusão: é a transmigração de um elemento cultural de uma
sociedade a outra. Em alguns casos o elemento cultural mantém a mesma A mais antiga classificação se deve ao sociólogo americano William Fi-
forma e função; em outros, modifica-as ou mantém apenas a forma e modifi- elding Ogburn, que em Social Change: With Respect to Culture and Original
ca a função. Nature (1922; Mudança social: referida à cultura e natureza original) dividiu a
cultura em material e não-material ou espiritual. A primeira compreenderia
A caracterização de Herskovits. Todos esses aspectos relacionados todos os elementos capazes de uma representação objetiva, em um objeto
com o processo cultural de uma sociedade podem ser analisados à base de ou fato. A segunda seria tudo o que é criado pelo homem, como concepção
alguns princípios. De acordo com a caracterização de Melville Herskovits, a ou idéia, nem sempre traduzido em objetos ou fatos.
cultura deriva de componentes da existência humana, é aprendida, estrutu-
rada, formada de elementos, dinâmica, variável, cumulativa, contínua e um Outras classificações podem ainda ser lembradas. Ralph Linton, base-
instrumento de adaptação do homem ao ambiente. ando-se na constatação de que os fatos culturais resultam das necessidades
humanas, dividiu a cultura em: necessidades biológicas, agrupando todos os
A cultura é derivada de componentes da existência humana, ou seja, o- fatos que correspondem à vida física do homem (alimentação, habitação,
rigina-se de fatores ligados ao homem. São fatores ambientais, psicológicos, vestuário etc.); necessidades sociais, em que se reúnem todos os fatos
sociológicos e históricos, que contribuem para compor a cultura dentro de relacionados com a vida em sociedade (organização social, organização
uma sociedade estudada. Ela é também aprendida, porque se verifica um política, ensino etc.); e necessidades psíquicas, que compreendem todos os
processo de transmissão dos mais velhos -- pessoas ou instituições -- aos fatos que representam manifestações de pensamento dos seres humanos
mais novos, à proporção que estes se vão incorporando a sua sociedade. (crenças, estética etc.). Melville Herskovits ofereceu a seguinte distribuição
São as chamadas linhas de transmissão, isto é, aqueles meios pelos quais
A ideia de diversidade está ligada aos conceitos Kurt Lewin define o conflito no indivíduo como "a convergência
de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão ou de de forças de sentidos opostos e igual intensidade, que surge quando existe
abordagem, heterogeneidade e variedade. E, muitas vezes, também, pode atração por duas valências positivas, mas opostas (desejo de assistir a
ser encontrada na comunhão de contrários, na intersecção de diferenças, uma peça de teatro e a um filme exibidos no mesmo horário e em locais
ou ainda, na tolerância mútua. A diversidade cultural é complicada de diferentes); ou duas valências negativas (enfrentar uma operação ou ter o
quantificar, mas uma boa indicação é pensar em uma contagem do número estado de saúde agravado); ou uma positiva e outra negativa, ambas na
de línguas faladas em uma região ou no mundo como um todo. Através mesma direção (desejo de pedir aumento salarial e medo de
desta medida, há sinais de que podemos estar atravessando um período de ser demitido por isso)".
declínio precipitado na diversidade cultural do mundo. Pesquisa realizada Salvatore Maddi classifica as teorias da personalidade segundo três
na década de 1990 por Luã Queiros (Professor Honorário de Linguística na modelos, um dos quais o de conflito. Esse modelo supõe que a pessoa
University of Wales, Bangor) sugeriu que naquela época em média, uma esteja permanentemente envolvida pelo choque de duas grandes forças
língua caía em desuso a cada duas semanas. Ele calculou que se a taxa antagônicas, "que podem ser exteriores ao indivíduo (conflito
de mortalidade de línguas continuasse até o ano 2100, mais de 90% dos entre indivíduo e sociedade) ou intrapsíquicas (forças conflitantes do
estilos falados atualmente no mundo serão extintos. interior do indivíduo que se dão, por exemplo, entre os impulsos de
A Origem da Diversidade Cultural separação, individuação e autonomia e os impulsos de integração,
comunhão e submissão)".
Há um consenso geral entre os principais antropólogos que o
primeiro homem surgiu na África, há cerca de dois milhões de anos atrás. O conflito, no entanto, pode ter efeitos negativos como positivos, mas
Desde então, temos nos espalhados por todo o mundo, com sucesso em em certos casos e circunstâncias, como fator motivacional da atividade
nos adaptarmos às diferentes condições, como por exemplo, as mudanças criadora.
climáticas. As muitas sociedades que surgiram separadas por todo O conflito em algumas escolas da sociologia é enxergado como o
o globo diferiam sensivelmente umas das outras, e muitas dessas desequilíbrio de forças do sistema social que deveria estar em repouso, isto
diferenças persistem até hoje. é, equilibrado, quanto à forças que o compõe. Segundo esta teoria, não se
Bem como os mais evidentes as diferenças culturais que existem entre enxerga mais o grupo como uma relação harmônica entre órgãos, não
os povos, como a língua, vestimenta e tradições, também existem suscetíveis de interferência externa.
variações significativas na forma como as sociedades organizam-se na sua Os conflitos, para ter uma solução pacífica, devem ter todos os meios
concepção partilhada da moralidade e na maneira como interagem no possíveis de negociação de controvérsias, estas, precisam ser executadas
seu ambiente. Joe Nelson, de Stafford Virginia, tem popularizado a com diplomacia, bons ofícios, arbitragem e conciliação
expressão "Cultura e diversidade", enquanto na África, é discutível se essas
diferenças são apenas artefatos decorrentes de padrões de Sempre que se deve escolher entre duas situações incompatíveis,
migração humana, ou se elas representam uma característica evolutiva que sejam elas de prazer ou de perigo, instala-se um conflito.
é fundamental para o nosso sucesso como uma espécie. Por analogia com
Conflito é um antagonismo psicológico que perturba a ação ou a
a biodiversidade, que é considerada essencial para a sobrevivência a longo tomada de decisão por parte da pessoa. Trata-se de um fenômeno
prazo da vida na Terra. É possível argumentar que a diversidade cultural subjetivo, muitas vezes inconsciente ou de difícil percepção. De modo
pode ser vital para a sobrevivência a longo prazo da humanidade e que a geral, o indivíduo tem consciência apenas do sofrimento ou da perturbação
preservação das culturas indígenas pode ser tão importante para a de comportamento, originados do conflito reprimido.
humanidade como a conservação das espécies e do ecossistemas para a
vida em geral. A abordagem condutista dos fenômenos psíquicos entende que a
situação de conflito é fruto da concorrência de respostas incompatíveis, ou
Este argumento é rejeitado por muitas pessoas, por várias razões: seja, um choque de motivos dentro do indivíduo. O prolongamento do
Em primeiro lugar, como a maioria das questões evolutivas da natureza estado de conflito pode acarretar fadiga, fraqueza, depressão nervosa etc.
humana, a importância da diversidade cultural para a sobrevivência pode O estudo dos conflitos ajuda a compreender melhor alguns aspectos de
ser uma hipótese impossível de testar, que não podem ser provadas nem certos desajustes comportamentais, neuroses, psicopatias e psicoses
refutadas. funcionais.
Em segundo lugar, é possível argumentar que é antiético conservar A teoria psicanalítica de Freud parte da hipótese básica do conflito
deliberadamente sociedades "menos desenvolvidos", pois isso irá negar às entre os impulsos de prazer e as imposições da realidade, que se
pessoas dentro dessas sociedades os benefícios de avanços tecnológicos expressam pelo choque entre as forças do id, que é o substrato instintivo
e médicos desfrutado por aqueles no mundo "desenvolvido". da psique, e a repressão exercida pelo superego, que impõe ao
comportamento as exigências ético-sociais. Desde o início do processo de
Finalmente, há muitas pessoas, especialmente aquelas com fortes socialização, a criança se depara com situações ambíguas, em que a
convicções religiosas, que afirmam que é do interesse dos indivíduos e da busca do prazer é coibida pelo adulto quando esse prazer é inconveniente
humanidade como um todo, que todos respeitem o único modelo de ou ameaçador. Assim, por exemplo, uma criança que rabisca as paredes
sociedade que eles considerem correcto. Por exemplo, organizações com a intenção de corresponder ao desejo dos pais de que aprenda a
missionárias evangelistas fundamentalistas como a Missão Novas Tribos do escrever, pode ser castigada por isso. A ação do adulto é ao mesmo tempo
Brasil trabalham ativamente para reduzir a diversidade cultural, procurando protetora e restritiva, incentivadora e punitiva.
remotas sociedades tribais, convertendo-as à sua própria fé, e induzindo-os
a remodelação de sua sociedade de acordo com os seus princípios. É inegável a influência dos conflitos interpessoais do âmbito familiar na
formação da personalidade e na gênese dos conflitos psicológicos. De
Existem várias organizações internacionais que trabalham para modo geral, a terapia psicanalítica busca mostrar claramente os conflitos ao
proteger sociedades e culturas, incluindo a Survival International e a próprio analisando, para que ele possa elaborá-los e resolvê-los.
UNESCO. A Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade
Cultural, aprovada por 185 Estados-Membros em 2001, representa o Com uma concepção teórica diferente, Kurt Lewin define o conflito
primeiro instrumento de definição de padrão internacional destinado a como a convergência de forças de sentidos opostos e igual intensidade. O
preservar e promover a diversidade cultural e o diálogo intercultural . conflito surge quando o indivíduo é atraído por duas valências, positivas
Quando a mente esta fechada para coisas novas ela não evolui, o tem-
po passa e a pessoa continua do mesmo jeito. A mente que evolui é aquela
que questiona se aquela opinião está certa ou não. Quando temos uma
mente fechada envelhecemos, ainda que sejamos jovens. Temos a certeza
de que o que pensamos é o certo e ponto final, e que qualquer coisa dife-
rente disso não será bem recebida. Uma pessoa com a mente fechada é
cheia de pré conceitos e leis próprias. São críticas dos outros e nunca de si
mesmos. Foto: splifr/flickr/com
A recente legalização da maconha no Uruguai originou novas discus-
A constante reciclagem das idéias faz a mente ficar ativa e pronta para sões sobre a racionalidade dessa decisão que, na opinião de peritos, não
aprender mais, para se expandir. Isso não significa que devemos nos levará a nada de bom.
deixar levar por modismos ou qualquer ideologia que apareça, mas sim
questionar os nossos próprios conceitos. Na realidade, a legalização de drogas leves no Uruguai pode ser quali-
ficada como acontecimento do século. Pela primeira vez, o Estado autoriza
As coisas mudam numa velocidade espantosa, se não tivermos com- e sujeita a seu controle todo o setor, das importações para as exportações,
placência, em alguns anos nos sentiremos como pessoas de séculos atrás sem falar da semeadura, cultivo, colheita, transformação, compra, armaze-
que vieram parar nessa época por meio de uma máquina do tempo. namento, venda e propagação. Mas é evidente que o Uruguai não é o
primeiro sujeito de direito internacional em que as ideias libertárias encon-
Uma mente complacente se dá muito melhor com as outras pessoas traram apoio por parte de círculos de poder. Podemos falar com certeza de
que estão em constante aprendizado e constante dúvida. Não há limites uma nova tendência mundial, destaca o chefe da Seção da Ásia Média e
para a evolução mental e nem idade para parar de aprender. Central do Instituto dos Países da CEI, Andrei Grozin:
http://inteligencia-social.info/
“Aquilo que acontece hoje no mundo pode ser considerado como lega-
Movimento cultural
lização de drogas leves, da maconha, em primeiro lugar. Por um lado, este
Um movimento cultural é uma mudança no modo como diferentes é um acontecimento bastante extraordinário, pelo menos para a UE, porque
disciplinas (artísticas, científicas, filosóficas, etc.) encaram o seu trabalho. os burocratas europeus tentavam até recentemente impedir esta ação
É, em grande medida, uma distinção artificial, uma vez que raramente liberal. Mas agora o pêndulo moveu-se para outra parte. Atualmente, a
existe uma quebra radical, deliberada e consciente, antes as mudanças se legalização de drogas leves é uma certa tendência. Por enquanto é impos-
processam lentamente e quase de forma inconsciente. sível prever quanto tempo durar esta situação. Não diria que a legalização
de drogas leves é uma tendência de longo prazo. Mas avaliando as deci-
Legalização de drogas sões tomadas agora por alguns governos, a maconha equipara-se ao
A legalização de drogas, no que se refere às substancias recreativas, tabaco e álcool.”
é uma estratégia de reforma da política antidrogas proposta por alguns
juristas e ativistas políticos. O fundamento é enfraquecer a rede de tráfico e É só à primeira vista que a tendência definida por peritos seja inofensi-
seu poder de aliciamento de novos usuários, supondo-se ser mais fácil lidar va. As drogas leves, tal como as drogas em geral, é o caminho mais curto
com os danos à saúde, distúrbios psiquiátricos e psicológicos causados ao inferno de onde não há saída, considera o presidente da Associação de
pelo consumo do que empregar forças policiais em luta armada a quadri- Saúde Pública da Rússia, professor e doutor em Medicina, Andrei Demin:
lhas de traficantes enriquecidos pelo comércio ilegal e apoiados por funcio-
“Uma política absolutamente justa é aplicada pelos países que proíbem
nários de delegacias e do sistema prisional ou por representantes políticos
corruptos. É um tema extremamente complexo e polêmico, inclusive a as drogas e perseguem seus produtores e vendedores. Mas o número de
depender do modo como for feito pode-se ser enquadrado na legislação de consumidores é enorme. Esta é uma doença perpétua: mesmo se uma
proselitismo e incentivo ao consumo de drogas (Induzir, instigar ou auxiliar pessoa alcançar uma fase de remissão, ela deverá ser controlada até o fim
alguém ao uso indevido de droga) segundo legislação brasileira. dos seus dias. Isso, infelizmente, não é conhecido por todos. Mesmo as
drogas legais, como, por exemplo, as bebidas alcoólicas e cigarros, são
O direito não tem existência por si só. Ele existe no meio social e em Durante a época moderna surgem os contratualistas, destacando os
função da sociedade, não sendo seu único instrumento de organização e nomes de Spinoza, Hobbes, Locke, Leibnitz, Vico e Rousseau. Existe uma
harmonia, mas, merece lugar de destaque, pois é o que possui maior gama enorme e variada de teorias contratualistas que buscam explicações
pretensão de efetividade, manifestando-se como um corolário inafastável. para o impulso associativo do homem, com diferentes explicações e teses.
Há, no entanto, um ponto em comum entre eles. Todas negam o impulso
Resumo associativo natural, concluindo que somente a vontade humana justifica a
existência em sociedade. A sociedade, portanto, é uma criação humana e
O homem é um ser social e político, vivendo em grupos, em socieda-
se tem sua base firmada em um contrato, que pode ser alterado ou desfei-
des. É natural que no seio destes grupos haja conflitos, desentendimentos
to.
e interesses divergentes. No entanto, o homem sente necessidade de
segurança e busca a harmonia social. Para que a sociedade subsista é Hobbes, por exemplo, com suas ideias apresentadas na obra "Leviatã",
necessário que os conflitos sejam resolvidos e para tanto, o homem dispôs defendia que o homem é um ser mau e antissocial por natureza, enxergan-
de vários meios com o intuito de controlar as ações humanas e trazer um do seus semelhantes como concorrentes a serem dominados ou destruí-
equilíbrio à sociedade. São os instrumentos de controle social. O Direito, dos. O constante estado de guerra, de conflitos e brutalidade teria levado
criação humana, é um destes instrumentos, cujo principal objetivo é viabili- os homens a firmarem um contrato entre si, transferindo o poder de se
zar a existência em sociedade, trazendo paz, segurança e justiça. autogovernar, seus direitos e liberdades ao Estado, que deveria impor
1.A sociabilidade humana ordem e segurança a todos.
O homem é um ser social e precisa estar em contato com seus seme- Rousseau, por sua vez, em "O contrato social", afirma que o homem,
lhantes e formar associações. Ele se completa no outro. Somente da inte- ao revés do entendimento de Hobbes, é essencialmente bom e livre. A
ração social é possível o desenvolvimento de suas potencialidades e facul- sociedade e o aparecimento da propriedade privada é que o corrompe,
dades. Ele precisa buscar no outro as experiências ou faculdades que não dando início aos inúmeros conflitos sociais. A solução encontrada por ele
possui e, mais, há a necessidade de passar seu conhecimento adiante. para extirpar os conflitos seria a organização de um Estado que só se guie
Dessa interação, há crescimento, desenvolvimento pessoal e social. pela vontade geral, e não pelos interesses particulares. O instrumento pelo
qual se perfaz essa sociedade é o contrato social, pelo qual cada indivíduo
Conforme Battista Mondin (1986, p.154) o homem é um ser sociável, transfere ao Estado a sua pessoa, todos os seus direitos e suas coisas.
pois tem a "propensão para viver junto com os outros e comunicar-se com
Ante o exposto, entendemos que a sociedade é fruto da própria nature-
eles, torná-los participantes das próprias experiências e dos próprios dese-
za humana, de uma necessidade natural de interação. O homem tem
jos, conviver com eles as mesmas emoções e os mesmos bens." Segundo
necessidade material e espiritual de conviver com seus semelhantes, de se
o mesmo autor, ele também é um ser político. A politicidade é "o conjunto
desenvolver e de se completar. No entanto, essa interdependência recípro-
de relações que o indivíduo mantém com os outros, enquanto faz parte de
ca não exclui a participação da consciência ou da vontade humana. Cons-
um grupo social."
ciente de que necessita da vida social o indivíduo procura melhorá-la e
Vários estudiosos tentam explicar o impulso associativo do ser huma- torná-la mais viável. A sociedade, em suma, seria o produto de um impulso
no. Platão (428-348 a.C.) interpreta a dimensão social do homem como um natural conjugado com a vontade e consciência humana.
fenômeno contingente. Para ele o homem é um ser etéreo, é essencialmen-
te alma e se realiza em sua plenitude e perfeição, alcançando a felicidade 2.Sociedade e interação
ao contemplar as ideias. Estas se localizam em um mundo denominado O conceito de sociedade apresenta inúmeras controvérsias devido ao
"topos uranos", ou lugar celeste. Para esta atividade não necessita de seu amplo aspecto. O vocábulo pode ser utilizado de diversas formas e
ninguém, cada alma se basta, existindo e se realizando por conta própria, com vários sentidos, tais como o de nação e o de grupo social. Em termos
independentemente das outras. Mas, por causa de uma grande culpa, que gerais podemos definir sociedade como um grupo de pessoas que intera-
não é explicada em sua teoria, as almas perderam sua condição original de gem entre si.
espiritualidade absoluta e caíram na Terra, sendo obrigadas a assumir um
corpo físico para expurgar suas culpas e purificar-se. Esse corpo físico Deste conceito podemos deduzir três características da sociedade: a
funcionaria como um limitador de suas potencialidades e faculdades, impe- multiplicidade de pessoas, a interação entre elas e a previsão de compor-
dindo-as de se sentirem completas por si só. Desse modo, as almas corpo- tamento. Para a formação da sociedade não basta que existam várias
rificadas precisam se associar para suprir suas carências e limitações. pessoas reunidas, uma aglomeração de indivíduos, mas que elas interajam,
Segundo Platão, portanto, a sociabilidade é uma consequência da corpo- que desenvolvam ações conjuntas, que tenham reações aos comportamen-
reidade e dura apenas enquanto as almas estiverem ligadas ao corpo tos uns dos outros, que desenvolvam diálogos sociais. Ela se faz por um
físico, material. amplo relacionamento humano. Dessa interação é possível prever compor-
tamentos, situações e condutas que poderão se manifestar no seio do
Aristóteles (384-322 a.C), de maneira oposta, entende que a sociabili- grupo, sejam elas lícitas ou ilícitas.
dade é uma propriedade essencial do homem. Na sua visão, o homem é
constituído de corpo e de alma, essencialmente. E, por esta constituição, Conforme ensina Betioli (2008, p.7): "A interação, por seu turno, pres-
não pode se autorrealizar, sendo necessário criar vínculos sociais para supõe uma previsão de comportamento, ou de reações ao comportamento
satisfazer suas próprias necessidades e vontades. É a natureza do homem dos outros.(...) Cada um age orientando-se pelo provável comportamento
que o impulsiona a querer associar-se e interagir com os demais. Por este do outro e também pela interpretação que faz das expectativas do outro
motivo, considerava o homem fora da sociedade um ser superior ou inferior com relação a seu comportamento."
à condição humana: "O homem é, por sua natureza, um animal político. Segundo Paulo Nader, a interação social, basicamente, vai se realizar
Aquele que, por natureza, não possui estado, é superior ou mesmo inferior de três formas: a cooperação, a competição e o conflito. Vejamos:
ao homem, quer dizer: ou é um deus ou mesmo um animal" (de sua obra: A
política). "Na cooperação, as pessoas estão movidas por um mesmo objetivo e
valor e por isso conjugam o seu esforço. Na competição há uma disputa,
Santo Tomás de Aquino (1225-1274), como Aristóteles, considerava o uma concorrência, em que as partes procuram obter o que almejam, uma
homem um ser naturalmente sociável: "O homem é, por natureza, ani- visando à exclusão da outra. (...) O conflito se faz presente a partir do
mal social e político, vivendo em multidão, ainda mais que todos os outros impasse, quando os interesses em jugo não logram uma solução pelo
animais, o que evidencia pela natural necessidade." (S.Th, I, 96, 4). Afirma
Essa evolução, entretanto, precisa ser qualificada. O relatório do Desenvol- Restringindo a globalização ao âmbito da economia durante o século XX, é
vimento Humano de 1999, publicado pelo Programa das Nações Unidas importante distinguir dois períodos: do início do século até 1980 e nas duas
para o Desenvolvimento divulgou dados que mostram que os países que se últimas décadas. É dos anos 80 em diante que ganha força a globalização
encontram no topo da pirâmide da riqueza mundial – os 20% mais ricos - econômica.
concentram 93,3% dos usuários da internet.
Crescimento econômico do início do século XX até 1980
De acordo com o mesmo relatório: “nos últimos anos da década de 90, o
quinto da população mundial que vive nos países de renda mais elevada O século XX, apesar das duas guerras mundiais e da grande depressão
tinha (...) 74% das linhas telefônicas mundiais, meios básicos de comunica- dos anos 30, foi um século de crescimento econômico, principalmente após
ção atuais, enquanto que o quinto de menor renda possuía apenas 1,5% a Segunda Guerra. A crise do petróleo de 1973 brecou, porém não inter-
das linhas. Alguns observadores previram uma tendência convergente. No rompeu o crescimento econômico mundial. De acordo com o relatório do
entanto, a década passada mostrou uma crescente concentração de renda, Banco Mundial de 1999, de 1975 a 1995 a taxa média de crescimento do
recursos e riqueza entre pessoas, empresas e países” (PNUD, 1999, p.5). Produto Nacional Bruto mundial foi 2,8% ao ano. Em termos per capita essa
taxa foi 1,1%.
O avanço nas comunicações está relacionado com a globalização econô-
mica à medida que a revolução na informação está abrindo novos espaços O crescimento econômico favoreceu os pobres, porém não solucionou o
e perspectivas econômicas em todos os níveis, tanto para os países, quan- problema da pobreza no mundo. Com base em dados de 80 países ao
to para as empresas e para as pessoas. Representa um avanço real e longo de quatro décadas, um estudo desenvolvido por Dollar e Kraay
significativo para o futuro mundial, embora não esteja isento de perigos e concluiu que “o relacionamento entre o crescimento da renda dos pobres e
desafios. O ideal de um mercado com informação perfeita e instantânea o crescimento da renda geral é um para um” (2000, p. 27). Ou seja, a renda
está deixando o status de utopia dos livros-texto de economia para tornar- dos pobres aumentou na mesma proporção em que a renda em geral .
se uma possibilidade real graças ao baixo custo e rapidez da informação,
principalmente pelo uso da Internet. Se ao longo do século passado o crescimento econômico foi uma tendência
generalizada, a riqueza gerada não se distribuiu simetricamente. De acordo
A conclusão é clara: a revolução nas comunicações transformou a atividade com o relatório do Desenvolvimento Humano (1999), publicado pelas
econômica nos últimos vinte anos e – muito embora a sua distribuição Nações Unidas, 20% dos países mais ricos detêm 86% do PIB mundial,
tenha sido assimétrica - favoreceu a integração entre países e o processo enquanto que os 20% mais pobres participam apenas com 1% da produção
de globalização. mundial.
Em relação às diferenças de renda entre países, estudo desenvolvido por
III. Globalização econômica Nicholas Crafts sobre o crescimento econômico no século XX conclui que
houve um “generalizado e sem precedentes distanciamento em termos de
A globalização econômica é uma faca de dois gumes. De um lado, descor- nível de renda e desempenho entre países, e especialmente entre a OCDE
tina novos horizontes para a economia mundial, de outro, entretanto, pode e muitos países em desenvolvimento, tanto na primeira quanto na segunda
abrir o fosso que separa pessoas e países, aumentando o abismo entre os metade do século XX” (2000, p. 4).
beneficiados com o processo e os desfavorecidos da fortuna. Há um claro
divisor de águas entre aqueles que defendem os aspectos positivos da Independentemente dessa observação, a análise do Índice de Desenvolvi-
integração econômica e aqueles que somente vêem as mazelas do proces- mento Humano (IDH) ao longo do século passado mostra que houve avan-
Globalização econômica de 1980 em diante: crescimento, pobreza e distri- Este último grupo de países representa um desafio para o futuro econômico
buição de renda e político mundial. Na avaliação do Banco Mundial, os países mais pobres,
assim como os países em desenvolvimento de modo geral, têm enfrentado
Para avaliar como a globalização afetou o crescimento econômico, a po- diversas dificuldades para crescer e competir com os países mais ricos. A
breza e a distribuição de renda, Dollar e Kraay (2001) reuniram dados de primeira delas é o protecionismo desses países: “as tarifas dos países ricos
um grupo de mais de cem países. Eles foram divididos em três grupos: são baixas, mas eles mantêm barreiras exatamente nas áreas em que os
países ricos, países inseridos no processo de globalização (“globalizers”), e países em desenvolvimento têm vantagens comparativas: agricultura e
países não inseridos na globalização (“non-globalizers”). O critério para manufaturas intensivas em trabalho”. (World Bank, 2002, p.9).
diferenciar os países inseridos na globalização do resto dos países em
desenvolvimento, de 1980 em diante, foi fixado em função de duas variá- Um segundo desafio são as restrições para o investimento externo: “en-
veis: cortes de tarifas e aumento do volume de comércio exterior. quanto fluxos de capital privado para países novos em termos de globaliza-
ção têm crescido dramaticamente, os países menos globalizados têm
Os países inseridos na globalização tiveram mudanças significativas no experimentado com freqüência fugas de capital – desde 1990 perto de 40%
volume de comércio exterior em relação ao Produto Interno Bruto, passan- da riqueza privada da África foi enviada para fora do continente” (idem, p.
do de 16% para 32% nos últimos vinte anos. Como elemento de compara- 10).
ção, nos países ricos esse aumento foi de 29% para 50%. Ao mesmo A migração representa a terceira dificuldade. Se, de um lado, as pressões
tempo os países inseridos na globalização reduziram as suas tarifas em 22 econômicas para a migração aumentam, do outro, a migração legal é
pontos percentuais (de 57% para 35%). Os países inseridos na globaliza- altamente restritiva: “Em comparação com cem anos atrás, o mundo é
ção representam metade da população mundial, ou seja, mais de três muito menos globalizado no que se refere a fluxos de mercado de trabalho.
bilhões de pessoas. Dentre eles se encontram China, Índia, Brasil, México e O número de migrantes residindo em países diferentes da sua nacionalida-
Argentina. de representa apenas 2% da população mundial” (idem, p.11).
As conclusões do estudo mostram que “enquanto as taxas de crescimento Além desses desafios, específicos dos países mais pobres, a abertura
dos países ricos declinaram nas décadas passadas, as taxas de crescimen- econômica promovida pela globalização aumentou a competição entre as
to dos ´globalizers´ tem seguido o caminho inverso, acelerando-se dos empresas, valorizando o fator educacional, as habilidades técnicas dos
anos 70 para os 80 e 90. O resto do mundo em desenvolvimento, por outro trabalhadores e a experiência profissional. Ou seja, o fator capital humano,
lado, seguiu o mesmo caminho que os países ricos: desaceleração do adquiriu maior importância com a globalização. Ao mesmo tempo, prejudi-
crescimento dos anos 70 para os 80 e 90. Nos anos 90 os países inseridos cou o trabalhador de mais idade, ao enfrentar maiores dificuldades para
na globalização tiveram um crescimento per capita de 5% ao ano; os paí- adaptar-se às novas tecnologias e aprender novos ofícios.
ses ricos cresceram a 2,2% per capita e os países não inseridos cresceram Em função desse diagnóstico, “a combinação de abertura com uma força
apenas 1,4% (Dollar e Kraay, 2001, p. 27). Ou seja, a distância entre paí- de trabalho bem treinada e educada, produz especialmente bons resultados
ses ricos e em desenvolvimento declinou nas duas últimas décadas em para a redução da pobreza e o bem-estar humano. Portanto, um bom
relação aos países inseridos na globalização e aumentou para aqueles sistema educacional que providencie oportunidades para todos é crítico
países não inseridos no processo. para o sucesso neste mundo globalizado” (idem, p. 14).
O estudo sugere também que a taxa de inflação dos países com maior Também a partir dessa avaliação, o Banco Mundial propõe uma agenda
abertura para o exterior declinou nas últimas décadas. para ação que permita que os países mais pobres se beneficiem da globali-
Dos anos 80 para os anos 90, a inflação média desses países passou de zação nas seguintes áreas-chave:s 1) participação do mercado global em
24% ao ano para 12%. A estabilização monetária deverá contribuir para expansão, favorecido por uma redução das barreiras comerciais e uma
que a renda dos pobres cresça em torno de 0,4%. Em função desses nova rodada de negociações comerciais; 2) melhorar o clima de investimen-
resultados, os autores do estudo comentam: “podemos esperar que uma to nos países em desenvolvimento; 3) aperfeiçoar os serviços de educação
maior abertura deverá melhorar a vida material dos pobres. Também sa- e saúde; 4) providenciar proteção social adequada a um mercado de traba-
bemos que no curto prazo haverá alguns perdedores entre os pobres e que lho dinâmico em uma economia aberta; 5) maior volume de ajuda externa;
a efetiva proteção social pode facilitar a transição para uma economia mais 6) perdão das dívidas, especialmente para os países africanos; 7) preocu-
aberta, de tal maneira que todos os pobres se beneficiem com o desenvol- pação com o meio ambiente: aquecimento global e emissão de gases.
vimento” (Dollar e Kraay, 2001, p.6).
A globalização econômica – aumento de comércio exterior e redução de As propostas do Banco Mundial são importantes e relevantes. Não há
tarifas – favorece o crescimento e a diminuição da pobreza. O grande dúvida de que contribuiriam para elevar a renda e os padrões de vida
desafio da globalização, entretanto, continua a ser a distribuição de renda mundiais, principalmente nos países mais pobres, ou seja, para um terço
entre países e entre pessoas: “países que reduziram a inflação e expandi- da população mundial. A questão, entretanto, é como colocar em prática
ram o comércio e viram acelerar suas taxas de crescimento nos últimos 20 essa agenda para a ação. A componente fundamental é política e não
anos não tiveram mudanças significativas na distribuição de renda” (Dollar econômica.
e Kraay, 2001, p. 5). Resumindo, a análise comparativa da evolução econômica mundial ao
longo do século vinte e nas duas últimas décadas mostra resultados inte-
Analisando o índice de Gini de 23 países em desenvolvimento inseridos no ressantes. O século XX foi um século de crescimento econômico. Esse
processo de globalização, em 11 deles a distribuição de renda melhorou crescimento, embora não tenha solucionado o problema da pobreza no
enquanto que em 12 esse índice foi pior, dentre eles na China. Assim, em mundo, que continua a desafiar o mundo moderno, favoreceu os pobres. O
função das evidências empíricas disponíveis não é possível concluir que a crescimento econômico, por outro lado, não teve uma distribuição eqüitativa
globalização tenha contribuído para uma melhor distribuição de renda. entre os países e, em muitos casos, a distância entre países ricos e pobres
aumentou.
O Banco Mundial também tem procurado evidências empíricas do impacto
da globalização sobre o crescimento econômico e a pobreza, como mostra Esta conclusão geral que deriva da evidência empírica observado no século
relatório de pesquisa sobre o tema, publicado em 2002. A partir do diagnós- XX assume características diferentes com o advento do fenômeno da
tico da aceleração da integração mundial nas últimas décadas, enfatiza a globalização, nos anos 80. O balanço das evidências empíricas sobre como
divisão econômica do mundo em três esferas: os países ricos, que repre- a globalização afetou o mundo nas últimas duas décadas torna-se mais
sentam um sexto da população mundial e detém a maior parte da riqueza claro quando se distinguem três grupos de países: países ricos, países em
do mundo, os países em desenvolvimento abertos à globalização, com desenvolvimento inseridos na globalização e países em desenvolvimento
metade da população mundial – três bilhões de pessoas – e com elevadas não integrados no processo de globalização. Tanto o primeiro – países
Com a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria, a livre iniciativa e o A mesma opinião manifestou George Kennan, experiente diplomata ameri-
sistema de mercado se espalharam pelos países da antiga Cortina de Ferro cano ao ser indagado pela revista Veja (10/12/97) sobre o que significava
e pelo Extremo Oriente. A onda de liberalização econômica, entretanto, não globalização: “Para mim nada. No sentido comercial e financeiro hoje há
teve o mesmo impacto na arena política. As fronteiras e a soberania nacio- comunicações mais eficientes entre países do que em outros tempos. No
nal não se alteraram e o Estado-nação continua a prevalecer no âmbito das campo político, ainda estamos longe disso. Graças a Deus! É uma boa
relações internacionais. política temer qualquer tipo de arranjo que se pretenda global. Sou a favor
dos arranjos regionais, porque são os que realmente funcionam. Portanto,
A questão de como a globalização está afetando e afetará a soberania não vejo nada de novo que justifique o uso e abuso de palavras pomposas
nacional e a delimitação das fronteiras políticas dos países é polêmica. De para descrever a presente situação internacional”.
um lado, há analistas que prevêem uma diminuição e enfraquecimento do
Estado-nação, enquanto que, do outro lado, há aqueles que olham com Um último comentário de Joseph Nye, diretor da Kennedy School of Go-
desconfiança e ceticismo para a globalização política. vernment, de Harvard, escrevendo a respeito do poderio americano no
novo século, confirma os pontos de vista citados anteriormente: “A revolu-
Este tema já estava presente nas primeiras décadas do século XX. E. H. ção na informação, a mudança tecnológica e a globalização não deverão
Carr (1939), analisando as relações internacionais no período entre guer- substituir o Estado-nação, porém deverão contribuir para complicar os
ras, descrevia a interdependência mundial com base na explicação ofereci- atores e questões no mundo político” (The Economist, 23/3/2002, p. 25).
da por duas correntes de pensamento opostas: utópica e realista.
Conclui-se, portanto, que a globalização política, em termos práticos, ainda
A análise da globalização conduz-nos, finalmente, ao tema crucial da É possível conviver com as duas éticas? Tanto para Weber, quanto para
globalização: os valores que presidem o relacionamento internacional neste muitos políticos e teóricos das relações internacionais, sim. Para Dahren-
início de século e de milênio. O atentado ao World Trade Center surpreen- dorf, não, e explica: “a insistência na qualidade absoluta de determinados
deu o mundo. Após a fase inicial de estupor e revolta diante da tragédia, o valores fundamentais foi, creio eu, a razão de ser da tese que apresentei
desastre começou a ser esclarecido. Ao compasso das investigações sobre em Homo Sociologicus. Nunca confie na autoridade, pois é possível usá-la
a ação terrorista, surgiram as tentativas de explicação e a ética nas rela- de forma horrivelmente abusiva. É certo que há condições – e as vimos
ções internacionais tornou-se o tema do momento. prevalecer em tantos países, durante este século – nas quais a ‘ética da
convicção’ é a única moralidade válida” (1997, p. 87).
Inicialmente ganhou força a tese do choque das civilizações enunciado por
Samuel Huntington (1997). O futuro das relações internacionais estaria É somente a partir de uma ética da convicção que a análise dos valores
associado ao fator cultural. As culturas que impregnam as diversas civiliza- nas relações internacionais e, portanto, na presente conjuntura de globali-
ções entrariam em conflito em uma conjuntura de integração mundial. A zação por que atravessa o mundo, pode ser frutífera. E precisamente a
globalização, de acordo com Huntington, contribuiu para esse cenário e tem ética que presidiu o pensamento de Sócrates, Platão e Aristóteles, na
a sua parte de responsabilidade: “a globalização incentiva e permite que Grécia clássica.
gente como Bin Laden trame seus ataques ao centro de Manhattan, en-
quanto está em uma gruta do Afeganistão pobre”. (O Estado de S.Paulo, A partir do momento em que há um reconhecimento de que a ética não é
28/10/2001, p. A23). O ataque terrorista, na opinião de Huntington, restituiu relativa, é possível analisar quais os valores que devem estar presentes
ao Ocidente sua identidade comum. nos diversos aspectos da globalização. Estudar os valores presentes na
globalização é analisar as motivações humanas. Muitas respostas foram
A interpretação dos ataques aos Estados Unidos levantou a questão de dadas a esta questão, porém a proposta de Aristóteles na sua obra Ética a
quais são os valores que presidem as diversas civilizações como elementos Nicômaco, permanece atual e importante. Para Aristóteles as pessoas
subjacentes à explicação dos acontecimentos e da história. É preciso atuam procurando um bem, sendo que o bem mais importante é a felicida-
esclarecer, entretanto, que o responsável pela tragédia não foi o mundo de.
islâmico, mas apenas um grupo radical que não representa adequadamen-
te o Islã. Como apontou Henry Kissinger, “a América e seus aliados preci- É possível estabelecer uma ponte entre os valores da globalização e a obra
sam tomar cuidado para não apresentar esta nova política como choque de de Aristóteles. Reconhecendo que há diversas opiniões sobre a felicidade,
civilizações entre o Ocidente e o Islã. A batalha é contra uma minoria
radical que macula os aspectos humanos manifestados pelo islamismo em Aristóteles afirma que alguns colocam a felicidade no prazer, ou na riqueza,
seus períodos grandiosos”. (Folha de S.Paulo, 20/11/2001, Especial, p.6) ou em outras coisas. A maioria das pessoas coloca a felicidade na riqueza
e no prazer, porém, de acordo com o filósofo, nesse objetivo não reside a
O episódio das Torres Gêmeas, entretanto, alertou o mundo quanto à felicidade. Espíritos mais refinados põem a felicidade na glória, porém
importância dos valores que presidem as culturas e civilizações. Ou seja, a também não é nas honras que reside a felicidade. A felicidade se encontra
ética nas comunicações, na economia, na política e na cultura é o elemen- na virtude. É na virtude que reside o fim do homem.
to-chave para o futuro do mundo. Este é o fator fundamental que deve ser
analisado na globalização. Para quem coloca a felicidade na riqueza, a globalização econômica pode
ser uma fonte de oportunidades. Para Aristóteles, a riqueza é um bem
Antes de avançar nesse estudo é necessário indagar: há uma única ética exterior necessário como um meio, pois é impossível fazer o bem quando
correta, aplicável a uma determinada situação, ou a ética é passível de faltam recursos, porém não deixa de ser um meio e não um fim da vida
interpretação diversa em função de fatores circunstanciais? Mais: há valo- humana.
res universais, que se aplicam a todos os povos de todos os tempos, ou os
valores éticos são relativos? A glória da vida pública está associada ao poder político. Também não é o
fim da vida humana, de acordo com Aristóteles. A virtude é o verdadeiro fim
O mundo presente vive mergulhado no relativismo ético. Sob a égide do do homem. É por essa razão que Aristóteles dedica a sua ética ao estudo
relativismo, a ética torna-se subjetiva sendo impossível chegar a qualquer da virtude. Como definir e alcançar as virtudes, como meio para uma vida
conclusão objetiva e permanente. Esse é o grande dilema e limitação do feliz. No processo de globalização, os fatores econômicos e políticos são
mundo moderno: a ética esqueceu as suas origens como estudo filosófico, importantes como meios para que as pessoas possam praticar as virtudes.
na Grécia clássica, sob a poderosa luz da inteligência de Sócrates. A virtude que destaca nesse processo é a justiça. E a esta virtude é que o
filósofo grego dedica o livro V da sua obra.
Nas relações internacionais, por exemplo, o dualismo ético foi formulado
por Max Weber ao distinguir entre uma ética da convicção e uma ética da A justiça deveria presidir a evolução da globalização como um valor univer-
responsabilidade: “toda a atividade orientada segundo a ética pode ser salmente presente no processo. O reconhecimento do valor universal da
subordinada a duas máximas inteiramente diversas e irredutivelmente justiça como virtude para todos e a ser praticada por todos seria um bom
opostas. Pode orientar-se segunda a ética da responsabilidade ou segundo começo para o futuro dos âmbitos econômico e político. Entretanto, a
a ética da convicção” (Weber, 1968, p. 113). O partidário da ética da con- prática da justiça pura e simples não conduziria a eliminar o fosso existente
vicção deve velar pela doutrina pura. Seus atos “visam apenas àquele fim: entre países ou a superar as limitações e dificuldades econômicas de
estimular perpetuamente a chama da própria convicção” (idem, p. 114). A países ou pessoas que carecem dos mínimos meios para a própria subsis-
ética da responsabilidade, por sua vez, tem como guia as previsíveis con- tência. É nesse ponto que entra um novo valor, não econômico, para ame-
seqüências dos atos: “o partidário da ética da responsabilidade, ao contrá- nizar e corrigir as distorções ou assimetrias promovidas pela globalização: a
rio, contará com as fraquezas comuns do homem [...] e entenderá que não solidariedade.
pode lançar a ombros alheios as conseqüências previsíveis da sua própria
ação” (idem, pp. 113-14). A solidariedade não se impõe. É um valor humano que vem de dentro.
Somente a solidariedade pode ajudar a mudar o que a simples justiça não
Sob este ponto de vista, Weber afirma que os meios podem justificar os pode alterar. Nas últimas décadas, pari passu com a globalização, tem
fins: “para alcançar fins ‘bons’, vemo-nos com freqüência, compelidos a aumentado o número de organizações de voluntários, ONGs, instituições
recorrer, de uma parte, a meios desonestos ou, pelo menos, perigosos, e religiosas e entidades diversas que têm contribuído para sarar as feridas
compelidos, de outra parte, a contar com a possibilidade e mesmo a even- abertas da desigualdade, porém ainda um sexto da população mundial vive
tualidade de conseqüências desagradáveis” (idem, p.114). A diferença em países muito pobres. Há muito a ser feito e somente a partir dos valores
A responsabilidade social como um conjunto de valores: Não incorpora A responsabilidade social de uma empresa melhora a sua
apenas conceitos éticos, mas uma série de outros conceitos que lhe comunicação com a sociedade por uma simples razão: a partir do momento
proporciona sustentabilidade, como por exemplo, autoestima dos em que a empresa está convencida do seu papel social e se orienta para a
funcionários, desenvolvimento social e outros. melhoria contínua dessa sociedade, este esforço resulta apenas num
constante fortalecimento, que aumenta e reforça o seu conceito junto dessa
A responsabilidade social como postura estratégica empresarial: A mesma sociedade.
busca da responsabilidade social é vista como uma ação social estratégica
- Governança Organizacional
- Direitos Humanos
- Relações de Trabalho
- Meio Ambiente
- Práticas Leais de Operação
- Questões Relativas ao Consumidor
- Envolvimento e Desenvolvimento da Comunidade
necessidade de enfocar o ser humano em si, indício que se confirma [...] como dimensão social dos direitos fundamentais do homem, são
na leitura do artigo acima citado, quando menciona expressamente o impe- prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta e indiretamente,
rativo de assegurar uma existência digna. enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condi-
ções de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização
Um dos princípios elencados no art. 170 da CF/88 é a busca do pleno de situações sociais desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao
emprego, fato que corrobora a tese aqui advogada de que o trabalho digno direito de igualdade. Valem como
é o foco pretendido pela Constituição para os cidadãos que se encontram
sob a sua égide. pressupostos do gozo dos direitos individuais na medida em que criam
condições materiais mais propícias ao auferimento da igualdade real, o
Para finalizar esse tópico, faz-se oportuna uma reflexão produzida por que, por sua vez, proporciona condição mais compatível com exercício
Almeida (2007, p. 2) acerca do trabalho: efetivo da liberdade.
O princípio constitucional da valorização do trabalho emerge como uma Identificar os direitos sociais como uma tentativa de aplicação do prin-
forma de proteção humanística ao trabalhador, tão desvalorizado em razão cípio da isonomia consiste em uma perspectiva de grande valia no trata-
dos resultados econômicos de sua exploração. É preciso reestruturar todo mento que se procura dar ao tema no presente trabalho, haja vista o enfo-
o pensamento social acerca do trabalho, envolvendo a sociedade numa que humano que esses direitos adquirem, dando-lhes contornos de suma
discussão ampla e irrestrita sobre o papel do trabalho no mundo contempo- importância para a defesa de sua concretização.
râneo, discutindo desafios e perspectivas, visando (sic) encontrar soluções
para a atual crise pela qual o Direito do Trabalho passa. De acordo com Meireles (2005, p. 90), “[...] as normas de direitos soci-
ais surgem como direitos de segunda dimensão, eis que sucedem os
Ter-se-á, agora, a discussão acerca da influência estabelecida pelo di- clássicos direitos de liberdades, tidos como espécies normativas de primei-
reito à educação (item 2) no direito ao trabalho. ra dimensão”.
3 DIREITO À EDUCAÇÃO E DIREITO AO TRABALHO: DIREITOS Os direitos em tela fazem parte, destarte, dos chamados direitos fun-
FUNDAMENTAIS COMPLEMENTARES damentais de segunda geração, diretamente relacionados à perspectiva do
homem enquanto ser integrante de uma comunidade (vida em sociedade).
De acordo com a doutrina especializada, tanto o direito à educação
como o direito ao trabalho são considerados direitos fundamentais, sobre Silva Neto (2006, p. 464) explica o surgimento dos direitos fundamen-
os quais se discorrerá um pouco nesta oportunidade. tais de segunda geração:
Os direitos fundamentais possuem quatro características essenciais, A deflagração da Revolução Francesa, amparada no ideário de liber-
como explica Silva Neto (2006, p. 465): dade individual e política, determinou o surgimento dos direitos fundamen-
tais de primeira geração, marcados pelo signo da ausência do estado das
O caráter histórico dos direitos fundamentais está representado pela questões individuais: os direitos civis e políticos.
circunstância de que a sua consolidação se dá por meio do passar do
tempo, do percurso histórico. Contudo, o Estado que se atrelava à idéia do laisser-faire laisser-
passer, omitindo-se, foi responsável pela agudização das desigualdades
São direitos que se situam fora do comércio jurídico, não podendo ser sociais.
alienados.
Surgiram, assim, os direitos de segunda geração: os direitos sociais ou
Fundamentais que são, a ausência de exercício durante determinado direitos à prestação, tais como o direito ao trabalho, à seguridade, à segu-
lapso temporal não implica prescrição. rança, lazer, moradia.
E, por fim, são irrenunciáveis, o que importa concluir que não é válida a Como é possível inferir da leitura do trecho acima, os direitos sociais
manifestação de vontade do indivíduo tendente a consumar denúncia. surgem como uma forma de conter o abismo social que se formava com
A imprescritibilidade e a irrenunciabilidade ganham destaque sob a óti- extrema rapidez durante o liberalismo econômico, trazendo a idéia de que o
ca ora proposta, tendo em vista a não verificação de gozo dos direitos em Estado deveria, sim, intervir em alguns momentos, sob pena de se formar
tela (à educação e ao trabalho) de forma satisfatória por boa parte da um caos generalizado que inviabilizasse a vida em sociedade e a concreti-
população do Brasil. O não exercício desses direitos, portanto, não significa zação da dignidade dos cidadãos.
dizer que estão prescritos e os cidadãos não podem abdicar deles. Trata-se De pronto, faz-se necessário superar a discussão acerca da eficácia
de direitos que compõem a esfera de complementação de uma vida digna à imediata ou não desses direitos, afirmando que “[...] hoje, já não se pode
qual todos devem ter acesso. mais acatar esta noção de norma programática. Há de se reconhecer a sua
Os direitos sociais representam uma conquista democrática e configu- natureza de norma jurídica dotada de eficácia e aplicabilidade na medida
ram um dos motivos pelos quais se convencionou chamar a Carta Magna de suas possibilidades” (MEIRELES, 2005, p. 92).
vigente de “constituição cidadã”. Amplamente difundida é a previsão consti- É interessante notar a ressalva da autora de que essa aplicação deverá
tucional dos direitos sociais, no caput do art. 6º da Constituição Federal de ser na medida de suas possibilidades (limite fático), contudo essa não deve
1998 (CF/88), in verbis: “são direitos sociais a educação, a saúde, o traba- ser uma nova brecha para que continue a prática de descumprimento dos
lho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à direitos sociais. Ultrapassada a discussão sobre a aplicabilidade imediata
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta ou não desses direitos, não se deve oferecer vulto extremado a um novo
Constituição” (BRASIL, 1998, grifo nosso). argumento que surge no intuito de restringir o gozo de direitos de tamanha
Para Silva Neto (2006, p. 551, grifo nosso), os direitos sociais são “di- estima.
reitos fundamentais dirigidos contra o Estado a determinar a exigibilidade As relações de trabalho, notadamente, estão sujeitas a freqüentes afe-
de prestações no que se refere a educação, saúde, trabalho, lazer, segu- tações. Quando se pensa em direito ao trabalho, a raiz dos questionamen-
rança e previdência social”. O autor afirma que “diferem [...] dos direitos e tos cresce em abstração em virtude do caráter de direito subjetivo, contudo
garantias individuais na medida em que impõem obrigação comissiva ao sua relação direta com outros institutos e as conseqüências no mundo
Estado, comando positivo representado por um mínimo em termos de fático podem ser consideradas de grande extensão e importância, diante da
realização do projeto social” (SILVA NETO, 2006, p. 551). inegável dinâmica social. Quase que de maneira imediata, surgem ilações a
O supracitado autor elenca alguns direitos sociais, dentre os quais apa- respeito do papel que ocupam os trabalhadores na atividade produtiva e,
recem a educação e o trabalho, focos dessa produção acadêmica – o que
É oportuno pontuar que a causação circular cumulativa negativa não A distribuição de renda também deve ser observada como um fator re-
muda sozinha, haja vista ser ela a fonte que alimenta os países desenvolvi- levante na reflexão acerca do direito à educação e sua afetação no direito
dos. Dialogando com o autor, Cardoso e Faletto (1969) explicam que, por si ao trabalho, por conta da possibilidade de melhor circulação da riqueza,
própria, essa situação não se modifica, uma vez que é interessante para os descentralizando-a das mãos de uma minoria e melhorando a qualidade de
países desenvolvidos que tudo continue dessa forma para que eles possam vida de muitos. Com o povo recebendo salários melhores, mais dinheiro
seguir crescendo cada vez mais, em larga escala, às custas da riqueza que estará em circulação e, como conseqüência, o desenvolvimento será mais
retiram dos países subdesenvolvidos. Eles sugerem que estes países unam facilmente verificado. Esse seria um caminho que possivelmente aumenta-
forças para desenvolverem uma possibilidade de crescimento alternativo, ria o grau de desenvolvimento econômico, social e cultural do país.
sem a necessidade de uma revolução socialista (grande preocupação à Vislumbra-se uma perspectiva de aproximação e influência direta do di-
época), de maneira a conseguir se livrar da dependência econômica em reito à educação como um instrumento de melhoria da situação socioeco-
relação aos países desenvolvidos à qual costumam estar atrelados. nômica brasileira, uma vez que, ao que tudo indica, um investimento eficaz
No entendimento de Myrdal (1968), reside justamente aí a necessidade na educação (em seus diversos níveis) pode ser uma das soluções para o
da intervenção estatal para modificar essa situação negativa. Na visão do problema do abismo social que se verifica no Brasil, especialmente no que
economista, o Estado deve atuar para promover uma mudança nesse tange à sua capacidade de incidência direta no fator empregabilidade, tão
quadro econômico. O Estado, por sua vez, pode atuar de diversas formas, caro nas sociedades hodiernas.
figurando entre elas o investimento maciço em educação. Embora seja um Diante de tudo quanto exposto, percebe-se a implicação direta da edu-
investimento considerado de médio/longo prazo pelos pesquisadores, tem cação na efetivação do direito ao trabalho, pois, uma vez oferecidas ao
retorno praticamente garantido, como demonstra, de maneira irrefutável, a indivíduo ferramentas básicas para se desenvolver (no caso em tela, um
trajetória de alguns países (a exemplo do Japão e da Alemanha). mínimo de escolarização e com qualidade), é provável que se alcance um
patamar mais justo de suprimento das
cotidiano de circulação de riquezas, que não sejam consumidores em O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração
potencial dentro desse sistema. atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfaze-
rem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas,
Além disso, quando o foco é o trabalho, este deve ser considerado, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e
desde sua acepção inicial, como palavra que carrega a carga semântica de econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo,
dignidade. A educação, dessa forma, tem relação direta com o desenvolvi- um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os
mento humano e permite ao indivíduo ter acesso a postos de trabalho que habitats naturais. —Relatório Brundtland4
não atentem contra a dignidade da pessoa humana, seja em sua execução,
seja quanto às garantias mínimas do trabalhador. O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceptualmente
dividido em três componentes: a sustentabilidade
O objetivo precípuo consiste em sopesar a influência que a educação ambiental, sustentabilidade econômica esustentabilidade sociopolítica.5
pode exercer na mudança do quadro socioeconômico atual de pobreza e
exclusão de boa parte das pessoas que se encontram dentro da faixa da História
população com potencial para serem consideradas economicamente ativas, Ao longo das ultimas décadas, vários têm sido os acontecimentos que
fator que gera inúmeras conseqüências jurídicas no convívio social. marcam a evolução do conceito de desenvolvimento sustentável, de acordo
Buscou-se, portanto, demonstrar a relação direta que se estabelece en- com os progressos tecnológicos, assim como do aumento da
tre o trabalho e a educação, de modo a desenvolver um raciocínio teórico consciencialização das populações para o mesmo.
que possa ser materializado de maneira a estimular mudanças práticas no
cenário brasileiro. O crescimento econômico é apenas o primeiro passo
para o desenvolvimento; para que este ocorra de fato, é necessário não
apenas aquele, mas também um investimento social significativo, o qual
compreende um olhar mais humano e efetivo em relação ao sistema edu-
cacional em sua totalidade, possibilitando aos cidadãos galgar novos espa-
ços no mercado de trabalho, caminhando sempre para a concretização da
dignidade da pessoa humana – em foco, nessa oportunidade, a do traba-
lhador brasileiro.
Havendo a efetivação dos direitos sociais – em especial o direito à e-
ducação e o direito ao trabalho –, ressalte-se, o lucro será de toda a socie-
dade, que, provavelmente, ganhará contornos mais justos e igualitários (em
tratamento dos indivíduos e em possibilidades de futuro).
Trata-se, como dito oportunamente, de um investimento, cujos frutos a
serem colhidos promoverão uma melhoria na qualidade de vida de todos.
2007 - Carta de Leipzig sobre as cidades europeias sustentáveis.4 22 Em 1995, a Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável aprovou um conjunto de indicadores de desenvolvimento
2007 - Cimeira de Bali, com o intuito de criar um sucessor do Protocolo sustentável, com o intuito de servirem como referência para os países em
de Quioto, com metas mais ambiciosas e mais exigente no que diz respeito desenvolvimento ou revisão de indicadores nacionais de desenvolvimento
às alterações climáticas.23 sustentável, tendo sido aprovados em 1996, e revistos
em 2001 e 2007.32 33
Julho de 2009 - Declaração de Gaia, que implanta o Condomínio da
Terra no I Fórum Internacional do Condomínio da Terra.24 2 O quadro atual contém 14 temas, que são ligeiramente modificado a
partir da edição anterior:34
Pobreza
Perigos naturais
Âmbito e definições de aplicação O desenvolvimento econômico
Governação
Ambiente
Estabelecer uma parceria global econômica
Saúde
Terra
Padrões de consumo e produção
Educação
Os oceanos, mares e costas
Demografia
Água potável, Escassez de água e Recursos hídricos
Biodiversidade
Além dos grupos conservacionistas, surgiu no movimento ecológico um É necessário preservar as harmonias da biosfera, se nós não nos concreti-
novo tipo de grupo, o dos chamados ecologistas. A linha divisória entre eles zarmos que as espécies de seres vivos, inclusive a humana mantém várias
nem sempre está bem demarcada, pois muitas vezes os dois tipos de gru- inter-relações e que a influência no mundo pode criar vários desequilíbrios.
pos se confundem em alguma luta específica comum. Os ecologistas, po- FOTOSSÍNTESE
rém, apesar de mais recentes, têm peso político cada vez maior. Vertente do
movimento ecológico que propõe mudanças globais nas estruturas sociais, É a capacidade que um ser tem (graças a clorofila) de captar a energia
econômicas e culturais, esse grupo nasceu da percepção de que a atual luminosa do sol e utiliza-la na síntese de moléculas orgânicas que serviram
crise ecológica é conseqüência direta de um modelo de civilização insusten- de alimento.
tável. Embora seja também conservacionista, o ecologismo caracteriza-se A energia luminosa captada e convertida para a energia química e utilizada
por defender não só a sobrevivência da espécie humana, como também a para reunir moléculas de gás carbônico (CO2) e de água (H2O) produzindo
construção de formas sociais e culturais que garantam essa sobrevivência. assim, moléculas de glicose (C6H12O6) e oxigênio (O2).
Um marco nessa tendência foi a realização, em Estocolmo, da Confe- Vale lembrar que a fotossíntese realizada pelas plantas é muito importante
rência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, em 1972, que oficiali- para a sobrevivência do homem e dos animais na terra, pois estes, depen-
zou o surgimento da preocupação ecológica internacional. Seguiram-se dem diretamente de oxigênio para suas sobrevivências. Portanto, como a
relatórios sobre esgotamento das reservas minerais, aumento da população taxa de natalidade do homem vai cada vez aumentando, temos que tomar
etc., que tiveram grande impacto na opinião pública, nos meios acadêmicos cuidado com a preservação da natureza e das matas já existentes e até
e nas agências governamentais. mesmo, criar novas áreas florestais, como parques nacionais e reservas
Em 1992, 178 países participaram da Conferência das Nações Unidas ecológicas.
para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro. NICHO ECOLÓGICO
Embora com resultados muito aquém das expectativas dos ecologistas, foi
mais um passo para a ampliação da consciência ecológica mundial. Aprovou É o conjunto de interações que os membros de uma dada espécie mantêm
documentos importantes para a conservação da natureza, como a Conven- com o meio abiótico e com os outros seres vivos da biosfera.
ção da Biodiversidade e a do Clima, a Declaração de Princípios das Flores-
RECICLAGEM
tas e a Agenda 21.
Reaproveitamento de alguma coisa já usada. Ex: papel, plástico, metal.
A Agenda 21 é talvez o mais polêmico desses documentos. Tenta unir
ecologia e progresso num ambicioso modelo de desenvolvimento sustentá- A reciclagem é uma importante ação para o equilíbrio do meio ambiente,
vel, ou seja, compatível com a capacidade de sustentação do crescimento pois com ela, a cada vez mais não temos que retirar coisas da natureza. O
econômico, sem exaustão dos recursos naturais. Prega a união de todos os que já foi usado uma vez, poderá ser usada outra, ao invés de retirar no-
países com vistas à melhoria global da qualidade de vida. ©Encyclopaedia vamente aquele produto da natureza e dos seres vivos. Assim, com um
Britannica do Brasil Publicações Ltda. bom investimento na reciclagem, todos lucrariam, pois a natureza estaria
menos devastada.
Questões ambientais
HÚMUS
http://www.universitario.com.br/celo/topicos/subtopicos/ecologia/quest
oes_ambientais/questoes_ambientais.html É na verdade, um tipo de adubo, aproveitado de algum tipo de animal.
Quando ele defeca e libera o coliforme, quando ele morre e seu corpo se
Termos Básicos desintegra, as substâncias boas para a terra, só vai fortalece-la mais ainda.
CADEIA ALIMENTAR Desenvolvimento Sustentado
Os diferentes elementos que compõem um ecossistema cumprem papéis A degradação do meio ambiente está diretamente vinculada às atividades
específicos dentro da cadeia alimentar. As plantas verdes são organismos econômicas praticadas no planeta. Para conter a degradação, os analistas
produtores. Acionadas pela luz do Sol, absorvem os compostos inorgânicos indicam a necessidade de mudar o atual modelo de desenvolvimento
presentes na atmosfera e no solo e os transformam em compostos orgâni- econômico, considerado predatório. Especialistas do mundo inteiro elabo-
cos, processo conhecido por fotossíntese. Os animais herbívoros são ram o conceito de desenvolvimento sustentado: sistemas de exploração
organismos consumidores. Alimentam-se das plantas (os produtores) e, por mais racional dos recursos naturais, que preservem o equilíbrio ecológico,
sua vez, servem de alimento para os animais carnívoros, ou predadores. reduzindo os danos ao meio ambiente. Esse conceito implica mudanças
Quando os dejetos desses animais são lançados no solo entram em ação nas relações políticas internacionais: maior cooperação entre as nações
os chamados organismos decompositores. Eles completam o ciclo vital: para a geração de tecnologias não-poluidoras e acordos internacionais
decompõem a matéria orgânica presente nos dejetos animais e plantas sobre o uso dos recursos naturais, limitações à produção de substâncias
mortas, transformando-a novamente nos compostos inorgânicos que ali- tóxicas e emissões de poluentes no meio ambiente.
mentam as plantas. O equilíbrio do ecossistema depende da realização de
cada uma dessas etapas da cadeia alimentar. A drástica redução dos 1a CONFERENCIA MUNDIAL
animais predadores, por exemplo, pode resultar na proliferação dos animais
A primeira Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento
herbívoros e, com isso, na escassez ou extinção de algumas espécies
realiza-se em 1972, em Estocolmo, na Suécia, com patrocínio da ONU e
vegetais.
deflagra vários estudos com o objetivo de traçar uma estratégia para a
A BIOSFERA preservação da vida no planeta. Os principais resultados são reunidos no
livro Nosso futuro comum, publicado em 1987. Os estudos mostram o
estreito vínculo entre pobreza, desigualdade de renda e deterioração ambi-
ental, e apontam o desequilíbrio ecológico como um dos resultados das
Clima e florestas – Três outros documentos tratam do desmatamento, do Economia do desperdício – O estilo de desenvolvimento econômico atual
clima e da biodiversidade. A declaração sobre as florestas garante a sobe- estimula o desperdício. Automóveis, eletrodomésticos, roupas e demais
rania de cada país no uso de suas riquezas florestais. São eliminadas as utilidades são planejados para durar pouco. O apelo ao consumo multipli-
barreiras comerciais para a madeira e a borracha exploradas com técnicas ca a extração de recursos naturais: embalagens sofisticadas e produtos
de manejo que evitem o esgotamento desses recursos. Os projetos de descartáveis não-recicláveis nem biodegradáveis aumentam a quantidade
desenvolvimento sustentável ficam na dependência da definição dos meca- de lixo no meio ambiente. A diferença de riqueza entre as nações contri-
nismos de financiamento e de transferência de tecnologia, que serão defi- bui para o desequilíbrio ambiental. Nos países pobres, o ritmo de cresci-
nidos em novos fóruns internacionais. Formas de redução do desmatamen- mento demográfico e de urbanização não é acompanhado pela expansão
to também não são consolidadas em documento. da infra-estrutura, principalmente da rede de saneamento básico. Uma
boa parcela dos dejetos humanos e do lixo urbano e industrial é lançada
A convenção sobre mudanças climáticas limita a emissão dos gases tóxicos sem tratamento na atmosfera, nas águas ou no solo. A necessidade de
associados ao efeito estufa e à destruição da camada de ozônio, mas não aumentar as exportações para sustentar o desenvolvimento interno
define datas para seu cumprimento. É assinada por 153 países. Os EUA estimula tanto a extração dos recursos minerais como a expansão da
não aceitam limites à emissão de poluentes atmosféricos e não assinam o agricultura sobre novas áreas. Cresce o desmatamento e a superexplora-
documento. ção da terra.
Biodiversidade – O documento Estratégia global para a biodiversidade, Lixo – Acúmulo de detritos domésticos e industriais não-biodegradáveis
elaborado pelo World Resource Institute, dos EUA, e pela União Mundial na atmosfera, no solo, subsolo e nas águas continentais e marítimas
para a Natureza, da Suíça, apresenta 85 propostas para a preservação da provoca danos ao meio ambiente e doenças nos seres humanos. As
diversidade biológica no planeta e um plano para o uso sustentado de substâncias não-biodegradáveis estão presentes em plásticos, produtos
recursos biológicos. Mostra que os desmatamentos podem destruir milha- de limpeza, tintas e solventes, pesticidas e componentes de produtos
res de espécies vivas ainda desconhecidas, indica a necessidade do aces- eletroeletrônicos. As fraldas descartáveis demoram mais de cinqüenta
Ameaça nuclear – Atualmente existem mais de quatrocentas usinas Em São Paulo, em alguns trechos do rio Tietê dentro da capital existem
nucleares em operação no mundo – a maioria no Reino Unido, EUA, apenas bactérias anaeróbicas. O excesso de cargas orgânicas em suas
França e Leste europeu. Vazamentos ou explosões nos reatores por águas consome todo o oxigênio, mata os peixes e qualquer outra forma de
falhas em seus sistemas de segurança provocam graves acidentes nu- vida aeróbica. O lixo e o desmatamento nas margens provocam o assore-
cleares. O primeiro deles, na usina russa de Tcheliabínski, em setembro amento de seu leito. Em 1993, o governo do Estado inicia um programa de
de 1957, contamina cerca de 270 mil pessoas. O mais grave, em Cher- despoluição e desassoreamento do rio: barcaças retiram areia e lixo do seu
nobyl , na Ucrânia, em 1986, deixa mais de trinta mortos, centenas de leito. A areia e a terra são levadas a uma distância de 5 km e o lixo para
feridos e forma uma nuvem radiativa que se espalha por toda a Europa. O aterros sanitários.
número de pessoas contaminadas é incalculável. No Brasil, um vazamen- Poluição do mar – Dejetos industriais e orgânicos são jogados em vários
to na Usina de Angra I, no Rio de Janeiro, contamina dois técnicos. Mas o pontos do litoral. Vazamentos de petróleo em poços das plataformas sub-
pior acidente com substâncias radiativas registrado no país ocorre em marinas e acidentes em terminais portuários e navios-tanques têm provo-
Goiânia , em 1987: o Instituto Goiano de Radioterapia abandona uma cado graves desastres ecológicos. O terminal de São Sebastião (SP)
cápsula com isótopo de césio-137, usada em equipamento radiológico. registra 105 vazamentos em 1990 e 1991. O litoral do Pará e as praias da
Encontrada e aberta por sucateiros, em pouco tempo provoca a morte de ilha de Marajó estão contaminados por pentaclorofeno de sódio, substância
quatro pessoas e a contaminação de duzentas. Submarinos nucleares tóxica usada no tratamento de madeira. Os pólos petroquímicos e cloro-
afundados durante a 2a Guerra Mundial também constituem grave amea- químicos localizados em quase todos os estuários dos grandes rios lançam
ça. O mar Báltico é uma das regiões do planeta que mais concentram metais pesados e resíduos de petróleo nos manguezais e na plataforma
esse tipo de sucata. continental . A baía de Todos os Santos, na Bahia, está contaminada por
Questões Ambientais no Brasil mercúrio. A baia de Guanabara, no Rio de Janeiro, recebe diariamente
cerca de 500 toneladas de esgotos orgânicos, 50 toneladas de nitratos e
Reflexões metais pesados, além de 3 mil toneladas de resíduos sólidos – areia, plásti-
cos, latas e outras sucatas. Em maio de 1994, o governo do Estado do Rio
Ecologia no Brasil de Janeiro consegue financiamento do BID (Banco Interamericano de
Com dimensões continentais e 70% da população concentrados em áreas Desenvolvimento) de US$ 793 milhões para a despoluição da baía de
urbanas, o Brasil é o país em desenvolvimento que mais tem atraído a Guanabara.
atenção internacional. A poluição e o desmatamento ameaçam seus diver- Degradação da superfície
sificados ecossistemas, inclusive o de maior biodiversidade do planeta, o
amazônico. O principal fator de poluição do solo, subsolo e águas doces é a utilização
abusiva de pesticidas e fertilizantes nas lavouras. A média anual brasileira
O agravamento dos problemas ambientais no país está ligado à industriali- é duas vezes superior à do mundo inteiro. Ainda são usados no Brasil
zação, iniciada na década de 50, ao modelo agrícola monocultor e exporta- produtos organoclorados e organofosforados, proibidos ou de uso restrito
dor instituído desde os anos 70, à urbanização acelerada e à desigualdade em mais de 50 países devido a sua toxicidade e longa permanência no
socioeconômica. Nas grandes cidades, dejetos humanos e resíduos indus- ambiente. As regiões mais atingidas por esses agrotóxicos são a Centro-
triais saturam a deficiente rede de saneamento básico e envenenam águas Oeste, a Sudeste e a Sul, responsáveis por quase toda a produção agrícola
e solos. Gases liberados por veículos e fábricas, além das queimadas no para consumo interno e exportação. O agente laranja, um desfolhante
interior, poluem a atmosfera. usado pelos americanos na Guerra do Vietnã para devastar a mata tropical,
Poluição do ar já foi aplicado por empresas transnacionais na Amazônia, para transformar
a floresta em terrenos agropastoris. A cultura da soja, hoje espalhada por
As emissões de dióxido de enxofre, monóxido de carbono, óxido e dióxido quase todas as regiões do país, também faz uso acentuado desses fosfo-
de nitrogênio e de material particulado, como poeira, fumaça e fuligem, rados. A médio e longo prazo esses produtos destroem microrganismos,
crescem em todas as aglomerações urbanas e industriais do país. A situa- fungos, insetos e contaminam animais maiores. Eles também tornam as
ção é mais grave em grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro e pragas cada vez mais resistentes, exigindo doses cada vez maiores de
Belo Horizonte. Dados da Cetesb (Companhia Estadual de Tecnologia e pesticidas. No homem, causam lesões hepáticas e renais e problemas no
Saneamento Básico), de 1991, mostram que as indústrias da Grande São sistema nervoso. Podem provocar envelhecimento precoce em adultos e
Paulo lançam por ano no ar cerca de 305 mil toneladas de material particu- diminuição da capacidade intelectual em crianças.
lado e 56 mil toneladas de dióxido de enxofre. Automóveis e veículos
pesados são responsáveis pela emissão de 2.065 toneladas anuais de Queimadas – Desde o início da ocupação portuguesa o fogo foi o principal
monóxido de carbono . No complexo industrial da Baixada Fluminense, no instrumento para derrubar a vegetação original e abrir áreas para lavoura,
Rio de Janeiro, a concentração de partículas em suspensão atinge a média pecuária, mineração e expansão urbana. Ao longo dos quase cinco séculos
anual de 160 mcg/m³, o dobro do considerado seguro. Na região metropoli- de história do país, desaparece quase toda a cobertura original da mata
tana de Belo Horizonte, a concentração média de partículas poluentes no ar Atlântica nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul. No Centro-Oeste, de ocupa-
• Portaria No. 61 de 15 de maio de 2008 - Estabelece práticas de sustenta- Decreto nº 7.746/2012 – determina a adoção de iniciativas, dentre elas a
bilidade ambiental nas compras públicas. A3P, referentes ao tema da sustentabilidade pelos órgãos e entidades
federais bem como suas vinculadas;
Fundamentação Legal Instrução Normativa Nº 10/2012: MPOG – estabelece as regras para elabo-
ração dos Planos de Gestão de Logística Sustentável pela administração
Criada em 1981, a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938) pública federal bem como suas vinculadas.
é considerada um marco histórico no desenvolvimento do direito ambiental,
estabelecendo definições legais sobre os temas: meio ambiente, degrada- O que é a A3P?
ção da qualidade ambiental, poluição, poluidor e recursos ambientais. Esta
lei instituiu, entre outros, um importante mecanismo de proteção ambiental – A Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P - é um programa que
o estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e seu respectivo relatório (Rima), visa implementar a gestão socioambiental sustentável das atividades admi-
instrumentos modernos em termos ambientais mundiais. nistrativas e operacionais do Governo. A A3P tem como princípios a inser-
ção dos critérios ambientais; que vão desde uma mudança nos investimen-
Em 1988, nossa Constituição Federal dedicou, em seu título VIII - Da Ordem tos, compras e contratação de serviços pelo governo; até uma gestão
Social - Capítulo VI, Artigo 225, normas direcionais da problemática ambien- adequada dos resíduos gerados e dos recursos naturais utilizados tendo
tal, definindo meio ambiente como bem de uso comum do povo. como principal objetivo a melhoria na qualidade de vida no ambiente de
trabalho.
Já a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que trata dos crimes é consi-
derada um marco na proteção efetiva do meio ambiente. Por sua vez, a A A3P é uma decisão voluntária respondendo à compreensão de que o
Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada Governo Federal possui um papel estratégico na revisão dos padrões de
no Rio de Janeiro e conhecida como ECO-92, sacramentou, em termos produção e consumo e na adoção de novos referenciais em busca da
mundiais, a preocupação com as questões ambientais, reforçando os princí- sustentabilidade socioambiental. O programa tem como diretriz a sensibili-
pios e as regras para o combate à degradação ambiental. Uma das princi- zação dos gestores públicos para as questões socioambientais, estimulan-
pais conquistas da conferência foi a elaboração da Agenda 21, instrumento do-os a incorporar princípios e critérios de gestão ambiental nas atividades
diretriz do desenvolvimento sustentável que concilia métodos de proteção administrativas, por meio da adoção de ações que promovam o uso racio-
ambiental, justiça social e eficiência econômica. nal dos recursos naturais e dos bens públicos, o manejo adequado e a
diminuição do volume de resíduos gerados, ações de licitação sustentá-
A Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P, se fundamenta nas vel/compras verdes e ainda ao processo de formação continuada dos
recomendações do Capítulo IV da Agenda 21, que indica aos países o servidores públicos.
“estabelecimento de programas voltados ao exame dos padrões insustentá-
veis de produção e consumo e o desenvolvimento de políticas e estratégias A Agenda se fundamenta nas recomendações do Capítulo IV da Agenda 21
nacionais de estímulo a mudanças nos padrões insustentáveis de consumo”, que indica aos países o “estabelecimento de programas voltados ao exame
no Princípio 8 da Declaração do Rio/92, que afirma que “os Estados devem dos padrões insustentáveis de produção e consumo e o desenvolvimento
reduzir e eliminar padrões insustentáveis de produção e consumo e promo- de políticas e estratégias nacionais de estímulo a mudanças nos padrões
ver políticas demográficas adequadas” e, ainda, na Declaração de Joanes- insustentáveis de consumo”; no Princípio 8 da Declaração do Rio/92 que
burgo, que institui a “adoção do consumo sustentável como princípio basilar afirma que “os Estados devem reduzir e eliminar padrões insustentáveis de
do desenvolvimento sustentável”. produção e consumo e promover políticas demográficas adequadas”; e
ainda na Declaração de Johannesburgo que institui a "adoção do consumo
Como exemplo de importantes formulações de legislações relacionadas aos sustentável como princípio basilar do desenvolvimento sustentável".
princípios e diretrizes da A3P, destacam-se:
A A3P é um convite ao engajamento individual e coletivo para a mudança
Decreto nº 5.940/2006 – instituiu a separação dos resíduos recicláveis de hábitos e a difusão da ação. Nesse sentido, convidamos você a repen-
descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal sar a sua atuação pessoal e profissional, visando à construção de uma
direta e indireta, bem como sua destinação às associações e cooperativas nova cultura institucional.
dos catadores de materiais recicláveis;
Contratações Públicas Sustentáveis – O uso racional dos re-
Lei nº 12.349/2010 – que altera o Art. 3º Lei nº 8.666/1993 com a inclusão cursos públicos
da Promoção do Desenvolvimento Nacional Sustentável como objetivo das O Estado quando atua como consumidor, não é um comprador comum,
licitações; além da sua conduta se pautar pela observância do princípio da legalidade,
em consonância com os princípios primários da administração pública, deve
Lei 12.187/2009 – Política Nacional de Mudanças Climáticas; fazê-lo da forma mais racional possível. Na verdade, o Estado deve usar o
poder de compra para implementar políticas públicas, alocando o gasto dos
Lei 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos; recursos públicos de forma eficiente e otimizando o gasto investido. Esta
forma de uso do poder de compra representa um novo paradigma nas
Instrução Normativa nº 1/2010 do MPOG – estabelece critérios de sustenta- compras públicas brasileiras. Alocar os recursos de forma eficiente repre-
bilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras senta bem mais do que obter bons preços, dar transparência e rigidez
na Administração Pública Federal; formal aos procedimentos. Trata-se, na verdade, de maximizar os recursos
públicos alocando-os em setores estratégicos e relevantes para o desen-
ISO 2600 – Diretrizes sobre responsabilidade social. volvimento econômico, social e ambiental.
Lei 12.462/2011 – Regime Diferenciado de Contratações Públicas; Assim, vários países do mundo vêm implementando o uso do poder de
compra do Estado, para diversos fins, sendo a proteção ao meio ambiente
Recomendação CONAMA Nº 12/2011 – indica aos órgãos e entidades do um dos objetivos consagrados internacionalmente, já que as compras
Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA a adoção de normas e “verdes”, como são conhecidas, têm se mostrado um fator de indução de
ATENDIMENTO AO PÚBLICO. Para a garantia do direito das crianças e adolescentes, foram destaca-
dos dez Defensores Públicos que traçaram roteiros de visitas e estratégias
1. Desafios da Ouvidoria Pública no Brasil. de atuação e abordagem da população nas ruas. Uma ação conjunta para
2. Carta de Serviços ao Cidadão. Decreto nº 6.932/2009. atender jovens, crianças e famílias em situação de risco social e pessoal.
3. Lei de Acesso a Informação - Lei 12.527/2011. Esta, contou com articulação entre UNICEF e Ministério dos Direitos Hu-
4. Aprendizagem e Comportamentos Organizacionais. manos.
5. Comunicação Eficaz. Sobre o Congresso, Helia Barbosa disse que espera um resultado mui-
6. Motivação. to positivo a partir deste evento, “ pois o alto nível de competência, capaci-
7. Formação e Desenvolvimento de Equipes. dade intelectual e comprometimento dos colegas, isso significa que o
8. Administração de Conflitos e Gestão da Mudança. Clima e Cultu- conteúdo dos palestrantes e a integração sem dúvida nutrimos enriqueci-
ra Organizacionais. mento e solidificar ainda mais o nosso trabalho", acrescentou.
A Defensora Pública, Daniela Skromov de Albuquerque trouxe a mesa
Os desafios da Defensoria Pública a frente do exercício e do aces- um tema bastante forte: Os desafios da Defensoria de São Paulo no com-
so à cidadania são tema de Congresso bate à violação dos direitos dos usuários de droga e álcool no centro da
cidade, local que se convencionou chamar de" Crackolândia "por abrigar
O segundo dia do III Congresso Nacional de Defensores Públicos da dependentes químicos.
Infância e da Juventude, que está sendo realizado entre os dias 12 a 14 de
Setembro no Hotel Hilton em Belém do Pará contou com momentos excep- “Fazer o enfrentamento de uma situação onde o descaso impera e on-
cionais na programação no período vespertino. de os mais variados tipos de pessoas transitam, trazendo consigo marcas
deixadas pelo abandono e de exposição a inúmeras violações e pessoas
Durante o intervalo entre a apresentação das Mesas 1 e 2 houve a bela em situação de extrema vulnerabilidade, fez com que o trabalho desta
apresentação do grupo folclórico "Boi Bumbá Malhadinho", coordenado Defensoria se intensificasse, mesmo não tendo nenhum tipo de planeja-
Eliana Soares. O grupo é formado por crianças e adolescentes das mais mento estratégico que a situação demandava, porém era necessária aten-
variadas idades. dimentos urgentes, afinal o patrimônio maior da Instituição é o cidadão e
este precisava de atenção em caráter emergencial”, detalhou a Defensora.
Segundo a coordenadora, "é importante a participação de crianças e
jovens neste projeto sócio-educativo, estamos na terceira geração, onde o Durante a tarde, partir de breve diagnóstico, foram articulados vários
maior legado que podemos deixar para esta geração vai além de passar a Órgãos para auxiliarem neste intuito, a princípio, foi feita a abordagem das
cultura paraense a eles, mas também os valores que caracterizam a nossa pessoas, que resultou na elaboração de uma micro cartilha que especifica-
missão como formadores de cidadãos", explica. va pragmaticamente os direitos dos cidadãos e como lidar com situações
de repressão e abuso por parte da Polícia Militar, que estava a realizar uma
O evento contou ainda com a palestra intitulada "Atenção a grandes
truculenta medida de combate ao tráfico de drogas na região. Este trata-
demandas sociais: Defensoria Pública Proativa e Criativa", que evidenciou
mento dado pela Polícia caracterizou muitos relatos de torturas, abusos de
ações da Defensoria Pública do Pará em vários Estados brasileiros através
poder e inúmeros casos de violências mais absurdas possíveis com aque-
de trabalhos realizados junto ao cidadãos de forma efetiva, inovadora e,
les que de vítimas marginalizadas pela ação daqueles que deveriam lhe
principalmente para fins de prevenção e garantia de assistência humaniza-
prestar segurança. Neste sentido, mostrando a todos que além do atendi-
da à população.
mento jurídico, a cartilha vinha no sentido de assegurar a esperança e
Na ocasião, estiveram presentes cerca de 100 congressistas de todo dignidade e, a priori classificar o que era e o que não era permitido, deter-
Brasil. A mesa composta pelos Defensores Públicos Rodrigo de Castro minando com isso, como proceder em caso de ter seus direitos desrespei-
Fuly, do Rio de Janeiro; Andrea Macedo Barreto, do Pará; Daniela Skromov tados.
de Albuquerque, de São Paulo; Hélia Maria Amorim Santos Barbosa, da
“Em a minha visão, é muito importante ampliar este momento de pro-
Bahia, e a frente da coordenação da mesa, esteve Josiane Fruent Bettini
dução de conhecimento durante o Congresso. Fugir um pouco do eixo
Lupion, da Defensoria Pública do Paraná.
Rio/São Paulo e trazer uma discussão até a Região Norte, em específico ao
Para compor o primeiro painel da palestra, a Defensora Pública para- Pará é engrandecedor" , concluiu a Defensora Daniela Albuquerque.
ense, Andrea Macedo trouxe sua experiência frente ao Grupo de Trabalho
Com o tema "Acompanhamento às Unidades de Execução de Medidas
Belo Monte, e retratou seu trabalho realizado na região onde será instalada
Sócioeducativas (UASE), o Defensor Público, Rodrigo de Castro Fuly (RJ),
a Hidrelétrica de Belo Monte. O exposto tratou sobre o Núcleo de Atendi-
trouxe à mesa o relato de sua experiência sobre as unidades de interna-
mento Especializado à Criança e ao Adolescente- NAECA e o atendimento
ções permanentes, temporárias e por sentença.
das famílias que estão condicionadas aos problemas de demanda ambien-
tal, e que seu cumprimento tem como prioridade oportunizar melhores Ele iniciou sua fala justificando que"nossa cultura traz um infeliz históri-
condições às crianças e adolescentes bem como seus familiares. co de práticas vistas como autoritárias pela opinião pública, e que fazem
com que o trabalho da Defensoria seja visto como autoritário, contrariando
"É muito importante sentar e discutir sobre os direitos da crianças e a-
o princípio maior que é o de promover fiscalização judicial. É uma luta
dolescentes partindo da vertente da educação como um direito fundamen-
diária, de afirmação de direitos de uma minoria bastante hostilizada como o
tal. As práticas pensadas a partir do contato e troca de experiências entre
menor infrator e o dependente de drogas”, acrescentou.
os Defensores de outros Estados colaboram pra somar na discussão dos
direitos humanos, e da garantia de fazer com que cada jovem ou cada Para fins de atendimento e resguardo de direitos, segundo Rodrigo
criança tenham atendimento digno", concluiu a Defensora. Fuly, os Defensores do Rio de Janeiro possuem a metodologia de recorrer
aos tribunais superiores, a fim de garantir os direitos dos jovens e crianças.
A Defensora Pública, Hélia Maria Barbosa (BA) trouxe aos congressis-
Possuem como abordagens: primeiramente listagem de atendimento;
tas seu relato documentado em foto e vídeo sobre as ações da Defensoria
análise de prontuários, e inclusão do menor em um banco de dados e
Pública do Estado da Bahia durante os grandes eventos, notadamente no
acompanhamentos que vão desde atendimentos médicos à atendimentos
período do carnaval, onde os mais variados abusos contra crianças e
psicossociais, jurídicos e familiares.
jovens ocorrem nos bastidores da festa, que mobiliza milhares de brincan-
tes de todo país nos dias que precedem o feriado carnavalesco, configura- Ao fim de sua explanação, o Defensor acrescentou que a "excelente
do como pano de fundo para a elaboração de um projeto que visava muito troca de ideias é importante que conheçamos as peculiaridades de cada
mais do que autuação e informação, mas a prevenção de abusos, explora- Estado, assim poderemos aprimorar o nosso trabalho. A dinâmica das
ção sexual e trabalho infantil, com isso, objetivou também servir como um tarefas tem sido satisfatória. Agradeço a oportunidade de poder participar
de uma mesa tão rica quanto essa" , declarou.
Defensoria Pública em Santa Catarina: o desafio da consolidação A adoção desse sistema foi objeto de profunda discussão durante a
do Estado Democrático de Direito constituinte, tendo em vista a existência de outros modelos, como a defen-
soria dativa, no qual advogados indicados pela OAB prestam assistência
A Constituição Federal de 1988 refundou o Estado Brasileiro a partir de judiciária. Portanto, não cabe mais questionar se a opção pela Defensoria
bases democráticas. A função jurisdicional foi uma das que mais recebeu Pública foi ou não a mais adequada.
atenção, com significativas modificações, o que revelou a intenção do
constituinte de fortalecer o Estado Democrático de Direito. Como era de se esperar em um Estado Democrático de Direito, esse
foi o caminho seguido pela imensa maioria dos entes federados da nossa
O Poder Judiciário foi transformado com ampliação de sua estrutura República, com a nada honrosa exceção de Santa Catarina, único que
material e de pessoal, modificação da organização institucional e criação de ainda não instituiu a Defensoria Pública.
mecanismos e instrumentos que visaram ampliar o acesso à Justiça e
permitir a solução justa das lides, em prazo razoável. Dentre outros argumentos menos consideráveis, o principal sustenta
que o sistema de defensoria dativa cumpriria de maneira mais eficaz o
O Ministério Público também foi objeto de completa remodelação, pois dever de prestar assistência jurídica aos necessitados.
deixou de ser arrolado como órgão do Poder Executivo, para figurar em um
capítulo à parte daqueles destinados aos demais Poderes, como função O argumento é claramente equivocado, já que a Defensoria Pública vai
essencial à justiça. além da mera atuação em processo judicial e também abrange o papel
preventivo, de orientação e educação. Como instituição goza de autonomia
Segundo Sepúlveda Pertence1, o Ministério Público foi: funcional e administrativa, o que lhe permite inclusive atuar em face do
desvinculado do seu compromisso original com defesa judicial do Erá- poder público.
rio e a defesa dos atos governamentais aos laços de confiança do Executi- Já a defensoria dativa é uma atividade pulverizada, sem uma diretriz de
vo, está agora cercado de contraforte de independência e autonomia que o atuação definida, que se limita à assistência judiciária, pois os advogados
credenciam ao efetivo desempenho de uma magistratura ativa de defesa somente recebem seus honorários do Estado se ajuizarem uma ação.
impessoal da ordem jurídica democrática, dos direitos coletivos e dos
direitos da cidadania. De todo modo, essa discussão não tem sentido, pois se cada cidadão
puder descumprir a Constituição com o singelo argumento de que tem uma
Em explícita oposição ao período autoritário que a antecedeu, a Consti- solução melhor do que a por ela adotada, nosso Estado Democrático de
tuição Federal de 1988 declarou expressamente a existência de direitos Direito estará com os dias contados. A prevalecer a posição catarinense,
sociais e individuais, como liberdade, igualdade, saúde, educação, moradia logo teremos que admitir, por exemplo, que outro Estado possa extinguir o
e segurança. Também estabeleceu como objetivos fundamentais da Repú- Ministério Público e transferir suas funções para os procuradores do estado.
blica a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, sem pobreza e
livre de preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras Ora, a escolha pelo modelo de Defensoria Pública já foi feita pela
formas de discriminação. Constituição e cabe aos Estados cumprir o que ela estabeleceu!
Preocupada não apenas em estabelecer uma declaração formal de di- O fato é que em nosso estado até as pedras sabem que a grande
reitos, a Constituição também previu uma série de medidas que buscaram resistência, até agora bem sucedida, à criação da Defensoria Pública, se dá
dar efetividade a eles, como a ampliação do acesso à justiça. pela cúpula local da OAB. A defensoria dativa é utilizada em grande medida
como um meio de subsistência para advogados em início de carreira e sua
Mas não bastava garantir o mero acesso à via judiciária, já previsto nas manutenção serve de plataforma eleitoral nas eleições da seccional.
Constituições anteriores, a Carta Cidadã buscou estabelecer o direito de
acesso a uma ordem jurídica justa, que segundo Kazuo Watana- O sistema também abastece os cofres da entidade, que fica com dez
be2 compreende: por cento de todos os valores pagos pelo Estado como honorários aos
defensores dativos. São cerca de três milhões de reais anuais destinados à
1) o direito a informação e perfeito conhecimento do direito substancial OAB a título de indenização pelas despesas com administração da defen-
e à organização de pesquisa permanente a cargo de especialistas e orien- soria dativa. Dinheiro público, cuja utilização não está sujeita a nenhum tipo
tada à aferição constante da adequação entre a ordem jurídica e a realida- de controle externo.
de socioeconômica do País; 2) direito de acesso à justiça adequadamente
organizada e formada por juízes inseridos na realidade social e comprome- Essa postura pequena, de um corporativismo mesquinho, contrária a
tidos com o objetivo de realização da ordem jurídica justa; 3) direito a explícitas manifestações de presidentes do Conselho Federal4, mancha a
preordenação dos instrumentos processuais capazes de promover a efetiva atuação da seccional da OAB em Santa Catarina e é incompatível com a
tutela de direitos; 4) direito à remoção de todos os obstáculos que se ante- grandeza dos posicionamentos que, ao longo da história, essa instituição
ponham ao acesso efetivo à Justiça com tais características. assumiu.
Percebe-se que, além do acesso ao Judiciário, nesse novo modelo há Essa conduta vai de encontro à postura de várias entidades com a
destaque para a educação que visa dar conhecimento acerca dos próprios quais a OAB, em regra, anda de braços dados na defesa das boas causas,
direitos e para o respeito aos direitos dos outros. Assim, o acesso à justiça pois a sociedade catarinense se organizou e apresentou na Assembleia
pode ser encarado como o requisito fundamental - o mais básico dos direi- Legislativa um projeto de lei de iniciativa popular, com 48 mil assinaturas,
tos humanos - de um sistema jurídico moderno e igualitário que pretenda para criação da Defensoria Pública.
garantir e não apenas proclamar os direitos de todos3. Além disso, tramitam no Supremo Tribunal Federal duas Ações Diretas
Dessa forma, o acesso à ordem jurídica justa deve alcançar todos os de Inconstitucionalidade que têm por objeto o sistema de defensoria dativa
cidadãos e não somente àqueles que podem pagar por orientação jurídica adotado em Santa Catarina, sendo que na de número 3892 o Procurador
ou para o ajuizamento de ações, visto que cabe ao Estado prestar “assis- Geral da República apresentou parecer no qual afirma que:
Gestão de Conflitos e Gestão de Stress A Informação transmitida ao indivíduo não revela os pormenores mais
importantes para que a tarefa seja realizada sem existirem duvidas de que
Introdução de facto o trabalho que estamos a desempenhar é aquele que nos foi
mencionado.
Desde pequenos que somos confrontados com situações quer de con-
flito, quer de stress. Inicialmente essas situações são pouco significantes Não se sabe as suas consequências;
mas, assim como as pessoas crescem, também crescem os seus proble-
Quando não se conseguem saber os resultados quer para a própria
mas.
pessoa, quer para a empresa, de se realizar certa tarefa, a ambiguidade
De certeza que pela vossa vida fora vocês vão ter muitas situações aparece novamente.
onde vão necessitar de alguma forma saber reagir a um destes problemas.
Quando surge um conflito no trabalho, possivelmente, ele enquadra-
Porque não começar a aprende-lo já antes que seja tarde demais?
se em uma das seguinte categorias:
Gestão de Conflitos
Conflitos Intrapessoais;
O que o conflito?
Quando o conflito que temos diz respeito a apenas uma pessoa (o
Basicamente todos sabemos o que é um conflito. A dificuldade surge nosso chefe, um colega ou outro membro da nossa organização)
quando temos de o definir.
Conflitos Interpessoais;
Efetuando como que uma tradução a letra da definição encontrada no
Quando o conflito existe para com varias pessoas dentro da organiza-
livro "Management", podemos definir o conflito como sendo:
ção.
"A oposição que surge quando existe um desacordo dentro ou entre
Como exemplo apresenta-se a seguinte situação: O Diretor de Ven-
indivíduos, equipas, departamentos ou organizações"
das comunica ao indivíduo que pretende que se tenha pronta mais quanti-
E, independentemente dos tipos de divergências de onde pode resul- dade do produto mas, o Diretor de Marketing necessita que o produto seja
tar, podemos dividir o conflito em 3 tipos: muito mais testado de forma a não ter falhas.
Conflitos de Objetivos; Conflitos com outros trabalhos;
Conflitos Cognitivos; Quando existem outros trabalhos/tarefas dentro ou fora da organiza-
ção, que não possibilitam que o trabalho seja efetuado devidamente.
Conflitos Afetivos;
Conflitos entre necessidades e valores.
Tipos de Atuação face a Conflitos
Quando o que necessitamos para cumprir o objetivo do nosso traba-
Independentemente do tipo de conflito que se esteja a enfrentar, exis- lho entra em conflito com a nossa personalidade e os valores que preza-
tem três tipos formas actuar perante um conflito: mos, estamos sem duvida face a um Conflito entre necessidades e valores.
Negativas; Como exemplo suponha que com um objetivo de aumentar a produ-
O indivíduo tenta evitar a todo o custo qualquer tipo de conflito ou ção vamos lançar no mercado uma quantidade elevada de produtos em
estado deficiente. Esta situação pode levar à existência de um conflito
O indivíduo tenta utilizar o conflito de uma forma que leva a uma com- deste tipo.
petição intensiva.
Estilos de Gestão e de Conflitos
Positivas;
Quando se trata de resolver um conflito, existem diversas maneiras de
O Indivíduo tenta manter sempre um conflito o abordar. Analisando essas abordagens podemos dizer que, na sua es-
O Indivíduo quer que esse conflito seja um conflito construtivo sência existem Cinco estilos de gestão de Conflitos:
O indivíduo graças a esse conflito vai tentar descobrir as diferenças Estilo "Evitar"
de opinião entres os diversos participantes. Consistem em tentar evitar a existência de conflitos.
É portanto, evidente que o estilo colaborativo é o que produz melhores Mas … o stress nem sempre é algo de negativo nem de prejudicial,
resultados na maioria das negociações. A seguinte frase de Leornard que deve ser evitado. Como dizia Hand Selye: " Apenas a morte nos
Greenhalgh (professor de negociação no Dartmounth's Tuck School of separa do stress ". Isto significa que nem todos os conflitos são negativos.
Business Administration) ilustra bem o contrário da filosofia tradicionalista: Há que distinguir dois tipos de stress: eustress e distress. O eustress
"Os gestores precisam de fazer negócios, baseados nas relações com é agradável e construtivo (emoções positivas devido a bons feitos). O
os outros." distress é por outro lado, desagradável, prejudicial e causador de doenças
Ou seja, não é estranho, o uso dos vários estilos de gestão de confli- relacionadas com o stress.
tos durante as negociações. Principalmente se os estilos colaborativo e À atividade ou ação que provoca stress, é normal denominar por s-
compromisso dominarem o processo, e neste caso normalmente chega-se tressante.
a soluções positivas para ambas as partes. É ainda aconselhável o uso do
estilo calmo, para ceder em alguma situação que seja muito importante Causas do Stress
para a outra parte, e pouco penosa para a nós. Todos tipos de conflitos e de ambiguidade, que anteriormente referi-
Em contrapartida ao estilo "ditador", pode ser usado o estilo compro- mos, são potenciais causadores de stress.
misso quando nenhumas das partes consegue fazer valer a sua solução. É possível identificar três tipos principais de causas, sendas elas:
Neste caso pode ainda recorrer-se ao estilo "evitar", deixando para futuras
negociações os pontos de discórdia. O ambiente físico
Usando de novo a exemplo da breve dos jogadores de basebol, a ne- Os conflitos de trabalho
gociação durou meses, porque as duas partes (jogadores e clubes) usavam
As ambiguidades de trabalho.
o estilo "ditador", querendo apenas impor a sua própria solução, causando
hostilidade. Um elevado grau de stress pode ser causado pela pouca satisfação
que um indivíduo tem pelo trabalho que desenvolve, causando o desejo de
Mecanismos para resolver impasses
abandonar o emprego ou ainda um elevado grau de distração.
Durante as negociações poderão ser usados 5 mecanismos para aju-
Efeitos do Stress
dar a evitar, reduzir ou resolver impasses no processo. Estes mecanismos
são apenas uma ajuda à resolução, mas não substituem a negociação. Há cinco principais categorias de efeitos negativos:
Arbitragem voluntária: as entidades envolvidas, aceitarem que certos Efeitos Subjetivos: ansiedade, agressividade, apatia, falta de paci-
pontos de discórdia, sejam resolvidos por uma entidade neutra (individual ência, depressão, fatiga, frustração, nervosismo e solidão, de entre outros.
ou coletiva).
Efeitos Comportamentais: Consumo ilegal de drogas, distúrbios e-
Mediador: um elemento neutro, ouvir ambas as entidades, de modo a mocionais, excesso do tabaco e de álcool, instabilidade, etc.
aconselhá-las com novas alternativas, no sentido de chegarem a um en-
tendimento e colaboração. Efeitos Cognitivos: Falta de concentração, incapacidade para tomar
de decisões, lapsos de memória, etc.
Provedor: alguém que ajuda os empregados a apresentar as suas
preocupações e que lhes fornece informações de como prosseguir a nego- Efeitos Fisiológicos: Aumento da pressão arterial, suores, falta de
ciação. ar, etc.
Facilitador: é uma entidade neutra que dá formação e consultoria a Efeitos sobre a Organização: Distração, más relações, má produtivi-
cada entidade envolvida, de forma independente e isenta, com o objetivo e dade, má qualidade do trabalho, insatisfação pelo emprego, etc.
ajudar a definir os problemas e a criar alternativas. É normalmente usado Apesar de ser possível um indivíduo apresentar efeitos em mais que
antes da negociação. uma das categorias acima indicadas, apenas se torna mais grave a situa-
Tribunal: quando uma ou ambas as entidades apresentam um proces- ção quando o stress é frequente e intenso.
so em tribunal, indicando o que a outra entidade fez de errado e o que quer Esgotamento
como recompensa. Este mecanismo é desvantajoso, pois cria uma situação
de vitória-derrota, provoca uma decisão imposta pelo tribunal, para além O esgotamento pode ocorrer quando alguém fica sujeito a um elevado
dos custos tempo e dinheiro envolvidos. grau de stress durante um período de tempo mais alargado. Esta situação é
claramente bastante prejudicial para a saúde. Mas não se atinge este nível
Dilemas Éticos sem mais nem menos. É resultado de problemas pessoais, no emprego, no
Estão presentes em qualquer conflito ou negociação e a sua resolu- trabalho em equipa ou ainda das características culturais da organização
ção está claramente dependente do estado de espírito das partes envolvi- onde se insere.
das no conflito. Um dos dilemas mais comuns é a partilha de informação, Essas pessoas, normalmente seguem este três estágios:
por parte duma entidade. Partilhar informação até que nível?
Confusão, resolução difícil de problemas e aparecimento de frustra-
Ou seja, se não são revelados todos os fatos envolventes, não é ético, ção.
mas se são revelados, pode prejudicar a solução que mais interessa a essa
parte. É de fato um compromisso. Frustração intensa e raiva.
Nesta secção, discute-se as causas e efeitos do stress relacionado Ações Individuais - 7 maneiras de gerir o Stress
com o trabalho e o que fazer para tentar geri-lo. Para que cada indivíduo saiba gerir o stress é muito importante o co-
Definição nhecimento das causas do stress e das reações às situações stressantes.
É a reação emocional, física e cognitiva que um indivíduo tem, para Há 7 ações principais que ajudam a eliminar os efeitos negativos do
com uma situação que lhe exige demais dele próprio. O stress, pode ser stress. Se elas:
provocado pela existência de conflitos, de ambiguidades ou ainda de estilos
Imagem de produtos e serviços: Grau em que os vários públicos (internos e A mudança da cultura certamente começa de cima para baixo, e podem e
externos) percebem a qualidade dos produtos e serviços oferecidos. Não devem ser executadas pela Diretoria (CEO). Os gerentes intermediários,
basta o cliente externo ter percepção da empresa, mas também os funcio- supervisores, ou chefes de departamentos, devem obrigatoriamente fazer
nários, a "venda" interna é muito importante, divulgação de projetos que parte do processo, ou etapas como a de comunicação não funcionariam, é
estão sendo executados, conquistas, detalhes sobre a qualidade de seus seu papel também incentivar as mudanças propostas, é por eles que as
produtos e serviços, devem ser do conhecimento dos clientes internos e instruções normalmente chegam, e se falhar nessa etapa todo o processo
externos, fazendo com que o funcionário tenha orgulho do seu trabalho. pode vir por água abaixo.
Seu resultado na mudança pode ser notado no longo prazo. Deve ser
também ser trabalhado constantemente, para manter os funcionários infor- Dessa forma conclui-se que apenas com a integração de todos é possível
mados. fazer com que se mude a cultura de uma organização.
Integração e comunicação: Onde a estrutura da organização permite a "Só existem duas maneiras de mudar a cultura de uma organização: mu-
comunicação interna entre os diversos níveis de forma simples e aberta. dando as pessoas ou mudando de pessoas." (Autor desconhecido)
Tendo também a colaboração e parceria como meio existente como auxílio http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=582qebocp
mútuo, sendo tanto internamente (funcionários) quanto externamente
(fornecedores). A comunicação flexível, entre subordinados e gestores,
caso a empresa for muito fechada se dará num período de longo prazo, PROVA SIMULADA I
porém sendo um pouco mais flexível, se dará no curto ou médio prazo. A
política de "portas abertas" deve ser incentivada pelos gestores até se 1 .(STJ, Cespe - Técnico Administrativo - 2008) No trabalho em equipe,
tornar comum na organização. normas básicas asseguram a qualidade dos resultados e o bom clima entre
os integrantes. Acerca desse tema, julgue os próximos itens em (C) CERTO
Abertura a novas ideias: Grau em que a empresa é dinâmica, está atenta ou (E) ERRADO.
às mudanças, tem senso de oportunidade, estabelece objetivos arrojados, a) A comunicação deve ser assertiva, o que significa, por exemplo, que
é líder de tendências e cria um ambiente motivador. Nesse ambiente a uma pessoa pode falar algo muito desagradável para a outra, mas de
empresa valoriza e incentiva as novas ideias de seus colaboradores. Pode maneira que não seja ameaçadora nem ofensiva.
ser feito incentivos financeiros como premiações por economia na mudança b) Se, em um grupo de trabalho, quando um membro fala, outro habitual-
de algum processo, criar uma caixa de sugestões, ter reuniões periódicas mente o interrompe com piadas acerca do assunto ou com relato de caso
entre setores na busca de melhorias, criar um grupo de melhoria, etc. irrelevante, a possibilidade de que esse grupo venha a funcionar como
Depende muito da comunicação, ela deve ser aberta a ponto do funcionário equipe eficaz será diminuída.
ter a ousadia de expor e criar novos métodos e procedimentos. É um traba- c) Um trabalho em equipe será tanto menos produtivo quanto mais o chefe
lho que pode trazer resultados no curto, médio, ou longo prazo. do serviço definir os objetivos e metas, porque essa conduta reduz a criati-
vidade do grupo.
Desempenho profissional: O trabalho é estimulante para os funcionários e A) C, C, C
oferece desafios profissionais, possibilidade de crescimento e valorização B) C, C, E
pessoal. A própria prática de ideias faz com que o profissional sinta-se mais C) C, E, C
valorizando, pode-se também fazer rodízios, onde o funcionário deixa de D) E, C, C
ser um especialista numa função e começa a ter conhecimento de outras E) E, C, E
atividades, ajudando no entendimento do todo do processo e seu objetivo
final. A construção de um plano de carreira também é importante, mas 2 . (FUNDAC-PB, Cespe - Agente Protetivo - 2008) Em relação ao trabalho
certamente é mais viável em empresas de grande porte. Seus resultados em equipe, assinale a opção correta.
são de médio a longo prazo. A) Embora a atividade em equipe possa ser entendida como resultado de
um esforço em conjunto, um único membro pode ser responsabilizado por
Aprendizado: A empresa estimula e proporciona oportunidade de desenvol- um fracasso que, porventura, venha a ocorrer.
vimento profissional para os funcionários. A empresa não passa da fase de B) Em um trabalho em equipe, é desnecessária a cooperação de todos
apenas cobrar qualificação do quadro funcional, mas passa a incentivar. para a realização dos serviços com qualidade.
Pode-se fazer isso com cursos internos, auxílio financeiro nos estudos C) Trabalhar em grupo visando, principalmente, a benefício próprio é fator
2. Sobre a liderança, assinale como verdadeira ( V ) ou falsa ( F ) cada 7. Considerando que se pretenda implantar, em uma organização, um
afirmativa. sistema de gestão de desempenho, julgue os itens a seguir, como Certo ou
( ) Liderança é o processo de dirigir o comportamento das pessoas para o Errado, quanto às premissas que devem embasar esse processo.
alcance de objetivos. a) O modelo de gestão de desempenho deve ser definido com a partici-
( ) Liderança é uma influência interpessoal exercida em uma dada situação pação restrita das chefias da organização.
e dirigida através do processo de comunicação humana para a consecução
de um ou mais objetivos específicos. b) Deve-se utilizar a avaliação 360 graus por ela se adequar a qualquer
( ) Liderança é uma função das necessidades existentes em uma determi- ambiente/situação organizacional.
nada situação e consiste em uma relação entre um individuo e um grupo.
( ) Liderança é uma característica exclusiva das funções de chefia e decor- c) Na definição de investimento em capacitação, devem ser utilizados os
re da estrutura formal da organização. resultados da avaliação do desempenho.
( ) Liderança é a capacidade de justificar legalmente o exercício do poder.
d) Os sistemas focados na avaliação comportamental devem ser priori-
Assinale a alternativa que contém a seqüência CORRETA. zados sob qualquer circunstância, não sendo importantes os que focalizam
A) V, F, V,V , V. resultados.
B) V, V, F, V, V.
C) V, V, V, F, F. e) O comprometimento da alta direção da organização constitui diferen-
cial para o sucesso da implantação de um sistema de gestão de desempe-
D) F, V, V, F, F.
nho.
E) V, V, V, F, V.
f) São duas as etapas do sistema de gestão de desempenho: planeja-
mento e avaliação.
3. Sobre estilos de liderança, assinale como verdadeira ( V ) ou falsa ( F )
cada afirmativa. a) EECECE
( ) O modelo autocrático de liderança caracteriza-se pela centralização das b) EEECCC
decisões na cúpula da organização. c) CECECE
( ) O modelo autocrático de liderança caracteriza-se pela valorização do d) CECECE
processo representativo.
e) Nas organizações, o enfoque com base em competências possibilita 13. O modelo contingencial de desenho de cargos é caracterizado pela
uma visão mais clara das possibilidades de ascensão do empregado, na seguinte afirmação:
medida em que especifica o conjunto de competências para diferentes A) a busca da eficiência do desenho de cargo realiza-se através do método
níveis de carreira do mesmo eixo, ou mesmo para eixos distintos. e racionalização do trabalho.
a) CCCEC B) o desenho de cargos simples requer pouco treinamento e facilita a
b) ECCEC seleção
c) ECECE C) o desenho de cargo baseia-se na dinâmica e na contínua mudança e
d) CCECC revisão do cargo
D) o desenho de cargo deve ser projetado como algo definitivo
9. A respeito das expectativas atuais relativas à atuação estratégica da
área de gestão de pessoas, julgue os itens subseqüentes, como Certo ou 14. Uma organização utiliza, em sua avaliação de desempenho, um método
Errado. que se baseia nas características externas relacionadas a desempenhos
a) A área de gestão de pessoas pode orientar políticas e ações, visando altamente positivos ou altamente negativos. Esta forma de avaliar caracte-
à aquisição das competências necessárias à consecução dos objetivos riza o método:
organizacionais. A) das listas de avaliações
B) dos incidentes críticos
b) A área de gestão de pessoas deve estar voltada para o atendimento C) de participação por objetivos
da padronização das competências dos indivíduos. D) de escolha forçada
c) Para que a organização alcance seus objetivos, as atribuições rela- 15. Com relação às necessidades básicas do ser humano, avalie os itens a
cionadas à área de gestão de pessoas devem envolver estudo da cultura, seguir:
das competências e do desenvolvimento do comprometimento dos empre- 1- A cesta básica distribuída por empresas, é ideal para motivar um grupo
gados. que está com a
necessidade de segurança mais precária.
d) O foco da área de gestão de pessoas deve ser móvel, adaptando-se 2- A compra de um carro de luxo está mais ligada à satisfação da necessi-
às mudanças no cenário em que a organização se insere, as quais podem dade de status.
interferir no mercado de trabalho ou no resultado da empresa. 3- A estabilidade de emprego atende melhor os empregados com necessi-
dade de segurança.
a) CECC 4- A habitação ou moradia satisfaz mais às necessidades fisiológicas do ser
b) CCCC humano.
c) CECE 5- Os elogios atendem melhor aquela pessoa com maior necessidade de
d) CEEE estima.
O correto está somente em:
A) 1, 2, 4 e 5.
10. O gerente de recursos humanos de uma empresa farmacêutica está B) 2, 3, 4 e 5.
implantando uma metodologia de avaliação de desempenho em sua em- C) 1 e 3.
presa, e optou pelo método de pesquisa de campo. Isto significa: D) 1, 2, 3 e 5.
a) avaliar o desempenho das pessoas por meio de fatores de avaliação
previamente definidos e graduados, utilizando um formulário de dupla 16. Nesses últimos anos, assistimos a muitas mudanças e transformações.
entrada no qual as linhas em sentido horizontal representam os fatores de Testemunhamos guerras e a paz entre continentes. Vimos grandes potên-
avaliação do desempenho, enquanto as colunas em sentido vertical repre- cias surgirem no mundo empresarial, da mesma forma que assistimos a
sentam os graus de variação dos fatores de avaliação; outras tantas desaparecer. Embora ouçamos sempre dizer que as mudan-
ças são necessárias, por que há tantas resistências?
b) avaliar o desempenho dos indivíduos por intermédio de frases descritivas 1- pela maneira inadequada como são implantadas.
de determinadas alternativas de tipos de desempenho individual; 2- porque ninguém gosta de mudança.
3- pelo medo do novo, do que é desconhecido, do que não é familiar.
c) que o superior irá avaliar o subordinado, com o auxílio de um especialista 4- porque resistências sempre fazem bem às mudanças.
(staff). Este especialista irá a cada seção para entrevistar as chefias sobre 5- pelo medo de fazer contato com as pessoas.
o desempenho de seus respectivos subordinados; São corretas somente as afirmativas:
A) 1 e 4.
d) que a avaliação será feita por todos os elementos que mantêm alguma B) 1, 2 e 5.
interação com o avaliado, de forma circular. C) 1 e 3.
D) 2, 3 e 4.
32. A maneira como as relações humanas são conduzidas em uma organi- 36. Considere a seguinte situação hipotética:
zação tem forte impacto na produtividade e na a) Carlos, funcionário público, integra uma equipe de agentes administrati-
qualidade do trabalho. Com referência a esse tema, julgue os itens que se vos do setor de recursos humanos do MEC. Carlos está sempre reforçando
seguem em (C) CERTO ou (E) ERRADO. para seus pares a ideia de que toda a equipe precisa trabalhar suas com-
a) A diminuição da qualidade das relações interpessoais entre os emprega- petências de integração por meio de atitudes de respeito às diferenças
dos de uma empresa está diretamente relacionada ao aumento de produti- individuais, busca de qualidade do trabalho, busca de alcance das metas,
vidade. ausência de imposição de limites nas relações interpessoais e estabeleci-
b) A valorização do ser humano no ambiente profissional é fato gerador de mento de relações de poder sadias. Nessa situação, todos os aspectos
produtos e serviços de melhor qualidade. reforçados por Carlos conduzem a equipe a um estágio de boas relações
c) Relações humanas infortunadas entre empregados que desempenham a humanas no trabalho.
mesma função normalmente são benéficas, uma vez que estimulam o b) Bruno, administrador público, interage com os demais colaboradores de
espírito competitivo dos empregados, o que gera resultados mais positivos. seu setor basicamente para compartilhar informações e tomar decisões que
d) O relaxamento da cobrança de disciplina produz incremento nos graus ajudem cada pessoa no seu desempenho funcional, no campo definido
de satisfação dos empregados, o que contribui para maior eficiência no como de responsabilidade individual. Nessa situação, essa coletividade
trabalho. funcional com a qual Bruno interage é denominada equipe de trabalho.
A ) C, C, C, C A ) C, C
B ) E, C, E, E B ) E, E
C ) C, E, C, E C ) E, C
D ) C, C, C, E D ) C, E
E ) E, E, E, E E ) N. R. A
33. Manter boas relações humanas no trabalho é uma habilidade que 37. Segundo as teorias da motivação, recompensas extrínsecas são
compõe importante diferencial nas organizações. (A) externas à própria organização e resultantes da valorização do trabalho
Acerca desse tema, julgue os itens que se seguem em (C) CERTO ou (E) da empresa pelo mercado.
ERRADO: (B) independentes da direção da organização, decorrendo da necessidade
a) Coletar informações, junto à chefia imediata, acerca do contexto no qual de autorrealização dos indivíduos.
ocorreu determinado problema de relacionamento interpessoal é suficiente (C) fundamentais para a possibilidade de satisfação das necessidades de
para a solução desse problema. autorrealização das pessoas.
b) O gerente que tem opinião própria e que decide sozinho o que é impor- (D) aquelas que geram um sentimento de autorrealização pela participação
tante para a sua equipe favorece o bom clima de trabalho. na gestão da empresa.
A ) E, C (E) aquelas que os indivíduos recebem por seu envolvimento com progra-
B ) E, E mas de responsabilidade social da organização.
C ) C, E
D ) C, C 38. A abordagem da Qualidade de Vida no Trabalho envolve duas dimen-
E ) N. R. A. sões potencialmente antagônicas. São elas:
(A) A necessidade de aumentos constantes de produtividade no trabalho e
34. Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação hipotética a luta dos trabalhadores pelas melhorias salariais.
Se quisermos ter os direitos respeitados, respeitemos os alheios. Façamos Os valores são o que orientam a nossa conduta, com base neles decidimos
aos outros somente o que gostaríamos que nos fizessem, e para garantir como agir diante das diferentes situações que a vida nos impõe.
novas gerações, éticas, passemos exemplos de honestidade, honradez, Se relacionam principalmente com os efeitos que tem sobre o que fazemos
sempre lembrando que a vida não acaba no túmulo, e que nossas ações para as pessoas, para a sociedade ou em nosso ambiente geral.
seguirão conosco, como testemunhas silenciosas, aplaudindo-nos ou repro-
vando-nos. Suas principais funções são:
Robert Gonçalves Monteiro
* Motivam, impulsam a ação, dizem o quê fazer.
Ética, moral e valores * Dão significado aos comportamentos e os legitimam.
Objetivo: Gerar a reflexão e consciênciaprática sobre o importante papel * Servem como guia e orientação.
da ética, da moral e dos valores.
A questão dos valores, da ética e da moral, está muito vinculada com a dos
Ética - O que é? direitos e obrigações do cidadão e do ser humano em geral, por esta razão,
ensinar os valores preparará as pessoas para que suas decisões, atitudes
É uma ciência prática e normativa que estuda o comportamento dos ho- e ações sejam respeitosas e responsáveis, para si e para os demais.
mens, que convivem socialmente sob uma série de normas que lhes permi-
tem ordenar suas ações, as quais o mesmo grupo social estabeleceu. Cultura
Ética e moral são discutidos com igual significado. No entanto, em um nível O hábito é qualquer comportamento repetido regularmente, que requer um
intelectual, enquanto que "a moral tende a ser particular, pela concretude pequeno ou nenhum raciocínio e é aprendido, ao invés de congênito.
de seus objetos, a ética tende a ser universal, pela abstração de seus http://oratoriaelideranca.blogspot.com.br/2010/05/etica-moral-e-valores.html
princípios.
3 Ética e democracia: exercício da cidadania.
Ato Moral
Todo ato realizado pelo homem está sujeito a aprovação ou sanção dos Ética e democracia
demais.
Márcio C. Coimbra
Amoral - Sem moral O Brasil ainda vive em uma democracia em consolidação, ainda incipi-
Imoral - Que vai conta a moral ente. Infelizmente, em grande parte de nossa história, vivemos à sombra de
golpes de estado e revoluções, como a de 1930 e mais recentemente em
Os Valores 1964. A cada ruptura institucional, o regime democrático sofria um duro
Se quisermos fortalecer nossa democracia, urge uma profunda trans- Não vou me deter no detalhe dos argumentos que esses autores lan-
formação ética no comportamento de nossas elites. As lideranças da socie- çam mão para demonstrar essas conclusões, mesmo porque estamos
dade devem servir de exemplo, espelho, devem gerar confiança e credibili- falando de estudos bastante complexos, envolvendo também entendiantes
dade. A impunidade tem que ser extirpada. O sistema, reformado. formalizações matemáticas. A menção a eles visa apenas destacar as
premissas psicológicas de todo o encadeamento do raciocínio, raramente
O combustível da vida é a esperança. O Brasil não pode mergulhar problematizadas e discutidas, mas geralmente justificadas por seu aparente
num mar de desesperança e apatia em relação à sua democracia. realismo: a base elementar das interações sociais são indivíduos egoístas,
exclusivamente “auto-interessados”, que ingressam em ações cooperativas
4 Ética e função pública. apenas porque não há outra maneira de obter certos bens (justamente os
“bens coletivos”) para si mesmos. Mas que são também indivíduos “racio-
A RELEVÂNCIA DA ÉTICA NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA nais”, isto é, capazes de escolher, dentro de um leque de diferentes opções
Cicero Araujo de ação, aquela alternativa que otimize a relação entre o benefício espera-
do da opção e o custo para viabilizá-la – ou que “maximize a utilidade”,
I.
para empregar a terminologia dos economistas.
Já faz algumas décadas que a Ciência Política contemporânea procu-
Há que reconhecer a enorme força atrativa que essas premissas são
rou transpor para seu campo de investigação o paradigma do homo oeco-
capazes de exercer sobre o investigador social, tanto por sua simplicidade
nomicus – a psicologia egoística utilizada pela teoria econômica convencio-
(elas são aptas a fornecer modelos explicativos enxutos e elegantes, senão
nal para dar conta das interações sociais no mercado. “Seu campo de
do ponto de vista moral, ao menos do ponto de vista cognitivo) quanto por
investigação”, isto é, o comportamento de atores coletivos como os parti-
sua plausibilidade e realismo – quem não seria tentado a admitir a hipótese
dos, os sindicatos, os gabinetes governamentais, ou de atores individuais
de que, em média, as pessoas são auto-interessadas, pelo menos quando
como as lideranças partidárias, os parlamentares, os eleitores etc. Para o
assunto que nos interessa aqui, teve grande impacto no debate posterior o
A história das sociedades humanas, contudo, sugere uma contínua ex- Mas o hábito, admite Hume, está longe de uma explicação suficiente, e
pansão rumo a comunidades mais amplas e complexas do que tribos e então ele recorre a uma segunda saída, mais fundamental. Trata-se da
clãs. Como explicá-la? Aqui Hume é obrigado a apelar, não para o senti- constituição do governo, ou seja, de uma espécie de divisão de trabalho
mento natural, mas para a convenção, para o artifício institucional, cujo entre governantes e governados, o primeiro formado por um grupo relati-
primeiro fruto é a virtude da Justiça, a base das regras do Direito. A Justiça vamente pequeno e o segundo reunindo a grande maioria da comunidade;
é a virtude da macro - sociabilidade, geradora de regras estritas e in flexí- o primeiro altamente motivado a garantir, como administradores da coisa
veis (“convenções”), porém impessoais (pois não importa quem elas benefi- pública, o provimento dos bens coletivos, o segundo liberado para perse-
ciam ou prejudicam em cada caso de sua aplicação) e expansivas, que guir seus bens privados e os de seu círculo restrito de amigos e familiares,
contrasta com as virtudes da micro - sociabilidade, maleáveis e personali- contanto que paguem os impostos que sustentarão as atividades do primei-
zadas (isto é, onde importa o “quem”), mas exatamente por isso de curto ro grupo. Vejam que esse esquema não implica que os governantes sejam
alcance. Mas qual a base do respeito às convenções sociais, as regras da altruístas: eles são motivados a produzir os bens coletivos porque essa é,
Justiça? Tem de haver um princípio geral que sustente as convenções. na repartição social das tarefas, a meta auto-interessada mais próxima e
Esse princípio é a reciprocidade. Daí que o contrato e a promessa sejam os visível, enquanto é a mais distante para o restante da comunidade, isto é,
modelos exemplares da Justiça em ação: os dois primeiros contratantes os governados. A instalação do governo significa simplesmente uma opera-
devem ter sido sujeitos estranhos um ao outro, mas que por um motivo ção de transformar, pelo menos para alguns (os governantes), o auto-
qualquer – digamos, comercial – precisaram produzir um bem coletivo. Qual interesse distante e embaçado – que ameaça desintegrar a cooperação em
a estrutura geral do contrato? Eu faço a minha parte e, no momento apra- sociedade anônimas – num auto-interesse próximo e nítido. É como se o
zado, você faz a sua. Sou indiferente à sua felicidade, e, contudo, para artifício do governo simbolizasse a arte da construção de uma lente social
produzir certo bem para mim ou para meus entes queridos, preciso estabe- para corrigir a miopia congênita dos grandes conglemerados humanos.
lecer uma relação cooperativa com o estranho, sem o qual aquele bem não Outra vez, a um observador atento do sinuoso raciocínio humeano não
vinga. Logo, só tem sentido cooperar nessas condições se cada um faz a escapará novas dificuldades nessa segunda saída. Porque se o grupo dos
sua parte, e na medida em que cada um faz a sua parte (daí a reciprocida- governantes, encarregado da administração dos negócios públicos, for
de). Essa é a natureza da convenção, tão bem caracterizada pela imagem suficientemente coeso, compacto e bem articulado como nas burocracias
humeana dos dois remadores de um barco que se controlam mutuamente estatais modernas, eles acabarão por constituir um conjunto de interesses
na alternância de seus respectivos lances de remo. apartado, talvez mesmo divergente, do restante da sociedade. O auto-
interesse para os seus membros pode significar algo substancialmente – e
Um faz seu lance na medida em que o outro faça o seu, e só nessa não apenas ilusoriamente (por causa apenas de uma distorção de óptica) –
medida o bem coletivo (a navegação rumo a um porto comum desejado) diferente dos governados. E como a promoção daquele interesse depende
será produzido. da extração, via impostos, dos recursos dos governados, eles serão tenta-
dos a desviar esses recursos para benefício próprio e não para o benefício
Notem como nesse argumento a percepção do auto-interesse embasa a comum. E aqui estamos de novo, e por caminhos transversos, perante o
reciprocidade. E é desse ponto em diante que os problemas do argumento rent seeking de James Buchanan.
vão aparecendo:
IV.
(1) A sociedade grande e complexa, reconhece Hume, supera as difi-
culdades e deficiências do círculo restrito da tribo, e porém gera suas Para onde afinal nos leva todo essa apresentação de argumentos?
próprias dificuldades e deficiências. Quanto mais cresce a sociedade, mais Penso que nos leva a constatar o contra-senso das premissas psicológicas
anônima e impessoal ela se torna, de modo que sua sustentação depende- do homo oeconomicus quando estendidas ao mundo da cooperação social
rá menos das paixões altruístas do que da reciprocidade e, logo, da per- de um modo geral, e da administração da coisa pública em particular. Se
cepção do auto –interesse na própria atividade cooperativa. Uma coisa, levamos até a sua raiz a hipótese de que todos os que promovem serviços
porém, é cooperar com uns poucos estranhos, onde é possível controlar os a outrem, privadamente ou em nome do público, são exclusivamente moti-
laços recíprocos de cada parte e onde está claro que a defecção de um dos vados pelo interesse egoísta, então a minha sugestão é que o fato do
cooperantes põe a perder todo o empreendimento. Outra é a situação em provimento sistemático desses serviços deve aparecer como um mistério
que o número de estranhos é enorme, em que a contribuição de cada um é da investigação social. O próprio fato da organização social se torna um
proporcionalmente ínfima. mistério. Se alguém contestar dizendo que esse fato em que estou me
arvorando é transitório e só ilusoriamente sólido, então é preciso admitir, na
Pensem, para ficar num exemplo bem simples, na diferença da partici- ausência de outras premissas plausíveis, que os Estados modernos, os
pação eleitoral de um grupo de cinco eleitores e a participação num grupo quais procuram enlaçar sociedades grandes e complexas, caminham de
de um milhão de eleitores. A importância da participação de cada indivíduo modo inexorável para o seu colapso, provavelmente de forma lenta, porém
para a determinação de um certo resultado no primeiro caso é visivelmente constante, gradualmente introduzindo aquela anomia que Hobbes tanto
maior do que no segundo caso. No primeiro, relutaria muito em deixar de temia.
participar, se estou de fato interessado nesse resultado determinado. No
segundo, tendo a estimar, com razão, que minha ausência será muito Minha própria contra-resposta a essas duas sugestões é pura e sim-
menos decisiva (e também muito menos sentida) para esse ou aquele plesmente destacar aquilo que dá título a esta palestra: a relevância da
resultado final, ainda que seja do meu interesse obtê-lo, a ponto de eu ética no exercício da função pública. Ao que agora posso acrescentar: a
apostar que um número suficiente de parceiros cumprirão a sua parte em relevâ ncia da ética na preservação da organização social, genericamente
meu lugar, e então obter resultado idêntico ao que obteria se eu tivesse falando, e não apenas da administração da coisa pública. Mas até aqui a
participado. Mas o dia da votação, um domingo, está ensolarado: por que ética ou a moral se apresentou negativamente, como um vago oposto da
não desfrutar esse sol na praia, e deixar que os outros enfrentem a fila da compulsão egoísta. Porém, o que ela é positivamente?
20. Ao tomar ciência de que um subordinado seu praticou ato que contraria I e III.
o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo I e IV.
Federal, a despeito de não se tratar de uma ilegalidade propriamente dita, o II e III.
servidor deverá II e IV.
a) instaurar um inquérito administrativo visando apurar o desvio ético.
b) encaminhar as informações ao MP, que poderá oferecer, ou não, a 24) No que se refere à ética no serviço público e à qualidade no atendimen-
denúncia ao Poder Judiciário. to ao público, assinale a opção correta.
c) deverá, em função do espírito de solidariedade, chamar esse subordina- a) Para a qualidade do atendimento ao público, é fundamental tratar cuida-
do para conversar e dar-lhe uma nova oportunidade. dosamente os usuários dos serviços, o que torna dispensável o aperfeiço-
d) encaminhar a situação para o comitê de ética, que apreciará o caso amento do processo de comunicação.
concreto. b) O servidor deve ser cortês, ter urbanidade, sem, contudo, ter de estar
e) retirar o servidor da função que exerce e, a partir desse momento, acom- atento às limitações individuais de todos os usuários, diante do caráter
panhá-lo, evitando que exerça qualquer outra função. geral da prestação de serviços públicos
c) A manutenção da limpeza no local de trabalho e a observância de méto-
21. Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal dos adequados à sua organização não têm relação com a ética no serviço
direta, indireta, autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade público. e) O comparecimento ao trabalho com vestimentas adequadas ao
que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada exercício da função, embora recomendável, não tem relação com a conduta
uma Comissão de Ética encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética ética no serviço público.
profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio d) O comparecimento ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício
público. À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarre- da função, embora recomendável, não tem relação com a conduta ética no
gados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros serviço público.
sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e) No exercício de suas atribuições, o servidor deve dar prioridade à resolu-
e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor ção de situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de
GABARITO _______________________________________________________
_______________________________________________________
1. D
2. D _______________________________________________________
3. A _______________________________________________________
4. D
5. 1-C; 2-C; 3-C; 4-E _______________________________________________________
6. D
7. C
_______________________________________________________
8. C _______________________________________________________
9. E
10. E _______________________________________________________
11. E _______________________________________________________
12. C
13. C _______________________________________________________
14. E
______________________________________________________
15. A
16. A _______________________________________________________
17. E
18. B _______________________________________________________
19. C _______________________________________________________
20. D
21. D _______________________________________________________
22. E _______________________________________________________
23. B
24. E _______________________________________________________
25. D
26. C
_______________________________________________________
27. D _______________________________________________________
28. B
29. C _______________________________________________________
30. B _______________________________________________________
_______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
São dois os tipos de autoridade: Responsabilização dos agentes pela prática de atos que não eram de
Hierárquica: Segue as linhas de comando estabelecidas pela estru- sua competência ou pela prática irregular.
tura hierárquica da empresa.
4. Poderes do Estado.
1. Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização; A crise do Estado implicou a necessidade de reformá-lo e reconstruí-lo;
a globalização tornou imperativa a tarefa de redefinir suas funções.
2. Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento
exato dos deveres; Em 1942, com a superação da crise, o estado despe-se do papel de
regulador da economia e assume uma postura desenvolvimentista, seguin-
3. Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito do a esteira mundial. Essa nova feição culmina com o governo de Juscelino
e por quem e as ordens e papéis tramitam através de canais preestabeleci- Kubistchek, (“50 anos em 5”) e caracteriza-se pela criação de órgãos de
dos. linha, staff1 e das primeiras entidades da administração indireta. A ideia
dominante é que a participação maciça no estado no setor produtivo de-
Disfunções (“defeitos”) da burocracia
senvolveria e dinamizaria a economia, e é nesse momento que se percebe
1 – Internalização das regras e apego aos regulamentos - existe a ineficiência da burocracia.
quando: cumprir as normas passa a ser mais importante que atingir os O que se sucede ao longo dos anos são tentativas de se simplificar o
objetivos. A atividade-meio passa a ser o resultado a ser alcançado. O modelo burocrático:
funcionário se torna um especialista em normas;
1956 Cria-se o COSB (Comissão de Simplificação da Burocracia)
2 – Excesso de formalismo e papelório – a necessidade de docu- com o objetivo de desburocratizar a administração, descentralizando-a, ou
mentar todas as comunicações conduz à tendência ao excesso de papeló- seja, delegando competência às entidades da administração indireta.
rio;
b) Este processo culmina com o Decreto-lei nº 200 de 1967, que
3 – Resistência à mudanças – como tudo é padronizado e previsto elenca princípios que nortearão a conduta da administração indireta.
com antecipação, o funcionário se acostuma a uma estabilidade, proporcio-
nando-lhe segurança a respeito de seu trabalho. Qualquer mudança tende Este Decreto-lei foi a primeira tentativa de reforma gerencial da admi-
a ser interpretada como algo que desconhece, tornando-se indesejável. nistração Pública brasileira.
4 – A base do processo decisorial – quem toma decisões é aquele A reforma iniciada pelo Decreto-Lei nº 200 foi uma tentativa de supera-
que ocupa o posto hierárquico mais alto, mesmo que nada saiba sobre o ção da rigidez burocrática, podendo ser considerada como um primeiro
tema. A “co-gestão” passa longe... momento da administração gerencial no Brasil. Colocou-se toda ênfase na
descentralização, mediante a autonomia da administração indireta, a partir
5 – Superconformidade às rotinas – com o tempo, as regras tendem do pressuposto da rigidez da administração direta e da maior eficiência da
a se tornar absolutas, sagradas, conduzindo a uma rigidez no comporta- administração descentralizada.
mento do burocrata que restringe-se ao desempenho mínimo. Perde inicia-
tiva, criatividade e inovação. O decreto-lei promoveu a transferência das atividades de produção de
bens e serviços para autarquias, fundações, empresas públicas e socieda-
6 – Dificuldade no atendimento a clientes – todos os clientes são a-
tendidos de forma padronizada, seguindo normas e rotinas internas, fazen-
do com que o público se irrite com a pouca atenção e o descaso. A buro-
cracia fecha-se em si mesma.
A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE CIDADANIA Importante notar que as mudanças sociais através de um processo de
democracia representativa, não são capazes de oferecer respostas imedia-
Numa segunda fase, ocorre uma evolução do conceito de cidadania, tas para o caos social e econômico em boa parte da Europa, especialmente
resgatando-se a ideia de igualdade jurídica, e não mais a propriedade Alemanha e Itália.
privada, como o alicerce dos direitos fundamentais. Fruto de lutas sociais e
parlamentares, que terão em cada país pesos diferentes, conquista-se o Ao mesmo tempo, a revolução bolchevique na Rússia e a imediata ex-
direito ao voto secreto, periódico e universal. Desaparece assim a diferen- pansão do recém criado Estado socialista ao vasto império czarista forman-
ciação em razão do poder econômico para se ter acesso ao voto, permane- do a União Soviética, representava uma séria ameaça aos interesses do
cendo entretanto, em vários países, a diferenciação em razão de sexo, que capital no restante da Europa. O Estado socialista que surgiu também em
desaparecerá em alguns casos apenas no século vinte, e outras limitações 1917, na Rússia, ao contrário do Estado Social-liberal no modelo alemão e
permanecerão, como as que ainda hoje existem, como a idade e escolari- mexicano, representava uma ruptura com o modelo de economia e de
dade por razões claras. sociedade capitalistas, e com os valores liberais.
As regras do liberalismo, embora bem simples, não levam ao que fora Podemos dizer que o Estado Social-liberal, significou uma necessária
prometido pelos seus teóricos. mudança do Estado Liberal clássico, para de alguma forma preservar a
ideia de uma economia capitalista livre, onde, a custa do não intervencio-
O descumprimento das regras pelos competidores, levava a economia nismo se preservasse a concorrência e a livre iniciativa.
do século XIX, ao mesmo tempo a um processo de crescimento jamais
visto até então e a uma acumulação e concentração de riquezas também Em outras palavras o liberalismo muda e o capitalismo liberal passa a
incomuns. ter uma preocupação social para preservar uma importante parcela do
núcleo do pensamento liberal.
A concentração de riqueza leva a eliminação da livre concorrência e li-
vre iniciativa, ideias basilares do liberalismo, ao mesmo tempo que acentu- Não há uma justificativa geral aplicável a todos os estados que passa-
ava a limites alarmantes a miséria e outras formas emergentes de exclusão ram por este processo, mas, em geral, a mudança de comportamento do
social. Estado perante as questões sociais e econômicas terá em menor ou maior
grau, como motivação, a pressão dos trabalhadores e dos movimentos
A resposta inicial do Estado liberal será a de combater a crescente sociais e das internacionais socialistas; a pressão dos liberais pela neces-
marginalidade, criminalidade e as revoltas sociais de trabalhadores com a sidade de se preservar a concorrência comprometida pela concentração
força policial e com reformas urbanas, que permitissem à polícia controlar econômica; a grave crise social, e a ameaça socialista, vindo, de certa
mais facilmente as revoltas sociais. forma, o intervencionismo estatal, evitar a continuidade do processo de
O ESTADO SOCIAL-LIBERAL concentração, mas, ao mesmo tempo, preservar o modelo de repartição
econômica de riquezas, e portanto privilégios econômicos, construídos,
A atuação da organização internacional de trabalhadores e a existência durante o século XIX.
na segunda metade do século XIX, de uma proposta científica como alter-
nativa ao Estado liberal, fazem com que, a elite que se afirmou com o O MUNDO BIPOLARIZADO DO PÓS GUERRA: ESTADO SOCIAL E
modelo econômico construído neste século, percebesse a necessidade de ESTADO SOCIALISTA
gradativamente incorporar reivindicações dos trabalhadores e propostas O período pós-guerra traz o renascimentos do Estado Social assim
dos socialistas, numa tentativa de atenuar as distorções sociais e econômi- como a expansão do Estado Socialista. Enquanto o Estado Socialista
cas e acalmar a tensão social. representa uma ruptura com a economia liberal e o capitalismo, o Estado
Desta forma, o Estado Liberal passa a admitir uma sensível mudança Social representa um novo paradigma, sem entretanto existir uma ruptura
de postura perante as questões sócio-econômicas, passando a garantir com o capitalismo liberal.
determinados direitos sociais como a limitação da jornada de trabalho, a As Constituições socialistas consagram uma economia socialista, ga-
regulamentação do trabalho do menor e a previdência social. rantindo a propriedade coletiva e estatal e abolindo a propriedade privada
O Estado Alemão, recém unificado é um dos pioneiros na legislação dos meios de produção.
social, enquanto a Áustria elabora sua legislação previdenciária e nos Há uma clara ênfase aos direitos econômicos e sociais e uma proposi-
Estados Unidos, em 1890, temos a lei Sherman, modelo de legislação anti- tal limitação dos direitos individuais, pois o exercício destes direitos no
truste, visando combater a concentração econômica que provoca a elimina- Estado socialista está condicionado a evolução do Estado e da sociedade
ção da concorrência e da livre iniciativa. socialista que devem ser capazes de educar e preparar o cidadão a viver
É o momento de transição entre o Estado Liberal e o Estado Social que no futuro em uma sociedade completamente livre, onde não haja Estado,
nasceria com a primeira grande guerra mundial. poder ou hierarquia: a sociedade comunista.
Sob o impacto das mudanças revolucionárias que vêm se produzindo Em segundo lugar, a imagem projetada pela tese da globalização exa-
nas tecnologias de transporte e de comunicação, as antigas fronteiras vão gera alguns e deixa de lado outros aspectos importantes da economia
sendo derrubadas, ou se tornam cada vez menos efetivas. Ao facilitar mundial.
extraordinariamente o acesso e o tratamento de informações, ao possibilitar Se é verdade que, depois de quase 30 anos de liberalização financeira,
o estabelecimento de contatos eletrônicos instantâneos por todo o globo, é possível falar com alguma propriedade de um "mercado global de capi-
ao reduzir drasticamente o tempo e o custo do transporte a longa distância, tais", o mesmo não acontece com o comércio, a indústria e os serviços,
as novas tecnologias dão um ímpeto inédito à internacionalização do capi- para não falar da agricultura. Mesmo considerando apenas o universo das
tal. empresas multinacionais, estudos mais circunstanciados demonstram
Assistimos, então, a uma mudança profunda no comportamento das cabalmente a importância preponderante que continuam tendo para elas os
empresas, que passam a distribuir suas atividades segundo estratégias seus respectivos mercados nacionais – ou regionais, no caso das firmas
compreensivas no contexto das quais a diferença entre espaços domésti- europeias.
cos e externos deixa de fazer sentido. De certo ponto de vista, porém, o decisivo está em outro lugar.
O NOVO PAPEL DO ESTADO CONTEMPORÂNEO A ABERTURA DO ESTADO NO JOGO POLÍTICO E ECONÔMICO
Neste mundo novo que surge aos nossos olhos, a própria ideia de INTERNACIONAL
mercado nacional perde substância. A economia é global; o seu ritmo e o A força do discurso da globalização deriva em grande medida de sua
seu dinamismo respondem a movimentos cuja escala é o planeta. correspondência com certas características da economia internacional,
Com essa mudança o papel do Estado se altera radicalmente. Antes, quando esta opera em condições de relativa normalidade. Nestes períodos,
ele era chamado a intervir para fomentar e dirigir o processo de desenvol- tudo parece se passar de acordo com o figurino: os capitais se movem
vimento. Coisa que o Estado fazia, com maior ou menor grau de sucesso, combinando, em dosagens variadas, os objetivos de lucratividade e segu-
através do manejo soberano de um conjunto de instrumentos de política rança; os Estados se abrem, empenham-se em programas permanentes de
econômica e da orientação que imprimia às atividades de suas empresas. reformas e adotam medidas tópicas a fim de atrair esses mesmos capitais
esquivos; nesse movimento, crenças e valores estabelecidos são ridiculari-
Agora, com a globalização, todas essas fórmulas e as ideias que a a- zados, compromissos sociais fortemente institucionalizados são rompidos...
companhavam estão ultrapassadas, insistir nelas é dar provas de idiotia. E tudo isso se faz em nome da eficiência e da liberdade econômica – para
No quadro da economia global, o Estado pode até ser operoso, mas não os neoliberais, mãe de todas as outras, condição de possibilidade e princí-
tem vida: em tudo que faz ele é monitorado pelos capitais móveis, univer- pio regulador da democracia.
salmente cobiçados, e pelas agências especializadas que lhes prestam
serviço. Mas quando sobrevêm dificuldades mais sérias, e se generaliza a per-
cepção de que economia é prenhe de crise, a questão do "que fazer" se
impõe, e ela não é endereçada aos agentes da economia global, aos "glo-
1. APRESENTAÇÃO
O Manual Técnico de Orçamento - MTO é um instrumento de apoio aos processos orçamentários da União. Conforme proposição da Secretaria de Orçamen-
to Federal - SOF, o MTO será editado, anualmente, no início do processo de elaboração da proposta orçamentária.
Além da tradicional versão impressa, convém destacar que, desde 2006, o MTO está disponível também em meio eletrônico, no Portal do Orçamento Fede-
ral, http://www.orcamentofederal.gov.br/informacoes-orcamentarias, permitindo maior agilidade nas atualizações decorrentes de modificações nos processos
orçamentários e na legislação aplicada.
Com o intuito de aprimorar continuamente o processo orçamentário federal, apresenta-se a edição do MTO para o exercício de 2014.
Conforme a Lei no 10.180, de 6 de fevereiro de 2001:
Art. 2o O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:
I - formular o planejamento estratégico nacional;
II - formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
Art. 6o Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes e órgãos da Administração Pública Federal, os órgãos integrantes do
Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal e as unidades responsáveis pelo planejamento e orçamento dos demais Poderes realizarão o acompa-
nhamento e a avaliação dos planos e programas respectivos.
2.2. PAPEL DOS AGENTES DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORÇAMENTO FEDERAL
2.2.1. SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL
O trabalho desenvolvido pela SOF, no cumprimento de sua missão institucional, tem sido norteado por um conjunto de competências, descritas no art. 17 do
Anexo I do Decreto no 7.675, de 20 de janeiro de 2012, e amparado no art. 8o da Lei no 10.180, de 2001, assim relacionadas:
Art. 17. À Secretaria de Orçamento Federal compete:
I - coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração da lei de diretrizes orçamentárias e da proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamen-
tos fiscal e da seguridade social;
II - estabelecer as normas necessárias à elaboração e à implementação dos orçamentos federais sob sua responsabilidade;
III - proceder, sem prejuízo da competência atribuída a outros órgãos, ao acompanhamento da execução orçamentária;
IV - realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento do processo orçamentário federal;
V - orientar, coordenar e supervisionar tecnicamente os órgãos setoriais de orçamento;
VI - exercer a supervisão da Carreira de Analista de Planejamento e Orçamento, em articulação com a Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégi-
cos, observadas as diretrizes emanadas do Comitê de Gestão das Carreiras do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
VII - estabelecer as classificações orçamentárias da receita e da despesa; e
VIII - acompanhar e avaliar o comportamento da despesa pública e de suas fontes de financiamento, bem como desenvolver e participar de estudos econô-
mico-fiscais, voltados ao aperfeiçoamento do processo de alocação de recursos.
Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos na tarefa de elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas
instâncias da Administração Pública Federal e dos demais Poderes da União.
2.2.2. ÓRGÃO SETORIAL
O órgão setorial desempenha o papel de articulador no âmbito da sua estrutura, coordenando o processo decisório no nível subsetorial (UO). Sua atuação no
processo orçamentário envolve:
- estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração e alterações orçamentárias;
- definição e divulgação de instruções, normas e procedimentos a serem observados no âmbito do órgão durante o processo de elaboração e alteração
orçamentária;
- avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das alterações necessárias;
- coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do cadastro de programas e ações;
- fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias e dos limites de movi-
mentação e empenho e de pagamento de suas respectivas UO;
- análise e validação das propostas e das alterações orçamentárias de suas UOs; e
- consolidação e formalização da proposta e das alterações orçamentárias do órgão.
2.2.3. UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
A UO desempenha o papel de coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu âmbito de atuação, integrando e articulando o
trabalho das suas unidades administrativas, tendo em vista a consistência da programação do órgão.
As UOs são responsáveis pela apresentação da programação orçamentária detalhada da despesa por programa, ação e subtítulo. Sua atuação no processo
orçamentário compreende:
- estabelecimento de diretrizes no âmbito da UO para elaboração da proposta e alterações orçamentárias;
- estudos de adequação da estrutura programática;
- formalização, ao órgão setorial, da proposta de alteração da estrutura programática sob a responsabilidade de suas unidades administrativas;
- coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do cadastro de ações orçamentárias;
- fixação dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias e dos limites de movimentação e empenho e de pagamento de
suas respectivas unidades administrativas;
- análise e validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; e
- consolidação e formalização de sua proposta orçamentária.
3. CONCEITOS ORÇAMENTÁRIOS
3.1. DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTÁRIO
Administração Pública 57 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O Direito Financeiro tem por objeto a disciplina jurídica de toda a atividade financeira do Estado e abrange receitas, despesas e créditos públicos. O Direito
Tributário tem por objeto específico a disciplina jurídica de uma das origens da receita pública: o tributo.
As normas básicas referentes ao Direito Financeiro e ao Tributário encontram-se na CF; na Lei no 4.320, de 17 de março de 1964; na Lei no 5.172, de 25 de
outubro de 1966 - CTN; na Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 - LRF; e no Decreto no 93.872, de 24 de dezembro de 1986.
Os incisos I e II do art. 24 da CF, a seguir, estabelecem competência concorrente para legislar sobre o assunto:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento.
3.2. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Os princípios orçamentários visam estabelecer regras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e transparência aos processos de elaboração, exe-
cução e controle do orçamento público. Válidos para todos os Poderes e para todos os entes federativos - União, Estados, Distrito Federal e Municípios -, são
estabelecidos e disciplinados tanto por normas constitucionais e infraconstitucionais quanto pela doutrina.
Nesse sentido, integram este Manual Técnico de Orçamento princípios orçamentários cuja existência e aplicação decorrem de normas jurídicas.
3.2.1. UNIDADE OU TOTALIDADE
De acordo com este princípio, o orçamento deve ser uno, ou seja, cada ente governamental deve elaborar um único orçamento. Este princípio é mencionado
no caput do art. 2o da Lei no 4.320, de 1964, e visa evitar múltiplos orçamentos dentro da mesma pessoa política. Dessa forma, todas as receitas previstas e
despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada nível federativo: LOA.
3.2.2. UNIVERSALIDADE
Segundo este princípio, a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e as despesas de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e
fundações instituídas e mantidas pelo poder público. Este princípio é mencionado no caput do art. 2o da Lei no 4.320, de 1964, recepcionado e normatizado
pelo § 5o do art. 165 da CF.
Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido dos trabalhadores, aloca-se a receita pública correspondente na natureza da receita
código “1112.04.10”, segundo o esquema abaixo:
Como se depreende do nível de detalhamento apresentado, a classificação por natureza é a de nível mais analítico da receita; por isso, auxilia na elaboração
de análises econômico-financeiras sobre a atuação estatal.
4.2.1.2. ORIGEM
A origem é o detalhamento das categorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital, com vistas a identificar a procedência das receitas no
momento em que ingressam nos cofres públicos.
Os códigos da origem para as Receitas Correntes e de Capital, de acordo com o § 4o do art. 11 da Lei no 4.320, de 1964, são:
Por exemplo, no que diz respeito à origem, a Receita Tributária é um dos detalhamentos possíveis para Receitas Correntes [tabelas nos itens 8.1.1. e 8.1.2.]
[tabela-resumo das origens e espécies - item 8.1.3.].
Esquema da Classificação e Códigos das Receitas Públicas, incorporando-se categoria econômica e origem:
A vinculação de receitas deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos e os direcionam para despesas, entes, ór-
gãos, entidades ou fundos.
A classificação de fonte/destinação consiste em um código de três dígitos. O 1o dígito representa o grupo de fonte [tabela no item 8.1.4.1.], enquanto o 2o e o
3o representam a especificação da fonte [tabela no item 8.1.4.2.].
O Anexo IV da Portaria SOF no 1, de 19 de fevereiro de 2001 lista os grupos de fontes e as respectivas especificações das fontes de recursos vigentes:
O Ementário de Classificação das Receitas Orçamentárias da União evidencia as fontes e respectivas naturezas de receita e pode ser obtido em:
http://www.orcamentofederal.gov.br/ informacoes-orcamentarias/arquivos-receitas-publicas/receitas-publicas.
[CÓDIGO-EXEMPLO DA ESTRUTURA COMPLETA DA PROGRAMAÇÃO]
4.3. ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA
As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos, levando-se em consideração o modelo de orçamento existente no País.
Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se com a etapa de previsão e termina com a de recolhimento.
4.3.1. PREVISÃO
Efetuar a previsão implica planejar e estimar a arrecadação das receitas que constará na proposta orçamentária. Isso deverá ser realizado em conformidade
com as normas técnicas e legais correlatas e, em especial, com as disposições constantes na LRF. Sobre o assunto, vale citar o art. 12 da referida norma:
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de pre-
ços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
No âmbito federal, a metodologia de projeção de receitas busca assimilar o comportamento da arrecadação de determinada receita em exercícios anteriores,
a fim de projetá-la para o período seguinte, com o auxílio de modelos estatísticos e matemáticos. O modelo dependerá do comportamento da série histórica
de arrecadação e de informações fornecidas pelos órgãos orçamentários ou unidades arrecadadoras envolvidos no processo.
A previsão de receitas é a etapa que antecede a fixação do montante de despesas que irá constar nas leis de orçamento, além de ser base para se estimar
as necessidades de financiamento do governo.
4.3.2. LANÇAMENTO
O art. 53 da Lei no 4.320, de 1964, define o lançamento como ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é
devedora e inscreve o débito desta. Por sua vez, conforme o art. 142 do CTN, lançamento é o procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, pro-
põe a aplicação da penalidade cabível.
Observa-se que, segundo o disposto nos arts. 142 a 150 do CTN, a etapa de lançamento situa-se no contexto de constituição do crédito tributário, ou seja,
aplica-se a impostos, taxas e contribuições de melhoria.
4.3.3. ARRECADAÇÃO
Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro Nacional pelos contribuintes ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições
financeiras autorizadas pelo ente.
Vale destacar que, segundo o art. 35 da Lei no 4.320, de 1964, pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas, o que representa a adoção
do regime de caixa para o ingresso das receitas públicas.
4.3.4. RECOLHIMENTO
Consiste na transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro Nacional, responsável pela administração e controle da arrecadação e pela
programação financeira, observando-se o princípio da unidade de tesouraria ou de caixa, conforme determina o art. 56 da Lei no 4.320, de 1964, a seguir
transcrito:
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para cria-
ção de caixas especiais.
4.4. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE TRIBUTOS
Principal fonte de recursos do Governo Federal, tributos são origens de receita orçamentária corrente. Embora, atualmente, os tributos englobem as contribu-
ições, a classificação orçamentária por Natureza da Receita, exposta no Capítulo 4.3., faz uma distinção entre as receitas de origem Tributária e as de Con-
tribuições, atendendo ao disposto na Lei no 4.320, de 1964.
Trata-se de receita derivada, cuja finalidade é obter recursos financeiros para o Estado custear as atividades que lhe são correlatas. Sujeita-se aos princípios
da reserva legal e da anterioridade da Lei, salvo exceções.
O art. 3o do CTN define tributo da seguinte forma:
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
O art. 4o do CTN preceitua que a natureza específica do tributo, ao contrário de outros tipos de receita, é determinada pelo fato gerador da obrigação, sendo
irrelevantes para qualificá-la:
I - a sua denominação; e
II - a destinação legal do produto de sua arrecadação.
4.4.1. IMPOSTOS
Os impostos, segundo o art. 16 do CTN, são espécies tributárias cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte, o qual não recebe contraprestação direta ou imediata pelo pagamento.
O art. 167 da CF proíbe, ressalvadas algumas exceções, a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Os impostos estão enumerados na
CF, ressalvando-se unicamente a possibilidade de utilização, pela União, da competência residual prevista no art. 154, inciso I, e da competência extraordiná-
ria, no caso dos impostos extraordinários de guerra externa, prevista no inciso II do mesmo artigo.
4.4.2. TAXAS
De acordo com o art. 77 do CTN:
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
A taxa está sujeita ao princípio constitucional da reserva legal e, sob a ótica orçamentária, classifica-se em: Taxas de Fiscalização11 e Taxas de Serviço.
Taxas de Fiscalização ou de Poder de Polícia
As taxas de fiscalização ou de poder de polícia são definidas em lei e têm como fato gerador o exercício do poder de polícia, poder disciplinador, por meio do
qual o Estado intervém em determinadas atividades, com a finalidade de garantir a ordem e a segurança. A definição de poder de polícia é estabelecida pelo
art. 78 do CTN:
Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais e coletivos.
Taxas de Serviço Público
metodologia:
Contribuições Sociais: para integrarem o Orçamento da Seguridade Social, as receitas de contribuições sociais devem ser destinadas para as áreas de
saúde, previdência ou assistência social.
Demais Receitas: consideram-se receitas do Orçamento da Seguridade Social aquelas que:
a) sejam próprias das UOs que integrem o Orçamento da Seguridade Social; ou seja, das unidades que compõem os Ministérios da Saúde e da Previ-
dência Social, a Assistência Social e o Fundo de Amparo ao Trabalhador, subordinado ao Ministério do Trabalho;
b) sejam originárias da prestação de serviços de saúde, independentemente das entidades às quais pertençam; e
c) sejam vinculadas à seguridade social por determinação legal.
A dimensão financeira estima o montante necessário para o desenvolvimento da ação orçamentária de acordo com os seguintes classificadores:
- Orçamento Fiscal (código 10): referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive funda-
ções instituídas e mantidas pelo Poder Público;
- Orçamento da Seguridade Social (código 20): abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público; e
- Orçamento de Investimento (código 30): orçamento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto.
O § 2o do art. 195 da CF estabelece que a proposta de Orçamento da Seguridade Social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela
saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada área a gestão de seus recur-
sos.
5.3. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
A classificação institucional [tabela no item 8.2.1.], na União, reflete as estruturas organizacional e administrativa e compreende dois níveis hierárquicos:
órgão orçamentário e unidade orçamentária. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas
às UOs, que são as responsáveis pela realização das ações. Órgão orçamentário é o agrupamento de UOs.
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à UO.
Um órgão ou uma UO não correspondem necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os
órgãos Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, Encargos Financeiros da União, Operações Oficiais de Crédito, Refinanciamento da Dívida
Pública Mobiliária Federal e Reserva de Contingência.
5.4. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA DESPESA
A classificação funcional é formada por funções e subfunções [tabela no item 8.2.2.] e busca responder basicamente à indagação “em que áreas de despesa
a ação governamental será realizada?”. Cada atividade, projeto e operação especial identificará a função e a subfunção às quais se vinculam.
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria no 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão (MOG), e é composta de
um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nos três níveis de Governo.
Trata-se de uma classificação independente dos programas e de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e
da União, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público.
A classificação funcional é representada por cinco dígitos, sendo os dois primeiros relativos às funções e os três últimos às subfunções. Na base de dados do
SIOP, existem dois campos correspondentes à classificação funcional:
A codificação para a Reserva de Contingência foi definida pelo art. 8o da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001, alterado pelo art. 1o da Portaria
Conjunta STN/SOF no 1, de 18 de junho de 2010, atualizada, vigorando com a seguinte redação:
Art. 8o A dotação global denominada “Reserva de Contingência”, permitida para a União no art. 91 do Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em
atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e para o atendimento ao disposto no art. 5o,
inciso III, da Lei Complementar no 101, de 2000, sob coordenação do órgão responsável pela sua destinação, bem como a Reserva do Regime Próprio de
Previdência do Servidor - RPPS, quando houver, serão identificadas no orçamento de todas as esferas de Governo pelos códigos “99.999.9999.xxxx.xxxx” e
“99.997.9999.xxxx.xxxx”, respectivamente, no que se refere às classificações por função e subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a
codificações das ações e o respectivo detalhamento.
Parágrafo Único. As reservas referidas no caput serão identificadas, quanto à natureza da despesa, pelo código “9.9.99.99.99”.
5.4.1. FUNÇÃO
A função [tabela no item 8.2.2.] pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Reflete a competência
institucional do órgão, como, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. Há situações em que o
órgão pode ter mais de uma função típica, considerando-se que suas competências institucionais podem envolver mais de uma área de despesa. Nesses
casos, deve ser selecionada, entre as competências institucionais, aquela que está mais relacionada com a ação.
A função Encargos Especiais engloba as despesas que não podem ser associadas a um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais
como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. A utilização dessa função irá requerer o uso das
suas subfunções típicas, conforme tabela abaixo:
5.4.2. SUBFUNÇÃO
A subfunção [tabela no item 8.2.2.] representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar a natureza da atuação governamen-
tal . De acordo com a Portaria no 42, de 14 de abril de 1999, é possível combinar as subfunções a funções diferentes daquelas a elas diretamente relaciona-
das, o que se denomina matricialidade.
Na base de dados do SIOP, o campo que identifica o programa contém quatro dígitos.
A Ação , que era uma das categorias compartilhadas entre PPA e LOA, passa a integrar exclusivamente a LOA. Os programas, que constam em ambos os
instrumentos, são subdivididos em Programas Temáticos e Programas de Gestão. Todavia, na LOA, há alguns programas que não constam no PPA – os
Programas compostos exclusivamente por Operações Especiais. Com essas mudanças, a integração Plano-Orçamento se dará da seguinte forma:
Dessa forma, a Iniciativa será um elo entre o Plano e o Orçamento quando se tratar de Programas Temáticos.
OBSERVAÇÃO:
5.5.2.1. ATIVIDADE
Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e
permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: ação 4339 - Qualificação da Regulação e
Fiscalização da Saúde Suplementar.
OBSERVAÇÃO:
As ações do tipo Atividade mantêm o mesmo nível da produção pública.
5.5.2.2. PROJETO
Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta
um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo. Exemplo: ação 7M64 Construção de Trecho Rodoviário - Entronca-
mento BR-472 - Fronteira Brasil/Argentina - na BR-468.
OBSERVAÇÃO:
As ações do tipo Projeto expandem a produção pública ou criam infraestrutura para novas atividades, ou, ainda, implementam ações inéditas num prazo
determinado.
5.5.2.3. OPERAÇÃO ESPECIAL
Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram
contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
OBSERVAÇÃO:
As operações especiais caracterizam-se por não retratar a atividade produtiva no âmbito federal, podendo, entretanto, contribuir para a produção de bens ou
serviços à sociedade, quando caracterizada por transferências a outros entes.
O processo de revisão das ações para 2014 envolve a identificação, quando possível, útil ou desejável, de unidades de mensuração (volume de operação,
carga de trabalho, produtos/serviços gerados a partir das transferências etc.) para as operações especiais.
Esse processo de revisão envolve, também, a análise geral das ações atuais, que permitirá a identificação de falhas de classificação e os seus respectivos
ajustes, quando necessário.
Por fim, as operações especiais deverão ser tipificadas conforme o atributo "Subtipo de Operação Especial" (vide item 5.5.2.4.3.1.).
Em grande medida, as operações especiais estão associadas aos programas do tipo Operações Especiais, os quais constarão apenas do orçamento, não
integrando o PPA, conforme codificação relacionada abaixo:
Nesses programas, a classificação funcional a ser adotada será a função 28 - Encargos Especiais com suas respectivas subfunções, não havendo possibili-
dade de matricialidade nesses casos.
5.5.2.4. ATRIBUTOS DAS AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
5.5.2.4.1. Título
Forma de identificação da ação orçamentária pela sociedade nas LOAs. Expressa, em linguagem clara, o objeto da ação. Exemplo:
7M64 Construção de Trecho Rodoviário - Entroncamento BR-472 - Fronteira Brasil/Argentina - na BR-468.
OBSERVAÇÃO:
O título não poderá conter sentença genérica que permita executar quaisquer despesas não relacionadas à operação; também não poderá ser apenas “no-
me-fantasia”, mas poderá trazê-lo entre parênteses ou ao final da sentença, separado por um travessão. Durante o processo de revisão das ações e opera-
ções especiais para 2014, deverá ser analisado o título de cada ação ou operação especial para verificar se esse expressa realmente a sua Finalidade, de
forma resumida.
5.5.2.4.2. Descrição
Para o exercício de 2014, o campo descrição deverá expressar, de forma sucinta, o que é e para que efetivamente é feito no âmbito da ação, seu escopo,
suas delimitações e o seu objetivo. Exemplo: para a ação 7M64, a descrição é:
O que é feito?
Continuação da pavimentação dos 6 últimos km ainda não pavimentados da BR-468, que envolve serviços de terraplenagem, pavimentação, drenagem,
sinalização e obras complementares. Envolve também a implementação da Gestão Ambiental do empreendimento, englobando, entre outras, ações mitigado-
ras e compensatórias das áreas de influência direta e indireta, e o atendimento das licenças ambientais.
Para que é feito (objetivo)?
Promover eficiência e efetividade no fluxo de transporte na BR-468 no Estado do Rio Grande do Sul.
OBSERVAÇÃO:
Poderá haver a atualização da descrição durante todo o ano de execução, desde que mantida a compatibilidade com a finalidade da existência da ação,
expressa no seu título (atributo legal).
OBSERVAÇÃO:
Delegação
Conforme o art. 63 do PLDO 2014:
Art. 63. A entrega de recursos aos Estados, Distrito Federal, Municípios e consórcios públicos em decorrência de delegação para a execução de ações de
responsabilidade exclusiva da União, inclusive das quais resulte preservação ou acréscimo no valor de bens públicos federais, não se configura como transfe-
rência voluntária e observará as modalidades de aplicação a que se refere o art. 7o, § 8o, incisos III, VI e X.
§1o A destinação de recursos nos termos do caput observará o disposto nesta Seção, salvo a exigência prevista no caput do art. 62.
§2o É facultativa a exigência de contrapartida na delegação de que trata o caput.
c) transferência:
c.1) obrigatória: operação especial que transfere recursos, por determinação constitucional ou legal, aos Estados, Distrito Federal e Municípios. Exemplo:
ação 0515 - Dinheiro Direto na Escola para a Educação Básica; e
c.2) outras: transferência de recursos a entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, organizações não governamentais e outras instituições, que não
decorram de determinação constitucional ou legal. Exemplo: ação 00B9 - Contribuição à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura - UNESCO (MEC); e
d) linha de crédito: ação realizada mediante empréstimo de recursos aos beneficiários da operação. Enquadram-se também nessa classificação os ca-
sos de empréstimos concedidos por estabelecimento oficial de crédito a Estados e Distrito Federal, Municípios e ao Setor Privado. Exemplo: ação
0A81 - Financiamento para a Agricultura Familiar - PRONAF (Lei no 10.186, de 2001).
5.5.2.4.16.2. Atributos do PO
5.5.2.4.16.3. Finalidade do PO
Para contemplar as diferentes formas de acompanhamento das ações orçamentárias, o PO poderá apresentar-se de três maneiras:
a) Produção pública intermediária: quando identifica a geração de produtos ou serviços intermediários ou a aquisição de insumos utilizados na gera-
ção do bem ou serviço final da ação orçamentária. Excepcionalmente, nas situações em que não é possível identificar a relação produto interme-
diário x produto final, as ações de “meios” serão incorporadas à ação 2000 - Administração da Unidade e poderão ser identificadas por POs, con-
forme orientações constantes no item 6.1 deste Manual.
Exemplos:
b) Etapas de projeto: quando representa fase de um projeto cujo andamento se pretende acompanhar mais detalhadamente. Não haverá obrigatorie-
dade de todos os projetos a serem detalhados em POs. No entanto, haverá um campo no Cadastro de Ações, marcado pela SOF, indicando caso
haja obrigatoriedade.
Exemplos:
c) Mecanismo de acompanhamento intensivo: quando utilizado para acompanhar um segmento específico da ação orçamentária.
5.5.2.4.16.4. Produto do PO
De maneira geral, os produtos dos POs terão as seguintes características:
5.5.3. SUBTÍTULO
As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos, utilizados especialmente para identificar a localização física da ação
orçamentária, não podendo haver, por conseguinte, alteração de sua finalidade, do produto e das metas estabelecidas.
A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a
focalização, os custos e os impactos da ação governamental.
A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste, Sul), por Estado ou Município
ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando necessário. A LDO veda, na especificação do subtítulo, a referência a mais de uma localidade, área
geográfica ou beneficiário, se determinados.
Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera orçamentária, por GND, por modalidade de aplica-
ção, IDUSO e por fonte/destinação de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos da ação.
OBSERVAÇÃO:
O subtítulo deverá ser usado para indicar a localização geográfica da ação ou operação especial da seguinte forma:
1.Projetos: localização (de preferência, Município) onde ocorrerá a construção, no caso de obra física, como por exemplo, obras de engenharia; nos demais
casos, o local onde o projeto será desenvolvido;
2.Atividades: localização dos beneficiários/público-alvo da ação, o que for mais específico (normalmente são os beneficiários); e,
5.5.3.1. ATRIBUTOS DO SUBTÍTULO
5.5.3.1.1. Localização Geográfica, Codificação e o campo “Complemento”
A identificação dos subtítulos/localizadores é feita por um código numérico de quatro posições, que até 2012 seguia um padrão próprio e cujas faixas foram
aprimoradas para utilização a partir de 2013. A tabela abaixo demonstra esta evolução:
A padronização se faz necessária para organizar a atuação governamental e facilitar seu acompanhamento. Ademais, a existência da padronização vem
permitindo o cumprimento de previsão constante da LDO, segundo a qual: “As atividades que possuem a mesma finalidade devem ser classificadas sob um
único código, independentemente da unidade executora”.
5.5.4.2. TIPOLOGIA
Considerando as especificidades das ações orçamentárias de governo existentes, a padronização pode ser de três tipos:
(executada no MEC, MDS, MMA e MTE); e Elevação da Escolaridade e Qualificação Profissional - ProJovem Urbano e Campo (realizada no MEC, MTE
e Presidência); e
c) da União: operações que perpassam diversos órgãos e/ou UOs sem contemplar as especificidades do setor ao qual estão vinculadas. Caracterizam-
se por apresentar base legal, finalidade, descrição e produto padrão, aplicável a qualquer órgão e, ainda, pela gestão orçamentária realizada de
forma centralizada pela SOF. Exemplos: Pagamento de Aposentadorias e Pensões; Contribuição da União, de suas Autarquias e Fundações para
o Custeio do Regime de Previdência dos Servidores Públicos Federais; e Auxílio-Alimentação aos Servidores e Empregados. A relação completa
das ações orçamentárias padronizadas da União está no item 8.2.4. deste manual.
[Sumário]
OBSERVAÇÃO:
A principal alteração introduzida na estrutura das ações orçamentárias que compõem o rol das padronizadas da União, diz respeito à criação de atividade
específica para o pagamento de pessoal ativo civil da União, dissociando essas despesas das voltadas para a manutenção administrativa ou similares, como
até então se vinha fazendo. Além disso, as operações especiais relativas ao pagamento de aposentadorias e pensões civis, também passaram a ser identifi-
cadas em uma única ação. Com essas alterações, foi possível conceber ações orçamentárias que agregam tão somente despesas de caráter obrigatório,
voltadas exclusivamente para o pagamento de pessoal e encargos sociais, facilitando, assim, o seu reconhecimento e a transparência alocativa dos recursos
orçamentários.
5.5.4.3. ATRIBUTOS DAS AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS PADRONIZADAS
A padronização consiste em adotar um modelo único, padrão, para alguns atributos das operações. Assim, uma vez alterados tais atributos, a mudança é
replicada automaticamente para todas as operações. A partir de 2013, a padronização será dos seguintes atributos:
Em decorrência da nova tipologia, a alteração dos atributos das ações orçamentárias padronizadas setoriais compete ao próprio órgão setorial. No caso das
operações multissetoriais e da União, pelo caráter que apresentam, a alteração dos atributos padronizados é realizada somente pela SOF.
3 - Despesas Correntes: as que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
4 - Despesas de Capital: as que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
[Tabela no item 8.2.3. CLASSIFICAÇÃO DA NATUREZA DA DESPESA]
5.6.2.1.2. Grupo de Natureza da Despesa
O GND é um agregador de elemento de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir
20 - Transferências à União
Despesas orçamentárias realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, mediante transferência de recursos financeiros à União, inclusive para
suas entidades da administração indireta.
22 - Execução Orçamentária Delegada à União
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de delegação ou descentralização à União para execução de
ações de responsabilidade exclusiva do delegante.
30 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, inclusive
para suas entidades da administração indireta.
76 - Transferências a Instituições Multigovernamentais à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar no 141, de 2012
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou
por dois ou mais países, inclusive o Brasil, exclusive as transferências relativas à modalidade de aplicação 74 (Transferências a Consórcios Públicos median-
te contrato de rateio à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar no 141, de 2012), à conta de recursos referentes à diferença da aplica-
96 - Aplicação Direta à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar no 141, de 2012
Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orça-
mentos Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de Governo, à conta de recursos referentes à diferença da aplicação mínima em ações e
serviços públicos de saúde que deixou de ser aplicada em exercícios anteriores, de que trata o art. 25 da Lei Complementar no 141, de 2012.
99 - A Definir
Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo ou para classificação orçamentária da Reserva de Contingência e da Reserva do RPPS, vedada a
execução orçamentária enquanto não houver sua definição.
[CÓDIGO-EXEMPLO DA ESTRUTURA COMPLETA DA PROGRAMAÇÃO]
[Tabela no item 8.2.3. CLASSIFICAÇÃO DA NATUREZA DA DESPESA]
5.6.2.1.4. Elemento de Despesa
O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo,
serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e
outros que a Administração Pública utiliza para a consecução de seus fins.
Os códigos dos elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001. A descrição dos elementos pode
não contemplar todas as despesas a eles inerentes, sendo, em alguns casos, exemplificativa. A relação dos elementos de despesa é apresentada a seguir:
30 - Material de Consumo
Despesas orçamentárias com álcool automotivo; gasolina automotiva; diesel automotivo; lubrificantes automotivos; combustível e lubrificantes de aviação; gás
engarrafado; outros combustíveis e lubrificantes; material biológico, farmacológico e laboratorial; animais para estudo, corte ou abate; alimentos para animais;
material de coudelaria ou de uso zootécnico; sementes e mudas de plantas; gêneros de alimentação; material de construção para reparos em imóveis; mate-
rial de manobra e patrulhamento; material de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; material de expediente; material de cama e mesa, copa e cozi-
nha, e produtos de higienização; material gráfico e de processamento de dados; aquisição de disquete; pen-drive; material para esportes e diversões; material
para fotografia e filmagem; material para instalação elétrica e eletrônica; material para manutenção, reposição e aplicação; material odontológico, hospitalar e
ambulatorial; material químico; material para telecomunicações; vestuário, uniformes, fardamento, tecidos e aviamentos; material de acondicionamento e
embalagem; suprimento de proteção ao voo; suprimento de aviação; sobressalentes de máquinas e motores de navios e esquadra; explosivos e munições;
bandeiras, flâmulas e insígnias e outros materiais de uso não-duradouro.
31 - Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas e Outras
Despesas orçamentárias com a aquisição de prêmios, condecorações, medalhas, troféus, bem como com o pagamento de prêmios em pecúnia, inclusive
decorrentes de sorteios lotéricos.
32 - Material, Bem ou Serviço para Distribuição Gratuita
Despesas orçamentárias com aquisição de materiais, bens ou serviços para distribuição gratuita, tais como livros didáticos, medicamentos, gêneros alimentí-
cios e outros materiais, bens ou serviços que possam ser distribuídos gratuitamente, exceto se destinados a premiações culturais, artísticas, científicas,
desportivas e outras.
33 - Passagens e Despesas com Locomoção
Despesas orçamentárias, realizadas diretamente ou por meio de empresa contratada, com aquisição de passagens (aéreas, terrestres, fluviais ou marítimas),
taxas de embarque, seguros, fretamento, pedágios, locação ou uso de veículos para transporte de pessoas e suas respectivas bagagens, inclusive quando
decorrentes de mudanças de domicílio no interesse da administração.
34 - Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização
Despesas orçamentárias relativas à mão-de-obra constantes dos contratos de terceirização, de acordo com o art. 18, § 1o, da Lei Complementar no 101, de
2000, computadas para fins de limites da despesa total com pessoal previstos no art. 19 dessa Lei.
35 - Serviços de Consultoria
Despesas orçamentárias decorrentes de contratos com pessoas físicas ou jurídicas, prestadoras de serviços nas áreas de consultorias técnicas ou auditorias
financeiras ou jurídicas, ou assemelhadas.
36 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
Despesas orçamentárias decorrentes de serviços prestados por pessoa física pagos diretamente a esta e não enquadrados nos elementos de despesa
específicos, tais como: remuneração de serviços de natureza eventual, prestado por pessoa física sem vínculo empregatício; estagiários, monitores direta-
mente contratados; gratificação por encargo de curso ou de concurso;22 diárias a colaboradores eventuais; locação de imóveis; salário de internos nas peni-
tenciárias; e outras despesas pagas diretamente à pessoa física.
37 - Locação de Mão-de-Obra
Despesas orçamentárias com prestação de serviços por pessoas jurídicas para órgãos públicos, tais como limpeza e higiene, vigilância ostensiva e outros,
nos casos em que o contrato especifique o quantitativo físico do pessoal a ser utilizado.
38 - Arrendamento Mercantil
Despesas orçamentárias com contratos de arrendamento mercantil, com opção ou não de compra do bem de propriedade do arrendador.
39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de serviços por pessoas jurídicas para órgãos públicos, tais como: assinaturas de jornais e periódicos;
tarifas de energia elétrica, gás, água e esgoto; serviços de comunicação (telefone, telex, correios, etc.); fretes e carretos; locação de imóveis (inclusive des-
pesas de condomínio e tributos à conta do locatário, quando previstos no contrato de locação); locação de equipamentos e materiais permanentes; software;
conservação e adaptação de bens imóveis; seguros em geral (exceto os decorrentes de obrigação patronal); serviços de asseio e higiene; serviços de divul-
gação, impressão, encadernação e emolduramento; serviços funerários; despesas com congressos, simpósios, conferências ou exposições; vale-refeição;
auxílio-creche (exclusive a indenização a servidor); habilitação de telefonia fixa e móvel celular; e outros congêneres, bem como os encargos resultantes do
pagamento com atraso de obrigações não tributárias.
41 - Contribuições
Despesas orçamentárias às quais não correspondam contraprestação direta em bens e serviços e não sejam reembolsáveis pelo recebedor, inclusive as
destinadas a atender a despesas de manutenção de outras entidades de direito público ou privado, observado o disposto na legislação vigente.
42 - Auxílios
Despesas orçamentárias destinadas a atender a despesas de investimentos ou inversões financeiras de outras esferas de governo ou de entidades privadas
sem fins lucrativos, observado, respectivamente, o disposto nos artigos 25 e 26 da Lei Complementar no 101/2000.
43 - Subvenções Sociais
Despesas orçamentárias para cobertura de despesas de instituições privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, de acordo com os
artigos 16, parágrafo único, e 17 da Lei no 4.320/1964, observado o disposto no art. 26 da LRF.
45 - Subvenções Econômicas
Despesas orçamentárias com o pagamento de subvenções econômicas, a qualquer título, autorizadas em leis específicas, tais como: ajuda financeira a
entidades privadas com fins lucrativos; concessão de bonificações a produtores, distribuidores e vendedores; cobertura, direta ou indireta, de parcela de
encargos de empréstimos e financiamentos e dos custos de aquisição, de produção, de escoamento, de distribuição, de venda e de manutenção de bens,
produtos e serviços em geral; e, ainda, outras operações com características semelhantes.
49 - Auxílio-Transporte
Despesas orçamentárias com auxílio-transporte pagas em forma de pecúnia, de bilhete ou de cartão magnético, diretamente aos militares, servidores, estagi-
ários ou empregados da Administração Pública direta e indireta, destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com transporte coletivo municipal,
intermunicipal ou interestadual nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa, ou trabalho-trabalho nos casos de acumula-
ção lícita de cargos ou empregos.
51 - Obras e Instalações
Despesas com estudos e projetos; início, prosseguimento e conclusão de obras; pagamento de pessoal temporário não pertencente ao quadro da entidade e
necessário à realização das mesmas; pagamento de obras contratadas; instalações que sejam incorporáveis ou inerentes ao imóvel, tais como: elevadores,
aparelhagem para ar condicionado central, etc.
52 - Equipamentos e Material Permanente
Despesas orçamentárias com aquisição de aeronaves; aparelhos de medição; aparelhos e equipamentos de comunicação; aparelhos, equipamentos e uten-
sílios médico, odontológico, laboratorial e hospitalar; aparelhos e equipamentos para esporte e diversões; aparelhos e utensílios domésticos; armamentos;
coleções e materiais bibliográficos; embarcações, equipamentos de manobra e patrulhamento; equipamentos de proteção, segurança, socorro e sobrevivên-
cia; instrumentos musicais e artísticos; máquinas, aparelhos e equipamentos de uso industrial; máquinas, aparelhos e equipamentos gráficos e equipamentos
diversos; máquinas, aparelhos e utensílios de escritório; máquinas, ferramentas e utensílios de oficina; máquinas, tratores e equipamentos agrícolas, rodoviá-
rios e de movimentação de carga; mobiliário em geral; obras de arte e peças para museu; semoventes; veículos diversos; veículos ferroviários; veículos
rodoviários; outros materiais permanentes.
53 - Aposentadorias do RGPS - Área Rural
Despesas orçamentárias com pagamento de aposentadorias dos segurados do plano de benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, relativos
à área rural.
54 - Aposentadorias do RGPS - Área Urbana
Despesas orçamentárias com pagamento de aposentadorias dos segurados do plano de benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, relativos
à área urbana.
55 - Pensões do RGPS - Área Rural
Despesas orçamentárias com pagamento de pensionistas do plano de benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, inclusive decorrentes de
sentenças judiciais, todas relativas à área rural.
56 - Pensões do RGPS - Área Urbana
Despesas orçamentárias com pagamento de pensionistas do plano de benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, inclusive decorrentes de
sentenças judiciais, todas relativas à área urbana.
57 - Outros Benefícios do RGPS - Área Rural
Despesas orçamentárias com benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS relativas à área rural, exclusive aposentadoria e pensões.
58 - Outros Benefícios do RGPS - Área Urbana
Despesas orçamentárias com benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS relativas à área urbana, exclusive aposentadoria e pensões.
59 - Pensões Especiais
Despesas orçamentárias com pagamento de pensões especiais, inclusive as de caráter indenizatório, concedidas por legislação específica, não vinculadas a
cargos públicos.
No que concerne especificamente à elaboração da proposta orçamentária para 2014, essa deverá estar compatível com o PPA 2012-2015 e com a LDO
2014.
OBSERVAÇÃO:
6.1 PROCESSO DE REVISÃO DAS AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA DE 2014 - PLOA 2014.
De acordo com os conceitos expostos no item 5.5.2 deste Manual, as ações devem expressar a produção pública, ou seja, a geração de bens e serviços
públicos à sociedade ou ao Estado. Assim, para o exercício 2014, será despendido grande esforço de revisão das ações orçamentárias atuais, constante do
Cadastro de Ações do SIOP, no sentido de evidenciar no orçamento, no que concerne a atividades e projetos, somente as que entregam produtos e serviços
“finais” à sociedade ou ao Estado, minorando assim o alto grau de pulverização das programações orçamentárias existentes.
Serão admitidas, no entanto, as seguintes exceções:
1) ações de aquisição ou produção de insumos estratégicos, desde que devidamente marcadas no Cadastro de Ações; e
2) única ação de “meios” ou de “insumos compartilhados” por UO e vinculada ao Programa de Gestão do órgão. Esta será a ação 2000 - Administração da
Unidade.
Entende-se como insumo estratégico aquele, identificado pelo órgão setorial em conjunto com a SOF, cuja interrupção no fornecimento pode comprometer a
produção de bens e serviços ou a expansão do fornecimento destes à sociedade ou ao Estado.
Nesse sentido, caberá aos órgãos setoriais e UOs identificarem as ações que em 2013 geram bens e produtos finais à sociedade ou ao Estado, no âmbito
do orçamento federal. Esse grupo de ações deverá, em princípio, ser mantido para 2014.
Adicionalmente, deverão ser identificadas as ações que geram produtos intermediários, ou seja, aquelas que contribuem ou são utilizadas na geração dos
produtos finais, aí compreendida a aquisição ou produção de insumos não estratégicos. Tais ações deverão ser incorporadas por aquelas identificadas como
as que geram bens e produtos finais.
O exemplo a seguir evidencia a diferença entre o que se pratica em 2012 e o que se pretende para 2014 com a revisão das ações:
Vale registrar que o detalhamento da proposta orçamentária para as despesas com sentenças/precatórios e com a parcela da dívida contratual, que não diz
respeito aos Encargos Financeiros da União, é feito diretamente pela SOF. As informações para elaboração da proposta relativa a essas despesas são
captadas pela SOF junto aos Tribunais Superiores e aos órgãos setoriais, respectivamente.
A captação da proposta setorial para 2014 será aberta segundo o cronograma no SIOP, por UO e por tipo de detalhamento, e apresentará as seguintes
particularidades:
- a proposta das UOs será feita no SIOP e encaminhada aos seus respectivos órgãos setoriais para análise, revisão e ajustes. Tanto no momento das
UOs, quanto no dos órgãos setoriais, a proposta é elaborada por tipo de detalhamento orçamentário;
- as fontes/destinações de recursos serão indicadas na fase da elaboração da proposta, ressaltando que a proposta setorial deverá incluir o detalha-
mento das despesas a serem custeadas com recursos oriundos de:
- para as despesas custeadas pelas demais fontes, deverá ser utilizado o identificador de fonte/destinação de recursos 105 - Recursos do Tesouro a
Definir. A associação das fontes efetivas a essas despesas é processada pela SOF;
- o encaminhamento das propostas dos órgãos setoriais à SOF será feito para o conjunto das UOs e por tipo de detalhamento; e
- será realizada uma verificação, pelo SIOP, da compatibilidade das propostas encaminhadas pelos órgãos setoriais, com os limites orçamentários esta-
belecidos, condição básica para se iniciar a fase de análise no âmbito da SOF. Caso sejam constatadas incompatibilidades, o próprio SIOP não
permitirá que a proposta elaborada seja encaminhada, requerendo, assim, ajustes nos valores informados.
OBSERVAÇÃO:
Regras para os Poderes Legislativo e Judiciário e para o Ministério Público da União
Segundo o :
Art. 40. As propostas de abertura de créditos suplementares autorizados na Lei Orçamentária de 2014, ressalvado o disposto nos §§ 1o e 6o, serão submeti-
das ao Presidente da República, acompanhadas de exposição de motivos que inclua a justificativa e a indicação dos efeitos dos cancelamentos de dotações,
observado o disposto no § 5o do art. 39.
§ 1o Os créditos a que se refere o caput, com indicação de recursos compensatórios dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público
da União, nos termos do inciso III do § 1o do art. 43 da Lei no 4.320, de 1964, serão abertos, no âmbito desses Poderes e Órgão, observados os procedimen-
tos estabelecidos pela Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e o disposto no § 2o deste artigo, por atos:
I - dos Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Tribunal de Contas da União;
II - dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de Justiça, do Conselho da Justiça Federal, do Conselho Superior da Justiça do
Trabalho, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; e
III - do Procurador-Geral da República e do Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público.
§ 2o Quando a aplicação do disposto no § 1o envolver mais de um órgão orçamentário, no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público
da União, os créditos serão abertos por ato
conjunto dos dirigentes dos órgãos envolvidos, conforme indicado nos incisos I, II e III do referido parágrafo, respectivamente.
§ 3o Na abertura dos créditos na forma do § 1o, fica vedado o cancelamento de despesas:
I - financeiras para suplementação de despesas primárias;
II - obrigatórias, de que trata o Anexo III, exceto para suplementação de despesas dessa espécie; e
III - discricionárias, conforme definidas na alínea “b” do inciso II do § 4o do art. 7o, para suplementação de despesas obrigatórias, de que trata o Anexo III.
§ 4o As aberturas de créditos previstas no § 1o, no âmbito do Poder Judiciário, deverão ser comunicadas ao Conselho Nacional de Justiça e, no âmbito do
Ministério Público da União, ao Conselho Nacional do Ministério Público.
§ 5o Os créditos de que trata o § 1o serão incluídos no SIAFI, exclusivamente, por intermédio de transmissão de dados do SIOP.
§ 6o O Presidente da República poderá delegar, no âmbito do Poder Executivo, aos Ministros de Estado, a abertura dos créditos suplementares a que se
refere o caput.
OBSERVAÇÃO:
Sobre alterações orçamentárias, conforme o :
Art. 38. As classificações das dotações previstas no art. 7o, as fontes de financiamento do Orçamento de Investimento e os códigos e títulos das ações e dos
subtítulos poderão ser alterados de acordo com as necessidades de execução, mantido o valor total do subtítulo e observadas as demais condições de que
trata este artigo.
§ 1o As alterações de que trata o caput poderão ser realizadas, justificadamente, se autorizadas por meio de:
I - ato do Poder Executivo para alterações dos:
a) GNDs “3 - Outras Despesas Correntes”, “4 - Investimentos” e “5 - Inversões Financeiras”, no âmbito do mesmo subtítulo; e
b) GNDs “2 - Juros e Encargos da Dívida” e “6 - Amortização da Dívida”, no âmbito do mesmo subtítulo;
II - portaria do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, no que se refere ao Orçamento de Investimento:
a) para as fontes de financiamento, os identificadores de uso e de resultado primário e as esferas orçamentárias; e
b) para os títulos das ações e subtítulos, desde que constatado erro de ordem técnica ou legal;
7.2.4. PORTARIAS
Anualmente são editadas Portarias da SOF disciplinando os procedimentos e prazos que devem ser observados para solicitação de alterações orçamentá-
rias.
7.2.5. PROCESSO DE SOLICITAÇÃO E ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
Durante a execução do orçamento, as dotações inicialmente aprovadas na LOA podem revelar-se insuficientes para realização dos programas de trabalho,
ou pode ocorrer a necessidade de realização de despesa não autorizada inicialmente. Assim, a LOA poderá ser alterada no decorrer da sua execução por
meio de créditos adicionais, que são autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA. Os créditos adicionais são classifica-
dos em:
a) créditos especiais: destinados a despesas, para as quais não haja dotação orçamentária específica, devendo ser autorizados por lei. Note-se que sua
abertura depende da existência de recursos disponíveis. Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que forem autorizados, salvo
se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente;
b) créditos extraordinários: destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
conforme art. 167 da CF. Na União, serão abertos por medida provisória. Os créditos extraordinários não poderão ter vigência além do exercício em que
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente; e
c) créditos suplementares: destinados a reforço de dotação orçamentária. A LOA poderá conter autorização para abertura de créditos suplementares,
limitados a determinada importância ou percentual, sem a necessidade de submissão ao Poder Legislativo. Os créditos suplementares terão vigência no
exercício em que forem abertos.
7.2.5.1. ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS QUALITATIVAS
Nos casos de abertura de créditos especiais ou extraordinários, em que há necessidade de criação de um novo programa de trabalho, deve-se proceder à
solicitação de uma alteração orçamentária qualitativa. Tal alteração implica a criação de uma nova ação com todos os seus
atributos, ou no desdobramento de uma ação existente em novo subtítulo. A solicitação de alteração qualitativa pode partir da UO, do órgão setorial ou mes-
mo da SOF.
Ao identificar a necessidade de criação de programa de trabalho para créditos especiais ou extraordinários, a UO, ou o órgão setorial, deve fazer a solicitação
por meio do módulo qualitativo do SIOP.
A UO solicitante, ou o órgão setorial, deve prestar informações claras e precisas para o entendimento e a análise do pedido.
7.2.5.2. ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS QUANTITATIVAS
As alterações quantitativas do orçamento viabilizam a realização anual dos programas mediante a alocação de recursos para as ações orçamentárias e são
de responsabilidade conjunta dos órgãos central e setoriais e das UOs.
A necessidade de alteração orçamentária pode ser identificada pela UO ou pelo órgão setorial. Em qualquer caso, a solicitação de alteração deverá ser
elaborada de forma a atender as condições dispostas nas portarias editadas pela SOF.
As solicitações que tiverem início nas UOs deverão ser elaboradas mediante acesso ao SIOP, no momento específico para as UOs, as quais, em seguida,
deverão encaminhá-las para o respectivo órgão setorial. O órgão setorial correspondente procederá a uma avaliação global da necessidade dos créditos
Para cada tipo de ato legal elaborado, existe um caminho diferente até sua publicação. Caso seja uma portaria da SOF, ela é enviada diretamente à Imprensa
Nacional para publicação, se for um decreto, um projeto de lei ou uma medida provisória, a SOF encaminha o documento ao Ministro do Planejamento Orça-
mento e Gestão, que o envia à Casa Civil para avaliação do Presidente da República. Em se tratando de um decreto, após a assinatura do Presidente, este é
enviado para publicação na Imprensa Nacional.
Os projetos de lei são remetidos ao Congresso Nacional para que sejam apreciados e votados, momento em que é publicada mensagem presidencial no
Diário Oficial da União. E no caso de créditos extraordinários, que são efetivados por medida provisória, a Casa Civil a encaminha para publicação e dá
conhecimento ao Congresso Nacional.
7.2.5.4. EFETIVAÇÃO DAS ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS NO SIAFI
A SOF procederá à efetivação, no SIOP, dos créditos publicados e transmitirá as informações à STN, para que seja efetuada a sua disponibilização no SIAFI,
por intermédio de notas de dotação para que as unidades gestoras possam utilizar os respectivos créditos.
_____________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________
14. (Especialista ANA 2009) Um servidor público federal estável foi demitido 19. (Tecnico Administrativo MPU 2004) A Lei nº 8.112/90, que dispõe sobre
após processo administrativo disciplinar. o regime jurídico, do servidor público federal,
20. (Técnico da Receita Federal SRF 2006) À luz da Lei n. 8.112/90, que 26. (Auditor Fiscal da Receita Federal 2005) No âmbito do Regime Jurídico
dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, não dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº.
constitui forma de provimento nem de vacância de cargo, a figura 8.112/90), a vantagem que se caracteriza como indenização é.
a) do aproveitamento. a) ajuda de custo,
b) da promoção. b) adicional de insalubridade
c) da readaptação. c) gratificação natalina
d) da recondução. d) abono pecuniário.
e) da redistribuição. e) adicional noturno.
21. (Analista De Finanças e Controle CGU 2008) São hipóteses de vacân- 27. (Analista de Finanças e Controle CGU 2006) A licença a favor do servi-
cia que importam provimento em novo cargo: dor público para o exercício de atividade política
a)promoção e readaptação. será
b) exoneração e demissão. a) não-remunerada, até o limite de três meses.
c) aposentadoria e posse em outro cargo inacumulável. b) remunerada, até o limite de três meses, entre o registro de sua candida-
d) redistribuição e remoção. tura e o décimo dia seguinte ao da eleição.
e) disponibilidade. c) remunerada, desde a escolha em convenção partidária, até o décimo dia
seguinte ao da eleição.
22. (Técnico Administrativo ANEEL 2006) Assinale a opção que contemple d) não-remunerada, entre o dia da escolha em convenção partidária até o
uma forma de vacância comum aos cargos efetivos décimo dia seguinte ao da eleição.
e em comissão. e) remunerada, até o limite de quatro meses, entre a escolha em conven-
a) Promoção. ção partidária e a data da eleição.
b) Demissão.
c) Exoneração. 28. (Especialista – Administração ANA 2009) A Lei n. 8.112/1990, além de
d) Readaptação. vencimento e vantagens, também defere aos servidores públicos federais
e) Redistribuição. alguns adicionais, retribuições e gratificações. Neste conjunto não se inclui:
a) A gratificação natalina.
23. (Analista De Finanças e Controle CGU 2008) Assinale o tipo de exone- b) O adicional por tempo de serviço.
ração que se caracteriza por encerrar um juízo de c) A gratificação por encargo de curso ou concurso.
conveniência e oportunidade da Administração. d) O adicional pela prestação de serviço extraordinário.
a)Exoneração ad nutum. e) A retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessora-
b) Decorrente de não aprovação do servidor não estável em estágio proba- mento.
tório.
c) A pedido do servidor. 29. (Especialista em Regulação ANEEL 2006) O servidor ocupante de
d) Quando o servidor não toma posse no prazo legal. cargo público federal efetivo, regido pelo regime jurídico da Lei nº8. 112 90,
e) Em razão da não observância do limite gasto com pessoal previsto na desde que regularmente nomeado, após aprovação em concurso, tem
Lei de Responsabilidade Fiscal. direito a licença remunerada, pelo prazo de até
dois anos, a fim de acompanhar cônjuge, deslocado para
24. (Analista De Finanças e Controle CGU 2008) Correlacione as colunas servir em outro ponto, dê território nacional.
abaixo a respeito dos tipos de vantagens previstas b) dois anos consecutivos, para trato de assuntos particulares.
na Lei n. 8.112/90: (1) adicional (2) gratificação (3) indenização c) dois anos, para o desempenho de mandato, em associação
( ) Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramen- de classe ou entidade sindical, da respectiva categoria.
to. d) 10 dias, por motivo de seu casamento ou falecimento de
( ) Pagamentos que possuam relação com o local e a natureza do trabalho. seus pais, avós, irmãos filhos, netos e outros parentes,
( ) Ajuda de custo. e) 30 dias, por motivo de doença do seu cônjuge, dos pais ou
( ) Retribuição por encargo de curso ou concurso. dos filhos, quando indispensável for a sua assistência.
( ) Diárias.
a) 2 - 1 - 3 - 2 - 3 30. (Analista De Finanças e Controle CGU 2008) Assinale a opção que
b) 3 - 2 - 3 - 1 - 2 contempla licença em que há a possibilidade de sua concessão ao
c) 2 - 1 - 2 - 3 - 1 servidor, ora com, ora sem remuneração.
d) 3 - 1 - 2 - 3 - 3 a) Licença capacitação.
e) 2 - 1 - 2 - 3 – 2 b) Licença por motivo de doença em pessoa da família.
c) Licença para tratar de interesses particulares.
25. (Analista De Finanças e Controle CGU 2008) Leia atentamente as d) Licença para tratamento de saúde do próprio servidor.
situações abaixo para classificá-las como ensejadoras de uma das duas e) Licença adotante.
opções oferecidas. Após, identifique a opção que traga a seqüência correta.
(1) Reposição ao Erário (2) Indenização ao Erário 31. (Analista De Finanças e Controle CGU 2006) Se o servidor público
( ) Motorista oficial, servidor público efetivo, infringe as leis de trânsito civil, regido pelo regime da Lei n. 8.112/90, receber
fazendo com que a União seja multada. penalidade administrativa de advertência e de suspensão, sem vir a
( ) Servidor público efetivo recebe importância superior a que lhe era devida cometer nova infração disciplinar, elas terão seus
em razão de erro material por parte da Administração. registros cancelados, após o decurso de
( ) Servidor público efetivo desatentamente liga equipamento elétrico na a) 3 anos, em ambos os casos.
tomada com cuja voltagem ele era incompatível, causando a destruição do b) 5 anos, em ambos os casos.
aparelho. c) 2 e 3 anos, respectivamente.